Introdução: O termo Lockdown é recente e inédito, se refere a um isolamento social obrigatório e em massa com paralisação total de circulação. Diferente do termo quarentena que tem como objetivo isolar pessoas doentes ou possivelmente expostas. Referente ao Lockdown, não existem dados concretos, nem extensa literatura científica sobre a sua eficiência. Tendo em vista o contexto da pandemia e a possibilidade de novas pandemias no futuro, descobrir a real eficácia do lockdown torna-se um fator ímpar para controle de disseminação de microrganismos. Essa pesquisa busca agregar a essa discussão por meio de análises comparativas entre países a fim de confirmar ou não se essa medida adotada foi realmente eficiente e cumpriu ao que se propôs, bem como analisar o real impacto do lockdown no número de novos casos e óbitos por COVID-19. Objetivo: Atribuir os efeitos do lockdown no número de novos casos e óbitos durante a Pandemia da Covid-19. Material e Métodos: Estudo observacional referente ao número de novos casos e mortalidade da Covid-19, causada pelo novo Coronavírus: Sars-Cov2. Avaliou-se esses dados através da plataforma virtual do Governo da Saúde do Brasil, Centro de Ciência e Engenharia de Sistemas (CSSE) da Universidade Johns Hopkins (JHU CSSE COVID-19 Data) e Our world in data. Houve a coleta desses dados, compilação dos resultados em gráficos construídos e avaliação do produto (EXCEL). No Brasil, não houve um lockdown geral, então coletamos dados de períodos que a maioria dos estados estavam em confinamento (Amapá, Minas Gerais, Pará, Tocantins e Rio de Janeiro). Os dados foram compilados a cada 7 dias e durante o período de abril de 2020 até abril de 2021. Os países avaliados foram Brasil, Itália, Portugal e Austrália. aplicativo EXCEL. Resultados: Foi possível verificar que não houve redução do número de óbitos e novos casos da Covid-19 nos países observados; exceto, Portugal que teve efeito positivo na prevenção de novos casos. Conclusões: Baseado na discussão apresentada no presente artigo, não há benefícios claros da implementação de lockdown em nenhum dos países analisados. Mesmo em países onde houve redução de novos casos, não houve melhora aparente na mortalidade.
{"title":"O IMPACTO DO LOCKDOWN NOS NOVOS CASOS E ÓBITOS DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19","authors":"Micaela Shchneider, M. Costa","doi":"10.51161/epidemion/7726","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/epidemion/7726","url":null,"abstract":"Introdução: O termo Lockdown é recente e inédito, se refere a um isolamento social obrigatório e em massa com paralisação total de circulação. Diferente do termo quarentena que tem como objetivo isolar pessoas doentes ou possivelmente expostas. Referente ao Lockdown, não existem dados concretos, nem extensa literatura científica sobre a sua eficiência. Tendo em vista o contexto da pandemia e a possibilidade de novas pandemias no futuro, descobrir a real eficácia do lockdown torna-se um fator ímpar para controle de disseminação de microrganismos. Essa pesquisa busca agregar a essa discussão por meio de análises comparativas entre países a fim de confirmar ou não se essa medida adotada foi realmente eficiente e cumpriu ao que se propôs, bem como analisar o real impacto do lockdown no número de novos casos e óbitos por COVID-19. Objetivo: Atribuir os efeitos do lockdown no número de novos casos e óbitos durante a Pandemia da Covid-19. Material e Métodos: Estudo observacional referente ao número de novos casos e mortalidade da Covid-19, causada pelo novo Coronavírus: Sars-Cov2. Avaliou-se esses dados através da plataforma virtual do Governo da Saúde do Brasil, Centro de Ciência e Engenharia de Sistemas (CSSE) da Universidade Johns Hopkins (JHU CSSE COVID-19 Data) e Our world in data. Houve a coleta desses dados, compilação dos resultados em gráficos construídos e avaliação do produto (EXCEL). No Brasil, não houve um lockdown geral, então coletamos dados de períodos que a maioria dos estados estavam em confinamento (Amapá, Minas Gerais, Pará, Tocantins e Rio de Janeiro). Os dados foram compilados a cada 7 dias e durante o período de abril de 2020 até abril de 2021. Os países avaliados foram Brasil, Itália, Portugal e Austrália. aplicativo EXCEL. Resultados: Foi possível verificar que não houve redução do número de óbitos e novos casos da Covid-19 nos países observados; exceto, Portugal que teve efeito positivo na prevenção de novos casos. Conclusões: Baseado na discussão apresentada no presente artigo, não há benefícios claros da implementação de lockdown em nenhum dos países analisados. Mesmo em países onde houve redução de novos casos, não houve melhora aparente na mortalidade.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130261498","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: A tuberculose, uma das doenças transmissíveis mais letais do mundo, é considerada pela OMS um grave problema de saúde pública mundial. Trata-se de uma patologia infecciosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis e apresenta um grande potencial em acometer pacientes com algum fator de supressão do sistema imunológico. O Brasil encontra-se entre os 30 países que possuem carga alta para a doença e o País é considerado uma prioridade pela OMS em reduzir a incidência da patologia. O estudo direcionado sobre a distribuição da doença é de extrema importância principalmente em um país com dimensões continentais como o Brasil que apresenta grandes diversidades socioeconômicas, culturais e educacionais. Objetivo: Esse estudo tem como objetivo analisar o número de casos confirmados de Tuberculose por Região de notificação no território brasileiro nos últimos 10 anos. Material e Métodos: Análise retrospectiva da quantidade de casos notificados de tuberculose por região do Brasil atendidos nos anos de 2011 a 2021. Os dados foram obtidos a partir de informações contidas no DATASUS. Resultados: No período de 2011 a 2021, foram detectados 969.412 casos de notificação de Tuberculose no Brasil, as regiões Sudeste e Nordeste apresentaram os maiores números de notificações, somando mais de 70% do total de casos. No entanto, a região Centro-Oeste concentrou menos de 5% do montante de infectados. Conclusão: Diante do dado analisado, é importante ressaltar sobre a alta incidência e heterogeneidade entre regiões do País. Tal diferença pode ser fator significativo na dificuldade de um planejamento terapêutico efetivo na luta contra essa doença de grande impacto social. Portanto, o estudo direcionado para cada localidade é necessário para traçar estratégias direcionadas e efetivas de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento, possuindo como pilar o cuidado integrado e centrado no paciente.
