Pub Date : 2021-07-08DOI: 10.26512/RBLA.V13I01.36930
F. Noelli
O registro linguístico sobre doenças infectocontagiosas nas línguas Guaraní começou no século XVII. Este artigo reúne 544 entradas (palavras e frases) levantadas nos dicionários de Antonio Ruiz de Montoya, publicados nos anos 1639 e 1640. Além do interesse direto para medicina e saúde pública, também é fonte para a linguística histórico-comparativa e para a história da medicina Guaraní praticada milenarmente por kuña paje e pajes, mulheres e homens sábios na arte de curar.
{"title":"Memórias sobre tempos de peste","authors":"F. Noelli","doi":"10.26512/RBLA.V13I01.36930","DOIUrl":"https://doi.org/10.26512/RBLA.V13I01.36930","url":null,"abstract":"O registro linguístico sobre doenças infectocontagiosas nas línguas Guaraní começou no século XVII. Este artigo reúne 544 entradas (palavras e frases) levantadas nos dicionários de Antonio Ruiz de Montoya, publicados nos anos 1639 e 1640. Além do interesse direto para medicina e saúde pública, também é fonte para a linguística histórico-comparativa e para a história da medicina Guaraní praticada milenarmente por kuña paje e pajes, mulheres e homens sábios na arte de curar.","PeriodicalId":117934,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Linguística Antropológica","volume":"208 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122611205","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-07-07DOI: 10.26512/rbla.v13i01.37207
Ana Adelina Lôpo Ramos
Este artigo apresenta uma reflexão em defesa da expressão “Língua Adicional – LA”, que já vem sendo usada na literatura sobre língua não-primeira (LEFFA, 2013, LEFFA; IRALA, 2014, SCHLLATER, 2015, ALBUQUERQUE, no prelo), mas que ainda provoca discussão por aqueles que se valem de terminologia tradicional. Retomam-se termos como língua estrangeira - LE e o escalonamento L2, L3, L4, para discussão de sua impropriedade em determinados contextos. Situam-se outros como “Língua de Acolhimento - LAc” (ANÇÃ, 2003; GROSSO, 2010) e de “Língua de Herança - LH” (ORTIZ, 2016, 2020), em paradigma que atende às novas demandas de um mundo migratório. Com base em fundamento sociocognitivo (VIGOTSKI, 1984, MARCUSKI, 2004), revisita-se o conceito de interlíngua (SELINKER, 1972) e advoga-se em defesa do uso LA como hiperônimo, conceito “guarda-chuva”, portanto, apropriado para todas as situações, inclusive a específicas. Palavras-chave: Língua adicional. Interlíngua. Sociocognição. Português brasileiro. Ensino.
{"title":"Língua adicional: um conceito “guarda-chuva”","authors":"Ana Adelina Lôpo Ramos","doi":"10.26512/rbla.v13i01.37207","DOIUrl":"https://doi.org/10.26512/rbla.v13i01.37207","url":null,"abstract":"Este artigo apresenta uma reflexão em defesa da expressão “Língua Adicional – LA”, que já vem sendo usada na literatura sobre língua não-primeira (LEFFA, 2013, LEFFA; IRALA, 2014, SCHLLATER, 2015, ALBUQUERQUE, no prelo), mas que ainda provoca discussão por aqueles que se valem de terminologia tradicional. Retomam-se termos como língua estrangeira - LE e o escalonamento L2, L3, L4, para discussão de sua impropriedade em determinados contextos. Situam-se outros como “Língua de Acolhimento - LAc” (ANÇÃ, 2003; GROSSO, 2010) e de “Língua de Herança - LH” (ORTIZ, 2016, 2020), em paradigma que atende às novas demandas de um mundo migratório. Com base em fundamento sociocognitivo (VIGOTSKI, 1984, MARCUSKI, 2004), revisita-se o conceito de interlíngua (SELINKER, 1972) e advoga-se em defesa do uso LA como hiperônimo, conceito “guarda-chuva”, portanto, apropriado para todas as situações, inclusive a específicas. \u0000 \u0000Palavras-chave: Língua adicional. Interlíngua. Sociocognição. Português brasileiro. Ensino. \u0000 ","PeriodicalId":117934,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Linguística Antropológica","volume":"11 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125448711","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-07-07DOI: 10.26512/rbla.v13i01.38827
T. Kaufman
Este estudo apresenta nomes Paiter de animais organizadas por meio de agrupamentos populares especificados pelos falantes entrevistados. A recolha de dados ocorreu junto a um falante em 1993, três falantes em 2014, e um dos falantes de 2014 em 2016. O falante de 1993 e os de 2014-2016 eram de aldeias distintas, e suas falas não foram idênticas. Algumas outras discrepâncias podem dever-se ao meu pouco tempo em tentar ouvir Paiter com precisão.
