Pub Date : 2020-10-09DOI: 10.34024/limiar.2020.v7.10695
Lutti Mira, F. Ribeiro
{"title":"Monumento para Beethoven","authors":"Lutti Mira, F. Ribeiro","doi":"10.34024/limiar.2020.v7.10695","DOIUrl":"https://doi.org/10.34024/limiar.2020.v7.10695","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":136173,"journal":{"name":"Revista Limiar","volume":"90 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-10-09","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114506711","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-10-09DOI: 10.34024/limiar.2020.v7.10881
Jorge De Almeida
Este ensaio tem como objetivo refletir sobre algumas questões importantes da história da recepção da obra de Ludwig van Beethoven, por ocasião dos 250 anos de seu nascimento. Diante das descobertas de John Eliot Gardiner sobre a existência de “citações subversivas” inseridas em suas sinfonias, argumentamos que é necessário repensar os fundamentos de uma tradição filosófica de interpretação estética (cujos representantes principais são E. T. A. Hoffmann e Theodor Adorno) que elegeu a autonomia como critério histórico, crítico e filosófico para a justa apreciação das relações entre música e política na obra de Beethoven.
{"title":"Liberdade e Autonomia","authors":"Jorge De Almeida","doi":"10.34024/limiar.2020.v7.10881","DOIUrl":"https://doi.org/10.34024/limiar.2020.v7.10881","url":null,"abstract":"Este ensaio tem como objetivo refletir sobre algumas questões importantes da história da recepção da obra de Ludwig van Beethoven, por ocasião dos 250 anos de seu nascimento. Diante das descobertas de John Eliot Gardiner sobre a existência de “citações subversivas” inseridas em suas sinfonias, argumentamos que é necessário repensar os fundamentos de uma tradição filosófica de interpretação estética (cujos representantes principais são E. T. A. Hoffmann e Theodor Adorno) que elegeu a autonomia como critério histórico, crítico e filosófico para a justa apreciação das relações entre música e política na obra de Beethoven. ","PeriodicalId":136173,"journal":{"name":"Revista Limiar","volume":"129 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-10-09","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114693983","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-10-09DOI: 10.34024/limiar.2020.v7.10705
Bruna Batalhão
Em sua crítica, na década de 1950, à música serialista, o filósofo Theodor Adorno evoca Beethoven como o ideal de uma música dinâmica de essência dialética. Quando apontada a limitação da estética adorniana para a compreensão da arte que lhe era contemporânea, é justamente o ideal beethoveniano vinculado à tradição musical austro-germânica que se tem em vista, como se esse houvesse envelhecido. A análise de Adorno da transformação desse ideal no Beethoven tardio poderia apontar para formas de construção de qualidade não dinâmica sem, contudo, serem tomadas simplesmente como regressivas, em uma concepção de estilo tardio não envelhecido.
{"title":"Beethoven para Adorno: ideal envelhecido ou \"envelhecimento\" ideal","authors":"Bruna Batalhão","doi":"10.34024/limiar.2020.v7.10705","DOIUrl":"https://doi.org/10.34024/limiar.2020.v7.10705","url":null,"abstract":"Em sua crítica, na década de 1950, à música serialista, o filósofo Theodor Adorno evoca Beethoven como o ideal de uma música dinâmica de essência dialética. Quando apontada a limitação da estética adorniana para a compreensão da arte que lhe era contemporânea, é justamente o ideal beethoveniano vinculado à tradição musical austro-germânica que se tem em vista, como se esse houvesse envelhecido. A análise de Adorno da transformação desse ideal no Beethoven tardio poderia apontar para formas de construção de qualidade não dinâmica sem, contudo, serem tomadas simplesmente como regressivas, em uma concepção de estilo tardio não envelhecido.","PeriodicalId":136173,"journal":{"name":"Revista Limiar","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-10-09","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133515016","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-10-09DOI: 10.34024/limiar.2020.v7.11265
Christoph Türcke
O museu de Artes Plásticas de Leipzig dedicou uma sala inteira ao pintor e escultor Max Klinger. Nela, algumas de suas mais importantes obras foram reunidas. No meio da sala estava a monumental escultura de Beethoven, feita por Klinger. Para esta sala, concebi uma programação em três partes: “Palavra-Imagem-Som: obras-chave de Max Klinger à luz da música congenial”. A ideia era: “A cada noite, diante de um original de Klinger, soava um quarteto de cordas, o que desafia o trabalho visual e é desafiado por ele. A música ajuda a ver, a obra a ouvir. Palavras introdutórias e comentários relacionam imagem e música entre si, de tal modo que a experiência sinestésica entra em sintonia com elas”. Na primeira noite, em 21 de novembro de 2018, o Quarteto-Grieg, de Leipzig, tocou, diante do Beethoven de Klinger, o op. 127 de Beethoven para Quarteto de Cordas.
