Pub Date : 2018-12-28DOI: 10.22409/CONTRACAMPO.V37I3.19449
C. Carvalho, Maria Gislene Carvalho Fonseca
Localizada na cidade do Rio de Janeiro, a Feira de São Cristóvão se propõe a ser um espaço que reproduz algumas características do Nordeste brasileiro. A flanação naquele espaço apontou para uma ambientação construída a partir de memórias forjadas, de modo a criar e manter uma tradição fixa e, muitas vezes, confusa, devido aos elementos híbridos que circulam por lá. Tratamos neste texto de memória e tradição, segundo proposições de Ricoeur (2007; 2010b), e de lugares de memória embasados por Nora (1984, 1993), para refletir sobre as narrativas que são tecidas pela Feira de São Cristóvão. Percebemos que a Feira, ao selecionar elementos que comporiam as dimensões culturais e geográficas do Nordeste, opera mais com referências estereotipadas do que com a diversidade dessa região brasileira.
{"title":"Entre memória forjada e lugar de memória: Feira de São Cristóvão e tradição","authors":"C. Carvalho, Maria Gislene Carvalho Fonseca","doi":"10.22409/CONTRACAMPO.V37I3.19449","DOIUrl":"https://doi.org/10.22409/CONTRACAMPO.V37I3.19449","url":null,"abstract":"Localizada na cidade do Rio de Janeiro, a Feira de São Cristóvão se propõe a ser um espaço que reproduz algumas características do Nordeste brasileiro. A flanação naquele espaço apontou para uma ambientação construída a partir de memórias forjadas, de modo a criar e manter uma tradição fixa e, muitas vezes, confusa, devido aos elementos híbridos que circulam por lá. Tratamos neste texto de memória e tradição, segundo proposições de Ricoeur (2007; 2010b), e de lugares de memória embasados por Nora (1984, 1993), para refletir sobre as narrativas que são tecidas pela Feira de São Cristóvão. Percebemos que a Feira, ao selecionar elementos que comporiam as dimensões culturais e geográficas do Nordeste, opera mais com referências estereotipadas do que com a diversidade dessa região brasileira.","PeriodicalId":53281,"journal":{"name":"Revista Contracampo","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-12-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42406956","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-12-26DOI: 10.22409/CONTRACAMPO.V37I3.26999
Elton Antunes, J. Gutmann, Jussara Peixoto Maia
O canal do youtuber brasileiro Everson Zoio é usado como provocação analítica para o estudo sobre temporalidades, fluxos e matrizes midiáticas desta forma audiovisual que tem como principal dimensão material um corpo que oferece a autoflagelação ao consumo. Um corpo cuja performance constitui variadas figuras do tempo e aciona matrizes midiáticas e suas transformações. As mediações e mutações culturais, termos de Jesus Martín-Barbero, são apropriadas como dimensões de análise. O objetivo é investir numa abordagem comunicacional e historicizada das textualidades características do YouTube, neste caso, demonstrando que cada ação temporal engendrada a partir de Zoio é tensão/fricção de temporalidades outras e, também, condição de funcionamento da instância midiática.
{"title":"No tempo do Zoio: matrizes midiáticas, temporalidades e YouTube","authors":"Elton Antunes, J. Gutmann, Jussara Peixoto Maia","doi":"10.22409/CONTRACAMPO.V37I3.26999","DOIUrl":"https://doi.org/10.22409/CONTRACAMPO.V37I3.26999","url":null,"abstract":"O canal do youtuber brasileiro Everson Zoio é usado como provocação analítica para o estudo sobre temporalidades, fluxos e matrizes midiáticas desta forma audiovisual que tem como principal dimensão material um corpo que oferece a autoflagelação ao consumo. Um corpo cuja performance constitui variadas figuras do tempo e aciona matrizes midiáticas e suas transformações. As mediações e mutações culturais, termos de Jesus Martín-Barbero, são apropriadas como dimensões de análise. O objetivo é investir numa abordagem comunicacional e historicizada das textualidades características do YouTube, neste caso, demonstrando que cada ação temporal engendrada a partir de Zoio é tensão/fricção de temporalidades outras e, também, condição de funcionamento da instância midiática.","PeriodicalId":53281,"journal":{"name":"Revista Contracampo","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-12-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44873264","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-08-28DOI: 10.22409/CONTRACAMPO.V0I0.1135
Luiz Ademir de Oliveira, C. M. Fernandes, Genira Correia Chagas
O artigo tem por objetivo mapear e analisar o enquadramento do Jornal Nacional, da Rede Globo de Televisão, sobre a reforma da Previdência apresentada pelo Presidente Michel Temer (MDB). Ao longo dos 49 anos de existência, o JN construiu uma trajetória de interferência em questões políticas e de alinhamento com grupos de poder. O estudo tem como hipótese que a proposta, não debatida com a sociedade, encontrou adesão no telejornal, que atuou como propagador do discurso da necessidade de aprovação da reforma. O estudo utilizou como metodologia a análise de conteúdo para identificar as principais marcas de enquadramento nas reportagens.
