Pub Date : 2021-06-17DOI: 10.30938/bocehm.v8i23.5074
Rannyelly Rodrigues de Oliveira, Maria Helena de Andrade
Este trabalho refere-se a um conjunto de situações didáticas que foram organizadas a fim de atender à demanda do ensino remoto na cibercultura educacional em desenvolvimento durante a pandemia do Coronavírus. Nesse viés, tem-se o objetivo de descrever um recorte de como foi feito o processo adaptativo ao ensino remoto com ênfase na disciplina de Matemática, evidenciando as estratégias didáticas e avaliativas recorridas que permitiram realizar tal processo de ressignificação didática que uma das autoras vivenciou como professora da rede estadual de educação básica do estado do Ceará. O planejamento didático e a análise dos dados contaram com a coparticipação de outra professora. A realização didática teve como embasamento um planejamento didático estruturado de acordo com as etapas da Engenharia Didática (ED) sistematizada em quatro fases consecutivas. Na primeira fase, foram identificados os obstáculos de ordem geográfica, digital e cognitiva. Na segunda etapa, foi elaborado um plano de aula sobre Geometria Plana. A terceira fase caracterizou-se pela realização didática feita remotamente. E, a etapa final abrangeu a análise das etapas anteriores destacando a discussão das repostas dos alunos obtidas na aplicação de uma avaliação. Assim sendo, foram analisadas avaliações respondidas por estudantes regularmente matriculados no 3° ano do Ensino Médio de uma escola pública. A discussão sobre o desempenho dos alunos foi quantitativa, pois considerou e evidenciou a quantidade de alunos que acertou cada questão. Todavia, também foi feita uma descrição numa abordagem qualitativa, apontada no plano de aula como “Momento 4”, o qual foi realizado sob a forma de Feedback (via Google Meet) do processo de aprendizagem, a partir da discussão das respostas obtidas na avaliação feita no formato Google Forms. Nesse momento de Feedback, através de um diálogo com os estudantes, foi possível reconhecer que a maioria dos alunos manifestou dificuldade em lidar algebricamente com a Geometria Plana. Todavia, essa barreira cognitiva era amenizada com a observação e o aporte da representação geométrica dos conceitos inerentes à Geometria Plana. Portanto, pode-se compreender que na escola tratada neste trabalho, os avanços ainda são muito tímidos. Contudo, aos poucos a comunidade escolar local está se adaptando ao contexto da educação digital. A quantidade de alunos que estão aderindo o ensino remoto está aumentando, devido ao fato de que muitos alunos passaram a adquirir tecnologias como celular e notebook e à quebra da resistência digital, isto é, muitos estudantes não acreditavam na potencialidade da educação digital e, por isso, não participavam do ensino remoto. Além do mais, vislumbra-se a doação de tablets e chips a alunos da rede pública estadual, com o intuito de otimizar a aprendizagem remota. Por fim, também vale mencionar a relevância de se adotar, na cibercultura, um aparato metodológico como a ED específica do campo da Didática da Matemática permitindo, dessa
{"title":"vivência didática","authors":"Rannyelly Rodrigues de Oliveira, Maria Helena de Andrade","doi":"10.30938/bocehm.v8i23.5074","DOIUrl":"https://doi.org/10.30938/bocehm.v8i23.5074","url":null,"abstract":"Este trabalho refere-se a um conjunto de situações didáticas que foram organizadas a fim de atender à demanda do ensino remoto na cibercultura educacional em desenvolvimento durante a pandemia do Coronavírus. Nesse viés, tem-se o objetivo de descrever um recorte de como foi feito o processo adaptativo ao ensino remoto com ênfase na disciplina de Matemática, evidenciando as estratégias didáticas e avaliativas recorridas que permitiram realizar tal processo de ressignificação didática que uma das autoras vivenciou como professora da rede estadual de educação básica do estado do Ceará. O planejamento didático e a análise dos dados contaram com a coparticipação de outra professora. A realização didática teve como embasamento um planejamento didático estruturado de acordo com as etapas da Engenharia Didática (ED) sistematizada em quatro fases consecutivas. Na primeira fase, foram identificados os obstáculos de ordem geográfica, digital e cognitiva. Na segunda etapa, foi elaborado um plano de aula sobre Geometria Plana. A terceira fase caracterizou-se pela realização didática feita remotamente. E, a etapa final abrangeu a análise das etapas anteriores destacando a discussão das repostas dos alunos obtidas na aplicação de uma avaliação. Assim sendo, foram analisadas avaliações respondidas por estudantes regularmente matriculados no 3° ano do Ensino Médio de uma escola pública. A discussão sobre o desempenho dos alunos foi quantitativa, pois considerou e evidenciou a quantidade de alunos que acertou cada questão. Todavia, também foi feita uma descrição numa abordagem qualitativa, apontada no plano de aula como “Momento 4”, o qual foi realizado sob a forma de Feedback (via Google Meet) do processo de aprendizagem, a partir da discussão das respostas obtidas na avaliação feita no formato Google Forms. Nesse momento de Feedback, através de um diálogo com os estudantes, foi possível reconhecer que a maioria dos alunos manifestou dificuldade em lidar algebricamente com a Geometria Plana. Todavia, essa barreira cognitiva era amenizada com a observação e o aporte da representação geométrica dos conceitos inerentes à Geometria Plana. Portanto, pode-se compreender que na escola tratada neste trabalho, os avanços ainda são muito tímidos. Contudo, aos poucos a comunidade escolar local está se adaptando ao contexto da educação digital. A quantidade de alunos que estão aderindo o ensino remoto está aumentando, devido ao fato de que muitos alunos passaram a adquirir tecnologias como celular e notebook e à quebra da resistência digital, isto é, muitos estudantes não acreditavam na potencialidade da educação digital e, por isso, não participavam do ensino remoto. Além do mais, vislumbra-se a doação de tablets e chips a alunos da rede pública estadual, com o intuito de otimizar a aprendizagem remota. Por fim, também vale mencionar a relevância de se adotar, na cibercultura, um aparato metodológico como a ED específica do campo da Didática da Matemática permitindo, dessa ","PeriodicalId":52692,"journal":{"name":"Boletim Cearense de Educacao e Historia da Matematica","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-06-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48703712","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-06-17DOI: 10.30938/bocehm.v8i23.5099
Elaine de Sousa Teodosio
No contexto atual de pandemia como forma de suprir a demanda pela efetividade do processo ensino e aprendizagem, em momentos remotos e híbridos, há uma busca constante por metodologias ativas, pois as metodologias tradicionais, que focam apenas na apropriação de técnicas ou conceitos puramente científicos, não são tão eficazes. Portanto este artigo tem como objetivo trazer uma atividade de Matemática, para alunos da educação básica, estruturada a partir da Metodologia Ativa Storytelling que consiste em uma narrativa que, no processo educacional, incorpora elementos pedagógicos que proporcionam aos estudantes, criatividade, senso crítico e interação. Os assuntos matemáticos contemplados, a partir das narrativas, são características do sistema de numeração posicional, resolução de problemas envolvendo números racionais e suas operações, as relações de proporcionalidade entre grandezas numéricas, resolução de problemas utilizando unidades de medida padronizadas e, também realizar conversões de unidades de medida. Além desses assuntos de Matemática, a atividade proporciona um debate sobre alguns temas transversais como Educação Financeira e a situação atual da pandemia, pois entendemos que o contexto econômico e sanitário exige que as aulas tragam essa discussão e, dessa forma, estaremos contribuindo para a formação dos alunos numa perspectiva crítica. Para isso, os estudos foram baseados em uma revisão sistemática de literatura em busca das contribuições das Metodologias Ativas. Destacamos que essa ferramenta oportuniza também um aprendizado baseado em experiências histórico-cultural no qual a partir de ações proativas professores e estudantes constrói e reconstrói valores e ideias baseado em uma problematização que favorece um ambiente colaborativo e significativo de aprendizagem. Palavras-chave: Educação Matemática; Educação Financeira; Narrativa.
