Melina Monks da Silveira, Louise Prado Alfonso, Newan Acacio Oliveira de Souza
Este texto propõe debater sobre os processos de seleção e sobre as políticas de preservação de Bens Culturais em Pelotas-RS. Uma análise sobre o reconhecimento do conjunto histórico, que buscou entender as articulações municipais e federais na proposta de preservação, evidenciou uma predileção à valorização da arquitetura eclética dos séculos XIX e XX como Bens Culturais representativos da história local. A partir de uma aproximação entre a perspectiva crítica dos estudos sobre patrimônio e a Arqueologia da Arquitetura, procuramos identificar tratativas contradiscursivas sobre o patrimônio edificado local, evidenciando o papel social do fazer arqueológico no reconhecimento de patrimônios invisibilizados. Como exemplos serão abordados o Passo do Negros e a zona industrial do Porto de Pelotas.
本文旨在探讨佩洛塔斯地区文化遗产的选择过程和保护政策。对历史遗址的认识进行了分析,试图理解市政和联邦在保护提案中的联系,显示出对19世纪和20世纪折衷主义建筑作为当地历史文化遗产的欣赏的偏好。从遗产研究和建筑考古学的批判视角出发,我们试图识别与当地建筑遗产相矛盾的交易,强调考古在承认无形遗产方面的社会作用。例如Passo do Negros和Porto de Pelotas工业区。
{"title":"Para além da monumentalidade","authors":"Melina Monks da Silveira, Louise Prado Alfonso, Newan Acacio Oliveira de Souza","doi":"10.24885/sab.v35i2.918","DOIUrl":"https://doi.org/10.24885/sab.v35i2.918","url":null,"abstract":"Este texto propõe debater sobre os processos de seleção e sobre as políticas de preservação de Bens Culturais em Pelotas-RS. Uma análise sobre o reconhecimento do conjunto histórico, que buscou entender as articulações municipais e federais na proposta de preservação, evidenciou uma predileção à valorização da arquitetura eclética dos séculos XIX e XX como Bens Culturais representativos da história local. A partir de uma aproximação entre a perspectiva crítica dos estudos sobre patrimônio e a Arqueologia da Arquitetura, procuramos identificar tratativas contradiscursivas sobre o patrimônio edificado local, evidenciando o papel social do fazer arqueológico no reconhecimento de patrimônios invisibilizados. Como exemplos serão abordados o Passo do Negros e a zona industrial do Porto de Pelotas.","PeriodicalId":51960,"journal":{"name":"Conimbriga-Revista de Arqueologia","volume":"20 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"84104509","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Entender o que nos torna humanos tem sido tema de intensa discussão nas últimas décadas. Atualmente a característica que melhor nos difere dos demais animais é a capacidade de pensamento simbólico, no entanto compreender quando e como se deu o desenvolvimento deste elemento ainda é uma questão em aberto. O livro nos permite encarar o registro arqueológico e enxergar a construção do nosso entendimento atual acerca do tema, somando um pouco das perspectivas para novos debates. Em “A origem do significado – uma abordagem paleoantropológica” Walter Neves, Eliane Rapchan e Lukas Blumrich se propõem a revisitar o conhecimento produzido até aqui, na busca por desvendar o surgimento do simbolismo.
{"title":"Origem do significado","authors":"Gabriel Rocha","doi":"10.24885/sab.v35i2.981","DOIUrl":"https://doi.org/10.24885/sab.v35i2.981","url":null,"abstract":"Entender o que nos torna humanos tem sido tema de intensa discussão nas últimas décadas. Atualmente a característica que melhor nos difere dos demais animais é a capacidade de pensamento simbólico, no entanto compreender quando e como se deu o desenvolvimento deste elemento ainda é uma questão em aberto. O livro nos permite encarar o registro arqueológico e enxergar a construção do nosso entendimento atual acerca do tema, somando um pouco das perspectivas para novos debates. Em “A origem do significado – uma abordagem paleoantropológica” Walter Neves, Eliane Rapchan e Lukas Blumrich se propõem a revisitar o conhecimento produzido até aqui, na busca por desvendar o surgimento do simbolismo.","PeriodicalId":51960,"journal":{"name":"Conimbriga-Revista de Arqueologia","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"90373023","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Jessica Ferreira, Dione Da Rocha Bandeira, Rosa Cristina Corrêa Luz de Souza, Claudio Rodolfo Tureck, Luciano Lorenzi
O ser humano altera o ambiente em sua volta desde os registros mais antigos e seus impactos ao longo da sua evolução. Dos impactos visíveis na paisagem causados por sociedades pretéritas, destacam-se os sambaquis. Dentre as regiões brasileiras com grandes agrupamentos de sambaquis, destaca-se a Baía Babitonga, uma formação estuarina no sul do Brasil com alto potencial conservacionista e interesse arqueológico. Nesta região, há um único sambaqui situado sob gruta e devido sua singularidade, buscou-se caracterizar os moluscos do Holoceno Tardio e compreender os padrões de exploração deste recurso pelos povos pré-coloniais. A escavação arqueológica no sambaqui resultou em 27 espécies (17.695 indivíduos), onde foi possível inferir as áreas de captação dos moluscos e suas funções e utilidades para estes povos.
