Pub Date : 2022-06-23DOI: 10.5335/srph.v21i1.13429
Ana Paula Graboski de Almeida
O presente trabalho tem como objetivo discorrer sobre a problemática da violência a partir da oposição entre a violência aberta e a violência estrutural. Parte de uma contextualização crítica a respeito da violência para, posteriormente, encontrar convergências dessas críticas na práxis e nos discursos de Ravachol e Émile Henry, dois conhecidos anarquistas adeptos da propaganda pelo feito. Por fim, busca contrapor o discurso hegemônico a respeito da legitimidade da violência no fazer político, a fim de resgatar na história um discurso de resistência ao pacifismo imposto à força pelos Estados modernos. Palavras-chave: anarquismo; propagandistas pelo ato; violência.
{"title":"“Ser bueno es ser feroz”","authors":"Ana Paula Graboski de Almeida","doi":"10.5335/srph.v21i1.13429","DOIUrl":"https://doi.org/10.5335/srph.v21i1.13429","url":null,"abstract":"O presente trabalho tem como objetivo discorrer sobre a problemática da violência a partir da oposição entre a violência aberta e a violência estrutural. Parte de uma contextualização crítica a respeito da violência para, posteriormente, encontrar convergências dessas críticas na práxis e nos discursos de Ravachol e Émile Henry, dois conhecidos anarquistas adeptos da propaganda pelo feito. Por fim, busca contrapor o discurso hegemônico a respeito da legitimidade da violência no fazer político, a fim de resgatar na história um discurso de resistência ao pacifismo imposto à força pelos Estados modernos. \u0000Palavras-chave: anarquismo; propagandistas pelo ato; violência.","PeriodicalId":445484,"journal":{"name":"Semina - Revista dos Pós-Graduandos em História da UPF","volume":"59 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124875253","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-06-23DOI: 10.5335/srph.v21i1.13694
Cleberson Henrique De Moura, Alex Da Silva Martire, Amanda Daltro de Viveiros Pina, Tomás Partiti Cafagne, Angélica Borges Jordani
Como parte de um trabalho de difusão de conhecimentos históricos e Arqueologia, sob a perspectiva das Humanas Digitais, o grupo de pesquisa ARISE (Arqueologia Interativa e Simulações Eletrônicas), criado em 2017 no âmbito do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (MAE-USP), realiza um projeto que consiste em uma série de entrevistas com especialistas em Arqueologia Digital e áreas correlatas. Nesta entrevista, o professor doutor Andrés Zarankin da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) a professora doutora Fernanda Codevilla Soares da Universidade Federal do Piauí (UFPI)7 falam de assuntos que vão desde pesquisas arqueológicas envolvendo os centros clandestinos de detenção da ditadura argentina, até os desafios de trabalhar sob condições de isolamento na Antártica, discorrendo ainda sobre aplicações de tecnologias digitais em pesquisas antárticas. Comentam sobre suas experiências com ferramentas tecnológicas a serviço de uma arqueologia digital demandada na coordenação e execução de projetos internacionais que, desde 1995, visam estudar as primeiras estratégias de ocupação humana de ocupação da Antártica e as significações construídas socialmente sobre este território que foram sendo erigidas ao longo do tempo. Uma conversa que aborda, a um só tempo, conteúdos sobre um território que desperta curiosidade devido às suas características tão peculiares, bem como o uso de tecnologias digitais que se prestam ao exercício da produção de conhecimento histórico sobre a Antártica sob a perspectiva da Arqueologia Pública que visa construir diálogos entre arqueólogos e não arqueólogos. Provavelmente, as publicações dos entrevistados já fizeram parte das leituras acadêmicas de muitos arqueólogos e interessados em estudos antárticos.
