Maria Eliza Sitolino Leonardo, Marcelo Carlos de Proença
Este artigo tem como objetivo analisar o conhecimento de professores dos anos iniciais do ensino fundamental sobre a resolução de problemas no ensino de matemática. Participaram da pesquisa nove professores pedagogos dos anos iniciais do ensino fundamental da rede municipal de ensino de Teodoro Sampaio/SP. A pesquisa é exploratória e de natureza qualitativa. Os dados foram coletados por meio de um questionário e entrevista semiestruturada aplicados aos participantes da pesquisa. O questionário procurou investigar como os professores utilizam a resolução de problemas em suas aulas, e, na entrevista, foram apresentadas aulas com resolução de problemas para que o professor justificasse sua escolha em uma das abordagens apresentadas, a saber: ensino para resolução de problemas; ensino sobre resolução de problemas e ensino via resolução de problemas. Os resultados mostraram que, muitas vezes, os professores apresentam dificuldades em compreender a resolução de problemas no ensino e que ainda acreditam que o conteúdo deve ser ensinado, para então, depois, serem aplicados problemas a serem resolvidos. Conclui-se que são relevantes mais pesquisas que abordem a utilização da resolução de problemas no ensino, bem como abordem a oferta de formação continuada de professores para tratar da resolução de problemas no ensino de matemática.
{"title":"Resolução de problemas no ensino de matemática: reflexões sobre o conhecimento de pedagogos","authors":"Maria Eliza Sitolino Leonardo, Marcelo Carlos de Proença","doi":"10.14244/198271995478","DOIUrl":"https://doi.org/10.14244/198271995478","url":null,"abstract":"Este artigo tem como objetivo analisar o conhecimento de professores dos anos iniciais do ensino fundamental sobre a resolução de problemas no ensino de matemática. Participaram da pesquisa nove professores pedagogos dos anos iniciais do ensino fundamental da rede municipal de ensino de Teodoro Sampaio/SP. A pesquisa é exploratória e de natureza qualitativa. Os dados foram coletados por meio de um questionário e entrevista semiestruturada aplicados aos participantes da pesquisa. O questionário procurou investigar como os professores utilizam a resolução de problemas em suas aulas, e, na entrevista, foram apresentadas aulas com resolução de problemas para que o professor justificasse sua escolha em uma das abordagens apresentadas, a saber: ensino para resolução de problemas; ensino sobre resolução de problemas e ensino via resolução de problemas. Os resultados mostraram que, muitas vezes, os professores apresentam dificuldades em compreender a resolução de problemas no ensino e que ainda acreditam que o conteúdo deve ser ensinado, para então, depois, serem aplicados problemas a serem resolvidos. Conclui-se que são relevantes mais pesquisas que abordem a utilização da resolução de problemas no ensino, bem como abordem a oferta de formação continuada de professores para tratar da resolução de problemas no ensino de matemática.","PeriodicalId":131472,"journal":{"name":"Revista Eletrônica de Educação","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124350559","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Vários estudos relatam fragilidades na formação dos professores da Educação Básica em relação aos conhecimentos sobre altas habilidades ou superdotação (AHSD) e defendem a necessidade de que conteúdos sobre essa temática sejam contemplados na formação docente. Este artigo tem como objetivo analisar os planos das disciplinas curriculares da área da Educação Especial, buscando identificar se conhecimentos sobre AHSD estão sendo planejados e quais seus significados para formação inicial de professores dos cursos de Pedagogia, dos três campi, da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, no Brasil. Desenvolveu-se uma pesquisa documental, por meio da técnica de análise de conteúdo dos planos de disciplina dos Cursos de Pedagogia. Os resultados apontaram que apenas um campus mencionou os conteúdos sobre as AHSD e indicou referencial teórico específico. Os dados indicaram que conhecimentos sobre essa temática não têm sido planejados como proposta de estudo nos cursos de formação inicial nessa instituição, revelando uma rede de significados (equívocos teóricos e inadequação terminológica, contradições entre as seções do plano, fragilidades nos saberes do professor formador e do professor em formação, ausência de objetivos para a formação inicial do professor e de referenciais teóricos da área, confirmando os resultados de outros estudos acerca da invisibilidade de estudantes com AHSD no Brasil. Conclui-se que devem ser trabalhados conhecimentos sobre essa temática desde a formação inicial do professor, como um direito ético e público dos indivíduos com potencial superior e como caminho para o reconhecimento de suas necessidades educacionais no contexto de uma educação para a diversidade e inclusão.
