Maria Jalma Rodrigues Santana Duarte, R. D. D. Cruz
O artigo tem por objetivo analisar as características e tendências da produção sobre financiamento da educação em teses e dissertações produzidas nos programas de pós-graduação em Educação das universidades federais do Nordeste, no período de 2002 a 2017. O trabalho inscreve-se no conjunto de estudos de revisão que mapeiam e analisam a produção acadêmica. De abordagem quanti-qualitativa, a pesquisa decorre de estudo documental e bibliográfico cujo corpus foram as teses e dissertações coletadas, exclusivamente, nos Repositórios Institucionais dos programas de pós-graduação em Educação das nove universidades federais do Nordeste brasileiro, localizadas no Maranhão (UFMA), Piauí (UFPI), Ceará (UFC), Rio Grande do Norte (UFRN), Paraíba (UFPB), Pernambuco (UFPE), Alagoas (UFAL), Sergipe (UFS) e Bahia (UFBA). A análise dos trabalhos possibilitou verificar a prevalência de dissertações, a intensificação da produção sobre o tema, principalmente a partir de 2010, e a preferência pelas temáticas que trazem, como pano de fundo, o Fundef/Fundeb. No conjunto de estudos sobre financiamento da educação, sobressaíram-se três instituições (UFPI, UFRN e UFPE) que, juntas, responderam por mais da metade das pesquisas analisadas, revelando a consolidação do tema e de orientadores nos programas de pós-graduação dessas instituições. O estudo ainda permitiu concluir que existe interesse crescente na temática foco do artigo e que há necessidade de mais estudos sobre o financiamento das etapas ou modalidades específicas da educação básica e superior, assim como de estudos de revisão que contribuam para ampliar o conhecimento sobre as políticas que asseguram materialmente a oferta educacional no Nordeste do Brasil.
{"title":"O financiamento da educação em teses e dissertações no Nordeste brasileiro: um estudo de revisão","authors":"Maria Jalma Rodrigues Santana Duarte, R. D. D. Cruz","doi":"10.14244/198271994829","DOIUrl":"https://doi.org/10.14244/198271994829","url":null,"abstract":"O artigo tem por objetivo analisar as características e tendências da produção sobre financiamento da educação em teses e dissertações produzidas nos programas de pós-graduação em Educação das universidades federais do Nordeste, no período de 2002 a 2017. O trabalho inscreve-se no conjunto de estudos de revisão que mapeiam e analisam a produção acadêmica. De abordagem quanti-qualitativa, a pesquisa decorre de estudo documental e bibliográfico cujo corpus foram as teses e dissertações coletadas, exclusivamente, nos Repositórios Institucionais dos programas de pós-graduação em Educação das nove universidades federais do Nordeste brasileiro, localizadas no Maranhão (UFMA), Piauí (UFPI), Ceará (UFC), Rio Grande do Norte (UFRN), Paraíba (UFPB), Pernambuco (UFPE), Alagoas (UFAL), Sergipe (UFS) e Bahia (UFBA). A análise dos trabalhos possibilitou verificar a prevalência de dissertações, a intensificação da produção sobre o tema, principalmente a partir de 2010, e a preferência pelas temáticas que trazem, como pano de fundo, o Fundef/Fundeb. No conjunto de estudos sobre financiamento da educação, sobressaíram-se três instituições (UFPI, UFRN e UFPE) que, juntas, responderam por mais da metade das pesquisas analisadas, revelando a consolidação do tema e de orientadores nos programas de pós-graduação dessas instituições. O estudo ainda permitiu concluir que existe interesse crescente na temática foco do artigo e que há necessidade de mais estudos sobre o financiamento das etapas ou modalidades específicas da educação básica e superior, assim como de estudos de revisão que contribuam para ampliar o conhecimento sobre as políticas que asseguram materialmente a oferta educacional no Nordeste do Brasil.\u0000","PeriodicalId":131472,"journal":{"name":"Revista Eletrônica de Educação","volume":"25 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122835461","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Historicamente, a alfabetização mobiliza debates por parte de gestores públicos e estudiosos da área devido às dificuldades enfrentadas pelas crianças matriculadas neste ciclo para apropriarem-se da leitura e da escrita. Neste sentido, gestores e pesquisadores voltados para o campo da educação buscam estratégias metodológicas, políticas e formativas para minimizarem os problemas relacionados a não aprendizagem. Diante deste cenário, esse estudo tem como tema os discursos de alfabetização presentes na Política Nacional de Alfabetização (PNA). Assim, o objetivo principal foi analisar os discursos de alfabetização que estão balizados no Decreto nº 9.765, lançado no mês de abril de 2019 pelo Governo Federal. Mais especificamente buscou-se: identificar os discursos de alfabetização que balizam a Política Nacional de Alfabetização e observar como estes discursos estão representados nesta política. Para tanto, a proposta foi realizar uma análise do Decreto nº 9.765/2019, elaborado pela Secretaria de Alfabetização, vinculada ao Ministério da Educação. Para alcançar os objetivos formulados, metodologicamente foi adotada uma pesquisa qualitativa, de cunho documental, efetivada mediante análise textual e do discurso presente no documento, na perspectiva dos Estudos Culturais. A partir do material estudado, constatou-se que a alfabetização no Brasil sofreu uma ruptura a partir de instauração do Decreto, uma vez que a PNA desconstrói o discurso instituído pelo Pró-letramento e Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) e institui teorias e metodologias de ensino pautadas nos princípios da instrução fônica e na consciência fonêmica.
