Pub Date : 2022-01-01DOI: 10.51161/ii-conbrai/5520
Giovanna Lopes do Espírito Santo, Anna Beatriz Caixeta Dourado
Introdução: A resposta imune inata não depende de contato prévio com determinado antígeno para executar a sua resposta, são reações iniciais que servem para prevenir, controlar ou eliminar a infecção do hospedeiro. Esta imunidade é composta pelas superfícies epiteliais, que bloqueiam a entrada de possíveis patógenos; células- sentinelas como macrófago, célula dendrítica e mastócito; as células brancas do sangue, as quais incluem neutrófilos, macrófagos derivados de monócitos, células natural killer, entre outras. Ademais, ao analisar tais componentes, pode- se observar um déficit quanto a barreira superficial dos recém- nascidos, já que seu sistema epitelial é imaturo e possui maior permeabilidade. Objetivo: O objetivo do presente trabalho é descrever o sistema imune inato dos neonatos e suas limitações. Material e métodos: Para a seguinte análise, foram utilizados artigos encontrados nos bancos de dados Google Acadêmico, Biblioteca Virtual em Saúde e livro-texto sobre imunologia. Resultados: Percebe- se que a falta de exposição a patógenos ambientais pode influenciar diretamente no desenvolvimento de alergias na vida adulta, visto que a menor ocorrência de infecções podem reduzir a atividade estimulatória T celular. Quanto à pele e as mucosas, os neonatos apresentam- as mais frágeis e pequenas lesões podem destruir a sua integridade, facilitando a entrada de microrganismos. Ao observar o muco, percebe- se sua prevenção na desidratação do bebê e sua secreção é iniciada na 13ª semana de gestação. Conclusão: Visto isso, a resposta imunológica dos recém- nascidos é limitada, apesar de fornecer ataque a antígenos de forma rápida, eliminando as células danificadas e iniciando rapidamente o processo de reparação tecidual, além de proporcionar um estímulo para a imunidade adaptativa e influenciar na natureza das respostas, tornando- as mais efetivas.
{"title":"SISTEMA IMUNOLÓGICO DOS RECÉM- NASCIDOS","authors":"Giovanna Lopes do Espírito Santo, Anna Beatriz Caixeta Dourado","doi":"10.51161/ii-conbrai/5520","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conbrai/5520","url":null,"abstract":"Introdução: A resposta imune inata não depende de contato prévio com determinado antígeno para executar a sua resposta, são reações iniciais que servem para prevenir, controlar ou eliminar a infecção do hospedeiro. Esta imunidade é composta pelas superfícies epiteliais, que bloqueiam a entrada de possíveis patógenos; células- sentinelas como macrófago, célula dendrítica e mastócito; as células brancas do sangue, as quais incluem neutrófilos, macrófagos derivados de monócitos, células natural killer, entre outras. Ademais, ao analisar tais componentes, pode- se observar um déficit quanto a barreira superficial dos recém- nascidos, já que seu sistema epitelial é imaturo e possui maior permeabilidade. Objetivo: O objetivo do presente trabalho é descrever o sistema imune inato dos neonatos e suas limitações. Material e métodos: Para a seguinte análise, foram utilizados artigos encontrados nos bancos de dados Google Acadêmico, Biblioteca Virtual em Saúde e livro-texto sobre imunologia. Resultados: Percebe- se que a falta de exposição a patógenos ambientais pode influenciar diretamente no desenvolvimento de alergias na vida adulta, visto que a menor ocorrência de infecções podem reduzir a atividade estimulatória T celular. Quanto à pele e as mucosas, os neonatos apresentam- as mais frágeis e pequenas lesões podem destruir a sua integridade, facilitando a entrada de microrganismos. Ao observar o muco, percebe- se sua prevenção na desidratação do bebê e sua secreção é iniciada na 13ª semana de gestação. Conclusão: Visto isso, a resposta imunológica dos recém- nascidos é limitada, apesar de fornecer ataque a antígenos de forma rápida, eliminando as células danificadas e iniciando rapidamente o processo de reparação tecidual, além de proporcionar um estímulo para a imunidade adaptativa e influenciar na natureza das respostas, tornando- as mais efetivas.","PeriodicalId":7739,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Imunologia On-line","volume":"70 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"88307832","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-01DOI: 10.51161/ii-conbrai/5609
Bruno Vítor Martins Santiago, Pedro Ernandes Bergamo, M. Silva, Maud Parise, Nivaldo Ribeiro Villela
Introdução: Apesar da grande relevância da febre de Chikungunya (CHIKF) e do seu impacto na qualidade de vida, sua fisiopatologia ainda é pouco compreendida, sobretudo, devido a sua pluralidade de apresentações, variando desde indivíduos assintomáticos até aqueles com dores crônicas. Os fatores para a cronificação da dor nesses indivíduos também não são totalmente elucidados. Alguns trabalhos especulam sobre o papel da resposta inflamatória na severidade e na cronicidade dos sintomas. Objetivos: Desta forma, o objetivo deste projeto é avaliar o papel da resposta inflamatória na cronificação da dor em pacientes que tiveram a CHIKF. Material e métodos: Foi analisada uma coorte de 100 indivíduos expostos ao vírus da Chikungunya (CHIKV), no período epidêmico do Rio de Janeiro (2018-2019), sendo esses militares ou dependentes do Sistema de Saúde Naval. A pesquisa foi ambientada no Hospital Naval Marcílio Dias, sendo o mesmo aprovado pelo comitê de ética em pesquisas em seres humanos. Foi conduzido um levantamento dos prontuários, visando identificar os pacientes expostos ao CHIKV, seja através de testes sorológicos ou de biologia molecular (reação em cadeia da polimerase em tempo real – Rt-PCR). Foram incluídos na pesquisa, indivíduos de ambos os sexos, com idade de 18-65 anos. Pacientes com dor crônica prévia foram excluídos. Em seguida, os participantes foram inqueridos sobre a evolução do quadro álgico, sendo alocados em 2 grupos: Grupo 1 – Pacientes com diagnóstico de CHIKF e que evoluíram com quadro álgico persistente, após 3 meses (n=27). Grupo 2 – Pacientes com diagnóstico de CHIKF que evoluíram sem critérios para dor crônica (n=54). Foram avaliados os biomarcadores inflamatórios oriundos das amostras de sangue coletadas na ocasião do diagnóstico. Resultados: A prevalência de dor crônica na amostra foi de 29,3%, sendo a maioria mulheres, entre a 4ª e 6ª década de vida, obesas e com baixo grau de escolaridade. Artrite (p=0,008) e maiores níveis séricos de IL-1β (p=0,0135) foram mais comuns no grupo de dor crônica. Conclusão: A resposta imune, ao menos em parte, parece contribuir para a cronificação da dor em pacientes com CHIKF. Entretanto, fenômenos nociplásticos também devem ser explorados, visando a identificação de diferentes perfis fenotípicos da dor.
