Pub Date : 2019-03-24DOI: 10.34024/limiar.2015.v2.9257
Philippe Oliveira de Almeida
O artigo seguinte objetiva investigar a categoria de a priori histórico no pensamento do fi lósofo francês Michel Foucault. Pretendemos mostrar que há um sistema epistemológico subjacente à atividade arqueológica de Foucault. Mostramos que Foucault, inspirado em Nietzsche, entende as ideias como fatos históricos, acontecimentos discursivos. Em seguida, argumentamos que a manifestação de referidos acontecimentos discursivos depende de condições históricas de possibilidade (a éphisteme). Sugerimos que o a priori histórico de Foucault assemelha-se à Ereignis de Heidegger e aos jogos de linguagem de Wittgenstein: são jogos de verdade, regras para que o ente surja qua ente na percepção do sujeito. O a priori histórico defi ne, baseado em relações de poder, os limites móveis entre o conhecimento verdadeiro e o conhecimento falso.
{"title":"A DIGESTÃO E A REPRODUÇÃO DO CENTAURO:","authors":"Philippe Oliveira de Almeida","doi":"10.34024/limiar.2015.v2.9257","DOIUrl":"https://doi.org/10.34024/limiar.2015.v2.9257","url":null,"abstract":"O artigo seguinte objetiva investigar a categoria de a priori histórico no pensamento do fi lósofo francês Michel Foucault. Pretendemos mostrar que há um sistema epistemológico subjacente à atividade arqueológica de Foucault. Mostramos que Foucault, inspirado em Nietzsche, entende as ideias como fatos históricos, acontecimentos discursivos. Em seguida, argumentamos que a manifestação de referidos acontecimentos discursivos depende de condições históricas de possibilidade (a éphisteme). Sugerimos que o a priori histórico de Foucault assemelha-se à Ereignis de Heidegger e aos jogos de linguagem de Wittgenstein: são jogos de verdade, regras para que o ente surja qua ente na percepção do sujeito. O a priori histórico defi ne, baseado em relações de poder, os limites móveis entre o conhecimento verdadeiro e o conhecimento falso.","PeriodicalId":136173,"journal":{"name":"Revista Limiar","volume":"9 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-03-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128933940","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-03-24DOI: 10.34024/limiar.2013.v1.9284
C. Favaretto
Uma análise das relações entre arte e cultura no processo de modernização no Brasil dos anos de 1920 à década de 1960; uma reflexão sobre projetos e produções que visavam à articulação entre modernidade e transformação social. Enfatiza o tensionamento de questões e processos evidenciados na atividade artística e cultural surgidos do imbricamento de elementos da cultura popular e do experimentalismo de vanguarda e crítica cultural.
{"title":"Do modernismo aos anos 60:","authors":"C. Favaretto","doi":"10.34024/limiar.2013.v1.9284","DOIUrl":"https://doi.org/10.34024/limiar.2013.v1.9284","url":null,"abstract":"Uma análise das relações entre arte e cultura no processo de modernização no Brasil dos anos de 1920 à década de 1960; uma reflexão sobre projetos e produções que visavam à articulação entre modernidade e transformação social. Enfatiza o tensionamento de questões e processos evidenciados na atividade artística e cultural surgidos do imbricamento de elementos da cultura popular e do experimentalismo de vanguarda e crítica cultural.","PeriodicalId":136173,"journal":{"name":"Revista Limiar","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-03-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132903294","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-03-24DOI: 10.34024/limiar.2014.v2.9266
M. Ricci, Cristiane Maria Rebello Nascimento
Partindo da análise da etimologia da palavra “graça”, a autora analisa a teoria de Castiglione, condensada na frase “quem tem graça, é grato”, que indica tanto um sentido ativo, quanto um sentido passivo da palavra “graça”. Para receber a graça de seu príncipe, o nobre cortesão deve ser gracioso. A “graça”, portanto, torna-se um ornamento e uma estratégia. A “graça” nasce de uma “regra universal”: evitar afetação e demonstrar certa indiferença – sprezzatura. Sprezzatura, que implica disprezzo, desdém, é dissimulação da arte e similação de natureza. É o produto de uma longa “fadiga” que deve ficar completamente escondida. A “graça” pode ser, deste modo, resumida no oxímoro: arte sem arte.