{"title":"O Beethoven de Max Klinger","authors":"Christoph Türcke","doi":"10.34024/limiar.2020.v7.11265","DOIUrl":"https://doi.org/10.34024/limiar.2020.v7.11265","url":null,"abstract":"O museu de Artes Plásticas de Leipzig dedicou uma sala inteira ao pintor e escultor Max Klinger. Nela, algumas de suas mais importantes obras foram reunidas. No meio da sala estava a monumental escultura de Beethoven, feita por Klinger. Para esta sala, concebi uma programação em três partes: “Palavra-Imagem-Som: obras-chave de Max Klinger à luz da música congenial”. A ideia era: “A cada noite, diante de um original de Klinger, soava um quarteto de cordas, o que desafia o trabalho visual e é desafiado por ele. A música ajuda a ver, a obra a ouvir. Palavras introdutórias e comentários relacionam imagem e música entre si, de tal modo que a experiência sinestésica entra em sintonia com elas”. Na primeira noite, em 21 de novembro de 2018, o Quarteto-Grieg, de Leipzig, tocou, diante do Beethoven de Klinger, o op. 127 de Beethoven para Quarteto de Cordas.","PeriodicalId":136173,"journal":{"name":"Revista Limiar","volume":"12 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-10-09","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126825969","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-10-09DOI: 10.34024/limiar.2020.v7.10668
Reginaldo Rodrigues Raposo
O artigo tece considerações sobre a relação filosófico-musical de Hegel com as transformações promovidas pela contribuição de Beethoven, através dos documentos históricos que compõem o que se toma pela Estética hegeliana. A partir das observações feitas pelo musicólogo alemão do século XX, Carl Dahlhaus, acerca desta mesma articulação, buscamos identificar e analisar a leitura que enxerga na crítica hegeliana à música de seu tempo sutilezas que apontam para além da percepção de uma mera “indisposição” de tendência classicista por parte do filósofo. Demonstramos ainda como essas observações conduzem a sentidos que, por sua vez, reafirmam o lugar específico da música enquanto arte particular e a característica de seu movimento no todo da Estética e da filosofia hegeliana.
{"title":"Beethoven na filosofia da arte hegeliana","authors":"Reginaldo Rodrigues Raposo","doi":"10.34024/limiar.2020.v7.10668","DOIUrl":"https://doi.org/10.34024/limiar.2020.v7.10668","url":null,"abstract":"O artigo tece considerações sobre a relação filosófico-musical de Hegel com as transformações promovidas pela contribuição de Beethoven, através dos documentos históricos que compõem o que se toma pela Estética hegeliana. A partir das observações feitas pelo musicólogo alemão do século XX, Carl Dahlhaus, acerca desta mesma articulação, buscamos identificar e analisar a leitura que enxerga na crítica hegeliana à música de seu tempo sutilezas que apontam para além da percepção de uma mera “indisposição” de tendência classicista por parte do filósofo. Demonstramos ainda como essas observações conduzem a sentidos que, por sua vez, reafirmam o lugar específico da música enquanto arte particular e a característica de seu movimento no todo da Estética e da filosofia hegeliana.","PeriodicalId":136173,"journal":{"name":"Revista Limiar","volume":"156 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-10-09","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132058784","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-10-09DOI: 10.34024/limiar.2020.v7.10850
Micael Rosa Silva
Nenhum filósofo pensou a música de forma tão intensa e profusa como Nietzsche. Interpretar as diferentes formas de manifestação musical na história, assim como desvendar os seus significados mais secretos, foi a estratégia encontrada para avaliar os movimentos da cultura ocidental. Nesta empreita, o contato com as obras de Beethoven e Richard Wagner foram decisivos. Não há exagero em afirmar que toda filosofia nietzschiana é marcada pela presença de Wagner, primeiro na forma de uma forte influência, depois como objeto de severa crítica. Entretanto, para uma ampla compreensão dos frutos filosóficos decorrentes da relação Nietzsche-Wagner é fundamental situar o papel que Beethoven nela desempenha. Pensando nisso, o objetivo do presente trabalho é apresentar diferentes abordagens de Nietzsche sobre a música beethoveniana, destacando que tais abordagens seguem as mesmas acepções feitas sobre a obra de Wagner.