{"title":"Política Nacional de Alfabetização: análise dos discursos sob a ótica dos Estudos Culturais","authors":"L. Teixeira, Thais Maria Gonçalves da Silva","doi":"10.14244/198271995100","DOIUrl":"https://doi.org/10.14244/198271995100","url":null,"abstract":"Historicamente, a alfabetização mobiliza debates por parte de gestores públicos e estudiosos da área devido às dificuldades enfrentadas pelas crianças matriculadas neste ciclo para apropriarem-se da leitura e da escrita. Neste sentido, gestores e pesquisadores voltados para o campo da educação buscam estratégias metodológicas, políticas e formativas para minimizarem os problemas relacionados a não aprendizagem. Diante deste cenário, esse estudo tem como tema os discursos de alfabetização presentes na Política Nacional de Alfabetização (PNA). Assim, o objetivo principal foi analisar os discursos de alfabetização que estão balizados no Decreto nº 9.765, lançado no mês de abril de 2019 pelo Governo Federal. Mais especificamente buscou-se: identificar os discursos de alfabetização que balizam a Política Nacional de Alfabetização e observar como estes discursos estão representados nesta política. Para tanto, a proposta foi realizar uma análise do Decreto nº 9.765/2019, elaborado pela Secretaria de Alfabetização, vinculada ao Ministério da Educação. Para alcançar os objetivos formulados, metodologicamente foi adotada uma pesquisa qualitativa, de cunho documental, efetivada mediante análise textual e do discurso presente no documento, na perspectiva dos Estudos Culturais. A partir do material estudado, constatou-se que a alfabetização no Brasil sofreu uma ruptura a partir de instauração do Decreto, uma vez que a PNA desconstrói o discurso instituído pelo Pró-letramento e Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) e institui teorias e metodologias de ensino pautadas nos princípios da instrução fônica e na consciência fonêmica.","PeriodicalId":131472,"journal":{"name":"Revista Eletrônica de Educação","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125815343","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A partir da matriz teórica do Materialismo Histórico e Dialético, este artigo tem como objetivo apresentar reflexões sobre a pauta conservadora que pretende se tornar hegemônica por meio de Projetos de Lei que pretendem instituir o Programa Escola sem Partido (ESP) em todos os sistemas de ensino do Brasil. A análise sobre as implicações dessa iniciativa conservadora está sustentada nas categorias gramscianas de Hegemonia e Consenso. Para tanto, o texto aponta como a categoria Hegemonia pode contribuir para a formação de um consenso passivo que fragmenta a luta e a consciência de classe de modo a dar legitimidade aos interesses particulares da classe dominante; tece considerações sobre os fundamentos do pensamento conservador e a pauta norteadora da ESP. Por fim, indica que o projeto de manutenção da hegemonia capitalista, pela via da educação, não está descolado da lógica que rege as perspectivas norteadoras do conservadorismo e que o Programa ESP impede o desvelamento sobre a manutenção do capitalismo como sistema societário hegemônico. Portanto, aos sujeitos comprometidos com a superação da desigualdade social e exploração que norteia o modo de produção capitalista, resta um duro processo de resistência às investidas conservadoras e a constante luta por uma sociedade em que vigore a justiça e a igualdade social.