{"title":"ANÁLISE DO NÚMERO DE CASOS DE TUBERCULOSE POR REGIÃO DO BRASIL NOS ÚLTIMOS 10 ANOS.","authors":"Letícia Macedo Nicácio Andrade, Livio Pereira Pacheco, Flavia Magalhaes DE Melo","doi":"10.51161/epidemion/7006","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/epidemion/7006","url":null,"abstract":"Introdução: A tuberculose, uma das doenças transmissíveis mais letais do mundo, é considerada pela OMS um grave problema de saúde pública mundial. Trata-se de uma patologia infecciosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis e apresenta um grande potencial em acometer pacientes com algum fator de supressão do sistema imunológico. O Brasil encontra-se entre os 30 países que possuem carga alta para a doença e o País é considerado uma prioridade pela OMS em reduzir a incidência da patologia. O estudo direcionado sobre a distribuição da doença é de extrema importância principalmente em um país com dimensões continentais como o Brasil que apresenta grandes diversidades socioeconômicas, culturais e educacionais. Objetivo: Esse estudo tem como objetivo analisar o número de casos confirmados de Tuberculose por Região de notificação no território brasileiro nos últimos 10 anos. Material e Métodos: Análise retrospectiva da quantidade de casos notificados de tuberculose por região do Brasil atendidos nos anos de 2011 a 2021. Os dados foram obtidos a partir de informações contidas no DATASUS. Resultados: No período de 2011 a 2021, foram detectados 969.412 casos de notificação de Tuberculose no Brasil, as regiões Sudeste e Nordeste apresentaram os maiores números de notificações, somando mais de 70% do total de casos. No entanto, a região Centro-Oeste concentrou menos de 5% do montante de infectados. Conclusão: Diante do dado analisado, é importante ressaltar sobre a alta incidência e heterogeneidade entre regiões do País. Tal diferença pode ser fator significativo na dificuldade de um planejamento terapêutico efetivo na luta contra essa doença de grande impacto social. Portanto, o estudo direcionado para cada localidade é necessário para traçar estratégias direcionadas e efetivas de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento, possuindo como pilar o cuidado integrado e centrado no paciente.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"35 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121137106","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: O componente hospitalar é extremamente importante na rede da política nacional de saúde mental, justificando a caracterização das internações hospitalares, fornecendo subsídios para discussões sobre cuidado em saúde mental. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico das internações hospitalares por transtornos mentais e comportamentais no estado do Espírito Santo. Material e Métodos: Realizou-se estudo descritivo, utilizando os seguintes dados secundários do Sistema de Informação Hospitalar de 2008 a 2020: internações hospitalares por ano de atendimento; internações por sexo, faixa etária, raça; causas de internação segundo a lista de morbidade CID-10; tempo médio de internações em dias, número de óbitos e taxa de mortalidade (100.000 hab.). A fonte de dados foi o site do Datasus, que disponibiliza apenas dados de internações financiadas pelo Sistema Único de Saúde. Resultados: No período foram registradas 37.333 internações pelo agravo avaliado, com uma média de 2.871 internações/anuais. Houve redução nas internações entre 2015 e 2018, voltando a aumentar em 2019. Maioria do sexo masculino (66,0%), faixa etária de 30 a 39 anos (27,4%), raça parda (51,5%), com internações devido a esquizofrenia, transtornos esquizotípicos e delirantes (33,6%), devidos ao uso do álcool (19,6%) e devido ao uso de outras substâncias psicoativas (19,2%). A maioria reside nos municípios de Cachoeiro de Itapemirim (18,2%), Cariacica (9,4%), Vila Velha (8,3%), Serra (7,3%), Vitória (7,2%) e Linhares (4,4%). A média de permanência hospitalar foi maior nas internações por esquizofrenia, transtornos esquizotípicos e delirantes (27,9 dias em 2019) e devido ao uso de outras substâncias psicoativas (15,2 em 2016), com redução ao longos dos anos, de 82,6 dias em 2008 para 12,4 em 2020. A maior proporção de óbitos ocorreu por esquizofrenia, transtornos esquizotípicos e delirantes (32,4%). A maior taxa de mortalidade foi devido a demência (6,5/100.000 hab.). Conclusão: Ocorreu uma redução das internações por transtornos mentais e comportamentais em parte do período estudado, há maior proporção de internações no sexo masculino, faixa etária de 30 a 39 anos, raça parda, devido a esquizofrenia, transtornos esquizotípicos e delirantes e redução da média de permanência hospitalar, em municípios da região metropolitana. Demência foi a maior causa de morte em relação a população.
