Diante da necessidade cada vez maior dos genitores trabalharem e contribuírem para as despesas do lar, aumenta-se o questionamento acerca do direito a creche pública. O presente artigo busca esclarecer se existe o direito ao acesso integral à educação infantil pública e gratuita na primeira infância – aquela tida desde o nascimento até 6 anos completos. Nesse sentido, visa demonstrar a evolução histórica da educação no Brasil, conceituando-a sob o dever ser social e buscando apresentar os desafios para efetivar as garantias prestacionais do Estado. Assim, busca-se fundamentos em nossa Carta Magna, legislação infraconstitucional, princípios como o da Reserva do Possível – que visa delimitar aplicabilidade dos Direitos Fundamentais – e os entendimentos dos Superiores Tribunais de Justiça. Em paralelo esclarece a importância das crianças e adolescentes, quem a Constituição Federal trata com prioridade absoluta. Por fim, será delimitado a competência para julgar dissonâncias do tema, os requisitos e tipo de ação necessária.
{"title":"Acesso à educação na Primeira Infância e a alegação da reserva do possível","authors":"Thiago Lima Dutra, Rita de Cassia Nogueira Duarte","doi":"10.36704/sdhe.v5i2.7068","DOIUrl":"https://doi.org/10.36704/sdhe.v5i2.7068","url":null,"abstract":"Diante da necessidade cada vez maior dos genitores trabalharem e contribuírem para as despesas do lar, aumenta-se o questionamento acerca do direito a creche pública. O presente artigo busca esclarecer se existe o direito ao acesso integral à educação infantil pública e gratuita na primeira infância – aquela tida desde o nascimento até 6 anos completos. Nesse sentido, visa demonstrar a evolução histórica da educação no Brasil, conceituando-a sob o dever ser social e buscando apresentar os desafios para efetivar as garantias prestacionais do Estado. Assim, busca-se fundamentos em nossa Carta Magna, legislação infraconstitucional, princípios como o da Reserva do Possível – que visa delimitar aplicabilidade dos Direitos Fundamentais – e os entendimentos dos Superiores Tribunais de Justiça. Em paralelo esclarece a importância das crianças e adolescentes, quem a Constituição Federal trata com prioridade absoluta. Por fim, será delimitado a competência para julgar dissonâncias do tema, os requisitos e tipo de ação necessária.","PeriodicalId":410883,"journal":{"name":"SCIAS. Direitos Humanos e Educação","volume":"10 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116898613","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Lucas Da Silva Costa, Maria Eduarda Vieira Martins, Samantha Aparecida Correa Alves, Cristiane Aparecida Baquim
O artigo tem como objetivo apresentar o relato de um projeto de extensão desenvolvido por um grupo do Programa de Educação Tutorial (PET) com reeducandos de uma instituição prisional. A experiência relatada teve como objetivo proporcionar aos estudantes do curso de Pedagogia que compõem o grupo PET o contato com uma área de atuação profissional, a educação prisional, e aliado a este objetivo, como retorno social, proporcionar aos reeducandos da instituição prisional uma experiência educativa a partir de um projeto que contemplasse mais que apenas a leitura e a escrita. Estreitando os laços entre a educação e os direitos humanos, visou a ampliação do repertório cultural e estético dos reeducandos por meio de uma visita guiada a um museu e ao conjunto arquitetônico de uma universidade pública.