{"title":"Storytelling como uma metodologia ativa no ensino de Matemática","authors":"Elaine de Sousa Teodosio","doi":"10.30938/bocehm.v8i23.5099","DOIUrl":"https://doi.org/10.30938/bocehm.v8i23.5099","url":null,"abstract":"No contexto atual de pandemia como forma de suprir a demanda pela efetividade do processo ensino e aprendizagem, em momentos remotos e híbridos, há uma busca constante por metodologias ativas, pois as metodologias tradicionais, que focam apenas na apropriação de técnicas ou conceitos puramente científicos, não são tão eficazes. Portanto este artigo tem como objetivo trazer uma atividade de Matemática, para alunos da educação básica, estruturada a partir da Metodologia Ativa Storytelling que consiste em uma narrativa que, no processo educacional, incorpora elementos pedagógicos que proporcionam aos estudantes, criatividade, senso crítico e interação. Os assuntos matemáticos contemplados, a partir das narrativas, são características do sistema de numeração posicional, resolução de problemas envolvendo números racionais e suas operações, as relações de proporcionalidade entre grandezas numéricas, resolução de problemas utilizando unidades de medida padronizadas e, também realizar conversões de unidades de medida. Além desses assuntos de Matemática, a atividade proporciona um debate sobre alguns temas transversais como Educação Financeira e a situação atual da pandemia, pois entendemos que o contexto econômico e sanitário exige que as aulas tragam essa discussão e, dessa forma, estaremos contribuindo para a formação dos alunos numa perspectiva crítica. Para isso, os estudos foram baseados em uma revisão sistemática de literatura em busca das contribuições das Metodologias Ativas. Destacamos que essa ferramenta oportuniza também um aprendizado baseado em experiências histórico-cultural no qual a partir de ações proativas professores e estudantes constrói e reconstrói valores e ideias baseado em uma problematização que favorece um ambiente colaborativo e significativo de aprendizagem.\u0000Palavras-chave: Educação Matemática; Educação Financeira; Narrativa.","PeriodicalId":52692,"journal":{"name":"Boletim Cearense de Educacao e Historia da Matematica","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-06-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49108847","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-06-17DOI: 10.30938/bocehm.v8i23.5136
Maria Thais Azevedo de Sousa, Francisca Claudia Fernandes Fontinele
As Tecnologias Digitais de informação e Comunicação (TDIC) estão cada vez mais presentes no ensino de matemática, principalmente nesse período de aulas remotas, em que as mídias digitais estão sendo cruciais para a comunicação entre professor e aluno. Dentre as tecnologias, os softwares educativos estão sendo utilizados pelos professores na condução dos conteúdos, pois eles promovem a visualização dos componentes matemáticos, tornando a aula mais dinâmica. Nessa perspectiva, este artigo apresenta um relato de experiência vivenciado no estágio supervisionado, cujo objetivo foi descrever as contribuições do software Geogebra para o ensino remoto. O estágio realizou-se em uma escola Estadual de Ensino Profissionalizante do estado do Ceará com as turmas de 10 ano, na qual o conteúdo trabalhado foi função quadrática. A regência ocorreu de forma remota, por meio do Google Meet em duas aulas de 50 minutos, cujo planejamento seguiu as fases da proposta metodológica de ensino Sequência Fedathi. Foi apresentado uma questão problema para os alunos, na qual eles iriam debater e tentar resolver a questão por meio dos seus conhecimentos prévios e depois apresentar as hipóteses e resoluções para o problema proposto. O geogebra foi utilizado para a fazer formalização do conteúdo, apresentando a definição de função e suas peculiaridades. Por meio do software foi apresentado aos estudantes os principais conceitos de função quadrática, análise do gráfico da função e variação dos coeficientes e a influência dos mesmos no gráfico. A pesquisa possibilitou destingir e descrever as contribuições do goegebra para o ensino remoto. Com ele o professor pode explorar o gráfico da questão, promovendo, aproximação fidedigna do gráfico além de ter a oportunidade de movimenta-lo. Por fim, por meio da experiencia vivenciada pode-se concluir que o geogebra é uma ferramenta que oferece ao professor uma ampla possibilidade de utilização nas aulas, pois o mesmo apresenta vários recursos, que contribuem para o ensino de matemática, principalmente nesse período de aulas remotas. Palavras-chave: Aulas Remotas; Ensino de Matemática; Função Quadrática; Geogebra; Tecnologias digitais.