{"title":"Novos passos do Golpe: o enquadramento da reforma da Previdência no Jornal Nacional","authors":"Luiz Ademir de Oliveira, C. M. Fernandes, Genira Correia Chagas","doi":"10.22409/CONTRACAMPO.V0I0.1135","DOIUrl":"https://doi.org/10.22409/CONTRACAMPO.V0I0.1135","url":null,"abstract":"O artigo tem por objetivo mapear e analisar o enquadramento do Jornal Nacional, da Rede Globo de Televisão, sobre a reforma da Previdência apresentada pelo Presidente Michel Temer (MDB). Ao longo dos 49 anos de existência, o JN construiu uma trajetória de interferência em questões políticas e de alinhamento com grupos de poder. O estudo tem como hipótese que a proposta, não debatida com a sociedade, encontrou adesão no telejornal, que atuou como propagador do discurso da necessidade de aprovação da reforma. O estudo utilizou como metodologia a análise de conteúdo para identificar as principais marcas de enquadramento nas reportagens.","PeriodicalId":53281,"journal":{"name":"Revista Contracampo","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-08-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46019861","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-08-28DOI: 10.22409/CONTRACAMPO.V37I2.17625
K. Prudencio, C. C. Rizzotto, Rafael Cardoso Sampaio
O artigo apresenta resultados de uma pesquisa sobre a cobertura jornalística do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, entre dezembro de 2015, quando foi aberto o processo na Câmara dos Deputados, e agosto de 2016, quando ela foi afastada definitivamente pelo Senado Federal. Foram analisadas 2.202 notícias publicadas pelos jornais O Globo, Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo pela perspectiva metodológica do enquadramento multimodal, que considera os aspectos textuais, visuais e narrativos das notícias. Os dados permitem verificar que houve uma orientação editorial ligeiramente superior para uma posição pró-impeachment, mas isso só pode ser afirmado na junção dos três modos do enquadramento, uma vez que o texto das notícias seguiu o padrão de cobertura pragmática. Argumentamos que esse padrão acabou por normalizar o impeachment como processo legítimo, despolitizando-o e apagando os aspectos que o evidenciam como golpe parlamentar.
本文介绍了一项关于总统迪尔玛·罗塞夫弹劾程序的新闻报道的研究结果,从2015年12月弹劾程序在众议院开始,到2016年8月弹劾程序最终被联邦参议院否决。摘要采用多模态框架的方法论视角,分析了《环球报》、《圣保罗页报》和《圣保罗Estado de S. Paulo》发表的2202条新闻,该框架考虑了新闻的文本、视觉和叙事方面。数据显示,支持弹劾的编辑倾向略高,但这只能在三种框架模式的交界处说明,因为新闻文本遵循了务实的报道模式。我们认为,这种模式最终使弹劾正常化,使其成为一个合法的程序,使其非政治化,并消除了表明它是议会政变的方面。
{"title":"A normalização do golpe: o esvaziamento da política na cobertura jornalística do “impeachment” de Dilma Rousseff","authors":"K. Prudencio, C. C. Rizzotto, Rafael Cardoso Sampaio","doi":"10.22409/CONTRACAMPO.V37I2.17625","DOIUrl":"https://doi.org/10.22409/CONTRACAMPO.V37I2.17625","url":null,"abstract":"O artigo apresenta resultados de uma pesquisa sobre a cobertura jornalística do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, entre dezembro de 2015, quando foi aberto o processo na Câmara dos Deputados, e agosto de 2016, quando ela foi afastada definitivamente pelo Senado Federal. Foram analisadas 2.202 notícias publicadas pelos jornais O Globo, Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo pela perspectiva metodológica do enquadramento multimodal, que considera os aspectos textuais, visuais e narrativos das notícias. Os dados permitem verificar que houve uma orientação editorial ligeiramente superior para uma posição pró-impeachment, mas isso só pode ser afirmado na junção dos três modos do enquadramento, uma vez que o texto das notícias seguiu o padrão de cobertura pragmática. Argumentamos que esse padrão acabou por normalizar o impeachment como processo legítimo, despolitizando-o e apagando os aspectos que o evidenciam como golpe parlamentar.","PeriodicalId":53281,"journal":{"name":"Revista Contracampo","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-08-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43543517","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-08-28DOI: 10.22409/CONTRACAMPO.V0I0.1112
Daniel Gambaro, Eduardo Vicente, T. Ramos
O presente artigo discute o rádio como mediador e curador do consumo musical, papel definido historicamente e que passou a ser questionado com a introdução de ferramentas digitais de distribuição de música. Por meio de entrevistas com profissionais das indústrias radiofônica e fonográfica, são discutidos os mecanismos que divulgadores de gravadoras utilizavam para emplacar uma canção na programação do rádio. Locutores e emissoras se aproveitaram dessas relações comerciais para criar estratégias de legitimidade que, mesmo com o crescimento do acesso a serviços de música por assinatura, sustentam a função de curadoria. A linguagem radiofônica, configurada sobretudo a partir do comunicador, complementa o trabalho dos softwares que organizam e ofertam conteúdo musical.