{"title":"Arqueologia Antártica Digital","authors":"Cleberson Henrique De Moura, Alex Da Silva Martire, Amanda Daltro de Viveiros Pina, Tomás Partiti Cafagne, Angélica Borges Jordani","doi":"10.5335/srph.v21i1.13694","DOIUrl":"https://doi.org/10.5335/srph.v21i1.13694","url":null,"abstract":"Como parte de um trabalho de difusão de conhecimentos históricos e Arqueologia, sob a perspectiva das Humanas Digitais, o grupo de pesquisa ARISE (Arqueologia Interativa e Simulações Eletrônicas), criado em 2017 no âmbito do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (MAE-USP), realiza um projeto que consiste em uma série de entrevistas com especialistas em Arqueologia Digital e áreas correlatas. Nesta entrevista, o professor doutor Andrés Zarankin da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) a professora doutora Fernanda Codevilla Soares da Universidade Federal do Piauí (UFPI)7 falam de assuntos que vão desde pesquisas arqueológicas envolvendo os centros clandestinos de detenção da ditadura argentina, até os desafios de trabalhar sob condições de isolamento na Antártica, discorrendo ainda sobre aplicações de tecnologias digitais em pesquisas antárticas. Comentam sobre suas experiências com ferramentas tecnológicas a serviço de uma arqueologia digital demandada na coordenação e execução de projetos internacionais que, desde 1995, visam estudar as primeiras estratégias de ocupação humana de ocupação da Antártica e as significações construídas socialmente sobre este território que foram sendo erigidas ao longo do tempo. Uma conversa que aborda, a um só tempo, conteúdos sobre um território que desperta curiosidade devido às suas características tão peculiares, bem como o uso de tecnologias digitais que se prestam ao exercício da produção de conhecimento histórico sobre a Antártica sob a perspectiva da Arqueologia Pública que visa construir diálogos entre arqueólogos e não arqueólogos. Provavelmente, as publicações dos entrevistados já fizeram parte das leituras acadêmicas de muitos arqueólogos e interessados em estudos antárticos.","PeriodicalId":445484,"journal":{"name":"Semina - Revista dos Pós-Graduandos em História da UPF","volume":"25 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124286475","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-06-23DOI: 10.5335/srph.v21i1.13304
Diogo Cómitre
Realizaremos um debate historiográfico sobre aspectos importantes da entrada dos visigodos nas terras do Império Romano, considerando a relação entre a confederação visigoda e o poder imperial, especialmente no significado da hospitalitas. Compreenderemos a chegada dos visigodos nos territórios das Gálias e da Hispânia, atendendo os interesses políticos, econômicos e militares romanos e suprindo as necessidades materiais que contribuíam para a tentativa de coesão dos visigodos. Analisaremos a situação política, social e econômica dos visigodos frente ao processo de desagregação que marcou o fim do Império Romano do Ocidente, considerando as relações entre núcleo aristocrático, monarquia e aristocracias regionais para entendermos a estrutura de poder e o processo de tentativa de afirmação da autoridade da monarquia entre os visigodos.
{"title":"Aspectos da entrada da confederação goda nas terras do império romano","authors":"Diogo Cómitre","doi":"10.5335/srph.v21i1.13304","DOIUrl":"https://doi.org/10.5335/srph.v21i1.13304","url":null,"abstract":"Realizaremos um debate historiográfico sobre aspectos importantes da entrada dos visigodos nas terras do Império Romano, considerando a relação entre a confederação visigoda e o poder imperial, especialmente no significado da hospitalitas. Compreenderemos a chegada dos visigodos nos territórios das Gálias e da Hispânia, atendendo os interesses políticos, econômicos e militares romanos e suprindo as necessidades materiais que contribuíam para a tentativa de coesão dos visigodos. Analisaremos a situação política, social e econômica dos visigodos frente ao processo de desagregação que marcou o fim do Império Romano do Ocidente, considerando as relações entre núcleo aristocrático, monarquia e aristocracias regionais para entendermos a estrutura de poder e o processo de tentativa de afirmação da autoridade da monarquia entre os visigodos.","PeriodicalId":445484,"journal":{"name":"Semina - Revista dos Pós-Graduandos em História da UPF","volume":"11 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121970725","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-06-23DOI: 10.5335/srph.v21i1.13415
F. Bassani
Este artigo analisa alguns papéis adotados pela Psicologia e Serviço Social no sistema prisional, disciplinas legitimadas legal e institucionalmente, em contraposição aos usos possíveis da cultura periférica, em especial o hip hop, dispositivo visto como marginal no âmbito de tratamentos penais. Tomamos como campo de análise, os cárceres do Rio Grande do Sul, ao longo do século XX, procurando realçar também as diferenças no cenário trazidas pelas recentes facções prisionais. O Estado também foi palco do “MC’s para a Paz” entre os anos de 2007 e 2016, programa de tratamento de jovens proposto por psicólogas, mas baseado na cultura hip hop. As análises basearam-se em noções de poder, saber e discursos de verdade de Foucault. Como resultados, percebeu-se que historicamente a Psicologia ligou-se a ações de viés avaliativo, já o Serviço Social desenvolveu projetos de maior autonomia. A cultura hip hop mostrou-se uma ferramenta auxiliar potente, conferindo à palavra rimada dos RAPs um plano enunciativo de poder, que os distancia das facções.
