L. Luiz, Pedro Bonilauri, Rodrigo Ribeiroesilva, Jean Carl Silva
Introdução: A primiparidade pode contribuir a diferentes desfechos gestacionais, pois além da questão fisiológica da mulher, a qual era nulípara, deve-se considerar o aspecto emocional desta puérpera, que sofre por influências hormonais entre outros aspectos emocionais. Nesse contexto, as primíparas podem apresentar maior tendência a desenvolver Doença Hipertensiva Específica da Gestação (DHEG), necessitar de episiotomia, além de apresentarem maior chance de partos prematuros. Desse modo, evidencia-se a necessidade de estudos os quais verificam a relação da primiparidade com desfechos obstétricos desfavoráveis. Objetivo: Avaliar os desfechos adversos perinatais relacionados à primiparidade. Material e Métodos: Trata-se de um estudo de corte transversal, realizado na Maternidade Darcy Vargas em Joinville–SC, no período de agosto a dezembro de 2020. O projeto foi aprovado sob o número CAAE 28786020.5.0000.5363 pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, Joinville, SC, Brasil. Realizou-se uma entrevista a uma amostra composta de puérperas maiores de 18 anos. Dividiu-se as pacientes em 2 grupos, primíparas (n=522/31,2%) e multíparas (n=1148/68,7%). No cálculo de razão de chance ajustado, utilizou-se o intervalo de confiança de 95%. Os fatores de confusão adotados foram: idade, tabagismo, alcoolismo e outras drogas. Resultados: Quanto às características maternas, primíparas tiveram menor idade, Índice da Massa Corporal, foram menos obesas e tiveram mais ganho de peso, também houve diferença quanto à escolaridade, atividade remunerada, situação marital, comparadas as multíparas. Além disso, as primíparas foram menos adequadas ao recomendado quanto ao Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde para o número de consultas, fizeram menos acompanhamento do alto risco e foram mais fumantes, comparadas às multíparas. Já, nas características do recém-nascido de primíparas, observou-se menor peso e idade gestacional ao nascimento, além de maior incidência de episiotomia no parto, comparado a recém-nascidos de multíparas. Após o cálculo de razão de chance ajustado, primíparas tiveram aumento da chance de episiotomia (RC=7,069 IC95% 4,275-11,690), prematuridade (RC=1,784 IC95% 1,011-3,148) e redução da chance de recém-nascidos grandes para a idade gestacional (GIG) (RC=0,555 IC95% 0,388-0,793). Conclusão: As pacientes primíparas apresentaram maior chance de episiotomia e prematuridade. Todavia, a primiparidade demonstrou ser um fator protetor para recém-nascidos GIG.
导言:初生可能会导致不同的妊娠结局,因为除了女性的生理问题(这是无效的),还必须考虑母亲的情感方面,她受到荷尔蒙和其他情感方面的影响。在这种情况下,初产妇可能更有可能发展为妊娠特异性高血压疾病(ghed),需要会阴切开术,早产的机会也更大。因此,有必要进行研究,以验证第一次分娩与不利的产科结局之间的关系。目的:评价初次分娩相关的不良围产期结局。材料和方法:这是一项横断面研究,于2020年8月至12月在Joinville - SC的Darcy Vargas妇产医院进行。该项目由巴西SC Joinville Hans Dieter Schmidt地区医院研究伦理委员会(CEP)批准,CAAE编号为28786020.5.0000.5363。对18岁以上的母亲进行了访谈。将患者分为初产组(n=522/ 31.2%)和经产组(n=1148/ 68.7%)。在计算调整后的机会比时,采用95%置信区间。采用的混杂因素有:年龄、吸烟、酗酒和其他药物。结果:在产妇特征方面,初产妇年龄较低,体重指数较低,肥胖程度较低,体重增加较多,受教育程度、有偿活动、婚姻状况与经产产妇相比也存在差异。此外,与经产相比,初产妇女的就诊次数不符合卫生部和世界卫生组织的建议,对高危妇女的监测较少,吸烟人数更多。与经产新生儿相比,初产新生儿的特点是出生时体重和胎龄较低,分娩时会阴切开术的发生率较高。经调整的机会比计算,初产妇会阴切开术的机会增加(or =7,069, 95% ci 4,275-11,690),早产(or =1,784, 95% ci 1,011-3,148),胎龄大新生儿的机会减少(or =0,555, 95% ci 0,388-0,793)。结论:初产患者会阴切开术和早产的几率较高。然而,第一次生育被证明是GIG新生儿的一个保护因素。
{"title":"DESFECHOS MATERNO-FETAIS ADVERSOS RELACIONADOS A PARIDADE EM UMA MATERNIDADE NO SUL DO BRASIL","authors":"L. Luiz, Pedro Bonilauri, Rodrigo Ribeiroesilva, Jean Carl Silva","doi":"10.51161/epidemion/6961","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/epidemion/6961","url":null,"abstract":"Introdução: A primiparidade pode contribuir a diferentes desfechos gestacionais, pois além da questão fisiológica da mulher, a qual era nulípara, deve-se considerar o aspecto emocional desta puérpera, que sofre por influências hormonais entre outros aspectos emocionais. Nesse contexto, as primíparas podem apresentar maior tendência a desenvolver Doença Hipertensiva Específica da Gestação (DHEG), necessitar de episiotomia, além de apresentarem maior chance de partos prematuros. Desse modo, evidencia-se a necessidade de estudos os quais verificam a relação da primiparidade com desfechos obstétricos desfavoráveis. Objetivo: Avaliar os desfechos adversos perinatais relacionados à primiparidade. Material e Métodos: Trata-se de um estudo de corte transversal, realizado na Maternidade Darcy Vargas em Joinville–SC, no período de agosto a dezembro de 2020. O projeto foi aprovado sob o número CAAE 28786020.5.0000.5363 pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, Joinville, SC, Brasil. Realizou-se uma entrevista a uma amostra composta de puérperas maiores de 18 anos. Dividiu-se as pacientes em 2 grupos, primíparas (n=522/31,2%) e multíparas (n=1148/68,7%). No cálculo de razão de chance ajustado, utilizou-se o intervalo de confiança de 95%. Os fatores de confusão adotados foram: idade, tabagismo, alcoolismo e outras drogas. Resultados: Quanto às características maternas, primíparas tiveram menor idade, Índice da Massa Corporal, foram menos obesas e tiveram mais ganho de peso, também houve diferença quanto à escolaridade, atividade remunerada, situação marital, comparadas as multíparas. Além disso, as primíparas foram menos adequadas ao recomendado quanto ao Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde para o número de consultas, fizeram menos acompanhamento do alto risco e foram mais fumantes, comparadas às multíparas. Já, nas características do recém-nascido de primíparas, observou-se menor peso e idade gestacional ao nascimento, além de maior incidência de episiotomia no parto, comparado a recém-nascidos de multíparas. Após o cálculo de razão de chance ajustado, primíparas tiveram aumento da chance de episiotomia (RC=7,069 IC95% 4,275-11,690), prematuridade (RC=1,784 IC95% 1,011-3,148) e redução da chance de recém-nascidos grandes para a idade gestacional (GIG) (RC=0,555 IC95% 0,388-0,793). Conclusão: As pacientes primíparas apresentaram maior chance de episiotomia e prematuridade. Todavia, a primiparidade demonstrou ser um fator protetor para recém-nascidos GIG.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"6 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124379591","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Lucas Eliseu Favarin, Kaila Beatriz de Jesus Teixeira, Maria Jamile Pereira Ramalho, Ana Laura Frazatto, Rafael de Assis de Brito