{"title":"PAPEL DA RESPOSTA INFLAMATÓRIA NA CRONIFICAÇÃO DOS SINTOMAS DOLOROSOS EM INDIVÍDUOS PORTADORES DA FEBRE DE CHIKUNGUNYA","authors":"Bruno Vítor Martins Santiago, Pedro Ernandes Bergamo, M. Silva, Maud Parise, Nivaldo Ribeiro Villela","doi":"10.51161/ii-conbrai/5609","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conbrai/5609","url":null,"abstract":"Introdução: Apesar da grande relevância da febre de Chikungunya (CHIKF) e do seu impacto na qualidade de vida, sua fisiopatologia ainda é pouco compreendida, sobretudo, devido a sua pluralidade de apresentações, variando desde indivíduos assintomáticos até aqueles com dores crônicas. Os fatores para a cronificação da dor nesses indivíduos também não são totalmente elucidados. Alguns trabalhos especulam sobre o papel da resposta inflamatória na severidade e na cronicidade dos sintomas. Objetivos: Desta forma, o objetivo deste projeto é avaliar o papel da resposta inflamatória na cronificação da dor em pacientes que tiveram a CHIKF. Material e métodos: Foi analisada uma coorte de 100 indivíduos expostos ao vírus da Chikungunya (CHIKV), no período epidêmico do Rio de Janeiro (2018-2019), sendo esses militares ou dependentes do Sistema de Saúde Naval. A pesquisa foi ambientada no Hospital Naval Marcílio Dias, sendo o mesmo aprovado pelo comitê de ética em pesquisas em seres humanos. Foi conduzido um levantamento dos prontuários, visando identificar os pacientes expostos ao CHIKV, seja através de testes sorológicos ou de biologia molecular (reação em cadeia da polimerase em tempo real – Rt-PCR). Foram incluídos na pesquisa, indivíduos de ambos os sexos, com idade de 18-65 anos. Pacientes com dor crônica prévia foram excluídos. Em seguida, os participantes foram inqueridos sobre a evolução do quadro álgico, sendo alocados em 2 grupos: Grupo 1 – Pacientes com diagnóstico de CHIKF e que evoluíram com quadro álgico persistente, após 3 meses (n=27). Grupo 2 – Pacientes com diagnóstico de CHIKF que evoluíram sem critérios para dor crônica (n=54). Foram avaliados os biomarcadores inflamatórios oriundos das amostras de sangue coletadas na ocasião do diagnóstico. Resultados: A prevalência de dor crônica na amostra foi de 29,3%, sendo a maioria mulheres, entre a 4ª e 6ª década de vida, obesas e com baixo grau de escolaridade. Artrite (p=0,008) e maiores níveis séricos de IL-1β (p=0,0135) foram mais comuns no grupo de dor crônica. Conclusão: A resposta imune, ao menos em parte, parece contribuir para a cronificação da dor em pacientes com CHIKF. Entretanto, fenômenos nociplásticos também devem ser explorados, visando a identificação de diferentes perfis fenotípicos da dor.","PeriodicalId":7739,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Imunologia On-line","volume":"179 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"90226095","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-01DOI: 10.51161/ii-conbrai/5958
Eucimar DA Silva Santana, Ana Alves, Anna Beatriz Machado Lima, Felipe Tâmara Souto Franco, I. Takenami
Introdução: A infecção por Mycobacterium leprae promove diferentes formas clínicas da hanseníase, as quais se correlacionam com a resposta imune do hospedeiro. Pacientes com a forma mais grave da doença, conhecida como hanseníase virchowiana, apresentam uma resposta imune associada predominantemente ao perfil Th2 com elevada produção de anticorpos, o que favorece a persistência do bacilo. Contudo, nas últimas décadas, a identificação de marcadores moleculares para células regulatórias tem permitido um melhor conhecimento acerca dos mecanismos imunológicos que contribuem para o desenvolvimento da hanseníase virchowiana. Objetivo: Compreender o papel das células regulatórias Bregs e Tregs na modulação da infecção por M. leprae em pacientes com hanseníase virchowiana. Material e Métodos: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, realizada a partir de periódicos científicos indexados na base de dados PubMed/MEDLINE e SciELO, nos últimos 10 anos (2012 a 2022). Resultados: Diversos mecanismos de ação das células Tregs estão envolvidos na supressão das células efetoras: i) reconhecimento de moléculas inibitórias, como o CTLA-4, levando à supressão de funções de linfócitos T CD4+ como proliferação e secreção de IL-2, ii) secreção de citocinas inibitórias como TGF-β e IL-10. A produção de IL-10 por Tregs leva à hiporresponsividade ao M. leprae por suprimir a resposta de células Th1, resposta imune celular que é mais eficiente no controle da doença. Além disso, a interação FoxP3 com histonas deacetilases dos núcleos de linfócitos T, impulsiona a imunossupressão por Tregs, o que não ocorre em outras formas da hanseníase, e induz a expressão de microRNAs, sobretudo do miRNA-155, os quais representam importantes reguladores da resposta imune, sobretudo na diferenciação em células Tregs. Por sua vez, células Bregs são também produtoras de IL-10 e estimulam a diferenciação de células T efetoras em Tregs, aumentam a expressão de FoxP3 e PD-1, além de estimularem a produção de IL-35, citocina relacionada ao agravamento da doença. Conclusão: Embora a resposta Th2 seja tradicionalmente associada à hanseníase virchowiana, células Tregs e Bregs estão diretamente relacionadas com a forma mais grave da hanseníase, por suprimir a resposta imune efetora do hospedeiro e permitir maior ação do M. leprae.
