Pub Date : 2022-05-06DOI: 10.51161/ii-conbrai/6389
Eliza DE Jesus Barros Dos Santos, Nádia Cristina Honorato DE Araújo
Introdução: O presente trabalho vem abordar uma proposta metodológica para o ensino de imunidade inata, no qual é um complexo de defesa que o indivíduo já possui desde o nascimento. Pode-se também citar, que tal vem ser considerado a primeira linha de defesa do organismo e corresponde às barreiras físicas, químicas e biológicas, portanto, sendo capaz de evitar a ação de agentes patogênicos que podem produzir doenças infecciosas. Além disso, a imunidade inata pode potencializar a resposta imune adaptativa. Diante deste assunto, foi elaborado um recurso didático voltado para o ensino de imunologia dentro das ciências biológicas no ensino médio, na qual ofereceu um estímulo e um ambiente propício para o desenvolvimento do raciocínio lógico dos alunos. Este estudo visa auxiliar o professor no seu processo de ensino e aprendizagem, permitindo que o mesmo amplie seu conhecimento em relação ao assunto. Objetivo: Seguindo essa linha de raciocínio, o presente recurso didático “ Plickers imune” tem como objetivo auxiliar o professor, estimulando a competitividade entre os estudantes e propiciando uma inclusão entre as diversidades. Material e Método: A metodologia usada para a confecção do jogo buscou utilizar a tecnologia, e matérias simples com temáticas ilustrativas, através de palavras, sons e imagens, no qual foi inserido no aplicativo https://www.plickers.com/, onde o professor simula um teste rápido para ver como está o desempenho dos alunos. Resultados: O presente jogo se caracterizou como uma excelente ferramenta metodológica auxiliando no processo de ensino e aprendizagem, estimulando a cognição, atribuindo um elo entre o abstrato e o concreto. Conclusão: Por fim, o recurso didático desenvolveu a inteligência do aluno de uma forma atrativa e lúdica.
{"title":"RECURSO DIDÁTICO “PLICKERS IMUNE” UMA ABORDAGEM METODOLOGICA","authors":"Eliza DE Jesus Barros Dos Santos, Nádia Cristina Honorato DE Araújo","doi":"10.51161/ii-conbrai/6389","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conbrai/6389","url":null,"abstract":"Introdução: O presente trabalho vem abordar uma proposta metodológica para o ensino de imunidade inata, no qual é um complexo de defesa que o indivíduo já possui desde o nascimento. Pode-se também citar, que tal vem ser considerado a primeira linha de defesa do organismo e corresponde às barreiras físicas, químicas e biológicas, portanto, sendo capaz de evitar a ação de agentes patogênicos que podem produzir doenças infecciosas. Além disso, a imunidade inata pode potencializar a resposta imune adaptativa. Diante deste assunto, foi elaborado um recurso didático voltado para o ensino de imunologia dentro das ciências biológicas no ensino médio, na qual ofereceu um estímulo e um ambiente propício para o desenvolvimento do raciocínio lógico dos alunos. Este estudo visa auxiliar o professor no seu processo de ensino e aprendizagem, permitindo que o mesmo amplie seu conhecimento em relação ao assunto. Objetivo: Seguindo essa linha de raciocínio, o presente recurso didático “ Plickers imune” tem como objetivo auxiliar o professor, estimulando a competitividade entre os estudantes e propiciando uma inclusão entre as diversidades. Material e Método: A metodologia usada para a confecção do jogo buscou utilizar a tecnologia, e matérias simples com temáticas ilustrativas, através de palavras, sons e imagens, no qual foi inserido no aplicativo https://www.plickers.com/, onde o professor simula um teste rápido para ver como está o desempenho dos alunos. Resultados: O presente jogo se caracterizou como uma excelente ferramenta metodológica auxiliando no processo de ensino e aprendizagem, estimulando a cognição, atribuindo um elo entre o abstrato e o concreto. Conclusão: Por fim, o recurso didático desenvolveu a inteligência do aluno de uma forma atrativa e lúdica.","PeriodicalId":7739,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Imunologia On-line","volume":"75 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"84700879","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-05-03DOI: 10.51161/ii-conbrai/5848
Beatriz Aparecida Fernandes, Fernando Lourenço Santana Silva, Isadora Nascimento de Carvalho, Ana Izabelle Francelino Dos Santos, Flavia da Costa Guimarães, Renato Faria Lobo
INTRODUÇÃO: A apresentação clínica de um paciente infectado pelo SARS-CoV-2 se manifesta no grupo populacional desde formas leves, moderadas e até mesmo graves, podendo levar ao óbito. Desse modo, busca-se compreender a relação da resposta imunológica com o novo coronavírus, por meio da atuação das células mieloides, das células T e pela sinalização do interferon do tipo I. OBJETIVO: Identificar quais são as modificações que o SARS-COV- 2 causa no sistema imunológico dos indivíduos acometidos. METODOLOGIA: O presente estudo trata-se de uma revisão de literatura que visa sintetizar o conhecimento acerca da resposta imunológica frente a infecção pelo SARSCOV-2. Desse modo, foi realizada busca por artigos científicos em bases de dados bibliográficas (PubMED, Medline, Scielo), utilizando os descritores: Immune system, COVID-19, SARS-CoV-2. Foram acessados 21 estudos e, utilizando os critérios de inclusão (estudos que se referiam à tempestade de citocinas, COVID-19, SARS-COV-2, fisiopatologia da COVID-19 e resposta imune), apenas 5 foram excluídos. Ao finalizar a pesquisa, leitura e análise cautelosa, foram contemplados 16 artigos em português e inglês, publicados entre 2019 e 2022, para compor o atual trabalho. RESULTADOS: Analisando-se amostras de células mononucleares do sangue periférico, o estudo de Zhang et al., que contou com 53 pacientes confirmados de COVID-19 e 24 doadores saudáveis, demonstrou que a doença cursa com a hiperativação de células mieloides, hipofuncionamento das células T e silenciamento de resposta dos interferons tipo I, o que desproporciona a resposta imune e favorece um mecanismo de hipercitonemia, que por sua vez é um gatilho para graves disfunções orgânicas. Nesse sentido, Varchetta et al., em um estudo com 32 indivíduos COVID-19 positivo demonstrou que os exames laboratoriais desses pacientes apresentavam indícios de Linfo-Histiocitose Hemofagocítica, cursando com linfopenia e aumento de ferritina sérica, dímero D, proteína C reativa e desidrogenase lática, que também são considerados marcadores de mau prognóstico. CONCLUSÃO: A pandemia COVID-19 cursa com implicações significativas para o sistema imunológico, pois o vírus gera um processo inflamatório e a hipofunção das células imunes. Ademais, é necessário que mais estudos sejam realizados com a finalidade de analisar quais são as reais alterações que o sistema imune enfrenta mediante ao coronavírus.
