Pub Date : 2018-10-16DOI: 10.26694/PENSANDO.V9I17.7415
F. J. Nascimento
O objetivo do artigo é refletir sobre a atualidade e o alcance do conteúdo da obra A condição humana de Hannah Arendt, a partir da afirmação contida no prefácio de que “o que estamos fazendo é o tema central desse livro”. Para esse fim, partimos da contextualização da obra, mostrando que o livro deve ser lido como a obra de uma judia contemporânea da Segunda Guerra que sofreu as consequências da ascensão do nazismo no seu país e, segundo, que a sua concepção está ligada ao que foi desenvolvido anteriormente em Origens do totalitarismo.
{"title":"A atualidade de A Condição Humana de Hannah Arendt: “O que estamos fazendo”","authors":"F. J. Nascimento","doi":"10.26694/PENSANDO.V9I17.7415","DOIUrl":"https://doi.org/10.26694/PENSANDO.V9I17.7415","url":null,"abstract":"O objetivo do artigo é refletir sobre a atualidade e o alcance do conteúdo da obra A condição humana de Hannah Arendt, a partir da afirmação contida no prefácio de que “o que estamos fazendo é o tema central desse livro”. Para esse fim, partimos da contextualização da obra, mostrando que o livro deve ser lido como a obra de uma judia contemporânea da Segunda Guerra que sofreu as consequências da ascensão do nazismo no seu país e, segundo, que a sua concepção está ligada ao que foi desenvolvido anteriormente em Origens do totalitarismo.","PeriodicalId":40593,"journal":{"name":"Pensando-Revista de Filosofia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-10-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46934053","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-10-16DOI: 10.26694/PENSANDO.V9I17.6391
Miguel Antônio do Nascimento
No artigo busca-se mostrar que o saber filosófico se diferencia dos saberes que consistem no exame direto das coisas. Ressalta-se o surgir da filosofia nisso como o tipo de compreender que explica a determinação das coisas. Enfatiza-se aí a dificuldade de se exprimir o conhecimento filosófico e de se preservar, simultaneamente, sua diferenciação em meio às outras formas de saber. A expressão “amor à sabedoria” é tomada aqui como tendência natural à superação desta dificuldade e vínculo entre o caráter de livre deste saber e o poder do homem que o produz. Como contra tendência destaca-se que a metafísica, ao resguardar o conteúdo da verdade no em si imutável, tornou inflexível o conteúdo do saber em questão. Reações a isto são reconhecidas como oposição e críticas à metafísica, ao “amor à sabedoria” e anúncio de “fim da filosofia”, mas sublinha-se que a paixão pela “sabedoria” concernente à determinação de sentido das coisas ainda não resulta explicada.
{"title":"O saber filosófico em enfoque hermenêutico","authors":"Miguel Antônio do Nascimento","doi":"10.26694/PENSANDO.V9I17.6391","DOIUrl":"https://doi.org/10.26694/PENSANDO.V9I17.6391","url":null,"abstract":"No artigo busca-se mostrar que o saber filosófico se diferencia dos saberes que consistem no exame direto das coisas. Ressalta-se o surgir da filosofia nisso como o tipo de compreender que explica a determinação das coisas. Enfatiza-se aí a dificuldade de se exprimir o conhecimento filosófico e de se preservar, simultaneamente, sua diferenciação em meio às outras formas de saber. A expressão “amor à sabedoria” é tomada aqui como tendência natural à superação desta dificuldade e vínculo entre o caráter de livre deste saber e o poder do homem que o produz. Como contra tendência destaca-se que a metafísica, ao resguardar o conteúdo da verdade no em si imutável, tornou inflexível o conteúdo do saber em questão. Reações a isto são reconhecidas como oposição e críticas à metafísica, ao “amor à sabedoria” e anúncio de “fim da filosofia”, mas sublinha-se que a paixão pela “sabedoria” concernente à determinação de sentido das coisas ainda não resulta explicada.","PeriodicalId":40593,"journal":{"name":"Pensando-Revista de Filosofia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-10-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49300504","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-10-16DOI: 10.26694/PENSANDO.V9I17.7433
H. Adverse
Resumo: Este trabalho tem por primeiro objetivo examinar os fundamentos das críticas de Hannah Arendt à democracia representativa. Para tanto, será preciso retomar os aspectos centrais de suas análises da democracia grega, incluindo suas invectivas contra a tradição da Filosofia Política que teria obscurecido seu sentido autêntico. Em segundo lugar, o artigo tenta demonstrar que as reservas de Arendt a respeito da democracia representativa não conduz, em absoluto, a sua completa rejeição.Palavras-Chave: Hannah Arendt, democracia, representação, pluralidade.
