Pub Date : 2021-12-30DOI: 10.22409/contracampo.v40i3.50256
Tânia M. C. Hoff, Ana Catarina Holtz, Lucas L. Fraga
Neste artigo, abordamos a apropriação de estratégias de games pelo mercado da saúde, tendo como objetivo problematizar a gamificação como uma estratégia biopolítica. Nesta perspectiva, procuramos entender como as dinâmicas gamificadas mobilizam “convocações biopolíticas” (PRADO, 2013), que produzem subjetividades características de sujeitos neoliberais. Para tanto, utilizamos o website do Labi Exames como material empírico que exemplifica o uso de estratégias de gamificação no mercado da saúde. Quanto à fundamentação teórica, mobilizamos estudiosos da biopolítica, da biomedicalização, da “filosofia neoliberal” e da gamificação – por meio dos quais caracterizamos a “iSaúde” como um contexto marcado pelo deslocamento do poder-saber médico, pelo incentivo ao autodiagnóstico e pela preponderância dos discursos neoliberais no cuidado com o corpo.
{"title":"Jogador da iSaúde:","authors":"Tânia M. C. Hoff, Ana Catarina Holtz, Lucas L. Fraga","doi":"10.22409/contracampo.v40i3.50256","DOIUrl":"https://doi.org/10.22409/contracampo.v40i3.50256","url":null,"abstract":"Neste artigo, abordamos a apropriação de estratégias de games pelo mercado da saúde, tendo como objetivo problematizar a gamificação como uma estratégia biopolítica. Nesta perspectiva, procuramos entender como as dinâmicas gamificadas mobilizam “convocações biopolíticas” (PRADO, 2013), que produzem subjetividades características de sujeitos neoliberais. Para tanto, utilizamos o website do Labi Exames como material empírico que exemplifica o uso de estratégias de gamificação no mercado da saúde. Quanto à fundamentação teórica, mobilizamos estudiosos da biopolítica, da biomedicalização, da “filosofia neoliberal” e da gamificação – por meio dos quais caracterizamos a “iSaúde” como um contexto marcado pelo deslocamento do poder-saber médico, pelo incentivo ao autodiagnóstico e pela preponderância dos discursos neoliberais no cuidado com o corpo.","PeriodicalId":53281,"journal":{"name":"Revista Contracampo","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48659986","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-30DOI: 10.22409/contracampo.v40i3.50483
Leonardo Andrada de Mello, Sandra Rúbia Da Silva
Neste trabalho argumentamos que a gestão de conteúdos por pares na plataforma Steam, assim como seus sistemas de avaliação, geram fluxos que ocasionam que alguns conteúdos/produtos ganhem maior relevância nessa plataforma. Para tanto observamos as avaliações do jogo Bolsomito2k18 atentando para como se dão estes fluxos de informação. São articuladas discussões em torno de sistemas de avaliação. Tensionamos dinâmicas de comunicação em rede, pensando as mesmas como um sistema mediado pela gestão do capital lúdico. Concluímos que: 1 - diante dos fluxos comunicacionais, determinados conteúdos acabam ganhando mais relevância; 2 - os sistemas de avaliação podem sofrer distorções em especial pelo comportamento do próprio fluxo das avaliações; 3 - estas distorções podem ser muito mais benéficas para as empresas que para os usuários.
