Pub Date : 2022-06-07DOI: 10.5007/1808-1711.2022.e84679
João Willian Stakonski
Ao estruturarem sua compreensão dos seres vivos enquanto máquinas autopoiéticas, Humberto Maturana e Francisco Varela reiteradamente tecem críticas à aplicação das noções de função e aptidão (fitness) então estabelecidas em teorias científicas. Tais críticas apresentam-se em duas frentes principais: por um lado, os autores afirmam que atribuições funcionais são causalmente inertes, o que as reduz a meros artifícios explicativos não operacionalizáveis; por outro, defendem que todo organismo, enquanto não for destruído em suas interações com o meio, conserva sua aptidão, sendo esta constitutiva dos seres vivos e, portanto, invariável. Contudo, como defende Gustavo Caponi, podemos compreender que atribuir funções significa nada mais do que destacar papeis causais desempenhados em determinados processos de referência, de modo que a comparação entre estruturas que desempenhem a mesma função possibilita a medição dos diferentes graus de eficiência em sua realização. No âmbito da biologia, esta estrutura conceitual traduz-se nas funções biológicas, operadas por diferentes subsistemas dos organismos e referentes à manutenção do ciclo vital, assim como na aptidão biológica, tomada como a eficiência na operação destas funções e determinante no processo evolutivo. Defendemos que a proposta de Caponi é imune a ambos os ataques dos autores chilenos, ao incorporar um conteúdo operacional e contextual para as atribuições funcionais e ao possibilitar a referência a aptidão biológica, cuja importância evolutiva pode ser aferida momento a momento. Tal abordagem mostra-se, ademais, como uma adição muito oportuna à chamada teoria da autopoiese, aparelhando-a com uma concepção bastante pertinente de atribuições funcionais.
{"title":"Compatibilizando Autopoiese e Atribuições Funcionais","authors":"João Willian Stakonski","doi":"10.5007/1808-1711.2022.e84679","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/1808-1711.2022.e84679","url":null,"abstract":"Ao estruturarem sua compreensão dos seres vivos enquanto máquinas autopoiéticas, Humberto Maturana e Francisco Varela reiteradamente tecem críticas à aplicação das noções de função e aptidão (fitness) então estabelecidas em teorias científicas. Tais críticas apresentam-se em duas frentes principais: por um lado, os autores afirmam que atribuições funcionais são causalmente inertes, o que as reduz a meros artifícios explicativos não operacionalizáveis; por outro, defendem que todo organismo, enquanto não for destruído em suas interações com o meio, conserva sua aptidão, sendo esta constitutiva dos seres vivos e, portanto, invariável. Contudo, como defende Gustavo Caponi, podemos compreender que atribuir funções significa nada mais do que destacar papeis causais desempenhados em determinados processos de referência, de modo que a comparação entre estruturas que desempenhem a mesma função possibilita a medição dos diferentes graus de eficiência em sua realização. No âmbito da biologia, esta estrutura conceitual traduz-se nas funções biológicas, operadas por diferentes subsistemas dos organismos e referentes à manutenção do ciclo vital, assim como na aptidão biológica, tomada como a eficiência na operação destas funções e determinante no processo evolutivo. Defendemos que a proposta de Caponi é imune a ambos os ataques dos autores chilenos, ao incorporar um conteúdo operacional e contextual para as atribuições funcionais e ao possibilitar a referência a aptidão biológica, cuja importância evolutiva pode ser aferida momento a momento. Tal abordagem mostra-se, ademais, como uma adição muito oportuna à chamada teoria da autopoiese, aparelhando-a com uma concepção bastante pertinente de atribuições funcionais.","PeriodicalId":38561,"journal":{"name":"Principia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46145012","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-06-07DOI: 10.5007/1808-1711.2022.e85039
Bas C. Van fraassen
Philosophical issues often turn into logic. That is certainly true of Moore’s Paradox, which tends to appear and reappear in many philosophical contexts. There is no doubt that its study belongs to pragmatics rather than semantics or syntax. But it is also true that issues in pragmatics can often be studied fruitfully by attending to their projection, so to speak, onto the levels of semantics or syntax — just in the way that problems in spherical geometry are often illuminated by the study of projections onto a plane. To begin I will describe a potentially vast landscape of logics of a certain form, with some illustrations of how they appear naturally in response to some problems in philosophical logic. Then I will turn Moore’s Paradox into logic, within that landscape, and show how far it can be illuminated therein.