{"title":"IMPORTÂNCIA DAS CÉLULAS REGULATÓRIAS NA MODULAÇÃO DA RESPOSTA IMUNE DO HOSPEDEIRO EM PACIENTES COM HANSENÍASE VIRCHOWIANA","authors":"Eucimar DA Silva Santana, Ana Alves, Anna Beatriz Machado Lima, Felipe Tâmara Souto Franco, I. Takenami","doi":"10.51161/ii-conbrai/5958","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conbrai/5958","url":null,"abstract":"Introdução: A infecção por Mycobacterium leprae promove diferentes formas clínicas da hanseníase, as quais se correlacionam com a resposta imune do hospedeiro. Pacientes com a forma mais grave da doença, conhecida como hanseníase virchowiana, apresentam uma resposta imune associada predominantemente ao perfil Th2 com elevada produção de anticorpos, o que favorece a persistência do bacilo. Contudo, nas últimas décadas, a identificação de marcadores moleculares para células regulatórias tem permitido um melhor conhecimento acerca dos mecanismos imunológicos que contribuem para o desenvolvimento da hanseníase virchowiana. Objetivo: Compreender o papel das células regulatórias Bregs e Tregs na modulação da infecção por M. leprae em pacientes com hanseníase virchowiana. Material e Métodos: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, realizada a partir de periódicos científicos indexados na base de dados PubMed/MEDLINE e SciELO, nos últimos 10 anos (2012 a 2022). Resultados: Diversos mecanismos de ação das células Tregs estão envolvidos na supressão das células efetoras: i) reconhecimento de moléculas inibitórias, como o CTLA-4, levando à supressão de funções de linfócitos T CD4+ como proliferação e secreção de IL-2, ii) secreção de citocinas inibitórias como TGF-β e IL-10. A produção de IL-10 por Tregs leva à hiporresponsividade ao M. leprae por suprimir a resposta de células Th1, resposta imune celular que é mais eficiente no controle da doença. Além disso, a interação FoxP3 com histonas deacetilases dos núcleos de linfócitos T, impulsiona a imunossupressão por Tregs, o que não ocorre em outras formas da hanseníase, e induz a expressão de microRNAs, sobretudo do miRNA-155, os quais representam importantes reguladores da resposta imune, sobretudo na diferenciação em células Tregs. Por sua vez, células Bregs são também produtoras de IL-10 e estimulam a diferenciação de células T efetoras em Tregs, aumentam a expressão de FoxP3 e PD-1, além de estimularem a produção de IL-35, citocina relacionada ao agravamento da doença. Conclusão: Embora a resposta Th2 seja tradicionalmente associada à hanseníase virchowiana, células Tregs e Bregs estão diretamente relacionadas com a forma mais grave da hanseníase, por suprimir a resposta imune efetora do hospedeiro e permitir maior ação do M. leprae.","PeriodicalId":7739,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Imunologia On-line","volume":"27 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"83793387","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-01DOI: 10.51161/ii-conbrai/5063
Sthefany Alves Pereira, Laura Martins Pires, Maria Paula Oliveira Silva
Introdução: O glúten é um complexo proteico, em que predominam as proteínas glutenina e gliadina, sendo que a gliadina é considerada como a fração tóxica do composto, pois quando é consumida por indivíduos predispostos geneticamente, é parcialmente digerida, mas não absorvida, desencadeando reações imunológicas como a intolerância, reação autoimune (doença celíaca) e reação de hipersensibilidade. Objetivos: O objetivo do trabalho foi realizar uma investigação laboratorial em produtos industrializados prontos para consumo que possuem o rótulo de “Não contém glúten”, e desenvolver uma discussão sobre os riscos da rotulagem inadequada de alimentos para esses indivíduos com susceptibilidade inflamatória a apresentar “reações alimentares”. Material e métodos: O preparo das amostras foi realizado em laboratório seguindo o manual do teste de imunocromatografia AgraStrip® Gluten G12 produzido pela Romer Labs®, caracterizado como teste rápido em tiras qualitativas, com limite de detecção de 5,10 e 20 ppm. Resultados: A leitura dos resultados foi feita com base na observação da região analítica da tira reagente após o tempo determinado, sendo considerados válidos aqueles em que a zona de controle aparece demarcada, dessa forma, dos seis alimentos testados, todos foram válidos e “não reagentes”. O teste apresentou-se sensível à análise dos alimentos, mostrando a necessidade da rotulagem e da maior atenção no processo de coleta e fabricação da matéria, já que pode haver uma contaminação cruzada, gerando em indivíduos propícios um agravamento em seus supostos quadros inflamatórios. Conclusão: Concluímos que são necessários mais estudos sobre os mecanismos imunológicos envolvidos nas desordens relacionadas ao glúten, além da realização de mais testes para confirmar a eficiência da rotulagem.