{"title":"A divulgação musical no rádio brasileiro: da “caitituagem” aos desafios da concorrência digital","authors":"Daniel Gambaro, Eduardo Vicente, T. Ramos","doi":"10.22409/CONTRACAMPO.V0I0.1112","DOIUrl":"https://doi.org/10.22409/CONTRACAMPO.V0I0.1112","url":null,"abstract":"O presente artigo discute o rádio como mediador e curador do consumo musical, papel definido historicamente e que passou a ser questionado com a introdução de ferramentas digitais de distribuição de música. Por meio de entrevistas com profissionais das indústrias radiofônica e fonográfica, são discutidos os mecanismos que divulgadores de gravadoras utilizavam para emplacar uma canção na programação do rádio. Locutores e emissoras se aproveitaram dessas relações comerciais para criar estratégias de legitimidade que, mesmo com o crescimento do acesso a serviços de música por assinatura, sustentam a função de curadoria. A linguagem radiofônica, configurada sobretudo a partir do comunicador, complementa o trabalho dos softwares que organizam e ofertam conteúdo musical.","PeriodicalId":53281,"journal":{"name":"Revista Contracampo","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-08-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45682160","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-08-28DOI: 10.22409/CONTRACAMPO.V0I0.1160
A. Primo, V. Valiati, Ludmila Lupinacci, Laura Barros
Este artigo discute as transformações trazidas pela comunicação mediada por computadores, e mais especificamente os serviços de redes sociais na internet, para a expressão subjetiva, o relato cotidiano e a escrita de si. Mais tarde, a partir de resultados quantitativos obtidos através de uma survey que alcançou 810 respondentes, discute-se os usos mais prevalentes do Facebook: manter-se informado sobre temas atuais; divertir-se com piadas, vídeos e fotos engraçados; participar de campanhas de conscientização; falar sobre trabalho e saber do crescimento profissional de outros; e saber o que amigos, inimigos e desafetos estão fazendo.
{"title":"Interações e práticas no Facebook","authors":"A. Primo, V. Valiati, Ludmila Lupinacci, Laura Barros","doi":"10.22409/CONTRACAMPO.V0I0.1160","DOIUrl":"https://doi.org/10.22409/CONTRACAMPO.V0I0.1160","url":null,"abstract":"Este artigo discute as transformações trazidas pela comunicação mediada por computadores, e mais especificamente os serviços de redes sociais na internet, para a expressão subjetiva, o relato cotidiano e a escrita de si. Mais tarde, a partir de resultados quantitativos obtidos através de uma survey que alcançou 810 respondentes, discute-se os usos mais prevalentes do Facebook: manter-se informado sobre temas atuais; divertir-se com piadas, vídeos e fotos engraçados; participar de campanhas de conscientização; falar sobre trabalho e saber do crescimento profissional de outros; e saber o que amigos, inimigos e desafetos estão fazendo.","PeriodicalId":53281,"journal":{"name":"Revista Contracampo","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-08-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"41956169","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-08-28DOI: 10.22409/CONTRACAMPO.V0I0.1108
T. Rodrigues
As tensas relações entre mídia e política no Brasil são bem conhecidas pela literatura especializada. Getúlio Vargas, João Goulart e Fernando Collor são alguns exemplos de presidentes que não terminaram seus mandatos e que sofreram resistências por parte da imprensa. O presente artigo argumenta que esse histórico de atuação dos meios de comunicação em processos de desestabilização permanece atual. A hipótese foi testada a partir da observação de 35 editoriais dos principais jornais impressos do país durante a tramitação dos processos de impeachment de Dilma Rousseff em 2016 e de investigação de Michel Temer em 2017. O primeiro caso contou com certa unidade entre esses jornais, e o impeachment foi vitorioso; no segundo, houve divergências na imprensa e o impeachment não ocorreu.