{"title":"A Landscape of Logics beyond the Deduction Theorem (and Moore’s Paradox)","authors":"Bas C. Van fraassen","doi":"10.5007/1808-1711.2022.e85039","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/1808-1711.2022.e85039","url":null,"abstract":"Philosophical issues often turn into logic. That is certainly true of Moore’s Paradox, which tends to appear and reappear in many philosophical contexts. There is no doubt that its study belongs to pragmatics rather than semantics or syntax. But it is also true that issues in pragmatics can often be studied fruitfully by attending to their projection, so to speak, onto the levels of semantics or syntax — just in the way that problems in spherical geometry are often illuminated by the study of projections onto a plane. To begin I will describe a potentially vast landscape of logics of a certain form, with some illustrations of how they appear naturally in response to some problems in philosophical logic. Then I will turn Moore’s Paradox into logic, within that landscape, and show how far it can be illuminated therein.","PeriodicalId":38561,"journal":{"name":"Principia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47756831","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-06-07DOI: 10.5007/1808-1711.2022.e84745
Lucas Jairo Cervantes Bispo
Neste trabalho discuto a natureza e a estrutura de análise da ignorância proposicional. Meu objetivo é de apontar que, em primeiro lugar, diferentemente de como ao menos duas das principais concepções da epistemologia da ignorância têm pressuposto, a análise da ignorância proposicional não se reduz a estrutura “S é ignorante que P” ou variantes semelhantes a esta estrutura. Ao lerem a ignorância proposicional reduzida em termos de “S é ignorante que P”, essas concepções não fazem a melhor análise da ignorância proposicional. Isto porque, por um lado, geram um problema que se refere a uma possibilidade pouco trabalhada. Trata-se da possibilidade da ignorância sobre proposições falsas e o problema, como será mostrado, é que nessa redução há boas razões tanto para afirmar como para negar essa possibilidade. Isso se constitui, no mínimo, como uma tensão teórica relevante que pode comprometer essas concepções e as análises realizadas a partir delas. Por outro lado, essa redução exclui ao menos um sentido geral e não necessariamente factivo de ignorância proposicional, o que nos priva de uma análise mais adequada da ignorância e de outros temas relacionados. Tendo esse problema e os seus desdobramentos em vista, apontarei, em segundo lugar, para uma hipótese que tem o potencial de dissolvê-lo a partir da reformulação de como compreendemos a ignorância proposicional, herdando as vantagens das razões a favor e das razões contra a possibilidade da ignorância sobre proposições falsas e superando as objeções levantadas contra elas.
{"title":"Ignorância Proposicional e Proposições Falsas","authors":"Lucas Jairo Cervantes Bispo","doi":"10.5007/1808-1711.2022.e84745","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/1808-1711.2022.e84745","url":null,"abstract":"Neste trabalho discuto a natureza e a estrutura de análise da ignorância proposicional. Meu objetivo é de apontar que, em primeiro lugar, diferentemente de como ao menos duas das principais concepções da epistemologia da ignorância têm pressuposto, a análise da ignorância proposicional não se reduz a estrutura “S é ignorante que P” ou variantes semelhantes a esta estrutura. Ao lerem a ignorância proposicional reduzida em termos de “S é ignorante que P”, essas concepções não fazem a melhor análise da ignorância proposicional. Isto porque, por um lado, geram um problema que se refere a uma possibilidade pouco trabalhada. Trata-se da possibilidade da ignorância sobre proposições falsas e o problema, como será mostrado, é que nessa redução há boas razões tanto para afirmar como para negar essa possibilidade. Isso se constitui, no mínimo, como uma tensão teórica relevante que pode comprometer essas concepções e as análises realizadas a partir delas. Por outro lado, essa redução exclui ao menos um sentido geral e não necessariamente factivo de ignorância proposicional, o que nos priva de uma análise mais adequada da ignorância e de outros temas relacionados. Tendo esse problema e os seus desdobramentos em vista, apontarei, em segundo lugar, para uma hipótese que tem o potencial de dissolvê-lo a partir da reformulação de como compreendemos a ignorância proposicional, herdando as vantagens das razões a favor e das razões contra a possibilidade da ignorância sobre proposições falsas e superando as objeções levantadas contra elas.\u0000 ","PeriodicalId":38561,"journal":{"name":"Principia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47195675","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-06-07DOI: 10.5007/1808-1711.2022.e88139
I. F. D. Cunha, J. A. Brzozowski
This Special Issue brings a selection of peer-reviewed papers that were presented at the 12th Principia International Symposium: Models and Modeling in the Sciences, Florianópolis, Brazil, online, August 2021. In this preface, the chair and the secretary of the organizing committee comment the symposium's context and briefly present the issue.
