Pub Date : 2021-07-06DOI: 10.32932/RPIA.2021.07.055
Ana Pereira
{"title":"As várias faces da rinite","authors":"Ana Pereira","doi":"10.32932/RPIA.2021.07.055","DOIUrl":"https://doi.org/10.32932/RPIA.2021.07.055","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":21399,"journal":{"name":"Revista Portuguesa de Imunoalergologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45990723","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-07-06DOI: 10.32932/RPIA.2021.07.056
F. Cunha, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra Serviço de Imunoalergologia, C. Ribeiro, Leonor Ramos, J. Carvalho, Ana Todo Bom
Fundamentos: A mastocitose é um grupo de doenças raras caracterizada pela expansão e acumulação excessiva de mastócitos clonais, de que resulta o envolvimento cutâneo e/ou sistémico. Nas idades pediátricas, a forma mais comum de mastocitose é a mastocitose cutânea. Objetivos: O presente trabalho tem como objetivo avaliar as características demográficas e os achados clínicos em crianças com diagnóstico de mastocitose. Métodos: Foram revistos os processos clínicos, desde janeiro de 2014 a junho de 2019, de todos os doentes com diagnóstico de mastocitose no Hospital Pediátrico de Coimbra. Resultados: Os 14 doentes foram diagnosticados com mastocitose cutânea. A idade média de início das lesões foi de 15,1 meses, sendo a mediana de 5 meses. A idade média de diagnóstico foi de 22,5 meses e a mediana de 9,5 meses. Dos 14 doentes, 8 eram do sexo masculino. 12 doentes tinham mastocitose cutânea maculopapular e 2 tinham mastocitoma cutâneo. No que diz respeito à subclassificação das variantes da MC maculopapular, 11 foram classificadas como polimórficas e 1 como monomórfica. O sinal de Darier foi positivo em 12 doentes, 10 tinham prurido, 2 apresentavam dor abdominal e 3 diarreia. Não foi constatado nenhum episódio de anafilaxia. Em todos os doentes foi realizado um estudo analítico inicial, a destacar o doseamento da triptase sérica, que variou entre 1,3 -15,9 ng/mL na primeira avaliação. Em 8 doentes, o diagnóstico foi confirmado através de biópsia cutânea. A terapêutica baseou -se na evicção dos fatores desencadeantes, em anti -histamínicos H1 e corticosteroide tópico de potência moderada a forte. O curso das lesões permanece estável em 12 doentes. Conclusões: O presente trabalho corrobora o que está descrito na literatura corrente sobre o tema. Realça a importância do conhecimento das características da doença em idade pediátrica para a prevenção de fatores desencadeantes, diagnóstico, investigação e tratamento dirigidos.
{"title":"Mastocitose em idade pediátrica: Caracterização de um período de 5 anos num hospital central","authors":"F. Cunha, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra Serviço de Imunoalergologia, C. Ribeiro, Leonor Ramos, J. Carvalho, Ana Todo Bom","doi":"10.32932/RPIA.2021.07.056","DOIUrl":"https://doi.org/10.32932/RPIA.2021.07.056","url":null,"abstract":"Fundamentos: A mastocitose é um grupo de doenças raras caracterizada pela expansão e acumulação excessiva de mastócitos clonais, de que resulta o envolvimento cutâneo e/ou sistémico. Nas idades pediátricas, a forma mais comum de mastocitose é a mastocitose cutânea. Objetivos: O presente trabalho tem como objetivo avaliar as características demográficas e os achados clínicos em crianças com diagnóstico de mastocitose. Métodos: Foram revistos os processos clínicos, desde janeiro de 2014 a junho de 2019, de todos os doentes com diagnóstico de mastocitose no Hospital Pediátrico de Coimbra. Resultados: Os 14 doentes foram diagnosticados com mastocitose cutânea. A idade média de início das lesões foi de 15,1 meses, sendo a mediana de 5 meses. A idade média de diagnóstico foi de 22,5 meses e a mediana de 9,5 meses. Dos 14 doentes, 8 eram do sexo masculino. 