Germana Maria da Silveira, Maria Lúcia Duarte Pereira
Introdução: Estudos epidemiológicos recentes demonstraram que fatores como idade avançada e comorbidades aumentam o risco de severidade da infecção pela Covid-19. Nesse contexto, se enquadram os pacientes com testagem positiva para o HIV, que, na maioria das vezes, por serem imunocomprometidos, possuem maior suscetibilidade ao Covid-19. Objetivo: descrever os impactos decorrentes da COVID-19 no âmbito das Pessoas Vivendo com HIV-Aids. Material e Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, retrospectivo, constituído a partir da análise das bases de informações de portais governamentais voltados à saúde, organizações e entidades que acompanham e pesquisam a temática do HIV/aids, e consulta às bases de dados disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), além de publicações em periódicos que abordam os impactos decorrentes da COVID-19 no âmbito das Pessoas Vivendo com HIV-Aids (PVHIV). Resultados: O painel de monitoramento durante a pandemia de covid-19 – Dados relacionados ao HIV foi elaborado com o intuito de auxiliar estados e municípios no monitoramento do cuidado às pessoas vivendo com HIV e da prevenção à infecção pelo vírus. Discussão: Os lockdowns e outras medidas restritivas de combate à COVID-19 interromperam gravemente a testagem para HIV —em muitos países, isso levou a quedas acentuadas nos diagnósticos e encaminhamentos para serviços de cuidados e de início de tratamento de HIV. Conclusão: Percebe-se que, a disseminação da COVID-19 afetou tanto o cuidado a saúde da esfera populacional portadora do HIV quanto à inconsistência do diagnóstico e efetividade do tratamento realizado através do Sistema Único de Saúde no Brasil, dado que se destaca uma queda do número desses indicadores nesse período.
{"title":"MONITORAMENTO DE DADOS DE HIV DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19","authors":"Germana Maria da Silveira, Maria Lúcia Duarte Pereira","doi":"10.51161/epidemion/7587","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/epidemion/7587","url":null,"abstract":"Introdução: Estudos epidemiológicos recentes demonstraram que fatores como idade avançada e comorbidades aumentam o risco de severidade da infecção pela Covid-19. Nesse contexto, se enquadram os pacientes com testagem positiva para o HIV, que, na maioria das vezes, por serem imunocomprometidos, possuem maior suscetibilidade ao Covid-19. Objetivo: descrever os impactos decorrentes da COVID-19 no âmbito das Pessoas Vivendo com HIV-Aids. Material e Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, retrospectivo, constituído a partir da análise das bases de informações de portais governamentais voltados à saúde, organizações e entidades que acompanham e pesquisam a temática do HIV/aids, e consulta às bases de dados disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), além de publicações em periódicos que abordam os impactos decorrentes da COVID-19 no âmbito das Pessoas Vivendo com HIV-Aids (PVHIV). Resultados: O painel de monitoramento durante a pandemia de covid-19 – Dados relacionados ao HIV foi elaborado com o intuito de auxiliar estados e municípios no monitoramento do cuidado às pessoas vivendo com HIV e da prevenção à infecção pelo vírus. Discussão: Os lockdowns e outras medidas restritivas de combate à COVID-19 interromperam gravemente a testagem para HIV —em muitos países, isso levou a quedas acentuadas nos diagnósticos e encaminhamentos para serviços de cuidados e de início de tratamento de HIV. Conclusão: Percebe-se que, a disseminação da COVID-19 afetou tanto o cuidado a saúde da esfera populacional portadora do HIV quanto à inconsistência do diagnóstico e efetividade do tratamento realizado através do Sistema Único de Saúde no Brasil, dado que se destaca uma queda do número desses indicadores nesse período.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"177 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"117082948","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: Epizootia é um conceito utilizado em saúde pública para qualificar a ocorrência de um evento em um número de animais em um determinado período de tempo e lugar, podendo ou não levar esses animais a morte. A Vigilância de epizootias consiste na captação oportuna de informações sobre o adoecimento ou mortes de animais e na análise desses eventos de modo adequado. Assim, pode-se adotar medidas efetivas e eficientes de controle e prevenção e diminuir o número de casos e óbitos nas populações humanas. O Sistema de Vigilância de Epizootias (SVE) consiste na captação de informações sobre adoecimento ou mortes de animais objetivando redução do risco de transmissão de zoonoses. Objetivo: Avaliar o Sistema de vigilância das epizootias no Esp. Santo no período de janeiro de 2020 a junho de 2021. Material e Métodos: Foi realizado estudo observacional transversal descritivo, com análise dos atributos qualidade, representatividade das variáveis do SVE, de 01/2020 a 06/2021, no Espírito Santo. Utilizou-se Updated Guidelines for Evaluating Public Health Surveillance Systems, além dos softwares Epi Info e Excel. Resultados: Foram avaliadas 810 notificações. As variáveis apresentaram boa completude, exceto “Resultado laboratorial” (completude regular). A ficha é simples, com 29 campos e exige pouco tempo para preenchimento. O sistema de vigilância da epizootia no estado do Espírito Santo foi considerado simples, alta completude, bem como aceitabilidade, e representativo, o que ressalta sua importância enquanto instrumento de acompanhamento epidemiológico, direcionamento de ações estratégicas e políticas públicas em saúde. Conclusão: Os resultados do estudo refletem a importância do sistema avaliado para o Estado, bem como sua efetividade. Neste cenário, é possível elucidar a importância dessa avaliação sob a dimensão Estadual para que o sistema de vigilância continue melhorando de modo como vem sendo a cada ano. Ressalta-se a importância da pesquisa não só para o Estado, mas, para disseminação na comunidade científica, para que novas avaliações de sistema sejam feitas, podendo mostrar as potencialidades da vigilância epidemiológica.
