Pub Date : 2024-02-07DOI: 10.20396/proa.v13i00.18356
Milena Mateuzi Carmo, Soraya Fleischer
Conheci a Milena Mateuzi em 2022. Eu e outras colegas antropólogas, que também trabalham com a produção de podcasts, organizamos e oferecemos a oficina “Podcasts e Antropologia: formas de produção, possibilidades de uso no ensino, pesquisa, extensão e divulgação científica” na 33ª Reunião Brasileira de Antropologia (RBA), um evento bienal de nossa associação profissional. A oficina começava bem cedo, 8h da manhã, e poucas pessoas chegavam pontualmente, ainda mais porque era o mês de agosto e grande parte do país estava com temperaturas invernais. Milena estava sempre lá na hora, com um cachecol e uma caneca fumegante, com a câmera aberta, observando tudo, anotando mais ainda, fazendo perguntas no microfone e no chat. Era visível o seu interesse pelo podcast como mídia para comunicar a Antropologia. Esse primeiro momento já foi de encontro, troca e identidade.
{"title":"Momentos sonoros de Antropologia","authors":"Milena Mateuzi Carmo, Soraya Fleischer","doi":"10.20396/proa.v13i00.18356","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/proa.v13i00.18356","url":null,"abstract":"Conheci a Milena Mateuzi em 2022. Eu e outras colegas antropólogas, que também trabalham com a produção de podcasts, organizamos e oferecemos a oficina “Podcasts e Antropologia: formas de produção, possibilidades de uso no ensino, pesquisa, extensão e divulgação científica” na 33ª Reunião Brasileira de Antropologia (RBA), um evento bienal de nossa associação profissional. A oficina começava bem cedo, 8h da manhã, e poucas pessoas chegavam pontualmente, ainda mais porque era o mês de agosto e grande parte do país estava com temperaturas invernais. Milena estava sempre lá na hora, com um cachecol e uma caneca fumegante, com a câmera aberta, observando tudo, anotando mais ainda, fazendo perguntas no microfone e no chat. Era visível o seu interesse pelo podcast como mídia para comunicar a Antropologia. Esse primeiro momento já foi de encontro, troca e identidade.","PeriodicalId":158674,"journal":{"name":"Proa: Revista de Antropologia e Arte","volume":"6 4","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139797812","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-02-07DOI: 10.20396/proa.v13i00.17309
João Rocha da Silva
Meu objetivo neste artigo é explorar a sobrevivência da tradição expositiva racista do ocidente de exposições coloniais e universais, que expunham o exótico selvagem em relação ao, supostamente, civilizado branco europeu. Para isso tenho como objeto central a Exposição Colonial de Nápoles, a memória produzida (ou não) sobre este acontecimento no site atual do complexo expositivo e suas repercussões contemporâneas em debates sobre o restauro de edifícios da antiga Exposição Colonial. As questões centrais são: como o passado colonial pode ser deixado de fora ao se falar sobre o atual complexo expositivo Mostra d’Oltremare? Como isso ocorre até mesmo em discussões sobre restauração do espaço? O que possibilita esse agenciamento do passado colonial? A metodologia adotada para respondê-las é uma análise documental das fontes e suas imagens na forma de uma montagem, à luz das reflexões sobre pensamento por imagens e montagem de Samain (2012), Bruno (2009) e Warburg (2010).