Introdução: A pneumonia é uma doença inflamatória aguda a qual acomete as vias aéreas terminais e o parênquima pulmonar. Em crianças, a maioria dos casos são de origem viral, e apresentam alta morbimortalidade contra a saúde infantil, principalmente em regiões socioeconomicamente desfavoráveis. Objetivo: Traçar o perfil epidemiológico dos óbitos por pneumonia na população infantil no estado de São Paulo. Metodologia: Trata-se de um estudo retrospectivo, transversal, do tipo quantitativo, cujos dados foram coletados através do Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS), disponibilizados pelo DATASUS, que foi acessado em 12/05/2022. A população estudada é composta por crianças que vieram a óbito por pneumonia no período de 2016 a 2020. As variáveis analisadas foram sexo, cor, raça e faixa etária envolvendo menores de 1 ano, 1 a 4 anos e 5 a 9 anos. Resultados: No período de 2016 a 2020 no estado de São Paulo, houveram 1101 óbitos registrados por pneumonia em crianças de 0 a 9 anos de idade. Em 2016 foi o ano com o maior número de óbitos com 303 casos (27,52%), em 2017 com 302 (27,42%), 2018 com 263 (23,88%), 2019 com 232 (21,07%) e 2020 com 101 óbitos (9,17%). A principal faixa etária acometida foram crianças menores de 1 ano de idade com 636 óbitos (53,04%), seguida por crianças de 1 a 4 anos de idade com 457 óbitos (38,11%). O sexo masculino foi o mais prevalente com 603 casos (50,30%). Outrossim, a raça mais acometida pela doença foi a raça branca com 822 óbitos (68,55%). A inclusão da saúde da criança como prioridade nas pautas de políticas públicas de saúde no Brasil corroborou no decréscimo da mortalidade infantil nos anos analisados. Conclusões: Baseado nos dados desse estudo, o ano de 2016 teve maior número de óbitos por pneumonia em crianças, com faixa etária de 0 a 1 ano de idade, do sexo masculino e de raça/cor branca.
{"title":"PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE ÓBITOS EM CRIANÇAS POR PNEUMONIA NO ESTADO DE SÃO PAULO","authors":"Lucas Eliseu Favarin, Kaila Beatriz de Jesus Teixeira, Maria Jamile Pereira Ramalho, Ana Laura Frazatto, Rafael de Assis de Brito","doi":"10.51161/epidemion/7731","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/epidemion/7731","url":null,"abstract":"Introdução: A pneumonia é uma doença inflamatória aguda a qual acomete as vias aéreas terminais e o parênquima pulmonar. Em crianças, a maioria dos casos são de origem viral, e apresentam alta morbimortalidade contra a saúde infantil, principalmente em regiões socioeconomicamente desfavoráveis. Objetivo: Traçar o perfil epidemiológico dos óbitos por pneumonia na população infantil no estado de São Paulo. Metodologia: Trata-se de um estudo retrospectivo, transversal, do tipo quantitativo, cujos dados foram coletados através do Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS), disponibilizados pelo DATASUS, que foi acessado em 12/05/2022. A população estudada é composta por crianças que vieram a óbito por pneumonia no período de 2016 a 2020. As variáveis analisadas foram sexo, cor, raça e faixa etária envolvendo menores de 1 ano, 1 a 4 anos e 5 a 9 anos. Resultados: No período de 2016 a 2020 no estado de São Paulo, houveram 1101 óbitos registrados por pneumonia em crianças de 0 a 9 anos de idade. Em 2016 foi o ano com o maior número de óbitos com 303 casos (27,52%), em 2017 com 302 (27,42%), 2018 com 263 (23,88%), 2019 com 232 (21,07%) e 2020 com 101 óbitos (9,17%). A principal faixa etária acometida foram crianças menores de 1 ano de idade com 636 óbitos (53,04%), seguida por crianças de 1 a 4 anos de idade com 457 óbitos (38,11%). O sexo masculino foi o mais prevalente com 603 casos (50,30%). Outrossim, a raça mais acometida pela doença foi a raça branca com 822 óbitos (68,55%). A inclusão da saúde da criança como prioridade nas pautas de políticas públicas de saúde no Brasil corroborou no decréscimo da mortalidade infantil nos anos analisados. Conclusões: Baseado nos dados desse estudo, o ano de 2016 teve maior número de óbitos por pneumonia em crianças, com faixa etária de 0 a 1 ano de idade, do sexo masculino e de raça/cor branca.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"58 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126744627","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Eliane Carlosso Krummenauer, J. Vieira, Janete Aparecida Alves Machado, Rúbia Crestani, J. Renner
Introdução: O registro das doenças de notificação compulsórias (DNCs) são relevantes para o estabelecimento de políticas públicas, pois proporciona aos gestores, elementos essenciais e concisos para apoiar a tomada de decisão, frente a emergências em saúde. Objetivo: O objetivo deste estudo foi descrever as principais DNCs antes e durante a pandemia da COVID-19, em um município do estado do Rio Grande do Sul, Brasil, de 2018 a 2021 e as alterações em suas tendências por períodos devido ao estabelecimento da pandemia. Material e métodos: Trata-se de um estudo descritivo com análise retrospectiva, comparativa, realizado através dos dados de notificação do Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar. Foram analisadas a distribuição temporal das notificações dos anos 2018-2019 (antes da pandemia) e 2020-2021 (durante a pandemia) em relação ao total de notificações de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), outras doenças de notificação compulsória (DNCs) e dengue. Resultados: Os resultados deste estudo indicam que houve aumento na série temporal (2018-2019/2020-202) de 763%, com destaque para as notificações referentes a COVID-19, a qual perfizeram 90% das notificações do período. As SRAGs aumentaram em 1.114% entre os períodos, bem como a notificação de síndromes gripais teve destaque e contribuiu para a totalidade das notificações em 69% devido a inclusão no sistema de notificação. Da mesma forma, a dengue contribuiu com 993% no período pandêmico. Entretanto, destaca-se uma redução de 58% no total das demais DNCs entre os períodos. Conclusão: Os resultados deste estudo mostraram mudança no perfil das notificações realizadas, caracterizada por uma acentuada diferença no número de notificações entre o período pré-pandêmico, e no decorrer da pandemia. Conclui-se que houve acréscimo de aproximadamente sete mil notificações compulsórias no período pandêmico. Este aumento no número de notificações está relacionado às repercussões da pandemia da COVID-19. Ressalta-se a importância da identificação do perfil epidemiológico para gestão em saúde além do fortalecimento da vigilância para assegurar as medidas de promoção, prevenção e recuperação da saúde.