{"title":"Estudo arqueomalacológico do sambaqui sob rocha Casa de Pedra","authors":"Jessica Ferreira, Dione Da Rocha Bandeira, Rosa Cristina Corrêa Luz de Souza, Claudio Rodolfo Tureck, Luciano Lorenzi","doi":"10.24885/sab.v35i2.908","DOIUrl":"https://doi.org/10.24885/sab.v35i2.908","url":null,"abstract":"O ser humano altera o ambiente em sua volta desde os registros mais antigos e seus impactos ao longo da sua evolução. Dos impactos visíveis na paisagem causados por sociedades pretéritas, destacam-se os sambaquis. Dentre as regiões brasileiras com grandes agrupamentos de sambaquis, destaca-se a Baía Babitonga, uma formação estuarina no sul do Brasil com alto potencial conservacionista e interesse arqueológico. Nesta região, há um único sambaqui situado sob gruta e devido sua singularidade, buscou-se caracterizar os moluscos do Holoceno Tardio e compreender os padrões de exploração deste recurso pelos povos pré-coloniais. A escavação arqueológica no sambaqui resultou em 27 espécies (17.695 indivíduos), onde foi possível inferir as áreas de captação dos moluscos e suas funções e utilidades para estes povos.","PeriodicalId":51960,"journal":{"name":"Conimbriga-Revista de Arqueologia","volume":"53 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"75346927","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Moradias sobre palafitas são um tipo de habitação humana registrado na longa duração. No continente americano, estas moradias foram comuns no período colonial em áreas predominantemente tropicais. No registro arqueológico brasileiro, destacam-se as habitações sobre palafitas da Baixada Maranhense conhecidas como estearias. O objetivo desse artigo é examinar a recorrência de moradias palafíticas nas fontes etnohistóricas das terras baixas da América do Sul para ampliar o conhecimento que já se tem sobre as palafitas do Maranhão. Informações sobre o tamanho dos assentamentos, o tipo de madeira utilizado, a razão da construção das aldeias no meio aquático e as atividades cotidianas destes povos foram mapeados contribuindo, assim, para o melhor entendimento da distribuição de moradias palafíticas nas terras baixas da América do Sul.
{"title":"Pequenas Venezas americanas","authors":"A. Navarro","doi":"10.24885/sab.v35i2.959","DOIUrl":"https://doi.org/10.24885/sab.v35i2.959","url":null,"abstract":"Moradias sobre palafitas são um tipo de habitação humana registrado na longa duração. No continente americano, estas moradias foram comuns no período colonial em áreas predominantemente tropicais. No registro arqueológico brasileiro, destacam-se as habitações sobre palafitas da Baixada Maranhense conhecidas como estearias. O objetivo desse artigo é examinar a recorrência de moradias palafíticas nas fontes etnohistóricas das terras baixas da América do Sul para ampliar o conhecimento que já se tem sobre as palafitas do Maranhão. Informações sobre o tamanho dos assentamentos, o tipo de madeira utilizado, a razão da construção das aldeias no meio aquático e as atividades cotidianas destes povos foram mapeados contribuindo, assim, para o melhor entendimento da distribuição de moradias palafíticas nas terras baixas da América do Sul.","PeriodicalId":51960,"journal":{"name":"Conimbriga-Revista de Arqueologia","volume":"4 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"72748000","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Alceu Ranzi é geógrafo e paleontólogo, lecionou por mais de trinta anos na Universidade Federal do Acre - UFAC. Há mais de duas décadas trabalha incansavelmente na divulgação e defesa dos sítios arqueológicos conhecidos como geoglifos. Ele acaba de publicar “Geoglifos do Acre: passado profundo”, que narra a saga do pesquisador que propõe chamar a atenção do poder público e expressar na imprensa sua preocupação com relação a esse patrimônio. Esta peregrinação culminou em importantes projetos e parcerias que adotaram ferramentas multidisciplinares para entender a ampla distribuição dessas estruturas de terra na Amazônia Ocidental.