简介:SARS-CoV-2感染患者的临床表现在人群中表现为轻度、中度甚至重度,可导致死亡。因此,我们试图通过骨髓细胞、T细胞和i型干扰素信号的作用来了解免疫反应与新型冠状病毒的关系。目的:确定SARS- cov - 2在受影响个体的免疫系统中引起的变化。方法:本研究是一篇文献综述,旨在综合对SARSCOV-2感染的免疫反应的知识。因此,在文献数据库(PubMED, Medline, Scielo)中搜索科学文章,使用描述符:免疫系统,COVID-19, SARS-CoV-2。我们访问了21项研究,并使用纳入标准(关于风暴细胞因子、COVID-19、SARS-COV-2、COVID-19病理生理学和免疫反应的研究),只有5项被排除。在完成研究、阅读和仔细分析后,我们考虑了2019年至2022年间发表的16篇葡萄牙语和英语文章,以构成目前的工作。结果:分析样品的外周血单核细胞进行研究,Zhang et al .,告诉了53病人健康证实24 -19余COVID捐赠者,表明你的疾病和细胞hiperativação mieloides, hipofuncionamento T细胞反应和静默的I型interferons desproporciona的免疫反应,促进hipercitonemia机制,进而引发了严重的器官功能障碍。Varchetta, et al .,在三十二COVID -19个体积极的一个研究表明,这些患者都存在实验室证据表明阴囊-Histiocitose Hemofagocítica (usp和8 D二聚体,血清铁蛋白升高,C反应蛋白和乳酸脱氢酶也被认为是预后不良的指标。结论:COVID-19大流行对免疫系统有重大影响,因为病毒产生炎症过程和免疫细胞功能低下。此外,还需要进行更多的研究,以分析冠状病毒对免疫系统的真正影响。
{"title":"MODIFICAÇÕES IMUNOLÓGICAS DOS INDIVÍDUOS ACOMETIDOS PELO SARSCOV-2: UMA REVISÃO DE LITERATURA","authors":"Beatriz Aparecida Fernandes, Fernando Lourenço Santana Silva, Isadora Nascimento de Carvalho, Ana Izabelle Francelino Dos Santos, Flavia da Costa Guimarães, Renato Faria Lobo","doi":"10.51161/ii-conbrai/5848","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conbrai/5848","url":null,"abstract":"INTRODUÇÃO: A apresentação clínica de um paciente infectado pelo SARS-CoV-2 se manifesta no grupo populacional desde formas leves, moderadas e até mesmo graves, podendo levar ao óbito. Desse modo, busca-se compreender a relação da resposta imunológica com o novo coronavírus, por meio da atuação das células mieloides, das células T e pela sinalização do interferon do tipo I. OBJETIVO: Identificar quais são as modificações que o SARS-COV- 2 causa no sistema imunológico dos indivíduos acometidos. METODOLOGIA: O presente estudo trata-se de uma revisão de literatura que visa sintetizar o conhecimento acerca da resposta imunológica frente a infecção pelo SARSCOV-2. Desse modo, foi realizada busca por artigos científicos em bases de dados bibliográficas (PubMED, Medline, Scielo), utilizando os descritores: Immune system, COVID-19, SARS-CoV-2. Foram acessados 21 estudos e, utilizando os critérios de inclusão (estudos que se referiam à tempestade de citocinas, COVID-19, SARS-COV-2, fisiopatologia da COVID-19 e resposta imune), apenas 5 foram excluídos. Ao finalizar a pesquisa, leitura e análise cautelosa, foram contemplados 16 artigos em português e inglês, publicados entre 2019 e 2022, para compor o atual trabalho. RESULTADOS: Analisando-se amostras de células mononucleares do sangue periférico, o estudo de Zhang et al., que contou com 53 pacientes confirmados de COVID-19 e 24 doadores saudáveis, demonstrou que a doença cursa com a hiperativação de células mieloides, hipofuncionamento das células T e silenciamento de resposta dos interferons tipo I, o que desproporciona a resposta imune e favorece um mecanismo de hipercitonemia, que por sua vez é um gatilho para graves disfunções orgânicas. Nesse sentido, Varchetta et al., em um estudo com 32 indivíduos COVID-19 positivo demonstrou que os exames laboratoriais desses pacientes apresentavam indícios de Linfo-Histiocitose Hemofagocítica, cursando com linfopenia e aumento de ferritina sérica, dímero D, proteína C reativa e desidrogenase lática, que também são considerados marcadores de mau prognóstico. CONCLUSÃO: A pandemia COVID-19 cursa com implicações significativas para o sistema imunológico, pois o vírus gera um processo inflamatório e a hipofunção das células imunes. Ademais, é necessário que mais estudos sejam realizados com a finalidade de analisar quais são as reais alterações que o sistema imune enfrenta mediante ao coronavírus.","PeriodicalId":7739,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Imunologia On-line","volume":"65 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-03","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"75294536","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-01DOI: 10.51161/ii-conbrai/5860
Arthur Sodré de Mendonça, L. Martins, Luiz Fernando DE Oliveira Urzeda, Mariana da Silva Andrade, Thiago Vinícius Lemos Gonçalves
Introdução: A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é causada pelo vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), o qual gera a depleção do sistema imunológico e torna o infectado vulnerável às doenças oportunistas. No Brasil, o Ministério da Saúde estima mais de 900 mil pessoas portadoras de AIDS, das quais 12 mil evoluem para o óbito anualmente. Assim sendo, essa síndrome corresponde a um problema de saúde pública, já que tem potencial para desencadear diferentes problemas psicossociais. Objetivo: O presente estudo visa analisar a tendência temporal do coeficiente de incidência da AIDS no Brasil, entre 2012 e 2021. Material e métodos: Corresponde a um estudo observacional, analítico, longitudinal e retrospectivo, para o qual adquiriu-se os dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e do Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÍstica (IBGE). Os dados utilizados corresponderam ao número de casos de AIDS e o número populacional do Brasil, referentes aos anos de 2012 a 2021. Calculou-se o coeficiente de incidência através da fórmula: (número de casos÷número populacional)*100.000, para cada ano. As séries temporais foram produzidas no software Stata 14.0, através do método de regressão linear Prais-Winsten. Assim, obteve-se o valor do coeficiente beta e do erro padrão, utilizados para calcular a taxa de incremento anual (TI), de modo que as tendências com p-valor inferior a 0,05 foram consideradas significativas. Resultados: No período entre 2012 a 2021, foram detectados 367.073 novos casos de AIDS no Brasil. Considerando números absolutos, a região Sudeste apresentou o maior número de casos no intervalo analisado (144.113 casos), em contrapartida ao Centro-Oeste que evidenciou o menor número (24.607). O ano de 2013 apresentou a maior incidência do período estudado (21,75/100.000 habitantes), enquanto 2021 demonstrou a menor (6,33/100.000). Foi observado, entre 2012 e 2021, uma tendência decrescente da incidência de AIDS, com taxa de variação anual negativa de 10,6% ((p-valor=0,031). Conclusão: A partir do exposto, conclui-se que o Brasil refletiu boas respostas de controle e conscientização da AIDS nos últimos tempos. Contudo, ainda é alto o número de casos e óbitos anuais, o que evidencia a necessidade de novas estratégias sociais para atenuar as consequências dessa patologia.