{"title":"ALTERAÇÕES DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS NOTIFICAÇÕES COMPULSÓRIAS REGISTRADAS PELO NÚCLEO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA HOSPITALAR DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19","authors":"Eliane Carlosso Krummenauer, J. Vieira, Janete Aparecida Alves Machado, Rúbia Crestani, J. Renner","doi":"10.51161/epidemion/7612","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/epidemion/7612","url":null,"abstract":"Introdução: O registro das doenças de notificação compulsórias (DNCs) são relevantes para o estabelecimento de políticas públicas, pois proporciona aos gestores, elementos essenciais e concisos para apoiar a tomada de decisão, frente a emergências em saúde. Objetivo: O objetivo deste estudo foi descrever as principais DNCs antes e durante a pandemia da COVID-19, em um município do estado do Rio Grande do Sul, Brasil, de 2018 a 2021 e as alterações em suas tendências por períodos devido ao estabelecimento da pandemia. Material e métodos: Trata-se de um estudo descritivo com análise retrospectiva, comparativa, realizado através dos dados de notificação do Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar. Foram analisadas a distribuição temporal das notificações dos anos 2018-2019 (antes da pandemia) e 2020-2021 (durante a pandemia) em relação ao total de notificações de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), outras doenças de notificação compulsória (DNCs) e dengue. Resultados: Os resultados deste estudo indicam que houve aumento na série temporal (2018-2019/2020-202) de 763%, com destaque para as notificações referentes a COVID-19, a qual perfizeram 90% das notificações do período. As SRAGs aumentaram em 1.114% entre os períodos, bem como a notificação de síndromes gripais teve destaque e contribuiu para a totalidade das notificações em 69% devido a inclusão no sistema de notificação. Da mesma forma, a dengue contribuiu com 993% no período pandêmico. Entretanto, destaca-se uma redução de 58% no total das demais DNCs entre os períodos. Conclusão: Os resultados deste estudo mostraram mudança no perfil das notificações realizadas, caracterizada por uma acentuada diferença no número de notificações entre o período pré-pandêmico, e no decorrer da pandemia. Conclui-se que houve acréscimo de aproximadamente sete mil notificações compulsórias no período pandêmico. Este aumento no número de notificações está relacionado às repercussões da pandemia da COVID-19. Ressalta-se a importância da identificação do perfil epidemiológico para gestão em saúde além do fortalecimento da vigilância para assegurar as medidas de promoção, prevenção e recuperação da saúde.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"59 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127910636","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Isabella Constância de Faria Monteiro, Luiza Oliveira Martins, Mauro Marques Lopes, Victor Pinheiro Felix
Introdução: A hemodiálise é um tratamento que consiste na depuração do sangue por meio de ultrafiltração e para realizá-lo é necessário acesso a vasos sanguíneos capazes de fornecer fluxo sanguíneo extracorpóreo rápido. Quando há necessidade emergencial de hemodiálise, no ambiente de internação, pode ser utilizado um cateter para realização do procedimento, contudo essa exposição do sistema vascular expõe o paciente ao risco de contrair infecções por microrganismos colonizadores. Objetivos: Analisar os principais fatores e agentes relacionados à infecção em pacientes portadores de cateter na hemodiálise. Metodologia: Foi realizada uma revisão literária integrativa independente nas bases de dados Pubmed, UpToDate e BVS. Foram selecionados artigos nas línguas portuguesa e inglesa, utilizando os descritores: “Cateter”, “Infecção”, “Hemodiálise”, “Diálise Renal”, contendo publicações entre 2020 a 2022. Foram incluídos artigos avaliando os seguintes critérios: estudos com até 5 anos de publicação e com alta qualidade metodológica. Foram excluídos os que possuíssem desfechos pouco claros, amostra pouco representativa ou baixa qualidade metodológica. Resultados: A maioria das infecções da corrente sanguínea em pacientes com hemodiálise são causadas por infecção de cateteres de acesso vascular, sendo o tempo de permanência do cateter contribuinte para tal situação. Essa infecção pode ser atribuída por colonização do cateter por microrganismos da pele do paciente e, ocasionalmente, das mãos dos profissionais de saúde. Os principais patógenos relacionados a esse tipo de infecção são os da classe dos gram-positivos. Os microorganismos mais comuns relacionados a esse tipo de infecção são o Staphylococcus Aureus, Staphylococcus Epidermidis e Staphylococcus Coagulase-Negativa. Conclusão: A infecção por corrente sanguínea relacionada à hemodiálise deve ser suspeitada em qualquer paciente com cateter de hemodiálise. Os esforços para minimizar a incidência dessas infecções envolvem higienização adequada das mãos dos profissionais, adesão rigorosa à técnica estéril ao manusear o cateter, além da antissepsia da pele e revisão diária da necessidade do cateter