{"title":"Geoglifos do Acre","authors":"Cliverson Pessoa","doi":"10.24885/sab.v35i2.949","DOIUrl":"https://doi.org/10.24885/sab.v35i2.949","url":null,"abstract":"Alceu Ranzi é geógrafo e paleontólogo, lecionou por mais de trinta anos na Universidade Federal do Acre - UFAC. Há mais de duas décadas trabalha incansavelmente na divulgação e defesa dos sítios arqueológicos conhecidos como geoglifos. Ele acaba de publicar “Geoglifos do Acre: passado profundo”, que narra a saga do pesquisador que propõe chamar a atenção do poder público e expressar na imprensa sua preocupação com relação a esse patrimônio. Esta peregrinação culminou em importantes projetos e parcerias que adotaram ferramentas multidisciplinares para entender a ampla distribuição dessas estruturas de terra na Amazônia Ocidental.","PeriodicalId":51960,"journal":{"name":"Conimbriga-Revista de Arqueologia","volume":"234 1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"72936968","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Camila Diogo de Souza, Carolina Kesser Barcellos Dias
A noção de agência tem sido usada com frequência na Arqueologia há mais de trinta anos. Durante este período, os significados e os usos do conceito de agência foram apropriados e transformados a partir dos paradigmas das diferentes linhas interpretativas arqueológicas. Contudo, muitas vezes, tais usos carecem de discussões teóricas e explicitações didáticas claras sobre as origens, princípios e modelos da noção de agência. Recentemente, o conceito de agência tem sido subsumido a uma revisão e debate teórico e metodológico cada vez mais intenso na área dos estudos da cultura material e tornou-se ponto central no processo de entendimento das sociedades do passado por meio do estudo relacional entre pessoas, materialidade e campos de ação. Este artigo visa apresentar e discutir o desenvolvimento da noção de agência, seus fundamentos e parâmetros aplicados aos estudos da cultura material. Iremos explorar teoricamente o conceito no campo da Antropologia visando entender como seus pressupostos alcançaram a Teoria Arqueológica e fornecer alguns instrumentos e recursos didáticos para a adoção e a aplicabilidade dos usos e significados da agência material.
{"title":"Arqueologia e Antropologia da agência","authors":"Camila Diogo de Souza, Carolina Kesser Barcellos Dias","doi":"10.24885/sab.v35i2.917","DOIUrl":"https://doi.org/10.24885/sab.v35i2.917","url":null,"abstract":"A noção de agência tem sido usada com frequência na Arqueologia há mais de trinta anos. Durante este período, os significados e os usos do conceito de agência foram apropriados e transformados a partir dos paradigmas das diferentes linhas interpretativas arqueológicas. Contudo, muitas vezes, tais usos carecem de discussões teóricas e explicitações didáticas claras sobre as origens, princípios e modelos da noção de agência. Recentemente, o conceito de agência tem sido subsumido a uma revisão e debate teórico e metodológico cada vez mais intenso na área dos estudos da cultura material e tornou-se ponto central no processo de entendimento das sociedades do passado por meio do estudo relacional entre pessoas, materialidade e campos de ação. Este artigo visa apresentar e discutir o desenvolvimento da noção de agência, seus fundamentos e parâmetros aplicados aos estudos da cultura material. Iremos explorar teoricamente o conceito no campo da Antropologia visando entender como seus pressupostos alcançaram a Teoria Arqueológica e fornecer alguns instrumentos e recursos didáticos para a adoção e a aplicabilidade dos usos e significados da agência material.","PeriodicalId":51960,"journal":{"name":"Conimbriga-Revista de Arqueologia","volume":"24 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"84748500","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
As embarcações tradicionais costeiras são tema de grande popularidade. Ainda comuns em toda a costa, tanto os cenários da navegação quanto as embarcações tradicionais, forçam a reflexão acerca das origens, adaptações e transformações presentes em características, petrechos e tralhas que, na realidade, materializam a multiplicidade de influências étnicas da rica náutica brasileira. Trata-se de um capítulo da Arqueologia Indígena ainda em aberto. O que se pretende com o presente trabalho é, justamente, focar na contribuição eminentemente indígena, um estudo arqueológico e etnohistórico de origens da navegação indígena brasileira. Para tanto, foram sistematizados os dados disponíveis nos relatos, crônicas documentos oficiais do século XVI em que as embarcaçõs idígenas se fizeram presentes. O recorte geográfico que circunscreveu às regiões Sul e Sudeste se fez necessário em razão das dimensões e escôpo do trabalho que aqui se denomina, as águas de Morpion, para utilizar um recorte geográfico igualmente indígena. Nas páginas que seguem os tipos, os usos e as técnicas construtivas das diferentes embarcações indígenas são detalhadas, sempre acompanhadas das fontes originais de cada um dos dados utilizados.
