Nathália Giareta Serena, Mariana Pavan Machado, A. Flores
Introdução: A tuberculose é uma doença infectocontagiosa que afeta, principalmente, os pulmões. No Brasil, constitui um grande problema de saúde pública, com cerca de 70 mil novos casos anuais, destacando a redução nos indicativos de novos casos da doença, conforme o passar dos anos avaliados. Objetivos: Descrever o perfil de internações e mortalidade dos casos de tuberculose ocorridos no município de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, no período de 2017 a 2021. Metodologia: Estudo epidemiológico descritivo de caráter exploratório sobre a morbimortalidade por tuberculose em Passo Fundo, Rio Grande do Sul, nos últimos 5 anos. Os dados foram obtidos por meio de consulta às bases de dados disponibilizadas pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde e coletados no período de 27 de fevereiro a 02 de março de 2022. Resultados: No período estudado foram encontrados 698 casos de tuberculose, sendo registrados 132 (18,9%), 180 (25,8%), 160 (22,9%), 129 (18,4%) e 97 (13,9%), respectivamente no período de 2017 a 2021. Neste período, o município permaneceu entre as 15 cidades do Estado com mais casos de tuberculose notificados. Do total de casos identificados, 76,6% casos eram do sexo masculino. Em relação à faixa etária, a prevalência foi maior nas pessoas com idade entre 20 e 39 anos (42,5%), seguida das pessoas com idade entre 40 e 59 anos (23%). A taxa de mortalidade por causas externas é de 12,5 a cada 100 mil habitantes e a faixa etária mais atingida foi de 40 a 59 anos (4,5%). A taxa de morbidade é de 0,7 também a cada 100 mil habitantes. Conclusão: Percebe-se a predominância da doença no sexo masculino; o maior índice de contaminação na faixa etária de 20-39 anos e o maior índice de mortalidade entre 40 e 59 anos. Com a finalidade de amenizar os índices dos casos por tuberculose, as campanhas de vacinação para vacina BCG, ações para prevenção de diabetes mellitus e de sensibilização quanto ao uso de álcool, drogas e cigarros podem ser algumas das medidas aliadas ao pressuposto.
{"title":"PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA TUBERCULOSE EM PASSO FUNDO NOS ÚLTIMOS 5 ANOS","authors":"Nathália Giareta Serena, Mariana Pavan Machado, A. Flores","doi":"10.51161/epidemion/6135","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/epidemion/6135","url":null,"abstract":"Introdução: A tuberculose é uma doença infectocontagiosa que afeta, principalmente, os pulmões. No Brasil, constitui um grande problema de saúde pública, com cerca de 70 mil novos casos anuais, destacando a redução nos indicativos de novos casos da doença, conforme o passar dos anos avaliados. Objetivos: Descrever o perfil de internações e mortalidade dos casos de tuberculose ocorridos no município de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, no período de 2017 a 2021. Metodologia: Estudo epidemiológico descritivo de caráter exploratório sobre a morbimortalidade por tuberculose em Passo Fundo, Rio Grande do Sul, nos últimos 5 anos. Os dados foram obtidos por meio de consulta às bases de dados disponibilizadas pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde e coletados no período de 27 de fevereiro a 02 de março de 2022. Resultados: No período estudado foram encontrados 698 casos de tuberculose, sendo registrados 132 (18,9%), 180 (25,8%), 160 (22,9%), 129 (18,4%) e 97 (13,9%), respectivamente no período de 2017 a 2021. Neste período, o município permaneceu entre as 15 cidades do Estado com mais casos de tuberculose notificados. Do total de casos identificados, 76,6% casos eram do sexo masculino. Em relação à faixa etária, a prevalência foi maior nas pessoas com idade entre 20 e 39 anos (42,5%), seguida das pessoas com idade entre 40 e 59 anos (23%). A taxa de mortalidade por causas externas é de 12,5 a cada 100 mil habitantes e a faixa etária mais atingida foi de 40 a 59 anos (4,5%). A taxa de morbidade é de 0,7 também a cada 100 mil habitantes. Conclusão: Percebe-se a predominância da doença no sexo masculino; o maior índice de contaminação na faixa etária de 20-39 anos e o maior índice de mortalidade entre 40 e 59 anos. Com a finalidade de amenizar os índices dos casos por tuberculose, as campanhas de vacinação para vacina BCG, ações para prevenção de diabetes mellitus e de sensibilização quanto ao uso de álcool, drogas e cigarros podem ser algumas das medidas aliadas ao pressuposto.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"76 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130794270","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Rufina Aparecida Matos de Alencar, Edilma Gomes Rocha Cavalcante
Introdução: O Brasil vive duas epidemias paralelas à de COVID-19 (SARS CoV-2) e a da dengue, sendo essa última de maior relevância no continente americano. As semelhanças clínicas entre COVID-19 e dengue estão relacionadas aos eventos fisiopatológicos, como sinais e sintomas que incluem a erupção máculo-papulosa apresentada na dengue e já relatada em casos de pacientes com COVID-19. Além de desencadearem outros problemas, tais como: linfócitos hemagagocita secundária que pode levar ao choque hipovolêmico e colapso cardiopulmonar devido à hiperinflamação. Essa possibilidade de coinfecção entre Dengue e covid-19, em zonas endêmicas e consequente atraso no diagnóstico da infecção por COVID-19, pode repercutir em maior progressão do vírus e aumentar o número de morbidade e letalidade. Objetivo: Identificação da incidência e similitudes de casos entre dengue e COVID-19 em uma Área Descentralizada de Saúde do Nordeste, brasileiro. Material e Métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo, analítico, descritivo, de abordagem quantitativa. Os dados foram extraídos com base na área descentralizada de Saúde do Crato/Ceará, que acompanha os dados epidemiológicos de 13 municípios. As quais foram acessados os bancos de dados dos sistemas de base nacional do COVID-19 que são: SIVEP GRIPE (Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe) e eSUS-VE (Sistema de Notificação do Ministério da Saúde) e do banco de dados federal e o Departamento de informática do Sistema Único de Saúde do Brasil - DATASUS para o acesso aos casos de dengue. Resultados: Durante o período, foram notificados 739 casos de COVID-19 na Área Descentralizada de Saúde do Crato-CE. Este valor representa uma incidência média de 19,2/10 mil habitantes. Quanto aos casos de dengue, foram notificados 1.513 casos em 2020. Conclusão: Diante o exposto, ao considerar a ocorrência da simultaneidade entre COVID -19 e dengue podem repercutir nos serviços de saúde do Sistema Único de Saúde - SUS, que já operam com deficiências para dengue e outras doenças. Tem-se o aumento de demandas para o ambiente hospitalar, que podem levar ao esgotamento da oferta de leitos de terapia intensiva em algumas regiões do país e ausência do manejo clínico dos pacientes com dengue que podem evoluir para óbitos.