{"title":"Dinâmicas de avaliação por pares na Steam","authors":"Leonardo Andrada de Mello, Sandra Rúbia Da Silva","doi":"10.22409/contracampo.v40i3.50483","DOIUrl":"https://doi.org/10.22409/contracampo.v40i3.50483","url":null,"abstract":"Neste trabalho argumentamos que a gestão de conteúdos por pares na plataforma Steam, assim como seus sistemas de avaliação, geram fluxos que ocasionam que alguns conteúdos/produtos ganhem maior relevância nessa plataforma. Para tanto observamos as avaliações do jogo Bolsomito2k18 atentando para como se dão estes fluxos de informação. São articuladas discussões em torno de sistemas de avaliação. Tensionamos dinâmicas de comunicação em rede, pensando as mesmas como um sistema mediado pela gestão do capital lúdico. Concluímos que: 1 - diante dos fluxos comunicacionais, determinados conteúdos acabam ganhando mais relevância; 2 - os sistemas de avaliação podem sofrer distorções em especial pelo comportamento do próprio fluxo das avaliações; 3 - estas distorções podem ser muito mais benéficas para as empresas que para os usuários.","PeriodicalId":53281,"journal":{"name":"Revista Contracampo","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48171028","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-30DOI: 10.22409/contracampo.v40i3.50984
Marcelo Andrade, Clotilde Perez
Percebe-se que as crianças se apropriam progressivamente dos aparatos digitais não apenas para se comunicar e socializar, mas também para brincar. A brincadeira enquanto prática cultural fortemente atrelada às infâncias se modela e, até mesmo, se ressignifica à medida que as possibilidades comunicacionais se alteram. Desse modo, o objetivo deste artigo é pensar sobre os atravessamentos decorrentes do atual contexto midiatizado, de modo a perceber a constituição de outros e, talvez, novos modos de brincar da criança conectada. Para isso, nos debruçamos sobre os rituais de consumo no intuito de compreender como tais ações ritualísticas contribuem para promover e reforçar a midiatização do brincar. Pensar nas brincadeiras das crianças youtubers como dispositivos midiáticos capazes de articular sentidos nos parece um caminho proveitoso para compreender o lugar da criança em suas dimensões midiatizadas, visto que tais práticas possuem a capacidade de promover bens de consumo, orientar e moldar gostos, bem como visões de mundo.
{"title":"Os rituais do brincar midiatizado","authors":"Marcelo Andrade, Clotilde Perez","doi":"10.22409/contracampo.v40i3.50984","DOIUrl":"https://doi.org/10.22409/contracampo.v40i3.50984","url":null,"abstract":"Percebe-se que as crianças se apropriam progressivamente dos aparatos digitais não apenas para se comunicar e socializar, mas também para brincar. A brincadeira enquanto prática cultural fortemente atrelada às infâncias se modela e, até mesmo, se ressignifica à medida que as possibilidades comunicacionais se alteram. Desse modo, o objetivo deste artigo é pensar sobre os atravessamentos decorrentes do atual contexto midiatizado, de modo a perceber a constituição de outros e, talvez, novos modos de brincar da criança conectada. Para isso, nos debruçamos sobre os rituais de consumo no intuito de compreender como tais ações ritualísticas contribuem para promover e reforçar a midiatização do brincar. Pensar nas brincadeiras das crianças youtubers como dispositivos midiáticos capazes de articular sentidos nos parece um caminho proveitoso para compreender o lugar da criança em suas dimensões midiatizadas, visto que tais práticas possuem a capacidade de promover bens de consumo, orientar e moldar gostos, bem como visões de mundo.","PeriodicalId":53281,"journal":{"name":"Revista Contracampo","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45238573","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Playing With Letters and Landscapes: Interacting with Empire in Early 19th Century Print Learning Aides","authors":"Aaron Trammell","doi":"10.22409/contracampo.v40i2.51430","DOIUrl":"https://doi.org/10.22409/contracampo.v40i2.51430","url":null,"abstract":"Assistant Professor \u0000UC Irvine \u0000trammell@uci.edu | 732.673.3879 | aarontrammell.com","PeriodicalId":53281,"journal":{"name":"Revista Contracampo","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"41953872","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-09-01DOI: 10.22409/contracampo.v40i2.50480
Leonardo Reitano
Este artigo, a partir de dois modelos teóricos – a psicologia do Flow, de Mihaly Csikszentmihalyi, e o da semiótica tensiva de Claude Zilberberg – busca analisar os valores e o projeto enunciativo da atividade do platinar – completar todos os desafios propostos pela equipe desenvolvedora de um jogo. Em seguida procura compreender como a busca por tal estratégia, de forte cunho psicopolítico, interfere no projeto enunciativo do jogo em si, diminuindo o impacto e prejudicando o flow de tal proposta narrativa em nome de recompensas que se encontram fora do jogo, no espaço dos valores neoliberais do mundo digital.