{"title":"Models and Modeling in the Sciences: preface to the Special Issue of the 12th Principia International Symposium","authors":"I. F. D. Cunha, J. A. Brzozowski","doi":"10.5007/1808-1711.2022.e88139","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/1808-1711.2022.e88139","url":null,"abstract":"This Special Issue brings a selection of peer-reviewed papers that were presented at the 12th Principia International Symposium: Models and Modeling in the Sciences, Florianópolis, Brazil, online, August 2021. In this preface, the chair and the secretary of the organizing committee comment the symposium's context and briefly present the issue.","PeriodicalId":38561,"journal":{"name":"Principia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42722955","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-06-07DOI: 10.5007/1808-1711.2022.e85024
R. Cani
Que papel exercem os modelos nas investigações científicas? Que características deve ter um modelo para que seja designado como científico? Como operam os modelos nas ciências humanas e qual seu impacto nas ações humanas? Esses são alguns dos questionamentos que dão ensejo às discussões propostas por Luiz Henrique de Araújo Dutra (2021) em sua obra Pragmática de modelos, cuja terceira edição, revista e ampliada, fora recentemente lançada pela Editora Agrya.
模型在科学研究中扮演什么角色?一个模型必须具备哪些特征才能被指定为科学家?模型在人文科学中是如何运作的?它们对人类行为有什么影响?这些问题引发了Luiz Henrique de araujo Dutra(2021)在他的著作pragmatica de modelos中提出的讨论，该著作的第三版，修订和扩展，最近由Agrya出版。
{"title":"Abstração e ação. Resenha de DUTRA, Luiz Henrique de Araújo. Pragmática de modelos: natureza, estrutura e uso dos modelos científicos. 3ª edição revista e ampliada. Ribeirão Preto: Agrya, 2021.","authors":"R. Cani","doi":"10.5007/1808-1711.2022.e85024","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/1808-1711.2022.e85024","url":null,"abstract":"Que papel exercem os modelos nas investigações científicas? Que características deve ter um modelo para que seja designado como científico? Como operam os modelos nas ciências humanas e qual seu impacto nas ações humanas? Esses são alguns dos questionamentos que dão ensejo às discussões propostas por Luiz Henrique de Araújo Dutra (2021) em sua obra Pragmática de modelos, cuja terceira edição, revista e ampliada, fora recentemente lançada pela Editora Agrya.","PeriodicalId":38561,"journal":{"name":"Principia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48797348","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-06-07DOI: 10.5007/1808-1711.2022.e84581
Gustavo Caponi
El arquetipo vertebrado delineado por Richard Owen a mediados del Siglo XIX fue un modelo concebido para pautar el análisis morfológico de los seres vivos dentro de los lineamientos definidos por la idea de una unidad de composición cuando ella se aplicaba al caso específico de los vertebrados. Pero aquí, además de analizar la razón de ser originaria de ese arquetipo y su modo de operar dentro del contexto epistémico en el que efectivamente surgió, también aludiremos al modo en que ese modelo pudo pasar a ser considerado, no ya como una idealización, o una abstracción metodológicamente operativa, sino como una aproximación a una entidad real que debía ser individualizada y debidamente descripta.
