Pub Date : 2020-08-28DOI: 10.1590/scielopreprints.1154
R. Recuero, F. Soares, G. Zago
Neste artigo, analisamos a circulação de links desinformativos sobre a pandemia de Covid-19 no Twitter, a partir de um conjunto de 159.560 links coletados da API do Twitter entre os meses de março e julho de 2020. Através de um mapeamento da rede e da observação da vizinhança dos links e dos links mais compartilhados, observamos uma polarização e redução da circulação dos links de acordo com seu sentido (pró-hidroxicloroquina ou anti-hidroxicloroquina). Os resultados também apontam para uma maior atividade na divulgação de links pró-hidroxicloroquina, grupo onde também circula a maior quantidade de desinformação e de veículos hiperpartidários. Do mesmo modo, a circulação de veículos de mídia tradicional e institucionais é bastante reduzida neste grupo, fortalecendo a associação entre mídia hiperpartidária e desinformação.
{"title":"Polarização, Hiperpartidarismo e Câmaras de Eco: Como circula a Desinformação sobre Covid-19 no Twitter","authors":"R. Recuero, F. Soares, G. Zago","doi":"10.1590/scielopreprints.1154","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/scielopreprints.1154","url":null,"abstract":"Neste artigo, analisamos a circulação de links desinformativos sobre a pandemia de Covid-19 no Twitter, a partir de um conjunto de 159.560 links coletados da API do Twitter entre os meses de março e julho de 2020. Através de um mapeamento da rede e da observação da vizinhança dos links e dos links mais compartilhados, observamos uma polarização e redução da circulação dos links de acordo com seu sentido (pró-hidroxicloroquina ou anti-hidroxicloroquina). Os resultados também apontam para uma maior atividade na divulgação de links pró-hidroxicloroquina, grupo onde também circula a maior quantidade de desinformação e de veículos hiperpartidários. Do mesmo modo, a circulação de veículos de mídia tradicional e institucionais é bastante reduzida neste grupo, fortalecendo a associação entre mídia hiperpartidária e desinformação.","PeriodicalId":53281,"journal":{"name":"Revista Contracampo","volume":"40 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-08-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49344305","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-08-26DOI: 10.22409/contracampo.v0i0.38578
Thiago Falcão, D. Marques, Ivan Mussa
Este artigo discute os mecanismos de governança e controle exercidos pela desenvolvedora de games Blizzard sobre seus jogadores e consumidores. Baseia-se na controvérsia que ocorreu entre a empresa e o jogador profissional Blitzchung, que se manifestou a favor dos protestos iniciados em Hong Kong em março de 2019. O atrito, além de despertar tensões entre consumidores e produtora, revela os métodos e dispositivos de dominação empregados pela empresa contra seus jogadores. Considerando a Blizzard como uma plataforma, analisamos as ferramentas enredadas pela corporação para manter suas engrenagens estáveis, que alavancam discussões a respeito da plataformização da sociedade e da superposição entre jogo e trabalho.
{"title":"#BoycottBlizzard: Capitalismo de Plataforma e a Colonização do Jogo","authors":"Thiago Falcão, D. Marques, Ivan Mussa","doi":"10.22409/contracampo.v0i0.38578","DOIUrl":"https://doi.org/10.22409/contracampo.v0i0.38578","url":null,"abstract":"Este artigo discute os mecanismos de governança e controle exercidos pela desenvolvedora de games Blizzard sobre seus jogadores e consumidores. Baseia-se na controvérsia que ocorreu entre a empresa e o jogador profissional Blitzchung, que se manifestou a favor dos protestos iniciados em Hong Kong em março de 2019. O atrito, além de despertar tensões entre consumidores e produtora, revela os métodos e dispositivos de dominação empregados pela empresa contra seus jogadores. Considerando a Blizzard como uma plataforma, analisamos as ferramentas enredadas pela corporação para manter suas engrenagens estáveis, que alavancam discussões a respeito da plataformização da sociedade e da superposição entre jogo e trabalho.","PeriodicalId":53281,"journal":{"name":"Revista Contracampo","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-08-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42143441","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-08-26DOI: 10.22409/contracampo.v0i0.38416
Igor Sacramento, Danielle Brasiliense, Júlio César Sanches
Nos últimos anos, percebemos o uso frequente de palavras como “monstro” e “monstrão” como qualificadores de corpos masculinos musculosos, mas também como vetores da identificação da virilidade como valor pelo bodybuilding. Neste texto, analisaremos esses discursos por meio de entrevistas com Léo Stronda, cujas performances da masculinidade consistem nos modos de afirmação de um projeto identitário centrado na revaloração da monstruosidade. Nossa análise consistirá em duas etapas. Na primeira, abordaremos os modos como Léo Stronda se identifica como monstro, reelaborando seu passado e projetando um futuro, o que o permite afirmar uma autoridade por meio da conquista do corpo-monstro. Em seguida, tratamos dos comentários aos vídeos e do reconhecimento do youtuber como modelo e guru do "ser monstro". Concluímos que a associação entre masculinidade e monstruosidade em um sentido positivo contribui para a construção da virilidade pela brutalidade e preocupação com a aparência, o que configura a forma corporal como parte de um estilo de vida.