{"title":"Paiter ethnozoology","authors":"T. Kaufman","doi":"10.26512/rbla.v13i01.38827","DOIUrl":"https://doi.org/10.26512/rbla.v13i01.38827","url":null,"abstract":"Este estudo apresenta nomes Paiter de animais organizadas por meio de agrupamentos populares especificados pelos falantes entrevistados. A recolha de dados ocorreu junto a um falante em 1993, três falantes em 2014, e um dos falantes de 2014 em 2016. O falante de 1993 e os de 2014-2016 eram de aldeias distintas, e suas falas não foram idênticas. Algumas outras discrepâncias podem dever-se ao meu pouco tempo em tentar ouvir Paiter com precisão.","PeriodicalId":117934,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Linguística Antropológica","volume":"49 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114477752","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-07-07DOI: 10.26512/rbla.v13i01.35742
Wany Bernardete de Araujo Sampaio, Quesler Fagundes Camargos, Arikam Amondawa
Este trabalho tem por objetivo tratar de alguns casos de variação que apontam para uma possível mudança linguística em Amondawa (Tupi-Kawahib). Quanto aos aspectos fonéticos, são apresentadas variações que podem implicar em uma alteração em seu sistema fonológico, tais como: a redução no inventário das vogais, mudança no padrão silábico e processo de fonologização devido à redução de alofones nasais. No que diz respeito ao léxico, devido ao contato com a sociedade não indígena, têm havido incorporações de palavras da língua portuguesa, criação de novas palavras a partir de mecanismos morfológicos do Amondawa e a adoção de nomes próprios alheios à cultura que interferem significativamente em sua onomástica tradicional. Por fim, quanto aos aspectos morfossintáticos, está em curso um forte processo de enfraquecimento do paradigma de concordância verbal, provocando uma mudança em seu parâmetro do sujeito nulo.
{"title":"Variação e mudança linguística em Amondawa","authors":"Wany Bernardete de Araujo Sampaio, Quesler Fagundes Camargos, Arikam Amondawa","doi":"10.26512/rbla.v13i01.35742","DOIUrl":"https://doi.org/10.26512/rbla.v13i01.35742","url":null,"abstract":"Este trabalho tem por objetivo tratar de alguns casos de variação que apontam para uma possível mudança linguística em Amondawa (Tupi-Kawahib). Quanto aos aspectos fonéticos, são apresentadas variações que podem implicar em uma alteração em seu sistema fonológico, tais como: a redução no inventário das vogais, mudança no padrão silábico e processo de fonologização devido à redução de alofones nasais. No que diz respeito ao léxico, devido ao contato com a sociedade não indígena, têm havido incorporações de palavras da língua portuguesa, criação de novas palavras a partir de mecanismos morfológicos do Amondawa e a adoção de nomes próprios alheios à cultura que interferem significativamente em sua onomástica tradicional. Por fim, quanto aos aspectos morfossintáticos, está em curso um forte processo de enfraquecimento do paradigma de concordância verbal, provocando uma mudança em seu parâmetro do sujeito nulo.","PeriodicalId":117934,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Linguística Antropológica","volume":"30 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123254782","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-07-07DOI: 10.26512/rbla.v13i01.38826
Terrence Kaufman
Este estudo apresenta nomes Paiter de plantas organizadas por meio de agrupamentos populares especificados pelos falantes entrevistados. A recolha de dados ocorreu junto a um falante em 1993, três falantes em 2014, e um dos falantes de 2014 em 2016. O falante de 1993 e os de 2014-2016 eram de aldeias distintas, e suas falas não foram idênticas. Algumas outras discrepâncias podem dever-se ao meu pouco tempo em tentar ouvir Paiter com precisão.