本文分析了心理学和社会工作在监狱系统中所扮演的一些角色，这些学科在法律上和制度上都是合法的，而不是边缘文化的可能用途，特别是嘻哈，在刑事处理中被视为边缘设备。我们以20世纪南大监狱为分析领域，试图突出最近监狱派系所带来的情景差异。2007年至2016年，该州还举办了“MC’s para a Paz”，这是一个由心理学家提出的青少年治疗项目，但基于嘻哈文化。分析的基础是福柯的权力观念、知识观念和真理话语。结果表明，历史上，心理学与评价偏差行为有关，因为社会服务发展了更大的自主性项目。嘻哈文化被证明是一种强大的辅助工具，给押韵的说唱词一个明确的权力计划，使他们远离派系。
{"title":"A palavra como rótulo ou cura","authors":"F. Bassani","doi":"10.5335/srph.v21i1.13415","DOIUrl":"https://doi.org/10.5335/srph.v21i1.13415","url":null,"abstract":"Este artigo analisa alguns papéis adotados pela Psicologia e Serviço Social no sistema prisional, disciplinas legitimadas legal e institucionalmente, em contraposição aos usos possíveis da cultura periférica, em especial o hip hop, dispositivo visto como marginal no âmbito de tratamentos penais. Tomamos como campo de análise, os cárceres do Rio Grande do Sul, ao longo do século XX, procurando realçar também as diferenças no cenário trazidas pelas recentes facções prisionais. O Estado também foi palco do “MC’s para a Paz” entre os anos de 2007 e 2016, programa de tratamento de jovens proposto por psicólogas, mas baseado na cultura hip hop. As análises basearam-se em noções de poder, saber e discursos de verdade de Foucault. Como resultados, percebeu-se que historicamente a Psicologia ligou-se a ações de viés avaliativo, já o Serviço Social desenvolveu projetos de maior autonomia. A cultura hip hop mostrou-se uma ferramenta auxiliar potente, conferindo à palavra rimada dos RAPs um plano enunciativo de poder, que os distancia das facções. ","PeriodicalId":445484,"journal":{"name":"Semina - Revista dos Pós-Graduandos em História da UPF","volume":"13 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128096278","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-06-23DOI: 10.5335/srph.v21i1.13423
G. Oliveira
Este artigo propõe analisar alguns esquemas estabelecidos das redes ilegais do narcotráfico, sobretudo, o atacado de pasta base e de cocaína na fronteira Brasil/Bolívia. A metodologia de pesquisa utilizada foi a etnografia, o que possibilitou entender os fatos a partir dos atores sociais envolvidos nessas práticas. Por fim, algumas reflexões foram levantadas sobre os procedimentos regulares e dinâmicos do funcionamento de remessas de drogas, em grande quantidade, para outras localidades do Brasil.