{"title":"PACIENTES DIALÍTICOS PORTADORES DE CATETER E OS PROCESSOS INFECCIOSOS RELACIONADOS","authors":"Isabella Constância de Faria Monteiro, Luiza Oliveira Martins, Mauro Marques Lopes, Victor Pinheiro Felix","doi":"10.51161/epidemion/7541","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/epidemion/7541","url":null,"abstract":"Introdução: A hemodiálise é um tratamento que consiste na depuração do sangue por meio de ultrafiltração e para realizá-lo é necessário acesso a vasos sanguíneos capazes de fornecer fluxo sanguíneo extracorpóreo rápido. Quando há necessidade emergencial de hemodiálise, no ambiente de internação, pode ser utilizado um cateter para realização do procedimento, contudo essa exposição do sistema vascular expõe o paciente ao risco de contrair infecções por microrganismos colonizadores. Objetivos: Analisar os principais fatores e agentes relacionados à infecção em pacientes portadores de cateter na hemodiálise. Metodologia: Foi realizada uma revisão literária integrativa independente nas bases de dados Pubmed, UpToDate e BVS. Foram selecionados artigos nas línguas portuguesa e inglesa, utilizando os descritores: “Cateter”, “Infecção”, “Hemodiálise”, “Diálise Renal”, contendo publicações entre 2020 a 2022. Foram incluídos artigos avaliando os seguintes critérios: estudos com até 5 anos de publicação e com alta qualidade metodológica. Foram excluídos os que possuíssem desfechos pouco claros, amostra pouco representativa ou baixa qualidade metodológica. Resultados: A maioria das infecções da corrente sanguínea em pacientes com hemodiálise são causadas por infecção de cateteres de acesso vascular, sendo o tempo de permanência do cateter contribuinte para tal situação. Essa infecção pode ser atribuída por colonização do cateter por microrganismos da pele do paciente e, ocasionalmente, das mãos dos profissionais de saúde. Os principais patógenos relacionados a esse tipo de infecção são os da classe dos gram-positivos. Os microorganismos mais comuns relacionados a esse tipo de infecção são o Staphylococcus Aureus, Staphylococcus Epidermidis e Staphylococcus Coagulase-Negativa. Conclusão: A infecção por corrente sanguínea relacionada à hemodiálise deve ser suspeitada em qualquer paciente com cateter de hemodiálise. Os esforços para minimizar a incidência dessas infecções envolvem higienização adequada das mãos dos profissionais, adesão rigorosa à técnica estéril ao manusear o cateter, além da antissepsia da pele e revisão diária da necessidade do cateter","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"31 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"134591514","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
E. D. Cruz, Paulo Vitor de Souza Sassim, Maria Clara Silva Alvin, P. Lima, Samara Aor dos Santos de Carvalho
Introdução: A influenza, ou gripe, é uma infecção aguda do trato respiratório causada pelo vírus Myxovirus influenzae, o qual se divide em A, B e C, onde os dois primeiros agentes apresentam maiores significância clínica em humanos, sendo a causa de 3 a 5 milhões de casos graves e de 290.000 mil a 650.000 mil mortes por ano segundo a Organização Mundial da Saúde. Nessa perspectiva, Marabá, é um dos municípios que entra nesse quantitativo, apresentando o auge de contaminações pelo vírus em 2020. Objetivo: Analisar e comparar os dados de contaminação pelo vírus da Influenza nos anos de 2020 e 2021 no município de Marabá-PA, por intermédio do Departamento de informações do SUS (DATASUS). Metodologia: O presente estudo se trata de uma pesquisa epidemiológica ecológica acerca dos casos de influenza no município de Marabá nos anos 2020 e 2021, por meio de uma análise comparativa dos dados obtidos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) disponibilizados pelo Departamento de Informática do SUS (DATASUS - TABNET). Por meio dessa plataforma foi possível obter valores tabulados do número de infecções, mortes, doses aplicadas da vacina contra a influenza e taxa de mortalidade. Resultados: Através dos dados levantados, observou-se que o número de infectados pelo vírus da influenza foi maior no ano de 2020 (106.425,53), em comparação com o ano de 2021 (31.275,46), no entanto a taxa de mortalidade foi mais elevada neste último, sendo de 31,71% e 18,39%, respectivamente. Sendo assim, esse valor pode ser explicado devido ao quantitativo de doses aplicadas no ano de 2020, onde 653 doses foram aplicadas, superando 2021, com apenas 369, valor bastante inferior considerando a população de 287.664 da cidade. Conclusão: Em vista do apresentado, evidencia-se uma falha vacinal no Município de Marabá, uma vez que o número de doses administradas na população decresceu significativamente, o que porventura ocasionou em um número maior de mortalidades. Desse modo, é de extrema importância que as campanhas de vacina contra influenza sejam mais propagadas nesse município, a fim de prevenir e proteger a população das complicações da doença, e assim reduzir os valores de mortalidades.
