Pub Date : 2022-12-07DOI: 10.52192/1984-3917.2022v15n2p240-253
Thainá Castro Costa Figueiredo Lopes, R. Padilha
Com pouco mais de uma década, o curso de Museologia da UFSC foi criado no âmbito do departamento de Antropologia no Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH) tendo como pano de fundo de seu surgimento a implantação dos projetos REUNI, bem como a expansão da Política Nacional de Museus, suprindo assim, juntamente com outros cursos, a demanda de formação superior especializada do Sul do Brasil, especificamente em Santa Catarina. Este artigo tem como objetivo geral apresentar o curso de bacharelado em Museologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) pela perspectiva do ensino, pesquisa e extensão. Destaca-se o compromisso ético, responsabilidade social, ações humanizadas e democráticas, entre a relação docentes, técnicas e estudantes. Em suma, o ainda jovem curso já reflete uma formação teórico-prático atenta às necessidades socioculturais do campo museológico e dos futuros profissionais de Museologia.
{"title":"A trajetória político-pedagógica na primeira década do curso de Museologia da Universidade Federal de Santa Catarina: reflexões e perspectivas","authors":"Thainá Castro Costa Figueiredo Lopes, R. Padilha","doi":"10.52192/1984-3917.2022v15n2p240-253","DOIUrl":"https://doi.org/10.52192/1984-3917.2022v15n2p240-253","url":null,"abstract":"Com pouco mais de uma década, o curso de Museologia da UFSC foi criado no âmbito do departamento de Antropologia no Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH) tendo como pano de fundo de seu surgimento a implantação dos projetos REUNI, bem como a expansão da Política Nacional de Museus, suprindo assim, juntamente com outros cursos, a demanda de formação superior especializada do Sul do Brasil, especificamente em Santa Catarina. Este artigo tem como objetivo geral apresentar o curso de bacharelado em Museologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) pela perspectiva do ensino, pesquisa e extensão. Destaca-se o compromisso ético, responsabilidade social, ações humanizadas e democráticas, entre a relação docentes, técnicas e estudantes. Em suma, o ainda jovem curso já reflete uma formação teórico-prático atenta às necessidades socioculturais do campo museológico e dos futuros profissionais de Museologia.","PeriodicalId":199665,"journal":{"name":"Museologia e Patrimônio","volume":"54 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130809567","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-07DOI: 10.52192/1984-3917.2022v15n2p213-239
C. M. Wichers
Esse artigo apresenta aspectos da trajetória do Bacharelado em Museologia da Universidade Federal de Goiás (UFG), inserido na Faculdade de Ciências Sociais da UFG. Concebido a partir da compreensão da Museologia como Ciência Social Aplicada e da base epistemológica organizada em Museologia Geral, Museologia Especial e Museologia Aplicada, o curso foi o segundo a ser criado na região Centro-Oeste e teve em 2010 sua primeira turma. Nesse texto, os antecedentes do curso são retomados, em especial, a imbricada relação com o Museu Antropológico da UFG, bem como são trazidas reflexões em torno da proposta original, matriz curricular e aportes bibliográficos indicados no Projeto Político Pedagógico do Curso. Ao longo dos anos, o bacharelado tem se deparado com desafios específicos no que concerne à permanência estudantil e ao campo profissional de atuação da/o museóloga/o. Não obstante, alguns avanços foram observados, como o incremento da pesquisa museológica em instituições goianas, conforme evidenciado nas monografias concluídas entre 2013 e 2021.Das pesquisas das/os discentes e das potencialidades de uma formação encravada em um “Sertão Imaginado”, onde pulsam demandas por políticas da memória a favor da justiça social, emergem novos devires para a formação em Museologia no estado de Goiás.
