Pub Date : 2022-12-27DOI: 10.17561/blo.vextra5.7085
Ana Sirgado
O verso «que los yerros por amores | dignos son de perdonar» marca presença frequente nas letras portuguesas do século xvi, sob formas mais ou menos reelaboradas do ponto de vista discursivo e semântico, havendo ainda provas da sua utilização no período seiscentista para a alusão a «Media noche era por filo». Porém, nos casos em que a fórmula surge isoladamente de outros elementos do tema protagonizado por Conde Claros, em obras como a Comédia Eufrosina ou a Comédia Ulissipo de Jorge Ferreira de Vasconcelos ou ainda a Comédia dos Estrangeiros de Francisco Sá de Miranda, coloca-se a hipótese de se tratar da presença da forma proverbial, recolhida no Vocabulario de refranes y frases proverbiales de Gonzalo Correas, e não de uma menção ao romance. Este estudo procura determinar a circulação autónoma da expressão em Portugal, também à luz de novos dados que aqui são divulgados.
{"title":"Romances e provérbios na literatura portuguesa quinhentista: o caso de «erros por amores»","authors":"Ana Sirgado","doi":"10.17561/blo.vextra5.7085","DOIUrl":"https://doi.org/10.17561/blo.vextra5.7085","url":null,"abstract":"O verso «que los yerros por amores | dignos son de perdonar» marca presença frequente nas letras portuguesas do século xvi, sob formas mais ou menos reelaboradas do ponto de vista discursivo e semântico, havendo ainda provas da sua utilização no período seiscentista para a alusão a «Media noche era por filo». Porém, nos casos em que a fórmula surge isoladamente de outros elementos do tema protagonizado por Conde Claros, em obras como a Comédia Eufrosina ou a Comédia Ulissipo de Jorge Ferreira de Vasconcelos ou ainda a Comédia dos Estrangeiros de Francisco Sá de Miranda, coloca-se a hipótese de se tratar da presença da forma proverbial, recolhida no Vocabulario de refranes y frases proverbiales de Gonzalo Correas, e não de uma menção ao romance. Este estudo procura determinar a circulação autónoma da expressão em Portugal, também à luz de novos dados que aqui são divulgados.","PeriodicalId":40453,"journal":{"name":"Boletin de Literatura Oral","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-12-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44969504","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-27DOI: 10.17561/blo.vextra5.7130
Álvaro Piquero
Tras haber abordado en estudios anteriores el análisis de las variantes más representativas del romance de La bastarda y el segador en la tradición panhispánica, este artículo pretende comparar exhaustivamente las diferencias y similitudes existentes entre tradición oral portuguesa, muy rica en este tema romancístico, y la española. Para ello, al corpus de casi un centenar de versiones recopilado previamente, en el que solo constaban doce recitaciones lusas, se han añadido en esta ocasión todas las fichas del romance disponibles en la base de datos romanceiro.pt, que ascienden a un total de setenta y ocho. En definitiva, el amplio análisis propuesto, que se centrará específicamente en cada uno de los segmentos discursivos en los que se puede subdividir el romance, mostrará el estrecho diálogo existente entre estas dos tradiciones romancísticas y cómo, a pesar de ello, cada una de ellas ofrece variantes del texto independientes y originales.