{"title":"A Fábrica de Monstros: performances da masculinidade em entrevistas com Léo Stronda","authors":"Igor Sacramento, Danielle Brasiliense, Júlio César Sanches","doi":"10.22409/contracampo.v0i0.38416","DOIUrl":"https://doi.org/10.22409/contracampo.v0i0.38416","url":null,"abstract":"Nos últimos anos, percebemos o uso frequente de palavras como “monstro” e “monstrão” como qualificadores de corpos masculinos musculosos, mas também como vetores da identificação da virilidade como valor pelo bodybuilding. Neste texto, analisaremos esses discursos por meio de entrevistas com Léo Stronda, cujas performances da masculinidade consistem nos modos de afirmação de um projeto identitário centrado na revaloração da monstruosidade. Nossa análise consistirá em duas etapas. Na primeira, abordaremos os modos como Léo Stronda se identifica como monstro, reelaborando seu passado e projetando um futuro, o que o permite afirmar uma autoridade por meio da conquista do corpo-monstro. Em seguida, tratamos dos comentários aos vídeos e do reconhecimento do youtuber como modelo e guru do \"ser monstro\". Concluímos que a associação entre masculinidade e monstruosidade em um sentido positivo contribui para a construção da virilidade pela brutalidade e preocupação com a aparência, o que configura a forma corporal como parte de um estilo de vida.","PeriodicalId":53281,"journal":{"name":"Revista Contracampo","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-08-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46133977","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-05-18DOI: 10.22409/contracampo.v39i2.40578
Fátima Regis
Estudos recentes (MURROCK et al, 2018; SANGALANG et al, 2019) demonstram que há primazia de afeto na interação com conteúdos de desinformação e discursos de ódio na mídia. Apesar disso, as pesquisas sobre letramento midiático privilegiam fatores conscientes, ignorando fatores materiais e afetivos. Este texto tem o objetivo de discutir como corpo, tecnologia e afetos atuam na interação com as mídias. Para isso está organizado em duas partes. A primeira problematiza abordagens sobre letramentos e mídias. A segunda traz pesquisas sobre mente corporificada e teoria do afeto para embasar como corpos, tecnologias e afetos participam da mediação distribuída (GRUSIN, 2010), intensificando a proliferação de discursos de medo, ódio e intolerância e de campanhas de desinformação.