{"title":"DENGUE E COVID-19 ENTRE INCIDÊNCIAS E SIMILITUDES DE CASOS EM UMA ÁREA DESCENTRALIZADA DE SAÚDE DO NORDESTE BRASILEIRO","authors":"Rufina Aparecida Matos de Alencar, Edilma Gomes Rocha Cavalcante","doi":"10.51161/epidemion/6999","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/epidemion/6999","url":null,"abstract":"Introdução: O Brasil vive duas epidemias paralelas à de COVID-19 (SARS CoV-2) e a da dengue, sendo essa última de maior relevância no continente americano. As semelhanças clínicas entre COVID-19 e dengue estão relacionadas aos eventos fisiopatológicos, como sinais e sintomas que incluem a erupção máculo-papulosa apresentada na dengue e já relatada em casos de pacientes com COVID-19. Além de desencadearem outros problemas, tais como: linfócitos hemagagocita secundária que pode levar ao choque hipovolêmico e colapso cardiopulmonar devido à hiperinflamação. Essa possibilidade de coinfecção entre Dengue e covid-19, em zonas endêmicas e consequente atraso no diagnóstico da infecção por COVID-19, pode repercutir em maior progressão do vírus e aumentar o número de morbidade e letalidade. Objetivo: Identificação da incidência e similitudes de casos entre dengue e COVID-19 em uma Área Descentralizada de Saúde do Nordeste, brasileiro. Material e Métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo, analítico, descritivo, de abordagem quantitativa. Os dados foram extraídos com base na área descentralizada de Saúde do Crato/Ceará, que acompanha os dados epidemiológicos de 13 municípios. As quais foram acessados os bancos de dados dos sistemas de base nacional do COVID-19 que são: SIVEP GRIPE (Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe) e eSUS-VE (Sistema de Notificação do Ministério da Saúde) e do banco de dados federal e o Departamento de informática do Sistema Único de Saúde do Brasil - DATASUS para o acesso aos casos de dengue. Resultados: Durante o período, foram notificados 739 casos de COVID-19 na Área Descentralizada de Saúde do Crato-CE. Este valor representa uma incidência média de 19,2/10 mil habitantes. Quanto aos casos de dengue, foram notificados 1.513 casos em 2020. Conclusão: Diante o exposto, ao considerar a ocorrência da simultaneidade entre COVID -19 e dengue podem repercutir nos serviços de saúde do Sistema Único de Saúde - SUS, que já operam com deficiências para dengue e outras doenças. Tem-se o aumento de demandas para o ambiente hospitalar, que podem levar ao esgotamento da oferta de leitos de terapia intensiva em algumas regiões do país e ausência do manejo clínico dos pacientes com dengue que podem evoluir para óbitos.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"101 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122807804","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
L. Oliveira, A. K. D. C. Silva, Letícia Gomes de Oliveira
Introdução: A (DPOC) está relacionada a uma resposta inflamatória a inalação de poluentes e apresenta sintomas respiratórios persistentes como dispneia e tosse com ou sem expectoração, podendo atingir um nível irreversível. Objetivo: Realizar um levantamento da literatura, sobre o principal fator de risco para o desenvolvimento de DPOC na população. Metodologia: Trata-se de um estudo de revisão da literatura, de abordagem qualitativa, que foi realizada nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde. Para a busca dos artigos foram utilizadas as palavras chaves: Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, Meio ambiente e Poluição do ar. Como critério de inclusão, optou-se em utilizar artigos: completos e de acesso livre, estudos originais, em língua inglesa, portuguesa ou espanhola, no período de 2000 a 2021. Como critério de exclusão: artigos incompletos e de acesso privado, estudos de revisão da literatura, relato de caso e de experiência, artigos fora do período proposto. Resultados: Se fez notável que o maior fator de risco da DPOC é o tabagismo praticado a longo prazo. No entanto, a DPOC não incide apenas da prática tabagista, estando associada a respiração de qualquer fumaça ligada a geração de gases irritantes como SO2, CO, CO2 e O3 que advém de poluentes como a combustão de motores e queima de biomassa, que podem ser grandes percursores da doença. Destaca-se ainda, que comorbidades cardiorrespiratórias ou autoimunes preexistentes, quando somada a patologia, podem agravar ainda mais a DPOC, o que infere na vulnerabilidade da população. Conclusão: A qualidade do ar atmosférico interfere diretamente na saúde respiratória dependendo de seu tempo de exposição. Portanto, é necessário colocar em práticas as medidas de combate ao tabagismo aliado a estratégias de prevenção. Além disso, as políticas públicas têm um papel fundamental no combate à poluição do meio ambiente por gases tóxicos, quando aplicado corretamente. E por fim, porém não menos importante, o diagnóstico precoce da doença, com o intuído de retarda o desenvolvimento dos sintomas, é primordial.