{"title":"A formação em Museologia na Universidade Federal de Goiás: trajetória, desafios e devires","authors":"C. M. Wichers","doi":"10.52192/1984-3917.2022v15n2p213-239","DOIUrl":"https://doi.org/10.52192/1984-3917.2022v15n2p213-239","url":null,"abstract":"Esse artigo apresenta aspectos da trajetória do Bacharelado em Museologia da Universidade Federal de Goiás (UFG), inserido na Faculdade de Ciências Sociais da UFG. Concebido a partir da compreensão da Museologia como Ciência Social Aplicada e da base epistemológica organizada em Museologia Geral, Museologia Especial e Museologia Aplicada, o curso foi o segundo a ser criado na região Centro-Oeste e teve em 2010 sua primeira turma. Nesse texto, os antecedentes do curso são retomados, em especial, a imbricada relação com o Museu Antropológico da UFG, bem como são trazidas reflexões em torno da proposta original, matriz curricular e aportes bibliográficos indicados no Projeto Político Pedagógico do Curso. Ao longo dos anos, o bacharelado tem se deparado com desafios específicos no que concerne à permanência estudantil e ao campo profissional de atuação da/o museóloga/o. Não obstante, alguns avanços foram observados, como o incremento da pesquisa museológica em instituições goianas, conforme evidenciado nas monografias concluídas entre 2013 e 2021.Das pesquisas das/os discentes e das potencialidades de uma formação encravada em um “Sertão Imaginado”, onde pulsam demandas por políticas da memória a favor da justiça social, emergem novos devires para a formação em Museologia no estado de Goiás.","PeriodicalId":199665,"journal":{"name":"Museologia e Patrimônio","volume":"57 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127094767","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-07DOI: 10.52192/1984-3917.2022v15n2p169-184
Marcia Maria Arcuri Suner
Neste artigo apresentamos perspectivas conceituais e teóricas que norteiam a formação discente do Bacharelado em Museologia da Universidade Federal de Ouro Preto, no que tange às interfaces do patrimônio arqueológico com o universo das artes, da cultura material, das paisagens e do desenvolvimento socioeconômico de territórios fortalecidos por processos museológicos comunitários. O texto estrutura-se em três eixos de destaque nos conteúdos programáticos de nossa grade curricular, vinculados às questões práticas e conceituais que balizam os processos de salvaguarda e gestão do patrimônio arqueológico. São apresentadas reflexões acerca da relação entre os profissionais do campo acadêmico e outros agentes interessados no patrimônio arqueológico, a partir da experiência vivida no sítio arqueológico Morro da Queimada, Serra de Ouro Preto – MG.
本文引入教育概念和理论指导的学生在联邦大学博物馆学的学士学位在接口上黑色黄金,古迹和艺术的宇宙,景观的物质文化和社会经济发展的地区加强社区博物馆的过程。文本结构在我们课程的课程内容中有三个突出的轴,与指导考古遗产保护和管理过程的实际和概念性问题相联系。本文从米纳斯吉拉斯州奥罗普雷托山的Morro da Queimada考古遗址的生活经验出发,对学术领域的专业人士和其他对考古遗产感兴趣的代理人之间的关系进行了反思。
{"title":"Por uma Museologia reflexiva aplicada à gestão de acervos arqueológicos: diretrizes do Bacharelado em Museologia da Universidade Federal de Ouro Preto","authors":"Marcia Maria Arcuri Suner","doi":"10.52192/1984-3917.2022v15n2p169-184","DOIUrl":"https://doi.org/10.52192/1984-3917.2022v15n2p169-184","url":null,"abstract":"Neste artigo apresentamos perspectivas conceituais e teóricas que norteiam a formação discente do Bacharelado em Museologia da Universidade Federal de Ouro Preto, no que tange às interfaces do patrimônio arqueológico com o universo das artes, da cultura material, das paisagens e do desenvolvimento socioeconômico de territórios fortalecidos por processos museológicos comunitários. O texto estrutura-se em três eixos de destaque nos conteúdos programáticos de nossa grade curricular, vinculados às questões práticas e conceituais que balizam os processos de salvaguarda e gestão do patrimônio arqueológico. São apresentadas reflexões acerca da relação entre os profissionais do campo acadêmico e outros agentes interessados no patrimônio arqueológico, a partir da experiência vivida no sítio arqueológico Morro da Queimada, Serra de Ouro Preto – MG.","PeriodicalId":199665,"journal":{"name":"Museologia e Patrimônio","volume":"48 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129796457","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-07DOI: 10.52192/1984-3917.2022v15n2p50-78
Sidéilia Santos Teixeira