{"title":"A pauta conservadora do projeto Escola sem Partido como expressão da hegemonia burguesa","authors":"A. C. Boutin, S. Flach, C. Darcoleto","doi":"10.14244/198271994797","DOIUrl":"https://doi.org/10.14244/198271994797","url":null,"abstract":"A partir da matriz teórica do Materialismo Histórico e Dialético, este artigo tem como objetivo apresentar reflexões sobre a pauta conservadora que pretende se tornar hegemônica por meio de Projetos de Lei que pretendem instituir o Programa Escola sem Partido (ESP) em todos os sistemas de ensino do Brasil. A análise sobre as implicações dessa iniciativa conservadora está sustentada nas categorias gramscianas de Hegemonia e Consenso. Para tanto, o texto aponta como a categoria Hegemonia pode contribuir para a formação de um consenso passivo que fragmenta a luta e a consciência de classe de modo a dar legitimidade aos interesses particulares da classe dominante; tece considerações sobre os fundamentos do pensamento conservador e a pauta norteadora da ESP. Por fim, indica que o projeto de manutenção da hegemonia capitalista, pela via da educação, não está descolado da lógica que rege as perspectivas norteadoras do conservadorismo e que o Programa ESP impede o desvelamento sobre a manutenção do capitalismo como sistema societário hegemônico. Portanto, aos sujeitos comprometidos com a superação da desigualdade social e exploração que norteia o modo de produção capitalista, resta um duro processo de resistência às investidas conservadoras e a constante luta por uma sociedade em que vigore a justiça e a igualdade social. \u0000","PeriodicalId":131472,"journal":{"name":"Revista Eletrônica de Educação","volume":"18 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125723494","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Como um acontecimento que sacudiu o mundo no final da década de 1990, as Spice Girls, consideradas o maior fenômeno da música britânica pós-Beatles, conquistaram uma legião de fãs esbanjando carisma, ousadia e diversão na onda do “feminismo popular” de figuras como Madonna. Por meio de uma análise cultural em diálogo com os estudos de gênero, os estudos da cultura pop e as teorias pós-críticas de currículo, são apresentados no artigo depoimentos de fãs da banda com o objetivo de analisar de que forma as Spice Girls operam como um currículo cultural, que aqui chamado de Currículo Girl Power, nos processos de subjetividade que se desenvolvem na relação dos/as fãs com as músicas da banda, bem como na relação estabelecida no seu fandom. Conclui-se que o Currículo Girl Power traz duas temáticas que ganham vida na performance das Spice Girls, no corpo de conhecimentos e nas práticas culturais que produziram o ser/estar no mundo destes jovens e adolescentes: a valorização da amizade e o respeito às diferenças. Como fenômeno pop feminista, as Spice Girls agenciaram experimentações com múltiplas subjetividades conectadas a elas, criando caminhos e fendas nos roteiros, modos e comportamentos de gênero e sexualidade legitimados pela cultura de seu tempo, formando uma geração.