{"title":"DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA E O PRINCIPAL FATOR DE RISCO PARA O SEU DESENVOLVIMENTO","authors":"L. Oliveira, A. K. D. C. Silva, Letícia Gomes de Oliveira","doi":"10.51161/epidemion/7013","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/epidemion/7013","url":null,"abstract":"Introdução: A (DPOC) está relacionada a uma resposta inflamatória a inalação de poluentes e apresenta sintomas respiratórios persistentes como dispneia e tosse com ou sem expectoração, podendo atingir um nível irreversível. Objetivo: Realizar um levantamento da literatura, sobre o principal fator de risco para o desenvolvimento de DPOC na população. Metodologia: Trata-se de um estudo de revisão da literatura, de abordagem qualitativa, que foi realizada nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde. Para a busca dos artigos foram utilizadas as palavras chaves: Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, Meio ambiente e Poluição do ar. Como critério de inclusão, optou-se em utilizar artigos: completos e de acesso livre, estudos originais, em língua inglesa, portuguesa ou espanhola, no período de 2000 a 2021. Como critério de exclusão: artigos incompletos e de acesso privado, estudos de revisão da literatura, relato de caso e de experiência, artigos fora do período proposto. Resultados: Se fez notável que o maior fator de risco da DPOC é o tabagismo praticado a longo prazo. No entanto, a DPOC não incide apenas da prática tabagista, estando associada a respiração de qualquer fumaça ligada a geração de gases irritantes como SO2, CO, CO2 e O3 que advém de poluentes como a combustão de motores e queima de biomassa, que podem ser grandes percursores da doença. Destaca-se ainda, que comorbidades cardiorrespiratórias ou autoimunes preexistentes, quando somada a patologia, podem agravar ainda mais a DPOC, o que infere na vulnerabilidade da população. Conclusão: A qualidade do ar atmosférico interfere diretamente na saúde respiratória dependendo de seu tempo de exposição. Portanto, é necessário colocar em práticas as medidas de combate ao tabagismo aliado a estratégias de prevenção. Além disso, as políticas públicas têm um papel fundamental no combate à poluição do meio ambiente por gases tóxicos, quando aplicado corretamente. E por fim, porém não menos importante, o diagnóstico precoce da doença, com o intuído de retarda o desenvolvimento dos sintomas, é primordial.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133746205","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pedro Bonilauri Ferreira, L. Luiz, Felipe Farah, R. R. E. Silva, Jean Carl Silva
Introdução: O diabetes mellitus gestacional (DMG) consiste na intolerância à glicose que se inicia ou é detectada pela primeira vez durante a gestação sendo considerada a complicação médica mais comum da gravidez. Objetivo: Avaliar desfechos adversos perinatais relacionados ao Diabetes Mellitus Gestacional (DMG). Métodos: Trata-se de um estudo caso-controle, realizado na Maternidade Darcy Vargas em Joinville–SC, no período de agosto a dezembro de 2020. Realizou-se uma entrevista a uma amostra composta de puérperas maiores de 18 anos. Dividiu-se as pacientes em 2 grupos, pacientes com e sem DMG. No cálculo de razão de chance ajustado para fatores de confusão, utilizou-se o intervalo de confiança de 95%. Os fatores de confusão utilizados foram: idade, cesariana prévia, tabagismo, alcoolismo e outras drogas. Resultados: As pacientes foram divididas em 2 grupos: puérperas com DMG (n=345/20,6%) e sem DMG (n=1325/79,3%). Quanto as características maternas, puérperas com DMG tiveram maior idade, IMC e número de consultas pré-natal, além de menor ganho de peso, comparadas as pacientes sem DMG. Além disso, pacientes com DMG tiveram mais gestações anteriores, cesarianas, abortos prévios, obesidade, Doença Hipertensiva Específica da Gestação, e Hipertensão Arterial Sistêmica prévia, comparadas as gestantes sem DMG. Já, nas características do recém-nascido de mães com DMG, observou-se menor idade gestacional, Apgar de 1º e 5º minutos, maior incidência de UTI neonatal e cesariana, além de diferença na adequação ao peso. Após o cálculo de razão de chance ajustado, DMG aumentou a chance de recém-nascidos Grandes para a Idade Gestacional (GIG) (RC=1,399 IC95% 1,013- 1,933), UTI neonatal (RC=1,733 IC95% 1,065-2,819) e Apgar baixo no primeiro minuto (RC=1,775 IC95% 1,117-2,820), não interferiu nos demais desfechos. Conclusão: O DMG aumentou a chance de recém-nascidos GIG em 1,4 vezes, necessidade de UTI neonatal em 1,7 vezes e Apgar baixo no primeiro minuto em 1,7 vezes.
简介:妊娠期糖尿病(gdm)是在妊娠期开始或首次发现的葡萄糖不耐受,被认为是妊娠期最常见的医学并发症。摘要目的:探讨妊娠期糖尿病(gdm)相关的围产期不良结局。方法:这是一项病例对照研究,于2020年8月至12月在Joinville - SC的Darcy Vargas妇产医院进行。对18岁以上的母亲进行了访谈。患者被分为两组,有和没有gdm的患者。在计算混杂因素调整后的机会比时,采用95%置信区间。使用的混杂因素有:年龄、剖腹产史、吸烟、酗酒和其他药物。结果:将患者分为两组:有gdm的妇女(n=345/ 20.6%)和没有gdm的妇女(n=1325/ 79.3%)。在母亲特征方面,与非gdm患者相比,gdm患者的年龄、bmi和产前就诊次数更高,体重增加更少。此外,与没有gdm的孕妇相比,gdm患者有更多的妊娠史、剖腹产史、流产史、肥胖史、妊娠特异性高血压病史和系统性动脉高血压史。在gdm母亲的新生儿特征中,观察到较低的胎龄,1和5分钟的Apgar,较高的新生儿icu和剖宫产发生率,以及体重充分性的差异。在计算调整后的机会比后,gdm增加了胎龄大新生儿(GIG)的机会(or = 1.399, 95% ci 1.013 - 1.933),新生儿icu (or = 1.733, 95% ci 1.065 - 2.819)和第一分钟低Apgar的机会(or = 1.775, 95% ci 1.117 - 2.820),但不影响其他结果。结论:gdm使新生儿GIG发生的几率增加1.4倍,新生儿icu需要增加1.7倍,第一分钟Apgar低增加1.7倍。
{"title":"DESFECHOS MATERNO-FETAIS ADVERSOS RELACIONADOS AO DIABETES MELLITUS GESTACIONAL EM UMA MATERNIDADE DO SUL DO BRASIL","authors":"Pedro Bonilauri Ferreira, L. Luiz, Felipe Farah, R. R. E. Silva, Jean Carl Silva","doi":"10.51161/epidemion/6963","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/epidemion/6963","url":null,"abstract":"Introdução: O diabetes mellitus gestacional (DMG) consiste na intolerância à glicose que se inicia ou é detectada pela primeira vez durante a gestação sendo considerada a complicação médica mais comum da gravidez. Objetivo: Avaliar desfechos adversos perinatais relacionados ao Diabetes Mellitus Gestacional (DMG). Métodos: Trata-se de um estudo caso-controle, realizado na Maternidade Darcy Vargas em Joinville–SC, no período de agosto a dezembro de 2020. Realizou-se uma entrevista a uma amostra composta de puérperas maiores de 18 anos. Dividiu-se as pacientes em 2 grupos, pacientes com e sem DMG. No cálculo de razão de chance ajustado para fatores de confusão, utilizou-se o intervalo de confiança de 95%. Os fatores de confusão utilizados foram: idade, cesariana prévia, tabagismo, alcoolismo e outras drogas. Resultados: As pacientes foram divididas