{"title":"AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE VIGILÂNCIA DAS EPIZOOTIAS NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO (BRASIL), JANEIRO DE 2020 A JUNHO DE 2021","authors":"Gilton Luiz Almada, Fellipe SANT’ANNA Almada, Maryana Carolino Alves França Almada, Henrique SANT’ANNA Almada, Kimberly Domingos Schneider","doi":"10.51161/epidemion/6807","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/epidemion/6807","url":null,"abstract":"Introdução: Epizootia é um conceito utilizado em saúde pública para qualificar a ocorrência de um evento em um número de animais em um determinado período de tempo e lugar, podendo ou não levar esses animais a morte. A Vigilância de epizootias consiste na captação oportuna de informações sobre o adoecimento ou mortes de animais e na análise desses eventos de modo adequado. Assim, pode-se adotar medidas efetivas e eficientes de controle e prevenção e diminuir o número de casos e óbitos nas populações humanas. O Sistema de Vigilância de Epizootias (SVE) consiste na captação de informações sobre adoecimento ou mortes de animais objetivando redução do risco de transmissão de zoonoses. Objetivo: Avaliar o Sistema de vigilância das epizootias no Esp. Santo no período de janeiro de 2020 a junho de 2021. Material e Métodos: Foi realizado estudo observacional transversal descritivo, com análise dos atributos qualidade, representatividade das variáveis do SVE, de 01/2020 a 06/2021, no Espírito Santo. Utilizou-se Updated Guidelines for Evaluating Public Health Surveillance Systems, além dos softwares Epi Info e Excel. Resultados: Foram avaliadas 810 notificações. As variáveis apresentaram boa completude, exceto “Resultado laboratorial” (completude regular). A ficha é simples, com 29 campos e exige pouco tempo para preenchimento. O sistema de vigilância da epizootia no estado do Espírito Santo foi considerado simples, alta completude, bem como aceitabilidade, e representativo, o que ressalta sua importância enquanto instrumento de acompanhamento epidemiológico, direcionamento de ações estratégicas e políticas públicas em saúde. Conclusão: Os resultados do estudo refletem a importância do sistema avaliado para o Estado, bem como sua efetividade. Neste cenário, é possível elucidar a importância dessa avaliação sob a dimensão Estadual para que o sistema de vigilância continue melhorando de modo como vem sendo a cada ano. Ressalta-se a importância da pesquisa não só para o Estado, mas, para disseminação na comunidade científica, para que novas avaliações de sistema sejam feitas, podendo mostrar as potencialidades da vigilância epidemiológica.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"41 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"134041922","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Fernanda Krankovitz Destro Menezes, Ana Maria Cavalheiro, Viviane Goncalves Batista, Gleice Frade Assunção, Daniel Batista Conceição dos Santos
Introdução: A COVID-19 é uma doença infecciosa, que pode evoluir para pneumonia grave, causada pelo vírus SARS-CoV-2. Os pacientes que desenvolvem a forma grave da doença necessitam de suporte intensivo em unidade terapia intensiva, e consequentemente são expostos a eventos adversos como a lesão por pressão relacionada a dispositivos médicos. Objetivo: Identificar o perfil de lesões por pressão relacionado a dispositivos médicos em pacientes com COVID-19 pronados. Material e métodos: Trata-se de uma pesquisa de corte transversal, retrospectivo, analítico com abordagem quantitativa que incluiu prontuários de paciente com COVID-19 que foram a óbito entre as messes de setembro a dezembro de 2021 em uma unidade de terapia intensiva de um hospital particular de São Paulo. Empregou-se análise estatística descritiva e associação com o teste qui-quadrado. Resultados: Foram incluídos 188 pacientes com COVID-19, com mediana de idade 73 (24), 59,6% do sexo masculino, 80,9% brancos. Dentre os pacientes deste estudo, 39,4% eram obesos, 13,3% possuíam doença renal crônica, 37,2% eram dislipidêmicos, 41% estavam sobre o uso de terapia de hemodiafiltração, 84,6% utilizavam sonda nasoenteral e 75,5% sonda vesical de demora. 32% dos pacientes foram pronados e 20% dos pacientes do estudo desenvolveram lesão por dispositivos médicos. Houve diferenças significativas entre a posição prona e as variáveis idade, sexo masculino e índice de massa corporal Kg/m2. Conclusão: Conclui-se que os pacientes com COVID-19 pronados possuem elevada prevalência de lesão por dispositivos, sendo os lugares mais acometidos, a região do zigomático e narina. Estratégias específicas de prevenção devem ser elaboradas para este perfil de pacientes.