{"title":"uso do GeoGebra nas aulas remotas","authors":"Maria Thais Azevedo de Sousa, Francisca Claudia Fernandes Fontinele","doi":"10.30938/bocehm.v8i23.5136","DOIUrl":"https://doi.org/10.30938/bocehm.v8i23.5136","url":null,"abstract":"As Tecnologias Digitais de informação e Comunicação (TDIC) estão cada vez mais presentes no ensino de matemática, principalmente nesse período de aulas remotas, em que as mídias digitais estão sendo cruciais para a comunicação entre professor e aluno. Dentre as tecnologias, os softwares educativos estão sendo utilizados pelos professores na condução dos conteúdos, pois eles promovem a visualização dos componentes matemáticos, tornando a aula mais dinâmica. Nessa perspectiva, este artigo apresenta um relato de experiência vivenciado no estágio supervisionado, cujo objetivo foi descrever as contribuições do software Geogebra para o ensino remoto. O estágio realizou-se em uma escola Estadual de Ensino Profissionalizante do estado do Ceará com as turmas de 10 ano, na qual o conteúdo trabalhado foi função quadrática. A regência ocorreu de forma remota, por meio do Google Meet em duas aulas de 50 minutos, cujo planejamento seguiu as fases da proposta metodológica de ensino Sequência Fedathi. Foi apresentado uma questão problema para os alunos, na qual eles iriam debater e tentar resolver a questão por meio dos seus conhecimentos prévios e depois apresentar as hipóteses e resoluções para o problema proposto. O geogebra foi utilizado para a fazer formalização do conteúdo, apresentando a definição de função e suas peculiaridades. Por meio do software foi apresentado aos estudantes os principais conceitos de função quadrática, análise do gráfico da função e variação dos coeficientes e a influência dos mesmos no gráfico. A pesquisa possibilitou destingir e descrever as contribuições do goegebra para o ensino remoto. Com ele o professor pode explorar o gráfico da questão, promovendo, aproximação fidedigna do gráfico além de ter a oportunidade de movimenta-lo. Por fim, por meio da experiencia vivenciada pode-se concluir que o geogebra é uma ferramenta que oferece ao professor uma ampla possibilidade de utilização nas aulas, pois o mesmo apresenta vários recursos, que contribuem para o ensino de matemática, principalmente nesse período de aulas remotas.\u0000Palavras-chave: Aulas Remotas; Ensino de Matemática; Função Quadrática; Geogebra; Tecnologias digitais.","PeriodicalId":52692,"journal":{"name":"Boletim Cearense de Educacao e Historia da Matematica","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-06-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47622818","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-06-17DOI: 10.30938/bocehm.v8i23.4876
Mariany Fonseca Garcia, Danielle Abreu Silva, K. Ciríaco
Tomamos como objeto de reflexão e análise encaminhamentos e resultados de uma experiência de formação continuada de professores(as) acerca do processo de alfabetização matemática na perspectiva do letramento. Buscamos no contexto extensionista de uma atividade promovida pela Universidade Federal de São Carlos – UFSCar, apresentar e problematizar em que medida interações virtuais assíncronas no Facebook constituem-se eixo catalisador de compartilhamento de práticas profissionais em que a literatura infantil representa campo promissor ao ler, escrever e resolver problemas em Educação Matemática nos anos iniciais, particularmente em turmas de 1º ao 3º ano, sendo este o objetivo do artigo. O referencial teórico abarca discussões sobre alfabetização, letramento e alfabetização matemática na perspectiva do letramento por meio de projetos de ensino e sequências didáticas. Em termos metodológicos, validamo-nos de uma dinâmica de colaboração e interação virtual cujo o foco era que os/as docentes compartilhassem suas práticas profissionais em que a linguagem ocupou/ocupa posição de destaque no trabalho pedagógico com base na indicação de títulos de livros de histórias infantis de natureza matemática à problematização via projetos de ensino e/ou sequências didáticas. Como resultado central, podemos inferir que a adoção de ambientes virtuais de aprendizagem constituem-se fontes ricas e promissoras de compartilhamento de práticas, desde que mediadas de forma colaborativa e interativa, o que para nós ocorreu na proposta em apreciação. Além disso, frente ao trabalho docente remoto durante a pandemia, recorrer às redes sociais como recurso pedagógico possibilitou tornar o processo mais natural, dado que contribuiu para fluir positivamente o sentimento de pertença dos partícipes. Palavras-chave: Interações virtuais; Formação continuada de professores; Alfabetização matemática; Literatura Infantil.
{"title":"Interações virtuais acerca do processo de alfabetização matemática na perspectiva do letramento","authors":"Mariany Fonseca Garcia, Danielle Abreu Silva, K. Ciríaco","doi":"10.30938/bocehm.v8i23.4876","DOIUrl":"https://doi.org/10.30938/bocehm.v8i23.4876","url":null,"abstract":"Tomamos como objeto de reflexão e análise encaminhamentos e resultados de uma experiência de formação continuada de professores(as) acerca do processo de alfabetização matemática na perspectiva do letramento. Buscamos no contexto extensionista de uma atividade promovida pela Universidade Federal de São Carlos – UFSCar, apresentar e problematizar em que medida interações virtuais assíncronas no Facebook constituem-se eixo catalisador de compartilhamento de práticas profissionais em que a literatura infantil representa campo promissor ao ler, escrever e resolver problemas em Educação Matemática nos anos iniciais, particularmente em turmas de 1º ao 3º ano, sendo este o objetivo do artigo. O referencial teórico abarca discussões sobre alfabetização, letramento e alfabetização matemática na perspectiva do letramento por meio de projetos de ensino e sequências didáticas. Em termos metodológicos, validamo-nos de uma dinâmica de colaboração e interação virtual cujo o foco era que os/as docentes compartilhassem suas práticas profissionais em que a linguagem ocupou/ocupa posição de destaque no trabalho pedagógico com base na indicação de títulos de livros de histórias infantis de natureza matemática à problematização via projetos de ensino e/ou sequências didáticas. Como resultado central, podemos inferir que a adoção de ambientes virtuais de aprendizagem constituem-se fontes ricas e promissoras de compartilhamento de práticas, desde que mediadas de forma colaborativa e interativa, o que para nós ocorreu na proposta em apreciação. Além disso, frente ao trabalho docente remoto durante a pandemia, recorrer às redes sociais como recurso pedagógico possibilitou tornar o processo mais natural, dado que contribuiu para fluir positivamente o sentimento de pertença dos partícipes.\u0000Palavras-chave: Interações virtuais; Formação continuada de professores; Alfabetização matemática; Literatura Infantil.","PeriodicalId":52692,"journal":{"name":"Boletim Cearense de Educacao e Historia da Matematica","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-06-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"69242769","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-06-17DOI: 10.30938/bocehm.v8i23.4862