O presente texto aborda o histórico do curso de Museologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Pretende-se demonstrar que esse curso, ao longo da sua história, através da atuação dos seus docentes, buscou, por meio dos seus currículos, construir uma reflexão crítica sobre a memória e a importância da sua compreensão para a transformação do presente e projeção do futuro, numa perspectiva direcionada para uma Museologia de cunho social. Para tanto, apresentaremos a sua trajetória histórica, as principais características, para em seguida, indicarmos os seus desafios e tendências na contemporaneidade. Adotamos para a presente análise, fontes arquivísticas do referido curso, tais como: ofícios, atas, pareceres, relatórios de comissões de trabalho, documentos finais de congressos, programas das disciplinas e os fluxogramas. Fontes bibliográficas também foram trabalhadas, como artigos produzidos por professoras aposentadas, dissertações de mestrado e títulos sobre a cultura brasileira. A análise aponta para um processo contínuo de atualização dos componentes curriculares, articulado a construção e desenvolvimento do conhecimento museológico. Constata-se uma abordagem ampla e plural sobre as especificidades regionais, o patrimônio cultural, articulados à ideia de desenvolvimento integrado e sustentável.
{"title":"O curso de Museologia da Universidade Federal da Bahia: história, carcacterísticas, desafios e tendências contemporâneas","authors":"Sidéilia Santos Teixeira","doi":"10.52192/1984-3917.2022v15n2p50-78","DOIUrl":"https://doi.org/10.52192/1984-3917.2022v15n2p50-78","url":null,"abstract":"O presente texto aborda o histórico do curso de Museologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Pretende-se demonstrar que esse curso, ao longo da sua história, através da atuação dos seus docentes, buscou, por meio dos seus currículos, construir uma reflexão crítica sobre a memória e a importância da sua compreensão para a transformação do presente e projeção do futuro, numa perspectiva direcionada para uma Museologia de cunho social. Para tanto, apresentaremos a sua trajetória histórica, as principais características, para em seguida, indicarmos os seus desafios e tendências na contemporaneidade. Adotamos para a presente análise, fontes arquivísticas do referido curso, tais como: ofícios, atas, pareceres, relatórios de comissões de trabalho, documentos finais de congressos, programas das disciplinas e os fluxogramas. Fontes bibliográficas também foram trabalhadas, como artigos produzidos por professoras aposentadas, dissertações de mestrado e títulos sobre a cultura brasileira. A análise aponta para um processo contínuo de atualização dos componentes curriculares, articulado a construção e desenvolvimento do conhecimento museológico. Constata-se uma abordagem ampla e plural sobre as especificidades regionais, o patrimônio cultural, articulados à ideia de desenvolvimento integrado e sustentável.","PeriodicalId":199665,"journal":{"name":"Museologia e Patrimônio","volume":"3 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121020283","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-07DOI: 10.52192/1984-3917.2022v15n2p379-408
Sibele Cazelli, M. Dahmouche, S. Mano, A. F. Costa, I. Gomes, Sergio Damico
Uma das funções do Observatório de Museus e Centros de Ciência e Tecnologia - OMCC&T é o acompanhamento sistemático da visitação aos museus parceiros: conhecer para contar. Nesse estudo, apresentamos a análise dos dados coletados em dez instituições de ciência e tecnologia da região metropolitana do Rio de Janeiro, na perspectiva da visitação a esses espaços como prática de lazer cultural. As informações, obtidas em 4.606 questionários voluntariamente autorrespondidos, registram o perfil sociocultural e a opinião do público de visitação espontânea, com mais de 15 anos. Foi criado um indicador que revela a relação de cada museu com a população de sua vizinhança. Os visitantes de primeira vez são a maioria dos entrevistados, que ficaram sabendo do espaço principalmente por recomendação de amigos. Conhecer o museu é o que os motiva à visita, que pode levar de alguns meses a mais de dois anos para se efetivar. A ida aos museus estudados, como atividade de lazer, ocorre em grupos de duas a cinco pessoas, caracterizando uma prática de alta sociabilidade. Identificamos que os entrevistados com maior escolaridade e renda são frequentadores mais assíduos. O principal dificultador da visita é a falta de divulgação. O “boca a boca” é a forma de comunicação mais eficiente dentre as fontes de informação sobre a existência dos museus investigados, embora o espaço virtual venha ganhando protagonismo nesse papel.