em 2 grupos: puérperas com DMG (n=345/20,6%) e sem DMG (n=1325/79,3%). Quanto as características maternas, puérperas com DMG tiveram maior idade, IMC e número de consultas pré-natal, além de menor ganho de peso, comparadas as pacientes sem DMG. Além disso, pacientes com DMG tiveram mais gestações anteriores, cesarianas, abortos prévios, obesidade, Doença Hipertensiva Específica da Gestação, e Hipertensão Arterial Sistêmica prévia, comparadas as gestantes sem DMG. Já, nas características do recém-nascido de mães com DMG, observou-se menor idade gestacional, Apgar de 1º e 5º minutos, maior incidência de UTI neonatal e cesariana, além de diferença na adequação ao peso. Após o cálculo de razão de chance ajustado, DMG aumentou a chance de recém-nascidos Grandes para a Idade Gestacional (GIG) (RC=1,399 IC95% 1,013- 1,933), UTI neonatal (RC=1,733 IC95% 1,065-2,819) e Apgar baixo no primeiro minuto (RC=1,775 IC95% 1,117-2,820), não interferiu nos demais desfechos. Conclusão: O DMG aumentou a chance de recém-nascidos GIG em 1,4 vezes, necessidade de UTI neonatal em 1,7 vezes e Apgar baixo no primeiro minuto em 1,7 vezes.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"118 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133414233","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: A hipodermóclise também conhecida como terapia subcutânea é a administração parenteral de soluções como, fármacos e fluidos hidroeletrolíticos através da via subcutânea. Essa técnica é indicada quando a rede venosa e/ou a ingestão oral estão comprometidas, como no caso de desidratações leves a moderadas, doenças crônicas e degenerativas e neoplasias avançadas. Na década de 60 essa terapia começa a ser utilizada na Inglaterra nos pacientes com doenças que ameaçam a continuidade da vida, cuidados então denominados como cuidados paliativos. Objetivo: Realizar uma revisão da literatura cientifica acerca da técnica hipodermóclise no âmbito do cuidado paliativo. Material e Métodos: Revisão integrativa da literatura realizada nas bases de dados LILACS, MEDLINE e SciELO, sem restrição de idioma e de tempo de publicação, devido a incipiência do tema. A busca foi pautada pela seguinte questão: O que se tem produzido na literatura científica sobre a técnica de hipodermóclise no âmbito do cuidado paliativo? A amostra compôs-se de 6 artigos. Os dados foram analisados, categorizados e discutidos. Resultados: Há poucos artigos, que desvelam sobre a técnica hipodermóclise no âmbito do cuidado paliativo. Além disso, há poucos estudos originais sobre a temática. Um número reduzido dos estudos desvelam sobre a atuação dos profissionais envolvidos nos cuidados dos pacientes, especificamente o profissional enfermeiro, a maioria das publicações tem como tema principal os aspectos relacionados a história e fundamentos da hipodermóclise. Todos os artigos desvelam sobre as possíveis complicações provenientes do uso da via subcutânea, contudo, um artigo tratava especificamente dessas complicações. A maioria das complicações estão relacionadas a utilização de forma inadequada da via. Conclusão: A despeito das publicações sobre hipodermóclise no âmbito do cuidado paliativo, verificou-se que ainda há uma grade lacuna do conhecimento produzido, visto que as produções nessa área ainda são muito reduzidas, sendo inclusive está, uma das limitações desse estudo. Ressalta-se a necessidade de novos estudos, para que os profissionais envolvidos com paciente sob cuidados paliativos que necessitam utilizar a hipodermóclise, apropriem-se do assunto e produzam conhecimentos novos que agregaram para a sua prática.
{"title":"HIPODERMÓCLISE NO CUIDADO PALIATIVO: REVISÃO INTEGRATIVA","authors":"Gabriel Candido DA Silva","doi":"10.51161/epidemion/7588","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/epidemion/7588","url":null,"abstract":"Introdução: A hipodermóclise também conhecida como terapia subcutânea é a administração parenteral de soluções como, fármacos e fluidos hidroeletrolíticos através da via subcutânea. Essa técnica é indicada quando a rede venosa e/ou a ingestão oral estão comprometidas, como no caso de desidratações leves a moderadas, doenças crônicas e degenerativas e neoplasias avançadas. Na década de 60 essa terapia começa a ser utilizada na Inglaterra nos pacientes com doenças que ameaçam a continuidade da vida, cuidados então denominados como cuidados paliativos. Objetivo: Realizar uma revisão da literatura cientifica acerca da técnica hipodermóclise no âmbito do cuidado paliativo. Material e Métodos: Revisão integrativa da literatura realizada nas bases de dados LILACS, MEDLINE e SciELO, sem restrição de idioma e de tempo de publicação, devido a incipiência do tema. A busca foi pautada pela seguinte questão: O que se tem produzido na literatura científica sobre a técnica de hipodermóclise no âmbito do cuidado paliativo? A amostra compôs-se de 6 artigos. Os dados foram analisados, categorizados e discutidos. Resultados: Há poucos artigos, que desvelam sobre a técnica hipodermóclise no âmbito do cuidado paliativo. Além disso, há poucos estudos originais sobre a temática. Um número reduzido dos estudos desvelam sobre a atuação dos profissionais envolvidos nos cuidados dos pacientes, especificamente o profissional enfermeiro, a maioria das publicações tem como tema principal os aspectos relacionados a história e fundamentos da hipodermóclise. Todos os artigos desvelam sobre as possíveis complicações provenientes do uso da via subcutânea, contudo, um artigo tratava especificamente dessas complicações. A maioria das complicações estão relacionadas a utilização de forma inadequada da via. Conclusão: A despeito das publicações sobre hipodermóclise no âmbito do cuidado paliativo, verificou-se que ainda há uma grade lacuna do conhecimento produzido, visto que as produções nessa área ainda são muito reduzidas, sendo inclusive está, uma das limitações desse estudo. Ressalta-se a necessidade de novos estudos, para que os profissionais envolvidos com paciente sob cuidados paliativos que necessitam utilizar a hipodermóclise, apropriem-se do assunto e produzam conhecimentos novos que agregaram para a sua prática.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"9 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128933536","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
L. Luiz, Pedro Bonilauri Ferreira, Felipe Farah, R. R. E. Silva, Jean Carl Silva