{"title":"Platinar jogos","authors":"Leonardo Reitano","doi":"10.22409/contracampo.v40i2.50480","DOIUrl":"https://doi.org/10.22409/contracampo.v40i2.50480","url":null,"abstract":"Este artigo, a partir de dois modelos teóricos – a psicologia do Flow, de Mihaly Csikszentmihalyi, e o da semiótica tensiva de Claude Zilberberg – busca analisar os valores e o projeto enunciativo da atividade do platinar – completar todos os desafios propostos pela equipe desenvolvedora de um jogo. Em seguida procura compreender como a busca por tal estratégia, de forte cunho psicopolítico, interfere no projeto enunciativo do jogo em si, diminuindo o impacto e prejudicando o flow de tal proposta narrativa em nome de recompensas que se encontram fora do jogo, no espaço dos valores neoliberais do mundo digital.","PeriodicalId":53281,"journal":{"name":"Revista Contracampo","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49471086","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-09-01DOI: 10.22409/contracampo.v40i2.50478
Beatriz Blanco, Aline Conceição Job da Silva
O artigo propõe o debate do The Scratchware Manifesto (2000), considerando o desenvolvimento de jogos indies e as transformações observadas na produção e na criação de jogos dentro da forma neoliberal do capitalismo. Para tanto, abordamos o gênero textual manifesto como prática sociocultural de transformação, sendo o debate do The Scratchware Manifesto realizado no diálogo com outros manifestos, como Manifesto do Partido Comunista (MARX; ENGELS, 2012) e Rise of the Videogame Zinesters (ANTROPY, 2012), entre outros. Além disso, pontuamos alguns processos de criação, produção e circulação de jogos indies, a partir do alinhamento ou não desses com o mercado, bem como a precarização do trabalho. Por fim, indicamos iniciativas que estão promovendo relações alternativas de criação de jogos indies, assim como outras relações com o trabalho na indústria de jogos.
{"title":"Do The Scratchware Manifesto à Game Workers Unite: manifestos e reivindicações trabalhistas em duas décadas de videogame independente","authors":"Beatriz Blanco, Aline Conceição Job da Silva","doi":"10.22409/contracampo.v40i2.50478","DOIUrl":"https://doi.org/10.22409/contracampo.v40i2.50478","url":null,"abstract":"O artigo propõe o debate do The Scratchware Manifesto (2000), considerando o desenvolvimento de jogos indies e as transformações observadas na produção e na criação de jogos dentro da forma neoliberal do capitalismo. Para tanto, abordamos o gênero textual manifesto como prática sociocultural de transformação, sendo o debate do The Scratchware Manifesto realizado no diálogo com outros manifestos, como Manifesto do Partido Comunista (MARX; ENGELS, 2012) e Rise of the Videogame Zinesters (ANTROPY, 2012), entre outros. Além disso, pontuamos alguns processos de criação, produção e circulação de jogos indies, a partir do alinhamento ou não desses com o mercado, bem como a precarização do trabalho. Por fim, indicamos iniciativas que estão promovendo relações alternativas de criação de jogos indies, assim como outras relações com o trabalho na indústria de jogos.","PeriodicalId":53281,"journal":{"name":"Revista Contracampo","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42010466","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-09-01DOI: 10.22409/contracampo.v40i2.50512
Ivan Mussa
Esta resenha aborda o livro A precarious game: The illusion of dream jobs in the video game industry, de autoria de Ergin Bulut, lançado apenas em inglês em 2020. Trata-se de um estudo sobre o funcionamento da indústria de games, a partir da imersão etnográfica em uma empresa estadunidense, à qual Bulut dá o pseudônimo de Desire. O autor examina as formas de trabalho que sustentam a empresa, que inicia sua trajetória no mercado independente, mas logo é adquirida por uma distribuidora maior. O alcance da análise se prolonga para além das paredes de Desire: reverbera nos ambientes domésticos dos trabalhadores e na desigualdade de gênero; na necessidade de outsourcing de trabalho precário para países do Sul-Global e na perpetuação dos valores de “diversão” e “escapismo” baseados na tecnomasculinidade branca e no individualismo competitivo neoliberal.