{"title":"EDUCAÇÃO PRISIONAL E A REMIÇÃO DE PENA PELA LEITURA","authors":"Lucas Da Silva Costa, Maria Eduarda Vieira Martins, Samantha Aparecida Correa Alves, Cristiane Aparecida Baquim","doi":"10.36704/sdhe.v5i2.7115","DOIUrl":"https://doi.org/10.36704/sdhe.v5i2.7115","url":null,"abstract":"O artigo tem como objetivo apresentar o relato de um projeto de extensão desenvolvido por um grupo do Programa de Educação Tutorial (PET) com reeducandos de uma instituição prisional. A experiência relatada teve como objetivo proporcionar aos estudantes do curso de Pedagogia que compõem o grupo PET o contato com uma área de atuação profissional, a educação prisional, e aliado a este objetivo, como retorno social, proporcionar aos reeducandos da instituição prisional uma experiência educativa a partir de um projeto que contemplasse mais que apenas a leitura e a escrita. Estreitando os laços entre a educação e os direitos humanos, visou a ampliação do repertório cultural e estético dos reeducandos por meio de uma visita guiada a um museu e ao conjunto arquitetônico de uma universidade pública.","PeriodicalId":410883,"journal":{"name":"SCIAS. Direitos Humanos e Educação","volume":"246 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115767201","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Isadora Pereira Lopes, Kelly Natalina dos Santos, Rogéria Cristina Alves
A proposta deste relato de experiência é refletir sobre as vivências e observações feitas pelas bolsistas do projeto de extensão “Grupo de Trabalho História da África: Aproximando o continente dos educadores”. Desenvolvido desde 2021, na Faculdade de Educação da Universidade do Estado de Minas Gerais (Campus BH), o projeto busca aproximar as discussões acadêmicas que tratam das Histórias e Culturas africanas, do público docente – seja aquele já formado e atuante e/ou aquele ainda em formação (graduandos). A partir de postagens em rede social e também de encontros virtuais, as ações do projeto serão apresentadas sob o ponto de vista da equipe coordenadora. Para tal, este relato está estruturado em três partes essenciais, a saber: apresentação do projeto; importância o ensino de Histórias e Culturas da África para a Educação; e os relatos das bolsistas, que trazem uma correlação dos aprendizados no projeto com as vivências profissionais. O nosso objetivo principal ao apresentar ao leitor esta proposta é leva-lo a refletir sobre os impactos que uma iniciativa como esta tem no campo educacional e também na perspectiva da afirmação dos direitos humanos.
{"title":"VAMOS FALAR DE HISTÓRIAS E CULTURAS AFRICANAS?","authors":"Isadora Pereira Lopes, Kelly Natalina dos Santos, Rogéria Cristina Alves","doi":"10.36704/sdhe.v5i2.7107","DOIUrl":"https://doi.org/10.36704/sdhe.v5i2.7107","url":null,"abstract":" A proposta deste relato de experiência é refletir sobre as vivências e observações feitas pelas bolsistas do projeto de extensão “Grupo de Trabalho História da África: Aproximando o continente dos educadores”. Desenvolvido desde 2021, na Faculdade de Educação da Universidade do Estado de Minas Gerais (Campus BH), o projeto busca aproximar as discussões acadêmicas que tratam das Histórias e Culturas africanas, do público docente – seja aquele já formado e atuante e/ou aquele ainda em formação (graduandos). A partir de postagens em rede social e também de encontros virtuais, as ações do projeto serão apresentadas sob o ponto de vista da equipe coordenadora. Para tal, este relato está estruturado em três partes essenciais, a saber: apresentação do projeto; importância o ensino de Histórias e Culturas da África para a Educação; e os relatos das bolsistas, que trazem uma correlação dos aprendizados no projeto com as vivências profissionais. O nosso objetivo principal ao apresentar ao leitor esta proposta é leva-lo a refletir sobre os impactos que uma iniciativa como esta tem no campo educacional e também na perspectiva da afirmação dos direitos humanos.","PeriodicalId":410883,"journal":{"name":"SCIAS. Direitos Humanos e Educação","volume":"6 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128418060","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Fernanda De Araújo Bugai, Jefferson Cavalcanti Lima
O presente trabalho tem como contexto de investigação a análise qualitativa de ementários dos cursos de bacharelado em Direito, das universidades públicas do Estado do Paraná, tendo como elemento central, disciplinas cujos conteúdos programáticos tratem dos Direitos Humanos. Durante o processo de análise dos ementários, trouxemos como centralidade uma discussão elaborada sob dois motes. O primeiro em relação ao discurso universalista presente nos ementários e em um segundo momento o silenciamento em relação aos temas de classe, raça e gênero. No que tange ao escopo teórico do trabalho, balizamos nossas análises a partir do que se convencionou denominar como teorias pós-coloniais e Estudos Subalternos.
