Pub Date : 2021-12-30DOI: 10.5380/diver.v14i2.83341
Helio Augusto Teixeira Silva, Kerley dos Santos Alves
O presente artigo trata do conceito de Buen Vivir que pode ser entendido como filosofia fluida de vida originada nos povos Andinos que consagrou a natureza como sujeita de direitos na Constituição do Equador em 2008. A abordagem dessa temática buscou verificar suas nuances e expansão junto às nações na América do Sul e ainda suas críticas em relação ao progresso tecnológico da humanidade em detrimento da natureza. Por meio de uma pesquisa bibliográfica e documental com análise de artigos científicos e livros e o estudo de autores como Alberto Acosta, Ferdinand Lassalle, Ronald Dworkin, Romeu Thomé, entre outros, foi avaliado o equilíbrio entre o progresso da humanidade e a preservação da natureza, de modo a compreender como o Buen Vivir tem sido incorporado na legislação brasileira. Foram analisados alguns princípios constitucionais e ambientais que se aplicam à matéria da proteção ambiental, que foram desenvolvidos e aperfeiçoados após as conferencias mundiais que trataram do meio ambiente. Ao final verificou-se que a Filosofia do Buen Vivir, também foi incorporada na Constituição brasileira e nas normas infraconstitucionais, com a criação de institutos que protegem a utilização indiscriminada dos recursos naturais, fazendo da natureza e do meio ambiente equivalentes na condição de sujeitos de direito no ordenamento jurídico brasileiro.Palavra-chave: Natureza; Legislação brasileira; Princípios constitucionais; desenvolvimento.
{"title":"BUEN VIVIR – SUAS ORIGENS E CONSOLIDAÇÃO NA AMÉRICA DO SUL","authors":"Helio Augusto Teixeira Silva, Kerley dos Santos Alves","doi":"10.5380/diver.v14i2.83341","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/diver.v14i2.83341","url":null,"abstract":"O presente artigo trata do conceito de Buen Vivir que pode ser entendido como filosofia fluida de vida originada nos povos Andinos que consagrou a natureza como sujeita de direitos na Constituição do Equador em 2008. A abordagem dessa temática buscou verificar suas nuances e expansão junto às nações na América do Sul e ainda suas críticas em relação ao progresso tecnológico da humanidade em detrimento da natureza. Por meio de uma pesquisa bibliográfica e documental com análise de artigos científicos e livros e o estudo de autores como Alberto Acosta, Ferdinand Lassalle, Ronald Dworkin, Romeu Thomé, entre outros, foi avaliado o equilíbrio entre o progresso da humanidade e a preservação da natureza, de modo a compreender como o Buen Vivir tem sido incorporado na legislação brasileira. Foram analisados alguns princípios constitucionais e ambientais que se aplicam à matéria da proteção ambiental, que foram desenvolvidos e aperfeiçoados após as conferencias mundiais que trataram do meio ambiente. Ao final verificou-se que a Filosofia do Buen Vivir, também foi incorporada na Constituição brasileira e nas normas infraconstitucionais, com a criação de institutos que protegem a utilização indiscriminada dos recursos naturais, fazendo da natureza e do meio ambiente equivalentes na condição de sujeitos de direito no ordenamento jurídico brasileiro.Palavra-chave: Natureza; Legislação brasileira; Princípios constitucionais; desenvolvimento.","PeriodicalId":12471,"journal":{"name":"Fungal Diversity","volume":"47 1","pages":""},"PeriodicalIF":20.3,"publicationDate":"2021-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"85294268","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":1,"RegionCategory":"生物学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-30DOI: 10.5380/diver.v14i2.82925
Ana Christina Duarte Pires
Este texto é uma revisão bibliográfica que tem como objetivo discutir o entrelaçamento entre as temáticas Agroecologia e Educação, em uma proposta de Bem Viver baseada na sustentabilidade e que prima pela qualidade de vida. O texto traz reflexões com princípios agroecológicos, capazes de chamar a transformações concretas na sociedade pela Educação. Parte do entendimento das bases da Agroecologia, que deixa de ter uma dimensão puramente ambiental e passa a relacionar-se aspectos sociais, culturais e educacionais, a fim de sustentar transformações que proporcionem um Bem Viver a todos os sujeitos da sociedade. A Agroecologia, assim, amplia seus conceitos para além da produção de alimentos, incluindo dimensões como ciência e estilo de vida. A partir deste entendimento, passa-se para uma discussão sobre a busca por um Bem Viver que preserve todos os seres vivos, através de ações possíveis compartilhadas entre o meio rural e o meio urbano. O entendimento dessas relações é possível quando se reconhece que um processo educativo alternativo e emancipatório é o único caminho para uma conscientização de Bem Viver, a fim de recuperar nossa sabedoria instintiva, nossa capacidade amorosa, criatividade e consequentemente de conhecer e reconhecer pessoas, grupos, território e natureza. Conclui-se esse texto com um convite a uma transformação de estilo de vida, por alternativas viáveis e reais, com diversos graus de comprometimento.Palavras-Chave: estilo de vida; sustentabilidade; meio ambiente.