导言:医院组成部分在国家精神卫生政策网络中极其重要,证明了住院的特征,为讨论精神卫生保健提供了补贴。目的:描述espirito桑托州因精神和行为障碍住院的流行病学概况。材料和方法:我们进行了描述性研究,使用了2008 - 2020年医院信息系统的以下二级数据:按护理年住院人数;按护理年住院人数按性别、年龄、种族分列的住院人数;根据icd -10发病率表住院原因;以天为单位的平均住院时间、死亡人数和死亡率(10万居民)。数据来源是Datasus网站,该网站只提供由Sistema unico de saude资助的住院数据。结果:在此期间,有37333例因评估的疾病住院,平均每年2871例。2015年至2018年期间,住院人数有所下降,2019年再次上升。以男性为主(66.0%),年龄30 - 39岁(27.4%),棕色人种(51.5%),因精神分裂症、精神分裂型和妄想障碍(33.6%)、饮酒(19.6%)和使用其他精神活性物质(19.2%)住院。大多数居住在卡乔埃罗·德·伊塔帕米林(18.2%)、卡里亚西卡(9.4%)、维拉维拉(8.3%)、塞拉(7.3%)、vitoria(7.2%)和林哈尔斯(4.4%)。因精神分裂症、精神分裂症和妄想症住院的平均住院时间(2019年27.9天)和因使用其他精神活性物质住院的平均住院时间(2016年15.2天)更高,并随着时间的推移从2008年的82.6天减少到2020年的12.4天。死亡比例最高的是精神分裂症、精神分裂型障碍和妄想症(32.4%)。最高的死亡率是由于痴呆(6.5 /10万居民)。结论:发生减少住院的精神和行为障碍的研究期间,有大比例的住院治疗的男性,年龄30到39岁,棕色人种,由于精神分裂,自己esquizotípicos和立即和减少医院的平均居住在城市的东北地区。痴呆是人口死亡的主要原因。
{"title":"PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INTERNAÇÕES POR TRANSTORNOS MENTAIS E COMPORTAMENTAIS NO ESTADO ESPÍRITO SANTO (BRASIL) – 2008 A 2020","authors":"Gilton Luiz Almada, Fellipe SANT’ANNA Almada, Maryana Carolino Alves França Almada, Henrique SANT’ANNA Almada, Kimberly Domingos Schneider","doi":"10.51161/epidemion/6805","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/epidemion/6805","url":null,"abstract":"Introdução: O componente hospitalar é extremamente importante na rede da política nacional de saúde mental, justificando a caracterização das internações hospitalares, fornecendo subsídios para discussões sobre cuidado em saúde mental. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico das internações hospitalares por transtornos mentais e comportamentais no estado do Espírito Santo. Material e Métodos: Realizou-se estudo descritivo, utilizando os seguintes dados secundários do Sistema de Informação Hospitalar de 2008 a 2020: internações hospitalares por ano de atendimento; internações por sexo, faixa etária, raça; causas de internação segundo a lista de morbidade CID-10; tempo médio de internações em dias, número de óbitos e taxa de mortalidade (100.000 hab.). A fonte de dados foi o site do Datasus, que disponibiliza apenas dados de internações financiadas pelo Sistema Único de Saúde. Resultados: No período foram registradas 37.333 internações pelo agravo avaliado, com uma média de 2.871 internações/anuais. Houve redução nas internações entre 2015 e 2018, voltando a aumentar em 2019. Maioria do sexo masculino (66,0%), faixa etária de 30 a 39 anos (27,4%), raça parda (51,5%), com internações devido a esquizofrenia, transtornos esquizotípicos e delirantes (33,6%), devidos ao uso do álcool (19,6%) e devido ao uso de outras substâncias psicoativas (19,2%). A maioria reside nos municípios de Cachoeiro de Itapemirim (18,2%), Cariacica (9,4%), Vila Velha (8,3%), Serra (7,3%), Vitória (7,2%) e Linhares (4,4%). A média de permanência hospitalar foi maior nas internações por esquizofrenia, transtornos esquizotípicos e delirantes (27,9 dias em 2019) e devido ao uso de outras substâncias psicoativas (15,2 em 2016), com redução ao longos dos anos, de 82,6 dias em 2008 para 12,4 em 2020. A maior proporção de óbitos ocorreu por esquizofrenia, transtornos esquizotípicos e delirantes (32,4%). A maior taxa de mortalidade foi devido a demência (6,5/100.000 hab.). Conclusão: Ocorreu uma redução das internações por transtornos mentais e comportamentais em parte do período estudado, há maior proporção de internações no sexo masculino, faixa etária de 30 a 39 anos, raça parda, devido a esquizofrenia, transtornos esquizotípicos e delirantes e redução da média de permanência hospitalar, em municípios da região metropolitana. Demência foi a maior causa de morte em relação a população.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"135 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115094746","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Eduarda Beatriz de Azevedo Silva, Bárbara Cybelle Monteiro Lopes, Caio Brasil Dos Santos Pacheco, Daiana Paula DA Silva Auzier, Yasmim Stephane Lima Melo
Introdução: A Leptospirose é uma doença que tem como agente etiológico a bactéria do gênero Leptospira, possuindo um espectro de manifestações clínicas variadas que podem ser assintomáticas ou graves. A infecção na população humana está diretamente associada ao meio ambiente, meio de transmissão e o contato com de atividades de risco, assim a doença pode ocorrer por contato direto com a urina contaminada, sangue ou tecido infectado de reservatórios de animais, ou indiretamente através de água e solo contaminados. Objetivo: Expor de forma epidemiológica a incidência de leptospirose na população da região metropolitana de Belém-Pa. Métodos: Trata-se de um estudo analítico epidemiológico, sobre leptospirose, os dados foram obtidos por meio do portal do Sistema de Informação de Agravos de Notificação online (SINAN Online), no período de 2013 a 2021, no Estado do Pará. Resultados: Foram contabilizados 3.434 casos notificados e desses, 633 foram confirmados. O sexo mais acometido foi o masculino, o grupo etário com maior ocorrência foi 20-39 anos e o critério de confirmação dos casos confirmados mais utilizado foi o clínico-laboratorial. Foram registrados 351 casos da doença em indivíduos com a 5° a 8° série incompleta do ensino fundamental. Com uma maior predominância nos bairros Guamá, Pedreira, Marambaia, Marco e Tapanã O que sugere a associação dos casos com situação de moradia e infraestrutura sanitárias, onde os fatores de riscos para a sua transmissão estão associados a favelas urbanas, ou seja, locais com infraestrutura precária nas condições de domicílio e peridomicílio, interligadas com as elevadas infestações por roedores. Conclusão: Nesse sentido, é inegável a importância e necessidade de políticas públicas para melhor qualidade de vida da população, incluindo educação ambiental, manejo adequado do lixo, saneamento básico, dessa forma, haverá prevenção a saúde da população belenense.