12 doentes tinham mastocitose cutânea maculopapular e 2 tinham mastocitoma cutâneo. No que diz respeito à subclassificação das variantes da MC maculopapular, 11 foram classificadas como polimórficas e 1 como monomórfica. O sinal de Darier foi positivo em 12 doentes, 10 tinham prurido, 2 apresentavam dor abdominal e 3 diarreia. Não foi constatado nenhum episódio de anafilaxia. Em todos os doentes foi realizado um estudo analítico inicial, a destacar o doseamento da triptase sérica, que variou entre 1,3 -15,9 ng/mL na primeira avaliação. Em 8 doentes, o diagnóstico foi confirmado através de biópsia cutânea. A terapêutica baseou -se na evicção dos fatores desencadeantes, em anti -histamínicos H1 e corticosteroide tópico de potência moderada a forte. O curso das lesões permanece estável em 12 doentes. Conclusões: O presente trabalho corrobora o que está descrito na literatura corrente sobre o tema. Realça a importância do conhecimento das características da doença em idade pediátrica para a prevenção de fatores desencadeantes, diagnóstico, investigação e tratamento dirigidos.","PeriodicalId":21399,"journal":{"name":"Revista Portuguesa de Imunoalergologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46678038","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-07-06DOI: 10.32932/RPIA.2021.07.059
R. Silva, Centro Hospitalar de Setúbal Serviço de Imunoalergologia, Leandro Silva, C. Amaro, J. Sousa, Isabel Viana, Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental Serviço de Dermatologia
A dermatite de contacto alérgica é uma causa frequente de referenciação à consulta de Dermatologia e/ou de Imunoalergologia. É causada pelo contacto com moléculas de baixo peso molecular que funcionam como haptenos e induzem uma reação de hipersensibilidade tardia do tipo IV em indivíduos suscetíveis. São poucos os dados europeus ou nacionais sobre a prevalência desta patologia. Neste trabalho apresentamos dois casos clínicos de doentes com reação alérgica a um biocida frequentemente utilizado nas tintas aquosas e em alguns cosméticos, com um padrão de sensibilização de partículas aerotransportadas.
{"title":"Dermatite de contacto alérgica por partículas aerotransportadas de isotiazolinonas, um alergénio importante não só em ambiente ocupacional: Dois casos clínicos","authors":"R. Silva, Centro Hospitalar de Setúbal Serviço de Imunoalergologia, Leandro Silva, C. Amaro, J. Sousa, Isabel Viana, Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental Serviço de Dermatologia","doi":"10.32932/RPIA.2021.07.059","DOIUrl":"https://doi.org/10.32932/RPIA.2021.07.059","url":null,"abstract":"A dermatite de contacto alérgica é uma causa frequente de referenciação à consulta de Dermatologia e/ou de Imunoalergologia. É causada pelo contacto com moléculas de baixo peso molecular que funcionam como haptenos e induzem uma reação de hipersensibilidade tardia do tipo IV em indivíduos suscetíveis. São poucos os dados europeus ou nacionais sobre a prevalência desta patologia. Neste trabalho apresentamos dois casos clínicos de doentes com reação alérgica a um biocida frequentemente utilizado nas tintas aquosas e em alguns cosméticos, com um padrão de sensibilização de partículas aerotransportadas.","PeriodicalId":21399,"journal":{"name":"Revista Portuguesa de Imunoalergologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44446044","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-07-06DOI: 10.32932/RPIA.2021.07.057
Leonor Caldeira, M. Silva, Gonçalo Santos, Ana Pereira
A rinite alérgica é uma patologia inflamatória da mucosa nasal, mediada por imunoglobulina E (IgE), que se manifesta por rinorreia mucosa, obstrução nasal, crises esternutatórias e/ou prurido nasal em relação com a exposição a aeroalergénios. A sua classificação depende da duração e gravidade dos sintomas que, quando não controlados, podem apresentar um grande impacto na qualidade de vida. Embora de diagnóstico essencialmente clínico, o recurso a testes cutâneos por picada e doseamento sérico de IgE específicas é importante na confirmação da etiologia e na caraterização dos alergénios envolvidos. O tratamento baseia -se em medidas de controlo ambiental, em terapêutica farmacológica e, em casos selecionados, no uso da imunoterapia com alergénios. Este artigo tem como objetivo reunir a atual evidência científica relativa à rinite alérgica, no que se refere à sua fisiopatologia, diagnóstico e adequada abordagem terapêutica, usando um caso clínico para contextualização do problema.