Introdução: De acordo com a Organização Mundial da Saúde, estima-se que 250 milhões de mulheres são tabagistas em todo o mundo. Nesse contexto, o tabagismo entre mulheres demonstra-se mais crítico ao relacionar-se com a gestação, com base nos danos preconizados ao feto e a mãe, levantando-se a hipótese de que gestações associadas ao tabaco, resultam em PIG, más formações fetais, abortos espontâneos, fetos com problemas respiratórios, parto prematuro entre outras intercorrências. Objetivo: Avaliar os desfechos adversos perinatais relacionados ao tabagismo na gestação. Métodos: O projeto foi aprovado sob o número CAAE 28786020.5.0000.5363 pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, Joinville, SC, Brasil. Trata-se de um estudo corte transversal, realizado na Maternidade Darcy Vargas em Joinville–SC, no período de agosto a dezembro de 2020. Realizou-se uma entrevista a uma amostra composta de puérperas maiores de 18 anos. Dividiu-se as pacientes em 2 grupos, pacientes que fumaram e pacientes que não fumaram na gestação. No cálculo de razão de chance ajustado, utilizou-se o intervalo de confiança de 95%. Os fatores de confusão adotados foram: idade, cesariana prévia, alcoolismo e outras drogas. Resultados: As pacientes foram divididas puérperas que fumaram na gestação (n=125/7,4%) e que não fumaram (n=1545/92,5%). Quanto as características maternas, puérperas que fumaram foram mais negras e pardas, tiveram mais gestações, partos normais e cesarianas anteriores, também foram mais solteiras e divorciadas, comparadas as gestantes que não fumaram. Além disso, fizeram menos consultas pré-natal, tiveram menor adequação ao número de consultas mínimo do MS e da OMS, também usaram mais álcool e drogas na gestação, quando comparadas as mães que não fumaram. Já, nas características do recém-nascido de pacientes que fumaram, observou-se menor peso ao nascimento e diferença na adequação deste a idade gestacional, apresentando mais recém-nascidos pequenos para a idade gestacional (PIG), comparado a recém-nascidos de pacientes não fumaram. Após o cálculo de razão de chance ajustado, verificou-se que o tabagismo aumentou a chance de recém-nascidos PIG (RC=2,590 IC95% 1,344-4,990), não interferiu nos demais desfechos. Conclusão: O tabagismo aumentou em 2,5 vezes a chance de recém-nascidos PIG
导言:据世界卫生组织估计,全世界有2.5亿妇女吸烟。在这种背景下,吸烟女性之间更重要的是与怀孕证明,根据最终损害胎儿和母亲将上升的机会,导致猪怀孕与烟草,胎儿畸形,流产,胎儿有呼吸道疾病,早产intercorrências之中。目的:评价妊娠期吸烟相关的不良围产期结局。方法:该项目由巴西SC Joinville Hans Dieter Schmidt地区医院研究伦理委员会(CEP)批准,编号为28786020.5.0000.5363。这是一项横断面研究,于2020年8月至12月在Joinville - SC的Darcy Vargas妇产医院进行。对18岁以上的母亲进行了访谈。患者被分为两组,吸烟的患者和怀孕期间不吸烟的患者。在计算调整后的机会比时,采用95%置信区间。采用的混杂因素有:年龄、既往剖腹产、酗酒和其他药物。结果:患者分为怀孕期间吸烟的妇女(n=125/ 7.4%)和不吸烟的妇女(n=1545/ 92.5%)。在母亲特征方面,与不吸烟的孕妇相比,吸烟的孕妇更黑、更黑、怀孕次数更多、正常分娩和剖腹产次数更多、单身和离婚次数更多。此外,与不吸烟的母亲相比,她们进行的产前咨询更少,符合卫生部和世卫组织的最低咨询次数更少,她们在怀孕期间也使用更多的酒精和药物。在吸烟患者的新生儿特征方面,观察到出生体重较低,胎龄充分性差异较大,与不吸烟患者的新生儿相比,胎龄小新生儿(PIG)更多。在计算调整后的机会比后,发现吸烟增加了新生猪的机会(cr = 2590 95% ci 1344 - 4990),而不影响其他结果。结论:吸烟使小猪出生的几率增加了2.5倍
{"title":"GESTANTES TABAGISTAS E SEUS DESFECHOS OBSTÉTRICOS DESFAVORÁVEIS","authors":"L. Luiz, Pedro Bonilauri Ferreira, Felipe Farah, R. R. E. Silva, Jean Carl Silva","doi":"10.51161/epidemion/6960","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/epidemion/6960","url":null,"abstract":"Introdução: De acordo com a Organização Mundial da Saúde, estima-se que 250 milhões de mulheres são tabagistas em todo o mundo. Nesse contexto, o tabagismo entre mulheres demonstra-se mais crítico ao relacionar-se com a gestação, com base nos danos preconizados ao feto e a mãe, levantando-se a hipótese de que gestações associadas ao tabaco, resultam em PIG, más formações fetais, abortos espontâneos, fetos com problemas respiratórios, parto prematuro entre outras intercorrências. Objetivo: Avaliar os desfechos adversos perinatais relacionados ao tabagismo na gestação. Métodos: O projeto foi aprovado sob o número CAAE 28786020.5.0000.5363 pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, Joinville, SC, Brasil. Trata-se de um estudo corte transversal, realizado na Maternidade Darcy Vargas em Joinville–SC, no período de agosto a dezembro de 2020. Realizou-se uma entrevista a uma amostra composta de puérperas maiores de 18 anos. Dividiu-se as pacientes em 2 grupos, pacientes que fumaram e pacientes que não fumaram na gestação. No cálculo de razão de chance ajustado, utilizou-se o intervalo de confiança de 95%. Os fatores de confusão adotados foram: idade, cesariana prévia, alcoolismo e outras drogas. Resultados: As pacientes foram divididas puérperas que fumaram na gestação (n=125/7,4%) e que não fumaram (n=1545/92,5%). Quanto as características maternas, puérperas que fumaram foram mais negras e pardas, tiveram mais gestações, partos normais e cesarianas anteriores, também foram mais solteiras e divorciadas, comparadas as gestantes que não fumaram. Além disso, fizeram menos consultas pré-natal, tiveram menor adequação ao número de consultas mínimo do MS e da OMS, também usaram mais álcool e drogas na gestação, quando comparadas as mães que não fumaram. Já, nas características do recém-nascido de pacientes que fumaram, observou-se menor peso ao nascimento e diferença na adequação deste a idade gestacional, apresentando mais recém-nascidos pequenos para a idade gestacional (PIG), comparado a recém-nascidos de pacientes não fumaram. Após o cálculo de razão de chance ajustado, verificou-se que o tabagismo aumentou a chance de recém-nascidos PIG (RC=2,590 IC95% 1,344-4,990), não interferiu nos demais desfechos. Conclusão: O tabagismo aumentou em 2,5 vezes a chance de recém-nascidos PIG","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"15 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126434635","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Gislayne Fontenele Albuquerque Lourenço, Carlos Eduardo Pinto Macena, Debora Vasconcelos Ximenes, Vitoria DE Jesus Carneiro Brandão, João Marcos Silva de Almeida
