Pub Date : 2021-09-29DOI: 10.11606/issn.1984-1124.i30p380-398
Kaio Fidelis, G. M. Rocha
Percorrendo o Diário de luto de Roland Barthes, este artigo propõe uma reflexão sobre o ponto de virada na escrita barthesiana nomeado por ele de Vita Nova. Acompanhamos esse movimento a partir de três inscrição recolhidas de seu diário: seu processo de escrita, sua narrativa onírica e seu investimento libidinal. Atravessado e profundamente marcado pelo luto de sua mãe, Barthes inscreve um projeto de romper com sua lógica de escrita anterior, acrescentando um desejo por uma nova forma de escrita. Todavia, extraímos a partir desse percurso no diário um intervalo escrito entre a continuidade mortífera e a particularidade entoada pela literatura.
{"title":"Um pássaro de canto particular, literário: a paisagem escritural barthesiana e a inscrição da morte na vida","authors":"Kaio Fidelis, G. M. Rocha","doi":"10.11606/issn.1984-1124.i30p380-398","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.i30p380-398","url":null,"abstract":"Percorrendo o Diário de luto de Roland Barthes, este artigo propõe uma reflexão sobre o ponto de virada na escrita barthesiana nomeado por ele de Vita Nova. Acompanhamos esse movimento a partir de três inscrição recolhidas de seu diário: seu processo de escrita, sua narrativa onírica e seu investimento libidinal. Atravessado e profundamente marcado pelo luto de sua mãe, Barthes inscreve um projeto de romper com sua lógica de escrita anterior, acrescentando um desejo por uma nova forma de escrita. Todavia, extraímos a partir desse percurso no diário um intervalo escrito entre a continuidade mortífera e a particularidade entoada pela literatura.","PeriodicalId":371417,"journal":{"name":"Revista Criação & Crítica","volume":"8 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121121918","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-09-29DOI: 10.11606/issn.1984-1124.i30p139-159
Paulo Alberto da Silva Sales
Pretende-se desenvolver uma leitura da poesia de Adília Lopes por meio da perspectiva da escrita de incidentes em que Barthes trata da essência do romanesco: o fragmento. Por meio da criação de uma poesia biografemática, as últimas publicações da poeta portuguesa tem evidenciado a construção de um sujeito pela escrita, assim como Barthes o fez, sobretudo em Incidentes (2004) e em Roland Barthes por Roland Barthes (2003). Observa-se que os poemas pertencentes às últimas obras de Adília se valem da abordagem de traços de vida insignificantes, que são retomados pelas sensações do corpo. Conclui-se que os incidentes poéticos adilianos proporcionam aos leitores que se identifiquem com a poeta – à maneira barthesiana do desejo de escrever a leitura – por meio de recordações da infância presentes nas sensações auditivas, gustativas e táteis.
{"title":"Incidentes poéticos de Adília Lopes, leitora de Barthes","authors":"Paulo Alberto da Silva Sales","doi":"10.11606/issn.1984-1124.i30p139-159","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.i30p139-159","url":null,"abstract":"Pretende-se desenvolver uma leitura da poesia de Adília Lopes por meio da perspectiva da escrita de incidentes em que Barthes trata da essência do romanesco: o fragmento. Por meio da criação de uma poesia biografemática, as últimas publicações da poeta portuguesa tem evidenciado a construção de um sujeito pela escrita, assim como Barthes o fez, sobretudo em Incidentes (2004) e em Roland Barthes por Roland Barthes (2003). Observa-se que os poemas pertencentes às últimas obras de Adília se valem da abordagem de traços de vida insignificantes, que são retomados pelas sensações do corpo. Conclui-se que os incidentes poéticos adilianos proporcionam aos leitores que se identifiquem com a poeta – à maneira barthesiana do desejo de escrever a leitura – por meio de recordações da infância presentes nas sensações auditivas, gustativas e táteis.","PeriodicalId":371417,"journal":{"name":"Revista Criação & Crítica","volume":" 6","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"120830592","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-09-29DOI: 10.11606/issn.1984-1124.i30p1-5
M. Barbosa, Claudia Amigo Pino, Laura Brandini, Paulo Procopio Ferraz
{"title":"O cheiro do mofo","authors":"M. Barbosa, Claudia Amigo Pino, Laura Brandini, Paulo Procopio Ferraz","doi":"10.11606/issn.1984-1124.i30p1-5","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.i30p1-5","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":371417,"journal":{"name":"Revista Criação & Crítica","volume":"54 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127886901","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-05-12DOI: 10.11606/ISSN.1984-1124.I29P145-160
M. D. R. A. Pereira, Aline Alves Arruda
O presente artigo tem como objetivo apresentar um breve percurso da literatura de autoria feminina brasileira para chegar à literatura de autoras contemporâneas que têm flertado diretamente com as pautas feministas, refletindo-as e sendo por elas refletida. Neste trabalho, vamos nos deter em duas narrativas de autoria feminina nas quais aparece uma das questões mais tematizadas por escritoras contemporaneamente: o estupro. São elas: Por cima do mar (2018), de Deborah Dornellas, e O peso do pássaro morto (2017), de Aline Bei.