{"title":"ANÁLISES IMUNOCROMATOGRÁFICAS DA PRESENÇA DE GLÚTEN EM ALIMENTOS ROTULADOS COMO LIVRES DE GLÚTEN","authors":"Sthefany Alves Pereira, Laura Martins Pires, Maria Paula Oliveira Silva","doi":"10.51161/ii-conbrai/5063","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conbrai/5063","url":null,"abstract":"Introdução: O glúten é um complexo proteico, em que predominam as proteínas glutenina e gliadina, sendo que a gliadina é considerada como a fração tóxica do composto, pois quando é consumida por indivíduos predispostos geneticamente, é parcialmente digerida, mas não absorvida, desencadeando reações imunológicas como a intolerância, reação autoimune (doença celíaca) e reação de hipersensibilidade. Objetivos: O objetivo do trabalho foi realizar uma investigação laboratorial em produtos industrializados prontos para consumo que possuem o rótulo de “Não contém glúten”, e desenvolver uma discussão sobre os riscos da rotulagem inadequada de alimentos para esses indivíduos com susceptibilidade inflamatória a apresentar “reações alimentares”. Material e métodos: O preparo das amostras foi realizado em laboratório seguindo o manual do teste de imunocromatografia AgraStrip® Gluten G12 produzido pela Romer Labs®, caracterizado como teste rápido em tiras qualitativas, com limite de detecção de 5,10 e 20 ppm. Resultados: A leitura dos resultados foi feita com base na observação da região analítica da tira reagente após o tempo determinado, sendo considerados válidos aqueles em que a zona de controle aparece demarcada, dessa forma, dos seis alimentos testados, todos foram válidos e “não reagentes”. O teste apresentou-se sensível à análise dos alimentos, mostrando a necessidade da rotulagem e da maior atenção no processo de coleta e fabricação da matéria, já que pode haver uma contaminação cruzada, gerando em indivíduos propícios um agravamento em seus supostos quadros inflamatórios. Conclusão: Concluímos que são necessários mais estudos sobre os mecanismos imunológicos envolvidos nas desordens relacionadas ao glúten, além da realização de mais testes para confirmar a eficiência da rotulagem.","PeriodicalId":7739,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Imunologia On-line","volume":"22 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"81205937","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-01DOI: 10.51161/ii-conbrai/6910
Larissa Maria DE Oliveira Barros, Sarah Almeida Teixeira, Esther Carneiro Costa
Introdução: Com a pandemia do novo coronavírus, SARS-CoV2, a vacina tornou-se importante ferramenta no combate aos casos mais graves da doença. No entanto, essa foi alvo de diversas “fake news” divulgadas a seu respeito. Nesse contexto, uma das notícias falsas mais compartilhadas diz respeito à vacina Pfizer/BioNTech contra a COVID-19 que, por ser feita a partir de RNA, seria capaz de modificar o DNA de quem a recebe. Objetivos: Refutar sobre as inverdades compartilhadas sobre a vacina Pfizer/BioNTech ser capaz de mudar o DNA dos indivíduos que são vacinados. Metodologia: Foi realizada uma revisão bibliográfica a partir da avaliação de 9 periódicos publicados entre 2011 e 2021. Destes, foram selecionados seis (6), na base de dados PubMed e Scielo, utilizando como termos de pesquisa: “COVID-19 Vaccines ” e “Pandemic”, terminologias de acordo com o sistema de Descritores em Ciências da Saúde (DeCs). Resultados: A Pfizer, junto à BioNTech, foi a indústria farmacêutica pioneira no contexto de desenvolvimento de uma vacina que usa a plataforma de RNA mensageiro. Tal inovação científica gerou desconfiança e receio ao redor do globo, especialmente devido ao compartilhamento de informações falsas que afirmavam que o RNA seria capaz de modificar o DNA do vacinado. No entanto, vale ressaltar que o RNA usado na vacina é encapsulado em uma microesfera de lipídio e injetado no músculo. Ao entrar na célula, ele é encaminhado para o citoplasma, mas não chega a atingir a membrana do núcleo, local onde está o DNA. Dessa forma, ainda no citoplasma, a célula reconhece por meio se seus ribossomos o RNA mensageiro oriundo da vacina e, rapidamente, uma proteína é sintetizada. Em seguida, o RNA é degenerado, logo deixa de ser funcional, o que refuta a ideia de que ele é capaz de promover mutações no DNA. Conclusão: Portanto, as vacinas que se apoiam no mRNA não promovem alterações do núcleo celular. Assim, é necessário que os profissionais de saúde e a mídia tomem medidas para auxiliar o público a identificar o discurso por trás das “fake news”, além de evidenciar a importância de averiguar a informação recebida antes de compartilhá-la.
{"title":"A VACINA DE RNA CONTRA COVID COMO ALVO DE FAKE NEWS","authors":"Larissa Maria DE Oliveira Barros, Sarah Almeida Teixeira, Esther Carneiro Costa","doi":"10.51161/ii-conbrai/6910","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conbrai/6910","url":null,"abstract":"Introdução: Com a pandemia do novo coronavírus, SARS-CoV2, a vacina tornou-se importante ferramenta no combate aos casos mais graves da doença. No entanto, essa foi alvo de diversas “fake news” divulgadas a seu respeito. Nesse contexto, uma das notícias falsas mais compartilhadas diz respeito à vacina Pfizer/BioNTech contra a COVID-19 que, por ser feita a partir de RNA, seria capaz de modificar o DNA de quem a recebe. Objetivos: Refutar sobre as inverdades compartilhadas sobre a vacina Pfizer/BioNTech ser capaz de mudar o DNA dos indivíduos que são vacinados. Metodologia: Foi realizada uma revisão bibliográfica a partir da avaliação de 9 periódicos publicados entre 2011 e 2021. Destes, foram selecionados seis (6), na base de dados PubMed e Scielo, utilizando como termos de pesquisa: “COVID-19 Vaccines ” e “Pandemic”, terminologias de acordo com o sistema de Descritores em Ciências da Saúde (DeCs). Resultados: A Pfizer, junto à BioNTech, foi a indústria farmacêutica pioneira no contexto de desenvolvimento de uma vacina que usa a plataforma de RNA mensageiro. Tal inovação científica gerou desconfiança e receio ao redor do globo, especialmente devido ao compartilhamento de informações falsas que afirmavam que o RNA seria capaz de modificar o DNA do vacinado. No entanto, vale ressaltar que o RNA usado na vacina é encapsulado em uma microesfera de lipídio e injetado no músculo. Ao entrar na célula, ele é encaminhado para o citoplasma, mas não chega a atingir a membrana do núcleo, local onde está o DNA. Dessa forma, ainda no citoplasma, a célula reconhece por meio se seus ribossomos o RNA mensageiro oriundo da vacina e, rapidamente, uma proteína é sintetizada. Em seguida, o RNA é degenerado, logo deixa de ser funcional, o que refuta a ideia de que ele é capaz de promover mutações no DNA. Conclusão: Portanto, as vacinas que se apoiam no mRNA não promovem alterações do núcleo celular. Assim, é necessário que os profissionais de saúde e a mídia tomem medidas para auxiliar o público a identificar o discurso por trás das “fake news”, além de evidenciar a importância de averiguar a informação recebida antes de compartilhá-la.","PeriodicalId":7739,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Imunologia On-line","volume":"2 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"86937488","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-01DOI: 10.51161/ii-conbrai/6207