{"title":"Conhecer para contar: o público de museus de ciência do Rio de Janeiro","authors":"Sibele Cazelli, M. Dahmouche, S. Mano, A. F. Costa, I. Gomes, Sergio Damico","doi":"10.52192/1984-3917.2022v15n2p379-408","DOIUrl":"https://doi.org/10.52192/1984-3917.2022v15n2p379-408","url":null,"abstract":"Uma das funções do Observatório de Museus e Centros de Ciência e Tecnologia - OMCC&T é o acompanhamento sistemático da visitação aos museus parceiros: conhecer para contar. Nesse estudo, apresentamos a análise dos dados coletados em dez instituições de ciência e tecnologia da região metropolitana do Rio de Janeiro, na perspectiva da visitação a esses espaços como prática de lazer cultural. As informações, obtidas em 4.606 questionários voluntariamente autorrespondidos, registram o perfil sociocultural e a opinião do público de visitação espontânea, com mais de 15 anos. Foi criado um indicador que revela a relação de cada museu com a população de sua vizinhança. Os visitantes de primeira vez são a maioria dos entrevistados, que ficaram sabendo do espaço principalmente por recomendação de amigos. Conhecer o museu é o que os motiva à visita, que pode levar de alguns meses a mais de dois anos para se efetivar. A ida aos museus estudados, como atividade de lazer, ocorre em grupos de duas a cinco pessoas, caracterizando uma prática de alta sociabilidade. Identificamos que os entrevistados com maior escolaridade e renda são frequentadores mais assíduos. O principal dificultador da visita é a falta de divulgação. O “boca a boca” é a forma de comunicação mais eficiente dentre as fontes de informação sobre a existência dos museus investigados, embora o espaço virtual venha ganhando protagonismo nesse papel.","PeriodicalId":199665,"journal":{"name":"Museologia e Patrimônio","volume":"4 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124746208","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-07DOI: 10.52192/1984-3917.2022v15n2p289-305
Katiucya Périgo
Selligmann-Silva acredita que a arte tem o papel de inscrever criticamente as violências e os esquecimentos, “anarquivando” a história. Na contemporaneidade, muitos artistas têm atuado também em museus de natureza não artística, intervindo na conscientização da existência de outras narrativas. O estudo menciona duas exposições que problematizam tais questões: “Marcas” (2018), da Fundação Joaquim Nabuco em Recife e “Necrobrasiliana” (2022), do MUPA (Museu Paranaense). No Paraná, arte e museu também andam alinhados num dos mais recentes cursos de Graduação em Museologia, oferecido por uma universidade pública, a Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR). Neste relato, procuramos contar a breve história do curso que iniciou em 2019, e reafirmar que a arte trabalha como um agente questionador imprescindível, apresentando narrativas que foram sistematicamente silenciadas ao longo do tempo.