{"title":"Formação de professores e altas habilidades ou superdotação: evidências em planos de disciplinas de Pedagogia","authors":"Josilene Domingues Santos Pereira, R. A. Rangni","doi":"10.14244/198271995533","DOIUrl":"https://doi.org/10.14244/198271995533","url":null,"abstract":"Vários estudos relatam fragilidades na formação dos professores da Educação Básica em relação aos conhecimentos sobre altas habilidades ou superdotação (AHSD) e defendem a necessidade de que conteúdos sobre essa temática sejam contemplados na formação docente. Este artigo tem como objetivo analisar os planos das disciplinas curriculares da área da Educação Especial, buscando identificar se conhecimentos sobre AHSD estão sendo planejados e quais seus significados para formação inicial de professores dos cursos de Pedagogia, dos três campi, da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, no Brasil. Desenvolveu-se uma pesquisa documental, por meio da técnica de análise de conteúdo dos planos de disciplina dos Cursos de Pedagogia. Os resultados apontaram que apenas um campus mencionou os conteúdos sobre as AHSD e indicou referencial teórico específico. Os dados indicaram que conhecimentos sobre essa temática não têm sido planejados como proposta de estudo nos cursos de formação inicial nessa instituição, revelando uma rede de significados (equívocos teóricos e inadequação terminológica, contradições entre as seções do plano, fragilidades nos saberes do professor formador e do professor em formação, ausência de objetivos para a formação inicial do professor e de referenciais teóricos da área, confirmando os resultados de outros estudos acerca da invisibilidade de estudantes com AHSD no Brasil. Conclui-se que devem ser trabalhados conhecimentos sobre essa temática desde a formação inicial do professor, como um direito ético e público dos indivíduos com potencial superior e como caminho para o reconhecimento de suas necessidades educacionais no contexto de uma educação para a diversidade e inclusão.","PeriodicalId":131472,"journal":{"name":"Revista Eletrônica de Educação","volume":"60 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132635975","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Lívia de Souza Tanus Azarias, I. C. V. Goulart, G. Cabral
Percebe-se em iniciativas recentes de formação continuada docente (Pró-Letramento (2008-2010), Pacto Nacional pela alfabetização na Idade Certa (2012-2018) a mobilização de espaços colaborativos para estudos teóricos e conceituais, para integração de saberes e socialização de práticas educativas. Investigar como essas ações formativas são percebidas pelos professores permite compreender as influências nas práticas desenvolvidas nas escolas. Diante disso, este trabalho teve por objetivo analisar os momentos que marcaram o percurso formativo e as práticas pedagógicas desenvolvidas por professoras alfabetizadoras. Para tanto, desenvolveu-se uma pesquisa de abordagem qualitativa, a partir da realização de uma entrevista semiestruturada com seis professoras alfabetizadoras de escolas públicas de um município do sul de Minas Gerais, no sentido de compreender as suas percepções sobre a própria formação vivenciada. Os dados foram tratados por meio da técnica de análise de conteúdo e da categorização temática proposta por Bardin (2011), com base nas recorrências de elementos discursivos das entrevistas. A pesquisa assumiu como base teórica os estudos de Tardif (2009; 2012), Arroyo (1999; 2013), Nóvoa (1992), Teixeira (2007), Gatti (2010), Freire (1996), dentre outros que discutem a temática da formação de professores. Os resultados indicaram um processo formativo marcado por momentos, ações e interações que perpassam desde a escolha pela carreira do magistério; a formação inicial e a relação com a prática docente; a reflexão e compreensão de conceitos sobre alfabetização e letramento; até a busca por ações de formação, para superação dos desafios impostos pela docência.