{"title":"A formação em Direitos Humanos nos cursos de Bacharel em Direito das Universidades Estaduais do Paraná","authors":"Fernanda De Araújo Bugai, Jefferson Cavalcanti Lima","doi":"10.36704/sdhe.v5i1.6545","DOIUrl":"https://doi.org/10.36704/sdhe.v5i1.6545","url":null,"abstract":"O presente trabalho tem como contexto de investigação a análise qualitativa de ementários dos cursos de bacharelado em Direito, das universidades públicas do Estado do Paraná, tendo como elemento central, disciplinas cujos conteúdos programáticos tratem dos Direitos Humanos. Durante o processo de análise dos ementários, trouxemos como centralidade uma discussão elaborada sob dois motes. O primeiro em relação ao discurso universalista presente nos ementários e em um segundo momento o silenciamento em relação aos temas de classe, raça e gênero. No que tange ao escopo teórico do trabalho, balizamos nossas análises a partir do que se convencionou denominar como teorias pós-coloniais e Estudos Subalternos.","PeriodicalId":410883,"journal":{"name":"SCIAS. Direitos Humanos e Educação","volume":"5 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116215381","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Axel Honneth (2003) trabalha com a noção de luta por reconhecimento como base para o entendimento dos conflitos sociais. Partindo desse pressuposto, será a partir de questões subjetivas de cada indivíduo, compartilhadas com outros, que surgirão as lutas sociais. Honneth (2003) coloca que somente a partir de um sentimento de ofensa pessoal uma pessoa poderá chegar à consciência de alguma injustiça e assim terá motivação para uma ação concreta (compartilhada com outros com pensamentos semelhantes) e assim de fato partir para uma luta por reconhecimento. A partir da noção de “luta por reconhecimento” foi avaliado o movimento de ocupações de escolas ocorrido no estado de São Paulo em 2015, iniciado com a indignação individual dos estudantes transformada em coletiva obtendo assim importantes resultados. E percebeu-se que todo o processo de tal luta social foi construída de forma muito próxima à luta por reconhecimento descrita por Honneth (2003).
{"title":"Ocupações das escolas a partir da luta por reconhecimento","authors":"Lucca Amaral Tori","doi":"10.36704/sdhe.v5i1.6449","DOIUrl":"https://doi.org/10.36704/sdhe.v5i1.6449","url":null,"abstract":"Axel Honneth (2003) trabalha com a noção de luta por reconhecimento como base para o entendimento dos conflitos sociais. Partindo desse pressuposto, será a partir de questões subjetivas de cada indivíduo, compartilhadas com outros, que surgirão as lutas sociais. Honneth (2003) coloca que somente a partir de um sentimento de ofensa pessoal uma pessoa poderá chegar à consciência de alguma injustiça e assim terá motivação para uma ação concreta (compartilhada com outros com pensamentos semelhantes) e assim de fato partir para uma luta por reconhecimento. A partir da noção de “luta por reconhecimento” foi avaliado o movimento de ocupações de escolas ocorrido no estado de São Paulo em 2015, iniciado com a indignação individual dos estudantes transformada em coletiva obtendo assim importantes resultados. E percebeu-se que todo o processo de tal luta social foi construída de forma muito próxima à luta por reconhecimento descrita por Honneth (2003).","PeriodicalId":410883,"journal":{"name":"SCIAS. Direitos Humanos e Educação","volume":"49 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130781842","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A política socioeducativa é uma política educacional em sua gênese. Se pensarmos o espaço socioeducativo enquanto espaço de reconhecimento do eu, de descoberta de autonomia, de respeito aos processos de desenvolvimento desse sujeito, muito lembra o espaço escolar, pedagógico. Partimos de uma revisão bibliográfica da teoria do reconhecimento de Honneth para pensar na emancipação humana enquanto fator que também coloca os Direitos Humanos no centro dessa discussão, entendendo a perspectiva marxista de emancipação diretamente associada à dignidade. Entre o aspecto sancionatório e punitivo associado à responsabilização da adolescente existem caminhos de uma Educação em Direitos Humanos abrindo espaços para a ação pedagógica valorativa. A busca por justiça e visibilidade, juntamente com a própria emancipação, coloca essa adolescente no centro de um sistema, considerado por muitos, falido e multiplicador de violações. A busca por reconhecimento, enquanto ser social e educacional, traz voz e vez a essas adolescentes.