Introdução: A malária é uma doença infecciosa febril na qual o agente etiológico é um protozoário do gênero Plasmodium, transmitido ao ser humano pela picada do mosquito Anopheles infectados ou pelo compartilhamento de seringas, transfusão sanguinea ou até para o feto, na gravidez. É uma zoonose de distribuição mundial, prevalente em países tropicais e subtropicais. No Brasil, está mais presente nos estados da Região Norte. Objetivo: Analisar a ocorrência de casos de malária no período de 2015 a 2021 no Estado do Ceará, segundo as variáveis tempo, espaço e pessoa dos casos notificados. Metodologia: Estudo ecológico, com base em levantamento epidemiológico sobre a ocorrência de malária no Estado do Ceará, de janeiro de 2015 a agosto de 2021. Os dados foram obtidos no site do Sistema de Informação de Agravos de Notificação - SINAN Net do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), respaldado pela Resolução n° 510 de 2016 do Conselho Nacional de Saúde. Resultados: Foram notificados 79 casos de malária no Ceará, de janeiro de 2015 a agosto de 2021. Nesse período, o ano de 2019 apresentou maiores casos com 24,05% (19/79) notificados e 1,27% (1/79) dos casos até agosto de 2021. Segundo a zona de residência, 58,23% (46/79) residiam em zona ignorada na notificação. Notou-se uma maior ocorrência da doença em pessoas de 20 a 39 anos, correspondendo a 48,10% (38/79) da população afetada, nos idosos de 65 a 69 anos, com 1,27% (1/79), e crianças de até 4 anos de idade, com 1,27% (1/79), sendo a população menos atingida. Além disso, a incidência da doença é maior em pessoas pardas e sexo masculino, com percentual respectivo de 83,54% (66/79) e 81,01% (64/79). Por fim, o grau de escolaridade pouco citado nos estudos epidemiológicos, mostra que pessoas com ensino médio completo são mais afetados pelo impaludismo, caracterizando 18,99% (15/79) e com educação superior incompleta, apresentando 1,27% (1/79), sendo o grupo menos afetado. Conclusão: Com a presença de casos de malária no Estado do Ceará, ressalta-se a importância de aprofundar-se nos estudos epidemiológicos, para compreender e entender a notoriedade da doença para a saúde no Estado.
{"title":"OCORRÊNCIA DE MALÁRIA NOS ANOS DE 2015 A 2021 NO ESTADO DO CEARÁ","authors":"Gislayne Fontenele Albuquerque Lourenço, Carlos Eduardo Pinto Macena, Debora Vasconcelos Ximenes, Vitoria DE Jesus Carneiro Brandão, João Marcos Silva de Almeida","doi":"10.51161/epidemion/7721","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/epidemion/7721","url":null,"abstract":"Introdução: A malária é uma doença infecciosa febril na qual o agente etiológico é um protozoário do gênero Plasmodium, transmitido ao ser humano pela picada do mosquito Anopheles infectados ou pelo compartilhamento de seringas, transfusão sanguinea ou até para o feto, na gravidez. É uma zoonose de distribuição mundial, prevalente em países tropicais e subtropicais. No Brasil, está mais presente nos estados da Região Norte. Objetivo: Analisar a ocorrência de casos de malária no período de 2015 a 2021 no Estado do Ceará, segundo as variáveis tempo, espaço e pessoa dos casos notificados. Metodologia: Estudo ecológico, com base em levantamento epidemiológico sobre a ocorrência de malária no Estado do Ceará, de janeiro de 2015 a agosto de 2021. Os dados foram obtidos no site do Sistema de Informação de Agravos de Notificação - SINAN Net do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), respaldado pela Resolução n° 510 de 2016 do Conselho Nacional de Saúde. Resultados: Foram notificados 79 casos de malária no Ceará, de janeiro de 2015 a agosto de 2021. Nesse período, o ano de 2019 apresentou maiores casos com 24,05% (19/79) notificados e 1,27% (1/79) dos casos até agosto de 2021. Segundo a zona de residência, 58,23% (46/79) residiam em zona ignorada na notificação. Notou-se uma maior ocorrência da doença em pessoas de 20 a 39 anos, correspondendo a 48,10% (38/79) da população afetada, nos idosos de 65 a 69 anos, com 1,27% (1/79), e crianças de até 4 anos de idade, com 1,27% (1/79), sendo a população menos atingida. Além disso, a incidência da doença é maior em pessoas pardas e sexo masculino, com percentual respectivo de 83,54% (66/79) e 81,01% (64/79). Por fim, o grau de escolaridade pouco citado nos estudos epidemiológicos, mostra que pessoas com ensino médio completo são mais afetados pelo impaludismo, caracterizando 18,99% (15/79) e com educação superior incompleta, apresentando 1,27% (1/79), sendo o grupo menos afetado. Conclusão: Com a presença de casos de malária no Estado do Ceará, ressalta-se a importância de aprofundar-se nos estudos epidemiológicos, para compreender e entender a notoriedade da doença para a saúde no Estado.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"134585495","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Lairane Bridi Loss, Sarah Aparecida Fernandes Lima, José Augusto Martins Lemos Júnior
Introdução: A doença de Alzheimer (DA) é uma afecção heterogênea com fisiopatologia complexa, caracterizada pela deposição extracelular de β-amilóide e formação de emaranhados neurofibrilares intracelulares. É considerada uma das principais causas de demência na população idosa, responsável por altos índices progressivos de morbidade e incapacidade, além de sobrecarga ao setor público de saúde e aos cuidadores. Objetivos: Analisar e determinar o impacto as hospitalizações por DA no Brasil, nos últimos 5 anos. Metodologia: Estudo quantitativo, retrospectivo e observacional realizado a partir da coleta de dados indexados na plataforma do Departamento de Informática do SUS (DATASUS - SIH/SUS). Selecionou-se o número de internações por DA no período de 2017 a 2021, média de permanência hospitalar e custo total. As variáveis ano, sexo, faixa etária, cor e região geográfica foram analisadas. Posteriormente, os dados foram tabulados e submetidos à análise estatística descritiva por meio do software Excel 2016. Resultados: Mediante as delimitações, foram registradas 7.201 internações por DA, sendo 23,38% (n=1.684) delas ocorridas no ano de 2016 e 53,27% (n=3.836) concentradas na região Sudeste. Em relação a faixa etária, pacientes maiores de 80 anos representaram a maior parte da amostra, isto é, 4.264 (59,21%). As hospitalizações foram mais frequentes no sexo feminino e em doentes de cor branca, com 65,38% (4.708) e 48,45% (3.489) do total, respectivamente. A média de permanência hospitalar associada à DA no período analisado foi de 21,5 dias e o custo total incluindo serviços hospitalares foi de R$ 9.464.387,48. Conclusão: As hospitalizações por DA no Brasil foram mais prevalentes em mulheres brancas maiores de 80 anos. A média de permanência hospitalar demonstrou-se elevada. Dada a significativa prevalência de DA aliada às internações prolongadas na população considerada, há importante impacto nos custos de saúde pública. Diante disso, faz-se necessário adotar medidas visando a redução do número de hospitalizações pela doença, bem como estratégias de orientação e acolhimento de pacientes e familiares para minorar os impactos psicossociais da afecção.