{"title":"“Mandando para fora”","authors":"G. Oliveira","doi":"10.5335/srph.v21i1.13423","DOIUrl":"https://doi.org/10.5335/srph.v21i1.13423","url":null,"abstract":"Este artigo propõe analisar alguns esquemas estabelecidos das redes ilegais do narcotráfico, sobretudo, o atacado de pasta base e de cocaína na fronteira Brasil/Bolívia. A metodologia de pesquisa utilizada foi a etnografia, o que possibilitou entender os fatos a partir dos atores sociais envolvidos nessas práticas. Por fim, algumas reflexões foram levantadas sobre os procedimentos regulares e dinâmicos do funcionamento de remessas de drogas, em grande quantidade, para outras localidades do Brasil.","PeriodicalId":445484,"journal":{"name":"Semina - Revista dos Pós-Graduandos em História da UPF","volume":"19 3 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128633171","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-06-23DOI: 10.5335/srph.v21i1.13376
Alan Bizerra Martins
Nos últimos anos pesquisas sobre a temática ensino da História da África e da Cultura Afro-brasileira tem ganhado mais espaços no âmbito educacional. No ano de 2003, foi implementada, a Lei 10.639/03, que estabeleceu a Educação das Relações Étnico-Raciais e a obrigatoriedade do Ensino de História e Cultura Afro-brasileira. A pesquisa tem objetivo analisar e refletir sobre as narrativas didáticas sobre o Ensino de História África e da Cultura Afro-Brasileira na coleção “História Sociedade & Cidadania” dos Anos Finais do Ensino Fundamental utilizada no município de Marabá-PA.
{"title":"Livro didático e o ensino de história da África e Cultura Afro-brasileira","authors":"Alan Bizerra Martins","doi":"10.5335/srph.v21i1.13376","DOIUrl":"https://doi.org/10.5335/srph.v21i1.13376","url":null,"abstract":"Nos últimos anos pesquisas sobre a temática ensino da História da África e da Cultura Afro-brasileira tem ganhado mais espaços no âmbito educacional. No ano de 2003, foi implementada, a Lei 10.639/03, que estabeleceu a Educação das Relações Étnico-Raciais e a obrigatoriedade do Ensino de História e Cultura Afro-brasileira. A pesquisa tem objetivo analisar e refletir sobre as narrativas didáticas sobre o Ensino de História África e da Cultura Afro-Brasileira na coleção “História Sociedade & Cidadania” dos Anos Finais do Ensino Fundamental utilizada no município de Marabá-PA. ","PeriodicalId":445484,"journal":{"name":"Semina - Revista dos Pós-Graduandos em História da UPF","volume":"11 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128037315","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-06-21DOI: 10.5335/srph.v21i1.13359
Lucas Da Silva Santos
Este artigo possui como tema a violência legitimada pelo Estado, especialmente as cristalizadas nas agências policiais. Através do método de abordagem hipotético-dedutivo e da revisão bibliográfica, parte-se das seguintes problematizações de pesquisa: Qual a função do regime ditatorial e da Doutrina de Segurança Nacional na estruturação de um aparato jurídico-institucional em relação às Forças Armadas e polícias? Os legados deste período autoritário cristalizaram e intensificaram um modelo de atuação policial enquanto dispositivo estatal de morte? A pesquisa se divide em duas etapas, inicialmente abordar-se-á o regime ditatorial de 1964-1985 e a difusão das políticas baseadas no paradigma da Doutrina de Segurança Nacional, na segunda etapa a redemocratização negociada e às cláusulas destinadas aos militares no seio da Constituição Federal de 1988. Conclui-se, que apesar da violência colonial que funda o Estado-brasileiro, essa violência ancestral não pode ser objeto de normalização e naturalização da exceção como regra, em outros termos, não “aceitar” uma espécie de homogeneização histórica, posto que os aparatos policiais e suas atuações intrinsecamente violenta(s) e letais não podem ser consideradas como rotinas penais em um contexto democrático. Portanto, a função da ditadura brasileira foi de aprofundar a condição histórica de violência policial colonial e racista, logo, a estruturação das instituições policiais enquanto dispositivos estatais de morte, agora fortalecidos e legitimados sob o manto da Democracia.