{"title":"Girl Power! Compondo um currículo com as Spice Girls","authors":"Alcidesio Oliveira da Silva Junior","doi":"10.14244/198271994975","DOIUrl":"https://doi.org/10.14244/198271994975","url":null,"abstract":"Como um acontecimento que sacudiu o mundo no final da década de 1990, as Spice Girls, consideradas o maior fenômeno da música britânica pós-Beatles, conquistaram uma legião de fãs esbanjando carisma, ousadia e diversão na onda do “feminismo popular” de figuras como Madonna. Por meio de uma análise cultural em diálogo com os estudos de gênero, os estudos da cultura pop e as teorias pós-críticas de currículo, são apresentados no artigo depoimentos de fãs da banda com o objetivo de analisar de que forma as Spice Girls operam como um currículo cultural, que aqui chamado de Currículo Girl Power, nos processos de subjetividade que se desenvolvem na relação dos/as fãs com as músicas da banda, bem como na relação estabelecida no seu fandom. Conclui-se que o Currículo Girl Power traz duas temáticas que ganham vida na performance das Spice Girls, no corpo de conhecimentos e nas práticas culturais que produziram o ser/estar no mundo destes jovens e adolescentes: a valorização da amizade e o respeito às diferenças. Como fenômeno pop feminista, as Spice Girls agenciaram experimentações com múltiplas subjetividades conectadas a elas, criando caminhos e fendas nos roteiros, modos e comportamentos de gênero e sexualidade legitimados pela cultura de seu tempo, formando uma geração.","PeriodicalId":131472,"journal":{"name":"Revista Eletrônica de Educação","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124353169","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Fabiana Rodrigues de Sousa, Ana Maria Alves da Silva Cosmo
Este artigo apresenta considerações acerca das contribuições advindas do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) para a formação de educadores e suas práticas educativas no ciclo de alfabetização com gêneros textuais orais. As reflexões apontadas aqui, são resultantes de pesquisa bibliográfica desenvolvida durante curso de Mestrado em Educação, cuja metodologia contemplou levantamento de produções bibliográficas na Biblioteca Digital de Teses e Dissertações e no Portal Scielo. O corpus de análise foi composto por uma tese e treze dissertações, defendidas em Programas de Pós-Graduação em Educação, além de seis artigos que versavam sobre a temática da oralidade/gêneros orais, publicados entre 2014 a 2018. Como resultado da investigação, constatou-se que apesar do PNAIC suscitar subsídios para a formação docente continuada e estimular o trabalho com gêneros textuais orais, ainda é escassa a produção bibliográfica quanto aos reflexos dessa política pública no sentido da promoção de práticas alfabetizadoras pautadas na valorização da oralidade. Essa lacuna evidencia que a escrita continua ocupando posição de destaque no processo de alfabetização, enquanto a fala segue relegada a segundo plano nas práticas educativas escolares. Destarte, perpetua-se o preconceito linguístico e a negação ao educando do direito de pronunciar o mundo e dizer a sua palavra. Com vista a superar o preconceito linguístico e estimular participação social e a pronúncia coletiva do mundo, defende-se a promoção de práticas de oralidade na escola, tais como assembleias, seminários, rodas de conversa, debates, música, teatro, parlendas, dentre outras.
{"title":"Oralidade e alfabetização: o (não) dito nas produções bibliográficas sobre o PNAIC","authors":"Fabiana Rodrigues de Sousa, Ana Maria Alves da Silva Cosmo","doi":"10.14244/198271994993","DOIUrl":"https://doi.org/10.14244/198271994993","url":null,"abstract":"Este artigo apresenta considerações acerca das contribuições advindas do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) para a formação de educadores e suas práticas educativas no ciclo de alfabetização com gêneros textuais orais. As reflexões apontadas aqui, são resultantes de pesquisa bibliográfica desenvolvida durante curso de Mestrado em Educação, cuja metodologia contemplou levantamento de produções bibliográficas na Biblioteca Digital de Teses e Dissertações e no Portal Scielo. O corpus de análise foi composto por uma tese e treze dissertações, defendidas em Programas de Pós-Graduação em Educação, além de seis artigos que versavam sobre a temática da oralidade/gêneros orais, publicados entre 2014 a 2018. Como resultado da investigação, constatou-se que apesar do PNAIC suscitar subsídios para a formação docente continuada e estimular o trabalho com gêneros textuais orais, ainda é escassa a produção bibliográfica quanto aos reflexos dessa política pública no sentido da promoção de práticas alfabetizadoras pautadas na valorização da oralidade. Essa lacuna evidencia que a escrita continua ocupando posição de destaque no processo de alfabetização, enquanto a fala segue relegada a segundo plano nas práticas educativas escolares. Destarte, perpetua-se o preconceito linguístico e a negação ao educando do direito de pronunciar o mundo e dizer a sua palavra. Com vista a superar o preconceito linguístico e estimular participação social e a pronúncia coletiva do mundo, defende-se a promoção de práticas de oralidade na escola, tais como assembleias, seminários, rodas de conversa, debates, música, teatro, parlendas, dentre outras.","PeriodicalId":131472,"journal":{"name":"Revista Eletrônica de Educação","volume":"25 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114781731","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este artigo tem o objetivo de apresentar o processo e os resultados de uma revisão bibliográfica que resultou em pesquisa sobre a atuação profissional dos docentes que exercem a função de Professor Mediador Escolar e Comunitário (PMEC) no contexto da escola pública estadual paulista. A função, criada em 2010, apesar de recente, despertou interesse no meio acadêmico. A partir do processo de revisão bibliográfica foi possível verificar os caminhos percorridos por pesquisadores brasileiros, identificar relações e contradições existentes nos trabalhos e definir eixos de análise temática. Neste artigo, especificamente, será discutido o processo de implementação da função de PMEC, a formação necessária aos docentes, as dificuldades encontradas no trabalho, as atribuições legais e a relação estabelecida com os demais sujeitos escolares. Como principais resultados constatou-se que a implementação da função de PMEC deu-se sem um diálogo anterior com a comunidade escolar, acarretando pouco conhecimento por parte dos sujeitos escolares sobre as atribuições a serem exercidas. O acesso à função não levou em conta o perfil do docente, nem foi oferecida institucionalmente uma formação específica sobre a mediação de conflitos. O PMEC, individualmente, busca seu espaço de trabalho e sofre com o não reconhecimento das suas atribuições no ambiente escolar. Apesar das dificuldades, as pesquisas identificaram que, após a criação da função, foram constatados aspectos positivos nas relações interpessoais nas escolas.