Amanda Tabosa Pereira da Silva, Cintia Graziely Miranda Azevedo
Introdução: A dengue é uma arbovirose com potencial estimado de 100 a 400 milhões de infecções por ano. Os vetores Aedes (aegypti e albopictus) por meio da picada transmitem o vírus da família flaviviridae, que possui quatro sorotipos distintos. Objetivo: Discutir por meio de uma revisão bibliográfica, como o sistema imunológico está envolvido com a dengue grave. Metodologia: foi realizado um levantamento bibliográfico entre os anos de 2012 a 2022 com a seleção de 4 artigos em inglês que abordavam a temática. Resultados: A dengue grave está relacionada com o aumento da permeabilidade vascular, hemorragia e choque. Essas características tendem a ser mais frequentes em indivíduos que apresentam uma infecção secundária, isto é, já tiveram o contato com o vírus e no momento estão infectados com outro sorotipo. Nesse contexto, o organismo reage com os anticorpos gerados pela primeira infecção, entretanto essa resposta não é o suficiente para combater o novo sorotipo, tendo em vista que as imunoglobulinas são sub-neutralizantes, sendo incapazes de interromper a infecção viral. Além disso, a opsonização favorece a entrada dos vírus nos macrófagos via receptor FC, o que aumenta a carga viral e a exacerbação de citocinas. O mecanismo imunopatológico ainda não está claro, porém há evidências de que a proteína não estrutural NS1 está relacionada com alteração no glicocálice do endotélio vascular que perde a sua seletividade e aumenta a permeabilidade vascular, juntamente com as citocinas TNFα e VEGF-A. O papel anti-inflamatório e imunossupressor da IL-10 sofre variação devido ao período em que é produzido. Conclusão: A resposta imunológica está relacionada com a dengue grave devido a tempestade de citocinas liberadas durante o combate ao patógeno. Todavia, é preciso o desenvolvimento de mais estudos com intuito de esclarecer e elucidar os mecanismos imunopatológicos envolvidos nessa infecção.
{"title":"A IMUNOPATOLOGIA DA DENGUE GRAVE","authors":"Amanda Tabosa Pereira da Silva, Cintia Graziely Miranda Azevedo","doi":"10.51161/ii-conbrai/6207","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conbrai/6207","url":null,"abstract":"Introdução: A dengue é uma arbovirose com potencial estimado de 100 a 400 milhões de infecções por ano. Os vetores Aedes (aegypti e albopictus) por meio da picada transmitem o vírus da família flaviviridae, que possui quatro sorotipos distintos. Objetivo: Discutir por meio de uma revisão bibliográfica, como o sistema imunológico está envolvido com a dengue grave. Metodologia: foi realizado um levantamento bibliográfico entre os anos de 2012 a 2022 com a seleção de 4 artigos em inglês que abordavam a temática. Resultados: A dengue grave está relacionada com o aumento da permeabilidade vascular, hemorragia e choque. Essas características tendem a ser mais frequentes em indivíduos que apresentam uma infecção secundária, isto é, já tiveram o contato com o vírus e no momento estão infectados com outro sorotipo. Nesse contexto, o organismo reage com os anticorpos gerados pela primeira infecção, entretanto essa resposta não é o suficiente para combater o novo sorotipo, tendo em vista que as imunoglobulinas são sub-neutralizantes, sendo incapazes de interromper a infecção viral. Além disso, a opsonização favorece a entrada dos vírus nos macrófagos via receptor FC, o que aumenta a carga viral e a exacerbação de citocinas. O mecanismo imunopatológico ainda não está claro, porém há evidências de que a proteína não estrutural NS1 está relacionada com alteração no glicocálice do endotélio vascular que perde a sua seletividade e aumenta a permeabilidade vascular, juntamente com as citocinas TNFα e VEGF-A. O papel anti-inflamatório e imunossupressor da IL-10 sofre variação devido ao período em que é produzido. Conclusão: A resposta imunológica está relacionada com a dengue grave devido a tempestade de citocinas liberadas durante o combate ao patógeno. Todavia, é preciso o desenvolvimento de mais estudos com intuito de esclarecer e elucidar os mecanismos imunopatológicos envolvidos nessa infecção.","PeriodicalId":7739,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Imunologia On-line","volume":"22 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"89664438","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-01DOI: 10.51161/ii-conbrai/6931
A. Gomes, Paulo Henrique Takatsu DE Oliveira
Introdução: Estudos realizados demonstr:aram que a microbiota intestinal influencia a resposta aos inibidores de checkpoint (CPIs) em pacientes oncológicos. Dessa forma, a administração de um produto contendo bactérias vivas (CMB588), demonstrou impacto positivo sobre a resposta ao tratamento com imunoterápicos. Objetivo: Investigar a influência da microbiota na resposta ao tratamento com imunoterapia em pacientes oncológicos. Material e métodos: Utilizou-se o banco de dados PubMed. Os descritores utilizados, pesquisados de acordo com o DeCS e MeSH, foram "microbiota” e “imunoterapia” e "imunologia" e"oncologia". De 6 artigos, foram selecionados 4, nacionais e internacionais, dos últimos 3 anos, configurados como meta-análise, revisões sistemáticas e estudos clínicos randomizados. Resultados: Estudos realizados em diversos grupos de pacientes oncológicos demonstraram uma correlação entre a microbiota intestinal e a resposta ao tratamento com imunoterapia. A microbiota representa um conjunto de microorganismos que habitam o intestino humano, sendo importantes no desenvolvimento das células do sistema imune, no estímulo à função protetora do organismo e na própria progressão tumoral. A imunoterapia, por sua vez, é uma modalidade terapêutica que utiliza a modulação do sistema imune como base para o combate às neoplasias, tendo como alvo principal o bloqueio do eixo PD-1/PD-L1 (responsável por permitir evasão tumoral), por meio da administração de anticorpos monoclonais. Estudos comparativos em pacientes com carcinoma de células renais metastático fazendo uso de Nivolumabe e Ipilimumabe, foram divididos em dois grupos controle, o primeiro fez uso do produto bacteriano vivo CMB588, porém o outro não. Dessa forma, a adição de certos microrganismos selecionados à microbiota, favoreceu a hiper - regulação do sistema imune (por meio da melhora na resposta do CPI), aumentando a resposta ao tratamento imunoterápico e a consequente progressão da sobrevida global. Conclusão: Determinadas bactérias presentes na microbiota intestinal possuem impacto positivo na resposta ao tratamento imunoterápico contra neoplasias, mediante o acréscimo na resposta do CPI. Diante disso, torna - se imperativo o incremento de estudos que promovam observação clínica, elucidação do mecanismo de ação e os efeitos do microbioma no sistema imune.