我在本文中的目的是探讨殖民展和世界展这一西方种族主义展览传统的存续情况,这些展览将异域野蛮人与本应文明的欧洲白人联系在一起。为此,我将那不勒斯殖民展览、展览馆现址上关于这一事件的记忆(或不记忆),以及其在有关修复前殖民展览建筑的辩论中产生的当代反响作为中心对象。核心问题是:在讨论当前的 Mostra d'Oltremare 展览馆时,如何才能将殖民地时期的历史排除在外?在讨论修复展览空间时又是如何做到这一点的?是什么让殖民地历史成为可能?回答这些问题所采用的方法是根据 Samain(2012 年)、Bruno(2009 年)和 Warburg(2010 年)关于通过图像和蒙太奇进行思考的思考,以蒙太奇的形式对资料来源及其图像进行文献分析。
{"title":"Zona de contato em ruínas","authors":"João Rocha da Silva","doi":"10.20396/proa.v13i00.17309","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/proa.v13i00.17309","url":null,"abstract":"Meu objetivo neste artigo é explorar a sobrevivência da tradição expositiva racista do ocidente de exposições coloniais e universais, que expunham o exótico selvagem em relação ao, supostamente, civilizado branco europeu. Para isso tenho como objeto central a Exposição Colonial de Nápoles, a memória produzida (ou não) sobre este acontecimento no site atual do complexo expositivo e suas repercussões contemporâneas em debates sobre o restauro de edifícios da antiga Exposição Colonial. As questões centrais são: como o passado colonial pode ser deixado de fora ao se falar sobre o atual complexo expositivo Mostra d’Oltremare? Como isso ocorre até mesmo em discussões sobre restauração do espaço? O que possibilita esse agenciamento do passado colonial? A metodologia adotada para respondê-las é uma análise documental das fontes e suas imagens na forma de uma montagem, à luz das reflexões sobre pensamento por imagens e montagem de Samain (2012), Bruno (2009) e Warburg (2010).","PeriodicalId":158674,"journal":{"name":"Proa: Revista de Antropologia e Arte","volume":"3 5","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139797932","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-02-03DOI: 10.20396/proa.v13i00.18489
Bárbara Rossin Costa
Desde 2002, o Centro de Referência em Atenção à Saúde do Idoso (CRASI), da Universidade Federal Fluminense, ocupa-se do trabalho terapêutico medicamentoso e não-medicamentoso de pessoas diagnosticadas com demências. Neste ensaio, procuro refletir sobre o trabalho de modulação da memória, linguagem, atenção e sentidos de pessoas diagnosticadas com a Doença de Alzheimer e/ou outras demências nas oficinas da instituição. Interessa-me investigar como utensílios domésticos, cartões com palavras, músicas, adereços, frutas, flores e temperos agenciam e (co)produzem sentidos (visão, audição, tato, olfato, paladar), memórias, corpos, contextos sintáticos e semânticos. Os desenhos que apresento foram produzidos, entre 2021 e 2022, em lápis grafite, lápis de cor, caneta nanquim e caneta hidrográfica. Depois de finalizados, eles foram digitalizados, decompostos, reposicionados e, por vezes, editados em sua cor e forma. Em conjunto, eles procuram retratar as interações com o ambiente digital, as dinâmicas laborais das oficinas e os novos arranjos materiais, viabilizados por celulares e computadores em um período de isolamento social.
{"title":"Entre palavras e coisas","authors":"Bárbara Rossin Costa","doi":"10.20396/proa.v13i00.18489","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/proa.v13i00.18489","url":null,"abstract":"Desde 2002, o Centro de Referência em Atenção à Saúde do Idoso (CRASI), da Universidade Federal Fluminense, ocupa-se do trabalho terapêutico medicamentoso e não-medicamentoso de pessoas diagnosticadas com demências. Neste ensaio, procuro refletir sobre o trabalho de modulação da memória, linguagem, atenção e sentidos de pessoas diagnosticadas com a Doença de Alzheimer e/ou outras demências nas oficinas da instituição. Interessa-me investigar como utensílios domésticos, cartões com palavras, músicas, adereços, frutas, flores e temperos agenciam e (co)produzem sentidos (visão, audição, tato, olfato, paladar), memórias, corpos, contextos sintáticos e semânticos. Os desenhos que apresento foram produzidos, entre 2021 e 2022, em lápis grafite, lápis de cor, caneta nanquim e caneta hidrográfica. Depois de finalizados, eles foram digitalizados, decompostos, reposicionados e, por vezes, editados em sua cor e forma. Em conjunto, eles procuram retratar as interações com o ambiente digital, as dinâmicas laborais das oficinas e os novos arranjos materiais, viabilizados por celulares e computadores em um período de isolamento social.","PeriodicalId":158674,"journal":{"name":"Proa: Revista de Antropologia e Arte","volume":"14 4","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-03","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139808419","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-02-03DOI: 10.20396/proa.v13i00.17912
Lívia Rabelo
Este ensaio fotográfico tem por objetivo apresentar, por meio da linguagem visual, a relação indissociável entre lugares e pessoas (Basso, 1996) na Comunidade Quilombola do Bairro de Fátima, localizada no município de Ponte Nova, na Zona da Mata Mineira.