{"title":"O estupro em duas narrativas de autoria feminina contemporânea","authors":"M. D. R. A. Pereira, Aline Alves Arruda","doi":"10.11606/ISSN.1984-1124.I29P145-160","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/ISSN.1984-1124.I29P145-160","url":null,"abstract":"O presente artigo tem como objetivo apresentar um breve percurso da literatura de autoria feminina brasileira para chegar à literatura de autoras contemporâneas que têm flertado diretamente com as pautas feministas, refletindo-as e sendo por elas refletida. Neste trabalho, vamos nos deter em duas narrativas de autoria feminina nas quais aparece uma das questões mais tematizadas por escritoras contemporaneamente: o estupro. São elas: Por cima do mar (2018), de Deborah Dornellas, e O peso do pássaro morto (2017), de Aline Bei.","PeriodicalId":371417,"journal":{"name":"Revista Criação & Crítica","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-05-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"131297737","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-05-12DOI: 10.11606/ISSN.1984-1124.I29P198-217
Rayron Lennon Costa Sousa, Risoleta Viana de Freitas
A literatura negro-brasileira contemporânea pode ser vista como umas das áreas mais profícuas para materializar a decolonialidade, pois, de maneira crescente, negras e negros passam a se autorrepresentar, autoficcionalizar e ficcionar suas realidades e as dos outros que, ao mesmo tempo em que são individuais, servem para o coletivo. A partir desse contexto, o texto literário de autoria feminina serve de mecanismo político e ideológico, alinhado à proposta decolonial, para a discussão de diversas epistemologias “Outras”. Tais questões justificam a tessitura deste texto, no qual objetivamos discutir o lugar do Tempo, da Temporalidade e da Ancestralidade como características dialógicas que se fundem nas representações literárias de Conceição Evaristo. Assim, temos como corpus, o conto Olhos d’água (2018), para pensar a genealogia feminina e materna negra. A metodologia é básica, precedida de revisão bibliográfica, caracterizada como análise-crítica, de natureza explicativa. No tocante ao aporte teórico, recorremos às discussões de Moraes (2018), Rivera (2011), Proença Filho (2004), Ferreira (2014), etc. Intentamos relacionar o texto literário com a história, no tocante ao lugar do tempo, da temporalidade e da presença das ancestralidades para perceber a construção de uma narrativa que liga as mulheres pela sororidade e pela dororidade, partindo do que Evaristo, enquanto teórica, conceitua como Escrevivência.