{"title":"Graça e Sprezzatura em Baldassar Castiglione","authors":"M. Ricci, Cristiane Maria Rebello Nascimento","doi":"10.34024/limiar.2014.v2.9266","DOIUrl":"https://doi.org/10.34024/limiar.2014.v2.9266","url":null,"abstract":"Partindo da análise da etimologia da palavra “graça”, a autora analisa a teoria de Castiglione, condensada na frase “quem tem graça, é grato”, que indica tanto um sentido ativo, quanto um sentido passivo da palavra “graça”. Para receber a graça de seu príncipe, o nobre cortesão deve ser gracioso. A “graça”, portanto, torna-se um ornamento e uma estratégia. A “graça” nasce de uma “regra universal”: evitar afetação e demonstrar certa indiferença – sprezzatura. Sprezzatura, que implica disprezzo, desdém, é dissimulação da arte e similação de natureza. É o produto de uma longa “fadiga” que deve ficar completamente escondida. A “graça” pode ser, deste modo, resumida no oxímoro: arte sem arte.","PeriodicalId":136173,"journal":{"name":"Revista Limiar","volume":"5 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-03-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132533904","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-03-24DOI: 10.34024/limiar.2018.v5.9188
Leda Tenório da Motta
Proust foi um parodista. Isso é um convite a ler Proust pelo viés inusitado do riso. E, ato contínuo, a desler velhas preleções sobre a madeleine epifânica, segundo as quais o aprendiz de escritor em ação no romance proustiano acabou se deparando com a revelação da verdade, recuperando o tempo perdido, salvando-se, enfim, in extremis, pela Arte, com letra maiúscula.
{"title":"O clichê da madeleine, as imagens da arte ou Proust sem ascensão heroica","authors":"Leda Tenório da Motta","doi":"10.34024/limiar.2018.v5.9188","DOIUrl":"https://doi.org/10.34024/limiar.2018.v5.9188","url":null,"abstract":"Proust foi um parodista. Isso é um convite a ler Proust pelo viés inusitado do riso. E, ato contínuo, a desler velhas preleções sobre a madeleine epifânica, segundo as quais o aprendiz de escritor em ação no romance proustiano acabou se deparando com a revelação da verdade, recuperando o tempo perdido, salvando-se, enfim, in extremis, pela Arte, com letra maiúscula.","PeriodicalId":136173,"journal":{"name":"Revista Limiar","volume":"8 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-03-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133503941","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-03-24DOI: 10.34024/limiar.2014.v1.9281
Tales Ab’Saber
No período que antecedeu a crise financeira mundial de 2008 todos os agentes econômicos centrais envolvidos na crise negaram com todas as forças – teóricas, midiáticas e políticas – a realidade concreta da crise que produziam. No entanto, algumas vozes, desde o final dos anos 1990, apontavam com força e precisão a iminência de uma crise recessiva que teria impacto global. Os agentes que recusavam a realidade da crise assim a aprofundaram, e a história funcionou aqui como paradoxo, operando um mecanismo de defesa típica da perversão, a recusa da realidade do que não era o impulso imaginário e simbólico do objeto fetiche. A gestão do grande mercado da economia mundial passa a necessitar de um processo de análise inconsciente, pois, como dizia Marx, “eles não sabem o que fazem, mas o fazem assim mesmo”.
{"title":"Interesse e verdade:","authors":"Tales Ab’Saber","doi":"10.34024/limiar.2014.v1.9281","DOIUrl":"https://doi.org/10.34024/limiar.2014.v1.9281","url":null,"abstract":"No período que antecedeu a crise financeira mundial de 2008 todos os agentes econômicos centrais envolvidos na crise negaram com todas as forças – teóricas, midiáticas e políticas – a realidade concreta da crise que produziam. No entanto, algumas vozes, desde o final dos anos 1990, apontavam com força e precisão a iminência de uma crise recessiva que teria impacto global. Os agentes que recusavam a realidade da crise assim a aprofundaram, e a história funcionou aqui como paradoxo, operando um mecanismo de defesa típica da perversão, a recusa da realidade do que não era o impulso imaginário e simbólico do objeto fetiche. A gestão do grande mercado da economia mundial passa a necessitar de um processo de análise inconsciente, pois, como dizia Marx, “eles não sabem o que fazem, mas o fazem assim mesmo”.","PeriodicalId":136173,"journal":{"name":"Revista Limiar","volume":"142 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-03-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133875823","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-03-24DOI: 10.34024/limiar.2016.v3.9247
L. Façanha, Zilmara de Jesus Viana de Carvalho, Wainer Furtado Neves
O presente artigo esclarece sobre a análise estética do Gosto no século XVIII considerando a obra do Barão de Montesquieu de 1753, intitulado O Gosto, verbete escrito para fazer parte da Encyclopédie sob a direção de Diderot e D’Alambert e complementar os escritos sobre o gosto já elaborados por Voltaire. O Gosto é abordado a partir dos modos essenciais dos prazeres e suas respectivas causas, considerando suas relações com: a curiosidade, a ordem, a variedade, a simetria, e dos contrastes, da sensibilidade, da delicadeza, da surpresa, das regras, dentre outras circunstancialidades. Também traçaremos um paralelo junto às representações da mesma categoria do gosto com o pensamento estético de Charles Batteux, contemporâneo de Montesquieu. O objetivo é decompor as etapas que constitui a obra O Gosto e analisar os processos da alma em que o prazer encontra causas e assim construir o edifício do sentimento. Tema central das discussões sobre o gosto são as dimensões do prazer. O gosto sempre nos liga a algo por meio do sentimento. Decifrar a fonte dos prazeres se constitui como a análise de uma estrutura da alma e encontrar sentido em suas manifestações implica em perscrutar a ordem do sentir e do ver, portanto, o presente trabalho realiza um esforço na medida em que percorre os caminhos do prazer, tal qual elaborados por Montesquieu, para constituir uma reflexão ainda embrionária sobre o gosto, considerando algumas nuances do esteta classicista Batteux.