{"title":"PERFIL LESÕES POR PRESSÃO RELACIONADO A DISPOSITIVOS MÉDICOS EM PACIENTES COM COVID-19 SUBMETIDO A PRONA","authors":"Fernanda Krankovitz Destro Menezes, Ana Maria Cavalheiro, Viviane Goncalves Batista, Gleice Frade Assunção, Daniel Batista Conceição dos Santos","doi":"10.51161/epidemion/6989","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/epidemion/6989","url":null,"abstract":"Introdução: A COVID-19 é uma doença infecciosa, que pode evoluir para pneumonia grave, causada pelo vírus SARS-CoV-2. Os pacientes que desenvolvem a forma grave da doença necessitam de suporte intensivo em unidade terapia intensiva, e consequentemente são expostos a eventos adversos como a lesão por pressão relacionada a dispositivos médicos. Objetivo: Identificar o perfil de lesões por pressão relacionado a dispositivos médicos em pacientes com COVID-19 pronados. Material e métodos: Trata-se de uma pesquisa de corte transversal, retrospectivo, analítico com abordagem quantitativa que incluiu prontuários de paciente com COVID-19 que foram a óbito entre as messes de setembro a dezembro de 2021 em uma unidade de terapia intensiva de um hospital particular de São Paulo. Empregou-se análise estatística descritiva e associação com o teste qui-quadrado. Resultados: Foram incluídos 188 pacientes com COVID-19, com mediana de idade 73 (24), 59,6% do sexo masculino, 80,9% brancos. Dentre os pacientes deste estudo, 39,4% eram obesos, 13,3% possuíam doença renal crônica, 37,2% eram dislipidêmicos, 41% estavam sobre o uso de terapia de hemodiafiltração, 84,6% utilizavam sonda nasoenteral e 75,5% sonda vesical de demora. 32% dos pacientes foram pronados e 20% dos pacientes do estudo desenvolveram lesão por dispositivos médicos. Houve diferenças significativas entre a posição prona e as variáveis idade, sexo masculino e índice de massa corporal Kg/m2. Conclusão: Conclui-se que os pacientes com COVID-19 pronados possuem elevada prevalência de lesão por dispositivos, sendo os lugares mais acometidos, a região do zigomático e narina. Estratégias específicas de prevenção devem ser elaboradas para este perfil de pacientes.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"71 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"117116250","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Débora Brígida Moura de Freitas, Anna Claudia Santos Mendonça, Maria Isabel dos Santos Cavalcanti, Ingrid Andrêssa de Moura, Viviane Kelly DE Albuquerque Lima
Introdução: A pandemia da COVID-19 é um problema sanitário global e teve impacto no sistema de saúde ao redor do mundo, tornando ainda mais visível as desigualdades sociais existentes. Na América Latina, além do enfrentamento da pandemia ocasionada pelo SARS-CoV-2, doenças tropicais, como a dengue, foram agravadas pela coexistência com a COVID-19. Isso tem relevância na escolha de possíveis medidas de prevenção, uma vez que a não consideração de casos de coinfecção podem afetar do nível individual ao comunitário. Objetivo: Dessa forma, a presente revisão sistemática tem como objetivo demonstrar os desafios e implicações dos casos de dengue frente à COVID-19 no Brasil. Material e Métodos: Para isso, foram obtidos artigos de relatos de caso, análise espacial, estudo de coorte e estudos ecológicos para revisão bibliográfica a partir dos bancos de dados PubMed e Scielo, usando critérios de inclusão e exclusão pré-estabelecidos. Resultados: Esses estudos demonstraram que a alta incidência concomitante de dengue e COVID-19 apresenta inúmeros obstáculos, principalmente pela existência de semelhança clínica e laboratorial, bem como presença de reatividade cruzada, agravo por coinfecção, e sazonalidade sobreposta. Além disso, o descaso com a dengue, principalmente nos programas de controle de vetores, que também estão associados a outras epidemias, pode gerar um aumento de arboviroses no país. Conclusão: Fica claro, portanto, que os sistemas de saúde que lidam com epidemias concomitantes de doenças infecciosas tendem a enfrentar desafios em suas diferentes áreas de serviço, incluindo sistemas laboratoriais, de atenção primária, hospitalar e de vigilância epidemiológica. Sendo necessário uma maior atenção na vigilância epidemiológica para conter os casos de dengue e evitar casos de coinfecção, bem como a inclusão de medidas de manejo e diagnóstico diferenciado.
{"title":"DESAFIOS DOS CASOS DE DENGUE FRENTE À COVID-19 NO BRASIL","authors":"Débora Brígida Moura de Freitas, Anna Claudia Santos Mendonça, Maria Isabel dos Santos Cavalcanti, Ingrid Andrêssa de Moura, Viviane Kelly DE Albuquerque Lima","doi":"10.51161/epidemion/6139","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/epidemion/6139","url":null,"abstract":"Introdução: A pandemia da COVID-19 é um problema sanitário global e teve impacto no sistema de saúde ao redor do mundo, tornando ainda mais visível as desigualdades sociais existentes. Na América Latina, além do enfrentamento da pandemia ocasionada pelo SARS-CoV-2, doenças tropicais, como a dengue, foram agravadas pela coexistência com a COVID-19. Isso tem relevância na escolha de possíveis medidas de prevenção, uma vez que a não consideração de casos de coinfecção podem afetar do nível individual ao comunitário. Objetivo: Dessa forma, a presente revisão sistemática tem como objetivo demonstrar os desafios e implicações dos casos de dengue frente à COVID-19 no Brasil. Material e Métodos: Para isso, foram obtidos artigos de relatos de caso, análise espacial, estudo de coorte e estudos ecológicos para revisão bibliográfica a partir dos bancos de dados PubMed e Scielo, usando critérios de inclusão e exclusão pré-estabelecidos. Resultados: Esses estudos demonstraram que a alta incidência concomitante de dengue e COVID-19 apresenta inúmeros obstáculos, principalmente pela existência de semelhança clínica e laboratorial, bem como presença de reatividade cruzada, agravo por coinfecção, e sazonalidade sobreposta. Além disso, o descaso com a dengue, principalmente nos programas de controle de vetores, que também estão associados a outras epidemias, pode gerar um aumento de arboviroses no país. Conclusão: Fica claro, portanto, que os sistemas de saúde que lidam com epidemias concomitantes de doenças infecciosas tendem a enfrentar desafios em suas diferentes áreas de serviço, incluindo sistemas laboratoriais, de atenção primária, hospitalar e de vigilância epidemiológica. Sendo necessário uma maior atenção na vigilância epidemiológica para conter os casos de dengue e evitar casos de coinfecção, bem como a inclusão de medidas de manejo e diagnóstico diferenciado.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128426966","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Ursula Raquel do Carmo Fonseca da Silva, Amanda Maria Santana DA Costa, Italo Matheus DA Silva Pequeno, Bartolomeu Torres Pereira, Ingrids Maria Ferreira Costa
Introdução: A dengue é uma doença com prevalência em ambientes urbanos com infraestrutura habitacional precária, causada por um arbovírus. É transmitida por meio da picada de fêmeas do mosquito Aedes aegypti. Objetivo: O objetivo deste estudo é analisar comparativamente os dados epidemiológicos da dengue para as 16 primeiras semanas epidemiológicas de 2021 e 2022, com a finalidade de avaliar a eficácia das ações preventivas de controle da doença. Métodos: Foi realizado um estudo descritivo dos dados obtidos por meio de boletins epidemiológicos da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. Utilizou-se de técnicas de inferência estatística, como o teste para duas proporções com parametrização pela estatística z, para avaliar a significância do aumento nas taxas de incidência observadas. Resultados: Notou-se uma elevação estatisticamente significativa nas incidências de dengue em todas as regiões do Brasil, em especial no Sul e Centro-Oeste, comparando-se as 16 primeiras semanas epidemiológicas de 2021 e 2022. Os casos graves e com sinais de alarme, bem como os óbitos pela doença, também aumentaram de maneira significativa. O Distrito Federal e os estados de Tocantins e Goiás tiveram incidências muito superiores à mediana nacional e representaram pontos de particular atenção no controle da doença. Conclusão: Este estudo observacional demonstrou que a dengue continua muito presente em todas as regiões do Brasil. Acredita-se que a ocorrência de fenômenos naturais possa ter provocado alterações climáticas capazes de impactar o ciclo de proliferação do Aedes aegypti. Ademais, durante o período pandêmico pode ter havido precarização das medidas de prevenção e de vigilância epidemiológica. Assim, com a diminuição dos casos de COVID-19 observada em 2022, os casos de dengue que antes estavam sendo subnotificados ou negligenciados, emergiram, revelando o real quadro epidemiológico brasileiro.