文学就可以被看作是现代巴西地区的一些最成功的实现了decolonialidade方式越来越多,黑人和黑人的如果autorrepresentar autoficcionalizar描绘现实的和其他人,同时个人,集体用。在此背景下,女性作家的文学文本作为一种政治和意识形态机制,与非殖民化的建议相一致,用于讨论各种“其他”认识论。这些问题证明了这篇文章的结构,在这篇文章中,我们旨在讨论时间、时间性和祖先的位置,作为对话特征,融合在conceicao Evaristo的文学表现中。因此,我们的语料库是Olhos d ' agua(2018)的故事,来思考黑人女性和母亲的家谱。该方法是基本的,在文献综述之前,特征是批判性分析,解释性质。关于理论贡献,我们求助于Moraes (2018), Rivera (2011), proenca Filho (2004), Ferreira(2014)等的讨论。我们试图将文学文本与历史联系起来,关于时间的位置、时间性和祖先的存在,以实现一种叙事的构建,通过姐妹会和dororidade将女性联系起来,从Evaristo,作为一个理论家,概念化为escrevivencia。
{"title":"A genealogia negro-brasileira contemporânea de autoria feminina na literatura de Conceição Evaristo: Tempo, Temporalidade e Ancestralidade em Olhos d'água (2018)","authors":"Rayron Lennon Costa Sousa, Risoleta Viana de Freitas","doi":"10.11606/ISSN.1984-1124.I29P198-217","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/ISSN.1984-1124.I29P198-217","url":null,"abstract":"A literatura negro-brasileira contemporânea pode ser vista como umas das áreas mais profícuas para materializar a decolonialidade, pois, de maneira crescente, negras e negros passam a se autorrepresentar, autoficcionalizar e ficcionar suas realidades e as dos outros que, ao mesmo tempo em que são individuais, servem para o coletivo. A partir desse contexto, o texto literário de autoria feminina serve de mecanismo político e ideológico, alinhado à proposta decolonial, para a discussão de diversas epistemologias “Outras”. Tais questões justificam a tessitura deste texto, no qual objetivamos discutir o lugar do Tempo, da Temporalidade e da Ancestralidade como características dialógicas que se fundem nas representações literárias de Conceição Evaristo. Assim, temos como corpus, o conto Olhos d’água (2018), para pensar a genealogia feminina e materna negra. A metodologia é básica, precedida de revisão bibliográfica, caracterizada como análise-crítica, de natureza explicativa. No tocante ao aporte teórico, recorremos às discussões de Moraes (2018), Rivera (2011), Proença Filho (2004), Ferreira (2014), etc. Intentamos relacionar o texto literário com a história, no tocante ao lugar do tempo, da temporalidade e da presença das ancestralidades para perceber a construção de uma narrativa que liga as mulheres pela sororidade e pela dororidade, partindo do que Evaristo, enquanto teórica, conceitua como Escrevivência.","PeriodicalId":371417,"journal":{"name":"Revista Criação & Crítica","volume":"32 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-05-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115926161","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-12-22DOI: 10.11606/issn.1984-1124.i28p150-168
Fernanda Latronico da Silva
A proposição do presente texto é abordar a produção da escrita, a constituição do texto como ato coletivo, como expressão de múltiplas vozes. Uma escrita em multidão, cujos sentidos e significados são desenvolvidos a partir de transfigurações de outras vozes, outros ensinamentos, intuídos pela perspectiva ameríndia. Texto-gira, cujas palavras são incorporadas pelos autores-outros que integram a escritura comum desse movimento. Um texto que não se faz sozinho, assim como o xamã, conforme desenhado por Davi Kopenawa, que se desenvolve em-relação-a, tornando-se outro, e que se abre para o saber-do-corpo, dando forma, assim, à carne da vida na escritura do texto.
{"title":"As múltiplas vozes de Davi Kopenawa: por uma escrita em multidão","authors":"Fernanda Latronico da Silva","doi":"10.11606/issn.1984-1124.i28p150-168","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.i28p150-168","url":null,"abstract":"A proposição do presente texto é abordar a produção da escrita, a constituição do texto como ato coletivo, como expressão de múltiplas vozes. Uma escrita em multidão, cujos sentidos e significados são desenvolvidos a partir de transfigurações de outras vozes, outros ensinamentos, intuídos pela perspectiva ameríndia. Texto-gira, cujas palavras são incorporadas pelos autores-outros que integram a escritura comum desse movimento. Um texto que não se faz sozinho, assim como o xamã, conforme desenhado por Davi Kopenawa, que se desenvolve em-relação-a, tornando-se outro, e que se abre para o saber-do-corpo, dando forma, assim, à carne da vida na escritura do texto.","PeriodicalId":371417,"journal":{"name":"Revista Criação & Crítica","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-12-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130917155","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-12-22DOI: 10.11606/issn.1984-1124.i28p289-306
Fernanda Morse