Luís Fernando de Lima, Willemberg Oliveira da Silva
Este trabalho tem como objetivo apresentar e discutir, numa perspectiva crítica, uma proposta de atividade que faz uso de duas tendências metodológicas para o ensino da Matemática (Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação [TDIC] e Investigação Matemática), em particular, para o ensino de funções do primeiro grau, funções do segundo grau e soluções de sistemas de equações lineares com duas variáveis Reais (ℝ). A proposta aqui apresentada faz uso do software Winplot como recurso tecnológico com a finalidade de dar significado a alguns conceitos relacionados aos assuntos matemáticos supracitados e é composta por três atividades, dentre as quais, as duas primeiras pretendem dar significado, respectivamente, aos coeficientes de funções do primeiro e do segundo grau, por meio de uma manipulação guiada no software por parte do aluno, enquanto que a última pretende dar significado às soluções de sistemas de equações lineares com duas variáveis em ℝ. A proposta foi elaborada em contexto acadêmico como requisito parcial para a obtenção de nota final em componente curricular obrigatório do curso de Licenciatura em Matemática da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e não foi aplicada em contexto real de ensino. No entanto, entendemos que as reflexões, discussões e problematizações aqui suscitadas acerca da proposta apresentada são relevantes para professores de Matemática em formação e/ou em atuação, uma vez que não se trata de uma ideia de natureza inovadora, mas bastante comum. Na promoção dessas discussões nos baseamos no conceito de “obstáculos epistemológicos” proposto por Gaston Bachelard, nos estudos de Lins e Gimenez (2001) e Ribeiro e Cury (2015) sobre o ensino de Álgebra e em Sousa (2020) para entendermos a dinâmica da aliança entre TDIC e Investigação Matemática. Concluímos após análise do que foi apresentado e discutido que a atividade proposta pode possibilitar compreensões equivocadas no aluno com relação aos conceitos de entes geométricos primitivos, tais como: reta, semirreta e segmento. Essas compreensões equivocadas, vistas à luz do conceito de “obstáculos epistemológicos”, poderiam culminar em dificuldades de aprendizagem nos alunos em séries posteriores de estudos. Por fim, destacamos que esses obstáculos não seriam causados pela atividade em si, mas pela escolha do software para este fim e consideramos imprescindível, portanto, a atenção dos professores ao utilizarem qualquer meio que possibilite a prática manipulada pelo aluno. Palavras-chave: Investigação Matemática; TDIC; Obstáculos epistemológicos; Educação Matemática.
{"title":"Mediação tecnológica no ensino da Matemática","authors":"Luís Fernando de Lima, Willemberg Oliveira da Silva","doi":"10.30938/bocehm.v8i23.4862","DOIUrl":"https://doi.org/10.30938/bocehm.v8i23.4862","url":null,"abstract":"Este trabalho tem como objetivo apresentar e discutir, numa perspectiva crítica, uma proposta de atividade que faz uso de duas tendências metodológicas para o ensino da Matemática (Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação [TDIC] e Investigação Matemática), em particular, para o ensino de funções do primeiro grau, funções do segundo grau e soluções de sistemas de equações lineares com duas variáveis Reais (ℝ). A proposta aqui apresentada faz uso do software Winplot como recurso tecnológico com a finalidade de dar significado a alguns conceitos relacionados aos assuntos matemáticos supracitados e é composta por três atividades, dentre as quais, as duas primeiras pretendem dar significado, respectivamente, aos coeficientes de funções do primeiro e do segundo grau, por meio de uma manipulação guiada no software por parte do aluno, enquanto que a última pretende dar significado às soluções de sistemas de equações lineares com duas variáveis em ℝ. A proposta foi elaborada em contexto acadêmico como requisito parcial para a obtenção de nota final em componente curricular obrigatório do curso de Licenciatura em Matemática da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e não foi aplicada em contexto real de ensino. No entanto, entendemos que as reflexões, discussões e problematizações aqui suscitadas acerca da proposta apresentada são relevantes para professores de Matemática em formação e/ou em atuação, uma vez que não se trata de uma ideia de natureza inovadora, mas bastante comum. Na promoção dessas discussões nos baseamos no conceito de “obstáculos epistemológicos” proposto por Gaston Bachelard, nos estudos de Lins e Gimenez (2001) e Ribeiro e Cury (2015) sobre o ensino de Álgebra e em Sousa (2020) para entendermos a dinâmica da aliança entre TDIC e Investigação Matemática. Concluímos após análise do que foi apresentado e discutido que a atividade proposta pode possibilitar compreensões equivocadas no aluno com relação aos conceitos de entes geométricos primitivos, tais como: reta, semirreta e segmento. Essas compreensões equivocadas, vistas à luz do conceito de “obstáculos epistemológicos”, poderiam culminar em dificuldades de aprendizagem nos alunos em séries posteriores de estudos. Por fim, destacamos que esses obstáculos não seriam causados pela atividade em si, mas pela escolha do software para este fim e consideramos imprescindível, portanto, a atenção dos professores ao utilizarem qualquer meio que possibilite a prática manipulada pelo aluno.\u0000Palavras-chave: Investigação Matemática; TDIC; Obstáculos epistemológicos; Educação Matemática.","PeriodicalId":52692,"journal":{"name":"Boletim Cearense de Educacao e Historia da Matematica","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-06-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"69243094","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-06-17DOI: 10.30938/bocehm.v8i23.4978
Alberto Carlos Ferreira da Silva Filho, Luís Fernando de Lima, Suzy Nascimento da Silva