{"title":"Letramentos e mídias: sintonizando com corpo, tecnologia e afetos","authors":"Fátima Regis","doi":"10.22409/contracampo.v39i2.40578","DOIUrl":"https://doi.org/10.22409/contracampo.v39i2.40578","url":null,"abstract":"Estudos recentes (MURROCK et al, 2018; SANGALANG et al, 2019) demonstram que há primazia de afeto na interação com conteúdos de desinformação e discursos de ódio na mídia. Apesar disso, as pesquisas sobre letramento midiático privilegiam fatores conscientes, ignorando fatores materiais e afetivos. Este texto tem o objetivo de discutir como corpo, tecnologia e afetos atuam na interação com as mídias. Para isso está organizado em duas partes. A primeira problematiza abordagens sobre letramentos e mídias. A segunda traz pesquisas sobre mente corporificada e teoria do afeto para embasar como corpos, tecnologias e afetos participam da mediação distribuída (GRUSIN, 2010), intensificando a proliferação de discursos de medo, ódio e intolerância e de campanhas de desinformação.","PeriodicalId":53281,"journal":{"name":"Revista Contracampo","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-05-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49368418","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-04-17DOI: 10.22409/contracampo.v39i1.42260
Rafael Grohmann, J. Qiu
Digital labor studies emerge in communication research in the early 2010s. Since then, the exponential increase in work and consumption on transportation and delivery platforms has led academics, activists and civil society to discuss phenomena called “uberization” or platformization of labor. Some of the emerging themes are work and artificial intelligence (including the workers behind AI), work conditions of platform workers, platform cooperativism and mechanisms to ensure decent work on platforms. Digital labor refers more to a wide area of studies than to a narrow category of analysis, because work is a human activity. And what does this matter for communication research? Firstly, there is no work without communication, considered as material practice. Communication processes structure and organize labor relations. Following Williams (2005), platforms are, at the same time, means of production and means of communication. Putting the platformization on the spotlight means there is not just one type of platforms. If there is a diversity of platforms, there is also a heterogeneity of workers who are at risk of being invisible under the same label “digital labor”. There are markers of race, gender and class at work on digital platforms, which means that platformization does not affect everyone in the same way. Trabalho digital. Trabalho em plataformas. Plataformização do trabalho
数字劳动研究兴起于 2010 年代初的传播研究领域。从那时起,运输和交付平台上的工作和消费呈指数级增长,促使学术界、活动家和民间社会讨论被称为 "优步化 "或劳动平台化的现象。一些新出现的主题包括工作与人工智能(包括人工智能背后的工人)、平台工人的工作条件、平台合作主义以及确保平台上体面工作的机制。数字劳动指的是一个广泛的研究领域,而不是一个狭窄的分析类别,因为工作是一种人类活动。这对传播研究有什么意义呢?首先,作为物质实践,没有传播就没有工作。传播过程是劳动关系的结构和组织。 按照 Williams (2005) 的观点,平台既是生产手段,也是传播手段。将平台化置于聚光灯下意味着平台并非只有一种。如果说平台具有多样性,那么劳动者也具有多样性,他们有可能被 "数字劳动 "这一标签所掩盖。在数字平台上工作的人有种族、性别和阶级之分,这意味着平台化对每个人的影响并不相同。数字劳动。Trabalho em plataformas.工作平台化
{"title":"Contextualizing Platform Labor","authors":"Rafael Grohmann, J. Qiu","doi":"10.22409/contracampo.v39i1.42260","DOIUrl":"https://doi.org/10.22409/contracampo.v39i1.42260","url":null,"abstract":"Digital labor studies emerge in communication research in the early 2010s. Since then, the exponential increase in work and consumption on transportation and delivery platforms has led academics, activists and civil society to discuss phenomena called “uberization” or platformization of labor. Some of the emerging themes are work and artificial intelligence (including the workers behind AI), work conditions of platform workers, platform cooperativism and mechanisms to ensure decent work on platforms. Digital labor refers more to a wide area of studies than to a narrow category of analysis, because work is a human activity. And what does this matter for communication research? Firstly, there is no work without communication, considered as material practice. Communication processes structure and organize labor relations. Following Williams (2005), platforms are, at the same time, means of production and means of communication. Putting the platformization on the spotlight means there is not just one type of platforms. If there is a diversity of platforms, there is also a heterogeneity of workers who are at risk of being invisible under the same label “digital labor”. There are markers of race, gender and class at work on digital platforms, which means that platformization does not affect everyone in the same way. Trabalho digital. Trabalho em plataformas. Plataformização do trabalho","PeriodicalId":53281,"journal":{"name":"Revista Contracampo","volume":"32 4","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-04-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141211811","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-04-17DOI: 10.22409/contracampo.v0i0.28512
Carolina Bonoto, Liliane Dutra Brignol
Este artigo analisa a relação entre o ativismo LGBT brasileiro e os usos da internet, especificamente no âmbito das tensões e conflitos travados com a mídia tradicional. Através da observação de quatro plataformas digitais voltadas ao ativismo pró-LGBT e de entrevistas realizadas com os/as ativistas responsáveis, buscamos contribuir para o debate acerca do impacto desses espaços de comunicação online nas ações do ativismo LGBT. O uso criativo da internet possibilita que ativistas disputem narrativas compensando o fluxo unilateral de informação próprio da mídia tradicional, sobretudo em termos de visibilidade, diversidade de representações, estratégias de diálogo e busca por reconhecimento.