传统的沿海船只是非常受欢迎的主题。在整个海岸,航海和传统船只的场景仍然很常见,迫使人们反思起源、适应和特征、船只和垃圾的转变,在现实中,体现了丰富的巴西航海的种族影响的多样性。这是印度考古学的一个尚未完成的章节。这项工作的目的,正是集中在突出的土著贡献,一个考古和民族历史研究的起源的巴西土著航海。为了做到这一点,我们系统化了16世纪的报告、编年史和官方文件中可用的数据,其中有idgenas船。限制南部和东南部地区的地理区域是必要的,因为这里称为aguas de Morpion的工作的规模和规模,使用同样土著的地理区域。在接下来的几页中,详细介绍了不同土著船只的类型、用途和建造技术,并始终附有所使用的每一种数据的原始来源。
{"title":"Navegação indígena nas águas de Morpion","authors":"G. Wagner, Jefferson Foster da Silva","doi":"10.24885/sab.v35i2.941","DOIUrl":"https://doi.org/10.24885/sab.v35i2.941","url":null,"abstract":"As embarcações tradicionais costeiras são tema de grande popularidade. Ainda comuns em toda a costa, tanto os cenários da navegação quanto as embarcações tradicionais, forçam a reflexão acerca das origens, adaptações e transformações presentes em características, petrechos e tralhas que, na realidade, materializam a multiplicidade de influências étnicas da rica náutica brasileira. Trata-se de um capítulo da Arqueologia Indígena ainda em aberto. O que se pretende com o presente trabalho é, justamente, focar na contribuição eminentemente indígena, um estudo arqueológico e etnohistórico de origens da navegação indígena brasileira. Para tanto, foram sistematizados os dados disponíveis nos relatos, crônicas documentos oficiais do século XVI em que as embarcaçõs idígenas se fizeram presentes. O recorte geográfico que circunscreveu às regiões Sul e Sudeste se fez necessário em razão das dimensões e escôpo do trabalho que aqui se denomina, as águas de Morpion, para utilizar um recorte geográfico igualmente indígena. Nas páginas que seguem os tipos, os usos e as técnicas construtivas das diferentes embarcações indígenas são detalhadas, sempre acompanhadas das fontes originais de cada um dos dados utilizados.","PeriodicalId":51960,"journal":{"name":"Conimbriga-Revista de Arqueologia","volume":"77 1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"83404344","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Neste estudo exploratório, usando dados secundários, focamos em uma área do litoral sul de Santa Catarina que abrange as lagoas de Imaruí, Mirim, Ibiraquera, Garopaba e seus entornos, com 99 sítios arqueológicos registrados, principalmente sambaquis e Guarani. Utilizando datações, Sistemas de Informação Geográfica (SIG) e geoestatística, foram realizadas análises de cluster e polígonos de Thiessen-Voronoi para analisar padrões de ocupação regional. Identificamos padrões distintos para as populações sambaquieiras e Guarani: enquanto as populações sambaquieiras estão distribuídas ao longo das lagoas e margens do rio d’Una, os sítios Guarani estão concentrados nos terraços antigos entre o rio d’Una e a costa. Esta modelagem inicial abre espaço para explorar as diferentes formas de organização social e territorialidade desses grupos.