{"title":"DENGUE NO BRASIL: UM ESTUDO OBSERVACIONAL TRANSVERSAL COMPARANDO AS 16 PRIMEIRAS SEMANAS EPIDEMIOLÓGICAS DE 2021 E 2022","authors":"Ursula Raquel do Carmo Fonseca da Silva, Amanda Maria Santana DA Costa, Italo Matheus DA Silva Pequeno, Bartolomeu Torres Pereira, Ingrids Maria Ferreira Costa","doi":"10.51161/epidemion/7616","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/epidemion/7616","url":null,"abstract":"Introdução: A dengue é uma doença com prevalência em ambientes urbanos com infraestrutura habitacional precária, causada por um arbovírus. É transmitida por meio da picada de fêmeas do mosquito Aedes aegypti. Objetivo: O objetivo deste estudo é analisar comparativamente os dados epidemiológicos da dengue para as 16 primeiras semanas epidemiológicas de 2021 e 2022, com a finalidade de avaliar a eficácia das ações preventivas de controle da doença. Métodos: Foi realizado um estudo descritivo dos dados obtidos por meio de boletins epidemiológicos da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. Utilizou-se de técnicas de inferência estatística, como o teste para duas proporções com parametrização pela estatística z, para avaliar a significância do aumento nas taxas de incidência observadas. Resultados: Notou-se uma elevação estatisticamente significativa nas incidências de dengue em todas as regiões do Brasil, em especial no Sul e Centro-Oeste, comparando-se as 16 primeiras semanas epidemiológicas de 2021 e 2022. Os casos graves e com sinais de alarme, bem como os óbitos pela doença, também aumentaram de maneira significativa. O Distrito Federal e os estados de Tocantins e Goiás tiveram incidências muito superiores à mediana nacional e representaram pontos de particular atenção no controle da doença. Conclusão: Este estudo observacional demonstrou que a dengue continua muito presente em todas as regiões do Brasil. Acredita-se que a ocorrência de fenômenos naturais possa ter provocado alterações climáticas capazes de impactar o ciclo de proliferação do Aedes aegypti. Ademais, durante o período pandêmico pode ter havido precarização das medidas de prevenção e de vigilância epidemiológica. Assim, com a diminuição dos casos de COVID-19 observada em 2022, os casos de dengue que antes estavam sendo subnotificados ou negligenciados, emergiram, revelando o real quadro epidemiológico brasileiro.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"40 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114985444","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Selma Eva Silvério, Italo Frizo, A. Florentino, João Vitor Nogueira de Almeida
Introdução: O presente trabalho mostra uma visão crítica do papel do profissional da saúde na dispensação de medicamentos nas UBS do interior do estado de São Paulo, teve-se como proposta perceber a qualificação, conhecimento e desempenho dos profissionais de saúde envolvidos no contexto. Relata o papel do profissional que pratica a dispensação, também como a compreensão, expectativas e satisfação dos usuários perante os serviços oferecidos. Sendo eles o público alvo da nossa pesquisa, são também dos serviços realizados e efeitos que as ações desses profissionais envolvidos, causam neste percurso. Objetivos: Observar as orientações dadas pelos profissionais de saúde na UBS com relação ao uso correto dos medicamentos, analisando a forma de armazenamento e dispensação dos mesmos. Metodologia: Para elaboração do trabalho utilizou-se uma pesquisa de campo de observação não-participativa, em seis UBS de uma cidade do interior, teve como alvo de pesquisa dispensadores e usuários, para obter-se um bom resultado aplicaram-se dois formulários de observação não-participativa sendo que um deles, o que diz respeito em relação ao dispensador/usuário, foi aplicado somente em três unidades, sendo elas a de maior fluxo, e os formulários que são relacionados ao local apropriado para armazenamento dos medicamentos; e o formulário de perguntas ao dispensador, foi aplicado nas seis unidades. Resultados: Pode-se avaliar nível de conhecimento e habilitação desses profissionais ao realizar este serviço. Os resultados revelaram que a maioria dos profissionais que trabalham nessas UBS, não tem qualificação nenhuma para exercer o cargo. Espera-se que o estudo possa reverter em benefícios, tanto para profissionais de saúde como usuários dos serviços de saúde, evitando assim um aumento de uso incorreto de medicamentos em domicílios. Conclusão: Observou durante pesquisa que existe uma escassez de referências relacionada ao assunto, acreditou-se que com este trabalho possamos colaborar para o enriquecimento do estudo.