{"title":"AGROECOLOGIA COMO EDUCAÇÃO PARA O BEM VIVER","authors":"Ana Christina Duarte Pires","doi":"10.5380/diver.v14i2.82925","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/diver.v14i2.82925","url":null,"abstract":"Este texto é uma revisão bibliográfica que tem como objetivo discutir o entrelaçamento entre as temáticas Agroecologia e Educação, em uma proposta de Bem Viver baseada na sustentabilidade e que prima pela qualidade de vida. O texto traz reflexões com princípios agroecológicos, capazes de chamar a transformações concretas na sociedade pela Educação. Parte do entendimento das bases da Agroecologia, que deixa de ter uma dimensão puramente ambiental e passa a relacionar-se aspectos sociais, culturais e educacionais, a fim de sustentar transformações que proporcionem um Bem Viver a todos os sujeitos da sociedade. A Agroecologia, assim, amplia seus conceitos para além da produção de alimentos, incluindo dimensões como ciência e estilo de vida. A partir deste entendimento, passa-se para uma discussão sobre a busca por um Bem Viver que preserve todos os seres vivos, através de ações possíveis compartilhadas entre o meio rural e o meio urbano. O entendimento dessas relações é possível quando se reconhece que um processo educativo alternativo e emancipatório é o único caminho para uma conscientização de Bem Viver, a fim de recuperar nossa sabedoria instintiva, nossa capacidade amorosa, criatividade e consequentemente de conhecer e reconhecer pessoas, grupos, território e natureza. Conclui-se esse texto com um convite a uma transformação de estilo de vida, por alternativas viáveis e reais, com diversos graus de comprometimento.Palavras-Chave: estilo de vida; sustentabilidade; meio ambiente.","PeriodicalId":12471,"journal":{"name":"Fungal Diversity","volume":"53 1","pages":""},"PeriodicalIF":20.3,"publicationDate":"2021-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"87237675","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":1,"RegionCategory":"生物学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-30DOI: 10.5380/diver.v14i2.83366
Renata Soares Kellermann, P. R. Lopes
A pandemia do COVID-19, assim como diversas outras doenças e mazelas que afetam a sociedade de modo crescente, denunciam uma série de ações e modos de existir e relacionar-se com o meio e os seres que nele vivem, que não se sustentam. Diante desse cenário, fica evidente a urgência de pensarmos e agirmos de modo a controlar e suprimir tais mazelas. Sendo assim, o presente artigo tem como objetivo sistematizar as atividades pedagógicas e trocas de experiências compartilhadas em duas Interações Culturais e Humanísticas (ICHs) que tiveram como tema central a Transição Agroecológica. Assim, por meio das ICHs, um dos módulos que compõem todas as grades curriculares dos cursos do Setor Litoral da Universidade Federal do Paraná (UFPR Litoral), trabalhou-se com o tema da Transição Agroecológica. Tendo em vista o contexto em que vivemos, todos os encontros se deram de forma metapresencial, na modalidade conhecida como Ensino Remoto Emergencial (ERE). O propósito desses encontros foi reunir discentes, docentes, colaboradores e a comunidade não-acadêmica com comunidades (geralmente representadas por até três pessoas) que vivenciam esse processo de transição e, através dos círculos de cultura, expor e compartilhar suas experiências, de modo que essas sirvam de combustível para a transição social, ambiental, ética e econômica que a Terra e, principalmente os setores menos assistidos e favorecidos da sociedade, clamam.Palavras-chave: Agroecologia; espaços pedagógicos; instrumentos sociais; metodologias participativas.