{"title":"romance de La bastarda y el segador entre España y Portugal","authors":"Álvaro Piquero","doi":"10.17561/blo.vextra5.7130","DOIUrl":"https://doi.org/10.17561/blo.vextra5.7130","url":null,"abstract":"Tras haber abordado en estudios anteriores el análisis de las variantes más representativas del romance de La bastarda y el segador en la tradición panhispánica, este artículo pretende comparar exhaustivamente las diferencias y similitudes existentes entre tradición oral portuguesa, muy rica en este tema romancístico, y la española. Para ello, al corpus de casi un centenar de versiones recopilado previamente, en el que solo constaban doce recitaciones lusas, se han añadido en esta ocasión todas las fichas del romance disponibles en la base de datos romanceiro.pt, que ascienden a un total de setenta y ocho. En definitiva, el amplio análisis propuesto, que se centrará específicamente en cada uno de los segmentos discursivos en los que se puede subdividir el romance, mostrará el estrecho diálogo existente entre estas dos tradiciones romancísticas y cómo, a pesar de ello, cada una de ellas ofrece variantes del texto independientes y originales.","PeriodicalId":40453,"journal":{"name":"Boletin de Literatura Oral","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-12-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42486102","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-27DOI: 10.17561/blo.vextra5.7145
J. M. Pedrosa
En los años 1916-1917 la antropóloga norteamericana Elsie Clews Parsons registró en comunidades de inmigrantes de Cabo Verde establecidas en la costa oriental de los Estados Unidos una importante colección de cuentos folclóricos, que publicó en 1923. Entre esos cuentos hay versiones, en prosa, de varios romances hispánicos: Gerineldo, La doncella guerrera, El Cid y el conde Lozano, El Cid pide parias al rey moro, Gaiferos, Carlomagno y sus doce pares, El conde Alarcos y Bela Infanta. En este artículo son presentados y analizados varios de esos romances-cuentos.
{"title":"Romances-cuentos de los inmigrantes caboverdianos en los Estados Unidos (1923)","authors":"J. M. Pedrosa","doi":"10.17561/blo.vextra5.7145","DOIUrl":"https://doi.org/10.17561/blo.vextra5.7145","url":null,"abstract":"En los años 1916-1917 la antropóloga norteamericana Elsie Clews Parsons registró en comunidades de inmigrantes de Cabo Verde establecidas en la costa oriental de los Estados Unidos una importante colección de cuentos folclóricos, que publicó en 1923. Entre esos cuentos hay versiones, en prosa, de varios romances hispánicos: Gerineldo, La doncella guerrera, El Cid y el conde Lozano, El Cid pide parias al rey moro, Gaiferos, Carlomagno y sus doce pares, El conde Alarcos y Bela Infanta. En este artículo son presentados y analizados varios de esos romances-cuentos.","PeriodicalId":40453,"journal":{"name":"Boletin de Literatura Oral","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-12-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"41602366","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-27DOI: 10.17561/blo.vextra5.7229
Manuel da Costa Fontes
Existem cinco romances bíblicos entre cripto-judeus portugueses. Embora 1. O Sacrifício de Isaac (á-o), seja corrente em Espanha e entre os sefarditas de Marrocos, é exclusivamente cripto-judaico em Portugal, e incorpora elementos extra-bíblicos derivados do Midrash. O carácter estrófico de 2. Jonas e 3. Daniel na Cova dos Leões sugere proximidade com a literatura de cordel, a qual é mais moderna, mas há razões para pensar que talvez sejam bastante antigos. 4. A Passagem do Mar Vermelho (á-o) só sobrevive entre os sefarditas do Mediterrâneo Oriental. Embora baseado no Livro do Êxodo, também inclui pormenores folclóricos em comum com o Midrash. 5. A Pedra Mara (á-a) só existe em Portugal e condensa dois episódios sobre a falta de água durante a peregrinação do povo judeu através do deserto. A “pedra” recorda a água que Moisés faz brotar dum rochedo em Horeb, e Mara refere-se às águas amargas que o profeta transforma em potáveis no lugar do mesmo nome. O último poema cripto-judaico, 6. No Céu Está um Castelo (í-a), descristianiza um romance cristão.