{"title":"O PAPEL DO PROFISSIONAL DA SAÚDE NA DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS","authors":"Selma Eva Silvério, Italo Frizo, A. Florentino, João Vitor Nogueira de Almeida","doi":"10.51161/epidemion/7606","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/epidemion/7606","url":null,"abstract":"Introdução: O presente trabalho mostra uma visão crítica do papel do profissional da saúde na dispensação de medicamentos nas UBS do interior do estado de São Paulo, teve-se como proposta perceber a qualificação, conhecimento e desempenho dos profissionais de saúde envolvidos no contexto. Relata o papel do profissional que pratica a dispensação, também como a compreensão, expectativas e satisfação dos usuários perante os serviços oferecidos. Sendo eles o público alvo da nossa pesquisa, são também dos serviços realizados e efeitos que as ações desses profissionais envolvidos, causam neste percurso. Objetivos: Observar as orientações dadas pelos profissionais de saúde na UBS com relação ao uso correto dos medicamentos, analisando a forma de armazenamento e dispensação dos mesmos. Metodologia: Para elaboração do trabalho utilizou-se uma pesquisa de campo de observação não-participativa, em seis UBS de uma cidade do interior, teve como alvo de pesquisa dispensadores e usuários, para obter-se um bom resultado aplicaram-se dois formulários de observação não-participativa sendo que um deles, o que diz respeito em relação ao dispensador/usuário, foi aplicado somente em três unidades, sendo elas a de maior fluxo, e os formulários que são relacionados ao local apropriado para armazenamento dos medicamentos; e o formulário de perguntas ao dispensador, foi aplicado nas seis unidades. Resultados: Pode-se avaliar nível de conhecimento e habilitação desses profissionais ao realizar este serviço. Os resultados revelaram que a maioria dos profissionais que trabalham nessas UBS, não tem qualificação nenhuma para exercer o cargo. Espera-se que o estudo possa reverter em benefícios, tanto para profissionais de saúde como usuários dos serviços de saúde, evitando assim um aumento de uso incorreto de medicamentos em domicílios. Conclusão: Observou durante pesquisa que existe uma escassez de referências relacionada ao assunto, acreditou-se que com este trabalho possamos colaborar para o enriquecimento do estudo.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"98 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126088094","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) possuem impactos ligados ao desenvolvimento e à economia do país, pois além de influenciarem em fatores correlatos à saúde possuem expressivos impactos financeiros no intuito de obter uma população mais saudável. Essas se resultam da combinação de fatores comportamentais, ambientais, fisiológicos e genéticos caracterizando morbidades de longa duração, altas taxas de óbitos mundiais, elevados custos financeiros e incapacidades humanas. Objetivo: Assim, pretende-se analisar o estudo realizado na cidade de Uberaba-MG, o qual descreveu e comparou o perfil de três diferentes grupos de mulheres segundo variáveis sociodemográfica e de Qualidade de Vida (QV). Metodologia: O estudo teve como público-alvo 1.387 pessoas do sexo feminino, a partir de 18 anos de idade agrupadas de acordo com a faixa etária, renda familiar per capita, etnia, escolaridade e QV estudada por meio do WHOQOL – Bref instrumento da Organização Mundial da Saúde (ONU). Os resultados demonstraram que em: 439 mulheres possuem Doenças Cardiovasculares (DC), 265 Doenças Respiratórias (DR) e 683 aparentemente saudáveis (Não Doentes - ND). Resultados: A análise dos dados, através da estatística descritiva, permitiu apresentar valores dos quais determinaram que 31,65% das mulheres possuíam DC; 19,10% DR e 49,24% ND, predominando DC e ND naquelas a partir de 50 anos e as mais jovens apresentaram DR, também prevalece DC em mulheres com baixos níveis de escolaridade. Os escores com piores pontuações estão ligados ao meio ambiente e pior QV por parte das mulheres com DC, visto que, a renda média apresentada por elas é de 0,5 a um salário mínimo. Desta forma, deve-se considerar o perfil da população e aplicar políticas públicas a fim de incentivar a prevenção das DCNT objetivando controlar as situações de riscos provenientes dessas morbidades. Conclusão: Tais ações permitem impactar na saúde da população e no desenvolvimento do país. Logo, o direcionamento e a efetivação das estratégias de saúde baseadas em perfis sociodemográficos apresentam medidas estratégicas para atingir pessoas de baixos níveis de escolaridade e renda, podendo assim, proporcionar melhorias de qualidade de vida e ganhos funcionais que irão refletir em uma população mais saudável e em um maior desenvolvimento macroeconômico do país.