{"title":"EDUCAÇÃO LIBERTÁRIA E TECNOLOGIAS SOCIAIS COMO FERRAMENTAS PARA A TRANSIÇÃO AGROECOLÓGICA","authors":"Renata Soares Kellermann, P. R. Lopes","doi":"10.5380/diver.v14i2.83366","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/diver.v14i2.83366","url":null,"abstract":"A pandemia do COVID-19, assim como diversas outras doenças e mazelas que afetam a sociedade de modo crescente, denunciam uma série de ações e modos de existir e relacionar-se com o meio e os seres que nele vivem, que não se sustentam. Diante desse cenário, fica evidente a urgência de pensarmos e agirmos de modo a controlar e suprimir tais mazelas. Sendo assim, o presente artigo tem como objetivo sistematizar as atividades pedagógicas e trocas de experiências compartilhadas em duas Interações Culturais e Humanísticas (ICHs) que tiveram como tema central a Transição Agroecológica. Assim, por meio das ICHs, um dos módulos que compõem todas as grades curriculares dos cursos do Setor Litoral da Universidade Federal do Paraná (UFPR Litoral), trabalhou-se com o tema da Transição Agroecológica. Tendo em vista o contexto em que vivemos, todos os encontros se deram de forma metapresencial, na modalidade conhecida como Ensino Remoto Emergencial (ERE). O propósito desses encontros foi reunir discentes, docentes, colaboradores e a comunidade não-acadêmica com comunidades (geralmente representadas por até três pessoas) que vivenciam esse processo de transição e, através dos círculos de cultura, expor e compartilhar suas experiências, de modo que essas sirvam de combustível para a transição social, ambiental, ética e econômica que a Terra e, principalmente os setores menos assistidos e favorecidos da sociedade, clamam.Palavras-chave: Agroecologia; espaços pedagógicos; instrumentos sociais; metodologias participativas.","PeriodicalId":12471,"journal":{"name":"Fungal Diversity","volume":"2 1","pages":""},"PeriodicalIF":20.3,"publicationDate":"2021-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"87838905","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":1,"RegionCategory":"生物学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-30DOI: 10.5380/diver.v14i2.83083
Indiamara Hummler Oda
O presente artigo está alicerçado na trajetória de vida de pescadoras e pescadores artesanais, do litoral do Paraná, na comunidade pesqueira da cidade de Matinhos. Considerando a relevância dessa trajetória, o objetivo que se consolida por meio desses escritos, é de dar visibilidade à forma como essas práticas pesqueiras artesanais coexistem e resistem, respectivamente, com e aos obstáculos impositivos de uma economia capitalista, no universo de uma produção global. Emerge, no tocante ao referido, um desenvolvimento alternativo, em relação à subsistência da comunidade pesqueira, substanciada pela cultura de tradição caiçara. Seguindo os passos de uma metodologia etnográfica, em que consiste as narrativas que se configuram pelo observar das ações, pela disponibilidade de ouvir as representações, e assim vivenciando as experiências dos atores sujeitos desta pesquisa, foi possível, por intermédio desses instrumentais, o entendimento para a interpretação no contexto das análises do que aqui se propõe. Érelevante a compreensão de que este trabalho, fruto de estudos de campo, foi conduzido em um processo de construção decolonial e, que por tal, aviva olhares reflexivos, sob diferentes ângulos à complexidade que se instaura na temática da pesca artesanal.Palavras-chave: Cultura caiçara; Trajetórias; Coexistência; Alternativas de desenvolvimento.