简介:获得性免疫缺陷综合征(AIDS)是由人类免疫缺陷病毒(HIV)引起的,它导致免疫系统衰竭,使感染者容易感染机会性疾病。在巴西,卫生部估计有90多万艾滋病患者,其中每年有1.2万人死亡。因此,这种综合症对应于一个公共卫生问题,因为它有可能引发不同的社会心理问题。目的:本研究旨在分析2012 - 2021年巴西艾滋病发病率系数的时间趋势。材料和方法:对应于一项观察性、分析性、纵向和回顾性研究,数据来自Sistema unico de saude (DATASUS)和巴西地理和统计研究所(IBGE)。使用的数据对应于巴西2012年至2021年的艾滋病病例数量和人口数量。发病率的计算公式为:(病例数÷人口数)*每年10万。采用Stata 14.0软件,采用Prais-Winsten线性回归方法生成时间序列。因此,得到了贝塔系数和标准误差的值,用于计算年增长率(TI),使p值小于0.05的趋势被认为是显著的。结果:2012 - 2021年,巴西新增艾滋病病例367,073例。考虑到绝对数字,东南部地区的病例数量最多(144,113例),而中西部地区的病例数量最少(24,607例)。2013年的发病率最高(21.75 /10万居民),而2021年的发病率最低(6.33 /10万居民)。2012年至2021年期间,艾滋病发病率呈下降趋势,年变化率为10.6% (p- value = 0.031)。结论:综上所述,巴西近年来在艾滋病控制和意识方面表现出良好的反应。然而,每年的病例和死亡人数仍然很高,这表明需要新的社会战略来减轻这种疾病的后果。
{"title":"COEFICIENTE DE INCIDÊNCIA DE AIDS NA POPULAÇÃO BRASILEIRA, 2012-2021: UMA ANÁLISE DE SÉRIE TEMPORAL","authors":"Arthur Sodré de Mendonça, L. Martins, Luiz Fernando DE Oliveira Urzeda, Mariana da Silva Andrade, Thiago Vinícius Lemos Gonçalves","doi":"10.51161/ii-conbrai/5860","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conbrai/5860","url":null,"abstract":"Introdução: A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é causada pelo vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), o qual gera a depleção do sistema imunológico e torna o infectado vulnerável às doenças oportunistas. No Brasil, o Ministério da Saúde estima mais de 900 mil pessoas portadoras de AIDS, das quais 12 mil evoluem para o óbito anualmente. Assim sendo, essa síndrome corresponde a um problema de saúde pública, já que tem potencial para desencadear diferentes problemas psicossociais. Objetivo: O presente estudo visa analisar a tendência temporal do coeficiente de incidência da AIDS no Brasil, entre 2012 e 2021. Material e métodos: Corresponde a um estudo observacional, analítico, longitudinal e retrospectivo, para o qual adquiriu-se os dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e do Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÍstica (IBGE). Os dados utilizados corresponderam ao número de casos de AIDS e o número populacional do Brasil, referentes aos anos de 2012 a 2021. Calculou-se o coeficiente de incidência através da fórmula: (número de casos÷número populacional)*100.000, para cada ano. As séries temporais foram produzidas no software Stata 14.0, através do método de regressão linear Prais-Winsten. Assim, obteve-se o valor do coeficiente beta e do erro padrão, utilizados para calcular a taxa de incremento anual (TI), de modo que as tendências com p-valor inferior a 0,05 foram consideradas significativas. Resultados: No período entre 2012 a 2021, foram detectados 367.073 novos casos de AIDS no Brasil. Considerando números absolutos, a região Sudeste apresentou o maior número de casos no intervalo analisado (144.113 casos), em contrapartida ao Centro-Oeste que evidenciou o menor número (24.607). O ano de 2013 apresentou a maior incidência do período estudado (21,75/100.000 habitantes), enquanto 2021 demonstrou a menor (6,33/100.000). Foi observado, entre 2012 e 2021, uma tendência decrescente da incidência de AIDS, com taxa de variação anual negativa de 10,6% ((p-valor=0,031). Conclusão: A partir do exposto, conclui-se que o Brasil refletiu boas respostas de controle e conscientização da AIDS nos últimos tempos. Contudo, ainda é alto o número de casos e óbitos anuais, o que evidencia a necessidade de novas estratégias sociais para atenuar as consequências dessa patologia.","PeriodicalId":7739,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Imunologia On-line","volume":"81 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"74521313","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-01DOI: 10.51161/ii-conbrai/6024
Laila Marina Souza Araújo, Rayla Crislane De Sousa Silva, Christian Oliveira DE Souza
Introdução: O melanoma é um tipo de câncer que advém de alterações genéticas atípicas nos melanócitos e é potencialmente relevante pela sua notável capacidade metastática no organismo. Diante disto, a utilização da imunoterapia baseada no uso dos vírus oncolíticos tem tido ênfase no tratamento do melanoma sobretudo pelo seu eficaz mecanismo de ação e posterior indução da resposta imunológica antitumoral. Objetivo: O objetivo central é descrever a utilização da imunoterapia T-VEC para o tratamento do melanoma que é atualmente o primeiro e único vírus aprovado para o tratamento do melanoma em estágio IIIB- IVM1a. Metodologia: Com base no exposto, o atual trabalho se trata de uma revisão de literatura elaborado com base na metodologia PICO e com linha temporal centrada em trabalhos publicados entre os anos de 2010 a 2021. Discussão: O T-VEC se trata de um vírus herpes simplex tipo I (HSV-1) geneticamente modificado para favorecer sua seletividade e atuação. Os ensaios clínicos realizados afirmam que T-VEC é injetado localmente no tumor para que infectem preferencialmente as células cancerígenas ali presentes. Os resultados encontrados nas pesquisas com a monoterapia do T-VEC foram promissores, principalmente por conta da baixa toxicidade, boa sobrevida geral e bom prognóstico. Considerações finais: Desse modo, maiores expectativas são vistas na combinação de duas imunoterapias, a terapia oncolítica e inibidores de checkpoints nos quais estudos foram feitos e ainda estão sendo desenvolvidos. Embora tal terapia apresente efeitos adversos moderados e desafios relacionados a atividade efetora viral que ainda não estejam claramente solucionados, mais pesquisas devem ser executadas para que esta técnica seja ainda mais otimizada e com maiores taxas de resposta completa e melhor sobrevida.