{"title":"PREVALÊNCIA DOS CASOS DE LEPTOSPIROSE NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM-PA","authors":"Eduarda Beatriz de Azevedo Silva, Bárbara Cybelle Monteiro Lopes, Caio Brasil Dos Santos Pacheco, Daiana Paula DA Silva Auzier, Yasmim Stephane Lima Melo","doi":"10.51161/epidemion/5569","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/epidemion/5569","url":null,"abstract":"Introdução: A Leptospirose é uma doença que tem como agente etiológico a bactéria do gênero Leptospira, possuindo um espectro de manifestações clínicas variadas que podem ser assintomáticas ou graves. A infecção na população humana está diretamente associada ao meio ambiente, meio de transmissão e o contato com de atividades de risco, assim a doença pode ocorrer por contato direto com a urina contaminada, sangue ou tecido infectado de reservatórios de animais, ou indiretamente através de água e solo contaminados. Objetivo: Expor de forma epidemiológica a incidência de leptospirose na população da região metropolitana de Belém-Pa. Métodos: Trata-se de um estudo analítico epidemiológico, sobre leptospirose, os dados foram obtidos por meio do portal do Sistema de Informação de Agravos de Notificação online (SINAN Online), no período de 2013 a 2021, no Estado do Pará. Resultados: Foram contabilizados 3.434 casos notificados e desses, 633 foram confirmados. O sexo mais acometido foi o masculino, o grupo etário com maior ocorrência foi 20-39 anos e o critério de confirmação dos casos confirmados mais utilizado foi o clínico-laboratorial. Foram registrados 351 casos da doença em indivíduos com a 5° a 8° série incompleta do ensino fundamental. Com uma maior predominância nos bairros Guamá, Pedreira, Marambaia, Marco e Tapanã O que sugere a associação dos casos com situação de moradia e infraestrutura sanitárias, onde os fatores de riscos para a sua transmissão estão associados a favelas urbanas, ou seja, locais com infraestrutura precária nas condições de domicílio e peridomicílio, interligadas com as elevadas infestações por roedores. Conclusão: Nesse sentido, é inegável a importância e necessidade de políticas públicas para melhor qualidade de vida da população, incluindo educação ambiental, manejo adequado do lixo, saneamento básico, dessa forma, haverá prevenção a saúde da população belenense.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"94 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122666725","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Antônia Aparecida Deluca de Oliveira, Tassiana Cristina Martins Grabovski, Carla Christina Renzo, L. Carvalho, Jean Carl Silva
Introdução: A gestação é um período de grandes transformações para as mulheres, sendo dinâmico nos seus aspectos fisiológicos, metabólicos e/ou nutricionais. Nesse sentido, devido à condição nutricional materna pré gestacional e o ganho de peso durante a gestação, os desfechos maternos e neonatais podem ser diversos. Objetivo: Avaliar os desfechos perinatais adversos relacionados a obesidade prévia e o ganho de peso excessivo na gestação. Material e Métodos: Trata-se de um estudo observacional, analítico e transversal, no período de agosto a dezembro de 2020. A amostra foi composta por puérperas .Os desfechos primários avaliados foram, via de parto, Diabetes Mellitus Gestacional (DMG), Doença Hipertensiva da Gestação (DHEG) e recém nascidos Grandes para Idade Gestacional (GIG). As puérperas foram divididas em quatro grupos, no que se refere ao IMC pré gestacional (Índice de Massa Corporal ≥30) e o ganho de peso excessivo na gestação. No cálculo de razão de chance (RC), utilizou-se o intervalo de confiança (IC) de 95%, ajustando-se os fatores de confusão. Resultados: As puérperas foram classificadas em Grupo 1 - controle - não obesas com ganho de peso não excessivo (n=767/45,9%), Grupo 2 - obesas com ganho de peso não excessivo (n=192/11,5%), Grupo 3 - não obesas com ganho de peso excessivo (n=521/31,2%) e Grupo 4 - obesas com ganho de peso excessivo (n=190/11,3%). Observou-se que a via de parto não sofreu influência dos parâmetros analisados. As chances foram significativas de DMG nos grupos 2 com RC de 3,5 (IC95% 2,5-5,1) e grupo 4 com RC 1,9 (IC95% 1,3-2,9), de DHEG com RC de 2,1 (IC 95% 1,2 -3,7), RC 1,9 (IC95% 1,2-3,0), RC 3,6 (IC95% 2,2-5,9) e recém nascidos GIG com RC 1,9 (IC95% 1,2-3,1), RC 2,5 (IC95% 1,8-3,5) e RC 2,4 (IC95% 1,6-3,8), nos grupos 2, 3 e 4 respectivamente. Conclusão: A via de parto não foi influenciada pela obesidade ou ganho de peso excessivo. A chance de DMG foi maior nos grupos 2 e 4, enquanto DHEG e recém nascidos GIG foram maiores nos três grupos analisados.
{"title":"DESFECHOS PERINATAIS ADVERSOS RELACIONADOS A OBESIDADE MATERNA PRÉVIA E GANHO DE PESO EXCESSIVO NA GESTAÇÃO EM UMA MATERNIDADE PÚBLICA DO SUL DO BRASIL","authors":"Antônia Aparecida Deluca de Oliveira, Tassiana Cristina Martins Grabovski, Carla Christina Renzo, L. Carvalho, Jean Carl Silva","doi":"10.51161/epidemion/6590","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/epidemion/6590","url":null,"abstract":"Introdução: A gestação é um período de grandes transformações para as mulheres, sendo dinâmico nos seus aspectos fisiológicos, metabólicos e/ou nutricionais. Nesse sentido, devido à condição nutricional materna pré gestacional e o ganho de peso durante a gestação, os desfechos maternos e neonatais podem ser diversos. Objetivo: Avaliar os desfechos perinatais adversos relacionados a obesidade prévia e o ganho de peso excessivo na gestação. Material e Métodos: Trata-se de um estudo observacional, analítico e transversal, no período de agosto a dezembro de 2020. A amostra foi composta por puérperas .Os desfechos primários avaliados foram, via de parto, Diabetes Mellitus Gestacional (DMG), Doença Hipertensiva da Gestação (DHEG) e recém nascidos Grandes para Idade Gestacional (GIG). As puérperas foram divididas em quatro grupos, no que se refere ao IMC pré gestacional (Índice de Massa Corporal ≥30) e o ganho de peso excessivo na gestação. No cálculo de razão de chance (RC), utilizou-se o intervalo de confiança (IC) de 95%, ajustando-se os fatores de confusão. Resultados: As puérperas foram classificadas em Grupo 1 - controle - não obesas com ganho de peso não excessivo (n=767/45,9%), Grupo 2 - obesas com ganho de peso não excessivo (n=192/11,5%), Grupo 3 - não obesas com ganho de peso excessivo (n=521/31,2%) e Grupo 4 - obesas com ganho de peso excessivo (n=190/11,3%). Observou-se que a via de parto não sofreu influência dos parâmetros analisados. As chances foram significativas de DMG nos grupos 2 com RC de 3,5 (IC95% 2,5-5,1) e grupo 4 com RC 1,9 (IC95% 1,3-2,9), de DHEG com RC de 2,1 (IC 95% 1,2 -3,7), RC 1,9 (IC95% 1,2-3,0), RC 3,6 (IC95% 2,2-5,9) e recém nascidos GIG com RC 1,9 (IC95% 1,2-3,1), RC 2,5 (IC95% 1,8-3,5) e RC 2,4 (IC95% 1,6-3,8), nos grupos 2, 3 e 4 respectivamente. Conclusão: A via de parto não foi influenciada pela obesidade ou ganho de peso excessivo. A chance de DMG foi maior nos grupos 2 e 4, enquanto DHEG e recém nascidos GIG foram maiores nos três grupos analisados.