Este trabalho tem como objetivos apresentar uma proposta para o ensino de Expressões Numéricas e relatar uma experiência de aplicação vivenciada pelos autores com duas turmas de 6º ano dos anos finais do Ensino Fundamental da Escola Estadual Professora Judith Bezerra de Melo (EEPJBM), localizada na cidade de Natal no estado do Rio Grande do Norte (RN). Tal proposta foi aplicada pelos autores, que são bolsistas (residentes) do subprojeto de Matemática do Programa de Residência Pedagógica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e que atuam na escola supracitada. Além disso, em virtude do contexto de pandemia, fato que culminou em diversas medidas de prevenção nas mais diversas esferas, em particular, no âmbito da UFRN e no governo do estado do RN, nossa atuação ocorreu em formato remoto. Por extensão, a aplicação da proposta também. Durante nossa atuação, observamos que aulas meramente expositivas não funcionavam com essas turmas. Diante dessa situação, sempre buscávamos levar jogos para nossas aulas e, portanto, para o ensino de Expressões Numéricas não foi diferente. Inicialmente, fizemos um estudo sobre como os documentos oficiais sugerem o ensino desse conteúdo, a exemplo, estudamos os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), o Documento curricular do estado do Rio Grande do Norte e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Além disso, optamos pela criação de um jogo, uma vez que para Nacanallo e Mori (2008), com base em Vygotsky, jogos possuem atributos (memória, imaginação, percepção) indispensáveis nos processos de ensino e de aprendizagem, pois, para além do conhecimento científico, o aluno precisa buscar compreender e relacionar o objeto de conhecimento à sua realidade. Já havíamos observado que os alunos das turmas do 6º ano da Escola Estadual Professora Judith Bezerra de Melo ficavam bastante inquietos durante as aulas de Matemática, mas eram participativos quando levávamos propostas diferenciadas. No dia em que fizemos a aplicação da Trilha, observamos uma notória participação, sobretudo, advinda do “espírito de competição” entre os alunos. Além disso, por meio das discussões acerca de alguns cartões, foi possível observar uma falha nossa: ao explicar a questão das prioridades para se resolver as expressões numéricas, acabamos dando mais evidência às quatro operações aritméticas básicas em detrimento dos colchetes, parênteses e afins. Diante disso, os alunos estavam resolvendo às questões da forma como lhes foi explicado, ou seja, como a ênfase recaiu sobre as operações, os alunos priorizaram somente estas. Percebendo essa situação, aproveitamos a ocasião para enfatizar que existem outros critérios de prioridade que também deveriam ser seguidos. Consideramos tal fato bastante interessante, uma vez que os alunos, motivados pela competitividade, estavam bem participativos e, portanto, chegaram a comentar o modo como estavam operando as expressões. Nesse sentido, o jogo nos forneceu elementos (auto)avaliativos muito proveitoso
这个工作有数值表达式的教育目标提出一项建议和报告应用程序开放实验和作者的两门课6º年小学的最后几年的公立学校老师蒂斯Bezerra德梅洛(EEPJBM圣诞),位于城市的里奥格兰德(RN)。这一建议是由作者提出的,他们是北大联邦大学(UFRN)教学住院医师项目数学子项目的研究员(住院医师),并在上述学校工作。此外,由于大流行的背景,这一事实导致在最不同的领域采取了若干预防措施,特别是在UFRN和RN州政府的范围内,我们的行动是以远程形式进行的。引申而言,这项建议的执行也是如此。在我们的表演过程中,我们观察到纯粹的说明性课程对这些课程不起作用。在这种情况下,我们一直试图把游戏带到我们的课堂上,因此,数值表达式的教学也不例外。首先,我们研究了官方文件如何建议这一内容的教学,例如,我们研究了国家课程参数(PCN)、大北州的课程文件和国家共同课程基础(BNCC)。此外,我同意创建一个游戏,一次为了Nacanallo和森(2008),基于维果斯基,游戏属性(记忆、想象、感知)基本的教学和学习过程,因为除了科学知识,学生需要获得理解和知识在现实物体联系起来。我们已经注意到,州立学校六年级的学生Judith Bezerra de Melo教授在数学课上非常不安,但当我们提出不同的建议时,他们是参与的。在我们实施这条路线的那天,我们注意到学生之间的“竞争精神”带来了显著的参与。此外,通过对一些卡片的讨论,我们可以观察到我们的一个失败:在解释解决数字表达式的优先级问题时,我们最终给了四种基本算术运算更多的证据,而不是括号、括号等。因此,学生们按照向他们解释的方式解决问题,也就是说,由于重点放在操作上,学生们只优先考虑这些操作。认识到这一点,我们借此机会强调,也应遵循其他优先标准。我们认为这是一个非常有趣的事实,因为学生们受到竞争的激励,很有参与性,因此,他们开始评论他们如何操作表达。从这个意义上说,游戏为我们提供了非常有益的(自我)评价元素,激发了学生在课堂上的参与,并为学生以一种有趣的方式练习这些操作提供了空间。关键词:数值表达式;游戏;表达轨迹;数学教育。
{"title":"Trilha das Expressões no ensino de Expressões Numéricas","authors":"Alberto Carlos Ferreira da Silva Filho, Luís Fernando de Lima, Suzy Nascimento da Silva","doi":"10.30938/bocehm.v8i23.4978","DOIUrl":"https://doi.org/10.30938/bocehm.v8i23.4978","url":null,"abstract":"Este trabalho tem como objetivos apresentar uma proposta para o ensino de Expressões Numéricas e relatar uma experiência de aplicação vivenciada pelos autores com duas turmas de 6º ano dos anos finais do Ensino Fundamental da Escola Estadual Professora Judith Bezerra de Melo (EEPJBM), localizada na cidade de Natal no estado do Rio Grande do Norte (RN). Tal proposta foi aplicada pelos autores, que são bolsistas (residentes) do subprojeto de Matemática do Programa de Residência Pedagógica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e que atuam na escola supracitada. Além disso, em virtude do contexto de pandemia, fato que culminou em diversas medidas de prevenção nas mais diversas esferas, em particular, no âmbito da UFRN e no governo do estado do RN, nossa atuação ocorreu em formato remoto. Por extensão, a aplicação da proposta também. Durante nossa atuação, observamos que aulas meramente expositivas não funcionavam com essas turmas. Diante dessa situação, sempre buscávamos levar jogos para nossas aulas e, portanto, para o ensino de Expressões Numéricas não foi diferente. Inicialmente, fizemos um estudo sobre como os documentos oficiais sugerem o ensino desse conteúdo, a exemplo, estudamos os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), o Documento curricular do estado do Rio Grande do Norte e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Além disso, optamos pela criação de um jogo, uma vez que para Nacanallo e Mori (2008), com base em Vygotsky, jogos possuem atributos (memória, imaginação, percepção) indispensáveis nos processos de ensino e de aprendizagem, pois, para além do conhecimento científico, o aluno precisa buscar compreender e relacionar o objeto de conhecimento à sua realidade. Já havíamos observado que os alunos das turmas do 6º ano da Escola Estadual Professora Judith Bezerra de Melo ficavam bastante inquietos durante as aulas de Matemática, mas eram participativos quando levávamos propostas diferenciadas. No dia em que fizemos a aplicação da Trilha, observamos uma notória participação, sobretudo, advinda do “espírito de competição” entre os alunos. Além disso, por meio das discussões acerca de alguns cartões, foi possível observar uma falha nossa: ao explicar a questão das prioridades para se resolver as expressões numéricas, acabamos dando mais evidência às quatro operações aritméticas básicas em detrimento dos colchetes, parênteses e afins. Diante disso, os alunos estavam resolvendo às questões da forma como lhes foi explicado, ou seja, como a ênfase recaiu sobre as operações, os alunos priorizaram somente estas. Percebendo essa situação, aproveitamos a ocasião para enfatizar que existem outros critérios de prioridade que também deveriam ser seguidos. Consideramos tal fato bastante interessante, uma vez que os alunos, motivados pela competitividade, estavam bem participativos e, portanto, chegaram a comentar o modo como estavam operando as expressões. Nesse sentido, o jogo nos forneceu elementos (auto)avaliativos muito proveitoso","PeriodicalId":52692,"journal":{"name":"Boletim Cearense de Educacao e Historia da Matematica","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-06-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"69243477","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-06-17DOI: 10.30938/bocehm.v8i23.5113