{"title":"A UTILIZAÇÃO DA IMUNOTERAPIA BASEADA NO VÍRUS ONCOLÍTICO (TALIMOGENE LAHERPAREPVEC – T-VEC) COMO TRATAMENTO PARA O MELANOMA","authors":"Laila Marina Souza Araújo, Rayla Crislane De Sousa Silva, Christian Oliveira DE Souza","doi":"10.51161/ii-conbrai/6024","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conbrai/6024","url":null,"abstract":"Introdução: O melanoma é um tipo de câncer que advém de alterações genéticas atípicas nos melanócitos e é potencialmente relevante pela sua notável capacidade metastática no organismo. Diante disto, a utilização da imunoterapia baseada no uso dos vírus oncolíticos tem tido ênfase no tratamento do melanoma sobretudo pelo seu eficaz mecanismo de ação e posterior indução da resposta imunológica antitumoral. Objetivo: O objetivo central é descrever a utilização da imunoterapia T-VEC para o tratamento do melanoma que é atualmente o primeiro e único vírus aprovado para o tratamento do melanoma em estágio IIIB- IVM1a. Metodologia: Com base no exposto, o atual trabalho se trata de uma revisão de literatura elaborado com base na metodologia PICO e com linha temporal centrada em trabalhos publicados entre os anos de 2010 a 2021. Discussão: O T-VEC se trata de um vírus herpes simplex tipo I (HSV-1) geneticamente modificado para favorecer sua seletividade e atuação. Os ensaios clínicos realizados afirmam que T-VEC é injetado localmente no tumor para que infectem preferencialmente as células cancerígenas ali presentes. Os resultados encontrados nas pesquisas com a monoterapia do T-VEC foram promissores, principalmente por conta da baixa toxicidade, boa sobrevida geral e bom prognóstico. Considerações finais: Desse modo, maiores expectativas são vistas na combinação de duas imunoterapias, a terapia oncolítica e inibidores de checkpoints nos quais estudos foram feitos e ainda estão sendo desenvolvidos. Embora tal terapia apresente efeitos adversos moderados e desafios relacionados a atividade efetora viral que ainda não estejam claramente solucionados, mais pesquisas devem ser executadas para que esta técnica seja ainda mais otimizada e com maiores taxas de resposta completa e melhor sobrevida.","PeriodicalId":7739,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Imunologia On-line","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"75519831","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: A Organização Mundial de Saúde (OMS), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e o Ministério da Saúde (MS) preconizam o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade. Ao nascimento, a criança apresenta baixos níveis de imunoglobulinas (IgM, IgA e IgE). No entanto, o leite materno apresenta uma importante função na transferência de imunidade passiva no período pós-natal, pois possui funções antimicrobianas, anti-inflamatórias e imunorreguladoras. Nos primeiros três anos de vida, o .aleitamento materno exerce efeito benéfico sobre a incidência de eczema, alergia alimentar, sensibilização atópica e “doença sibilante”. Objetivo: Destacar a importância do aleitamento materno e os seus benefícios no sistema imunológico do recém-nascido. Metodologia: Esta revisão bibliográfica trata-se de um estudo qualitativo de artigos seletivos publicados em sites específicos, como BVS, Scielo e Pubmed, acerca da reflexão do impacto imunológico benéfico pelo aleitamento materno. Resultados: : O aleitamento materno protege o lactente de infecções principalmente por meio dos anticorpos IgA secretores (IgAS), além de fatores bioativos. A proteção contra infecções tem sido bem evidenciada durante a lactação, combatendo infecções do trato respiratório, incluindo otite média, infecção do trato urinário, sepse neonatal e enterocolite necrosante, diarreia aguda e prolongada, ganhando relação com o sistema imunológico do lactente pelas propriedades do leite materno, que, em especial o colostro, apresenta elevadas concentrações de anticorpos (IgA, IgM, IgE e IgD), sendo um reforço natural imunológico de destaque. Outra característica imunizante do leite materno é a presença de células polimorfonucleares (macrófagos, neutrófilos e eosinófilos) que fagocitam microrganismos patogênicos. Há ainda a presença de substâncias com propriedades probióticas e antibióticas como a lisozima, lactoferrina e o fator bífido que combatem a instalação de agentes envolvidos na etiologia de doenças diarreicas. Conclusão: Entende-se, portanto, a necessidade de se estimular o aleitamento materno durante o primeiro semestre de vida, período em que a produção própria de IgA secretória é ainda pouco significativa. O baixo teor de alérgenos no leite materno, bem como as propriedades anti-inflamatórias e imunomoduladoras, devem prevenir alergias e promover o desenvolvimento de tolerância.