{"title":"OS SABERES DAS PESCADORAS E PESCADORES ARTESANAIS: UM APRENDIZADO EMANCIPATÓRIO","authors":"Indiamara Hummler Oda","doi":"10.5380/diver.v14i2.83083","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/diver.v14i2.83083","url":null,"abstract":"O presente artigo está alicerçado na trajetória de vida de pescadoras e pescadores artesanais, do litoral do Paraná, na comunidade pesqueira da cidade de Matinhos. Considerando a relevância dessa trajetória, o objetivo que se consolida por meio desses escritos, é de dar visibilidade à forma como essas práticas pesqueiras artesanais coexistem e resistem, respectivamente, com e aos obstáculos impositivos de uma economia capitalista, no universo de uma produção global. Emerge, no tocante ao referido, um desenvolvimento alternativo, em relação à subsistência da comunidade pesqueira, substanciada pela cultura de tradição caiçara. Seguindo os passos de uma metodologia etnográfica, em que consiste as narrativas que se configuram pelo observar das ações, pela disponibilidade de ouvir as representações, e assim vivenciando as experiências dos atores sujeitos desta pesquisa, foi possível, por intermédio desses instrumentais, o entendimento para a interpretação no contexto das análises do que aqui se propõe. Érelevante a compreensão de que este trabalho, fruto de estudos de campo, foi conduzido em um processo de construção decolonial e, que por tal, aviva olhares reflexivos, sob diferentes ângulos à complexidade que se instaura na temática da pesca artesanal.Palavras-chave: Cultura caiçara; Trajetórias; Coexistência; Alternativas de desenvolvimento.","PeriodicalId":12471,"journal":{"name":"Fungal Diversity","volume":"16 1","pages":""},"PeriodicalIF":20.3,"publicationDate":"2021-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"87874371","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":1,"RegionCategory":"生物学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-30DOI: 10.5380/diver.v14i2.83299
Tanice Massuchetto, Elizangela Sarraff, M. Fagundes
A divisão de classes que se estabelece nas sociedades capitalistas, historicamente, tem refletido nos princípios político-filosóficos de suas organizações. A escola, enquanto instituição social, também pode ter seus princípios instituídos pelas camadas dominantes, impondo seus propósitos às estruturas, como mecanismo de reprodução e manutenção de seus privilégios. Este ensaio tem por objetivo problematizar ação e a formação permanente do professor em uma perspectiva libertadora. Evidencia a importância dos princípios da educação popular e da pedagogia freireana como aporte para a construção de processos de emancipação do professor e de uma educação libertadora. A metodologia da pesquisa que orientou este trabalho foi de base qualitativa e bibliográfica, fundamentando-se, principalmente, na obra de Paulo Freire. Investiga e problematiza os princípios da educação popular e da pedagogia freireana por meio da abordagem crítico-dialética. Evidencia-se que a educação popular permite a superação da educação bancária e propicia o processo da práxis. Constata-se que, ao assumir a práxis, o professor é inserido em um processo de formação e transformação permanentes, visto que é capaz de refletir sobre sua prática, teorizá- la para, então, se tornar um agente transformador da realidade. Percebe-se também, que do mesmo modo, a formação permanente do docente, dentro da perspectiva freireana, só sairá do plano da verbalização ou da desesperança quando houver uma proposta assentada na realidade concreta e nas múltiplas relações que a constituem, para assim, lendo o mundo, possa agir na perspectiva de sua transformação.Palavras-chave: educação popular; formação permanente; práxis.
{"title":"A FORMAÇÃO E TRANS-FORMAÇÃO DO PROFESSOR NA BUSCA DE UMA EDUCAÇÃO LIBERTADORA","authors":"Tanice Massuchetto, Elizangela Sarraff, M. Fagundes","doi":"10.5380/diver.v14i2.83299","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/diver.v14i2.83299","url":null,"abstract":"A divisão de classes que se estabelece nas sociedades capitalistas, historicamente, tem refletido nos princípios político-filosóficos de suas organizações. A escola, enquanto instituição social, também pode ter seus princípios instituídos pelas camadas dominantes, impondo seus propósitos às estruturas, como mecanismo de reprodução e manutenção de seus privilégios. Este ensaio tem por objetivo problematizar ação e a formação permanente do professor em uma perspectiva libertadora. Evidencia a importância dos princípios da educação popular e da pedagogia freireana como aporte para a construção de processos de emancipação do professor e de uma educação libertadora. A metodologia da pesquisa que orientou este trabalho foi de base qualitativa e bibliográfica, fundamentando-se, principalmente, na obra de Paulo Freire. Investiga e problematiza os princípios da educação popular e da pedagogia freireana por meio da abordagem crítico-dialética. Evidencia-se que a educação popular permite a superação da educação bancária e propicia o processo da práxis. Constata-se que, ao assumir a