{"title":"Momentos formativos e fazer pedagógico nas palavras de professoras alfabetizadoras","authors":"Lívia de Souza Tanus Azarias, I. C. V. Goulart, G. Cabral","doi":"10.14244/198271994921","DOIUrl":"https://doi.org/10.14244/198271994921","url":null,"abstract":"Percebe-se em iniciativas recentes de formação continuada docente (Pró-Letramento (2008-2010), Pacto Nacional pela alfabetização na Idade Certa (2012-2018) a mobilização de espaços colaborativos para estudos teóricos e conceituais, para integração de saberes e socialização de práticas educativas. Investigar como essas ações formativas são percebidas pelos professores permite compreender as influências nas práticas desenvolvidas nas escolas. Diante disso, este trabalho teve por objetivo analisar os momentos que marcaram o percurso formativo e as práticas pedagógicas desenvolvidas por professoras alfabetizadoras. Para tanto, desenvolveu-se uma pesquisa de abordagem qualitativa, a partir da realização de uma entrevista semiestruturada com seis professoras alfabetizadoras de escolas públicas de um município do sul de Minas Gerais, no sentido de compreender as suas percepções sobre a própria formação vivenciada. Os dados foram tratados por meio da técnica de análise de conteúdo e da categorização temática proposta por Bardin (2011), com base nas recorrências de elementos discursivos das entrevistas. A pesquisa assumiu como base teórica os estudos de Tardif (2009; 2012), Arroyo (1999; 2013), Nóvoa (1992), Teixeira (2007), Gatti (2010), Freire (1996), dentre outros que discutem a temática da formação de professores. Os resultados indicaram um processo formativo marcado por momentos, ações e interações que perpassam desde a escolha pela carreira do magistério; a formação inicial e a relação com a prática docente; a reflexão e compreensão de conceitos sobre alfabetização e letramento; até a busca por ações de formação, para superação dos desafios impostos pela docência.","PeriodicalId":131472,"journal":{"name":"Revista Eletrônica de Educação","volume":"60 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"131978148","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Vanessa Cristina Girotto Nery, Thais Aparecida Bento Reis
Abordamos, neste artigo, a necessidade de (re)pensar a formação continuada de professores(as) para o desenvolvimento e formação de leitores literários críticos e autônomos, por meio do diálogo e da leitura do mundo. Fundamentadas em autores como Freire, Machado, Calvino, compreendemos que as ações pedagógicas não podem centrar-se apenas em atividades de leitura como a decodificação. Faz-se necessário que professores(as) estejam atentos(as) às necessidades e aos anseios dos(as) educandos(as) e da sociedade no que diz respeito ao ensino e à aprendizagem da leitura e da leitura literária. Nesse sentido, propomos uma discussão em torno da formação de professores(as) que enfoque o desenvolvimento da leitura literária nos anos iniciais do Ensino Fundamental por meio da atividade de Tertúlia Literária Dialógica. A partir dos resultados de uma investigação bibliográfica de mestrado, estabelecemos uma relação entre as contribuições da Tertúlia Literária Dialógica e das propostas oficiais (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Base Nacional Comum Curricular e Currículo Referência de Minas Gerais), no que diz respeito ao ensino e ao desenvolvimento das aprendizagens essenciais nos campos da oralidade, da leitura, do sistema de escrita e da compreensão leitora. O artigo também apresenta resultados de uma formação continuada de professoras, desenvolvida em uma escola pública a partir dos princípios freirianos e da Aprendizagem Dialógica a qual revelou que a formação, baseada nessa perspectiva, é essencial para apontar novos caminhos para a aprendizagem da leitura literária crítica e emancipadora.