{"title":"Romances Cripto-Judaicos Portugueses","authors":"Manuel da Costa Fontes","doi":"10.17561/blo.vextra5.7229","DOIUrl":"https://doi.org/10.17561/blo.vextra5.7229","url":null,"abstract":"Existem cinco romances bíblicos entre cripto-judeus portugueses. Embora 1. O Sacrifício de Isaac (á-o), seja corrente em Espanha e entre os sefarditas de Marrocos, é exclusivamente cripto-judaico em Portugal, e incorpora elementos extra-bíblicos derivados do Midrash. O carácter estrófico de 2. Jonas e 3. Daniel na Cova dos Leões sugere proximidade com a literatura de cordel, a qual é mais moderna, mas há razões para pensar que talvez sejam bastante antigos. 4. A Passagem do Mar Vermelho (á-o) só sobrevive entre os sefarditas do Mediterrâneo Oriental. Embora baseado no Livro do Êxodo, também inclui pormenores folclóricos em comum com o Midrash. 5. A Pedra Mara (á-a) só existe em Portugal e condensa dois episódios sobre a falta de água durante a peregrinação do povo judeu através do deserto. A “pedra” recorda a água que Moisés faz brotar dum rochedo em Horeb, e Mara refere-se às águas amargas que o profeta transforma em potáveis no lugar do mesmo nome. O último poema cripto-judaico, 6. No Céu Está um Castelo (í-a), descristianiza um romance cristão.","PeriodicalId":40453,"journal":{"name":"Boletin de Literatura Oral","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-12-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42111553","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-27DOI: 10.17561/blo.vextra5.7351
Sandra Boto
El interés por el romancero nace, en Portugal, entrado el siglo XIX, de la mano de Almeida Garrett (1799-1854), como parte de su programa nacionalista romántico. Su objetivo consistía en probar la existencia de una poesía nacional portuguesa de raíces medievales. Sin embargo, considerando la aridez de recursos romanceriles en portugués durante los siglos anteriores, a Garrett no lo que quedó otra opción que echar mano del romancero en castellano, algo que parece más bien una contradicción ya que, en aquel entonces, se pretendía buscar y afirmar la esencia de la poesía popular portuguesa frente a la española. Este estudio hace un recorrido sobre esta y otras paradojas fundadoras del romancero portugués. En particular, busca aclarar qué soluciones, desde el Romanticismo garrettiano, se perfilaron con vistas a la creación de una historia poética portuguesa a través del romancero. Si, aparentemente, tendría sentido pensar que el nacionalismo de Garrett rechazazó todo lo que supondría un origen español y que, por lo tanto, su romancero se habría formado mirando en exclusivo hacia los modelos europeos no ibéricos, en realidad el rastreo de materiales autógrafos (algunos de ellos inéditos) muestran que, al revés, el amplio dominio de la bibliografía castellana y en castellano de los siglos XVI a XVIII se convirtió en una de las claves metodológicas más fecundas para la creación del imaginario poético popular portugués.
{"title":"«O ar desta pequena peça é muito mais antigo»","authors":"Sandra Boto","doi":"10.17561/blo.vextra5.7351","DOIUrl":"https://doi.org/10.17561/blo.vextra5.7351","url":null,"abstract":"El interés por el romancero nace, en Portugal, entrado el siglo XIX, de la mano de Almeida Garrett (1799-1854), como parte de su programa nacionalista romántico. Su objetivo consistía en probar la existencia de una poesía nacional portuguesa de raíces medievales. Sin embargo, considerando la aridez de recursos romanceriles en portugués durante los siglos anteriores, a Garrett no lo que quedó otra opción que echar mano del romancero en castellano, algo que parece más bien una contradicción ya que, en aquel entonces, se pretendía buscar y afirmar la esencia de la poesía popular portuguesa frente a la española. Este estudio hace un recorrido sobre esta y otras paradojas fundadoras del romancero portugués. En particular, busca aclarar qué soluciones, desde el Romanticismo garrettiano, se perfilaron con vistas a la creación de una historia poética portuguesa a través del romancero. Si, aparentemente, tendría sentido pensar que el nacionalismo de Garrett rechazazó todo lo que supondría un origen español y que, por lo tanto, su romancero se habría formado mirando en exclusivo hacia los modelos europeos no ibéricos, en realidad el rastreo de materiales autógrafos (algunos de ellos inéditos) muestran que, al revés, el amplio dominio de la bibliografía castellana y en castellano de los siglos XVI a XVIII se convirtió en una de las claves metodológicas más fecundas para la creación del imaginario poético popular portugués.","PeriodicalId":40453,"journal":{"name":"Boletin de Literatura Oral","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-12-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"41313830","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-27DOI: 10.17561/blo.vextra5.7027
Aviva Garribba, P. Botta
La figura de Inés de Castro en los Siglos de Oro ha inspirado varios romances, en su mayoría en lengua española. En estas páginas se ilustra el panorama general y el ciclo que constituyen y luego se examina uno de los textos tardíos, el publicado por un sefardí portugués en Amsterdam en 1688, que también pervivió en versiones musicales y satíricas en España y América latina.