{"title":"Mediação escolar nas escolas estaduais paulistas: análise do trabalho a partir da revisão bibliográfica","authors":"D. Bianco, Maria Jéssica da Silva Fernandes","doi":"10.14244/198271995656","DOIUrl":"https://doi.org/10.14244/198271995656","url":null,"abstract":"Este artigo tem o objetivo de apresentar o processo e os resultados de uma revisão bibliográfica que resultou em pesquisa sobre a atuação profissional dos docentes que exercem a função de Professor Mediador Escolar e Comunitário (PMEC) no contexto da escola pública estadual paulista. A função, criada em 2010, apesar de recente, despertou interesse no meio acadêmico. A partir do processo de revisão bibliográfica foi possível verificar os caminhos percorridos por pesquisadores brasileiros, identificar relações e contradições existentes nos trabalhos e definir eixos de análise temática. Neste artigo, especificamente, será discutido o processo de implementação da função de PMEC, a formação necessária aos docentes, as dificuldades encontradas no trabalho, as atribuições legais e a relação estabelecida com os demais sujeitos escolares. Como principais resultados constatou-se que a implementação da função de PMEC deu-se sem um diálogo anterior com a comunidade escolar, acarretando pouco conhecimento por parte dos sujeitos escolares sobre as atribuições a serem exercidas. O acesso à função não levou em conta o perfil do docente, nem foi oferecida institucionalmente uma formação específica sobre a mediação de conflitos. O PMEC, individualmente, busca seu espaço de trabalho e sofre com o não reconhecimento das suas atribuições no ambiente escolar. Apesar das dificuldades, as pesquisas identificaram que, após a criação da função, foram constatados aspectos positivos nas relações interpessoais nas escolas.","PeriodicalId":131472,"journal":{"name":"Revista Eletrônica de Educação","volume":"31 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125888959","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este artigo é resultante de uma pesquisa que versa sobre as potencialidades da iniciação à docência para a inserção de licenciandos/as em contextos profissionais na Educação Básica. Situada em uma abordagem metodológica contrastiva, de natureza qualitativa, a investigação levantou unidades de significação recorrentes nos depoimentos de 48 estudantes-bolsistas para compreender experiências formativas ocorridas no curso de Pedagogia da Universidade Federal da Bahia, entre 2018 e 2020, no âmbito do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID e do Programa Residência Pedagógica (PRP). O foco da análise interpretativa esteve voltado aos sentidos, significados e saberes experienciais produzidos e acionados pelos/as estudantes em seus processos formativos. A pesquisa partiu do pressuposto da formação como processo contínuo e experiencial e, desse modo, indica que a iniciação à docência, oportunizada pelos referidos Programas, não deve ser considerada um momento estanque do esteio formativo. Como resultados, aponta-se que a iniciação à docência se mostrou potente para a inserção profissional, por contribuir para a construção da profissionalidade docente, favorecendo experiências formativas alicerçadas por saberes elaborados no exercício da docência e nas relações entre universidade e escola, além da construção de princípios, valores e concepções de educação. Conclui-se que, apesar de omissões quanto à concepção de formação, tais Programas oportunizam situações concretas de produção e acionamento de saberes sobre a realidade escolar, a partir da reflexão-ação sobre/na prática educativa, aspectos importantes para a inserção profissional do/a pedagogo/a na Educação Básica.