{"title":"Considerações acerca das Categorias Dos Prazeres e Suas Causas na obra O Gosto do Barão de Montesquieu","authors":"L. Façanha, Zilmara de Jesus Viana de Carvalho, Wainer Furtado Neves","doi":"10.34024/limiar.2016.v3.9247","DOIUrl":"https://doi.org/10.34024/limiar.2016.v3.9247","url":null,"abstract":"O presente artigo esclarece sobre a análise estética do Gosto no século XVIII considerando a obra do Barão de Montesquieu de 1753, intitulado O Gosto, verbete escrito para fazer parte da Encyclopédie sob a direção de Diderot e D’Alambert e complementar os escritos sobre o gosto já elaborados por Voltaire. O Gosto é abordado a partir dos modos essenciais dos prazeres e suas respectivas causas, considerando suas relações com: a curiosidade, a ordem, a variedade, a simetria, e dos contrastes, da sensibilidade, da delicadeza, da surpresa, das regras, dentre outras circunstancialidades. Também traçaremos um paralelo junto às representações da mesma categoria do gosto com o pensamento estético de Charles Batteux, contemporâneo de Montesquieu. O objetivo é decompor as etapas que constitui a obra O Gosto e analisar os processos da alma em que o prazer encontra causas e assim construir o edifício do sentimento. Tema central das discussões sobre o gosto são as dimensões do prazer. O gosto sempre nos liga a algo por meio do sentimento. Decifrar a fonte dos prazeres se constitui como a análise de uma estrutura da alma e encontrar sentido em suas manifestações implica em perscrutar a ordem do sentir e do ver, portanto, o presente trabalho realiza um esforço na medida em que percorre os caminhos do prazer, tal qual elaborados por Montesquieu, para constituir uma reflexão ainda embrionária sobre o gosto, considerando algumas nuances do esteta classicista Batteux.","PeriodicalId":136173,"journal":{"name":"Revista Limiar","volume":"33 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-03-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124572005","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-03-24DOI: 10.34024/limiar.2018.v5.9194
Estela Sahm
O presente texto procura observar as relações possíveis entre a obra literária de Marcel Proust Em busca do tempo perdido e alguns conceitos caros a Henri Bergson, naquilo que concernem às questões do tempo, da memória e da percepção: de que forma podemos encontrar aproximações entre esta narrativa literária e o discurso filosófico de Bergson. Pretende, também, a partir de Paul Ricœur em Tempo e narrativa, examinar, na obra proustiana, os recursos da linguagem dita literária no que diz respeito a este tema. Trata, portanto, da confluência entre a abordagem filosófica e a teoria literária moderna, na sua articulação tempo/linguagem.
{"title":"Entre evocar e projetar:","authors":"Estela Sahm","doi":"10.34024/limiar.2018.v5.9194","DOIUrl":"https://doi.org/10.34024/limiar.2018.v5.9194","url":null,"abstract":"O presente texto procura observar as relações possíveis entre a obra literária de Marcel Proust Em busca do tempo perdido e alguns conceitos caros a Henri Bergson, naquilo que concernem às questões do tempo, da memória e da percepção: de que forma podemos encontrar aproximações entre esta narrativa literária e o discurso filosófico de Bergson. Pretende, também, a partir de Paul Ricœur em Tempo e narrativa, examinar, na obra proustiana, os recursos da linguagem dita literária no que diz respeito a este tema. Trata, portanto, da confluência entre a abordagem filosófica e a teoria literária moderna, na sua articulação tempo/linguagem.","PeriodicalId":136173,"journal":{"name":"Revista Limiar","volume":"19 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-03-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121271067","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-03-24DOI: 10.34024/limiar.2014.v2.9272
S. Araújo
A ‘diversion’ é um dos temas mais destacados do terceiro livro dos Essais de Montaigne, tomado por importante corrente do comentário como expressão de uma filosofia moral nova e original adequada à natureza individual do ‘moi’ de Montaigne, uma vez emancipado dos modelos morais e dos procedimentos da retórica latina que regulavam a produção letrada de seu tempo. Retomamos aqui o exame desta temática, através da leitura do capítulo que lhe é dedicado nos Essais, com vistas a reinseri-lo, porém, na ambiência própria à cultura renascentista, pautada na recuperação da grande tradição da ética e da retórica clássica. Para tanto, procedemos à crítica do comentário que tende a aproximar o pensamento de Montaigne do paradigma moderno da subjetividade e por outro lado, ressaltamos o contraste entre o sentido montaigneano da ‘diversion’ e o outro bem diverso de que se reveste em sua retomada por Blaise Pascal no século XVII.