这篇摄影论文旨在通过视觉语言,展示位于马塔米内拉区 Ponte Nova 市 Bairro de Fátima 的 Quilombola 社区中地方与人之间密不可分的关系(Basso,1996 年)。
{"title":"Lugares de memória","authors":"Lívia Rabelo","doi":"10.20396/proa.v13i00.17912","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/proa.v13i00.17912","url":null,"abstract":"Este ensaio fotográfico tem por objetivo apresentar, por meio da linguagem visual, a relação indissociável entre lugares e pessoas (Basso, 1996) na Comunidade Quilombola do Bairro de Fátima, localizada no município de Ponte Nova, na Zona da Mata Mineira.","PeriodicalId":158674,"journal":{"name":"Proa: Revista de Antropologia e Arte","volume":"41 10","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-03","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139867807","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-02-03DOI: 10.20396/proa.v13i00.18489
Bárbara Rossin Costa
Desde 2002, o Centro de Referência em Atenção à Saúde do Idoso (CRASI), da Universidade Federal Fluminense, ocupa-se do trabalho terapêutico medicamentoso e não-medicamentoso de pessoas diagnosticadas com demências. Neste ensaio, procuro refletir sobre o trabalho de modulação da memória, linguagem, atenção e sentidos de pessoas diagnosticadas com a Doença de Alzheimer e/ou outras demências nas oficinas da instituição. Interessa-me investigar como utensílios domésticos, cartões com palavras, músicas, adereços, frutas, flores e temperos agenciam e (co)produzem sentidos (visão, audição, tato, olfato, paladar), memórias, corpos, contextos sintáticos e semânticos. Os desenhos que apresento foram produzidos, entre 2021 e 2022, em lápis grafite, lápis de cor, caneta nanquim e caneta hidrográfica. Depois de finalizados, eles foram digitalizados, decompostos, reposicionados e, por vezes, editados em sua cor e forma. Em conjunto, eles procuram retratar as interações com o ambiente digital, as dinâmicas laborais das oficinas e os novos arranjos materiais, viabilizados por celulares e computadores em um período de isolamento social.
{"title":"Entre palavras e coisas","authors":"Bárbara Rossin Costa","doi":"10.20396/proa.v13i00.18489","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/proa.v13i00.18489","url":null,"abstract":"Desde 2002, o Centro de Referência em Atenção à Saúde do Idoso (CRASI), da Universidade Federal Fluminense, ocupa-se do trabalho terapêutico medicamentoso e não-medicamentoso de pessoas diagnosticadas com demências. Neste ensaio, procuro refletir sobre o trabalho de modulação da memória, linguagem, atenção e sentidos de pessoas diagnosticadas com a Doença de Alzheimer e/ou outras demências nas oficinas da instituição. Interessa-me investigar como utensílios domésticos, cartões com palavras, músicas, adereços, frutas, flores e temperos agenciam e (co)produzem sentidos (visão, audição, tato, olfato, paladar), memórias, corpos, contextos sintáticos e semânticos. Os desenhos que apresento foram produzidos, entre 2021 e 2022, em lápis grafite, lápis de cor, caneta nanquim e caneta hidrográfica. Depois de finalizados, eles foram digitalizados, decompostos, reposicionados e, por vezes, editados em sua cor e forma. Em conjunto, eles procuram retratar as interações com o ambiente digital, as dinâmicas laborais das oficinas e os novos arranjos materiais, viabilizados por celulares e computadores em um período de isolamento social.","PeriodicalId":158674,"journal":{"name":"Proa: Revista de Antropologia e Arte","volume":"52 13","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-03","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139868295","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-02-03DOI: 10.20396/proa.v13i00.18220
Júlia Morim de Melo
Para as mulheres do povo Pankararu, no sertão de Pernambuco, ser parteira e trazer novas vidas ao mundo por suas mãos envolve dom, coragem, respeito, conhecimento, ancestralidade. A parteira, cujo saber é transmitido por meio da oralidade, entre gerações, é responsável por ajudar outras mulheres a trazer novos membros de seu povo para a vida, colaborando com a manutenção das tradições e modos de ser e estar no mundo. Em setembro de 2019, na casa de Mãe Dôra, parteiras e aprendizes se encontraram para a elaboração de um mural. “Nossas mãos são sagradas” acompanha esse encontro, no qual os sentidos, os significados, as relações estabelecidas e os elementos que constituem esse ofício são revelados.