{"title":"ANÁLISE DA PREVALÊNCIA DE INTERNAÇÕES E TAXA DE MORTALIDADE NO MUNICÍPIO DE MARABÁ POR INFLUENZA: ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO ECOLÓGICO NO PERÍODO DE 2020-2021","authors":"E. D. Cruz, Paulo Vitor de Souza Sassim, Maria Clara Silva Alvin, P. Lima, Samara Aor dos Santos de Carvalho","doi":"10.51161/epidemion/7647","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/epidemion/7647","url":null,"abstract":"Introdução: A influenza, ou gripe, é uma infecção aguda do trato respiratório causada pelo vírus Myxovirus influenzae, o qual se divide em A, B e C, onde os dois primeiros agentes apresentam maiores significância clínica em humanos, sendo a causa de 3 a 5 milhões de casos graves e de 290.000 mil a 650.000 mil mortes por ano segundo a Organização Mundial da Saúde. Nessa perspectiva, Marabá, é um dos municípios que entra nesse quantitativo, apresentando o auge de contaminações pelo vírus em 2020. Objetivo: Analisar e comparar os dados de contaminação pelo vírus da Influenza nos anos de 2020 e 2021 no município de Marabá-PA, por intermédio do Departamento de informações do SUS (DATASUS). Metodologia: O presente estudo se trata de uma pesquisa epidemiológica ecológica acerca dos casos de influenza no município de Marabá nos anos 2020 e 2021, por meio de uma análise comparativa dos dados obtidos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) disponibilizados pelo Departamento de Informática do SUS (DATASUS - TABNET). Por meio dessa plataforma foi possível obter valores tabulados do número de infecções, mortes, doses aplicadas da vacina contra a influenza e taxa de mortalidade. Resultados: Através dos dados levantados, observou-se que o número de infectados pelo vírus da influenza foi maior no ano de 2020 (106.425,53), em comparação com o ano de 2021 (31.275,46), no entanto a taxa de mortalidade foi mais elevada neste último, sendo de 31,71% e 18,39%, respectivamente. Sendo assim, esse valor pode ser explicado devido ao quantitativo de doses aplicadas no ano de 2020, onde 653 doses foram aplicadas, superando 2021, com apenas 369, valor bastante inferior considerando a população de 287.664 da cidade. Conclusão: Em vista do apresentado, evidencia-se uma falha vacinal no Município de Marabá, uma vez que o número de doses administradas na população decresceu significativamente, o que porventura ocasionou em um número maior de mortalidades. Desse modo, é de extrema importância que as campanhas de vacina contra influenza sejam mais propagadas nesse município, a fim de prevenir e proteger a população das complicações da doença, e assim reduzir os valores de mortalidades.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"10 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132252655","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Kelly Renata Lopes Silva, Jonathan Henrique da Silva, Gabriel Caetano Diniz, Isadora Almeida Marinho, Cyntya Kethurin Ribeiro
Introdução: O tétano trata-se de uma infecção não contagiosa desencadeada pela bactéria Clostridium tetani, quando esta alcança o sistema nervoso central secundariamente a uma lesão epitelial. Nesse contexto, a doença provoca rigidez em membros, abdômen e contrações musculares involuntárias. Entre os anos de 2019 e 2021, as taxas de mortalidade elevadas do Brasil o colocou em destaque quando comparado a países desenvolvidos, segundo o Ministério da Saúde. Assim, a análise epidemiológica do país torna-se relevante, uma vez que pode auxiliar a tomada de novas ações institucionais. Objetivo: Analisar a tendência temporal da taxa de letalidade do tétano no Brasil entre os anos de 2011 a 2020. Metodologia: Trata-se de um estudo de séries temporais, de caráter observacional e analítico. Para tal, obtiveram-se as informações sobre o número de óbitos e casos de tétano, no intervalo entre 2011 a 2020, no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS). O cálculo para obtenção da taxa de letalidade respectiva a cada ano analisado correspondeu a: (número de óbitos÷número de casos)x100. A análise de série temporal da taxa de letalidade do tétano no Brasil foi elaborada no software Stata 14.0, pelo método de regressão linear de Prais-Winsten. Resultado: No intervalo analisado, foram registrados 828 óbitos e 2.545 casos confirmados de tétano no Brasil. Nesse contexto, a maior taxa de letalidade observada foi em 2017, 40,93 óbitos por 100 casos de tétano, enquanto a menor foi em 2011, 29,25 óbitos por 100 casos. Além disso, a tendência temporal demonstrou-se significativa e ascendente no período estudado, com taxa de variação anual correspondente a 2,8% ao ano. Conclusão: Portanto, o presente estudo identificou o aumento da taxa de letalidade do tétano, entre os anos de 2011 e 2020, demonstrando o maior potencial da doença em evoluir para o óbito ao longo dos anos pesquisados. Dessa forma, torna-se necessário o desenvolvimento de estratégias que conscientizem e alertem a população acerca das consequências do tétano e a necessidade em buscar sua imunização contra a toxina tetânica, imunobiológico disponibilizado na rede pública de saúde.
{"title":"TAXA DE LETALIDADE DO TÉTANO NO BRASIL: 2011-2020","authors":"Kelly Renata Lopes Silva, Jonathan Henrique da Silva, Gabriel Caetano Diniz, Isadora Almeida Marinho, Cyntya Kethurin Ribeiro","doi":"10.51161/epidemion/7678","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/epidemion/7678","url":null,"abstract":"Introdução: O tétano trata-se de uma infecção não contagiosa desencadeada pela bactéria Clostridium tetani, quando esta alcança o sistema nervoso central secundariamente a uma lesão epitelial. Nesse contexto, a doença provoca rigidez em membros, abdômen e contrações musculares involuntárias. Entre os anos de 2019 e 2021, as taxas de mortalidade elevadas do Brasil o colocou em destaque quando comparado a países desenvolvidos, segundo o Ministério da Saúde. Assim, a análise epidemiológica do país torna-se relevante, uma vez que pode auxiliar a tomada de novas ações institucionais. Objetivo: Analisar a tendência temporal da taxa de letalidade do tétano no Brasil entre os anos de 2011 a 2020. Metodologia: Trata-se de um estudo de séries temporais, de caráter observacional e analítico. Para tal, obtiveram-se as informações sobre o número de óbitos e casos de tétano, no intervalo entre 2011 a 2020, no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS). O cálculo para obtenção da taxa de letalidade respectiva a cada ano analisado correspondeu a: (número de óbitos÷número de casos)x100. A análise de série temporal da taxa de letalidade do tétano no Brasil foi elaborada no software Stata 14.0, pelo método de regressão linear de Prais-Winsten. Resultado: No intervalo analisado, foram registrados 828 óbitos e 2.545 casos confirmados de tétano no Brasil. Nesse contexto, a maior taxa de letalidade observada foi em 2017, 40,93 óbitos por 100 casos de tétano, enquanto a menor foi em 2011, 29,25 óbitos por 100 casos. Além disso, a tendência temporal demonstrou-se significativa e ascendente no período estudado, com taxa de variação anual correspondente a 2,8% ao ano. Conclusão: Portanto, o presente estudo identificou o aumento da taxa de letalidade do tétano, entre os anos de 2011 e 2020, demonstrando o maior potencial da doença em evoluir para o óbito ao longo dos anos pesquisados. Dessa forma, torna-se necessário o desenvolvimento de estratégias que conscientizem e alertem a população acerca das consequências do tétano e a necessidade em buscar sua imunização contra a toxina tetânica, imunobiológico disponibilizado na rede pública de saúde.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"16 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124862802","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: o sarampo é uma doença viral grave, transmitida por gotículas de ar liberadas por indivíduos contaminados. O Brasil havia conquistado, graças a efetivas campanhas de imunização e outros cuidados de prevenção e controle do vírus, o certificado de erradicação da doença em 2016. Em detrimento das notificações de centenas de novos casos, o país enfrenta atualmente o retorno desta patologia. Objetivo: este artigo discute o papel da vigilância epidemiológica nas campanhas de imunização para o enfrentamento dos novos casos de sarampo no Brasil, tendo como foco as ações dessa vertente do SUS de planejamento e execução na Atenção Primária. Métodos: trata-se de uma revisão integrativa realizada nos banco dados de estudos disponíveis nas bases indexadas Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), na Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Electronic Library online (SciELO) e PubMed , na língua portuguesa, no período de 2015 a 2022. Resultados: o cuidado, acompanhamento e educação em saúde promovidos pela atenção primária contribuem para a maior adesão vacinal. Constatou-se, também, que a vacinação massiva, o estabelecimento de postos móveis de varredura e busca ativa de não vacinados contribuíram para alcançar a cobertura vacinal superior a 95%. Conclusão: o sarampo é um grave problema de saúde pública e constitui-se, atualmente, como um dos principais alvos das campanhas de vacinação no Brasil. Nesse interim, a vigilância epidemiológica de imunização atua operacionalizando todo este processo, através da intensificação da cobertura vacinal, da notificação de eventos adversos pós vacinação, controle de imunobiológicos, organização de capacitação dos profissionais, medidas de conscientização em saúde, entre outros. Fica evidente a importância, não somente da vigilância, mas também da epidemiologia, no enfrentamento de doenças no Brasil, sobretudo no sarampo.