{"title":"Paiter ethnobotany","authors":"Terrence Kaufman","doi":"10.26512/rbla.v13i01.38826","DOIUrl":"https://doi.org/10.26512/rbla.v13i01.38826","url":null,"abstract":"Este estudo apresenta nomes Paiter de plantas organizadas por meio de agrupamentos populares especificados pelos falantes entrevistados. A recolha de dados ocorreu junto a um falante em 1993, três falantes em 2014, e um dos falantes de 2014 em 2016. O falante de 1993 e os de 2014-2016 eram de aldeias distintas, e suas falas não foram idênticas. Algumas outras discrepâncias podem dever-se ao meu pouco tempo em tentar ouvir Paiter com precisão.","PeriodicalId":117934,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Linguística Antropológica","volume":"21 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122261596","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-12-31DOI: 10.26512/RBLA.V12I1.35325
Fábio Pereira Couto, Marcelina Oro Waram Xijein
A presente pesquisa objetivou a análise e descrição fonológica, de forma preliminar, do Oro Waram Xijein, língua pertencente ao subramo Wari da família Txapakúra. O povo Oro Waram Xijein vive no noroeste do estado de Rondônia, no município de Guajará Mirim, na fronteira com a Bolívia. A pesquisa em tela é fruto de estudos desenvolvido no segundo semestre de 2019 e primeiro de 2020, com a fundamental colaboração de três falantes nativos da variante Oro Waram Xijein, sendo um deles coautor do presente trabalho, em um projeto maior no âmbito do Laboratório de Língua e Culturas Indígenas da Universidade Federal de Rondônia. O repertório teórico e metodológico que subsidiaram esta pesquisa está ancorando, principalmente, na linguística descritiva em trabalhos como Pike (1943, 1947), Jakobson (1939), Ladefoged e Maddieson (1996), Ladefoged (1975), Couto (2016), Apontes (2015) e Rodrigues (2002). Como resultados desse estudo, descrevemos para Oro Waram Xijein treze segmentos consonantais e cinco vocálicos, sendo um deles, o /t͡ʙ̥/, extremamente raro nas línguas do mundo. Descrevemos ainda o molde silábico (C)V(C) para a variante em estudo, sedo a forma CV o padrão prototípico na língua Oro Waram Xijein. O acento primário é fruto de realização fonética. Descrevemos também alguns processos fonológicos existentes neste dialeto, como nasalização, alongamento e redução vocálica, pré-nasalização, laringalização, aspiração, oralização entre outros.