{"title":"HOSPITALIZAÇÕES POR DOENÇA DE ALZHEIMER NO BRASIL NOS ÚLTIMOS 5 ANOS","authors":"Lairane Bridi Loss, Sarah Aparecida Fernandes Lima, José Augusto Martins Lemos Júnior","doi":"10.51161/epidemion/6153","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/epidemion/6153","url":null,"abstract":"Introdução: A doença de Alzheimer (DA) é uma afecção heterogênea com fisiopatologia complexa, caracterizada pela deposição extracelular de β-amilóide e formação de emaranhados neurofibrilares intracelulares. É considerada uma das principais causas de demência na população idosa, responsável por altos índices progressivos de morbidade e incapacidade, além de sobrecarga ao setor público de saúde e aos cuidadores. Objetivos: Analisar e determinar o impacto as hospitalizações por DA no Brasil, nos últimos 5 anos. Metodologia: Estudo quantitativo, retrospectivo e observacional realizado a partir da coleta de dados indexados na plataforma do Departamento de Informática do SUS (DATASUS - SIH/SUS). Selecionou-se o número de internações por DA no período de 2017 a 2021, média de permanência hospitalar e custo total. As variáveis ano, sexo, faixa etária, cor e região geográfica foram analisadas. Posteriormente, os dados foram tabulados e submetidos à análise estatística descritiva por meio do software Excel 2016. Resultados: Mediante as delimitações, foram registradas 7.201 internações por DA, sendo 23,38% (n=1.684) delas ocorridas no ano de 2016 e 53,27% (n=3.836) concentradas na região Sudeste. Em relação a faixa etária, pacientes maiores de 80 anos representaram a maior parte da amostra, isto é, 4.264 (59,21%). As hospitalizações foram mais frequentes no sexo feminino e em doentes de cor branca, com 65,38% (4.708) e 48,45% (3.489) do total, respectivamente. A média de permanência hospitalar associada à DA no período analisado foi de 21,5 dias e o custo total incluindo serviços hospitalares foi de R$ 9.464.387,48. Conclusão: As hospitalizações por DA no Brasil foram mais prevalentes em mulheres brancas maiores de 80 anos. A média de permanência hospitalar demonstrou-se elevada. Dada a significativa prevalência de DA aliada às internações prolongadas na população considerada, há importante impacto nos custos de saúde pública. Diante disso, faz-se necessário adotar medidas visando a redução do número de hospitalizações pela doença, bem como estratégias de orientação e acolhimento de pacientes e familiares para minorar os impactos psicossociais da afecção.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"9 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"134604147","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
K. Aragão, Anna Livyan Oliveira Cavalcante, Diana Vale Cavalcante, Sarah Kristina Mariani da Costa, José J. Costa
Introdução:O câncer do colo do útero que também pode ser chamado de câncer cervical, é causado por infecções de natureza persistente por diversos tipos de Papilomavírus Humano – HPV, destacando os tipos oncogênicos. A transmissão ocorre, principalmente, por meio de infecção genital pelo vírus do HPV, em que as alterações celulares podem evoluir para o câncer. O diagnóstico ocorre por meio do exame preventivo, Papanicolau, exame pélvico e história clínica do paciente. Objetivo:Avaliar a ocorrência de casos de câncer de colo de útero no período de 2016 a 2021 no Ceará. Metodologia:Trata-se de um estudo epidemiológico, quantitativo, no qual as informações sobre o câncer de colo de útero em mulheres no Ceará, segundo a variável faixa etária e grau de escolaridade foi recuperada do site do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), que está subordinado ao Departamento de Informações do Sistema Único de Saúde (DATASUS). O período de inclusão da pesquisa foi janeiro de 2016 a dezembro de 2021. Resultados Neste período, foram notificados no estado do Ceará,14.231 casos de câncer de colo de útero. Os maiores índices de casos registrados se encontram entre as faixas etárias de 40 e 65 anos, representando mais de 65% das ocorrências. Casos em menor número foram registrados em mulheres a partir de 35 anos, menos de 5% do total. Quanto ao nível de instrução, 70% das mulheres eram analfabetas ou apresentavam ensino fundamental incompleto, 19% possuíam ensino fundamental completo e 10% ensino médio completo. Conclusão:Ao analisar o perfil epidemiológico dos casos de câncer de colo de útero no Ceará, pode-se perceber que o controle dessa doença ainda é um desafio, demonstrando a necessidade de melhorias nos programas de prevenção, capacitação dos profissionais e conscientização da população. Assim, é preciso desenvolver políticas públicas de prevenção mais sólidas, que implementem ações de detecção precoce da doença para diminuir a mortalidade pelo câncer cervical.