{"title":"papel de Beethoven no pensamento estético-musical decorrente da relação Nietzsche-Wagner","authors":"Micael Rosa Silva","doi":"10.34024/limiar.2020.v7.10850","DOIUrl":"https://doi.org/10.34024/limiar.2020.v7.10850","url":null,"abstract":"Nenhum filósofo pensou a música de forma tão intensa e profusa como Nietzsche. Interpretar as diferentes formas de manifestação musical na história, assim como desvendar os seus significados mais secretos, foi a estratégia encontrada para avaliar os movimentos da cultura ocidental. Nesta empreita, o contato com as obras de Beethoven e Richard Wagner foram decisivos. Não há exagero em afirmar que toda filosofia nietzschiana é marcada pela presença de Wagner, primeiro na forma de uma forte influência, depois como objeto de severa crítica. Entretanto, para uma ampla compreensão dos frutos filosóficos decorrentes da relação Nietzsche-Wagner é fundamental situar o papel que Beethoven nela desempenha. Pensando nisso, o objetivo do presente trabalho é apresentar diferentes abordagens de Nietzsche sobre a música beethoveniana, destacando que tais abordagens seguem as mesmas acepções feitas sobre a obra de Wagner. \u0000 ","PeriodicalId":136173,"journal":{"name":"Revista Limiar","volume":"29 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-10-09","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133854617","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-10-08DOI: 10.34024/limiar.2020.v7.10928
Márcio Benchimol
Esse trabalho é uma tentativa de interpretar uma afirmação feita por Nietzsche em seu livro O caso Wagner, na qual ele sugere que Schopenhauer, como o filósofo da décadence, revelou Wagner, como o artista da décadence, a si mesmo. A tentativa passa por uma comparação entre dois momentos do pensamento de Wagner sobre a música, e, em particular, sobre sua própria música. O primeiro momento é representado por seu texto A arte e a revolução, de 1849, enquanto que o segundo é representado por seu Festschrift Beethoven, de 1871.
{"title":"Esperança e Resignação","authors":"Márcio Benchimol","doi":"10.34024/limiar.2020.v7.10928","DOIUrl":"https://doi.org/10.34024/limiar.2020.v7.10928","url":null,"abstract":"Esse trabalho é uma tentativa de interpretar uma afirmação feita por Nietzsche em seu livro O caso Wagner, na qual ele sugere que Schopenhauer, como o filósofo da décadence, revelou Wagner, como o artista da décadence, a si mesmo. A tentativa passa por uma comparação entre dois momentos do pensamento de Wagner sobre a música, e, em particular, sobre sua própria música. O primeiro momento é representado por seu texto A arte e a revolução, de 1849, enquanto que o segundo é representado por seu Festschrift Beethoven, de 1871.","PeriodicalId":136173,"journal":{"name":"Revista Limiar","volume":"64 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-10-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121821887","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-11-21DOI: 10.34024/limiar.2019.v6.9565
Gustavo Hessman Dalaqua
O artigo apresenta o conceito de injustiça estética, que designa qualquer dano cometido a um sujeito no que diz respeito à sua capacidade estética. A primeira seção reconstrói a noção de mentalidade colonial teorizada por Amílcar Cabral para mostrar como a injustiça estética é experimentada de maneira diferente pelos opressores e oprimidos. A segunda engaja criticamente com A estética do oprimido de Augusto Boal e destaca a mútua influência existente entre injustiça estética e injustiça epistêmica. A terceira indica como ambos tipos de injustiça podem ser resistidos por meio de uma análise de outras duas obras de Boal: Teatro do oprimido e O arco-íris do desejo. A quarta seção conclui argumentando que a injustiça epistêmica é infensa à democracia e explicando por que um regime democrático requer justiça estética, conceito normativo segundo o qual todos os cidadãos são igualmente aptos a ter seus modos de ver e sentir os temas públicos levados em conta na deliberação política.