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"10 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126125103","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: A sífilis congênita é uma doença transmissível causada pelo Treponema pallidum (T. pallidum), uma bactéria pertence ao grupo das espiroquetas. A transmissão vertical pode ocorrer em qualquer estágiogestacional, inclusive durante o parto. Os neonatos infectados podem ser assintomáticos, apresentar manifestações precocemente ou tardiamente. Algumas das manifestações clinicas são a prematuridade, hepatomegalia com ou sem esplenomegalia, lesões cutâneas e anemia. Objetivo: O objetivo do estudo é analisar o perfil epidemiológico dos casos de sífilis congênita na Região Norte,durante o período de 2011 a 2021, traçando variáveis sociais. Metodologia: O presente estudo trabalha emuma abordagem quantitativa descritiva, retrospectiva e transversal, com base em dados extraídos da plataforma SINAN/DATASUS. A população pesquisada é composta dos casos de notificados de sífilis congênita, no período de 2011 a 2021, na Região Norte do Brasil. Resultados: Como resultado, foram verificados 16.611 casos totais de crianças infectadas, com predomínio de diagnóstico até 6 dias de vida. Também se observou que a maioria dos casos ocorreu em 2018, no quantitativo de 2.235 notificações. Dentro do Norte do país, o Estado do Pará notificou o maior número de casos, no total de 7.171. Os maiores números de incidência de sífilis congênita ocorreram em gestantesque realizaram o acompanhamento pré-natal, com 13.270 confirmações. Além disso, a maioria dos diagnósticos ocorreu precocemente, com 15.795 eventos, quantitativo superior ao diagnóstico tardio. Conclusão: Portanto, faz-se necessário conhecer o perfil epidemiológico dos infectados, o comportamento da doença e suas formas de manifestações. Além disso, ações voltadas à prevenção, ao diagnóstico e ao tratamento da doença são importantes para reduzir o número de casos
{"title":"SÍFILIS CONGÊNITA NA REGIÃO NORTE DO BRASIL: ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DE UMA DÉCADA","authors":"Luana Dias Borges, Gabriella Reis Granata Pereira","doi":"10.51161/epidemion/7615","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/epidemion/7615","url":null,"abstract":"Introdução: A sífilis congênita é uma doença transmissível causada pelo Treponema pallidum (T. pallidum), uma bactéria pertence ao grupo das espiroquetas. A transmissão vertical pode ocorrer em qualquer estágiogestacional, inclusive durante o parto. Os neonatos infectados podem ser assintomáticos, apresentar manifestações precocemente ou tardiamente. Algumas das manifestações clinicas são a prematuridade, hepatomegalia com ou sem esplenomegalia, lesões cutâneas e anemia. Objetivo: O objetivo do estudo é analisar o perfil epidemiológico dos casos de sífilis congênita na Região Norte,durante o período de 2011 a 2021, traçando variáveis sociais. Metodologia: O presente estudo trabalha emuma abordagem quantitativa descritiva, retrospectiva e transversal, com base em dados extraídos da plataforma SINAN/DATASUS. A população pesquisada é composta dos casos de notificados de sífilis congênita, no período de 2011 a 2021, na Região Norte do Brasil. Resultados: Como resultado, foram verificados 16.611 casos totais de crianças infectadas, com predomínio de diagnóstico até 6 dias de vida. Também se observou que a maioria dos casos ocorreu em 2018, no quantitativo de 2.235 notificações. Dentro do Norte do país, o Estado do Pará notificou o maior número de casos, no total de 7.171. Os maiores números de incidência de sífilis congênita ocorreram em gestantesque realizaram o acompanhamento pré-natal, com 13.270 confirmações. Além disso, a maioria dos diagnósticos ocorreu precocemente, com 15.795 eventos, quantitativo superior ao diagnóstico tardio. Conclusão: Portanto, faz-se necessário conhecer o perfil epidemiológico dos infectados, o comportamento da doença e suas formas de manifestações. Além disso, ações voltadas à prevenção, ao diagnóstico e ao tratamento da doença são importantes para reduzir o número de casos","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"49 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"117055982","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: O SARS-CoV-2, Betacoronavirus da família Coronaviridae, é um coronavírus emergente que teve a sua origem no final de 2019 na China e logo se disseminou pelo mundo, causando a atual pandemia. A sua velocidade de disseminação foi acompanhada pelo surgimento de variantes e atualmente a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera as seguintes variantes de preocupação (VOC): Gama, Alfa, Beta, Delta e Ômicron. Objetivo: Descrever o monitoramento das variantes de preocupação identificadas no Brasil através de caracterização genômica durante o ano de 2021. Material e Métodos: Trata-se de um estudo transversal descritivo no qual os dados foram coletados de Boletins Epidemiológicos divulgados pelo Ministério da Saúde e correspondem as semanas epidemiológicas (SE) 01 a 51 de 2021. Resultados: Até a SE 51 de 2021, o Brasil identificou 48.813 registros de covid-19 causado por VOC. As cinco VOC estão presentes no território brasileiro com predominância da Delta (50%) e Gama (48,5%), seguidas das VOC Alfa (1,1%), Ômicron (0,36%) e Beta (0,01%). Mais da metade das VOC identificadas foram da região Sudeste (56,1%), as demais foram provenientes das regiões Centro-Oeste e Nordeste – ambas as regiões com 13%, Norte (9,5%) e Sul (8,4%). Em relação aos estados, os cinco que mais tiveram amostras sequenciadas foram: São Paulo (28,9%), Rio de Janeiro (13,8%), Minas Gerais (11,2), Amazonas (5,57%) e Santa Catarina (5,36%). Conclusão: O monitoramento das VOC é essencial para o entendimento do curso epidemiológico da covid-19 no mundo. Por isso, o fortalecimento da rede laboratorial no Brasil é tão importante para que essa identificação possa ocorrer de forma homogênea entre os estados e com maior proporcionalidade em relação ao número total de casos notificados de covid-19.