{"title":"Descrição Preliminar da Fonologia do Oro Waram Xijein (Família Txapakúra)","authors":"Fábio Pereira Couto, Marcelina Oro Waram Xijein","doi":"10.26512/RBLA.V12I1.35325","DOIUrl":"https://doi.org/10.26512/RBLA.V12I1.35325","url":null,"abstract":"A presente pesquisa objetivou a análise e descrição fonológica, de forma preliminar, do Oro Waram Xijein, língua pertencente ao subramo Wari da família Txapakúra. O povo Oro Waram Xijein vive no noroeste do estado de Rondônia, no município de Guajará Mirim, na fronteira com a Bolívia. A pesquisa em tela é fruto de estudos desenvolvido no segundo semestre de 2019 e primeiro de 2020, com a fundamental colaboração de três falantes nativos da variante Oro Waram Xijein, sendo um deles coautor do presente trabalho, em um projeto maior no âmbito do Laboratório de Língua e Culturas Indígenas da Universidade Federal de Rondônia. O repertório teórico e metodológico que subsidiaram esta pesquisa está ancorando, principalmente, na linguística descritiva em trabalhos como Pike (1943, 1947), Jakobson (1939), Ladefoged e Maddieson (1996), Ladefoged (1975), Couto (2016), Apontes (2015) e Rodrigues (2002). Como resultados desse estudo, descrevemos para Oro Waram Xijein treze segmentos consonantais e cinco vocálicos, sendo um deles, o /t͡ʙ̥/, extremamente raro nas línguas do mundo. Descrevemos ainda o molde silábico (C)V(C) para a variante em estudo, sedo a forma CV o padrão prototípico na língua Oro Waram Xijein. O acento primário é fruto de realização fonética. Descrevemos também alguns processos fonológicos existentes neste dialeto, como nasalização, alongamento e redução vocálica, pré-nasalização, laringalização, aspiração, oralização entre outros.","PeriodicalId":117934,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Linguística Antropológica","volume":"54 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124503692","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-12-31DOI: 10.26512/RBLA.V12I1.35163
Rodrigo Piubelli, José Walter Nunes José Walter Nunes
O presente artigo é uma parte revisada e ampliada da tese de doutorado intitulada “A luta dos Guarani Kaiowá do Mato Grosso do Sul pelo território: memórias e imagens do (re)existir num permanente estado de exceção no Brasil (1964-2018)”, defendida na Universidade de Brasília, em 2019, no Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento, Sociedade e Cooperação Internacional. Neste artigo procuramos refletir sobre algumas dimensões do histórico processo de luta pelo território dos Guarani Kaiowá, no período compreendido entre a última ditadura civil-militar ”“ 1964-1985 - até os dias atuais, 2018. Para tal, lançamos mão de relatos orais, de fontes documentais escritas e audiovisuais, buscando compreender as tensões e conflitos instalados no meio indígena ”“ principalmente em Mato Grosso do Sul ”“ que resultam da criação de normas, jurisdições e ações impostas pelo Estado brasileiro sobre o universo indígena, as quais acabam por instituir relações de poder que se configuram como de exceção permanente ou um estado de exceção permanente.
{"title":"Narratives and images of the (re)existence of the Guarani Kaiowá do Mato Grosso do Sul (1964-2018).","authors":"Rodrigo Piubelli, José Walter Nunes José Walter Nunes","doi":"10.26512/RBLA.V12I1.35163","DOIUrl":"https://doi.org/10.26512/RBLA.V12I1.35163","url":null,"abstract":"O presente artigo é uma parte revisada e ampliada da tese de doutorado intitulada “A luta dos Guarani Kaiowá do Mato Grosso do Sul pelo território: memórias e imagens do (re)existir num permanente estado de exceção no Brasil (1964-2018)”, defendida na Universidade de Brasília, em 2019, no Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento, Sociedade e Cooperação Internacional. Neste artigo procuramos refletir sobre algumas dimensões do histórico processo de luta pelo território dos Guarani Kaiowá, no período compreendido entre a última ditadura civil-militar ”“ 1964-1985 - até os dias atuais, 2018. Para tal, lançamos mão de relatos orais, de fontes documentais escritas e audiovisuais, buscando compreender as tensões e conflitos instalados no meio indígena ”“ principalmente em Mato Grosso do Sul ”“ que resultam da criação de normas, jurisdições e ações impostas pelo Estado brasileiro sobre o universo indígena, as quais acabam por instituir relações de poder que se configuram como de exceção permanente ou um estado de exceção permanente.","PeriodicalId":117934,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Linguística Antropológica","volume":"70 7","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"120820299","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-05-18DOI: 10.26512/RBLA.V12I1.30145
Denize de Souza Carneiro, Klyssia Cristhie Castro Gama
Este trabalho apresenta os resultados de uma pesquisa realizada com o objetivo de levantar dados sociolinguísticos dos Wai Wai que migraram para Santarém/PA, analisando a situação de monolinguismo; bi- e/ou plurilinguismo desses indígenas, o valor funcional e a atitude dos falantes em relação à s línguas de seu repertório. O estudo foi realizado sob o enfoque teórico e metodológico da Sociolinguística Qualitativa, a partir de pesquisa bibliográfica e, principalmente, por meio de pesquisa de campo. Os resultados mostraram que fazem parte do repertório linguístico dos Wai Wai sete línguas: Wai Wai, Hixkaryána, Xeréw, Katuéna, Tyrió, Português e Inglês; com diferentes graus de habilidades quanto ao entendimento, à fala, à leitura e à escrita. Constatou-se também, que ainda que a língua Wai Wai permaneça viva nas famílias dos participantes da pesquisa, a mesma já começa a perder função em domínios importantes que antes lhe pertenciam, como no domínio do lar.