{"title":"ANÁLISE ESTATÍSTICA REFERENTE AO PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO E QUALIDADE DE VIDA DE MULHERES DE UBERABA-MG COM DOENÇAS CARDIOVASCULARES E RESPIRATÓRIAS","authors":"Thiago Lindinalthon Ferreira, A. Fernandes","doi":"10.51161/epidemion/6151","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/epidemion/6151","url":null,"abstract":"Introdução: As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) possuem impactos ligados ao desenvolvimento e à economia do país, pois além de influenciarem em fatores correlatos à saúde possuem expressivos impactos financeiros no intuito de obter uma população mais saudável. Essas se resultam da combinação de fatores comportamentais, ambientais, fisiológicos e genéticos caracterizando morbidades de longa duração, altas taxas de óbitos mundiais, elevados custos financeiros e incapacidades humanas. Objetivo: Assim, pretende-se analisar o estudo realizado na cidade de Uberaba-MG, o qual descreveu e comparou o perfil de três diferentes grupos de mulheres segundo variáveis sociodemográfica e de Qualidade de Vida (QV). Metodologia: O estudo teve como público-alvo 1.387 pessoas do sexo feminino, a partir de 18 anos de idade agrupadas de acordo com a faixa etária, renda familiar per capita, etnia, escolaridade e QV estudada por meio do WHOQOL – Bref instrumento da Organização Mundial da Saúde (ONU). Os resultados demonstraram que em: 439 mulheres possuem Doenças Cardiovasculares (DC), 265 Doenças Respiratórias (DR) e 683 aparentemente saudáveis (Não Doentes - ND). Resultados: A análise dos dados, através da estatística descritiva, permitiu apresentar valores dos quais determinaram que 31,65% das mulheres possuíam DC; 19,10% DR e 49,24% ND, predominando DC e ND naquelas a partir de 50 anos e as mais jovens apresentaram DR, também prevalece DC em mulheres com baixos níveis de escolaridade. Os escores com piores pontuações estão ligados ao meio ambiente e pior QV por parte das mulheres com DC, visto que, a renda média apresentada por elas é de 0,5 a um salário mínimo. Desta forma, deve-se considerar o perfil da população e aplicar políticas públicas a fim de incentivar a prevenção das DCNT objetivando controlar as situações de riscos provenientes dessas morbidades. Conclusão: Tais ações permitem impactar na saúde da população e no desenvolvimento do país. Logo, o direcionamento e a efetivação das estratégias de saúde baseadas em perfis sociodemográficos apresentam medidas estratégicas para atingir pessoas de baixos níveis de escolaridade e renda, podendo assim, proporcionar melhorias de qualidade de vida e ganhos funcionais que irão refletir em uma população mais saudável e em um maior desenvolvimento macroeconômico do país.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"145 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126655890","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Sarah Aparecida Fernandes Lima, Lairane Bridi Loss, José Augusto Martins Lemos Júnior
Introdução: A encefalite é uma inflamação do parênquima encefálico relacionada à disfunção neurológica, ocorre em aproximadamente 1,4 casos por 100.000 habitantes e se apresenta com altas taxas de morbimortalidade. O agente etiológico mais comum é de origem viral, principalmente herpesvírus simples tipo 1 e 2 (HSV-1 e HSV-2), outros menos encontrados são o vírus da raiva, citomegalovírus, flavivírus e a influenza, no entanto também pode ser causada por patógenos bacterianos, parasitários, fúgicos. Objetivo: Analisar o perfil das hospitalizações por encefalite viral (EV) no Brasil nos últimos 5 anos e determinar o impacto dessas ao sistema público de saúde. Material e Métodos: Estudo quantitativo, descritivo e observacional realizado por meio da coleta de dados indexados na plataforma do Departamento de Informática do SUS (DATASUS) – Morbidade Hospitalar. Selecionaram-se internações, óbitos e custos decorrentes de EV no Brasil, entre os anos de 2017 e 2021. As variáveis analisadas foram sexo, faixa etária e raça. Após o levantamento dos dados, os mesmos foram submetidos à análise estatística descritiva por meio do Software Excel 2016. Resultados: No período estudado, foram registradas 9.892 internações por EV no Brasil, sendo a maior parte delas concentrada no ano de 2019 (24,79%) e na região Nordeste, com 40,7% (n=4.026) do total. A maioria dos pacientes internados apresentavam idade entre 1 e 4 anos e eram do sexo masculino, respectivamente 1.610 (16,27%) e 5.400 casos (54,59%). A raça parda esteve mais associada com quadros de EV, representando 46,1% (n=4.561) das hospitalizações. Registraram-se 564 óbitos decorrentes de EV no período analisado e 15,42% deles ocorreram em indivíduos entre 30 e 39 anos. O custo total dos serviços hospitalares ao sistema público de saúde foi R$ 20.458.078,88. Conclusão: As hospitalizações por EV foram mais frequentes em pacientes pardos do sexo masculino com idade entre 1 e 4 anos, no Nordeste do Brasil. Em virtude da significativa prevalência de EV paralelo ao elevado impacto financeiro na saúde pública, torna-se essencial adotar medidas preventivas e de conscientização da população a fim de minimizar o número de internações pela doença.
{"title":"ANÁLISE DAS HOSPITALIZAÇÕES POR ENCEFALITE VIRAL NO BRASIL","authors":"Sarah Aparecida Fernandes Lima, Lairane Bridi Loss, José Augusto Martins Lemos Júnior","doi":"10.51161/epidemion/6158","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/epidemion/6158","url":null,"abstract":"Introdução: A encefalite é uma inflamação do parênquima encefálico relacionada à disfunção neurológica, ocorre em aproximadamente 1,4 casos por 100.000 habitantes e se apresenta com altas taxas de morbimortalidade. O agente etiológico mais comum é de origem viral, principalmente herpesvírus simples tipo 1 e 2 (HSV-1 e HSV-2), outros menos encontrados são o vírus da raiva, citomegalovírus, flavivírus e a influenza, no entanto também pode ser causada por patógenos bacterianos, parasitários, fúgicos. Objetivo: Analisar o perfil das hospitalizações por encefalite viral (EV) no Brasil nos últimos 5 anos e determinar o impacto dessas ao sistema público de saúde. Material e Métodos: Estudo quantitativo, descritivo e observacional realizado por meio da coleta de dados indexados na plataforma do Departamento de Informática do SUS (DATASUS) – Morbidade Hospitalar. Selecionaram-se internações, óbitos e custos decorrentes de EV no Brasil, entre os anos de 2017 e 2021. As variáveis analisadas foram sexo, faixa etária e raça. Após o levantamento dos dados, os mesmos foram submetidos à análise estatística descritiva por meio do Software Excel 2016. Resultados: No período estudado, foram registradas 9.892 internações por EV no Brasil, sendo a maior parte delas concentrada no ano de 2019 (24,79%) e na região Nordeste, com 40,7% (n=4.026) do total. A maioria dos pacientes internados apresentavam idade entre 1 e 4 anos e eram do sexo masculino, respectivamente 1.610 (16,27%) e 5.400 casos (54,59%). A raça parda esteve mais associada com quadros de EV, representando 46,1% (n=4.561) das hospitalizações. Registraram-se 564 óbitos decorrentes de EV no período analisado e 15,42% deles ocorreram em indivíduos entre 30 e 39 anos. O custo total dos serviços hospitalares ao sistema público de saúde foi R$ 20.458.078,88. Conclusão: As hospitalizações por EV foram mais frequentes em pacientes pardos do sexo masculino com idade entre 1 e 4 anos, no Nordeste do Brasil. Em virtude da significativa prevalência de EV paralelo ao elevado impacto financeiro na saúde pública, torna-se essencial adotar medidas preventivas e de conscientização da população a fim de minimizar o número de internações pela doença.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"6 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122784316","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Elaine Silva de Freitas, Agnes Costa Bezerra, Evellyn Thalyta Nascimento DE Paula Almeida, Juliana Moraes DE Albuquerque Ângelo