{"title":"MONITORAMENTO DAS VARIANTES DE PREOCUPAÇÃO (VOC) DO SARS-COV-2 NO BRASIL DURANTE O ANO DE 2021","authors":"A. A. Aquino","doi":"10.51161/epidemion/6715","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/epidemion/6715","url":null,"abstract":"Introdução: O SARS-CoV-2, Betacoronavirus da família Coronaviridae, é um coronavírus emergente que teve a sua origem no final de 2019 na China e logo se disseminou pelo mundo, causando a atual pandemia. A sua velocidade de disseminação foi acompanhada pelo surgimento de variantes e atualmente a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera as seguintes variantes de preocupação (VOC): Gama, Alfa, Beta, Delta e Ômicron. Objetivo: Descrever o monitoramento das variantes de preocupação identificadas no Brasil através de caracterização genômica durante o ano de 2021. Material e Métodos: Trata-se de um estudo transversal descritivo no qual os dados foram coletados de Boletins Epidemiológicos divulgados pelo Ministério da Saúde e correspondem as semanas epidemiológicas (SE) 01 a 51 de 2021. Resultados: Até a SE 51 de 2021, o Brasil identificou 48.813 registros de covid-19 causado por VOC. As cinco VOC estão presentes no território brasileiro com predominância da Delta (50%) e Gama (48,5%), seguidas das VOC Alfa (1,1%), Ômicron (0,36%) e Beta (0,01%). Mais da metade das VOC identificadas foram da região Sudeste (56,1%), as demais foram provenientes das regiões Centro-Oeste e Nordeste – ambas as regiões com 13%, Norte (9,5%) e Sul (8,4%). Em relação aos estados, os cinco que mais tiveram amostras sequenciadas foram: São Paulo (28,9%), Rio de Janeiro (13,8%), Minas Gerais (11,2), Amazonas (5,57%) e Santa Catarina (5,36%). Conclusão: O monitoramento das VOC é essencial para o entendimento do curso epidemiológico da covid-19 no mundo. Por isso, o fortalecimento da rede laboratorial no Brasil é tão importante para que essa identificação possa ocorrer de forma homogênea entre os estados e com maior proporcionalidade em relação ao número total de casos notificados de covid-19.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"17 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114245957","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A. Silva, M. J. Marques, Laryssa Grazielle Feitosa Lopes, E. L. Soares
Introdução: As leishmanioses são zoonoses causadas por protozoários do gênero Leishmania, doença transmitida para os animais e o homem por meio da picada das fêmeas de diversas espécies de flebotomíneos. Atualmente, afetam 12 milhões de pessoas em 98 países, com cerca de 1,3 milhões de novos casos e 20 a 40 mil mortes por ano. No Brasil, a doença é endêmica em áreas rurais, sendo observados muitos surtos na região Nordeste. Atualmente, a leishmaniose visceral vem apresentando um processo de urbanização em diversas regiões do país, tornando-a um sério problema de saúde pública com franca expansão geográfica. Podendo se apresentar de duas formas leishmaniose visceral e tegumentar, sendo a visceral considerada o tipo mais agressivo da doença e que se não identificada e tratada em tempo ágil pode levar a morte. Objetivo: Descrever a mortalidade por leishmaniose no estado de Pernambuco segundo faixa etária, cor/raça, estado civil e sexo, no período de 2016 a 2020. Metodologia: Pesquisa epidemiológica, fundamentada em dados secundários, cujas informações empregadas procedem do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Para os devidos cálculos foi utilizado o Software Excel® 2010 para se alcançar mais exatidão nos resultados. Resultados: Dos anos de 2016 a 2020 foram registrados 78 óbitos decorrentes da leishmaniose no estado de Pernambuco, o ano de 2017 teve o maior número de mortes e 2018 o menor índice, 20 (25,6%) e 13 (16,6%), respectivamente. Em relação à faixa etária a mais acometida foi de 50 a 59 anos 13 (16,6%). A cor/raça mais predominante é a parda 58 (74,3%) seguida da branca 15 (19,2%). Já no que concerne ao sexo o que mais prevaleceu foi o masculino 54 (69,2%) em comparação ao feminino 24 (30,8%). Quanto ao estado civil, os solteiros notificaram a maioria dos falecimentos 38 (48,7%). Conclusão: Conclui-se que os jovens foram os mais acometidos, a cor parda foi a que mais morreu, os homens representaram os maiores números de óbitos e os solteiros foi o que mais evoluíram ao óbito. Deve o poder público promover melhorias nas condições de vida para os mais expostos a essa doença.
简介:利什曼病是由利什曼原虫属原虫引起的人畜共患疾病,这种疾病通过几种白蛉的雌性叮咬传播给动物和人类。目前,它影响98个国家的1200万人,每年约有130万新病例和2万至4万人死亡。在巴西,该病在农村地区流行,在东北部地区观察到许多暴发。目前,内脏利什曼病在该国几个地区呈现出城市化进程,使其成为一个严重的公共卫生问题,并迅速扩大其地理范围。它可能表现为内脏利什曼病和皮肤利什曼病两种形式,内脏利什曼病被认为是最具侵袭性的疾病类型,如果不及时识别和治疗,可能导致死亡。目的:描述2016 - 2020年伯南布哥州按年龄、肤色/种族、婚姻状况和性别分列的利什曼病死亡率。方法:流行病学研究,基于二级数据,使用的信息来自Sistema unico de saude的计算机部门。对于适当的计算,使用Excel®2010软件,以获得更准确的结果。结果:2016年至2020年,伯南布哥州有78人死于利什曼病,2017年死亡人数最多,2018年死亡人数最低,分别为20人(25.6%)和13人(16.6%)。受影响最严重的年龄组为50 - 59岁13人(16.6%)。最主要的颜色/种族是棕色58(74.3%),其次是白色15(19.2%)。在性别方面,男性54例(69.2%),女性24例(30.8%)。在婚姻状况方面,单身人士报告死亡最多38人(48.7%)。结论:我们的结论是,年轻人受影响最大,棕色是死亡人数最多的,男性是死亡人数最多的,单身是死亡人数最多的。政府必须促进改善最容易患这种疾病的人的生活条件。