{"title":"Nossas mãos são sagradas","authors":"Júlia Morim de Melo","doi":"10.20396/proa.v13i00.18220","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/proa.v13i00.18220","url":null,"abstract":"Para as mulheres do povo Pankararu, no sertão de Pernambuco, ser parteira e trazer novas vidas ao mundo por suas mãos envolve dom, coragem, respeito, conhecimento, ancestralidade. A parteira, cujo saber é transmitido por meio da oralidade, entre gerações, é responsável por ajudar outras mulheres a trazer novos membros de seu povo para a vida, colaborando com a manutenção das tradições e modos de ser e estar no mundo. Em setembro de 2019, na casa de Mãe Dôra, parteiras e aprendizes se encontraram para a elaboração de um mural. “Nossas mãos são sagradas” acompanha esse encontro, no qual os sentidos, os significados, as relações estabelecidas e os elementos que constituem esse ofício são revelados.","PeriodicalId":158674,"journal":{"name":"Proa: Revista de Antropologia e Arte","volume":"77 11-12","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-03","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139868636","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-02-03DOI: 10.20396/proa.v13i00.18220
Júlia Morim de Melo
Para as mulheres do povo Pankararu, no sertão de Pernambuco, ser parteira e trazer novas vidas ao mundo por suas mãos envolve dom, coragem, respeito, conhecimento, ancestralidade. A parteira, cujo saber é transmitido por meio da oralidade, entre gerações, é responsável por ajudar outras mulheres a trazer novos membros de seu povo para a vida, colaborando com a manutenção das tradições e modos de ser e estar no mundo. Em setembro de 2019, na casa de Mãe Dôra, parteiras e aprendizes se encontraram para a elaboração de um mural. “Nossas mãos são sagradas” acompanha esse encontro, no qual os sentidos, os significados, as relações estabelecidas e os elementos que constituem esse ofício são revelados.
{"title":"Nossas mãos são sagradas","authors":"Júlia Morim de Melo","doi":"10.20396/proa.v13i00.18220","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/proa.v13i00.18220","url":null,"abstract":"Para as mulheres do povo Pankararu, no sertão de Pernambuco, ser parteira e trazer novas vidas ao mundo por suas mãos envolve dom, coragem, respeito, conhecimento, ancestralidade. A parteira, cujo saber é transmitido por meio da oralidade, entre gerações, é responsável por ajudar outras mulheres a trazer novos membros de seu povo para a vida, colaborando com a manutenção das tradições e modos de ser e estar no mundo. Em setembro de 2019, na casa de Mãe Dôra, parteiras e aprendizes se encontraram para a elaboração de um mural. “Nossas mãos são sagradas” acompanha esse encontro, no qual os sentidos, os significados, as relações estabelecidas e os elementos que constituem esse ofício são revelados.","PeriodicalId":158674,"journal":{"name":"Proa: Revista de Antropologia e Arte","volume":"8 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-03","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139808576","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-02-03DOI: 10.20396/proa.v13i00.17912
Lívia Rabelo
Este ensaio fotográfico tem por objetivo apresentar, por meio da linguagem visual, a relação indissociável entre lugares e pessoas (Basso, 1996) na Comunidade Quilombola do Bairro de Fátima, localizada no município de Ponte Nova, na Zona da Mata Mineira.
这篇摄影论文旨在通过视觉语言,展示位于马塔米内拉区 Ponte Nova 市 Bairro de Fátima 的 Quilombola 社区中地方与人之间密不可分的关系(Basso,1996 年)。
{"title":"Lugares de memória","authors":"Lívia Rabelo","doi":"10.20396/proa.v13i00.17912","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/proa.v13i00.17912","url":null,"abstract":"Este ensaio fotográfico tem por objetivo apresentar, por meio da linguagem visual, a relação indissociável entre lugares e pessoas (Basso, 1996) na Comunidade Quilombola do Bairro de Fátima, localizada no município de Ponte Nova, na Zona da Mata Mineira.","PeriodicalId":158674,"journal":{"name":"Proa: Revista de Antropologia e Arte","volume":"283 3","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-03","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139808063","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-11-28DOI: 10.20396/proa.v13i00.16691
Ana Lúcia Ferraz
Este artigo pretende configurar uma antropologia modal como etnografia dos cantos-dança dos povos guarani, a partir de uma revisão da literatura sobre o tema e da pesquisa etnográfica mediada por processos de produção audiovisual, realizada entre grupos mbya e nhandeva, na última década. Entender os modos de existência dos povos guarani e a centralidade das relações de alteridade para estes, é o que anima nosso processo de criação que vai do filme etnográfico à cartografia do grande território invisível guarani.