Introdução: A tuberculose é uma doença infectocontagiosa, causada pela mycobacterium tuberculosis, também conhecida como bacilo de Koch. Apesar de ser uma enfermidade milenar, ainda é um importante problema de saúde pública. O profissional enfermeiro surge como parte fundamental no processo de tratamento da pessoa diagnosticada com TB, cabendo ao mesmo o acompanhamento do paciente até a sua cura clínica. Objetivo: Verificar a Conduta do enfermeiro frente à pessoa diagnosticada com Tuberculose. Metodologia: Trata-se de uma revisão da literatura. O levantamento bibliográfico foi realizado na seguinte base de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em ciências da Saúde (LILACS), e na Biblioteca Virtual em Saúde Scientific Electronic Library Online (ScieLo). Foram utilizados os seguintes descritores: conduta, enfermeiro, tuberculose. Na busca dos artigos foi utilizado o operador booleano AND para facilitar o cruzamento dos dados. Resultados: A figura do enfermeiro está diretamente ligada à recuperação do paciente com TB , estudos relatam que esses profissionais atuam como educadores em saúde, favorecendo a prevenção nas taxas de abandono do tratamento. Dessa forma, o enfermeiro assume o acompanhamento das ações voltadas ao controle da tuberculose, garantindo os cuidados específicos durante o período em que o paciente precisa ser tratado. Conclusão: Concluiu-se que o enfermeiro é crucial no gerenciamento do tratamento do paciente com TB, especialmente no contexto da assistência de qualidade, visando o bem estar da população. Esse profissional colabora para a promoção, prevenção, recuperação E reabilitação do indivíduo à sociedade. Ademais, o enfermeiro oferece cuidados essenciais, minimizando os problemas relacionados à tuberculose.
{"title":"CONDUTA DO ENFERMEIRO FRENTE À PESSOA DIAGNOSTICADA COM TUBERCULOSE","authors":"Elaine Silva de Freitas, Agnes Costa Bezerra, Evellyn Thalyta Nascimento DE Paula Almeida, Juliana Moraes DE Albuquerque Ângelo","doi":"10.51161/epidemion/7692","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/epidemion/7692","url":null,"abstract":"Introdução: A tuberculose é uma doença infectocontagiosa, causada pela mycobacterium tuberculosis, também conhecida como bacilo de Koch. Apesar de ser uma enfermidade milenar, ainda é um importante problema de saúde pública. O profissional enfermeiro surge como parte fundamental no processo de tratamento da pessoa diagnosticada com TB, cabendo ao mesmo o acompanhamento do paciente até a sua cura clínica. Objetivo: Verificar a Conduta do enfermeiro frente à pessoa diagnosticada com Tuberculose. Metodologia: Trata-se de uma revisão da literatura. O levantamento bibliográfico foi realizado na seguinte base de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em ciências da Saúde (LILACS), e na Biblioteca Virtual em Saúde Scientific Electronic Library Online (ScieLo). Foram utilizados os seguintes descritores: conduta, enfermeiro, tuberculose. Na busca dos artigos foi utilizado o operador booleano AND para facilitar o cruzamento dos dados. Resultados: A figura do enfermeiro está diretamente ligada à recuperação do paciente com TB , estudos relatam que esses profissionais atuam como educadores em saúde, favorecendo a prevenção nas taxas de abandono do tratamento. Dessa forma, o enfermeiro assume o acompanhamento das ações voltadas ao controle da tuberculose, garantindo os cuidados específicos durante o período em que o paciente precisa ser tratado. Conclusão: Concluiu-se que o enfermeiro é crucial no gerenciamento do tratamento do paciente com TB, especialmente no contexto da assistência de qualidade, visando o bem estar da população. Esse profissional colabora para a promoção, prevenção, recuperação E reabilitação do indivíduo à sociedade. Ademais, o enfermeiro oferece cuidados essenciais, minimizando os problemas relacionados à tuberculose.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"14 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130254250","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Yara de Oliveira Pena, E. Silva, Maria do Carmo dos Santos Macedo, Flávia Rodrigues Lobo Pereira, Milena de Oliveira Simões
Introdução: A Tuberculose (TB) é considerada doença curável, com tratamento gratuito e ambulatorial, realizado prioritariamente na atenção básica, sendo a internação indicada em casos com risco não habitual. Contudo, a internação pode conotar casos diagnosticados tardiamente, agravados por comorbidades/vulnerabilidades; pode causar sofrimento físico e mental tanto para a pessoa com TB como para seus familiares e traz custos para paciente e sistema de saúde. Diversos fatores são capazes de impactar na duração da internação, destacando-se: renda familiar, escolaridade, moradia e densidade domiciliar, comorbidades, raça, sexo e idade. Objetivo: Caracterizar as internações por tuberculose em Governador Valadares - Minas Gerais (MG), 2017 a 2021 segundo variáveis dos indivíduos e das internações. Metodologia: Estudo descritivo realizado por meio de dados secundários disponíveis no Tabnet - Sistema de Informações Hospitalares, sítio eletrônico da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais, consultado em 4 de abril de 2022. Em relação às variáveis, foram utilizadas: raça/cor, faixa etária, sexo e número de internações por tuberculose no período de 2017 a 2021 em Governador Valadares - MG. Resultados: Foram notificadas 110 internações por tuberculose no local e período do estudo. O ano de 2019 contribuiu com o maior número de registros (n=43, 39,1%). 56,4% das internações estavam na faixa etária de 20 a 44 anos. A razão masculino/feminino foi de 2,9:1. Quanto à raça/cor, em 68,2% das internações os indivíduos se autodeclararam pardos. O impacto financeiro foi de R$110.323,17, valor médio de internação R$1.002,94. A média de permanência foi 9 dias, com taxa de mortalidade 6,4% (n=7). Conclusão: Nota-se que a maior parte das internação por tuberculose se encontram entre a faixa etária da população economicamente ativa, com destaque para homens pardos entre 40 a 44 anos. Houve considerável mortalidade e permanência longa; adicionada aos ônus financeiros, o panorama é de impacto individual e coletivo relevante. Ressalta-se a importância da intensificação de políticas públicas para a prevenção, detecção e tratamento oportunos, bem como fortalecimento da rede, reduzindo, assim, a morbi-mortalidade hospitalar.