{"title":"LEISHMANIOSE: UMA ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS ÓBITOS NO ESTADO DE PERNAMBUCO DE 2016 A 2020","authors":"A. Silva, M. J. Marques, Laryssa Grazielle Feitosa Lopes, E. L. Soares","doi":"10.51161/epidemion/6824","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/epidemion/6824","url":null,"abstract":"Introdução: As leishmanioses são zoonoses causadas por protozoários do gênero Leishmania, doença transmitida para os animais e o homem por meio da picada das fêmeas de diversas espécies de flebotomíneos. Atualmente, afetam 12 milhões de pessoas em 98 países, com cerca de 1,3 milhões de novos casos e 20 a 40 mil mortes por ano. No Brasil, a doença é endêmica em áreas rurais, sendo observados muitos surtos na região Nordeste. Atualmente, a leishmaniose visceral vem apresentando um processo de urbanização em diversas regiões do país, tornando-a um sério problema de saúde pública com franca expansão geográfica. Podendo se apresentar de duas formas leishmaniose visceral e tegumentar, sendo a visceral considerada o tipo mais agressivo da doença e que se não identificada e tratada em tempo ágil pode levar a morte. Objetivo: Descrever a mortalidade por leishmaniose no estado de Pernambuco segundo faixa etária, cor/raça, estado civil e sexo, no período de 2016 a 2020. Metodologia: Pesquisa epidemiológica, fundamentada em dados secundários, cujas informações empregadas procedem do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Para os devidos cálculos foi utilizado o Software Excel® 2010 para se alcançar mais exatidão nos resultados. Resultados: Dos anos de 2016 a 2020 foram registrados 78 óbitos decorrentes da leishmaniose no estado de Pernambuco, o ano de 2017 teve o maior número de mortes e 2018 o menor índice, 20 (25,6%) e 13 (16,6%), respectivamente. Em relação à faixa etária a mais acometida foi de 50 a 59 anos 13 (16,6%). A cor/raça mais predominante é a parda 58 (74,3%) seguida da branca 15 (19,2%). Já no que concerne ao sexo o que mais prevaleceu foi o masculino 54 (69,2%) em comparação ao feminino 24 (30,8%). Quanto ao estado civil, os solteiros notificaram a maioria dos falecimentos 38 (48,7%). Conclusão: Conclui-se que os jovens foram os mais acometidos, a cor parda foi a que mais morreu, os homens representaram os maiores números de óbitos e os solteiros foi o que mais evoluíram ao óbito. Deve o poder público promover melhorias nas condições de vida para os mais expostos a essa doença.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129399496","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: O distanciamento social foi considerado pela Organização Mundial de Saúde a medida mais eficaz para conter a propagação do COVID 19. Um maior tempo restrito em domicílio pode causar alterações nos hábitos alimentares da população. Objetivo: Este trabalho visa expor as implicações do distanciamento social na alimentação da população brasileira. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica nas bases de dados Pubmed, Lilacs, e Medline, dos artigos publicados nos últimos 2 anos que abordam acerca deste tema, com os seguintes descritores: COVID 19, Isolamento Social e Alimentação. Resultados: O distanciamento provocou a redução/suspensão de atividades laborais, como trabalho, aulas e atividades físicas; além de fechamento de estabelecimentos não essenciais e comércios de alimentos, repercutindo diretamente no poder aquisitivo da população, sem que houvessem medidas de amparo aos trabalhadores que perderam seus meios de sustento, restringindo o acesso aos bens e serviços essenciais, dentre eles os alimentos. Um período de confinamento domiciliar e redução de atividade física desestrutura horários de refeições e de sono, corroborando com o estresse emocional e aumento do apetite. Neste período é comum ocorrer um aumento no consumo de alimentos ultraprocessados e fast foods, devido a maior praticidade, a grande variedade de alimentos, a alta palatabilidade, a facilidade do consumo, às diversas propagandas e a disponibilidade de serviços delivery. Em contrapartida, alguns sintomas decorrentes da doença – disgeusia e anosmia, podem afetar o consumo alimentar, devido a redução do apetite que ocorre como consequência destes, corroborando com a perda de peso. Além disso, o isolamento proposto induz a população a consumir menos refeições/alimentos na rua, e ainda, com o aumento do tempo em casa, e consequentemente, maior disponibilidade para ampliar as habilidades culinárias, é possível aprimorar o consumo de preparações saudáveis. Conclusão: Portanto, o distanciamento social vem resultando em impactos econômicos profundos, além de predispor aos maus hábitos alimentares. Torna-se explícita a importância de decisões e políticas públicas que levem em consideração a alimentação da população brasileira. É aconselhável o investimento em campanhas de educação alimentar e nutricional pelos meios de comunicação disponíveis, que reforcem a adoção/manutenção de uma alimentação saudável para toda a família.