{"title":"O PAPEL DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA NAS AÇÕES DE IMUNIZAÇÃO PARA O ENFRENTAMENTO DO SARAMPO NO BRASIL","authors":"Cesar Vinicius Boeira Rodrigues, Iole Pedrosa Souza, Dhara Vitória César Garcia","doi":"10.51161/epidemion/7607","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/epidemion/7607","url":null,"abstract":"Introdução: o sarampo é uma doença viral grave, transmitida por gotículas de ar liberadas por indivíduos contaminados. O Brasil havia conquistado, graças a efetivas campanhas de imunização e outros cuidados de prevenção e controle do vírus, o certificado de erradicação da doença em 2016. Em detrimento das notificações de centenas de novos casos, o país enfrenta atualmente o retorno desta patologia. Objetivo: este artigo discute o papel da vigilância epidemiológica nas campanhas de imunização para o enfrentamento dos novos casos de sarampo no Brasil, tendo como foco as ações dessa vertente do SUS de planejamento e execução na Atenção Primária. Métodos: trata-se de uma revisão integrativa realizada nos banco dados de estudos disponíveis nas bases indexadas Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), na Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Electronic Library online (SciELO) e PubMed , na língua portuguesa, no período de 2015 a 2022. Resultados: o cuidado, acompanhamento e educação em saúde promovidos pela atenção primária contribuem para a maior adesão vacinal. Constatou-se, também, que a vacinação massiva, o estabelecimento de postos móveis de varredura e busca ativa de não vacinados contribuíram para alcançar a cobertura vacinal superior a 95%. Conclusão: o sarampo é um grave problema de saúde pública e constitui-se, atualmente, como um dos principais alvos das campanhas de vacinação no Brasil. Nesse interim, a vigilância epidemiológica de imunização atua operacionalizando todo este processo, através da intensificação da cobertura vacinal, da notificação de eventos adversos pós vacinação, controle de imunobiológicos, organização de capacitação dos profissionais, medidas de conscientização em saúde, entre outros. Fica evidente a importância, não somente da vigilância, mas também da epidemiologia, no enfrentamento de doenças no Brasil, sobretudo no sarampo.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"131479068","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: a Hanseníase configura-se como uma patologia infectocontagiosa crônica, causada pelo bacilo Mycobacterium leprae. Nesse sentido, o agente etiológico possui predileção pelos nervos periféricos e pela pele. As principais manifestações incluem a supressão da sensibilidade e da motricidade de acordo com a forma clínica, podendo ser dimorfa, virchowiana, tuberculóide e indeterminada. Objetivos: analisar a situação da hanseníase em uma cidade do oeste do Paraná por meio da análise de variáveis, as quais comparam sexo e as formas clínicas de acordo com o ano diagnóstico. Metodologia: foi realizado um estudo retrospectivo transversal comparativo por meio da análise e tabulação de dados disponíveis acerca dos diagnósticos de Hanseníase na plataforma DATASUS (Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde) e SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), de 2018 a 2019, na população Cascavelense, considerando forma clínica, sexo e idade. Resultados: em relação aos casos novos de hanseníase quando comparados aos sexos, no período de 2018 a 2021 (totalizando 96 casos), observa-se que aproximadamente 58% dos casos são do sexo masculino e que aproximadamente 42% dos casos são do sexo feminino. Avaliando a incidência de casos de acordo com as formas clínicas da doença, ponderou-se que houve destaque para a forma dimorfa com 57% dos pacientes afetados, totalizando 54 casos no período estudado. Seguido pela forma virchowiana (24 casos), tuberculóide (10 casos) e indeterminada (6 casos). A partir da análise comparativa entre as idades mais acometidas, constatou-se o predomínio dos casos de hanseníase em adultos entre 50 e 59 anos, totalizando 26 pessoas no período de 2018 a 2021.Dessa forma, a partir da comparação das variáveis sexo e formas clínicas se observou a predominância das formas indeterminada e tuberculóide no sexo feminino. Enquanto que, no sexo masculino, as formas dimorfa e virchowiana são dominantes. Conclusão: de acordo com a análise dos dados, pôde-se notar uma mínima variação nos números de novos casos. Além disso, analisou-se um predomínio no sexo masculino e durante a sexta década de vida. Conclui-se também, que a forma dimorfa foi a mais notificada no período verificado.