{"title":"A INFLUÊNCIA DA MICROBIOTA NA RESPOSTA AO TRATAMENTO COM IMUNOTERAPIA EM PACIENTES ONCOLÓGICOS","authors":"A. Gomes, Paulo Henrique Takatsu DE Oliveira","doi":"10.51161/ii-conbrai/6931","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conbrai/6931","url":null,"abstract":"Introdução: Estudos realizados demonstr:aram que a microbiota intestinal influencia a resposta aos inibidores de checkpoint (CPIs) em pacientes oncológicos. Dessa forma, a administração de um produto contendo bactérias vivas (CMB588), demonstrou impacto positivo sobre a resposta ao tratamento com imunoterápicos. Objetivo: Investigar a influência da microbiota na resposta ao tratamento com imunoterapia em pacientes oncológicos. Material e métodos: Utilizou-se o banco de dados PubMed. Os descritores utilizados, pesquisados de acordo com o DeCS e MeSH, foram \"microbiota” e “imunoterapia” e \"imunologia\" e\"oncologia\". De 6 artigos, foram selecionados 4, nacionais e internacionais, dos últimos 3 anos, configurados como meta-análise, revisões sistemáticas e estudos clínicos randomizados. Resultados: Estudos realizados em diversos grupos de pacientes oncológicos demonstraram uma correlação entre a microbiota intestinal e a resposta ao tratamento com imunoterapia. A microbiota representa um conjunto de microorganismos que habitam o intestino humano, sendo importantes no desenvolvimento das células do sistema imune, no estímulo à função protetora do organismo e na própria progressão tumoral. A imunoterapia, por sua vez, é uma modalidade terapêutica que utiliza a modulação do sistema imune como base para o combate às neoplasias, tendo como alvo principal o bloqueio do eixo PD-1/PD-L1 (responsável por permitir evasão tumoral), por meio da administração de anticorpos monoclonais. Estudos comparativos em pacientes com carcinoma de células renais metastático fazendo uso de Nivolumabe e Ipilimumabe, foram divididos em dois grupos controle, o primeiro fez uso do produto bacteriano vivo CMB588, porém o outro não. Dessa forma, a adição de certos microrganismos selecionados à microbiota, favoreceu a hiper - regulação do sistema imune (por meio da melhora na resposta do CPI), aumentando a resposta ao tratamento imunoterápico e a consequente progressão da sobrevida global. Conclusão: Determinadas bactérias presentes na microbiota intestinal possuem impacto positivo na resposta ao tratamento imunoterápico contra neoplasias, mediante o acréscimo na resposta do CPI. Diante disso, torna - se imperativo o incremento de estudos que promovam observação clínica, elucidação do mecanismo de ação e os efeitos do microbioma no sistema imune.","PeriodicalId":7739,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Imunologia On-line","volume":"295 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"77923230","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-01DOI: 10.51161/ii-conbrai/6679
Brenda de Carvalho Mariano, Bruno DE Carvalho Mariano
Introdução: O fortalecimento da imunidade do organismo humano sempre foi uma preocupação eminente em meio a sociedade, não é diferente quando a preocupação se refere as crianças. Nessa perspectiva, sempre houve a necessidade da valorização da amamentação para que assim a imunização infantil fosse garantida, essa evidencia, ainda que arcaica, não é diferente no cenário atual, já que a partir das literaturas existentes baseadas em evidencias, a amamentação é considerada a maneira mais eficiente de prevenir doenças infecciosas no início da vida, pois há a transferência de imunoglobulinas maternas por meio do leite, proporcionando o que chamamos de imunização passiva enquanto o respectivo sistema imunológico da criança está amadurecendo, além disso, também no colostro tem fatores bioativos que estimularão a maturação do mesmo. Objetivo: Valorização da amamentação para assim a imunização infantil ser garantida. Material e métodos: Revisão bibliográficas, artigos científicos, levantamento de dados pertinentes ao assunto retratado, e uma avaliação critica par dispor estudos que comprovem o fortalecimento da imunidade através do aleitamento. Resultados: A amamentação pode induzir respostas imunes especificas para um antígeno na criança amamentada, dependendo da natureza do antígeno. Pesquisas mais elaboradas mostram, que possíveis transferências de antígenos microbianos para o leite materno poderia afetar positivamente a resposta imune em crianças amamentadas pois levaria a tolerância e a memória imunológica. Conclusão: Esses dados, além de trazer esclarecimento e incentivo para a pratica da amamentação, também mostra a importância da responsabilidade materna em manter seu estado imunológico positivo, pois isso garantirá diretamente a imunidade do lactante. Esses estudos também abrem portas para que seja feita pesquisas sobre essas evidencias, e também seu aprofundamento, já que é determinante na vida de todo ser humano e é considerado a primeira vacina dos lactantes, dessa forma, o grau de importância se eleva ainda mais quando consideramos que os neonatos apresentam alto risco de morbidade e mortalidade por doenças infecciosas, evidenciando assim a necessidade de respostas imunes efetoras e um sistema imunológico fortalecido.