{"title":"Aspectos da ocupação Sambaquieira e Guarani na Lagoa de Imaruí, litoral sul de Santa Catarina","authors":"Henrique Kozlowski, Andreas Kneip, Paulo DeBlasis","doi":"10.24885/sab.v35i2.994","DOIUrl":"https://doi.org/10.24885/sab.v35i2.994","url":null,"abstract":"Neste estudo exploratório, usando dados secundários, focamos em uma área do litoral sul de Santa Catarina que abrange as lagoas de Imaruí, Mirim, Ibiraquera, Garopaba e seus entornos, com 99 sítios arqueológicos registrados, principalmente sambaquis e Guarani. Utilizando datações, Sistemas de Informação Geográfica (SIG) e geoestatística, foram realizadas análises de cluster e polígonos de Thiessen-Voronoi para analisar padrões de ocupação regional. Identificamos padrões distintos para as populações sambaquieiras e Guarani: enquanto as populações sambaquieiras estão distribuídas ao longo das lagoas e margens do rio d’Una, os sítios Guarani estão concentrados nos terraços antigos entre o rio d’Una e a costa. Esta modelagem inicial abre espaço para explorar as diferentes formas de organização social e territorialidade desses grupos.","PeriodicalId":51960,"journal":{"name":"Conimbriga-Revista de Arqueologia","volume":"55 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"76005117","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Rhuan Carlos dos Santos Lopes, Anna Barbara Cardoso da Silva, Wagner da Veiga e Silva, Vera Lúcia Mendes Portal
Neste artigo apresentamos uma reflexão acerca das atividades de laboratório e educação patrimonial em um projeto de pesquisa desenvolvido na Amazônia brasileira durante a pandemia de Covid-19. Nosso objetivo é demonstrar como o cotidiano do trabalho, eminentemente coletivo, foi transformado diante das necessárias medidas sanitárias impostas pelos órgãos de saúde mundial e nacional. Para isso, adotamos a autoetnografia como método, tendo em vista que seu uso possibilita a produção de conhecimento experimental com alta carga de subjetividade, centrado nas experimentações do corpo. Mesmo partindo das experiências individuais dos pesquisadores, estabelecemos conexões mais amplas, numa conectividade de escalas entre o individual e o cultural.
{"title":"Autoetnografia da prática arqueológica em tempos de pandemia","authors":"Rhuan Carlos dos Santos Lopes, Anna Barbara Cardoso da Silva, Wagner da Veiga e Silva, Vera Lúcia Mendes Portal","doi":"10.24885/sab.v35i1.952","DOIUrl":"https://doi.org/10.24885/sab.v35i1.952","url":null,"abstract":"Neste artigo apresentamos uma reflexão acerca das atividades de laboratório e educação patrimonial em um projeto de pesquisa desenvolvido na Amazônia brasileira durante a pandemia de Covid-19. Nosso objetivo é demonstrar como o cotidiano do trabalho, eminentemente coletivo, foi transformado diante das necessárias medidas sanitárias impostas pelos órgãos de saúde mundial e nacional. Para isso, adotamos a autoetnografia como método, tendo em vista que seu uso possibilita a produção de conhecimento experimental com alta carga de subjetividade, centrado nas experimentações do corpo. Mesmo partindo das experiências individuais dos pesquisadores, estabelecemos conexões mais amplas, numa conectividade de escalas entre o individual e o cultural.","PeriodicalId":51960,"journal":{"name":"Conimbriga-Revista de Arqueologia","volume":"29 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-01-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"81161547","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Essa nota de pesquisa sobre a dissertação ainda em construção nomeada “Arqueologia e Direito Territorial: Um estudo no Quilombo Barro Preto, Jequié, Bahia”, versa sobre estratégias metodológicas adotadas a partir do reconhecimento da hecatombe viral como agente de intervenção no fazer arqueológico e da atualização do fazer arqueológico a partir do Decreto Legislativo n° 6 de 2020 e do Decreto Estadual n° 19.529 de 2020. Para tanto, compreende a saúde não como objeto, mas como caminho estrutural para pensar e interagir com o campo em comunidades tradicionais.
{"title":"itinerário de imunização","authors":"Gustavo Santos Silva Junior","doi":"10.24885/sab.v35i1.962","DOIUrl":"https://doi.org/10.24885/sab.v35i1.962","url":null,"abstract":"Essa nota de pesquisa sobre a dissertação ainda em construção nomeada “Arqueologia e Direito Territorial: Um estudo no Quilombo Barro Preto, Jequié, Bahia”, versa sobre estratégias metodológicas adotadas a partir do reconhecimento da hecatombe viral como agente de intervenção no fazer arqueológico e da atualização do fazer arqueológico a partir do Decreto Legislativo n° 6 de 2020 e do Decreto Estadual n° 19.529 de 2020. Para tanto, compreende a saúde não como objeto, mas como caminho estrutural para pensar e interagir com o campo em comunidades tradicionais.","PeriodicalId":51960,"journal":{"name":"Conimbriga-Revista de Arqueologia","volume":"35 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-01-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"85625532","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}