{"title":"“É de confiar desconfiando”: tensões e conflitos entre o ativismo LGBT e a mídia","authors":"Carolina Bonoto, Liliane Dutra Brignol","doi":"10.22409/contracampo.v0i0.28512","DOIUrl":"https://doi.org/10.22409/contracampo.v0i0.28512","url":null,"abstract":"Este artigo analisa a relação entre o ativismo LGBT brasileiro e os usos da internet, especificamente no âmbito das tensões e conflitos travados com a mídia tradicional. Através da observação de quatro plataformas digitais voltadas ao ativismo pró-LGBT e de entrevistas realizadas com os/as ativistas responsáveis, buscamos contribuir para o debate acerca do impacto desses espaços de comunicação online nas ações do ativismo LGBT. O uso criativo da internet possibilita que ativistas disputem narrativas compensando o fluxo unilateral de informação próprio da mídia tradicional, sobretudo em termos de visibilidade, diversidade de representações, estratégias de diálogo e busca por reconhecimento.","PeriodicalId":53281,"journal":{"name":"Revista Contracampo","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-04-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46240253","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-11-01DOI: 10.22409/CONTRACAMPO.V0I0.27131
Â. Marques, Luis Mauro Sá Martino, Pierre-Antoine Chardel
L’objectif de cet article est de montrer comment Lévinas propose une réflexion sur la rencontre éthique avec l'altérité, fondée sur une communication que se déroule dans une relation asymétrique, à partir d'une conception du temps comme imprévisibilité, comme devenir que acquiert ses contours depuis l’arrivée de l'autre en tant que visage. Nous partons du principe que, chez Lévinas, l'altérité radicale interrompt la durée de la conscience et le temps du sujet, organisés à partir de sa propre réalisation et de ses activités quotidiennes. Nous soutenons que les gestes politiques et éthiques d’accueil, d’écoute et de réponse constituent trois temporalités distinctes et intimement liées dans la délimitation de la relation qui définit le sujet comme otage d’un visage perçu comme discours et comme parole.
{"title":"Les temporalites communicatives dans la rencontre ethique avec autrui: accueil, écoute et réponse chez Lévinas","authors":"Â. Marques, Luis Mauro Sá Martino, Pierre-Antoine Chardel","doi":"10.22409/CONTRACAMPO.V0I0.27131","DOIUrl":"https://doi.org/10.22409/CONTRACAMPO.V0I0.27131","url":null,"abstract":"L’objectif de cet article est de montrer comment Lévinas propose une réflexion sur la rencontre éthique avec l'altérité, fondée sur une communication que se déroule dans une relation asymétrique, à partir d'une conception du temps comme imprévisibilité, comme devenir que acquiert ses contours depuis l’arrivée de l'autre en tant que visage. Nous partons du principe que, chez Lévinas, l'altérité radicale interrompt la durée de la conscience et le temps du sujet, organisés à partir de sa propre réalisation et de ses activités quotidiennes. Nous soutenons que les gestes politiques et éthiques d’accueil, d’écoute et de réponse constituent trois temporalités distinctes et intimement liées dans la délimitation de la relation qui définit le sujet comme otage d’un visage perçu comme discours et comme parole.","PeriodicalId":53281,"journal":{"name":"Revista Contracampo","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-11-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47679418","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-11-01DOI: 10.22409/CONTRACAMPO.V38I3.27173
T. Siciliano, Everardo Rocha, Maria Carolina Wanderley Costa de Medeiros, Melba Porter
A partir do pressuposto de que a comunicação é uma prática social, propomos compreender a relação entre cultura midiática e vida moderna, aqui pensada sob os aspectos da temporalidade, buscando o passado como ferramenta para entender o presente. No presente artigo, tomaremos as revistas ilustradas como construtoras do espetáculo da cidade e da encenação da modernidade, traduzindo para os leitores as formas de sociabilidade adequadas à época e atuando como mediadoras nessa fase de transição. O nosso corpus será composto de 12 edições da Fon-Fon!, publicadas em 1908. Tomaremos as seções “Na Calçada” e “O Rio Elegante”, bem como algumas propagandas, como objetos da análise.