{"title":"IMPLICAÇÕES DO ISOLAMENTO SOCIAL NA ALIMENTAÇÃO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA","authors":"Stela Ivone dos Santos Silva","doi":"10.51161/epidemion/7081","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/epidemion/7081","url":null,"abstract":"Introdução: O distanciamento social foi considerado pela Organização Mundial de Saúde a medida mais eficaz para conter a propagação do COVID 19. Um maior tempo restrito em domicílio pode causar alterações nos hábitos alimentares da população. Objetivo: Este trabalho visa expor as implicações do distanciamento social na alimentação da população brasileira. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica nas bases de dados Pubmed, Lilacs, e Medline, dos artigos publicados nos últimos 2 anos que abordam acerca deste tema, com os seguintes descritores: COVID 19, Isolamento Social e Alimentação. Resultados: O distanciamento provocou a redução/suspensão de atividades laborais, como trabalho, aulas e atividades físicas; além de fechamento de estabelecimentos não essenciais e comércios de alimentos, repercutindo diretamente no poder aquisitivo da população, sem que houvessem medidas de amparo aos trabalhadores que perderam seus meios de sustento, restringindo o acesso aos bens e serviços essenciais, dentre eles os alimentos. Um período de confinamento domiciliar e redução de atividade física desestrutura horários de refeições e de sono, corroborando com o estresse emocional e aumento do apetite. Neste período é comum ocorrer um aumento no consumo de alimentos ultraprocessados e fast foods, devido a maior praticidade, a grande variedade de alimentos, a alta palatabilidade, a facilidade do consumo, às diversas propagandas e a disponibilidade de serviços delivery. Em contrapartida, alguns sintomas decorrentes da doença – disgeusia e anosmia, podem afetar o consumo alimentar, devido a redução do apetite que ocorre como consequência destes, corroborando com a perda de peso. Além disso, o isolamento proposto induz a população a consumir menos refeições/alimentos na rua, e ainda, com o aumento do tempo em casa, e consequentemente, maior disponibilidade para ampliar as habilidades culinárias, é possível aprimorar o consumo de preparações saudáveis. Conclusão: Portanto, o distanciamento social vem resultando em impactos econômicos profundos, além de predispor aos maus hábitos alimentares. Torna-se explícita a importância de decisões e políticas públicas que levem em consideração a alimentação da população brasileira. É aconselhável o investimento em campanhas de educação alimentar e nutricional pelos meios de comunicação disponíveis, que reforcem a adoção/manutenção de uma alimentação saudável para toda a família.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"4 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133583753","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Georgia Velozo Andrade Costa, Mell Gomes Marques, Rayanne Cristina DO Rosário Carvalho, Ana Déborah Costa Prado, José Manuel Borges do Nascimento Costa
Introdução: A sífilis gestacional consiste em uma infecção sexualmente transmissível (IST), causada pela bactéria Treponema pallidum, podendo ter sua transmissão de forma sexual ou vertical. É responsável por causar aumento da mortalidade intrauterina e complicações perinatais, necessitando de uma intervenção precoce, visando reduzir a transmissão vertical para o feto. Atualmente, a mortalidade por complicações dessa condição e a dificuldade do diagnóstico precoce são consideradas situações evitáveis. Objetivo: Conhecer o perfil epidemiológico da sífilis em gestantes no Estado do Ceará do período de 2016 a 2021. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico, no qual foram coletados dados acerca da sífilis gestacional no estado do Ceará, no período de 2016 a 2021, a partir de informações em saúde disponíveis no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Os dados foram obtidos para cada ano estudado, utilizando-se das variáveis: faixa etária e escolaridade. Resultados: No período citado foram notificados um total de 9.724 casos, distribuídos da seguinte forma: 2016 – 953 casos (9,8%), 2017 – 1.311 casos (13,4%), 2018 – 2.149 casos (22%), 2019 - 2.190 casos (22,5%), 2020 – 2.159 casos (22,2%%), 2021 – 962 casos (9,8%). Quando analisamos os casos segundo a faixa etária, observa-se que as gestantes entre 20-39 anos foram as mais acometidas pelo quadro, correspondendo a 7.077 (72,7%) casos, seguidas pela faixa etária de 15-19 anos, responsável por 2.339 (24%) casos, sendo as gestantes de 10-14 anos a faixa menos acometida, representando 142 (1,4%) casos. Analisando a escolaridade, temos a seguinte distribuição: analfabetas – 82 casos (0,8%), ensino fundamental incompleto – 3.089 casos (31,7%), ensino fundamental completo – 954 casos (9,8%), ensino médio incompleto – 1.289 casos (13,2%), ensino médio completo – 1.684 casos (17,3%), educação superior incompleta – 95 casos (0,9%), educação superior completa – 77 casos (0,7%). Conclusão: Analisando-se os dados coletados, é evidente que a quase totalidade dos casos refere-se a gestantes com uma baixa escolaridade, indicando uma possível falta de conhecimento acerca da sífilis e suas repercussões, fato esse que corrobora com a alta mortalidade associada ao quadro. Conclui-se que, além da adequada assistência em saúde, o conhecimento acerca dessa enfermidade deve ser estimulado, visando diagnóstico precoce e abordagem eficaz às gestantes acometidas.
{"title":"PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA SÍFILIS EM GESTANTES NO ESTADO DO CEARÁ, NO PERÍODO DE 2016 A 2021","authors":"Georgia Velozo Andrade Costa, Mell Gomes Marques, Rayanne Cristina DO Rosário Carvalho, Ana Déborah Costa Prado, José Manuel Borges do Nascimento Costa","doi":"10.51161/epidemion/6944","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/epidemion/6944","url":null,"abstract":"Introdução: A sífilis gestacional consiste em uma infecção sexualmente transmissível (IST), causada pela bactéria Treponema pallidum, podendo ter sua transmissão de forma sexual ou vertical. É responsável por causar aumento da mortalidade intrauterina e complicações perinatais, necessitando de uma intervenção precoce, visando reduzir a transmissão vertical para o feto. Atualmente, a mortalidade por complicações dessa condição e a dificuldade do diagnóstico precoce são consideradas situações evitáveis. Objetivo: Conhecer o perfil epidemiológico da sífilis em gestantes no Estado do Ceará do período de 2016 a 2021. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico, no qual foram coletados dados acerca da sífilis gestacional no estado do Ceará, no período de 2016 a 2021, a partir de informações em saúde disponíveis no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Os dados foram obtidos para cada ano estudado, utilizando-se das variáveis: faixa etária e escolaridade. Resultados: No período citado foram notificados um total de 9.724 casos, distribuídos da seguinte forma: 2016 – 953 casos (9,8%), 2017 – 1.311 casos (13,4%), 2018 – 2.149 casos (22%), 2019 - 2.190 casos (22,5%), 2020 – 2.159 casos (22,2%%), 2021 – 962 casos (9,8%). Quando analisamos os casos segundo a faixa etária, observa-se que as gestantes entre 20-39 anos foram as mais acometidas pelo quadro, correspondendo a 7.077 (72,7%) casos, seguidas pela faixa etária de 15-19 anos, responsável por 2.339 (24%) casos, sendo as gestantes de 10-14 anos a faixa menos acometida, representando 142 (1,4%) casos. Analisando a escolaridade, temos a seguinte distribuição: analfabetas – 82 casos (0,8%), ensino fundamental incompleto – 3.089 casos (31,7%), ensino fundamental completo – 954 casos (9,8%), ensino médio incompleto – 1.289 casos (13,2%), ensino médio completo – 1.684 casos (17,3%), educação superior incompleta – 95 casos (0,9%), educação superior completa – 77 casos (0,7%). Conclusão: Analisando-se os dados coletados, é evidente que a quase totalidade dos casos refere-se a gestantes com uma baixa escolaridade, indicando uma possível falta de conhecimento acerca da sífilis e suas repercussões, fato esse que corrobora com a alta mortalidade associada ao quadro. Conclui-se que, além da adequada assistência em saúde, o conhecimento acerca dessa enfermidade deve ser estimulado, visando diagnóstico precoce e abordagem eficaz às gestantes acometidas.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"4 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125754172","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}