{"title":"O deserto do ideal","authors":"Ivan Mussa","doi":"10.22409/contracampo.v40i2.50512","DOIUrl":"https://doi.org/10.22409/contracampo.v40i2.50512","url":null,"abstract":"Esta resenha aborda o livro A precarious game: The illusion of dream jobs in the video game industry, de autoria de Ergin Bulut, lançado apenas em inglês em 2020. Trata-se de um estudo sobre o funcionamento da indústria de games, a partir da imersão etnográfica em uma empresa estadunidense, à qual Bulut dá o pseudônimo de Desire. O autor examina as formas de trabalho que sustentam a empresa, que inicia sua trajetória no mercado independente, mas logo é adquirida por uma distribuidora maior. O alcance da análise se prolonga para além das paredes de Desire: reverbera nos ambientes domésticos dos trabalhadores e na desigualdade de gênero; na necessidade de outsourcing de trabalho precário para países do Sul-Global e na perpetuação dos valores de “diversão” e “escapismo” baseados na tecnomasculinidade branca e no individualismo competitivo neoliberal.","PeriodicalId":53281,"journal":{"name":"Revista Contracampo","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47840752","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-02-03DOI: 10.22409/contracampo.v0i0.38763
Dôuglas Aparecido Ferreira
O artigo busca identificar de que forma os pontos sugeridos por Everardo Rocha (1985) como legitimadores sociais da profissão publicitária são convocados pelos trabalhadores belorizontinos na lista “Como é trabalhar aí?”, um arquivo que circulou na internet com relatos das rotinas das agências. Teoricamente serão apresentados os elementos que constituem o imaginário da profissão e discutido as práticas comuns de trabalho. De caráter qualitativa, a pesquisa utilizou a análise de conteúdo para categorizar e identificar associações recorrentes nos relatos. Constate-se que os publicitários tecem um cenário negativo de abusos e exploração distante do que é representado socialmente para legitimar a profissão e que, apesar de distintos, ambas dimensões contribuem para a construção de sentidos de pertencimento a uma classe trabalhista.
{"title":"Tensões entre o imaginário da publicidade e as representações da profissão feitas por trabalhadores de agências de Belo Horizonte-MG","authors":"Dôuglas Aparecido Ferreira","doi":"10.22409/contracampo.v0i0.38763","DOIUrl":"https://doi.org/10.22409/contracampo.v0i0.38763","url":null,"abstract":"O artigo busca identificar de que forma os pontos sugeridos por Everardo Rocha (1985) como legitimadores sociais da profissão publicitária são convocados pelos trabalhadores belorizontinos na lista “Como é trabalhar aí?”, um arquivo que circulou na internet com relatos das rotinas das agências. Teoricamente serão apresentados os elementos que constituem o imaginário da profissão e discutido as práticas comuns de trabalho. De caráter qualitativa, a pesquisa utilizou a análise de conteúdo para categorizar e identificar associações recorrentes nos relatos. Constate-se que os publicitários tecem um cenário negativo de abusos e exploração distante do que é representado socialmente para legitimar a profissão e que, apesar de distintos, ambas dimensões contribuem para a construção de sentidos de pertencimento a uma classe trabalhista.","PeriodicalId":53281,"journal":{"name":"Revista Contracampo","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-02-03","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48051390","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}