{"title":"Socioeducação e Direitos Humanos","authors":"Érica Renata Chaves Araújo de Melo","doi":"10.36704/sdhe.v5i1.6499","DOIUrl":"https://doi.org/10.36704/sdhe.v5i1.6499","url":null,"abstract":"A política socioeducativa é uma política educacional em sua gênese. Se pensarmos o espaço socioeducativo enquanto espaço de reconhecimento do eu, de descoberta de autonomia, de respeito aos processos de desenvolvimento desse sujeito, muito lembra o espaço escolar, pedagógico. Partimos de uma revisão bibliográfica da teoria do reconhecimento de Honneth para pensar na emancipação humana enquanto fator que também coloca os Direitos Humanos no centro dessa discussão, entendendo a perspectiva marxista de emancipação diretamente associada à dignidade. Entre o aspecto sancionatório e punitivo associado à responsabilização da adolescente existem caminhos de uma Educação em Direitos Humanos abrindo espaços para a ação pedagógica valorativa. A busca por justiça e visibilidade, juntamente com a própria emancipação, coloca essa adolescente no centro de um sistema, considerado por muitos, falido e multiplicador de violações. A busca por reconhecimento, enquanto ser social e educacional, traz voz e vez a essas adolescentes.","PeriodicalId":410883,"journal":{"name":"SCIAS. Direitos Humanos e Educação","volume":"24 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114508102","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Esta pesquisa possui um caráter qualitativo (MINAYO, 1994), e tem como objetivo auxiliar na discussão da temática racial no Ensino Médio a partir da Literatura Negro-brasileira. Para isso, foi realizada uma revisão bibliográfica baseada, principalmente, em Gomes (2017), Cuti (2010) e Munanga (2014), a fim de se apropriar das teorias acerca de raça, racismo e literatura negro-brasileira e, posteriormente, com a finalidade de contribuir com a prática docente dos professores de Literatura do Ensino Médio, assim, propusemos caminhos para uma abordagem da temática racial por meio da Literatura Negra. A pesquisa evidenciou que o caráter subjetivo da arte literária possibilita o combate ao racismo, de forma que a discussão da temática em aulas de literatura se torna imprescindível para a nossa realidade. Dessa forma, esperamos que este estudo contribua com os procedimentos de ensino dos docentes que se posicionam contrários ao racismo e enxergam na literatura e na educação formas de tornar a sociedade mais justa.
{"title":"As obras negro-brasileiras no Ensino Médio","authors":"Keyla Macena","doi":"10.36704/sdhe.v5i1.6543","DOIUrl":"https://doi.org/10.36704/sdhe.v5i1.6543","url":null,"abstract":"Esta pesquisa possui um caráter qualitativo (MINAYO, 1994), e tem como objetivo auxiliar na discussão da temática racial no Ensino Médio a partir da Literatura Negro-brasileira. Para isso, foi realizada uma revisão bibliográfica baseada, principalmente, em Gomes (2017), Cuti (2010) e Munanga (2014), a fim de se apropriar das teorias acerca de raça, racismo e literatura negro-brasileira e, posteriormente, com a finalidade de contribuir com a prática docente dos professores de Literatura do Ensino Médio, assim, propusemos caminhos para uma abordagem da temática racial por meio da Literatura Negra. A pesquisa evidenciou que o caráter subjetivo da arte literária possibilita o combate ao racismo, de forma que a discussão da temática em aulas de literatura se torna imprescindível para a nossa realidade. Dessa forma, esperamos que este estudo contribua com os procedimentos de ensino dos docentes que se posicionam contrários ao racismo e enxergam na literatura e na educação formas de tornar a sociedade mais justa.","PeriodicalId":410883,"journal":{"name":"SCIAS. Direitos Humanos e Educação","volume":"2 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123997551","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Rodolfo De Oliveira Silva, José Eustáquio De Brito
O presente estudo tem como intuito compreender o diálogo entre os Saberes Tradicionais do Candomblé do Povo Bantu – cosmologia que cultua as energias da natureza denominadas Mukixi (plural de Nkisi) – e a Educação Ambiental (EA), já que com a contínua desvalorização desses saberes pertencentes a estes povos e comunidades tradicionais ocasiona práticas de violências epistêmicas e raciais. Essas relações desiguais de poder, iniciadas desde o Brasil Colônia, persistem até os dias atuais, reverberando nas formas de educação produzidas ou reproduzidas, por exemplo, nas instituições escolares. Partindo da possibilidade do ato de educar em uma perspectiva etnoecológica e para as relações étnico-raciais, esse artigo se volta para a reflexão sobre os potenciais dos saberes locais para um ensino da Educação Ambiental Crítica pautado em uma educação antirracista, libertadora e democrática, indicando então uma relação estreita e um diálogo entre Educação Ambiental e os Saberes Tradicionais do Candomblé do povo Bantu.