{"title":"El Arquetipo Vertebrado de Richard Owen: Razón de Ser y Destino de unos de los Modelos Más Influyentes en la Historia de la Biología","authors":"Gustavo Caponi","doi":"10.5007/1808-1711.2022.e84581","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/1808-1711.2022.e84581","url":null,"abstract":"El arquetipo vertebrado delineado por Richard Owen a mediados del Siglo XIX fue un modelo concebido para pautar el análisis morfológico de los seres vivos dentro de los lineamientos definidos por la idea de una unidad de composición cuando ella se aplicaba al caso específico de los vertebrados. Pero aquí, además de analizar la razón de ser originaria de ese arquetipo y su modo de operar dentro del contexto epistémico en el que efectivamente surgió, también aludiremos al modo en que ese modelo pudo pasar a ser considerado, no ya como una idealización, o una abstracción metodológicamente operativa, sino como una aproximación a una entidad real que debía ser individualizada y debidamente descripta.","PeriodicalId":38561,"journal":{"name":"Principia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42569011","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-06-07DOI: 10.5007/1808-1711.2022.e84016
W. Dias
Modelos representacionais são usados na prática científica para representar diferentes fenômenos. O propósito deste trabalho é examinar o uso de autômatos celulares (AC) para representar fenômenos emergentes, isto é, fenômenos com aspectos globais que não podem ser preditos apenas a partir de seus aspectos locais, procurando entender como se dá a representação nesse processo de modelagem. Uma abordagem sugerida é a acepção DEKI desenvolvida por Roman Frigg e James Nguyen, no qual o processo de representação envolve quatro aspectos: denotação do sistema-alvo pelo modelo sob uma interpretação, exemplificação das propriedades relevantes no modelo, formulação de uma legenda que relaciona propriedades do modelo com propriedades do alvo e imputação das propriedades dadas pela chave ao alvo. Nessa acepção, AC representariam os sistemas-alvo denotados como sistemas complexos que podem ser interpretados em nível local e global, de modo que propriedades emergentes são exemplificadas em nível global.
{"title":"Representando fenômenos emergentes","authors":"W. Dias","doi":"10.5007/1808-1711.2022.e84016","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/1808-1711.2022.e84016","url":null,"abstract":"Modelos representacionais são usados na prática científica para representar diferentes fenômenos. O propósito deste trabalho é examinar o uso de autômatos celulares (AC) para representar fenômenos emergentes, isto é, fenômenos com aspectos globais que não podem ser preditos apenas a partir de seus aspectos locais, procurando entender como se dá a representação nesse processo de modelagem. Uma abordagem sugerida é a acepção DEKI desenvolvida por Roman Frigg e James Nguyen, no qual o processo de representação envolve quatro aspectos: denotação do sistema-alvo pelo modelo sob uma interpretação, exemplificação das propriedades relevantes no modelo, formulação de uma legenda que relaciona propriedades do modelo com propriedades do alvo e imputação das propriedades dadas pela chave ao alvo. Nessa acepção, AC representariam os sistemas-alvo denotados como sistemas complexos que podem ser interpretados em nível local e global, de modo que propriedades emergentes são exemplificadas em nível global.","PeriodicalId":38561,"journal":{"name":"Principia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"41661429","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-06-07DOI: 10.5007/1808-1711.2022.e86052
D. Krause
The use of models of scientific theories should not be done without qualifications about the mathematics being used to build the models. This looks obvious, at least for logicians, but generally, it is not to the philosopher of science. Thus, some details about this point seem useful for both. Since any quick revision in the literature shows that in most cases, mainly after the raising of the semantic approach (to scientific theories), the models are taken to be set-theoretical structures, in discussing the issue we shall be concerned more with set theories, the locus where the play is usually developed (yet sometimes unconsciously).