{"title":"Princípios educativos freirianos para uma formação literária dialógica de professores(as) alfabetizadores(as)","authors":"Vanessa Cristina Girotto Nery, Thais Aparecida Bento Reis","doi":"10.14244/198271995105","DOIUrl":"https://doi.org/10.14244/198271995105","url":null,"abstract":"Abordamos, neste artigo, a necessidade de (re)pensar a formação continuada de professores(as) para o desenvolvimento e formação de leitores literários críticos e autônomos, por meio do diálogo e da leitura do mundo. Fundamentadas em autores como Freire, Machado, Calvino, compreendemos que as ações pedagógicas não podem centrar-se apenas em atividades de leitura como a decodificação. Faz-se necessário que professores(as) estejam atentos(as) às necessidades e aos anseios dos(as) educandos(as) e da sociedade no que diz respeito ao ensino e à aprendizagem da leitura e da leitura literária. Nesse sentido, propomos uma discussão em torno da formação de professores(as) que enfoque o desenvolvimento da leitura literária nos anos iniciais do Ensino Fundamental por meio da atividade de Tertúlia Literária Dialógica. A partir dos resultados de uma investigação bibliográfica de mestrado, estabelecemos uma relação entre as contribuições da Tertúlia Literária Dialógica e das propostas oficiais (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Base Nacional Comum Curricular e Currículo Referência de Minas Gerais), no que diz respeito ao ensino e ao desenvolvimento das aprendizagens essenciais nos campos da oralidade, da leitura, do sistema de escrita e da compreensão leitora. O artigo também apresenta resultados de uma formação continuada de professoras, desenvolvida em uma escola pública a partir dos princípios freirianos e da Aprendizagem Dialógica a qual revelou que a formação, baseada nessa perspectiva, é essencial para apontar novos caminhos para a aprendizagem da leitura literária crítica e emancipadora.","PeriodicalId":131472,"journal":{"name":"Revista Eletrônica de Educação","volume":"9 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115527394","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este artigo discute a Política Nacional de Alfabetização do Governo Bolsonaro (PNA) com o objetivo de compreender seus antecedentes e os princípios teórico-metodológicos que a subjazem, a partir da análise do relatório Alfabetização Infantil – novos caminhos, produzido pela Câmara dos Deputados e do texto da PNA no site do MEC. Lançamos mão da análise documental inspirados nos estudos sobre a colonialidade e nas contribuições de Paulo Freire. Os resultados indicam uma ruptura com toda a produção científica sobre a alfabetização já realizada no país. Tal proposta faz uma transposição dos modelos de alfabetização dos Estados Unidos e da Inglaterra e baseia-se numa concepção de alfabetização ultrapassada, fundamentada em pesquisas experimentalistas de cunho positivista que reduzem a escrita à relação fonema-grafema. Uma política de alfabetização para o Brasil precisa considerar a imensa desigualdade no acesso à cultura escrita. Precisa levar em conta o conhecimento acumulado pelos docentes no trabalho com a alfabetização, a desigualdade nas condições materiais das escolas, as formas particulares de usos da escrita na sociedade a depender da condição socioeconômica, da geografia, do gênero, do nível de escolaridade das famílias, da raça, dentre outras. Defendemos uma atitude de descolonização epistêmica, de reconhecimento dos conhecimentos e epistemologias produzidas a partir do sul-global como uma forma de resistência à lógica imperialista-colonialista que se concretiza nas políticas públicas para a educação do governo que se encerra este ano, dispendeu um grande volume de recursos públicos sem consequências positivas para a educação e a alfabetização.