{"title":"OS BENEFÍCIOS DO ALEITAMENTO MATERNO NO SISTEMA IMUNOLÓGICO","authors":"Lara Alípio Pedrosa, Ariana Lacerda Garcia, Beatriz Ribeiro Coutinho de Mendonça Furtado","doi":"10.51161/ii-conbrai/6018","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conbrai/6018","url":null,"abstract":"Introdução: A Organização Mundial de Saúde (OMS), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e o Ministério da Saúde (MS) preconizam o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade. Ao nascimento, a criança apresenta baixos níveis de imunoglobulinas (IgM, IgA e IgE). No entanto, o leite materno apresenta uma importante função na transferência de imunidade passiva no período pós-natal, pois possui funções antimicrobianas, anti-inflamatórias e imunorreguladoras. Nos primeiros três anos de vida, o .aleitamento materno exerce efeito benéfico sobre a incidência de eczema, alergia alimentar, sensibilização atópica e “doença sibilante”. Objetivo: Destacar a importância do aleitamento materno e os seus benefícios no sistema imunológico do recém-nascido. Metodologia: Esta revisão bibliográfica trata-se de um estudo qualitativo de artigos seletivos publicados em sites específicos, como BVS, Scielo e Pubmed, acerca da reflexão do impacto imunológico benéfico pelo aleitamento materno. Resultados: : O aleitamento materno protege o lactente de infecções principalmente por meio dos anticorpos IgA secretores (IgAS), além de fatores bioativos. A proteção contra infecções tem sido bem evidenciada durante a lactação, combatendo infecções do trato respiratório, incluindo otite média, infecção do trato urinário, sepse neonatal e enterocolite necrosante, diarreia aguda e prolongada, ganhando relação com o sistema imunológico do lactente pelas propriedades do leite materno, que, em especial o colostro, apresenta elevadas concentrações de anticorpos (IgA, IgM, IgE e IgD), sendo um reforço natural imunológico de destaque. Outra característica imunizante do leite materno é a presença de células polimorfonucleares (macrófagos, neutrófilos e eosinófilos) que fagocitam microrganismos patogênicos. Há ainda a presença de substâncias com propriedades probióticas e antibióticas como a lisozima, lactoferrina e o fator bífido que combatem a instalação de agentes envolvidos na etiologia de doenças diarreicas. Conclusão: Entende-se, portanto, a necessidade de se estimular o aleitamento materno durante o primeiro semestre de vida, período em que a produção própria de IgA secretória é ainda pouco significativa. O baixo teor de alérgenos no leite materno, bem como as propriedades anti-inflamatórias e imunomoduladoras, devem prevenir alergias e promover o desenvolvimento de tolerância.","PeriodicalId":7739,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Imunologia On-line","volume":"287 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"80297604","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-01DOI: 10.51161/ii-conbrai/6757
M. N. Goulart, D. Franco
Introdução: A vitamina D (VD) é essencial para preservação da homeostasia óssea e, além desse benefício, a presença de receptores para VD nas células do sistema imunológico revelam seu importante papel na manutenção do equilíbrio desse complexo sistema. Consonante ao seu mecanismo imunomodulador, pacientes com doenças autoimunes são incluídos no grupo que deve manter valor de 1,25(2OH)D acima de 30ng/mL. Objetivo: Investigar o valor de 1,25(2OH)D em mulheres jovens com diagnóstico de doença autoimune, comparando com aquelas de mesma faixa etária sem distúrbios de autoimunidade. Material e métodos: Estudo transversal, retrospectivo a partir de dados fornecidos pelo laboratório de análises clínicas do Hospital Universitário Antonio Pedro (Niterói, RJ). A amostra foi composta por mulheres entre 18-60 anos que realizaram dosagem de 1,25(2OH)D entre janeiro e agosto/2019. Além de idade e sexo, o diagnóstico de doença autoimune e de qual doença se tratava também foram investigadas, sendo excluídas aquelas com dados incompletos. Os dados foram tratados com estatística descritiva e comparações estabelecidas pelo teste T e ANOVA (p30ng/mL, foi encontrada alta prevalência de inadequação na amostra. Isso pode ter sido influenciado pelo seguimento do valor de 20ng/mL-considerado para a população no geral- mesmo para essas pacientes ou, ainda, por fatores não investigados como tempo desde o diagnóstico até a realização da dosagem que pode ter sido insuficiente para alcançar a adequação. Comparando esses achados àqueles presentes na literatura, o valor de VD vem sendo negligenciado em pacientes com autoimunidade e a hipervitaminose se tornando um problema ubíquo na população, sendo este um possível fator de risco para o surgimento desse tipo de condição.
{"title":"INVESTIGAÇÃO DA VITAMINA D EM MULHERES ADULTAS COM DIAGNÓSTICO DE DOENÇAS AUTOIMUNES: UMA ALIADA NEGLIGENCIADA","authors":"M. N. Goulart, D. Franco","doi":"10.51161/ii-conbrai/6757","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conbrai/6757","url":null,"abstract":"Introdução: A vitamina D (VD) é essencial para preservação da homeostasia óssea e, além desse benefício, a presença de receptores para VD nas células do sistema imunológico revelam seu importante papel na manutenção do equilíbrio desse complexo sistema. Consonante ao seu mecanismo imunomodulador, pacientes com doenças autoimunes são incluídos no grupo que deve manter valor de 1,25(2OH)D acima de 30ng/mL. Objetivo: Investigar o valor de 1,25(2OH)D em mulheres jovens com diagnóstico de doença autoimune, comparando com aquelas de mesma faixa etária sem distúrbios de autoimunidade. Material e métodos: Estudo transversal, retrospectivo a partir de dados fornecidos pelo laboratório de análises clínicas do Hospital Universitário Antonio Pedro (Niterói, RJ). A amostra foi composta por mulheres entre 18-60 anos que realizaram dosagem de 1,25(2OH)D entre janeiro e agosto/2019. Além de idade e sexo, o diagnóstico de doença autoimune e de qual doença se tratava também foram investigadas, sendo excluídas aquelas com dados incompletos. Os dados foram tratados com estatística descritiva e comparações estabelecidas pelo teste T e ANOVA (p30ng/mL, foi encontrada alta prevalência de inadequação na amostra. Isso pode ter sido influenciado pelo seguimento do valor de 20ng/mL-considerado para a população no geral- mesmo para essas pacientes ou, ainda, por fatores não investigados como tempo desde o diagnóstico até a realização da dosagem que pode ter sido insuficiente para alcançar a adequação. Comparando esses achados àqueles presentes na literatura, o valor de VD vem sendo negligenciado em pacientes com autoimunidade e a hipervitaminose se tornando um problema ubíquo na população, sendo este um possível fator de risco para o surgimento desse tipo de condição.","PeriodicalId":7739,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Imunologia On-line","volume":"125 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"85104562","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-01DOI: 10.51161/ii-conbrai/6869
A. Cunha
Introdução: As plantas medicinais carregam grande potencial por achados farmacológicos. Estas são frequentemente destacadas por seu perfil para atividades antimicóticas, antibacterianas e antiparasitárias. Há, também, em menor escala, a busca por princípios ativos em fitoterápicos que modulem as respostas imunológicas, cujo princípio seja a recuperação da homeostase. Objetivo: Realizar levantamento na literatura das espécies naturais do bioma amazônico Mauritia Flexuosa L. e Caryocar villosum, quanto suas atividades imunomoduladoras e seus possíveis mecanismos. Metodologia: Revisão integrativa da literatura, de caráter exploratório, abrangendo estudos experimentais in vivo e monografias, através dos descritores DeCS/MeSH: "Imunomodulador" e “extratos vegetais" com relação aos nomes científicos, por meio de buscas nas bases PubMED e Scielo. Resultados: Os agentes imunoestimulantes atuam através de vários mecanismos do sistema imune. O extrato de Piquiá (Caryocar brasiliense) contém em sua composição química alto teor de carotenoides, demonstrado em ensaio in vivo, redução de linfócitos T citotóxicos nos órgãos linfoides e redução da IL-17, no plasma. A planta promove uma redução de mediadores pró-inflamatórios pela ação dos carotenoides similares a vitamina E. O Buriti (Mauritia Flexuosa L.) aumentou a taxa de fagocitose celular em E. Escherichia coli, revelando sua capacidade imunomoduladora estar relacionada à grande presença do ácido palmítico na sua composição. Esse ácido graxo atua no aumento da produção de IL-1β e diminuição da IL-10, e nas infecções, contribui para uma menor taxa no recrutamento de neutrófilos durante a fase aguda, e grande aumento de células mononucleares durante a fase tardia. Conclusão: As atividades imunomoduladoras estão vinculadas à compostos com grande potencial antioxidante e anti-inflamatório, como a presença de carotenoides e ácidos graxos monoinsaturados. Estas substâncias tem impacto no sistema imune inato, interferindo com a diminuição da produção de citocinas, e por estarem mais relacionadas à uma resposta sem memória, o consumo regular desses produtos como nutracêuticos devem ser avaliados quanto aos riscos de toxidade.