O presente artigo visa investigar os usos do corpo na obra de Ana Cristina Cesar através da análise de três poemas presentes na recolha da Pasta Rosa (2008): “25 de maio de 1976”; “era noite e uma luva de angústia…” e “idispiando”. Para tanto, lançamos mão tanto de textos que nos situam nas discussões lançadas pelos próprios poemas, quanto daqueles que tangenciam o período de sua produção. Buscamos entender certo percurso de inserção do corpo nas manifestações artísticas brasileiras com o apoio do trabalho Corpos Pagãos (2015) de Mário Cámara, assim como o contexto literário em que a produção de Ana C. se insere, partindo de textos de Heloisa Buarque de Hollanda, Glauco Mattoso e Viviana Bosi. Por fim, compreendemos que esses poemas deixados “à sombra” podem iluminar a leitura daqueles publicados em vida pela autora, em uma relação complementar e esclarecedora para aqueles que se aventuram entre as elipses de Ana C. Palavras-chave: Ana Cristina Cesar; corpo; provocação; projeto político-literário; escrita feminina
本文旨在通过分析《罗莎作品集》(2008)中的三首诗:“1976年5月25日”;“那是黑夜,是痛苦的手套……”和“idispiando”。为了做到这一点,我们使用了一些文本,这些文本将我们置于诗歌本身发起的讨论中,以及那些与诗歌创作时期相切的文本。在mario camara的作品corpo pagaos(2015)的支持下,我们试图理解身体在巴西艺术表现中的插入路径,以及Ana C.作品插入的文学背景,基于Heloisa Buarque de Hollanda、Glauco Mattoso和Viviana Bosi的文本。最后,我们明白,这些“阴影”中的诗歌可以照亮作者在生活中发表的诗歌的阅读,对那些冒险进入Ana c .椭圆的人来说,这是一种互补和启发性的关系。身体;挑衅;-literário政治项目;女性写作
{"title":"“Dá pra falar belo assim?”: Ana Cristina Cesar, embates e figurações do corpo na escrita","authors":"Fernanda Morse","doi":"10.11606/issn.1984-1124.i28p289-306","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.i28p289-306","url":null,"abstract":"O presente artigo visa investigar os usos do corpo na obra de Ana Cristina Cesar através da análise de três poemas presentes na recolha da Pasta Rosa (2008): “25 de maio de 1976”; “era noite e uma luva de angústia…” e “idispiando”. Para tanto, lançamos mão tanto de textos que nos situam nas discussões lançadas pelos próprios poemas, quanto daqueles que tangenciam o período de sua produção. Buscamos entender certo percurso de inserção do corpo nas manifestações artísticas brasileiras com o apoio do trabalho Corpos Pagãos (2015) de Mário Cámara, assim como o contexto literário em que a produção de Ana C. se insere, partindo de textos de Heloisa Buarque de Hollanda, Glauco Mattoso e Viviana Bosi. Por fim, compreendemos que esses poemas deixados “à sombra” podem iluminar a leitura daqueles publicados em vida pela autora, em uma relação complementar e esclarecedora para aqueles que se aventuram entre as elipses de Ana C.\u0000Palavras-chave: Ana Cristina Cesar; corpo; provocação; projeto político-literário; escrita feminina","PeriodicalId":371417,"journal":{"name":"Revista Criação & Crítica","volume":"9 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-12-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125718717","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-12-22DOI: 10.11606/issn.1984-1124.i28p434-437
Ana Paula Albe
Texto poético e performativo a partir das experiências inventadas e vividas pela artista entre o ano de 2008 e 2014. Criado durante a produção do percurso performativo Walking Poem Recife realizado durante do Festival de Dança de Recife em 2008, junto a companhia dinamarquesa Hello!Earth. Acesso ao vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=_k-C-9_NqkU
{"title":"era recife","authors":"Ana Paula Albe","doi":"10.11606/issn.1984-1124.i28p434-437","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.i28p434-437","url":null,"abstract":"Texto poético e performativo a partir das experiências inventadas e vividas pela artista entre o ano de 2008 e 2014. Criado durante a produção do percurso performativo Walking Poem Recife realizado durante do Festival de Dança de Recife em 2008, junto a companhia dinamarquesa Hello!Earth.\u0000Acesso ao vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=_k-C-9_NqkU","PeriodicalId":371417,"journal":{"name":"Revista Criação & Crítica","volume":"52 3 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-12-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132688174","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-12-22DOI: 10.11606/issn.1984-1124.i28p242-253
C. W. Uchoa
A partir do conto “O brasão da cidade” de Franz Kafka propõe-se examinar a construção da imagem da cidade, assim como as relações nela estabelecidas dentre os habitantes. Ainda, literatura e arte relacional serão aproximadas, propondo identificar o conto como obra de arte e sua narração como gesto de exibição dessa obra, questionando a possibilidade de associação da ação performática que o texto desenvolve para o leitor com a noção de performance como prática artística inscrita na arte contemporânea.