{"title":"A política de alfabetização do governo Bolsonaro: reducionismos e colonialidade","authors":"Maria do Socorro Alencar Nunes Macedo","doi":"10.14244/198271995007","DOIUrl":"https://doi.org/10.14244/198271995007","url":null,"abstract":"Este artigo discute a Política Nacional de Alfabetização do Governo Bolsonaro (PNA) com o objetivo de compreender seus antecedentes e os princípios teórico-metodológicos que a subjazem, a partir da análise do relatório Alfabetização Infantil – novos caminhos, produzido pela Câmara dos Deputados e do texto da PNA no site do MEC. Lançamos mão da análise documental inspirados nos estudos sobre a colonialidade e nas contribuições de Paulo Freire. Os resultados indicam uma ruptura com toda a produção científica sobre a alfabetização já realizada no país. Tal proposta faz uma transposição dos modelos de alfabetização dos Estados Unidos e da Inglaterra e baseia-se numa concepção de alfabetização ultrapassada, fundamentada em pesquisas experimentalistas de cunho positivista que reduzem a escrita à relação fonema-grafema. Uma política de alfabetização para o Brasil precisa considerar a imensa desigualdade no acesso à cultura escrita. Precisa levar em conta o conhecimento acumulado pelos docentes no trabalho com a alfabetização, a desigualdade nas condições materiais das escolas, as formas particulares de usos da escrita na sociedade a depender da condição socioeconômica, da geografia, do gênero, do nível de escolaridade das famílias, da raça, dentre outras. Defendemos uma atitude de descolonização epistêmica, de reconhecimento dos conhecimentos e epistemologias produzidas a partir do sul-global como uma forma de resistência à lógica imperialista-colonialista que se concretiza nas políticas públicas para a educação do governo que se encerra este ano, dispendeu um grande volume de recursos públicos sem consequências positivas para a educação e a alfabetização.","PeriodicalId":131472,"journal":{"name":"Revista Eletrônica de Educação","volume":"24 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115328510","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Carta ao Leitor","authors":"Aline Maria de Medeiros Rodrigues Reali","doi":"10.14244/198271996409","DOIUrl":"https://doi.org/10.14244/198271996409","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":131472,"journal":{"name":"Revista Eletrônica de Educação","volume":"44 16","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114077725","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
I. Vargas, Bárbara Dias Silveira, Jordana Alves de Oliveira, N. Mozzer, P. Mendonça, Nei Nunes-Neto
Considerando que a abordagem de questões sociocientíficas no ensino possibilita a mobilização de diversos conteúdos como contribuições para a resolução de problemas complexos, ressaltamos a importância da inserção explícita de conteúdos da dimensão atitudinal, relativos à ética e à moral, por meio dessa abordagem. Isso se justifica pela atenção que precisa ser dada às ações e às considerações de valor dos seres humanos em seus posicionamentos sobre essas questões. Nesse sentido, abordamos uma questão socioambiental controversa, relacionada ao consumo de animais, e fornecemos subsídios para o desenvolvimento do pensamento crítico dos estudantes frente à problemática. Os efeitos da produção de carne, das ações dos seres humanos e do valor atribuído aos animais, muitas vezes em prol do suposto benefício e bem-estar humano, são tratados na sequência didática proposta. O intuito principal deste trabalho é evidenciar, por meio de um recorte dessa sequência, o potencial da dimensão atitudinal nas questões sociocientíficas de promover a reflexão sobre valores éticos e morais, o pensamento crítico e a formação integral dos estudantes, com ênfase sobre um caso particular. Com base em uma discussão desse recorte, sustentada pela literatura do campo, argumentamos que propostas desse tipo podem contribuir para o trabalho pedagógico de professores ao lidarem com a dimensão atitudinal em sala de aula, para uma tomada de decisão mais consciente e socialmente responsável e, portanto, para o letramento científico dos estudantes.