{"title":"ATIVIDADES IMUNOMODULADORAS DOS EXTRATOS DAS PLANTAS MEDICINAIS MAURITIA FLEXUOSA L. E CARYOCAR VILLOSUM","authors":"A. Cunha","doi":"10.51161/ii-conbrai/6869","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conbrai/6869","url":null,"abstract":"Introdução: As plantas medicinais carregam grande potencial por achados farmacológicos. Estas são frequentemente destacadas por seu perfil para atividades antimicóticas, antibacterianas e antiparasitárias. Há, também, em menor escala, a busca por princípios ativos em fitoterápicos que modulem as respostas imunológicas, cujo princípio seja a recuperação da homeostase. Objetivo: Realizar levantamento na literatura das espécies naturais do bioma amazônico Mauritia Flexuosa L. e Caryocar villosum, quanto suas atividades imunomoduladoras e seus possíveis mecanismos. Metodologia: Revisão integrativa da literatura, de caráter exploratório, abrangendo estudos experimentais in vivo e monografias, através dos descritores DeCS/MeSH: \"Imunomodulador\" e “extratos vegetais\" com relação aos nomes científicos, por meio de buscas nas bases PubMED e Scielo. Resultados: Os agentes imunoestimulantes atuam através de vários mecanismos do sistema imune. O extrato de Piquiá (Caryocar brasiliense) contém em sua composição química alto teor de carotenoides, demonstrado em ensaio in vivo, redução de linfócitos T citotóxicos nos órgãos linfoides e redução da IL-17, no plasma. A planta promove uma redução de mediadores pró-inflamatórios pela ação dos carotenoides similares a vitamina E. O Buriti (Mauritia Flexuosa L.) aumentou a taxa de fagocitose celular em E. Escherichia coli, revelando sua capacidade imunomoduladora estar relacionada à grande presença do ácido palmítico na sua composição. Esse ácido graxo atua no aumento da produção de IL-1β e diminuição da IL-10, e nas infecções, contribui para uma menor taxa no recrutamento de neutrófilos durante a fase aguda, e grande aumento de células mononucleares durante a fase tardia. Conclusão: As atividades imunomoduladoras estão vinculadas à compostos com grande potencial antioxidante e anti-inflamatório, como a presença de carotenoides e ácidos graxos monoinsaturados. Estas substâncias tem impacto no sistema imune inato, interferindo com a diminuição da produção de citocinas, e por estarem mais relacionadas à uma resposta sem memória, o consumo regular desses produtos como nutracêuticos devem ser avaliados quanto aos riscos de toxidade.","PeriodicalId":7739,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Imunologia On-line","volume":"71 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"85222190","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-01DOI: 10.51161/ii-conbrai/5980
Yessica Garay Ruiz Días, Lívia Carla Bezerra de Macêdo, Ana Regina Maia DE Morais, D. Rocha, Rafaela Rodrigues Monteiro
Introdução: A pandemia da COVID-19 trouxe impactos globais em âmbitos sociais, econômicos, políticos e culturais, gerando um descompasso mundial na vida da população. Neste cenário, a vacinação vem sendo a maneira mais eficaz para evitar a disseminação do vírus, desenvolvimento da forma grave e consequentemente as mortes decorrentes da SARS-CoV-2. O esquema de vacinação vem sendo desenvolvido de acordo com a demanda de cada país, bem como a estratégia dos tipos de imunobiológicos que melhor interatuam com o sistema imunológico. As diversas combinações da conjugação do esquema vacinal têm gerado diferentes níveis de resposta humoral, gerando um desafio para os pesquisadores em confirmar a melhor estratégia a ser adotada. Dentre os imunobiológicos já produzidos, a vacina Pfizer (mRNA) carrega em sua constituição uma parte do código genético do vírus, contendo informações para a produção de proteínas específicas para combater a patologia. Estas vacinas mostraram uma resposta imunológica robusta, eficaz e segura contra a COVID-19. Objetivos: Analisar o nível sorológico dos anticorpos mediados após vacinação homóloga da mRNA Pfizer/BioNTech e sua dose de reforço em um esquema de vacinação heteróloga. Metodologia: Tratou-se de uma revisão de literatura realizada nas bases de dados BVS, PUBMED e LILACS, envolvendo artigos publicados entre 2020 e 2022, utilizando-se os descritores “anticorpos”, “Pfizer” e “vacinas” e suas variantes na língua inglesa, além do descritor booleano “AND”. Resultados: Foram encontrados 100 artigos, nos quais 11 foram elegidos por responder ao objetivo deste estudo. Foi verificado que a vacina mRNA BNT162b2 (Pfizer), aumentou em até 27 vezes a concentração de anticorpos (IgA, IgM e IgG) contra a proteína Spike (S) e em 12 vezes os anticorpos neutralizantes, após a imunização com 2 doses da vacina. Além disso, aumentou em até 4 vezes a defesa contra as variantes. Observou-se, também, que a aplicação da dose de reforço da Pfizer, no esquema heterólogo, resultou em altas concentrações de anticorpos neutralizantes, atingindo 100% de soropositividade. Conclusão: Os estudos encontrados demonstram que o esquema de vacinação homólogo com a Pfizer confere altos níveis de anticorpos contra o vírus da COVID-19, entretanto, a dose de reforço demonstrou um incremento nas concentrações desses anticorpos.