从弗朗茨·卡夫卡的短篇小说《O brasao da cidade》中,我们提出考察城市形象的构建,以及城市居民之间建立的关系。还,文学和艺术关系大致是讲,并提出识别和艺术展览的旁白以示协会工作,质疑的可能性的行为表现为读者的概念会表现艺术实践的当代艺术。
{"title":"A cidade no conto 'O Brasão da Cidade' e o gesto performático narrativo de Franz Kafka","authors":"C. W. Uchoa","doi":"10.11606/issn.1984-1124.i28p242-253","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.i28p242-253","url":null,"abstract":"A partir do conto “O brasão da cidade” de Franz Kafka propõe-se examinar a construção da imagem da cidade, assim como as relações nela estabelecidas dentre os habitantes. Ainda, literatura e arte relacional serão aproximadas, propondo identificar o conto como obra de arte e sua narração como gesto de exibição dessa obra, questionando a possibilidade de associação da ação performática que o texto desenvolve para o leitor com a noção de performance como prática artística inscrita na arte contemporânea.\u0000 ","PeriodicalId":371417,"journal":{"name":"Revista Criação & Crítica","volume":"45 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-12-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124729163","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-12-22DOI: 10.11606/issn.1984-1124.i28p429-433
João Mostazo
Os três poemas aqui apresentados elaboram, cada um à sua maneira, a ideia da literatura como encontro. Em "A bússola", reflete-se sobre a possibilidade de que o ato poético ou a escrita sejam capazes de promover o encontro com o leitor a partir da criação de um símbolo. O poema, em busca desse símbolo, procede a partir de um movimento de construção/desconstrução da imagem de uma bússola, inserindo-se em uma tradição de poemas que poderíamos chamar de "poemas de procura". Em "O mesopotâmio", a procura pelo encontro se dá não no espaço, mas no tempo. Em "Se soubéssemos diríamos melhor", pergunta-se sobre a pertinência final do gesto da escrita em vista da realidade vivida, povoada pela diversa e estranha criatura a quem chamamos "gente". Diante da inexorável finitude da experiência, haveria mais verdade no que se escreve e perdura, ou no que se diz e fenece? Formalmente, os três poemas lançam mão das ferramentas conquistadas pelo verso livre e/ou polimétrico do poema modernista brasileiro, buscando aplicá-las ao léxico e à sintaxe coloquial contemporânea.
{"title":"Três poemas de procura","authors":"João Mostazo","doi":"10.11606/issn.1984-1124.i28p429-433","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.i28p429-433","url":null,"abstract":"Os três poemas aqui apresentados elaboram, cada um à sua maneira, a ideia da literatura como encontro. Em \"A bússola\", reflete-se sobre a possibilidade de que o ato poético ou a escrita sejam capazes de promover o encontro com o leitor a partir da criação de um símbolo. O poema, em busca desse símbolo, procede a partir de um movimento de construção/desconstrução da imagem de uma bússola, inserindo-se em uma tradição de poemas que poderíamos chamar de \"poemas de procura\". Em \"O mesopotâmio\", a procura pelo encontro se dá não no espaço, mas no tempo. Em \"Se soubéssemos diríamos melhor\", pergunta-se sobre a pertinência final do gesto da escrita em vista da realidade vivida, povoada pela diversa e estranha criatura a quem chamamos \"gente\". Diante da inexorável finitude da experiência, haveria mais verdade no que se escreve e perdura, ou no que se diz e fenece? Formalmente, os três poemas lançam mão das ferramentas conquistadas pelo verso livre e/ou polimétrico do poema modernista brasileiro, buscando aplicá-las ao léxico e à sintaxe coloquial contemporânea.","PeriodicalId":371417,"journal":{"name":"Revista Criação & Crítica","volume":"33 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-12-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126770145","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}