{"title":"Violência (criminosa) do Estado","authors":"Lucas Da Silva Santos","doi":"10.5335/srph.v21i1.13359","DOIUrl":"https://doi.org/10.5335/srph.v21i1.13359","url":null,"abstract":"Este artigo possui como tema a violência legitimada pelo Estado, especialmente as cristalizadas nas agências policiais. Através do método de abordagem hipotético-dedutivo e da revisão bibliográfica, parte-se das seguintes problematizações de pesquisa: Qual a função do regime ditatorial e da Doutrina de Segurança Nacional na estruturação de um aparato jurídico-institucional em relação às Forças Armadas e polícias? Os legados deste período autoritário cristalizaram e intensificaram um modelo de atuação policial enquanto dispositivo estatal de morte? A pesquisa se divide em duas etapas, inicialmente abordar-se-á o regime ditatorial de 1964-1985 e a difusão das políticas baseadas no paradigma da Doutrina de Segurança Nacional, na segunda etapa a redemocratização negociada e às cláusulas destinadas aos militares no seio da Constituição Federal de 1988. Conclui-se, que apesar da violência colonial que funda o Estado-brasileiro, essa violência ancestral não pode ser objeto de normalização e naturalização da exceção como regra, em outros termos, não “aceitar” uma espécie de homogeneização histórica, posto que os aparatos policiais e suas atuações intrinsecamente violenta(s) e letais não podem ser consideradas como rotinas penais em um contexto democrático. Portanto, a função da ditadura brasileira foi de aprofundar a condição histórica de violência policial colonial e racista, logo, a estruturação das instituições policiais enquanto dispositivos estatais de morte, agora fortalecidos e legitimados sob o manto da Democracia. ","PeriodicalId":445484,"journal":{"name":"Semina - Revista dos Pós-Graduandos em História da UPF","volume":"98 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126907237","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-27DOI: 10.5335/srph.v20i3.13161
Marcelo Cardoso
Este artigo analisou o uso da Guarda Nacional como força policial na província do Piauí durante a Guerra do Paraguai (1865-1870). Nesse período, a Força Pública passou a ser formada principalmente por guardas nacionais. A instituição passou do emprego extraordinário ao uso rotineiro no serviço policial. Nesse sentido, cabe investigar até que ponto foi satisfatório esse serviço na Província do Piauí. A metodologia empregada foi pesquisa em Arquivo Público, bibliográfica, leitura e análise das fontes. A documentação sobre a Guarda Nacional é majoritariamente administrativa, destacando-se: Relatórios dos presidentes de província, chefes de polícia, Ministros da justiça, Códigos de leis do Império, dentre outras. Na pesquisa constatou-se críticas e elogios ao emprego da Guarda Nacional.
{"title":"Força Pública:","authors":"Marcelo Cardoso","doi":"10.5335/srph.v20i3.13161","DOIUrl":"https://doi.org/10.5335/srph.v20i3.13161","url":null,"abstract":"Este artigo analisou o uso da Guarda Nacional como força policial na província do Piauí durante a Guerra do Paraguai (1865-1870). Nesse período, a Força Pública passou a ser formada principalmente por guardas nacionais. A instituição passou do emprego extraordinário ao uso rotineiro no serviço policial. Nesse sentido, cabe investigar até que ponto foi satisfatório esse serviço na Província do Piauí. A metodologia empregada foi pesquisa em Arquivo Público, bibliográfica, leitura e análise das fontes. A documentação sobre a Guarda Nacional é majoritariamente administrativa, destacando-se: Relatórios dos presidentes de província, chefes de polícia, Ministros da justiça, Códigos de leis do Império, dentre outras. Na pesquisa constatou-se críticas e elogios ao emprego da Guarda Nacional.","PeriodicalId":445484,"journal":{"name":"Semina - Revista dos Pós-Graduandos em História da UPF","volume":"34 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115198640","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-27DOI: 10.5335/srph.v20i3.12975
Lieli Coelho Kolling
O presente artigo tem por objetivo evidenciar os vestígios arqueológicos encontrados no Norte do Rio Grande do Sul, especificamente no Município de Novo Barreiro. A fim de contextualizar os achados na região em estudo, será feita uma breve abordagem referente à História Antiga do Estado do Rio Grande do Sul. Posteriormente serão apresentados os artefatos líticos, os quais fazem parte de acervos pessoais e atualmente se encontram nas casas dos munícipes. Os acervos analisados apresentam vários artefatos como pontas de projétil, bolas de boleadeiras, lâmina de machado, mão de pilão e percutor. Pretende-se, a partir da apresentação do potencial arqueológico, possibilitar o conhecimento do patrimônio arqueológico, histórico e cultural, contribuindo para a valoração do espaço, preservação e compreensão dos processos de ocupação territorial e fenômenos históricos ali ocorridos.