{"title":"ANÁLISE DE VARIÁVEIS DA HANSENÍASE NA CIDADE DE CASCAVEL-PR NO PERÍODO DE 2018 A 2021","authors":"Amanda Sarmento Corrêa, R. Luz, Giovana Saliba","doi":"10.51161/epidemion/7608","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/epidemion/7608","url":null,"abstract":"Introdução: a Hanseníase configura-se como uma patologia infectocontagiosa crônica, causada pelo bacilo Mycobacterium leprae. Nesse sentido, o agente etiológico possui predileção pelos nervos periféricos e pela pele. As principais manifestações incluem a supressão da sensibilidade e da motricidade de acordo com a forma clínica, podendo ser dimorfa, virchowiana, tuberculóide e indeterminada. Objetivos: analisar a situação da hanseníase em uma cidade do oeste do Paraná por meio da análise de variáveis, as quais comparam sexo e as formas clínicas de acordo com o ano diagnóstico. Metodologia: foi realizado um estudo retrospectivo transversal comparativo por meio da análise e tabulação de dados disponíveis acerca dos diagnósticos de Hanseníase na plataforma DATASUS (Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde) e SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), de 2018 a 2019, na população Cascavelense, considerando forma clínica, sexo e idade. Resultados: em relação aos casos novos de hanseníase quando comparados aos sexos, no período de 2018 a 2021 (totalizando 96 casos), observa-se que aproximadamente 58% dos casos são do sexo masculino e que aproximadamente 42% dos casos são do sexo feminino. Avaliando a incidência de casos de acordo com as formas clínicas da doença, ponderou-se que houve destaque para a forma dimorfa com 57% dos pacientes afetados, totalizando 54 casos no período estudado. Seguido pela forma virchowiana (24 casos), tuberculóide (10 casos) e indeterminada (6 casos). A partir da análise comparativa entre as idades mais acometidas, constatou-se o predomínio dos casos de hanseníase em adultos entre 50 e 59 anos, totalizando 26 pessoas no período de 2018 a 2021.Dessa forma, a partir da comparação das variáveis sexo e formas clínicas se observou a predominância das formas indeterminada e tuberculóide no sexo feminino. Enquanto que, no sexo masculino, as formas dimorfa e virchowiana são dominantes. Conclusão: de acordo com a análise dos dados, pôde-se notar uma mínima variação nos números de novos casos. Além disso, analisou-se um predomínio no sexo masculino e durante a sexta década de vida. Conclui-se também, que a forma dimorfa foi a mais notificada no período verificado.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"11 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116767973","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Sarah Suellen Sena da Silva Siqueira, Thácilla Siqueira Eugênio Nascimento, R. Pinto, S. Carneiro
Introdução: Determinantes sociais de saúde (DSS) são "as condições nas quais as pessoas nascem, crescem, trabalham, vivem e envelhecem, e o conjunto mais amplo de forças e sistemas que moldam as condições de vida” e desempenham papel central na transmissão, morbidade e mortalidade de doenças infecciosas, sendo as mais prevalentes Tuberculose (TB), Malária, HIV e COVID-19. Embora esses DSS sejam de suma importância para a organização de políticas de saúde pública, ainda é notória a negligência generalizada a tais fatores, necessitando aperfeiçoamento. Objetivo: Analisar a influência dos determinantes sociais na distribuição quantitativa das doenças infecciosas no mundo. Metodologia: Foi realizada uma revisão da literatura na base de dados PubMED, sendo selecionados 9 artigos ao todo. Os descritores utilizados para a pesquisa foram: “Social Determinants of Health” e “Communicable Diseases”. Resultados: Foram selecionados 9 artigos publicados em inglês nos últimos 5 anos. Dentre os trabalhos selecionados, 3 abordam a pandemia de COVID-19, 5 as doenças infecciosas e 1 as projeções baseadas em DSS. No escopo das doenças infecciosas bastante prevalentes, HIV, TB e Malária estão intimamente relacionadas com situações de vulnerabilidade social, com a TB predominando em grupos com baixos níveis socioeconômicos e situações precárias de moradia. Sobre o HIV, é visível que a inobservância do pré-natal- exemplificada pela ausência de profilaxia com terapia antirretroviral- e condições inadequadas de parto influenciam a transmissão do HIV para o bebê, demonstrando que o acesso ao sistema de saúde e à informação são determinantes na propagação do vírus. Quanto à pandemia de Covid-19, foi notório a dificuldade de auto-isolamento em grupos sociais com instabilidade econômica, moradias superpovoadas e com acesso dificultado a um sistema de saúde eficiente, visto que, muitas vezes, este se tornou um local de alta infecção. Além disso, no ambiente urbano, o acesso a serviços de saúde de qualidade passam por disparidades de raça, segregação de moradia e níveis socioeconômicos, impedindo a alguns grupos o acesso à saúde. Conclusão: Nesse contexto, é evidente que as políticas públicas necessitam de abordagens mais atualizadas e adaptadas às diferentes situações sociais e aos níveis de transmissão das doenças infecciosas.