práxis, o professor é inserido em um processo de formação e transformação permanentes, visto que é capaz de refletir sobre sua prática, teorizá- la para, então, se tornar um agente transformador da realidade. Percebe-se também, que do mesmo modo, a formação permanente do docente, dentro da perspectiva freireana, só sairá do plano da verbalização ou da desesperança quando houver uma proposta assentada na realidade concreta e nas múltiplas relações que a constituem, para assim, lendo o mundo, possa agir na perspectiva de sua transformação.Palavras-chave: educação popular; formação permanente; práxis. ","PeriodicalId":12471,"journal":{"name":"Fungal Diversity","volume":"20 1","pages":""},"PeriodicalIF":20.3,"publicationDate":"2021-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"84050609","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":1,"RegionCategory":"生物学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-30DOI: 10.5380/diver.v14i2.83372
Ana Josefina Ferrari, Elaine Trindade de Oliveira Ribeiro
A temática desenvolvida neste artigo, o silenciamento da Educação Ambiental (EA) na Base Nacional Comum Curricular, é resultado parcial de uma investigação desenvolvida durante o mestrado. A metodologia que orientou aquela pesquisa foi de caráter documental e bibliográfica, com abordagemqualitativa. A mesma partiu da necessidade em saber, onde, no texto da BNCC, documento base para a reformulação dos currículos escolares, estaria contemplada a EA. A pesquisa esteve fundamentada em autores que se ocuparam em explicitar a importância da EA e autores da Análise de Discurso francesa, alguns dos quais traremos no presente artigo. Verificamos que o tema da EA, no documento normativo da BNCC, não é mencionado, ficando o mesmo restrito ao quarenta por cento de conteúdo diversificado a ser tratado nos currículos escolares de acordo promulgado na Lei de Diretrizes e Bases (LDB). Por fim, se percebeu um deslizamento de sentido, como denomina a Análise do Discurso francesa, sofrido pelo termo EA nos conteúdos comuns da BNCC, produzindo um efeito de silenciamento do termo EA e sua problemática. Desse modo, o objetivo do presente artigo é apresentar tanto a análise feita do termo Educação Ambiental no texto da BNCC quanto as análises que mostram o deslizamento de sentido que o termo EA sofre nas diferentes sequencias da normativa. A questão que se coloca é saber a que sujeitos interessa o silenciamento de debates e reflexões críticas nos currículos escolares, de temáticas tão importantes e urgentes?Palavra-chave: Base Nacional Comum Curricular; Bem Viver e Educação; Educação Ambiental Crítica.
{"title":"O SILÊNCIO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR: UMA ANÁLISE DO EFEITO DE DESLIZAMENTO SOFRI- DO PELO TERMO NA BNCC","authors":"Ana Josefina Ferrari, Elaine Trindade de Oliveira Ribeiro","doi":"10.5380/diver.v14i2.83372","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/diver.v14i2.83372","url":null,"abstract":"A temática desenvolvida neste artigo, o silenciamento da Educação Ambiental (EA) na Base Nacional Comum Curricular, é resultado parcial de uma investigação desenvolvida durante o mestrado. A metodologia que orientou aquela pesquisa foi de caráter documental e bibliográfica, com abordagemqualitativa. A mesma partiu da necessidade em saber, onde, no texto da BNCC, documento base para a reformulação dos currículos escolares, estaria contemplada a EA. A pesquisa esteve fundamentada em autores que se ocuparam em explicitar a importância da EA e autores da Análise de Discurso francesa, alguns dos quais traremos no presente artigo. Verificamos que o tema da EA, no documento normativo da BNCC, não é mencionado, ficando o mesmo restrito ao quarenta por cento de conteúdo diversificado a ser tratado nos currículos escolares de acordo promulgado na Lei de Diretrizes e Bases (LDB). Por fim, se percebeu um deslizamento de sentido, como denomina a Análise do Discurso francesa, sofrido pelo termo EA nos conteúdos comuns da BNCC, produzindo um efeito de silenciamento do termo EA e sua problemática. Desse modo, o objetivo do presente artigo é apresentar tanto a análise feita do termo Educação Ambiental no texto da BNCC quanto as análises que mostram o deslizamento de sentido que o termo EA sofre nas diferentes sequencias da normativa. A questão que se coloca é saber a que sujeitos interessa o silenciamento de debates e reflexões críticas nos currículos escolares, de temáticas tão importantes e urgentes?Palavra-chave: Base Nacional Comum Curricular; Bem Viver e Educação; Educação Ambiental Crítica.","PeriodicalId":12471,"journal":{"name":"Fungal Diversity","volume":"67 1","pages":""},"PeriodicalIF":20.3,"publicationDate":"2021-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"90276002","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":1,"RegionCategory":"生物学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-30DOI: 10.5380/diver.v14i2.83072
Gisele Paiva Lima, Fábio de Carvalho Messa, Kayan Gusmão