{"title":"O museu e a Arte: primeiros passos do Curso de Museologia da UNESPAR","authors":"Katiucya Périgo","doi":"10.52192/1984-3917.2022v15n2p289-305","DOIUrl":"https://doi.org/10.52192/1984-3917.2022v15n2p289-305","url":null,"abstract":"Selligmann-Silva acredita que a arte tem o papel de inscrever criticamente as violências e os esquecimentos, “anarquivando” a história. Na contemporaneidade, muitos artistas têm atuado também em museus de natureza não artística, intervindo na conscientização da existência de outras narrativas. O estudo menciona duas exposições que problematizam tais questões: “Marcas” (2018), da Fundação Joaquim Nabuco em Recife e “Necrobrasiliana” (2022), do MUPA (Museu Paranaense). No Paraná, arte e museu também andam alinhados num dos mais recentes cursos de Graduação em Museologia, oferecido por uma universidade pública, a Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR). Neste relato, procuramos contar a breve história do curso que iniciou em 2019, e reafirmar que a arte trabalha como um agente questionador imprescindível, apresentando narrativas que foram sistematicamente silenciadas ao longo do tempo.","PeriodicalId":199665,"journal":{"name":"Museologia e Patrimônio","volume":"2016 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127464554","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-07DOI: 10.52192/1984-3917.2022v15n2p272-288
C. Silva
Com o objetivo de celebrar os 90 anos da formação em Museologia no Brasil, o artigo apresenta, com ênfase no contexto da Amazônia paraense, percursos formativos que contribuíram para o campo dos estudos da Museologia no país, iniciando no século XIX. Traça esta trajetória por meio de discursividades e de práticas constitutivas de um ideal de museu e de sua importância, envolto em ações de ensino e pesquisa, ainda na sociedade brasileira oitocentista. Prossegue visitando alguns marcos que iriam, no final da primeira década do século XXI, resultar na criação do primeiro curso de bacharelado em Museologia do Norte do país, vinculado à Universidade Federal do Pará (UFPA), em meio à expansão das instituições de ensino superior brasileiras e à inserção de uma política nacional de valorização da cultura e do patrimônio. Conclui-se demonstrando caminhos atuais trilhados pela formação em Museologia na região.
{"title":"Percursos formativos da Museologia na Amazônia paraense","authors":"C. Silva","doi":"10.52192/1984-3917.2022v15n2p272-288","DOIUrl":"https://doi.org/10.52192/1984-3917.2022v15n2p272-288","url":null,"abstract":"Com o objetivo de celebrar os 90 anos da formação em Museologia no Brasil, o artigo apresenta, com ênfase no contexto da Amazônia paraense, percursos formativos que contribuíram para o campo dos estudos da Museologia no país, iniciando no século XIX. Traça esta trajetória por meio de discursividades e de práticas constitutivas de um ideal de museu e de sua importância, envolto em ações de ensino e pesquisa, ainda na sociedade brasileira oitocentista. Prossegue visitando alguns marcos que iriam, no final da primeira década do século XXI, resultar na criação do primeiro curso de bacharelado em Museologia do Norte do país, vinculado à Universidade Federal do Pará (UFPA), em meio à expansão das instituições de ensino superior brasileiras e à inserção de uma política nacional de valorização da cultura e do patrimônio. Conclui-se demonstrando caminhos atuais trilhados pela formação em Museologia na região.","PeriodicalId":199665,"journal":{"name":"Museologia e Patrimônio","volume":"30 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122265758","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-04-10DOI: 10.52192/1984-3917.2022v15n1p164-183
F. V. Geert
This article is based on the observation that, in Europe, the presentations of geological heritage in museums located within geoparks differ from those found in museums located outside of these areas, often in geology departments of natural history museums. As they both present a specific part of geoheritage (either conserved in situ or ex situ), this article seeks to understand the reasons for these differences, by postulating that they are due to different conceptions of geoheritage on which these institutions are based. As a result, these evolve and transform in parallel with each other, on the basis of issues specific to each of their institution, without real connection between them. The article then concludes with the possibilities of bringing these two parts of geoheritage closer together, while geoparks are becoming increasingly popular with museum visitors.