{"title":"OS IMPACTOS DOS DETERMINANTES SOCIAIS NAS DOENÇAS INFECTANTES","authors":"Sarah Suellen Sena da Silva Siqueira, Thácilla Siqueira Eugênio Nascimento, R. Pinto, S. Carneiro","doi":"10.51161/epidemion/7638","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/epidemion/7638","url":null,"abstract":"Introdução: Determinantes sociais de saúde (DSS) são \"as condições nas quais as pessoas nascem, crescem, trabalham, vivem e envelhecem, e o conjunto mais amplo de forças e sistemas que moldam as condições de vida” e desempenham papel central na transmissão, morbidade e mortalidade de doenças infecciosas, sendo as mais prevalentes Tuberculose (TB), Malária, HIV e COVID-19. Embora esses DSS sejam de suma importância para a organização de políticas de saúde pública, ainda é notória a negligência generalizada a tais fatores, necessitando aperfeiçoamento. Objetivo: Analisar a influência dos determinantes sociais na distribuição quantitativa das doenças infecciosas no mundo. Metodologia: Foi realizada uma revisão da literatura na base de dados PubMED, sendo selecionados 9 artigos ao todo. Os descritores utilizados para a pesquisa foram: “Social Determinants of Health” e “Communicable Diseases”. Resultados: Foram selecionados 9 artigos publicados em inglês nos últimos 5 anos. Dentre os trabalhos selecionados, 3 abordam a pandemia de COVID-19, 5 as doenças infecciosas e 1 as projeções baseadas em DSS. No escopo das doenças infecciosas bastante prevalentes, HIV, TB e Malária estão intimamente relacionadas com situações de vulnerabilidade social, com a TB predominando em grupos com baixos níveis socioeconômicos e situações precárias de moradia. Sobre o HIV, é visível que a inobservância do pré-natal- exemplificada pela ausência de profilaxia com terapia antirretroviral- e condições inadequadas de parto influenciam a transmissão do HIV para o bebê, demonstrando que o acesso ao sistema de saúde e à informação são determinantes na propagação do vírus. Quanto à pandemia de Covid-19, foi notório a dificuldade de auto-isolamento em grupos sociais com instabilidade econômica, moradias superpovoadas e com acesso dificultado a um sistema de saúde eficiente, visto que, muitas vezes, este se tornou um local de alta infecção. Além disso, no ambiente urbano, o acesso a serviços de saúde de qualidade passam por disparidades de raça, segregação de moradia e níveis socioeconômicos, impedindo a alguns grupos o acesso à saúde. Conclusão: Nesse contexto, é evidente que as políticas públicas necessitam de abordagens mais atualizadas e adaptadas às diferentes situações sociais e aos níveis de transmissão das doenças infecciosas.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"38 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130954931","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Kayan Soares Rocha, Mariana Barreira Duarte de Sousa, Joedan Silva Santos, Jordana Alves Novais, Ana Luísa Santos Bizinoto
Introdução: A malária é uma doença causada por protozoários intracelulares do gênero Plasmodium, transmitido principalmente pelo mosquito fêmea Anopheles spp. Em 2020, foram registrados 241 milhões de casos e 627 mil óbitos no mundo, um aumento de 14 milhões de casos em relação ao ano de 2019. O Brasil demonstrou um aumento de 18,9% dos óbitos e uma redução de 7,8% nos casos entre 2019 e 2020, evidenciando um aumento da letalidade da doença no país. Assim, compreende-se que a malária é uma patologia dinâmica, tornando-se relevante a monitorização de seu comportamento epidemiológico ao longo do tempo. Objetivo: Analisar a série temporal da taxa de mortalidade da malária entre os anos de 2011 e 2020 no Brasil. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, retrospectivo, de caráter observacional a partir de dados secundários obtidos no Departamento de Informática do SUS (DATASUS), do período entre os anos de 2011 a 2020. A taxa de mortalidade por Malária foi produzida a partir do número de óbitos por essa doença e a população respectiva de cada ano analisado. A série temporal foi analisada no software Stata 14.0, utilizando a Regressão de Prais-Winsten. Obteve-se o coeficiente de inclinação da regressão(CI) e a taxa de incremento anual(TI), de modo que a tendência foi considerada significativa, de modo que valores superiores expressaram estabilidade. Resultados: Através da análise dos dados constatou-se 453 óbitos por malária, entre 2011 e 2020. Em 2011 observou-se o maior número de óbitos do período, 69 mortes, e em 2017 o menor, 34. Nesse contexto, a região Norte se destacou, apresentando 298 óbitos entre 2011 e 2020, enquanto a região Sul apresentou 13 mortes. A série temporal apresentou tendência estacionária. Conclusão: Diante dos resultados observados, verifica-se a manutenção do comportamento da malária no Brasil entre 2011 e 2020. Desse modo, pode-se inferir a baixa eficiência das estratégias de contenção da doença, que demonstrou taxa de mortalidade estacionária ao longo desse período. Assim, torna-se necessário desenvolver novas estratégias que favoreçam a contenção da transmissibilidade da doença, favorecendo a redução dos casos e óbitos por malária em todo o país.
{"title":"COMPORTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO DA MALÁRIA NO BRASIL, 2011-2020","authors":"Kayan Soares Rocha, Mariana Barreira Duarte de Sousa, Joedan Silva Santos, Jordana Alves Novais, Ana Luísa Santos Bizinoto","doi":"10.51161/epidemion/7605","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/epidemion/7605","url":null,"abstract":"Introdução: A malária é uma doença causada por protozoários intracelulares do gênero Plasmodium, transmitido principalmente pelo mosquito fêmea Anopheles spp. Em 2020, foram registrados 241 milhões de casos e 627 mil óbitos no mundo, um aumento de 14 milhões de casos em relação ao ano de 2019. O Brasil demonstrou um aumento de 18,9% dos óbitos e uma redução de 7,8% nos casos entre 2019 e 2020, evidenciando um aumento da letalidade da doença no país. Assim, compreende-se que a malária é uma patologia dinâmica, tornando-se relevante a monitorização de seu comportamento epidemiológico ao longo do tempo. Objetivo: Analisar a série temporal da taxa de mortalidade da malária entre os anos de 2011 e 2020 no Brasil. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, retrospectivo, de caráter observacional a partir de dados secundários obtidos no Departamento de Informática do SUS (DATASUS), do período entre os anos de 2011 a 2020. A taxa de mortalidade por Malária foi produzida a partir do número de óbitos por essa doença e a população respectiva de cada ano analisado. A série temporal foi analisada no software Stata 14.0, utilizando a Regressão de Prais-Winsten. Obteve-se o coeficiente de inclinação da regressão(CI) e a taxa de incremento anual(TI), de modo que a tendência foi considerada significativa, de modo que valores superiores expressaram estabilidade. Resultados: Através da análise dos dados constatou-se 453 óbitos por malária, entre 2011 e 2020. Em 2011 observou-se o maior número de óbitos do período, 69 mortes, e em 2017 o menor, 34. Nesse contexto, a região Norte se destacou, apresentando 298 óbitos entre 2011 e 2020, enquanto a região Sul apresentou 13 mortes. A série temporal apresentou tendência estacionária. Conclusão: Diante dos resultados observados, verifica-se a manutenção do comportamento da malária no Brasil entre 2011 e 2020. Desse modo, pode-se inferir a baixa eficiência das estratégias de contenção da doença, que demonstrou taxa de mortalidade estacionária ao longo desse período. Assim, torna-se necessário desenvolver novas estratégias que favoreçam a contenção da transmissibilidade da doença, favorecendo a redução dos casos e óbitos por malária em todo o país.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"93 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"134274663","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}