J. D. Silva, E. Santos
Analisar e compreender as diferentes formas de resolução de um problema matemático, juntamente com o entendimento do conceito envolvido na situação proposta, é de muita relevância para o desenvolvimento dos estudantes. Nesse contexto, Gérard Vergnaud, psicólogo e matemático francês, dá uma grande importância à resolução de situações-problema a partir de campos conceituais (ferramenta teórica que explica como os estudantes constroem conceitos matemáticos e, consequentemente, aprendem matemática no contexto escolar). Isto porque, segundo sua teoria o conhecimento emerge a partir da resolução de problemas. Este trabalho buscou analisar a natureza dos problemas matemáticos, inseridos no Campo Conceitual das Estruturas Multiplicativas, presentes nas provas de matemática e suas tecnologias do ENEM, tendo como foco principal os problemas de relação quaternária do eixo proporção simples. A pesquisa foi desenvolvida dentro de uma abordagem qualitativa, de caráter exploratório-explicativo, buscando a natureza dos problemas de estruturas multiplicativas, em específico as situações por eixo, incluindo-se as classes, obtidas da análise de cada uma das provas objeto de estudo. Um conjunto de tabelas-síntese serviu de base para categorização e análise das questões identificadas nas provas analisadas. Como principais resultados, temos nestas provas um número de itens, que aborda conceitos multiplicativos, considerado muito satisfatório e que as situações de relação quaternária abordaram especificamente a Proporção Simples enquanto eixo, com pouca sofisticação. Sobre as classes, há uma maior abordagem de situações de um para muitos, sendo requerido em muitos dos itens o emprego do raciocínio proporcional com a presença de mais de uma classe numa mesma situação. Nesta direção, inferimos que a metodologia da resolução de problemas ainda precisa ser mais explorada no processo de ensino e aprendizagem, sob a ótica dos conceitos envolvidos nas situações abordadas, independente das habilidades e competência requeridas na resolução dos problemas. Palavras-chave: ENEM; Campo Conceitual Multiplicativo; Proporção Simples.
{"title":"Análise de situações de proporção simples em provas de matemática do ENEM","authors":"J. D. Silva, E. Santos","doi":"10.30938/bocehm.v8i23.5113","DOIUrl":"https://doi.org/10.30938/bocehm.v8i23.5113","url":null,"abstract":"Analisar e compreender as diferentes formas de resolução de um problema matemático, juntamente com o entendimento do conceito envolvido na situação proposta, é de muita relevância para o desenvolvimento dos estudantes. Nesse contexto, Gérard Vergnaud, psicólogo e matemático francês, dá uma grande importância à resolução de situações-problema a partir de campos conceituais (ferramenta teórica que explica como os estudantes constroem conceitos matemáticos e, consequentemente, aprendem matemática no contexto escolar). Isto porque, segundo sua teoria o conhecimento emerge a partir da resolução de problemas. Este trabalho buscou analisar a natureza dos problemas matemáticos, inseridos no Campo Conceitual das Estruturas Multiplicativas, presentes nas provas de matemática e suas tecnologias do ENEM, tendo como foco principal os problemas de relação quaternária do eixo proporção simples. A pesquisa foi desenvolvida dentro de uma abordagem qualitativa, de caráter exploratório-explicativo, buscando a natureza dos problemas de estruturas multiplicativas, em específico as situações por eixo, incluindo-se as classes, obtidas da análise de cada uma das provas objeto de estudo. Um conjunto de tabelas-síntese serviu de base para categorização e análise das questões identificadas nas provas analisadas. Como principais resultados, temos nestas provas um número de itens, que aborda conceitos multiplicativos, considerado muito satisfatório e que as situações de relação quaternária abordaram especificamente a Proporção Simples enquanto eixo, com pouca sofisticação. Sobre as classes, há uma maior abordagem de situações de um para muitos, sendo requerido em muitos dos itens o emprego do raciocínio proporcional com a presença de mais de uma classe numa mesma situação. Nesta direção, inferimos que a metodologia da resolução de problemas ainda precisa ser mais explorada no processo de ensino e aprendizagem, sob a ótica dos conceitos envolvidos nas situações abordadas, independente das habilidades e competência requeridas na resolução dos problemas.\u0000Palavras-chave: ENEM; Campo Conceitual Multiplicativo; Proporção Simples.","PeriodicalId":52692,"journal":{"name":"Boletim Cearense de Educacao e Historia da Matematica","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-06-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"69244163","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-06-17DOI: 10.30938/bocehm.v8i23.5125
Lara Ronise de Negreiros Pinto Scipião, Italândia Ferreira de Azevedo, Monaliza de Azevedo Silva
Este trabalho teve como objetivo apresentar uma sessão didática com o uso do Geoplano, na perspectiva da Sequência Fedathi, para o ensino de figuras geométricas planas (triângulo, quadrado, retângulo, círculo), que pode ser aplicada em turmas do 3º ano do Ensino Fundamental. A problemática surgiu a partir da dificuldade de alguns alunos compreenderem, identificarem e nomearem as figuras geométricas planas. Uma sessão didática se caracteriza como uma ação pedagógica planejada, pautada nos pressupostos da Sequência Fedathi, sendo esta a base teórica deste estudo. A Sequência Fedathi é uma metodologia de ensino, que pode ser organizada em quatro fases: tomada de posição, maturação, solução e prova, podendo oportunizar, ao aluno, um maior aprofundamento do conteúdo disponível e, no professor, pode provocar mudança de postura e amadurecimento da prática de ensino. O Geoplano foi usado como sugestão de material didático e suporte nas aulas de Geometria Plana. Neste trabalho, foi realizada uma pesquisa documental na Base Nacional Comum Curricular - BNCC, na qual explorou-se a unidade temática Geometria nos anos iniciais e realizou-se, também, uma pesquisa bibliográfica em periódicos de revistas da área da Educação Matemática, na busca de resultados de pesquisas que abordam o ensino de Geometria a partir do manuseio do Geoplano. Assim, surgiu a proposta de elaborar uma sessão didática, explorando o conceito de figuras geométricas, bem como reconhecendo suas propriedades e conceitos de forma prática. Espera-se que essa proposta didática possa contribuir na aprendizagem efetiva dos alunos sobre os conceitos de Geometria e na mudança de postura do professor em relação à sua metodologia e prática de ensino. Palavras-chave: Geoplano; Sequência Fedathi; Figuras Geométricas; Ensino de Geometria anos iniciais.