{"title":"COMPORTAMENTO DA RESPOSTA HUMORAL NA COVID-19 APÓS O ESQUEMA DE VACINAÇÃO COM MRNA (PFIZER/BIONTECH): REVISÃO DE LITERATURA","authors":"Yessica Garay Ruiz Días, Lívia Carla Bezerra de Macêdo, Ana Regina Maia DE Morais, D. Rocha, Rafaela Rodrigues Monteiro","doi":"10.51161/ii-conbrai/5980","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conbrai/5980","url":null,"abstract":"Introdução: A pandemia da COVID-19 trouxe impactos globais em âmbitos sociais, econômicos, políticos e culturais, gerando um descompasso mundial na vida da população. Neste cenário, a vacinação vem sendo a maneira mais eficaz para evitar a disseminação do vírus, desenvolvimento da forma grave e consequentemente as mortes decorrentes da SARS-CoV-2. O esquema de vacinação vem sendo desenvolvido de acordo com a demanda de cada país, bem como a estratégia dos tipos de imunobiológicos que melhor interatuam com o sistema imunológico. As diversas combinações da conjugação do esquema vacinal têm gerado diferentes níveis de resposta humoral, gerando um desafio para os pesquisadores em confirmar a melhor estratégia a ser adotada. Dentre os imunobiológicos já produzidos, a vacina Pfizer (mRNA) carrega em sua constituição uma parte do código genético do vírus, contendo informações para a produção de proteínas específicas para combater a patologia. Estas vacinas mostraram uma resposta imunológica robusta, eficaz e segura contra a COVID-19. Objetivos: Analisar o nível sorológico dos anticorpos mediados após vacinação homóloga da mRNA Pfizer/BioNTech e sua dose de reforço em um esquema de vacinação heteróloga. Metodologia: Tratou-se de uma revisão de literatura realizada nas bases de dados BVS, PUBMED e LILACS, envolvendo artigos publicados entre 2020 e 2022, utilizando-se os descritores “anticorpos”, “Pfizer” e “vacinas” e suas variantes na língua inglesa, além do descritor booleano “AND”. Resultados: Foram encontrados 100 artigos, nos quais 11 foram elegidos por responder ao objetivo deste estudo. Foi verificado que a vacina mRNA BNT162b2 (Pfizer), aumentou em até 27 vezes a concentração de anticorpos (IgA, IgM e IgG) contra a proteína Spike (S) e em 12 vezes os anticorpos neutralizantes, após a imunização com 2 doses da vacina. Além disso, aumentou em até 4 vezes a defesa contra as variantes. Observou-se, também, que a aplicação da dose de reforço da Pfizer, no esquema heterólogo, resultou em altas concentrações de anticorpos neutralizantes, atingindo 100% de soropositividade. Conclusão: Os estudos encontrados demonstram que o esquema de vacinação homólogo com a Pfizer confere altos níveis de anticorpos contra o vírus da COVID-19, entretanto, a dose de reforço demonstrou um incremento nas concentrações desses anticorpos.","PeriodicalId":7739,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Imunologia On-line","volume":"23 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"81300105","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-01DOI: 10.51161/ii-conbrai/6786
Amanda Noleto de Matos, Adriano Mariot da Silva, Andressa Aguiar DA Silva, Firas Abdel Kareem Traireh, Kadmiel Cândido
Introdução: Anemia Hemolítica Autoimune (AHAI) é uma condição clínica em que ocorre a destruição dos eritrócitos, por conta da ligação de autoanticorpos circulantes contra antígenos de glóbulos vermelhos resultando em uma destruição via sistema completo ou sistema reticulo endotelial. Objetivo: Descrever o manejo e processo fisiopatogênico da anemia hemolítica autoimune. Metodologia: Trata-se de um estudo qualitativo de revisão bibliográfica realizado através da busca ativa nas bases de dados PUBMED, NATURE immunology e Google acadêmico de artigos publicados nos últimos 2 anos na língua portuguesa e inglesa. Resultados: A AHAI pode ser classificada com base na sua etiologia, podendo ser primária ou secundária, e temperatura sendo quente, fria ou mista. Na primária, não ocorre associação a outra doença base, já a secundária, normalmente ocorre em associação a um quadro infeccioso bem como doenças autoimunes, quadros de infecções virais ou bacterianas, uso de drogas, tumores, doenças hematológicas etc. Com base na temperatura, os anticorpos quentes do tipo IgG, reagem mais fortemente a temperatura corporal (37ºC) e há hemólise extravascular pelo sistema reticulo endotelial por células fagocíticas esplênicas, que apresentam receptores para a porção Fc dos anticorpos e também para as porções C3 e C4 do complemento. Na AHAI fria, os anticorpos são da classe IgM e reagem a temperaturas entre 4ºC e 18ºC, ocorrendo hemólise intravascular pelos macrófagos do sistema retículo endotelial e normalmente está associada a fixação do complemento, especificamente a proteína C3b. Na mista, os dois tipos de autoanticorpos coexistem. Clinicamente, pode ocorrer palidez cutânea e de mucosas, fraqueza, icterícia, taquicardia, hepatoesplenomegalia e retardo de crescimento. O diagnóstico é realizado através do teste de Coombs direto, mas outros testes, como o teste para comprovação de hemólise e citometria de fluxo, auxiliam quando o primeiro resulta negativo. O tratamento consiste em reduzir o grau de hemólise, melhorando os níveis de hemoglobina e resultando na melhora dos sintomas. No caso de AHAI secundária, deve realizar o tratamento da causa-base. Conclusão: Com base no exposto o entendimento dos processos fisiopatogênicos da AHAI, além do seu diagnóstico e tratamento traz benefícios a população por trazer informações relevantes ao seu manejo precoce e eventuais complicações.