{"title":"Como abordar o tema consumo de animais na Educação em Ciências?","authors":"I. Vargas, Bárbara Dias Silveira, Jordana Alves de Oliveira, N. Mozzer, P. Mendonça, Nei Nunes-Neto","doi":"10.14244/198271995296","DOIUrl":"https://doi.org/10.14244/198271995296","url":null,"abstract":"Considerando que a abordagem de questões sociocientíficas no ensino possibilita a mobilização de diversos conteúdos como contribuições para a resolução de problemas complexos, ressaltamos a importância da inserção explícita de conteúdos da dimensão atitudinal, relativos à ética e à moral, por meio dessa abordagem. Isso se justifica pela atenção que precisa ser dada às ações e às considerações de valor dos seres humanos em seus posicionamentos sobre essas questões. Nesse sentido, abordamos uma questão socioambiental controversa, relacionada ao consumo de animais, e fornecemos subsídios para o desenvolvimento do pensamento crítico dos estudantes frente à problemática. Os efeitos da produção de carne, das ações dos seres humanos e do valor atribuído aos animais, muitas vezes em prol do suposto benefício e bem-estar humano, são tratados na sequência didática proposta. O intuito principal deste trabalho é evidenciar, por meio de um recorte dessa sequência, o potencial da dimensão atitudinal nas questões sociocientíficas de promover a reflexão sobre valores éticos e morais, o pensamento crítico e a formação integral dos estudantes, com ênfase sobre um caso particular. Com base em uma discussão desse recorte, sustentada pela literatura do campo, argumentamos que propostas desse tipo podem contribuir para o trabalho pedagógico de professores ao lidarem com a dimensão atitudinal em sala de aula, para uma tomada de decisão mais consciente e socialmente responsável e, portanto, para o letramento científico dos estudantes.","PeriodicalId":131472,"journal":{"name":"Revista Eletrônica de Educação","volume":"5 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133365438","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Roselaine de Jesus Medeiros Silva, Vera Lúcia Nogueira
Este artigo apresenta uma discussão sobre as principais políticas públicas para a formação dos professores que atuam nas Unidades Prisionais do Estado de Minas Gerais. As análises são orientadas pela abordagem do Ciclo de Políticas Públicas, especialmente a partir dos trabalhos de Jefferson Mainardes (2006). Neste estudo, são considerados documentos nacionais e, em especial, os Planos Estaduais para Educação nas Prisões (2012 e 2015), importantes instrumentos que fazem um diagnóstico e a promoção da Educação Prisional. As políticas públicas educacionais voltadas para o Sistema Prisional são articuladas pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública do Estado de Minas Gerais (SEJUSP/MG) e Secretaria de Estado de Educação do Estado de Minas Gerais (SEE/MG). Permitiu-se, por meio da análise documental, verificar e identificar como são apresentadas as ações para a formação específica dos professores. A partir dos levantamentos realizados foi possível concluir que o Estado de Minas Gerais conta com produções legislativas e normativas que projetam múltiplas dimensões e intencionalidades de modo a estruturar as condições de viabilização da educação nas prisões, no entanto, no tocante à promoção de ações específicas para a formação dos professores que atuam nesses contextos prisionais, as políticas públicas mineiras deixam uma grande lacuna e muitas interrogações.