{"title":"Geoplano e a Sequência Fedathi no ensino de Geometria","authors":"Lara Ronise de Negreiros Pinto Scipião, Italândia Ferreira de Azevedo, Monaliza de Azevedo Silva","doi":"10.30938/bocehm.v8i23.5125","DOIUrl":"https://doi.org/10.30938/bocehm.v8i23.5125","url":null,"abstract":"Este trabalho teve como objetivo apresentar uma sessão didática com o uso do Geoplano, na perspectiva da Sequência Fedathi, para o ensino de figuras geométricas planas (triângulo, quadrado, retângulo, círculo), que pode ser aplicada em turmas do 3º ano do Ensino Fundamental. A problemática surgiu a partir da dificuldade de alguns alunos compreenderem, identificarem e nomearem as figuras geométricas planas. Uma sessão didática se caracteriza como uma ação pedagógica planejada, pautada nos pressupostos da Sequência Fedathi, sendo esta a base teórica deste estudo. A Sequência Fedathi é uma metodologia de ensino, que pode ser organizada em quatro fases: tomada de posição, maturação, solução e prova, podendo oportunizar, ao aluno, um maior aprofundamento do conteúdo disponível e, no professor, pode provocar mudança de postura e amadurecimento da prática de ensino. O Geoplano foi usado como sugestão de material didático e suporte nas aulas de Geometria Plana. Neste trabalho, foi realizada uma pesquisa documental na Base Nacional Comum Curricular - BNCC, na qual explorou-se a unidade temática Geometria nos anos iniciais e realizou-se, também, uma pesquisa bibliográfica em periódicos de revistas da área da Educação Matemática, na busca de resultados de pesquisas que abordam o ensino de Geometria a partir do manuseio do Geoplano. Assim, surgiu a proposta de elaborar uma sessão didática, explorando o conceito de figuras geométricas, bem como reconhecendo suas propriedades e conceitos de forma prática. Espera-se que essa proposta didática possa contribuir na aprendizagem efetiva dos alunos sobre os conceitos de Geometria e na mudança de postura do professor em relação à sua metodologia e prática de ensino.\u0000Palavras-chave: Geoplano; Sequência Fedathi; Figuras Geométricas; Ensino de Geometria anos iniciais.","PeriodicalId":52692,"journal":{"name":"Boletim Cearense de Educacao e Historia da Matematica","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-06-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"69244434","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-06-17DOI: 10.30938/bocehm.v8i23.5132
Carolina Yumi Lemos Ferreira Graciolli, C. Batista, Rodolfo Masaichi Shintani
Neste texto apresentamos o problema da trissecção do ângulo, conforme tratado no método elaborado pelo matemático francês, Jacques Justin, com o objetivo de expor uma proposta para investigação desse problema em sala de aula por meio de origami. Para isso, iniciamos a discussão trazendo um breve relato histórico acerca da constituição da matemática como um campo científico, bem como do contexto que levou ao surgimento dos problemas clássicos da geometria. Destacamos, dentre eles, o problema da trissecção do ângulo e seguimos explicitando aspectos relativos às possíveis motivações para o seu surgimento e à impossibilidade de sua resolução por meio da régua e do compasso não graduados. Como alternativa para mostrá-lo, sem recorrer aos instrumentos utilizados pela geometria euclidiana, apresentamos uma possibilidade que se utiliza do origami. Ademais, discutimos modos de desenvolver habilidades e competências citadas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e de favorecer a aprendizagem de conteúdos previstos no currículo escolar – como aqueles relativos à semelhança e à congruência de triângulos – por meio de um trabalho de investigação matemática, no qual, a partir das dobras realizadas no papel para verificar o problema da trissecção, sugerimos que os alunos sejam desafiados a levantar e a testar hipóteses para buscar soluções para o problema a partir das regularidades identificadas. Nessa postura de levantar hipóteses, testar e mostrar, compreendemos que há a possibilidade de o trabalho de sala de aula, ainda que seja dado com um nível menor de dificuldade, tornar-se mais próximo do trabalho desenvolvido por matemáticos profissionais. Como considerações finais, destacamos que a investigação matemática atrelada ao trabalho com origami abre possibilidades para o desenvolvimento de tarefas que dão um novo significado à matemática escolar. Palavras-chave: Dobradura; Ensino Médio, Problema da Trissecção; Educação Matemática.