{"title":"Flagrantes e anúncios: temporalidades em perspectiva na revista ilustrada Fon-Fon!","authors":"T. Siciliano, Everardo Rocha, Maria Carolina Wanderley Costa de Medeiros, Melba Porter","doi":"10.22409/CONTRACAMPO.V38I3.27173","DOIUrl":"https://doi.org/10.22409/CONTRACAMPO.V38I3.27173","url":null,"abstract":"A partir do pressuposto de que a comunicação é uma prática social, propomos compreender a relação entre cultura midiática e vida moderna, aqui pensada sob os aspectos da temporalidade, buscando o passado como ferramenta para entender o presente. No presente artigo, tomaremos as revistas ilustradas como construtoras do espetáculo da cidade e da encenação da modernidade, traduzindo para os leitores as formas de sociabilidade adequadas à época e atuando como mediadoras nessa fase de transição. O nosso corpus será composto de 12 edições da Fon-Fon!, publicadas em 1908. Tomaremos as seções “Na Calçada” e “O Rio Elegante”, bem como algumas propagandas, como objetos da análise. ","PeriodicalId":53281,"journal":{"name":"Revista Contracampo","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-11-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43149640","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-11-01DOI: 10.22409/CONTRACAMPO.V0I0.27633
Taís Marina Tellaroli, A. C. Lima
Este trabalho tem como objetivo pesquisar a participação do público a partir do uso do aplicativo WhatsApp no telejornal da afiliada da Rede Globo, Bom Dia MS de Campo Grande, MS. Utilizou-se como metodologia a Análise de conteúdo para compreender como este aplicativo tem sido usado como ferramenta para o jornalismo participativo em uma dimensão regional e local. Foram analisados 43 programas de 1h20 cada, e realizadas entrevistas abertas presenciais com os apresentadores do telejornal. Discute-se no estudo o uso de tecnologias digitais móveis no jornalismo e a participação do público neste cenário.
{"title":"Telejornalismo na era da convergência: a participação do público pelo WhatsApp no “Bom Dia MS” de Campo Grande, MS.","authors":"Taís Marina Tellaroli, A. C. Lima","doi":"10.22409/CONTRACAMPO.V0I0.27633","DOIUrl":"https://doi.org/10.22409/CONTRACAMPO.V0I0.27633","url":null,"abstract":"Este trabalho tem como objetivo pesquisar a participação do público a partir do uso do aplicativo WhatsApp no telejornal da afiliada da Rede Globo, Bom Dia MS de Campo Grande, MS. Utilizou-se como metodologia a Análise de conteúdo para compreender como este aplicativo tem sido usado como ferramenta para o jornalismo participativo em uma dimensão regional e local. Foram analisados 43 programas de 1h20 cada, e realizadas entrevistas abertas presenciais com os apresentadores do telejornal. Discute-se no estudo o uso de tecnologias digitais móveis no jornalismo e a participação do público neste cenário.","PeriodicalId":53281,"journal":{"name":"Revista Contracampo","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-11-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45180822","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-11-01DOI: 10.22409/contracampo.v38i3.28219
Nicolás Llano Linares
Este artigo visa articular um panorama sobre pesquisas recentes desenvolvidas no campo da comunicação e dos estudos midiáticos que tem as culturas alimentares como principal objeto de pesquisa. A partir de uma discussão inicial sobre o papel da alimentação como objeto de estudo nos campos supramencionados, apresentamos uma leitura crítica da literatura acadêmica que explora as transformações nas culturas alimentares promovidas pelo chamado processo de midiatização da cultura e sociedade, a partir de três blocos temáticos que dialogam entre si: mediação do conhecimento culinário; consumo alimentar midiatizado, e distinção social e capitais midiáticos.
{"title":"Alimentação e mídia: uma revisão teórica sob a luz da teoria da midiatização","authors":"Nicolás Llano Linares","doi":"10.22409/contracampo.v38i3.28219","DOIUrl":"https://doi.org/10.22409/contracampo.v38i3.28219","url":null,"abstract":"Este artigo visa articular um panorama sobre pesquisas recentes desenvolvidas no campo da comunicação e dos estudos midiáticos que tem as culturas alimentares como principal objeto de pesquisa. A partir de uma discussão inicial sobre o papel da alimentação como objeto de estudo nos campos supramencionados, apresentamos uma leitura crítica da literatura acadêmica que explora as transformações nas culturas alimentares promovidas pelo chamado processo de midiatização da cultura e sociedade, a partir de três blocos temáticos que dialogam entre si: mediação do conhecimento culinário; consumo alimentar midiatizado, e distinção social e capitais midiáticos.","PeriodicalId":53281,"journal":{"name":"Revista Contracampo","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-11-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"41416441","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}