简介:结核病被认为是一种可治愈的疾病，免费和门诊治疗，主要在初级保健中进行，在有不寻常风险的病例中需要住院治疗。然而，住院可能涉及较晚诊断的病例，并因合并症/脆弱性而加重;它会给结核病患者及其家人造成身体和精神上的痛苦，并给患者和卫生系统带来成本。有几个因素可以影响住院时间，特别是:家庭收入、教育、住房和住房密度、共病、种族、性别和年龄。目的:根据个人和住院人数的变量，描述2017年至2021年米纳斯吉拉斯州瓦拉达雷斯州长结核病住院人数的特征。方法:采用米纳斯吉拉斯州卫生部电子网站Tabnet - Sistema de informacao hospitalar(医院信息系统)提供的二级数据进行描述性研究，访问日期为2022年4月4日。在变量方面，我们使用了:种族/肤色、年龄、性别和2017年至2021年期间瓦拉达雷斯州长结核病住院人数。结果:在研究地点和期间，有110例结核病住院病例被报道。2019年的注册人数最多(n= 43.39.1%)。56.4%的住院患者年龄在20 - 44岁之间。男性和女性的比例是2.9:1。在种族/肤色方面，68.2%的住院患者声称自己是棕色的。财务影响为110323雷亚尔，17，平均住院费用为1002.94雷亚尔。平均住院9天，死亡率6.4% (n=7)。结论:值得注意的是，大多数因结核病住院的人都在经济活动人口的年龄范围内，特别是40 - 44岁的棕色人种男性。死亡率相当高，持续时间长;除了财政负担之外，这一前景还对个人和集体产生了重大影响。强调加强预防、检测和及时治疗的公共政策的重要性，以及加强网络，从而降低医院发病率和死亡率。
{"title":"CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONÔMICA DAS INTERNAÇÕES HOSPITALARES POR TUBERCULOSE EM GOVERNADOR VALADARES, 2017 A 2021","authors":"Yara de Oliveira Pena, E. Silva, Maria do Carmo dos Santos Macedo, Flávia Rodrigues Lobo Pereira, Milena de Oliveira Simões","doi":"10.51161/epidemion/6929","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/epidemion/6929","url":null,"abstract":"Introdução: A Tuberculose (TB) é considerada doença curável, com tratamento gratuito e ambulatorial, realizado prioritariamente na atenção básica, sendo a internação indicada em casos com risco não habitual. Contudo, a internação pode conotar casos diagnosticados tardiamente, agravados por comorbidades/vulnerabilidades; pode causar sofrimento físico e mental tanto para a pessoa com TB como para seus familiares e traz custos para paciente e sistema de saúde. Diversos fatores são capazes de impactar na duração da internação, destacando-se: renda familiar, escolaridade, moradia e densidade domiciliar, comorbidades, raça, sexo e idade. Objetivo: Caracterizar as internações por tuberculose em Governador Valadares - Minas Gerais (MG), 2017 a 2021 segundo variáveis dos indivíduos e das internações. Metodologia: Estudo descritivo realizado por meio de dados secundários disponíveis no Tabnet - Sistema de Informações Hospitalares, sítio eletrônico da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais, consultado em 4 de abril de 2022. Em relação às variáveis, foram utilizadas: raça/cor, faixa etária, sexo e número de internações por tuberculose no período de 2017 a 2021 em Governador Valadares - MG. Resultados: Foram notificadas 110 internações por tuberculose no local e período do estudo. O ano de 2019 contribuiu com o maior número de registros (n=43, 39,1%). 56,4% das internações estavam na faixa etária de 20 a 44 anos. A razão masculino/feminino foi de 2,9:1. Quanto à raça/cor, em 68,2% das internações os indivíduos se autodeclararam pardos. O impacto financeiro foi de R$110.323,17, valor médio de internação R$1.002,94. A média de permanência foi 9 dias, com taxa de mortalidade 6,4% (n=7). Conclusão: Nota-se que a maior parte das internação por tuberculose se encontram entre a faixa etária da população economicamente ativa, com destaque para homens pardos entre 40 a 44 anos. Houve considerável mortalidade e permanência longa; adicionada aos ônus financeiros, o panorama é de impacto individual e coletivo relevante. Ressalta-se a importância da intensificação de políticas públicas para a prevenção, detecção e tratamento oportunos, bem como fortalecimento da rede, reduzindo, assim, a morbi-mortalidade hospitalar.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"50 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127585547","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
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