{"title":"Trissecção do ângulo obtuso com origami","authors":"Carolina Yumi Lemos Ferreira Graciolli, C. Batista, Rodolfo Masaichi Shintani","doi":"10.30938/bocehm.v8i23.5132","DOIUrl":"https://doi.org/10.30938/bocehm.v8i23.5132","url":null,"abstract":"Neste texto apresentamos o problema da trissecção do ângulo, conforme tratado no método elaborado pelo matemático francês, Jacques Justin, com o objetivo de expor uma proposta para investigação desse problema em sala de aula por meio de origami. Para isso, iniciamos a discussão trazendo um breve relato histórico acerca da constituição da matemática como um campo científico, bem como do contexto que levou ao surgimento dos problemas clássicos da geometria. Destacamos, dentre eles, o problema da trissecção do ângulo e seguimos explicitando aspectos relativos às possíveis motivações para o seu surgimento e à impossibilidade de sua resolução por meio da régua e do compasso não graduados. Como alternativa para mostrá-lo, sem recorrer aos instrumentos utilizados pela geometria euclidiana, apresentamos uma possibilidade que se utiliza do origami. Ademais, discutimos modos de desenvolver habilidades e competências citadas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e de favorecer a aprendizagem de conteúdos previstos no currículo escolar – como aqueles relativos à semelhança e à congruência de triângulos – por meio de um trabalho de investigação matemática, no qual, a partir das dobras realizadas no papel para verificar o problema da trissecção, sugerimos que os alunos sejam desafiados a levantar e a testar hipóteses para buscar soluções para o problema a partir das regularidades identificadas. Nessa postura de levantar hipóteses, testar e mostrar, compreendemos que há a possibilidade de o trabalho de sala de aula, ainda que seja dado com um nível menor de dificuldade, tornar-se mais próximo do trabalho desenvolvido por matemáticos profissionais. Como considerações finais, destacamos que a investigação matemática atrelada ao trabalho com origami abre possibilidades para o desenvolvimento de tarefas que dão um novo significado à matemática escolar. \u0000Palavras-chave: Dobradura; Ensino Médio, Problema da Trissecção; Educação Matemática.","PeriodicalId":52692,"journal":{"name":"Boletim Cearense de Educacao e Historia da Matematica","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-06-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"69244531","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-06-17DOI: 10.30938/bocehm.v8i23.5142
Wilamis Micael de Araújo Aviz, Audrey Emmely Rodrigues Vasconcelos, C. O. Lozada
Nos últimos anos, as tecnologias móveis têm auxiliado consideravelmente o processo ensino-aprendizagem de Matemática. Além de inovarem os processos educativos com modelos de interação entre o aluno, o conhecimento e o dispositivo, de modo mais dinâmico, constituem um fator de motivação para as aulas de Matemática que geram um efeito positivo no que diz respeito à participação do aluno no processo de aprendizagem. A chamada aprendizagem móvel ou m-learning redefine o espaço educativo trazendo novos recursos didáticos e tipos de interações com o objeto de conhecimento, transpondo a temporalidade e o espaço escolar onde a aprendizagem costuma ocorrer, para além deles. Assim é preciso considerar os saberes referenciais dos alunos e como se estabelecem com o uso das tecnologias na sociedade e no contexto educativo, no sentido de ressignificá-los e reconfigurá-los considerando a imersão na cultura digital. A inserção das tecnologias digitais de informação e comunicação no currículo é prevista desde a década de 90 no sentido de promover novas formas de construção e assimilação do conhecimento, mas ganhou notoriedade no período da pandemia em 2020, em que o isolamento social provocou a suspensão das aulas presenciais e a única forma de promover a continuidade do processo educativo foi o uso das tecnologias digitais de informação e comunicação (TDICs). Assim, o presente artigo, por meio de uma pesquisa qualitativa, teve como propósito apresentar as potencialidades da utilização dos aplicativos Toon Math e Photomath como uma alternativa viável em sala de aula para o processo de ensino-aprendizagem de Matemática. A análise dos aplicativos demonstrou que são ferramentas significativas para o ensino-aprendizagem de Matemática na Educação Básica e no Ensino Superior, fortalecendo práticas pedagógicas inovadoras que devem ser apropriadas pelos professores e utilizadas com frequência tendo como base a racionalidade de relevância proposta por Orozco-Gómez (2002). Palavras-chave: Ensino de Matemática; Aplicativos; Aprendizagem Móvel.
{"title":"uso dos aplicativos Photomath e Toon Math no ensino de matemática","authors":"Wilamis Micael de Araújo Aviz, Audrey Emmely Rodrigues Vasconcelos, C. O. Lozada","doi":"10.30938/bocehm.v8i23.5142","DOIUrl":"https://doi.org/10.30938/bocehm.v8i23.5142","url":null,"abstract":"Nos últimos anos, as tecnologias móveis têm auxiliado consideravelmente o processo ensino-aprendizagem de Matemática. Além de inovarem os processos educativos com modelos de interação entre o aluno, o conhecimento e o dispositivo, de modo mais dinâmico, constituem um fator de motivação para as aulas de Matemática que geram um efeito positivo no que diz respeito à participação do aluno no processo de aprendizagem. A chamada aprendizagem móvel ou m-learning redefine o espaço educativo trazendo novos recursos didáticos e tipos de interações com o objeto de conhecimento, transpondo a temporalidade e o espaço escolar onde a aprendizagem costuma ocorrer, para além deles. Assim é preciso considerar os saberes referenciais dos alunos e como se estabelecem com o uso das tecnologias na sociedade e no contexto educativo, no sentido de ressignificá-los e reconfigurá-los considerando a imersão na cultura digital. A inserção das tecnologias digitais de informação e comunicação no currículo é prevista desde a década de 90 no sentido de promover novas formas de construção e assimilação do conhecimento, mas ganhou notoriedade no período da pandemia em 2020, em que o isolamento social provocou a suspensão das aulas presenciais e a única forma de promover a continuidade do processo educativo foi o uso das tecnologias digitais de informação e comunicação (TDICs). Assim, o presente artigo, por meio de uma pesquisa qualitativa, teve como propósito apresentar as potencialidades da utilização dos aplicativos Toon Math e Photomath como uma alternativa viável em sala de aula para o processo de ensino-aprendizagem de Matemática. A análise dos aplicativos demonstrou que são ferramentas significativas para o ensino-aprendizagem de Matemática na Educação Básica e no Ensino Superior, fortalecendo práticas pedagógicas inovadoras que devem ser apropriadas pelos professores e utilizadas com frequência tendo como base a racionalidade de relevância proposta por Orozco-Gómez (2002).\u0000Palavras-chave: Ensino de Matemática; Aplicativos; Aprendizagem Móvel.","PeriodicalId":52692,"journal":{"name":"Boletim Cearense de Educacao e Historia da Matematica","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-06-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"69244554","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}