伊内斯·德·卡斯特罗(Ines de Castro)在黄金时代的形象激发了几部浪漫小说,其中大部分是西班牙语。这些页面说明了它们所构成的总体情况和周期,然后讨论了其中一个晚期文本,即1688年葡萄牙塞法迪在阿姆斯特丹出版的文本,该文本也存在于西班牙和拉丁美洲的音乐和讽刺版本中。
{"title":"Inés de Castro en el Romancero áureo: Don Pedro a quien los crueles","authors":"Aviva Garribba, P. Botta","doi":"10.17561/blo.vextra5.7027","DOIUrl":"https://doi.org/10.17561/blo.vextra5.7027","url":null,"abstract":"La figura de Inés de Castro en los Siglos de Oro ha inspirado varios romances, en su mayoría en lengua española. En estas páginas se ilustra el panorama general y el ciclo que constituyen y luego se examina uno de los textos tardíos, el publicado por un sefardí portugués en Amsterdam en 1688, que también pervivió en versiones musicales y satíricas en España y América latina.","PeriodicalId":40453,"journal":{"name":"Boletin de Literatura Oral","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-12-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42285903","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-27DOI: 10.17561/blo.vextra5.7137
José Miguel Martínez Torrejón
El corpus de romances sobre Alcazarquivir es relativamente reducido, teniendo en cuenta la amplia repercusión de la batalla en otros medios. Son apenas diez, entre impresos y manuscritos. Sin embargo contienen todos los matices y hasta evolución temática que podemos observar en las numerosas crónicas y relaciones en prosa, impulsada por las necesidades políticas de cada momento. La mayor parte se concentra en el periodo 1592-1595, tras la larga década de silencio que sigue a la batalla, cuando no era políticamente aceptable extenderse sobre los aspectos conflictivos del tema: los motivos del desastre, el valor de los participantes, la supervivencia del rey, que no podía ser censurado. Tampoco sus nobles, a quienes Felipe II necesitaba para gobernar su nuevo reino. Una vez consolidado su poder, las Flores empiezan a imprimir romances que, sin responder de forma clara a ninguna de estas preguntas, las tocan todas, insinúan sin afirmar la muerte de D. Sebastián y salvan su recuerdo como joven valeroso aunque imprudente, con matices dependientes del medio en que se conservan. Solo cuando en torno al cambio de siglo se suceden los falsos sebastianes y crece el sebastianismo como sistema de resistencia nacionalista, aparecen con todas las letras la muerte y el cadáver del rey.
{"title":"Don Sebastián vivo y muerto","authors":"José Miguel Martínez Torrejón","doi":"10.17561/blo.vextra5.7137","DOIUrl":"https://doi.org/10.17561/blo.vextra5.7137","url":null,"abstract":"El corpus de romances sobre Alcazarquivir es relativamente reducido, teniendo en cuenta la amplia repercusión de la batalla en otros medios. Son apenas diez, entre impresos y manuscritos. Sin embargo contienen todos los matices y hasta evolución temática que podemos observar en las numerosas crónicas y relaciones en prosa, impulsada por las necesidades políticas de cada momento. La mayor parte se concentra en el periodo 1592-1595, tras la larga década de silencio que sigue a la batalla, cuando no era políticamente aceptable extenderse sobre los aspectos conflictivos del tema: los motivos del desastre, el valor de los participantes, la supervivencia del rey, que no podía ser censurado. Tampoco sus nobles, a quienes Felipe II necesitaba para gobernar su nuevo reino. Una vez consolidado su poder, las Flores empiezan a imprimir romances que, sin responder de forma clara a ninguna de estas preguntas, las tocan todas, insinúan sin afirmar la muerte de D. Sebastián y salvan su recuerdo como joven valeroso aunque imprudente, con matices dependientes del medio en que se conservan. Solo cuando en torno al cambio de siglo se suceden los falsos sebastianes y crece el sebastianismo como sistema de resistencia nacionalista, aparecen con todas las letras la muerte y el cadáver del rey.","PeriodicalId":40453,"journal":{"name":"Boletin de Literatura Oral","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-12-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48829288","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
En el Libro de los engaños el Infante se enfrenta a un proceso donde es sentenciado a muerte por los dichos falsos de su madrastra. Sin embargo, en el proceso iniciático para aprender la sabiduría, ha sido instruido por su maestro para guardar silencio durante siete días. Imposibilitado para defenderse, sólo es capaz de permanecer callado y, aparentemente, en espera de una sentencia final que decida su suerte. A través de la etiqueta de «héroe traductor», y que posiblemente pueda hallarse en la muy extensa categoría «Clever man» de ATU, es posible reflexionar con mejores herramientas que el Infante no está desactivado en la intriga cortesana, sino por el contrario, está descifrando los signos de la providencia y la fortuna humana, para demostrar que es el más sabio del reino al término de los días para realizar la prueba del silencio.