{"title":"Injustiça estética","authors":"Gustavo Hessman Dalaqua","doi":"10.34024/limiar.2019.v6.9565","DOIUrl":"https://doi.org/10.34024/limiar.2019.v6.9565","url":null,"abstract":"O artigo apresenta o conceito de injustiça estética, que designa qualquer dano cometido a um sujeito no que diz respeito à sua capacidade estética. A primeira seção reconstrói a noção de mentalidade colonial teorizada por Amílcar Cabral para mostrar como a injustiça estética é experimentada de maneira diferente pelos opressores e oprimidos. A segunda engaja criticamente com A estética do oprimido de Augusto Boal e destaca a mútua influência existente entre injustiça estética e injustiça epistêmica. A terceira indica como ambos tipos de injustiça podem ser resistidos por meio de uma análise de outras duas obras de Boal: Teatro do oprimido e O arco-íris do desejo. A quarta seção conclui argumentando que a injustiça epistêmica é infensa à democracia e explicando por que um regime democrático requer justiça estética, conceito normativo segundo o qual todos os cidadãos são igualmente aptos a ter seus modos de ver e sentir os temas públicos levados em conta na deliberação política.","PeriodicalId":136173,"journal":{"name":"Revista Limiar","volume":"342 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-11-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132545130","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-10-21DOI: 10.34024/limiar.2019.v6.9916
Anna Maria Wasyl, Cristiane Maria Rebello Nascimento
Embora Petrarca quisesse se igualar a seus antigos predecessores em seus poemas latinos e tenha alcançado grande reconhecimento entre seus contemporâneos, a crítica literária tardia viu nesses escritos uma artificialidade linguística e uma erudição ostentatória. Os estudos atuais, contudo, enfatizam que este segmento particular das obras de Petrarca requer um olhar mais atento, do ponto de vista teorético e estético-literário, que foque especificamente na abordagem do autor em relação à questão da imitação, vendo na regra da imitatio antiquorum constitui o núcleo da sua reflexão meta-literária e historiosófica. Na poesia latina, Petrarca explora os modelos antigos canônicos, notavelmente Virgílio e Horácio. Porém, em seu opus magnum, Africa, o autor revela uma diversidade estilística e composicional: a Aeneid, de Virgílio, a épica imperial e tardo antiga, a prosa historiográfica e os comentários. A leitura e apropriação dos clássicos por Petrarca exclui, assim, uma imitação rígida de um único modelo, optando por uma inspiração de múltiplas fontes, em termo de conteúdo, composição e estilo.
{"title":"Petrarca e a 'imitatio' renascentista","authors":"Anna Maria Wasyl, Cristiane Maria Rebello Nascimento","doi":"10.34024/limiar.2019.v6.9916","DOIUrl":"https://doi.org/10.34024/limiar.2019.v6.9916","url":null,"abstract":"Embora Petrarca quisesse se igualar a seus antigos predecessores em seus poemas latinos e tenha alcançado grande reconhecimento entre seus contemporâneos, a crítica literária tardia viu nesses escritos uma artificialidade linguística e uma erudição ostentatória. Os estudos atuais, contudo, enfatizam que este segmento particular das obras de Petrarca requer um olhar mais atento, do ponto de vista teorético e estético-literário, que foque especificamente na abordagem do autor em relação à questão da imitação, vendo na regra da imitatio antiquorum constitui o núcleo da sua reflexão meta-literária e historiosófica. Na poesia latina, Petrarca explora os modelos antigos canônicos, notavelmente Virgílio e Horácio. Porém, em seu opus magnum, Africa, o autor revela uma diversidade estilística e composicional: a Aeneid, de Virgílio, a épica imperial e tardo antiga, a prosa historiográfica e os comentários. A leitura e apropriação dos clássicos por Petrarca exclui, assim, uma imitação rígida de um único modelo, optando por uma inspiração de múltiplas fontes, em termo de conteúdo, composição e estilo. \u0000 ","PeriodicalId":136173,"journal":{"name":"Revista Limiar","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-10-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130231946","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}