{"title":"Os cantos-dança guarani, sua territorialidade cósmica e a etnografia como antropologia modal","authors":"Ana Lúcia Ferraz","doi":"10.20396/proa.v13i00.16691","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/proa.v13i00.16691","url":null,"abstract":"Este artigo pretende configurar uma antropologia modal como etnografia dos cantos-dança dos povos guarani, a partir de uma revisão da literatura sobre o tema e da pesquisa etnográfica mediada por processos de produção audiovisual, realizada entre grupos mbya e nhandeva, na última década. Entender os modos de existência dos povos guarani e a centralidade das relações de alteridade para estes, é o que anima nosso processo de criação que vai do filme etnográfico à cartografia do grande território invisível guarani.","PeriodicalId":158674,"journal":{"name":"Proa: Revista de Antropologia e Arte","volume":"26 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-11-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139223523","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-11-28DOI: 10.20396/proa.v13i00.16596
S. Landarini
Este artigo propõe-se a realizar um diálogo entre os conceitos: “Musicar” de Christopher Small (1998) e a “Acustemologia” de Steven Feld (2020a), a partir da expressão sonora artística lofi hip hop. O encontro destes dois autores e seus conceitos aparecem como aporte teórico-metodológico de reflexão sobre minha experiência de etnografia digital realizada entre os anos de 2018 a 2021 nas redes que atribuem sentido e significado ao lofi hip hop. Através do relato etnográfico, entrevistas, notícias e comentários em vídeos busco argumentar que o musicar lofi hip hop engaja os ouvintes a se tornarem bedroom producers, mesmo que este não tenha conhecimento musical prévio, pois através da sua relação com agentes não-humanos é construído um saber-com e um saber através da prática.
本文提出了两个概念之间的对话:克里斯托弗-斯莫尔(Christopher Small,1998 年)的 "Musicar "和史蒂文-菲尔德(Steven Feld,2020a)的 "Acustemologia",这两个概念都是基于 lofi hip hop 的艺术声音表达。这两位作者及其概念的相遇,在理论方法上有助于反思我在 2018 年至 2021 年期间在赋予 lofi hip hop 意义和重要性的网络中开展数字人种学研究的经验。通过人种学报告、访谈、新闻和视频评论,我试图论证,lofi hip hop音乐吸引听众成为卧室制作人,即使他们没有任何音乐知识,因为通过他们与非人类代理的关系,他们建立了一种 "与之相知"(knowing-with)和 "通过实践相知"(knowing through practice)。
{"title":"O musicar e a acustemologia no lofi hip hop","authors":"S. Landarini","doi":"10.20396/proa.v13i00.16596","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/proa.v13i00.16596","url":null,"abstract":"Este artigo propõe-se a realizar um diálogo entre os conceitos: “Musicar” de Christopher Small (1998) e a “Acustemologia” de Steven Feld (2020a), a partir da expressão sonora artística lofi hip hop. O encontro destes dois autores e seus conceitos aparecem como aporte teórico-metodológico de reflexão sobre minha experiência de etnografia digital realizada entre os anos de 2018 a 2021 nas redes que atribuem sentido e significado ao lofi hip hop. Através do relato etnográfico, entrevistas, notícias e comentários em vídeos busco argumentar que o musicar lofi hip hop engaja os ouvintes a se tornarem bedroom producers, mesmo que este não tenha conhecimento musical prévio, pois através da sua relação com agentes não-humanos é construído um saber-com e um saber através da prática.","PeriodicalId":158674,"journal":{"name":"Proa: Revista de Antropologia e Arte","volume":"8 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-11-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139224603","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}