{"title":"Língua Wai Wai e língua Portuguesa no contexto urbano: a situação sociolinguística dos Wai Wai que migraram para Santarém/PA","authors":"Denize de Souza Carneiro, Klyssia Cristhie Castro Gama","doi":"10.26512/RBLA.V12I1.30145","DOIUrl":"https://doi.org/10.26512/RBLA.V12I1.30145","url":null,"abstract":"Este trabalho apresenta os resultados de uma pesquisa realizada com o objetivo de levantar dados sociolinguísticos dos Wai Wai que migraram para Santarém/PA, analisando a situação de monolinguismo; bi- e/ou plurilinguismo desses indígenas, o valor funcional e a atitude dos falantes em relação à s línguas de seu repertório. O estudo foi realizado sob o enfoque teórico e metodológico da Sociolinguística Qualitativa, a partir de pesquisa bibliográfica e, principalmente, por meio de pesquisa de campo. Os resultados mostraram que fazem parte do repertório linguístico dos Wai Wai sete línguas: Wai Wai, Hixkaryána, Xeréw, Katuéna, Tyrió, Português e Inglês; com diferentes graus de habilidades quanto ao entendimento, à fala, à leitura e à escrita. Constatou-se também, que ainda que a língua Wai Wai permaneça viva nas famílias dos participantes da pesquisa, a mesma já começa a perder função em domínios importantes que antes lhe pertenciam, como no domínio do lar.","PeriodicalId":117934,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Linguística Antropológica","volume":"6 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-05-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114938490","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-05-13DOI: 10.26512/RBLA.V12I1.29735
R. Guedes
Este estudo foi realizado a partir dos corpora dos projetos Atlas Linguístico do Português em Áreas Indígenas (ALiPAI) e Atlas Linguístico-etnográfico do Vale do Acará (ALEVA). Nortearam a sua elaboração os pressupostos teórico-metodológicos da Geossociolísguistica (Razky, 1998) e da Dialetologia Pluridimensional e Relacional (Radtke; Thun, 1996). Os dados foram coletados in loco a partir da aplicação de questionários elaborados pelo Comitê Nacional do Atlas Linguístico do Brasil (ALiB, 2001), com adaptações e acrescidos de outros questionários: Questionário Semântico-Lexical (QSL), Questionário Fonético-Fonológico (QFF), Questionário Fonético-Fonológico Complementar (QFFC), Questionário Sociolinguístico (QS). No projeto ALiPAI, os pontos de inquérito perfazem cinco comunidades, com dez colaboradores previstos em cada uma. No projeto ALEVA, foram entrevistados seis colaboradores em cada um dos seis pontos de inquérito. Os colaboradores em ambos os projetos são estratificados por sexo (masculino e feminino) e idade (crianças, adultos jovens e adultos mais velhos). No projeto ALiPAI há ainda duas faixas de escolaridade (escolarizados até o ensino fundamental e os escolalizados a partir do ensino médio). Os resultados apontam para a existência de influência da variável diaétnica na variação fonética e lexical das línguas faladas nessas comunidades.