{"title":"Educação ambiental e os saberes tradicionais","authors":"Rodolfo De Oliveira Silva, José Eustáquio De Brito","doi":"10.36704/sdhe.v5i1.6455","DOIUrl":"https://doi.org/10.36704/sdhe.v5i1.6455","url":null,"abstract":"O presente estudo tem como intuito compreender o diálogo entre os Saberes Tradicionais do Candomblé do Povo Bantu – cosmologia que cultua as energias da natureza denominadas Mukixi (plural de Nkisi) – e a Educação Ambiental (EA), já que com a contínua desvalorização desses saberes pertencentes a estes povos e comunidades tradicionais ocasiona práticas de violências epistêmicas e raciais. Essas relações desiguais de poder, iniciadas desde o Brasil Colônia, persistem até os dias atuais, reverberando nas formas de educação produzidas ou reproduzidas, por exemplo, nas instituições escolares. Partindo da possibilidade do ato de educar em uma perspectiva etnoecológica e para as relações étnico-raciais, esse artigo se volta para a reflexão sobre os potenciais dos saberes locais para um ensino da Educação Ambiental Crítica pautado em uma educação antirracista, libertadora e democrática, indicando então uma relação estreita e um diálogo entre Educação Ambiental e os Saberes Tradicionais do Candomblé do povo Bantu.","PeriodicalId":410883,"journal":{"name":"SCIAS. Direitos Humanos e Educação","volume":"43 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129521836","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Maria Eliane Alves Sousa, Maria de Fátima Lobato Tavares, Rosa Maria Da Rocha
Este artigo possui como objetivos: a) descrever os aspectos da promoção da saúde como política pública, que favorecem a inclusão da diversidade e da equidade em defesa dos direitos das mulheres no âmbito de outras políticas públicas; e, b) apresentar o papel da educação em direitos humanos como uma resposta e reforço necessário para a participação e formação cidadã em busca de políticas públicas mais equitativas. O estudo é qualitativo, com objetivo de uma pesquisa exploratória mediante pesquisa documental sobre o Plano Nacional de Promoção da Saúde. Também bibliográfica de abordagem dos direitos humanos e fundamentais por revisão narrativa simples. As políticas públicas para mulheres devem ser pensadas e concretizadas enquanto forma de mudar as estruturas que as prejudicam em diferentes aspectos e especificidades. Devem ser articuladas por vários atores sociais e intersetorialidade, para instrumentalizar ações e educação que desconstruam relações desiguais e iniquidades que afetam as mulheres na sociedade.
{"title":"Uma defesa da diversidade e equidade nas políticas públicas para as mulheres sob a ótica da promoção da saúde","authors":"Maria Eliane Alves Sousa, Maria de Fátima Lobato Tavares, Rosa Maria Da Rocha","doi":"10.36704/sdhe.v5i1.6548","DOIUrl":"https://doi.org/10.36704/sdhe.v5i1.6548","url":null,"abstract":"Este artigo possui como objetivos: a) descrever os aspectos da promoção da saúde como política pública, que favorecem a inclusão da diversidade e da equidade em defesa dos direitos das mulheres no âmbito de outras políticas públicas; e, b) apresentar o papel da educação em direitos humanos como uma resposta e reforço necessário para a participação e formação cidadã em busca de políticas públicas mais equitativas. O estudo é qualitativo, com objetivo de uma pesquisa exploratória mediante pesquisa documental sobre o Plano Nacional de Promoção da Saúde. Também bibliográfica de abordagem dos direitos humanos e fundamentais por revisão narrativa simples. As políticas públicas para mulheres devem ser pensadas e concretizadas enquanto forma de mudar as estruturas que as prejudicam em diferentes aspectos e especificidades. Devem ser articuladas por vários atores sociais e intersetorialidade, para instrumentalizar ações e educação que desconstruam relações desiguais e iniquidades que afetam as mulheres na sociedade.","PeriodicalId":410883,"journal":{"name":"SCIAS. Direitos Humanos e Educação","volume":"4 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125413975","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este texto é a tradução do original “La Construcción Social del Género”, capítulo publicado originalmente em DÍAZ, Capitolina (ed.). Sociología y Género. Madrid: Tecnos, 2013. O propósito do capítulo que aqui é apresentado traduzido é apresentar as implicações teóricas e práticas da distinção analítica sexo/gênero, assim como o processo histórico que levou ao desenvolvimento desses conceitos.
本文是原文“La construccion Social del genero”的翻译,这一章最初发表于diaz, Capitolina(编)。社会学与性别。他的父亲是一名律师,母亲是一名律师。本章的目的是介绍性别/性别分析区别的理论和实践含义,以及导致这些概念发展的历史过程。
{"title":"A construção social do gênero","authors":"Marcel de Almeida Freitas","doi":"10.36704/sdhe.v5i1.6221","DOIUrl":"https://doi.org/10.36704/sdhe.v5i1.6221","url":null,"abstract":"Este texto é a tradução do original “La Construcción Social del Género”, capítulo publicado originalmente em DÍAZ, Capitolina (ed.). Sociología y Género. Madrid: Tecnos, 2013. O propósito do capítulo que aqui é apresentado traduzido é apresentar as implicações teóricas e práticas da distinção analítica sexo/gênero, assim como o processo histórico que levou ao desenvolvimento desses conceitos.","PeriodicalId":410883,"journal":{"name":"SCIAS. Direitos Humanos e Educação","volume":"128 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122149841","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}