{"title":"Models and Modeling in Science: the role of metamathematics","authors":"D. Krause","doi":"10.5007/1808-1711.2022.e86052","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/1808-1711.2022.e86052","url":null,"abstract":"The use of models of scientific theories should not be done without qualifications about the mathematics being used to build the models. This looks obvious, at least for logicians, but generally, it is not to the philosopher of science. Thus, some details about this point seem useful for both. Since any quick revision in the literature shows that in most cases, mainly after the raising of the semantic approach (to scientific theories), the models are taken to be set-theoretical structures, in discussing the issue we shall be concerned more with set theories, the locus where the play is usually developed (yet sometimes unconsciously).","PeriodicalId":38561,"journal":{"name":"Principia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46445967","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-04-07DOI: 10.5007/1808-1711.2022.e84309
R. Arroyo, Gilson Olegario da Silva
Carnap’s conception of linguistic frameworks is widespread; however, it is not entirely clear nor consensual to pinpoint what is the influence in his stance within the traditional realist/anti-realist debate. In this paper, we place Carnap as a proponent of a scientific realist stance, by presenting what he called “linguistic realism”. Some possible criticisms are considered, and a case study is offered with wave function realism, a popular position in the philosophy of quantum mechanics.
{"title":"Taking models seriously and being a linguistic realist","authors":"R. Arroyo, Gilson Olegario da Silva","doi":"10.5007/1808-1711.2022.e84309","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/1808-1711.2022.e84309","url":null,"abstract":"Carnap’s conception of linguistic frameworks is widespread; however, it is not entirely clear nor consensual to pinpoint what is the influence in his stance within the traditional realist/anti-realist debate. In this paper, we place Carnap as a proponent of a scientific realist stance, by presenting what he called “linguistic realism”. Some possible criticisms are considered, and a case study is offered with wave function realism, a popular position in the philosophy of quantum mechanics.","PeriodicalId":38561,"journal":{"name":"Principia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43750747","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-15DOI: 10.5007/1808-1711.2021.e75658
Vinícius França Freitas
O artigo discute o papel epistemológico da consciência nas Meditações sobre filosofia primeira de René Descartes, mais especificamente, discute-se a consciência do ponto de vista da verdade de suas crenças no contexto da hipótese cética do supremo enganador. Em primeiro lugar, argumenta-se que o processo de descoberta da própria existência enquanto coisa que pensa na Meditação II é consistente do ponto de vista da fiabilidade da consciência. Suas atividades possibilitam – na presente interpretação – a intuição do cogito de modo não problemático diante enganador. Em segundo lugar, argumenta-se que não há, nas Meditações, um argumento sólido em favor da verdade das crenças da consciência sobre os estados e atividades mentais particulares. Descartes não pode distinguir seguramente entre seus pensamentos, no contexto dessa hipótese cética, para prosseguir com seu itinerário. No fim, quatro interpretações que poderiam ser indicadas como respostas para a dificuldade apontada são questionadas.
{"title":"O Papel Epistemológico da Consciência nas Meditações de Descartes","authors":"Vinícius França Freitas","doi":"10.5007/1808-1711.2021.e75658","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/1808-1711.2021.e75658","url":null,"abstract":"O artigo discute o papel epistemológico da consciência nas Meditações sobre filosofia primeira de René Descartes, mais especificamente, discute-se a consciência do ponto de vista da verdade de suas crenças no contexto da hipótese cética do supremo enganador. Em primeiro lugar, argumenta-se que o processo de descoberta da própria existência enquanto coisa que pensa na Meditação II é consistente do ponto de vista da fiabilidade da consciência. Suas atividades possibilitam – na presente interpretação – a intuição do cogito de modo não problemático diante enganador. Em segundo lugar, argumenta-se que não há, nas Meditações, um argumento sólido em favor da verdade das crenças da consciência sobre os estados e atividades mentais particulares. Descartes não pode distinguir seguramente entre seus pensamentos, no contexto dessa hipótese cética, para prosseguir com seu itinerário. No fim, quatro interpretações que poderiam ser indicadas como respostas para a dificuldade apontada são questionadas.","PeriodicalId":38561,"journal":{"name":"Principia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42219560","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
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