{"title":"Rinite alérgica – Classificação, fisiopatologia, diagnóstico e tratamento","authors":"Leonor Caldeira, M. Silva, Gonçalo Santos, Ana Pereira","doi":"10.32932/RPIA.2021.07.057","DOIUrl":"https://doi.org/10.32932/RPIA.2021.07.057","url":null,"abstract":"A rinite alérgica é uma patologia inflamatória da mucosa nasal, mediada por imunoglobulina E (IgE), que se manifesta por rinorreia mucosa, obstrução nasal, crises esternutatórias e/ou prurido nasal em relação com a exposição a aeroalergénios. A sua classificação depende da duração e gravidade dos sintomas que, quando não controlados, podem apresentar um grande impacto na qualidade de vida. Embora de diagnóstico essencialmente clínico, o recurso a testes cutâneos por picada e doseamento sérico de IgE específicas é importante na confirmação da etiologia e na caraterização dos alergénios envolvidos. O tratamento baseia -se em medidas de controlo ambiental, em terapêutica farmacológica e, em casos selecionados, no uso da imunoterapia com alergénios. Este artigo tem como objetivo reunir a atual evidência científica relativa à rinite alérgica, no que se refere à sua fisiopatologia, diagnóstico e adequada abordagem terapêutica, usando um caso clínico para contextualização do problema.","PeriodicalId":21399,"journal":{"name":"Revista Portuguesa de Imunoalergologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45948872","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-07-06DOI: 10.32932/RPIA.2021.07.060
Raquel Andrade, Centro de Saúde do Caniço, Susana Oliveira, Unidade de Imunoalergologia do Sesaram
{"title":"Eritema pigmentado fixo ao etoricoxib","authors":"Raquel Andrade, Centro de Saúde do Caniço, Susana Oliveira, Unidade de Imunoalergologia do Sesaram","doi":"10.32932/RPIA.2021.07.060","DOIUrl":"https://doi.org/10.32932/RPIA.2021.07.060","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":21399,"journal":{"name":"Revista Portuguesa de Imunoalergologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49607579","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-07-06DOI: 10.32932/RPIA.2021.07.058
Cristiana Ferreira, Iolanda Coutinho, Maria Marques, Marta Alves, Rita Brás, Ana Pereira
A rinite ocupacional é uma patologia inflamatória da mucosa nasal caracterizada por sintomas nasais intermitentes ou persistentes e/ou limitação variável do fluxo aéreo nasal e/ou hipersecreção nasal devido a causas atribuíveis a um ambiente de trabalho específico. Pode ser classificada em alérgica (IgE-mediada ou não IgE-mediada) ou não alérgica. A rinite ocupacional alérgica é habitualmente a expressão clínica inaugural da sensibilização das vias aéreas a um alergénio presente no ambiente laboral e pode preceder o aparecimento da asma ocupacional. Embora o diagnóstico seja essencialmente clínico, pelos aspetos médico-legais envolvidos, torna-se importante identificar os agentes etiológicos, sendo a prova de provocação nasal o gold-standard diagnóstico; no entanto, quando não está disponível, poderá ser feita uma avaliação no local de trabalho. A opção terapêutica mais eficaz consiste na evicção da exposição. Neste artigo reunimos a evidência científica atual relativa à rinite ocupacional, partindo de um caso clínico para contextualização do problema.
{"title":"Rinite ocupacional – Desafios na abordagem diagnóstica e terapêutica","authors":"Cristiana Ferreira, Iolanda Coutinho, Maria Marques, Marta Alves, Rita Brás, Ana Pereira","doi":"10.32932/RPIA.2021.07.058","DOIUrl":"https://doi.org/10.32932/RPIA.2021.07.058","url":null,"abstract":"A rinite ocupacional é uma patologia inflamatória da mucosa nasal caracterizada por sintomas nasais intermitentes ou persistentes e/ou limitação variável do fluxo aéreo nasal e/ou hipersecreção nasal devido a causas atribuíveis a um ambiente de trabalho específico. Pode ser classificada em alérgica (IgE-mediada ou não IgE-mediada) ou não alérgica. A rinite ocupacional alérgica é habitualmente a expressão clínica inaugural da sensibilização das vias aéreas a um alergénio presente no ambiente laboral e pode preceder o aparecimento da asma ocupacional. Embora o diagnóstico seja essencialmente clínico, pelos aspetos médico-legais envolvidos, torna-se importante identificar os agentes etiológicos, sendo a prova de provocação nasal o gold-standard diagnóstico; no entanto, quando não está disponível, poderá ser feita uma avaliação no local de trabalho. A opção terapêutica mais eficaz consiste na evicção da exposição. Neste artigo reunimos a evidência científica atual relativa à rinite ocupacional, partindo de um caso clínico para contextualização do problema.","PeriodicalId":21399,"journal":{"name":"Revista Portuguesa de Imunoalergologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47597482","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-03-21DOI: 10.32932/RPIA.2021.03.052
Priscilla Santos, G. Dias, Saint C. Junior, Ana Cerqueira