O presente artigo tem por objetivo apresentar uma sequência didática envolvendo práticas de leitura literária e reflexão voltadas à Educação Ambiental Crítica. A ação descrita foi desenvolvida durante as aulas de Literatura, no nono ano do Ensino Fundamental, Município de Matinhos, Litoral do Paraná, a fim de verificar a possibilidade da utilização de textos literários como instrumento pedagógico voltado à Educação Ambiental numa abordagem crítica social, dessa forma observando como os estudantes percebem as relações interpessoais e político-sociais na obra O Voluntário, de Inglês de Sousa, escritor paraense pertencente à escola literária naturalista, características temporais e regionais, confrontando-as com suas impressões sobre como se refletem no cotidiano. As atividades envolveram cinco momentos distintos: inicialmente foi apresentada a obra para apreciação individual, em seguida foram orientadas ações que promovessem a oralidade, proporcionando a reflexão e o diálogo constantes. Recortes das expressões orais e das produções escritas são descritas e analisadas ao longo do texto, no intuito de verificar os repertórios pré-existentes dos alunos e investigar possíveis ressignificações. A prática consistiu em cinco momentos divididos em 6 aulas de 45 minutos cada, na seguinte ordem: leitura inicial do conto escolhido sem contextualização, seleção de trechos significativos para os alunos, roda de conversa, confecção de painel e produção textual.Palavras-chave: relações sociais; práticas de leitura; crítica social; aprendizagem significativa.
{"title":"LITERATURA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL: UMA POSSIBILIDADE DE DIÁLOGO","authors":"Gisele Paiva Lima, Fábio de Carvalho Messa, Kayan Gusmão","doi":"10.5380/diver.v14i2.83072","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/diver.v14i2.83072","url":null,"abstract":"O presente artigo tem por objetivo apresentar uma sequência didática envolvendo práticas de leitura literária e reflexão voltadas à Educação Ambiental Crítica. A ação descrita foi desenvolvida durante as aulas de Literatura, no nono ano do Ensino Fundamental, Município de Matinhos, Litoral do Paraná, a fim de verificar a possibilidade da utilização de textos literários como instrumento pedagógico voltado à Educação Ambiental numa abordagem crítica social, dessa forma observando como os estudantes percebem as relações interpessoais e político-sociais na obra O Voluntário, de Inglês de Sousa, escritor paraense pertencente à escola literária naturalista, características temporais e regionais, confrontando-as com suas impressões sobre como se refletem no cotidiano. As atividades envolveram cinco momentos distintos: inicialmente foi apresentada a obra para apreciação individual, em seguida foram orientadas ações que promovessem a oralidade, proporcionando a reflexão e o diálogo constantes. Recortes das expressões orais e das produções escritas são descritas e analisadas ao longo do texto, no intuito de verificar os repertórios pré-existentes dos alunos e investigar possíveis ressignificações. A prática consistiu em cinco momentos divididos em 6 aulas de 45 minutos cada, na seguinte ordem: leitura inicial do conto escolhido sem contextualização, seleção de trechos significativos para os alunos, roda de conversa, confecção de painel e produção textual.Palavras-chave: relações sociais; práticas de leitura; crítica social; aprendizagem significativa.","PeriodicalId":12471,"journal":{"name":"Fungal Diversity","volume":"27 1","pages":""},"PeriodicalIF":20.3,"publicationDate":"2021-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"83390675","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":1,"RegionCategory":"生物学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-30DOI: 10.5380/diver.v14i2.83290
Jamile Wayne Ferreira
O presente artigo visa debater sobre os caminhos epistemológicos do feminismo, pensando a palavra, os conceitos e significados que circundam a ideia de feminismo. Considerando que o feminismo, ao longo do tempo, foi sendo definido a partir de práticas hegemônicas e reproduzindo racionalidades, é muito importante pensar a partir de outras perspectivas. Dessa forma, como movimento educador, muitas vezes reproduz as lógicas de dominação que se entrecruzam e retroalimentam, como a lógica do capital, patriarcal e da colonialidade, o que se caracteriza pela ideia que centra o movimento feminista na experiência datada de mulheres europeias, que embora tenham sido importantes para o movimento e a teoria feminista, não são o centro da luta das mulheres. Nesse sentido, é de suma importância olhar para o céu feminista como um céu que contém estrelas que, embora existam e (re)existam, são postas à margem do firmamento, na sua historicidade, prática e conceituação. Assim, as estrelas que não enxergamos nesse céu são avistadas a partir da reflexão sobre conceito, feminismo e poluição luminosa, categorias, aqui, atravessadas pela perspectiva decolonial, na busca de compreender o feminismo além de parâmetros hegemônicos e de perceber na experiência de mulheres do Sul uma agência de luta e movimento histórico.Palavras-chave: Educação; Feminismo; Decolonialidade.