{"title":"The Exhibition of Geoheritage in Geoparks and Geological Museums","authors":"F. V. Geert","doi":"10.52192/1984-3917.2022v15n1p164-183","DOIUrl":"https://doi.org/10.52192/1984-3917.2022v15n1p164-183","url":null,"abstract":"This article is based on the observation that, in Europe, the presentations of geological heritage in museums located within geoparks differ from those found in museums located outside of these areas, often in geology departments of natural history museums. As they both present a specific part of geoheritage (either conserved in situ or ex situ), this article seeks to understand the reasons for these differences, by postulating that they are due to different conceptions of geoheritage on which these institutions are based. As a result, these evolve and transform in parallel with each other, on the basis of issues specific to each of their institution, without real connection between them. The article then concludes with the possibilities of bringing these two parts of geoheritage closer together, while geoparks are becoming increasingly popular with museum visitors.","PeriodicalId":199665,"journal":{"name":"Museologia e Patrimônio","volume":"24 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"134001624","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-04-10DOI: 10.52192/1984-3917.2022v15n1p122-149
Rayana Alexandra Sousa da Silva, Sue Anne Regina Ferreira da Costa
Neste trabalho, propomo-nos a refletir sobre uma categoria específica do Patrimônio Natural, o Patrimônio Paleontológico. A análise parte de uma revisão sobre as transformações operadas nas concepções de patrimônio cultural e natural vigentes no Brasil, para problematizar as diversas dimensões que interferem nos processos de patrimonialização deste, além de contextualizar e reforçar a sua importância social em um contexto de grande complexidade. Para tal, baseadas em Morin, no método que busca a complexidade através da criação de vias de abordagem, realizamos observações em diferentes esferas: uma audiência pública de licenciamento ambiental, uma atividade com professores de ensino fundamental e entrevista com um colecionador particular de fósseis. O que pudemos constatar é que a utilização desse patrimônio obedece a uma lógica utilitarista de transformação da natureza. Por fim, fazemos alguns apontamentos sobre a urgência de transformação das nossas práticas com o patrimônio paleontológico, para que possamos pensá-lo de forma mais abrangente. Conectando-o à realidade social das comunidades em que estão inseridos, para que sirvam às pessoas no seu exercício pleno de cidadania.
{"title":"A natureza do Patrimônio Paleontológico da Praia do Atalaia,\u0000 Amazônia Oriental, Pará, Brasil","authors":"Rayana Alexandra Sousa da Silva, Sue Anne Regina Ferreira da Costa","doi":"10.52192/1984-3917.2022v15n1p122-149","DOIUrl":"https://doi.org/10.52192/1984-3917.2022v15n1p122-149","url":null,"abstract":"Neste trabalho, propomo-nos a refletir sobre uma categoria específica do Patrimônio Natural, o Patrimônio Paleontológico. A análise parte de uma revisão sobre as transformações operadas nas concepções de patrimônio cultural e natural vigentes no Brasil, para problematizar as diversas dimensões que interferem nos processos de patrimonialização deste, além de contextualizar e reforçar a sua importância social em um contexto de grande complexidade. Para tal, baseadas em Morin, no método que busca a complexidade através da criação de vias de abordagem, realizamos observações em diferentes esferas: uma audiência pública de licenciamento ambiental, uma atividade com professores de ensino fundamental e entrevista com um colecionador particular de fósseis. O que pudemos constatar é que a utilização desse patrimônio obedece a uma lógica utilitarista de transformação da natureza. Por fim, fazemos alguns apontamentos sobre a urgência de transformação das nossas práticas com o patrimônio paleontológico, para que possamos pensá-lo de forma mais abrangente. Conectando-o à realidade social das comunidades em que estão inseridos, para que sirvam às pessoas no seu exercício pleno de cidadania.","PeriodicalId":199665,"journal":{"name":"Museologia e Patrimônio","volume":"3 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116131864","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}