{"title":"MANEJO E IMUNOPATOLOGIA DA ANEMIA HEMOLÍTICA AUTOIMUNE","authors":"Amanda Noleto de Matos, Adriano Mariot da Silva, Andressa Aguiar DA Silva, Firas Abdel Kareem Traireh, Kadmiel Cândido","doi":"10.51161/ii-conbrai/6786","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conbrai/6786","url":null,"abstract":"Introdução: Anemia Hemolítica Autoimune (AHAI) é uma condição clínica em que ocorre a destruição dos eritrócitos, por conta da ligação de autoanticorpos circulantes contra antígenos de glóbulos vermelhos resultando em uma destruição via sistema completo ou sistema reticulo endotelial. Objetivo: Descrever o manejo e processo fisiopatogênico da anemia hemolítica autoimune. Metodologia: Trata-se de um estudo qualitativo de revisão bibliográfica realizado através da busca ativa nas bases de dados PUBMED, NATURE immunology e Google acadêmico de artigos publicados nos últimos 2 anos na língua portuguesa e inglesa. Resultados: A AHAI pode ser classificada com base na sua etiologia, podendo ser primária ou secundária, e temperatura sendo quente, fria ou mista. Na primária, não ocorre associação a outra doença base, já a secundária, normalmente ocorre em associação a um quadro infeccioso bem como doenças autoimunes, quadros de infecções virais ou bacterianas, uso de drogas, tumores, doenças hematológicas etc. Com base na temperatura, os anticorpos quentes do tipo IgG, reagem mais fortemente a temperatura corporal (37ºC) e há hemólise extravascular pelo sistema reticulo endotelial por células fagocíticas esplênicas, que apresentam receptores para a porção Fc dos anticorpos e também para as porções C3 e C4 do complemento. Na AHAI fria, os anticorpos são da classe IgM e reagem a temperaturas entre 4ºC e 18ºC, ocorrendo hemólise intravascular pelos macrófagos do sistema retículo endotelial e normalmente está associada a fixação do complemento, especificamente a proteína C3b. Na mista, os dois tipos de autoanticorpos coexistem. Clinicamente, pode ocorrer palidez cutânea e de mucosas, fraqueza, icterícia, taquicardia, hepatoesplenomegalia e retardo de crescimento. O diagnóstico é realizado através do teste de Coombs direto, mas outros testes, como o teste para comprovação de hemólise e citometria de fluxo, auxiliam quando o primeiro resulta negativo. O tratamento consiste em reduzir o grau de hemólise, melhorando os níveis de hemoglobina e resultando na melhora dos sintomas. No caso de AHAI secundária, deve realizar o tratamento da causa-base. Conclusão: Com base no exposto o entendimento dos processos fisiopatogênicos da AHAI, além do seu diagnóstico e tratamento traz benefícios a população por trazer informações relevantes ao seu manejo precoce e eventuais complicações.","PeriodicalId":7739,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Imunologia On-line","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"86915396","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-01DOI: 10.51161/ii-conbrai/6546
Samira Fernandes de Freitas, Izabelly Cristina da Silva, Nahenand Rocha Alves Firme, Pascally Vieira Nascimento
Introdução: A Covid-19, doença viral causada pelo vírus SARS-CoV-2, vem sendo associada ao desenvolvimento de coagulopatias, tipos de hemorragias que ocorrem quando fatores de coagulação do organismo estão danificados ou quando há déficit no número de plaquetas, decorrente de uma inflamação exacerbada de citocinas. Objetivos: Avaliar alterações ocasionadas no organismo devido ao desenvolvimento da doença e a resposta imunológica produzida pelo corpo. Método: Constituiu-se de uma revisão integrativa da literatura, onde ocorreu o processo de coleta de dados por meio de consultas a artigos nas bases de dados Scielo e BVS, utilizando os descritores: “Covid-19 AND imunidade” “Mecanismos celulares AND Covid-19” e “Coagulopatia AND Covid-19”, sendo utilizados como critérios de inclusão artigos publicados no período de 2019 a 2022. Resultados: O vírus SARS-CoV-2, ao infectar o organismo, é capaz de lesionar de forma direta ou indireta o endotélio vascular, causando um processo de endotelite em vários órgãos do corpo, enquanto o sistema imunológico estará atuando para eliminar o vírus do organismo. As lesões de forma direta podem ocorrer através de um processo que consiste em: 1) A proteína Spike (S) sofre um aumento proporcional a acumulação de plaquetas e o consumo de adenosina trifosfato no organismo; 2) A proteína quinase é ativada por mitógenos, responsáveis pela produção de citocinas induzidas pelo SARS-CoV-2, que potencializa a agregação plaquetária; 3) Ligação do vírus a enzima conversora de angiotensina II (ECA-II), reduzindo quantidade de proteína livre disponibilizando mais angiotensina e diminuindo a atividade fibrinolítica e ocasionando diferença na regulação do processo de coagulação e 4) Processo final onde o vírus infecta as células endoteliais ocasionando a morte celular, devido a replicação desordenada, causando reações pró-coagulantes na covid-19 grave. Além disso, o vírus também pode ocasionar essa lesão de forma indireta através do processo inflamatório que, quando descontrolado, ocasiona hipercoagulabilidade, podendo causar eventos trombóticos devido a excessiva quantidade de citocinas pró-inflamatórias. Conclusão: O SARS-CoV-2 ocasiona diversos eventos no endotélio vascular que podem afetar a hemostasia do organismo, sendo necessário sempre acompanhamento, principalmente dos pacientes mais graves, devido a necessidade de conhecer melhor os eventos celulares que ocorrem e garantir uma melhor assistência ao paciente.
{"title":"MECANISMOS CELULARES RELACIONADOS AOS EVENTOS TROMBOEMBÓLICOS EM PACIENTES COM COVID-19","authors":"Samira Fernandes de Freitas, Izabelly Cristina da Silva, Nahenand Rocha Alves Firme, Pascally Vieira Nascimento","doi":"10.51161/ii-conbrai/6546","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conbrai/6546","url":null,"abstract":"Introdução: A Covid-19, doença viral causada pelo vírus SARS-CoV-2, vem sendo associada ao desenvolvimento de coagulopatias, tipos de hemorragias que ocorrem quando fatores de coagulação do organismo estão danificados ou quando há déficit no número de plaquetas, decorrente de uma inflamação exacerbada de citocinas. Objetivos: Avaliar alterações ocasionadas no organismo devido ao desenvolvimento da doença e a resposta imunológica produzida pelo corpo. Método: Constituiu-se de uma revisão integrativa da literatura, onde ocorreu o processo de coleta de dados por meio de consultas a artigos nas bases de dados Scielo e BVS, utilizando os descritores: “Covid-19 AND imunidade” “Mecanismos celulares AND Covid-19” e “Coagulopatia AND Covid-19”, sendo utilizados como critérios de inclusão artigos publicados no período de 2019 a 2022. Resultados: O vírus SARS-CoV-2, ao infectar o organismo, é capaz de lesionar de forma direta ou indireta o endotélio vascular, causando um processo de endotelite em vários órgãos do corpo, enquanto o sistema imunológico estará atuando para eliminar o vírus do organismo. As lesões de forma direta podem ocorrer através de um processo que consiste em: 1) A proteína Spike (S) sofre um aumento proporcional a acumulação de plaquetas e o consumo de adenosina trifosfato no organismo; 2) A proteína quinase é ativada por mitógenos, responsáveis pela produção de citocinas induzidas pelo SARS-CoV-2, que potencializa a agregação plaquetária; 3) Ligação do vírus a enzima conversora de angiotensina II (ECA-II), reduzindo quantidade de proteína livre disponibilizando mais angiotensina e diminuindo a atividade fibrinolítica e ocasionando diferença na regulação do processo de coagulação e 4) Processo final onde o vírus infecta as células endoteliais ocasionando a morte celular, devido a replicação desordenada, causando reações pró-coagulantes na covid-19 grave. Além disso, o vírus também pode ocasionar essa lesão de forma indireta através do processo inflamatório que, quando descontrolado, ocasiona hipercoagulabilidade, podendo causar eventos trombóticos devido a excessiva quantidade de citocinas pró-inflamatórias. Conclusão: O SARS-CoV-2 ocasiona diversos eventos no endotélio vascular que podem afetar a hemostasia do organismo, sendo necessário sempre acompanhamento, principalmente dos pacientes mais graves, devido a necessidade de conhecer melhor os eventos celulares que ocorrem e garantir uma melhor assistência ao paciente.","PeriodicalId":7739,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Imunologia On-line","volume":"71 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"88220043","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}