{"title":"O papel da mídia nos processos de impeachment de Dilma Rousseff (2016) e Michel Temer (2017)","authors":"T. Rodrigues","doi":"10.22409/CONTRACAMPO.V0I0.1108","DOIUrl":"https://doi.org/10.22409/CONTRACAMPO.V0I0.1108","url":null,"abstract":"As tensas relações entre mídia e política no Brasil são bem conhecidas pela literatura especializada. Getúlio Vargas, João Goulart e Fernando Collor são alguns exemplos de presidentes que não terminaram seus mandatos e que sofreram resistências por parte da imprensa. O presente artigo argumenta que esse histórico de atuação dos meios de comunicação em processos de desestabilização permanece atual. A hipótese foi testada a partir da observação de 35 editoriais dos principais jornais impressos do país durante a tramitação dos processos de impeachment de Dilma Rousseff em 2016 e de investigação de Michel Temer em 2017. O primeiro caso contou com certa unidade entre esses jornais, e o impeachment foi vitorioso; no segundo, houve divergências na imprensa e o impeachment não ocorreu.","PeriodicalId":53281,"journal":{"name":"Revista Contracampo","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-08-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47217201","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-08-28DOI: 10.22409/CONTRACAMPO.V0I0.1102
Richard Romancini
Com base em pesquisa empírica de fontes documentais, o artigo discute a reação conservadora no Brasil, a partir da análise de dois casos: o chamado “kit gay” e o “Monitor da Doutrinação” (uma plataforma digital, criada por um jornal). Destaca que há, nos dois, um elemento religioso, relacionado ao crescimento demográfico e também midiático dos neopentecostais; neste caso, permitindo a criação de “pânicos morais”. O trabalho mostra como os evangélicos foram se distanciando de Dilma Rousseff, até tornarem-se fortes apoiadores do golpe parlamentar. A comparação entre a vitória alcançada pelos conservadores no caso do “kit gay” e o fracasso do “Monitor da Doutrinação” permite discutir alguns limites do projeto conservador ora em curso.
本文基于文献来源的实证研究,通过对两个案例的分析,讨论了巴西的保守反应:所谓的“kit gay”和“Monitor da doutrinacao”(一家报纸创建的数字平台)。强调两者都有宗教因素,与人口增长有关,也与新五旬节派的媒体有关;在这种情况下,允许制造“道德恐慌”。这项工作显示了福音派是如何与迪尔玛·罗塞夫保持距离的,直到他们成为议会政变的坚定支持者。将保守派在“同性恋工具包”一案中的胜利与“灌输监测”的失败进行比较,可以讨论保守派目前正在进行的项目的一些局限性。
{"title":"Do “Kit Gay” ao “Monitor da Doutrinação”: a reação conservadora no Brasil","authors":"Richard Romancini","doi":"10.22409/CONTRACAMPO.V0I0.1102","DOIUrl":"https://doi.org/10.22409/CONTRACAMPO.V0I0.1102","url":null,"abstract":"Com base em pesquisa empírica de fontes documentais, o artigo discute a reação conservadora no Brasil, a partir da análise de dois casos: o chamado “kit gay” e o “Monitor da Doutrinação” (uma plataforma digital, criada por um jornal). Destaca que há, nos dois, um elemento religioso, relacionado ao crescimento demográfico e também midiático dos neopentecostais; neste caso, permitindo a criação de “pânicos morais”. O trabalho mostra como os evangélicos foram se distanciando de Dilma Rousseff, até tornarem-se fortes apoiadores do golpe parlamentar. A comparação entre a vitória alcançada pelos conservadores no caso do “kit gay” e o fracasso do “Monitor da Doutrinação” permite discutir alguns limites do projeto conservador ora em curso.","PeriodicalId":53281,"journal":{"name":"Revista Contracampo","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-08-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47177358","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}