{"title":"infante como héroe traductor en el Libro de los engaños a través de la categoría ATU «The Clever Man»","authors":"José Carlos Vilchis Fraustro","doi":"10.17561/blo.v12.6636","DOIUrl":"https://doi.org/10.17561/blo.v12.6636","url":null,"abstract":"En el Libro de los engaños el Infante se enfrenta a un proceso donde es sentenciado a muerte por los dichos falsos de su madrastra. Sin embargo, en el proceso iniciático para aprender la sabiduría, ha sido instruido por su maestro para guardar silencio durante siete días. Imposibilitado para defenderse, sólo es capaz de permanecer callado y, aparentemente, en espera de una sentencia final que decida su suerte. A través de la etiqueta de «héroe traductor», y que posiblemente pueda hallarse en la muy extensa categoría «Clever man» de ATU, es posible reflexionar con mejores herramientas que el Infante no está desactivado en la intriga cortesana, sino por el contrario, está descifrando los signos de la providencia y la fortuna humana, para demostrar que es el más sabio del reino al término de los días para realizar la prueba del silencio.","PeriodicalId":40453,"journal":{"name":"Boletin de Literatura Oral","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-07-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44835072","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este estudio pretende comparar el cuento de tradición oral conocido como The Basil Maiden y clasificado con el número 879 según la tipología de Aarne-Thompson-Uther con sus versiones literarias escritas, especialmente aquellas dirigidas al público infantil.
{"title":"Basil Maiden: tensiones entre oralidad y literatura infantil","authors":"Iria Sobrino Freire, Patricia Carballal Miñán","doi":"10.17561/blo.v12.6679","DOIUrl":"https://doi.org/10.17561/blo.v12.6679","url":null,"abstract":"Este estudio pretende comparar el cuento de tradición oral conocido como The Basil Maiden y clasificado con el número 879 según la tipología de Aarne-Thompson-Uther con sus versiones literarias escritas, especialmente aquellas dirigidas al público infantil.","PeriodicalId":40453,"journal":{"name":"Boletin de Literatura Oral","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-07-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42495688","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este texto es una reseña del libro de Alec Dempster Ni con pluma ni con letra.
这篇文章是对亚历克·登普斯特的书的回顾,既没有钢笔,也没有歌词。
{"title":"Dempster, Alec (2020): Ni con pluma ni con letra. Testimonios del canto jarocho, Raúl Eduardo González (ed. y pról.), Xalapa, Gobierno del Estado de Veracruz, 220 pp.","authors":"Agustín Rodríguez Hernández","doi":"10.17561/blo.v12.7057","DOIUrl":"https://doi.org/10.17561/blo.v12.7057","url":null,"abstract":"Este texto es una reseña del libro de Alec Dempster Ni con pluma ni con letra.","PeriodicalId":40453,"journal":{"name":"Boletin de Literatura Oral","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-07-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45878140","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}