{"title":"Potências da iniciação à docência: PIBID, PRP e a inserção de licenciandos/as em contextos profissionais","authors":"V. Almeida, C. Canda","doi":"10.14244/198271994304","DOIUrl":"https://doi.org/10.14244/198271994304","url":null,"abstract":"Este artigo é resultante de uma pesquisa que versa sobre as potencialidades da iniciação à docência para a inserção de licenciandos/as em contextos profissionais na Educação Básica. Situada em uma abordagem metodológica contrastiva, de natureza qualitativa, a investigação levantou unidades de significação recorrentes nos depoimentos de 48 estudantes-bolsistas para compreender experiências formativas ocorridas no curso de Pedagogia da Universidade Federal da Bahia, entre 2018 e 2020, no âmbito do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID e do Programa Residência Pedagógica (PRP). O foco da análise interpretativa esteve voltado aos sentidos, significados e saberes experienciais produzidos e acionados pelos/as estudantes em seus processos formativos. A pesquisa partiu do pressuposto da formação como processo contínuo e experiencial e, desse modo, indica que a iniciação à docência, oportunizada pelos referidos Programas, não deve ser considerada um momento estanque do esteio formativo. Como resultados, aponta-se que a iniciação à docência se mostrou potente para a inserção profissional, por contribuir para a construção da profissionalidade docente, favorecendo experiências formativas alicerçadas por saberes elaborados no exercício da docência e nas relações entre universidade e escola, além da construção de princípios, valores e concepções de educação. Conclui-se que, apesar de omissões quanto à concepção de formação, tais Programas oportunizam situações concretas de produção e acionamento de saberes sobre a realidade escolar, a partir da reflexão-ação sobre/na prática educativa, aspectos importantes para a inserção profissional do/a pedagogo/a na Educação Básica.\u0000\u0000\u0000 \u0000\u0000","PeriodicalId":131472,"journal":{"name":"Revista Eletrônica de Educação","volume":"13 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127346126","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Janaína Soares Martins Lapuente, G. Porto, Mauro Augusto Burkert Del Pino, Simone Gonçalves da Silva
O artigo apresenta uma análise da política de alfabetização instituída pelo governo federal, tomando como referência a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a Política Nacional de Alfabetização (PNA) e o Programa Tempo de Aprender, com objetivo de compreender como esses textos se articulam visando implementar um projeto político neoliberal e conservador e constituir uma determinada criança alfabetizada. A política formulada por meio do Ministério da Educação pretende melhorar os processos de alfabetização através da ciência cognitiva e de evidências sobre como as pessoas aprendem a ler e a escrever. Recorrendo à análise documental e à análise temática de conteúdo, com o aporte da abordagem do ciclo de políticas, examina os documentos e a versão on-line do Programa Tempo de Aprender, categorizando o que prescrevem sobre a leitura, a compreensão e produção de textos escritos, evidenciando os pressupostos da política e suas estratégias. Apesar do propósito anunciado pela PNA de enfrentar as principais causas das deficiências da alfabetização no país, a pesquisa constata que a alquimia de transformar a ciência baseada em evidências em um discurso revestido de uma verdade inquestionável subtrai a realidade objetiva da educação brasileira. A operação de atribuir a um método a salvação de um processo complexo, como a alfabetização, desconsidera os contextos sociais, econômicos e culturais, o que contribui para a produção de uma geração funcional ao sistema produtivo capitalista atual, baseado na financeirização, no controle e regulação, na desregulamentação e na precarização da formação e do trabalho docente, o que desafia a democracia e a inclusão social.