{"title":"A IMPORTANCIA DO ALEITAMENTO PARA IMUNIZAÇÃO INFANTIL","authors":"Brenda de Carvalho Mariano, Bruno DE Carvalho Mariano","doi":"10.51161/ii-conbrai/6679","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conbrai/6679","url":null,"abstract":"Introdução: O fortalecimento da imunidade do organismo humano sempre foi uma preocupação eminente em meio a sociedade, não é diferente quando a preocupação se refere as crianças. Nessa perspectiva, sempre houve a necessidade da valorização da amamentação para que assim a imunização infantil fosse garantida, essa evidencia, ainda que arcaica, não é diferente no cenário atual, já que a partir das literaturas existentes baseadas em evidencias, a amamentação é considerada a maneira mais eficiente de prevenir doenças infecciosas no início da vida, pois há a transferência de imunoglobulinas maternas por meio do leite, proporcionando o que chamamos de imunização passiva enquanto o respectivo sistema imunológico da criança está amadurecendo, além disso, também no colostro tem fatores bioativos que estimularão a maturação do mesmo. Objetivo: Valorização da amamentação para assim a imunização infantil ser garantida. Material e métodos: Revisão bibliográficas, artigos científicos, levantamento de dados pertinentes ao assunto retratado, e uma avaliação critica par dispor estudos que comprovem o fortalecimento da imunidade através do aleitamento. Resultados: A amamentação pode induzir respostas imunes especificas para um antígeno na criança amamentada, dependendo da natureza do antígeno. Pesquisas mais elaboradas mostram, que possíveis transferências de antígenos microbianos para o leite materno poderia afetar positivamente a resposta imune em crianças amamentadas pois levaria a tolerância e a memória imunológica. Conclusão: Esses dados, além de trazer esclarecimento e incentivo para a pratica da amamentação, também mostra a importância da responsabilidade materna em manter seu estado imunológico positivo, pois isso garantirá diretamente a imunidade do lactante. Esses estudos também abrem portas para que seja feita pesquisas sobre essas evidencias, e também seu aprofundamento, já que é determinante na vida de todo ser humano e é considerado a primeira vacina dos lactantes, dessa forma, o grau de importância se eleva ainda mais quando consideramos que os neonatos apresentam alto risco de morbidade e mortalidade por doenças infecciosas, evidenciando assim a necessidade de respostas imunes efetoras e um sistema imunológico fortalecido.","PeriodicalId":7739,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Imunologia On-line","volume":"15 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"74601537","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-01DOI: 10.51161/ii-conbrai/6013
Isabella Eduarda de Godoy Oliveira, Louise Gomide Freitas
Introdução: Com a chegada do coronavírus, grandes mudanças ocorreram no contexto social, uma vez que ainda é um vírus com poucas informações disponíveis, devido a isso, o corpo humano possui diversas formas de reação após a infecção por vírus. Dessa forma, é válido analisar quais mecanismos fisiológicos são implementados. Objetivos: O presente estudo possui por objetivo analisar a fisiologia utilizada pela imunidade inata para se defender contra o sars-cov-2. Metodologia: Foi realizada uma revisão de literatura com pesquisa no PubMed. Os descritores usados foram: covid-19, natural immunity e physiology, associados ao outro critério de inclusão, data de publicação em 2021 e 2022, foram encontrados 324 artigos. Assim, com os critérios de exclusão, (artigos sem a temática procurada no título e no Abstract e sem língua inglesa) foram selecionados 8 artigos. Resultados: O conhecimento acerca da resposta imune específica ainda é limitado, mas se sabe que o reconhecimento ocorre através de padrões moleculares associados a patógenos (PAMPs) via receptores, que desencadeia a liberação de citocinas, principalmente de interferon do tipo 1 e citocinas pró inflamatórias. Um estudo realizado classificou a infecção em fases: começando com a infecção das células epiteliais ACE2+ do trato respiratório levando a mecanismos de defesa celular autônomos das células infectadas. Após isso,a resposta imune local é caracterizada por uma resposta IFN tipo I atípica e heterogênea devido ao ataque do SARS-CoV-2 ao sistema IFN. O envolvimento de órgãos, a magnitude dos sintomas clínicos e a duração dessa fase são altamente variáveis. Além disso, dados emergentes de pacientes com SARS-CoV-2 sugerem que a transcrição de IL-6 é iniciada e mantida após a infecção do epitélio respiratório. O vírus tinha uma propensão para a ativação de macrófagos alveolares e circulantes, resultando em produção copiosa e sustentada de IL-6, gerando uma tempestade de citocinas, dano às células endoteliais e vazamento capilar. Conclusão: Diante do exposto, conclui-se o quão importante é a ação da imunidade inata na defesa de microorganismos virais, entretanto, ainda é necessária a confecção de mais estudos, por se tratar de um vírus recente.
{"title":"A AÇÃO DA IMUNIDADE NATURAL APÓS A INFECÇÃO POR COVID","authors":"Isabella Eduarda de Godoy Oliveira, Louise Gomide Freitas","doi":"10.51161/ii-conbrai/6013","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conbrai/6013","url":null,"abstract":"Introdução: Com a chegada do coronavírus, grandes mudanças ocorreram no contexto social, uma vez que ainda é um vírus com poucas informações disponíveis, devido a isso, o corpo humano possui diversas formas de reação após a infecção por vírus. Dessa forma, é válido analisar quais mecanismos fisiológicos são implementados. Objetivos: O presente estudo possui por objetivo analisar a fisiologia utilizada pela imunidade inata para se defender contra o sars-cov-2. Metodologia: Foi realizada uma revisão de literatura com pesquisa no PubMed. Os descritores usados foram: covid-19, natural immunity e physiology, associados ao outro critério de inclusão, data de publicação em 2021 e 2022, foram encontrados 324 artigos. Assim, com os critérios de exclusão, (artigos sem a temática procurada no título e no Abstract e sem língua inglesa) foram selecionados 8 artigos. Resultados: O conhecimento acerca da resposta imune específica ainda é limitado, mas se sabe que o reconhecimento ocorre através de padrões moleculares associados a patógenos (PAMPs) via receptores, que desencadeia a liberação de citocinas, principalmente de interferon do tipo 1 e citocinas pró inflamatórias. Um estudo realizado classificou a infecção em fases: começando com a infecção das células epiteliais ACE2+ do trato respiratório levando a mecanismos de defesa celular autônomos das células infectadas. Após isso,a resposta imune local é caracterizada por uma resposta IFN tipo I atípica