{"title":"Políticas públicas para formação de professores do Sistema Prisional do Estado de Minas Gerais","authors":"Roselaine de Jesus Medeiros Silva, Vera Lúcia Nogueira","doi":"10.14244/198271994717","DOIUrl":"https://doi.org/10.14244/198271994717","url":null,"abstract":"Este artigo apresenta uma discussão sobre as principais políticas públicas para a formação dos professores que atuam nas Unidades Prisionais do Estado de Minas Gerais. As análises são orientadas pela abordagem do Ciclo de Políticas Públicas, especialmente a partir dos trabalhos de Jefferson Mainardes (2006). Neste estudo, são considerados documentos nacionais e, em especial, os Planos Estaduais para Educação nas Prisões (2012 e 2015), importantes instrumentos que fazem um diagnóstico e a promoção da Educação Prisional. As políticas públicas educacionais voltadas para o Sistema Prisional são articuladas pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública do Estado de Minas Gerais (SEJUSP/MG) e Secretaria de Estado de Educação do Estado de Minas Gerais (SEE/MG). Permitiu-se, por meio da análise documental, verificar e identificar como são apresentadas as ações para a formação específica dos professores. A partir dos levantamentos realizados foi possível concluir que o Estado de Minas Gerais conta com produções legislativas e normativas que projetam múltiplas dimensões e intencionalidades de modo a estruturar as condições de viabilização da educação nas prisões, no entanto, no tocante à promoção de ações específicas para a formação dos professores que atuam nesses contextos prisionais, as políticas públicas mineiras deixam uma grande lacuna e muitas interrogações.\u0000","PeriodicalId":131472,"journal":{"name":"Revista Eletrônica de Educação","volume":"43 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123782088","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Glaucia Signorelli de Queiroz Gonçalves, Fernanda Duarte Araújo Silva
A alfabetização de crianças e adultos tem sido, historicamente, uma das dificuldades enfrentadas em nosso país e, por isso, é necessário continuarmos os debates acerca da temática. Neste estudo, foi realizada uma análise documental da Política Nacional de Alfabetização (PNA) instituída pelo Decreto n. 9.765, de 11 de abril de 2019, para contemplar as abordagens, os princípios e as diretrizes que embasam esse documento, com vistas a entender a concepção de formação docente que subjaz a PNA; discutir a proposta de alfabetização constante na PNA; debater a relevância das experiências dos(as) alfabetizadores(as) na formulação de uma política pública; e fazer apontamentos consoantes às formulações teóricas contemporâneas, tanto no que diz respeito à alfabetização quanto à formação docente. Trata-se de uma pesquisa de cunhos documental e bibliográfico, que se desdobrou em duas frentes relativas ao Decreto que institui a PNA e a teóricos como Gatti (2013), Nóvoa (2009, 2011, 2017), Roldão (2010), Tardif (2002), entre outros que discorrem acerca da formação de professores; e Monteiro (2019), Morais (2019) e Mortatti (2019), que tratam da alfabetização. Discutir a PNA e suas relações com a formação docente é ainda um desafio; sendo assim este estudo possibilita compreender os caminhos traçados tanto para a alfabetização quanto para a formação de professores(as) no Brasil.
{"title":"A formação docente e a Política Nacional de Alfabetização (PNA): entre perdas e retrocessos","authors":"Glaucia Signorelli de Queiroz Gonçalves, Fernanda Duarte Araújo Silva","doi":"10.14244/198271995173","DOIUrl":"https://doi.org/10.14244/198271995173","url":null,"abstract":"A alfabetização de crianças e adultos tem sido, historicamente, uma das dificuldades enfrentadas em nosso país e, por isso, é necessário continuarmos os debates acerca da temática. Neste estudo, foi realizada uma análise documental da Política Nacional de Alfabetização (PNA) instituída pelo Decreto n. 9.765, de 11 de abril de 2019, para contemplar as abordagens, os princípios e as diretrizes que embasam esse documento, com vistas a entender a concepção de formação docente que subjaz a PNA; discutir a proposta de alfabetização constante na PNA; debater a relevância das experiências dos(as) alfabetizadores(as) na formulação de uma política pública; e fazer apontamentos consoantes às formulações teóricas contemporâneas, tanto no que diz respeito à alfabetização quanto à formação docente. Trata-se de uma pesquisa de cunhos