{"title":"Montaigne e a idéia da ‘Diversion’:","authors":"S. Araújo","doi":"10.34024/limiar.2014.v2.9272","DOIUrl":"https://doi.org/10.34024/limiar.2014.v2.9272","url":null,"abstract":"A ‘diversion’ é um dos temas mais destacados do terceiro livro dos Essais de Montaigne, tomado por importante corrente do comentário como expressão de uma filosofia moral nova e original adequada à natureza individual do ‘moi’ de Montaigne, uma vez emancipado dos modelos morais e dos procedimentos da retórica latina que regulavam a produção letrada de seu tempo. Retomamos aqui o exame desta temática, através da leitura do capítulo que lhe é dedicado nos Essais, com vistas a reinseri-lo, porém, na ambiência própria à cultura renascentista, pautada na recuperação da grande tradição da ética e da retórica clássica. Para tanto, procedemos à crítica do comentário que tende a aproximar o pensamento de Montaigne do paradigma moderno da subjetividade e por outro lado, ressaltamos o contraste entre o sentido montaigneano da ‘diversion’ e o outro bem diverso de que se reveste em sua retomada por Blaise Pascal no século XVII.","PeriodicalId":136173,"journal":{"name":"Revista Limiar","volume":"37 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-03-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115898606","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-03-24DOI: 10.34024/limiar.2017.v4.9218
Bryan Félix da Silva de Moraes
busca-se demonstrar que os estudos e escritos desenvolvidos por Karl Marx entre 1843-1845 – aqueles da crítica da filosofia do Direito e do Estado de Hegel – comportam um conceito de Crítica da política que responde a uma necessidade histórica de atualização do nexo entre finalidade ético-prática e o saber sócio-político, sob a forma de uma renovada reflexão adequada à práxis presente. Este movimento crítico de Marx sintetiza-se em uma oposição à formalidade (especulativa) e às figuras de consciência ou ao “espírito geral” da filosofia hegeliana do direito e do Estado que, para ele, expressam e guiam a práxis moderna, invertendo-a ou distorcendo suas relações reais de determinação – sobretudo aquelas referentes ao binômio “Sociedade Civil/Estado”. Como contrapartida à formalidade especulativa, Marx lança mão de um movimento teórico-prático de caráter antiespeculativo, representado por um saber imediato, cuja determinação mais importante reside na valorização da finalidade éticoprática do saber sócio-político que visa reverter uma determinada situação histórica de estranhamento do político, isto é, que empreenda um movimento emancipatório.
{"title":"Sobre o conceito de Crítica da política no Jovem Karl Marx","authors":"Bryan Félix da Silva de Moraes","doi":"10.34024/limiar.2017.v4.9218","DOIUrl":"https://doi.org/10.34024/limiar.2017.v4.9218","url":null,"abstract":"busca-se demonstrar que os estudos e escritos desenvolvidos por Karl Marx entre 1843-1845 – aqueles da crítica da filosofia do Direito e do Estado de Hegel – comportam um conceito de Crítica da política que responde a uma necessidade histórica de atualização do nexo entre finalidade ético-prática e o saber sócio-político, sob a forma de uma renovada reflexão adequada à práxis presente. Este movimento crítico de Marx sintetiza-se em uma oposição à formalidade (especulativa) e às figuras de consciência ou ao “espírito geral” da filosofia hegeliana do direito e do Estado que, para ele, expressam e guiam a práxis moderna, invertendo-a ou distorcendo suas relações reais de determinação – sobretudo aquelas referentes ao binômio “Sociedade Civil/Estado”. Como contrapartida à formalidade especulativa, Marx lança mão de um movimento teórico-prático de caráter antiespeculativo, representado por um saber imediato, cuja determinação mais importante reside na valorização da finalidade éticoprática do saber sócio-político que visa reverter uma determinada situação histórica de estranhamento do político, isto é, que empreenda um movimento emancipatório.","PeriodicalId":136173,"journal":{"name":"Revista Limiar","volume":"73 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-03-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115669604","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}