{"title":"A Política Nacional de Alfabetização e a produção da nova geração: um campo de disputa","authors":"Janaína Soares Martins Lapuente, G. Porto, Mauro Augusto Burkert Del Pino, Simone Gonçalves da Silva","doi":"10.14244/198271995209","DOIUrl":"https://doi.org/10.14244/198271995209","url":null,"abstract":"O artigo apresenta uma análise da política de alfabetização instituída pelo governo federal, tomando como referência a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a Política Nacional de Alfabetização (PNA) e o Programa Tempo de Aprender, com objetivo de compreender como esses textos se articulam visando implementar um projeto político neoliberal e conservador e constituir uma determinada criança alfabetizada. A política formulada por meio do Ministério da Educação pretende melhorar os processos de alfabetização através da ciência cognitiva e de evidências sobre como as pessoas aprendem a ler e a escrever. Recorrendo à análise documental e à análise temática de conteúdo, com o aporte da abordagem do ciclo de políticas, examina os documentos e a versão on-line do Programa Tempo de Aprender, categorizando o que prescrevem sobre a leitura, a compreensão e produção de textos escritos, evidenciando os pressupostos da política e suas estratégias. Apesar do propósito anunciado pela PNA de enfrentar as principais causas das deficiências da alfabetização no país, a pesquisa constata que a alquimia de transformar a ciência baseada em evidências em um discurso revestido de uma verdade inquestionável subtrai a realidade objetiva da educação brasileira. A operação de atribuir a um método a salvação de um processo complexo, como a alfabetização, desconsidera os contextos sociais, econômicos e culturais, o que contribui para a produção de uma geração funcional ao sistema produtivo capitalista atual, baseado na financeirização, no controle e regulação, na desregulamentação e na precarização da formação e do trabalho docente, o que desafia a democracia e a inclusão social.","PeriodicalId":131472,"journal":{"name":"Revista Eletrônica de Educação","volume":"43 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114721937","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O presente artigo tem como objeto de estudo o Pacto Nacional pela Alfabetização da Idade Certa (PNAIC). O PNAIC foi um programa de formação continuada oferecido pelo MEC (Ministério da Educação) para professores alfabetizadores com objetivo de cumprir a meta do Plano Nacional de Educação (PNE) de alfabetizar todas as crianças até, no máximo, oito anos de idade. Este artigo é baseado em uma pesquisa de doutorado e busca identificar quais são as contribuições do PNAIC para o desenvolvimento profissional dos professores alfabetizadores. A pesquisa, de abordagem qualitativa, teve como campo de investigação dois municípios da Zona da Mata Mineira. As fontes de geração de dados foram os documentos oficiais relacionados ao programa de formação PNAIC: os 115 questionários e as 27 entrevistas semiestruturadas aplicados a professoras alfabetizadoras que participaram do PNAIC entre 2013 e 2015. O referencial teórico se baseou na revisão de literatura sobre formação docente e desenvolvimento profissional (TARDIF, 2013, 2014; NÓVOA, 1992, 2014; GATTI, 2008; GATTI; BARRETO, 2009; GATTI, BARRETO; ANDRÉ, 2019; OLIVEIRA; FORMOSINHO, 2009; FORMOSINHO, 2009; GARCÍA, 1999; IMBERNÓN, 2011). A partir da análise dos dados, constatou-se que as professoras apontaram que o PNAIC contribuiu para o desenvolvimento profissional por promover a reflexão sobre a prática, a articulação teoria-prática e pela possibilidade de contribuir com novas práticas de alfabetização. Apontam, no entanto, como fatores que dificultam melhores resultados, a descontinuidade dessa política, a falta de acompanhamento da prática no contexto escolar e a rotatividade docente imposta pelas condições de trabalho.