documental e bibliográfico, que se desdobrou em duas frentes relativas ao Decreto que institui a PNA e a teóricos como Gatti (2013), Nóvoa (2009, 2011, 2017), Roldão (2010), Tardif (2002), entre outros que discorrem acerca da formação de professores; e Monteiro (2019), Morais (2019) e Mortatti (2019), que tratam da alfabetização. Discutir a PNA e suas relações com a formação docente é ainda um desafio; sendo assim este estudo possibilita compreender os caminhos traçados tanto para a alfabetização quanto para a formação de professores(as) no Brasil.","PeriodicalId":131472,"journal":{"name":"Revista Eletrônica de Educação","volume":"28 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125256018","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Neste estudo, foi analisado como se constituiu o Assistente de Alfabetização (AA), parte estruturante do Programa Mais Alfabetização (PMALFA), cujo intuito era o de melhorar os índices de alfabetização dos estudantes do 1º e 2º anos do Ensino Fundamental, razão pela qual integrou a Política Nacional de Alfabetização instituída em 2019. Desse modo, o objetivo geral foi compreender o sentido e os elementos de sustentação do PMALFA, pondo em evidência a constituição do AA. A documentação pertinente foi coligida e com ela uma análise documental. As categorias empíricas foram identificadas e posteriormente examinamos suas conexões internas e em relação às políticas educacionais no Brasil, além de suas articulações com orientações internacionais. Tematizamos o “combate à pobreza”, slogan do Banco Mundial, e o “atendimento às populações vulneráveis”, da Unesco, considerando o aporte da produção acadêmica. O Programa foi criado, alega-se, em razão dos baixos índices alcançados pelos alunos na Avaliação Nacional da Alfabetização, em 2016. Criou-se, então, o Assistente de Alfabetização para auxiliar, como trabalhador voluntário, na alfabetização no âmbito de uma estratégia focal subordinada à perspectiva gerencialista da avaliação. Ademais, o trabalho docente é precarizado, concretizando o abandono pelo Estado da tarefa educativa. A proposta ecoa o projeto hegemônico capitalista que atribui a docentes funções de gerenciamento dos parcos recursos públicos, abrindo caminhos para o empresariamento da solidariedade e do voluntariado e o crescimento de uma categoria profissional desprovida de direitos.
{"title":"O Assistente de Alfabetização como face exposta do trabalho docente precarizado","authors":"Elisandra Gozzi, Olinda Evangelista, Priscila Monteiro Chaves","doi":"10.14244/198271995193","DOIUrl":"https://doi.org/10.14244/198271995193","url":null,"abstract":"Neste estudo, foi analisado como se constituiu o Assistente de Alfabetização (AA), parte estruturante do Programa Mais Alfabetização (PMALFA), cujo intuito era o de melhorar os índices de alfabetização dos estudantes do 1º e 2º anos do Ensino Fundamental, razão pela qual integrou a Política Nacional de Alfabetização instituída em 2019. Desse modo, o objetivo geral foi compreender o sentido e os elementos de sustentação do PMALFA, pondo em evidência a constituição do AA. A documentação pertinente foi coligida e com ela uma análise documental. As categorias empíricas foram identificadas e posteriormente examinamos suas conexões internas e em relação às políticas educacionais no Brasil, além de suas articulações com orientações internacionais. Tematizamos o “combate à pobreza”, slogan do Banco Mundial, e o “atendimento às populações vulneráveis”, da Unesco, considerando o aporte da produção acadêmica. O Programa foi criado, alega-se, em razão dos baixos índices alcançados pelos alunos na Avaliação Nacional da Alfabetização, em 2016. Criou-se, então, o Assistente de Alfabetização para auxiliar, como trabalhador voluntário, na alfabetização no âmbito de uma estratégia focal subordinada à perspectiva gerencialista da avaliação. Ademais, o trabalho docente é precarizado, concretizando o abandono pelo Estado da tarefa educativa. A proposta ecoa o projeto hegemônico capitalista que atribui a docentes funções de gerenciamento dos parcos recursos públicos, abrindo caminhos para o empresariamento da solidariedade e do voluntariado e o crescimento de uma categoria profissional desprovida de direitos.","PeriodicalId":131472,"journal":{"name":"Revista Eletrônica de Educação","volume":"53 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128278387","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}