{"title":"DAS ESTRELAS QUE NÃO VEMOS: CONCEITO, FEMINISMO E POLUIÇÃO LUMINOSA","authors":"Jamile Wayne Ferreira","doi":"10.5380/diver.v14i2.83290","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/diver.v14i2.83290","url":null,"abstract":"O presente artigo visa debater sobre os caminhos epistemológicos do feminismo, pensando a palavra, os conceitos e significados que circundam a ideia de feminismo. Considerando que o feminismo, ao longo do tempo, foi sendo definido a partir de práticas hegemônicas e reproduzindo racionalidades, é muito importante pensar a partir de outras perspectivas. Dessa forma, como movimento educador, muitas vezes reproduz as lógicas de dominação que se entrecruzam e retroalimentam, como a lógica do capital, patriarcal e da colonialidade, o que se caracteriza pela ideia que centra o movimento feminista na experiência datada de mulheres europeias, que embora tenham sido importantes para o movimento e a teoria feminista, não são o centro da luta das mulheres. Nesse sentido, é de suma importância olhar para o céu feminista como um céu que contém estrelas que, embora existam e (re)existam, são postas à margem do firmamento, na sua historicidade, prática e conceituação. Assim, as estrelas que não enxergamos nesse céu são avistadas a partir da reflexão sobre conceito, feminismo e poluição luminosa, categorias, aqui, atravessadas pela perspectiva decolonial, na busca de compreender o feminismo além de parâmetros hegemônicos e de perceber na experiência de mulheres do Sul uma agência de luta e movimento histórico.Palavras-chave: Educação; Feminismo; Decolonialidade.","PeriodicalId":12471,"journal":{"name":"Fungal Diversity","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":20.3,"publicationDate":"2021-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"82759172","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":1,"RegionCategory":"生物学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-30DOI: 10.5380/diver.v14i2.82115
Aldo Ocampo González
{"title":"Y-CIDAD DE LA EDUCACIÓN INCLUSIVA","authors":"Aldo Ocampo González","doi":"10.5380/diver.v14i2.82115","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/diver.v14i2.82115","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":12471,"journal":{"name":"Fungal Diversity","volume":"27 1","pages":""},"PeriodicalIF":20.3,"publicationDate":"2021-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"75121513","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":1,"RegionCategory":"生物学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-30DOI: 10.5380/diver.v14i2.84183
Ana Josefina Ferrari, Luiz Fernando de Carli Lautert
Para o Onas, na Terra do Fogo, sul da Argentina, quem criou o mundo foi Timáukel, o ser supremo. Ele criou tudo já que o mundo era muito diferente do que é hoje. O mundo, antes de Timáukel, era uma superfície dura sem montanhas, sem rios e sem mar, era tudo seco, deserto e silencioso e nada vivia no mundo. O céu, muito baixo, parecia que se aplastava sobre a terra e o céu, o céu não tinha estrelas nem sol nem lua. Foi então que Timáukel criou a Kinós que foi encarregado de fazer daquele mundo deserto e sem vida um lugar para viver.
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