{"title":"Vestígios Arqueológicos no Norte do Rio Grande do Sul","authors":"Lieli Coelho Kolling","doi":"10.5335/srph.v20i3.12975","DOIUrl":"https://doi.org/10.5335/srph.v20i3.12975","url":null,"abstract":"O presente artigo tem por objetivo evidenciar os vestígios arqueológicos encontrados no Norte do Rio Grande do Sul, especificamente no Município de Novo Barreiro. A fim de contextualizar os achados na região em estudo, será feita uma breve abordagem referente à História Antiga do Estado do Rio Grande do Sul. Posteriormente serão apresentados os artefatos líticos, os quais fazem parte de acervos pessoais e atualmente se encontram nas casas dos munícipes. Os acervos analisados apresentam vários artefatos como pontas de projétil, bolas de boleadeiras, lâmina de machado, mão de pilão e percutor. Pretende-se, a partir da apresentação do potencial arqueológico, possibilitar o conhecimento do patrimônio arqueológico, histórico e cultural, contribuindo para a valoração do espaço, preservação e compreensão dos processos de ocupação territorial e fenômenos históricos ali ocorridos.","PeriodicalId":445484,"journal":{"name":"Semina - Revista dos Pós-Graduandos em História da UPF","volume":"6 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116720718","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-27DOI: 10.5335/srph.v20i3.13147
Cleberson Henrique de Moura, Alex da Silva Martire, Amanda Daltro de Viveiros Pina, Tomás Partiti Cafagne, Matheus Morais Cruz
Como parte de um trabalho de difusão de conhecimento no campo da História e Arqueologia, sob a perspectiva das Humanas Digitais, o grupo de pesquisa ARISE (Arqueologia Interativa e Simulações Eletrônicas), criado em 2017 no âmbito do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (MAE-USP), apresenta a entrevista concedida pela arqueóloga e especialista em arqueologia digital Carolina Machado Guedes, docente da Universidade Metropolitana de Santos (UNIMES) e professora convidada da Universidade de Santo Amaro (UNISA). Nesta conversa, compartilha suas experiências com o desenvolvimento de pesquisas nas áreas de arqueologia pré-colombiana, arte rupestre paleolítica e arqueologia mediterrânica, além das áreas mais voltadas para o mundo digital como fotogrametria, modelagem 3D e reconstrução virtual aplicada ao patrimônio arqueológico.
{"title":"Digitalização do Patrimônio Cultural:","authors":"Cleberson Henrique de Moura, Alex da Silva Martire, Amanda Daltro de Viveiros Pina, Tomás Partiti Cafagne, Matheus Morais Cruz","doi":"10.5335/srph.v20i3.13147","DOIUrl":"https://doi.org/10.5335/srph.v20i3.13147","url":null,"abstract":"Como parte de um trabalho de difusão de conhecimento no campo da História e Arqueologia, sob a perspectiva das Humanas Digitais, o grupo de pesquisa ARISE (Arqueologia Interativa e Simulações Eletrônicas), criado em 2017 no âmbito do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (MAE-USP), apresenta a entrevista concedida pela arqueóloga e especialista em arqueologia digital Carolina Machado Guedes, docente da Universidade Metropolitana de Santos (UNIMES) e professora convidada da Universidade de Santo Amaro (UNISA). Nesta conversa, compartilha suas experiências com o desenvolvimento de pesquisas nas áreas de arqueologia pré-colombiana, arte rupestre paleolítica e arqueologia mediterrânica, além das áreas mais voltadas para o mundo digital como fotogrametria, modelagem 3D e reconstrução virtual aplicada ao patrimônio arqueológico.","PeriodicalId":445484,"journal":{"name":"Semina - Revista dos Pós-Graduandos em História da UPF","volume":"2019 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121344039","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
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