{"title":"PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO CÂNCER DO COLO DE ÚTERO EM MULHERES NO CEARÁ, NO PERÍODO DE 2016 A 2021","authors":"K. Aragão, Anna Livyan Oliveira Cavalcante, Diana Vale Cavalcante, Sarah Kristina Mariani da Costa, José J. Costa","doi":"10.51161/epidemion/6940","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/epidemion/6940","url":null,"abstract":"Introdução:O câncer do colo do útero que também pode ser chamado de câncer cervical, é causado por infecções de natureza persistente por diversos tipos de Papilomavírus Humano – HPV, destacando os tipos oncogênicos. A transmissão ocorre, principalmente, por meio de infecção genital pelo vírus do HPV, em que as alterações celulares podem evoluir para o câncer. O diagnóstico ocorre por meio do exame preventivo, Papanicolau, exame pélvico e história clínica do paciente. Objetivo:Avaliar a ocorrência de casos de câncer de colo de útero no período de 2016 a 2021 no Ceará. Metodologia:Trata-se de um estudo epidemiológico, quantitativo, no qual as informações sobre o câncer de colo de útero em mulheres no Ceará, segundo a variável faixa etária e grau de escolaridade foi recuperada do site do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), que está subordinado ao Departamento de Informações do Sistema Único de Saúde (DATASUS). O período de inclusão da pesquisa foi janeiro de 2016 a dezembro de 2021. Resultados Neste período, foram notificados no estado do Ceará,14.231 casos de câncer de colo de útero. Os maiores índices de casos registrados se encontram entre as faixas etárias de 40 e 65 anos, representando mais de 65% das ocorrências. Casos em menor número foram registrados em mulheres a partir de 35 anos, menos de 5% do total. Quanto ao nível de instrução, 70% das mulheres eram analfabetas ou apresentavam ensino fundamental incompleto, 19% possuíam ensino fundamental completo e 10% ensino médio completo. Conclusão:Ao analisar o perfil epidemiológico dos casos de câncer de colo de útero no Ceará, pode-se perceber que o controle dessa doença ainda é um desafio, demonstrando a necessidade de melhorias nos programas de prevenção, capacitação dos profissionais e conscientização da população. Assim, é preciso desenvolver políticas públicas de prevenção mais sólidas, que implementem ações de detecção precoce da doença para diminuir a mortalidade pelo câncer cervical.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"91 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130182155","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Giovanna Ribas Chicre, A. Lima, Francisco Thalyson Moraes Silveira, M. S. Reis, Kamilla Araújo Pereira Cordovil
Introdução: A tuberculose (TB) está intimamente relacionada ao HIV, além disso a tuberculose pode ser responsável por uma elevada morbimortalidade em indivíduos portadores da imunossupressão. Nesse sentido, a realização dos testes para HIV nos pacientes diagnosticados com TB deve ser sempre realizada, pois existe interação entre o Mycobacterium tuberculosis e o HIV que culmina em progressão mais rápida de ambas. Objetivo: Verificar a subnotificação por não testagem para HIV em pacientes com tuberculose ativa e apresentar as possíveis causas e repercussões no desfecho clínico desses indivíduos. Material e Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo do tipo relato de experiência realizadas por acadêmicas do curso de medicina de uma instituição privada por meio da análise de dados coletados em uma unidade de saúde de família da cidade de Manaus em um período compreendido de janeiro de 2020 a fevereiro de 2022, através do banco de dados do programa de controle da tuberculose da unidade (USF) e do tratamento diretamente observado (TDO). Resultados: Durante a pesquisa, houve a necessidade de considerar as subnotificações de registros sem informação da realização de teste rápido para hiv, visto que é relevante para a avaliação de coinfecção TB/HIV, de modo que se observou 66 pacientes infectados com tuberculose no período de 2020 a 2022, e apenas 36 realizaram a testagem para HIV, desta maneira 46% desses indivíduos não passaram pelo exame, o qual impossibilita mensurar de forma segura o diagnóstico de coinfecção. Além disso, dentre os testados apenas 1 caso positivou, evidenciando uma porcentagem de 2,7%. Conclusão: Por meio deste relato de experiência foi possível estabelecer que houve uma falha na triagem destes pacientes seja por falta de treinamento da equipe de saúde, pela recusa do paciente em realizar o teste relacionado ao estigma que a doença representa na sociedade, bem como pelo déficit de entendimento da gravidade da doença.
{"title":"TESTAGEM PARA HIV EM PACIENTES COM TUBERCULOSE ATIVA: CAUSAS E REPERCUSSÕES NO DESFECHO CLÍNICO","authors":"Giovanna Ribas Chicre, A. Lima, Francisco Thalyson Moraes Silveira, M. S. Reis, Kamilla Araújo Pereira Cordovil","doi":"10.51161/epidemion/7623","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/epidemion/7623","url":null,"abstract":"Introdução: A tuberculose (TB) está intimamente relacionada ao HIV, além disso a tuberculose pode ser responsável por uma elevada morbimortalidade em indivíduos portadores da imunossupressão. Nesse sentido, a realização dos testes para HIV nos pacientes diagnosticados com TB deve ser sempre realizada, pois existe interação entre o Mycobacterium tuberculosis e o HIV que culmina em progressão mais rápida de ambas. Objetivo: Verificar a subnotificação por não testagem para HIV em pacientes com tuberculose ativa e apresentar as possíveis causas e repercussões no desfecho clínico desses indivíduos. Material e Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo do tipo relato de experiência realizadas por acadêmicas do curso de medicina de uma instituição privada por meio da análise de dados coletados em uma unidade de saúde de família da cidade de Manaus em um período compreendido de janeiro de 2020 a fevereiro de 2022, através do banco de dados do programa de controle da tuberculose da unidade (USF) e do tratamento diretamente observado (TDO). Resultados: Durante a pesquisa, houve a necessidade de considerar as subnotificações de registros sem informação da realização de teste rápido para hiv, visto que é relevante para a avaliação de coinfecção TB/HIV, de modo que se observou 66 pacientes infectados com tuberculose no período de 2020 a 2022, e apenas 36 realizaram a testagem para HIV, desta maneira 46% desses indivíduos não passaram pelo exame, o qual impossibilita mensurar de forma segura o diagnóstico de coinfecção. Além disso, dentre os testados apenas 1 caso positivou, evidenciando uma porcentagem de 2,7%. Conclusão: Por meio deste relato de experiência foi possível estabelecer que houve uma falha na triagem destes pacientes seja por falta de treinamento da equipe de saúde, pela recusa do paciente em realizar o teste relacionado ao estigma que a doença representa na sociedade, bem como pelo déficit de entendimento da gravidade da doença.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"14 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127263278","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}