{"title":"Arendt e a Democracia Representativa","authors":"H. Adverse","doi":"10.26694/PENSANDO.V9I17.7433","DOIUrl":"https://doi.org/10.26694/PENSANDO.V9I17.7433","url":null,"abstract":"Resumo: Este trabalho tem por primeiro objetivo examinar os fundamentos das críticas de Hannah Arendt à democracia representativa. Para tanto, será preciso retomar os aspectos centrais de suas análises da democracia grega, incluindo suas invectivas contra a tradição da Filosofia Política que teria obscurecido seu sentido autêntico. Em segundo lugar, o artigo tenta demonstrar que as reservas de Arendt a respeito da democracia representativa não conduz, em absoluto, a sua completa rejeição.Palavras-Chave: Hannah Arendt, democracia, representação, pluralidade. ","PeriodicalId":40593,"journal":{"name":"Pensando-Revista de Filosofia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-10-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43618559","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-10-16DOI: 10.26694/PENSANDO.V9I17.7382
Giovanni Rolla
Primeiro apresento as linhas gerais do programa de pesquisa sobre cognição corporificada. Em uma posição central nesse programa, está a tese de que a cognição atravessa cérebro, corpo e mundo – e que, portanto, atividades cognitivas não são eventos exclusivamente intracraniais que ocorrem pela manipulação de representações. Eu apresento a gênese histórica desse programa, a saber, o projeto autopoiético dos chilenos Humberto Maturana e Francisco Varela. Desse projeto, é possível atestar um plano de fundo antirrealista e construtivista, segundo o qual a cognição é uma construção do mundo pelo organismo. Depois, eu apresento o fundamento teórico que recentemente tomou os holofotes do programa, a saber, o enativismo sensório-motor. Esse enativismo manifesta o compromisso com um realismo comedido, segundo o qual há estruturas objetivas a serem exploradas de acordo com a morfologia corpórea do organismo. Assim, observa-se uma tensão epistemológica no cerne do programa. Eu apresento uma possibilidade de resolução dessa tensão pela rejeição de uma das teses centrais do projeto autopoiético – a continuidade forte entre vida e cognição – e por uma melhor interpretação do que significa dizer que a cognição requer que o oragnismo “construa” o seu ambiente.
{"title":"A tensão epistemológica no Programa de Pesquisa sobre Cognição Corporificada","authors":"Giovanni Rolla","doi":"10.26694/PENSANDO.V9I17.7382","DOIUrl":"https://doi.org/10.26694/PENSANDO.V9I17.7382","url":null,"abstract":"Primeiro apresento as linhas gerais do programa de pesquisa sobre cognição corporificada. Em uma posição central nesse programa, está a tese de que a cognição atravessa cérebro, corpo e mundo – e que, portanto, atividades cognitivas não são eventos exclusivamente intracraniais que ocorrem pela manipulação de representações. Eu apresento a gênese histórica desse programa, a saber, o projeto autopoiético dos chilenos Humberto Maturana e Francisco Varela. Desse projeto, é possível atestar um plano de fundo antirrealista e construtivista, segundo o qual a cognição é uma construção do mundo pelo organismo. Depois, eu apresento o fundamento teórico que recentemente tomou os holofotes do programa, a saber, o enativismo sensório-motor. Esse enativismo manifesta o compromisso com um realismo comedido, segundo o qual há estruturas objetivas a serem exploradas de acordo com a morfologia corpórea do organismo. Assim, observa-se uma tensão epistemológica no cerne do programa. Eu apresento uma possibilidade de resolução dessa tensão pela rejeição de uma das teses centrais do projeto autopoiético – a continuidade forte entre vida e cognição – e por uma melhor interpretação do que significa dizer que a cognição requer que o oragnismo “construa” o seu ambiente.","PeriodicalId":40593,"journal":{"name":"Pensando-Revista de Filosofia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-10-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46500119","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}