这项研究是基于Atlas linguistico do portugues em regiao indigenas (ALiPAI)和Atlas linguistico - etnografica do Vale do acara (ALEVA)项目的语料库进行的。指导其发展的理论和方法假设的地理社会语言学(Razky, 1998)和多维和关系方言学(Radtke, 1998)。图恩湖,1996)。现场数据收集应用程序的调查问卷由Atlas语言的巴西全国委员会(ALiB),调整和2001 +其他问卷:-Fonológico语音语义-Lexical(异常),问卷调查问卷(QFF),社会语言学补充-Fonológico语音(QFFC)问卷,问卷(QS)。在ALiPAI项目中,调查地点包括5个社区,每个社区有10名员工。在ALEVA项目中,在六个调查点分别采访了六名员工。这两个项目的合作者按性别(男性和女性)和年龄(儿童、年轻人和老年人)进行了分层。在ALiPAI项目中,仍然有两个教育层次(小学和高中)。结果表明,diaethnic变量对这些社区语言的语音和词汇变异有影响。
{"title":"Variável diaétnica: repensando a variação geolinguística pluridimensional contatual","authors":"R. Guedes","doi":"10.26512/RBLA.V12I1.29735","DOIUrl":"https://doi.org/10.26512/RBLA.V12I1.29735","url":null,"abstract":"Este estudo foi realizado a partir dos corpora dos projetos Atlas Linguístico do Português em Áreas Indígenas (ALiPAI) e Atlas Linguístico-etnográfico do Vale do Acará (ALEVA). Nortearam a sua elaboração os pressupostos teórico-metodológicos da Geossociolísguistica (Razky, 1998) e da Dialetologia Pluridimensional e Relacional (Radtke; Thun, 1996). Os dados foram coletados in loco a partir da aplicação de questionários elaborados pelo Comitê Nacional do Atlas Linguístico do Brasil (ALiB, 2001), com adaptações e acrescidos de outros questionários: Questionário Semântico-Lexical (QSL), Questionário Fonético-Fonológico (QFF), Questionário Fonético-Fonológico Complementar (QFFC), Questionário Sociolinguístico (QS). No projeto ALiPAI, os pontos de inquérito perfazem cinco comunidades, com dez colaboradores previstos em cada uma. No projeto ALEVA, foram entrevistados seis colaboradores em cada um dos seis pontos de inquérito. Os colaboradores em ambos os projetos são estratificados por sexo (masculino e feminino) e idade (crianças, adultos jovens e adultos mais velhos). No projeto ALiPAI há ainda duas faixas de escolaridade (escolarizados até o ensino fundamental e os escolalizados a partir do ensino médio). Os resultados apontam para a existência de influência da variável diaétnica na variação fonética e lexical das línguas faladas nessas comunidades. \u0000 \u0000 \u0000 ","PeriodicalId":117934,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Linguística Antropológica","volume":"52 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-05-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115964689","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-05-08DOI: 10.26512/RBLA.V12I1.28485
R. Sanches
Este artigo tem como objetivo apresentar as variantes lexicais do português, referentes ao item cigarro de palha, faladas por indígenas na Amazônia brasileira. Para alcançar tal propósito, foram consultados trabalhos de natureza geolinguística realizados em área indígena como Rodrigues (2017), Costa (2018), Alves (2018), Félix (2019) e Sanches (no prelo). Esses estudos tinham como escopo investigar a variação lexical do português falado em Terras Indígenas. Os resultados apontam a ocorrência de 13 variantes lexicais usadas por indígenas para denominar cigarro de palha no Norte do Brasil: porronca, cigarro de fumo, cigarro de tabaco, cigarro de palha, tauarí (tavarí), fumo de corda, coringa, barurí, maratá, cigarro de abade, casca de árvore, arapiraca e charuto.
这篇文章的目的是介绍葡萄牙语的词汇变体,指的是巴西亚马逊地区的土著居民所说的“cigarro de palha”项目。为了达到这一目的,我们参考了Rodrigues(2017)、Costa(2018)、Alves(2018)、felix(2019)和Sanches(即将出版)等土著地区的地理语言学研究。这些研究的目的是调查土著土地上葡萄牙语的词汇变异。结果表明,在巴西北部,土著居民使用13个词汇变体来命名稻草香烟:porronca, cigarro de humo, cigarro de tabaco, cigarro de palha, tauari (tavari), cigarro de corda, coringa, baruri, marata, cigarro de abade,树皮,arapiraca和雪茄。
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