{"title":"O PNAIC e o Desenvolvimento Profissional: quais as perspectivas das professoras alfabetizadoras?","authors":"Leni T. Sousa, S. Mesquita","doi":"10.14244/198271995044","DOIUrl":"https://doi.org/10.14244/198271995044","url":null,"abstract":"O presente artigo tem como objeto de estudo o Pacto Nacional pela Alfabetização da Idade Certa (PNAIC). O PNAIC foi um programa de formação continuada oferecido pelo MEC (Ministério da Educação) para professores alfabetizadores com objetivo de cumprir a meta do Plano Nacional de Educação (PNE) de alfabetizar todas as crianças até, no máximo, oito anos de idade. Este artigo é baseado em uma pesquisa de doutorado e busca identificar quais são as contribuições do PNAIC para o desenvolvimento profissional dos professores alfabetizadores. A pesquisa, de abordagem qualitativa, teve como campo de investigação dois municípios da Zona da Mata Mineira. As fontes de geração de dados foram os documentos oficiais relacionados ao programa de formação PNAIC: os 115 questionários e as 27 entrevistas semiestruturadas aplicados a professoras alfabetizadoras que participaram do PNAIC entre 2013 e 2015. O referencial teórico se baseou na revisão de literatura sobre formação docente e desenvolvimento profissional (TARDIF, 2013, 2014; NÓVOA, 1992, 2014; GATTI, 2008; GATTI; BARRETO, 2009; GATTI, BARRETO; ANDRÉ, 2019; OLIVEIRA; FORMOSINHO, 2009; FORMOSINHO, 2009; GARCÍA, 1999; IMBERNÓN, 2011). A partir da análise dos dados, constatou-se que as professoras apontaram que o PNAIC contribuiu para o desenvolvimento profissional por promover a reflexão sobre a prática, a articulação teoria-prática e pela possibilidade de contribuir com novas práticas de alfabetização. Apontam, no entanto, como fatores que dificultam melhores resultados, a descontinuidade dessa política, a falta de acompanhamento da prática no contexto escolar e a rotatividade docente imposta pelas condições de trabalho.","PeriodicalId":131472,"journal":{"name":"Revista Eletrônica de Educação","volume":"101 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114969417","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Juliana Martins Rodrigues, Maria Goretti Queiroz, Cláudio Rodrigues Leles, A. D. Rocha
Odontologia no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) e fatores socioeconômicos, sociodemográficos e perfil da instituição. Foram utilizados microdados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Realizou estatística descritiva e regressão linear, considerando intervalos de confiança de 95%, estabelecendo plano amostral através do Complex Sample do SPSS 21.0. Considerou probabilidades de inclusão em cada estrato e peso amostral, testou modelos de regressão linear para amostras complexas. Os resultados obtidos revelam que 69,6% dos estudantes são do sexo feminino; 42,5% com renda de 3-10 salários mínimos; 64,8% brancos; 59,1% oriundos de ensino médio privado; 80,1% não trabalham. Cursaram até o ensino médio, 61,9% dos pais e 54,8% das mães. Nota média bruta foi de 50,75; maior entre os alunos das IES públicas e dos ingressos por políticas afirmativas (50,84). Fatores associados ao desempenho acadêmico encontrados foram: Categoria administrativa da IES, estudantes de instituições públicas têm melhor desempenho; ensino médio privado, brancos, renda familiar maior que 10 salários mínimos, ingressos por políticas afirmativas. O estudo revelou fatores que tendem a influenciar o desempenho dos estudantes no Enade, contudo, há análises necessárias que justificam a continuação do estudo, especialmente focando a trajetória acadêmica do estudante na IES.
{"title":"Perfil do estudante de odontologia que realizou o ENADE","authors":"Juliana Martins Rodrigues, Maria Goretti Queiroz, Cláudio Rodrigues Leles, A. D. Rocha","doi":"10.14244/198271994811","DOIUrl":"https://doi.org/10.14244/198271994811","url":null,"abstract":"Odontologia no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) e fatores socioeconômicos, sociodemográficos e perfil da instituição. Foram utilizados microdados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Realizou estatística descritiva e regressão linear, considerando intervalos de confiança de 95%, estabelecendo plano amostral através do Complex Sample do SPSS 21.0. Considerou probabilidades de inclusão em cada estrato e peso amostral, testou modelos de regressão linear para amostras complexas. Os resultados obtidos revelam que 69,6% dos estudantes são do sexo feminino; 42,5% com renda de 3-10 salários mínimos; 64,8% brancos; 59,1% oriundos de ensino médio privado; 80,1% não trabalham. Cursaram até o ensino médio, 61,9% dos pais e 54,8% das mães. Nota média bruta foi de 50,75; maior entre os alunos das IES públicas e dos ingressos por políticas afirmativas (50,84). Fatores associados ao desempenho acadêmico encontrados foram: Categoria administrativa da IES, estudantes de instituições públicas têm melhor desempenho; ensino médio privado, brancos, renda familiar maior que 10 salários mínimos, ingressos por políticas afirmativas. O estudo revelou fatores que tendem a influenciar o desempenho dos estudantes no Enade, contudo, há análises necessárias que justificam a continuação do estudo, especialmente focando a trajetória acadêmica do estudante na IES.","PeriodicalId":131472,"journal":{"name":"Revista Eletrônica de Educação","volume":"27 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124536488","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}