e heterogênea devido ao ataque do SARS-CoV-2 ao sistema IFN. O envolvimento de órgãos, a magnitude dos sintomas clínicos e a duração dessa fase são altamente variáveis. Além disso, dados emergentes de pacientes com SARS-CoV-2 sugerem que a transcrição de IL-6 é iniciada e mantida após a infecção do epitélio respiratório. O vírus tinha uma propensão para a ativação de macrófagos alveolares e circulantes, resultando em produção copiosa e sustentada de IL-6, gerando uma tempestade de citocinas, dano às células endoteliais e vazamento capilar. Conclusão: Diante do exposto, conclui-se o quão importante é a ação da imunidade inata na defesa de microorganismos virais, entretanto, ainda é necessária a confecção de mais estudos, por se tratar de um vírus recente.","PeriodicalId":7739,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Imunologia On-line","volume":"25 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"73771966","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-01DOI: 10.51161/ii-conbrai/6789
Pablynne Emanuelle da Silva Serpa, Caroline Bona, Maria Eduarda Sales DE Morais, Nely Pires do Rego Sobrinha, Izabella Jácome Parente
Introdução: A depressão é uma patologia de difícil compreensão, por ter um fenótipo heterogêneo, apresentando diferentes manifestações clínicas, características imunológicas e determinantes genéticos. Objetivo: Compreender os determinantes genéticos e a associação da depressão e da terapia antidepressiva com os fatores imunológicos. Material e métodos: Revisão bibliográfica integrativa, utilizando a base de dados do Pubmed e Scielo com os seguintes descritores: “Immunology”, “depression” e “genetics”. Foram selecionados artigos com disponibilidade na íntegra e data de publicação superior aos últimos 7 anos. Foram excluídos artigos repetidos ou que não se enquadravam ao tema. Resultados: A associação entre depressão e imunidade está relacionada aos marcadores inflamatórios e as células natural killer (NK), indicando uma elevação da quantidade de células NK em pacientes deprimidos. Alguns trabalhos observaram uma menor quantidade de células CD4 e CD8, e o seu posterior aumento após terapia antidepressiva. Ademais, os níveis de IL-6 mostraram-se aumentados em pacientes depressivos e menores níveis de IL-2 em comparação a indivíduos saudáveis ou em terapia, indicando uma característica pró-inflamatória da doença. Segundo os estudos, os níveis de IL-6 seriam um bom indicativo da responsividade à terapia, visto que os antidepressivos afetam a produção de citocinas que atuariam como neuromoduladores, mediando os aspectos neuroquímicos, neuroendócrinos e comportamentais dos transtornos depressivos. Em relação aos fatores genéticos, sabe-se a depressão tem uma alta heterogeneidade fenotípica, a qual limita o uso de estudos de associação e pode se manifestar em diferentes gravidades dos sintomas. Entre os estudos analisados, foi encontrada uma relação com disfunções mitocondriais, com diminuição da produção de ATP e de enzimas mitocondriais nos músculos de pessoas com transtorno depressivo maior. Essa disfunção pode ser causada por uma anormalidade do DNA mitocondrial ou por variantes de genes nucleares que codificam proteínas mitocondriais. Modificações epigenéticas que ocorrem durante o transtorno depressivo também são focos de estudos, e essas modificações envolvem principalmente a metilação do DNA e modificação de histonas. Conclusão: Conclui-se que o aumento das citocinas pró-inflamatórias na depressão resultaria nos sintomas da doença, e que tratamentos antidepressivos podem afetar a produção de citocinas. Além disso, as disfunções mitocondriais podem influenciar no desenvolvimento da depressão.
{"title":"DEPRESSÃO E SUAS INTERAÇÕES IMUNOGENÉTICAS","authors":"Pablynne Emanuelle da Silva Serpa, Caroline Bona, Maria Eduarda Sales DE Morais, Nely Pires do Rego Sobrinha, Izabella Jácome Parente","doi":"10.51161/ii-conbrai/6789","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conbrai/6789","url":null,"abstract":"Introdução: A depressão é uma patologia de difícil compreensão, por ter um fenótipo heterogêneo, apresentando diferentes manifestações clínicas, características imunológicas e determinantes genéticos. Objetivo: Compreender os determinantes genéticos e a associação da depressão e da terapia antidepressiva com os fatores imunológicos. Material e métodos: Revisão bibliográfica integrativa, utilizando a base de dados do Pubmed e Scielo com os seguintes descritores: “Immunology”, “depression” e “genetics”. Foram selecionados artigos com disponibilidade na íntegra e data de publicação superior aos últimos 7 anos. Foram excluídos artigos repetidos ou que não se enquadravam ao tema. Resultados: A associação entre depressão e imunidade está relacionada aos marcadores inflamatórios e as células natural killer (NK), indicando uma elevação da quantidade de células NK em pacientes deprimidos. Alguns trabalhos observaram uma menor quantidade de células CD4 e CD8, e o seu posterior aumento após terapia antidepressiva. Ademais, os níveis de IL-6 mostraram-se aumentados em pacientes depressivos e menores níveis de IL-2 em comparação a indivíduos saudáveis ou em terapia, indicando uma característica pró-inflamatória da doença. Segundo os estudos, os níveis de IL-6 seriam um bom indicativo da responsividade à terapia, visto que os antidepressivos afetam a produção de citocinas que atuariam como neuromoduladores, mediando os aspectos neuroquímicos, neuroendócrinos e comportamentais dos transtornos depressivos. Em relação aos fatores genéticos, sabe-se a depressão tem uma alta heterogeneidade fenotípica, a qual limita o uso de estudos de associação e pode se manifestar em diferentes gravidades dos sintomas. Entre os estudos analisados, foi encontrada uma relação com disfunções mitocondriais, com diminuição da produção de ATP e de enzimas mitocondriais nos músculos de pessoas com transtorno depressivo maior. Essa disfunção pode ser causada por uma anormalidade do DNA mitocondrial ou por variantes de genes nucleares que codificam proteínas mitocondriais. Modificações epigenéticas que ocorrem durante o transtorno depressivo também são focos de estudos, e essas modificações envolvem principalmente a metilação do DNA e modificação de histonas. Conclusão: Conclui-se que o aumento das citocinas pró-inflamatórias na depressão resultaria nos sintomas da doença, e que tratamentos antidepressivos podem afetar a produção de citocinas. Além disso, as disfunções mitocondriais podem influenciar no desenvolvimento da depressão.","PeriodicalId":7739,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Imunologia On-line","volume":"24 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"79122177","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}