Introdução: A dermatite atópica (DA) é uma doença inflamatória crônica e a avaliação da qualidade de vida e da gravidade da doença é importante para auxiliar a abordagem clínica e a terapêutica. Objetivo: Avaliar o impacto na qualidade de vida da DA em crianças e adolescentes e seus cuidadores e correlacionar com a gravidade da doença. Materiais e métodos: Estudo transversal, com avaliação de características sócio-demográficas e aplicação de questionários nos cuidadores e pacientes pediátricos com DA consultados entre março a maio de 2018, em ambulatório de dermatologia. A gravidade foi avaliada conforme o Scoring Atopic Dermatitis (SCORAD) e classificada como leve, moderada ou grave. O Dermatitis Family Impact Questionnaire (DFI) e o Children's Dermatology Life Quality Index (CDLQI) foram utilizados para avaliação da qualidade de vida. Resultados: Foram avaliados 34 pacientes com DA entre 4 e 15 anos. A média do SCORAD foi 29,14 (DP ± 14,85) sendo 32% leve, 44% moderada e 24% grave. A média do CDLQI foi 7,32 (DP ± 5,91) e do DFI de 12,62 (DP ± 7,34). O domínio mais comprometido no DFI foi o impacto global na vida do cuidador, seguido pelas despesas com tratamento. Na avaliação do CDLQI, os itens com os piores índices foram o prurido e alteração do sono. Observou-se diferença significativa na qualidade de vida dos pacientes (p = 0,01) e cuidadores (p = 0,005) entre os pacientes com DA leve e grave, que não foi encontrada entre aqueles com DA leve e moderada e entre moderada e grave. Os índices de qualidade de vida dos cuidadores (ρ = 0,62; p < 0,0001) e dos pacientes (ρ = 0,53; p = 0,001) mostraram uma correlação positiva e moderada com o SCORAD e entre si (ρ = 0,64; p < 0,0001). Conclusão: A DA interfere negativamente na qualidade de vida dos pacientes e de seus familiares, sendo os piores índices relacionados à maior a gravidade da doença.
{"title":"Qualidade de vida em crianças e adolescentes com dermatite atópica e seus cuidadores","authors":"Priscilla Santos, G. Dias, Saint C. Junior, Ana Cerqueira","doi":"10.32932/RPIA.2021.03.052","DOIUrl":"https://doi.org/10.32932/RPIA.2021.03.052","url":null,"abstract":"Introdução: A dermatite atópica (DA) é uma doença inflamatória crônica e a avaliação da qualidade de vida e da gravidade da doença é importante para auxiliar a abordagem clínica e a terapêutica. Objetivo: Avaliar o impacto na qualidade de vida da DA em crianças e adolescentes e seus cuidadores e correlacionar com a gravidade da doença. Materiais e métodos: Estudo transversal, com avaliação de características sócio-demográficas e aplicação de questionários nos cuidadores e pacientes pediátricos com DA consultados entre março a maio de 2018, em ambulatório de dermatologia. A gravidade foi avaliada conforme o Scoring Atopic Dermatitis (SCORAD) e classificada como leve, moderada ou grave. O Dermatitis Family Impact Questionnaire (DFI) e o Children's Dermatology Life Quality Index (CDLQI) foram utilizados para avaliação da qualidade de vida. Resultados: Foram avaliados 34 pacientes com DA entre 4 e 15 anos. A média do SCORAD foi 29,14 (DP ± 14,85) sendo 32% leve, 44% moderada e 24% grave. A média do CDLQI foi 7,32 (DP ± 5,91) e do DFI de 12,62 (DP ± 7,34). O domínio mais comprometido no DFI foi o impacto global na vida do cuidador, seguido pelas despesas com tratamento. Na avaliação do CDLQI, os itens com os piores índices foram o prurido e alteração do sono. Observou-se diferença significativa na qualidade de vida dos pacientes (p = 0,01) e cuidadores (p = 0,005) entre os pacientes com DA leve e grave, que não foi encontrada entre aqueles com DA leve e moderada e entre moderada e grave. Os índices de qualidade de vida dos cuidadores (ρ = 0,62; p < 0,0001) e dos pacientes (ρ = 0,53; p = 0,001) mostraram uma correlação positiva e moderada com o SCORAD e entre si (ρ = 0,64; p < 0,0001). Conclusão: A DA interfere negativamente na qualidade de vida dos pacientes e de seus familiares, sendo os piores índices relacionados à maior a gravidade da doença.","PeriodicalId":21399,"journal":{"name":"Revista Portuguesa de Imunoalergologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-03-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49657440","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-12-05DOI: 10.32932/rpia.2020.12.043
Maria Couto
{"title":"Winter is coming","authors":"Maria Couto","doi":"10.32932/rpia.2020.12.043","DOIUrl":"https://doi.org/10.32932/rpia.2020.12.043","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":21399,"journal":{"name":"Revista Portuguesa de Imunoalergologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-12-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42566850","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-12-05DOI: 10.32932/rpia.2020.12.044
Gonçalo Santos, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central Lisboa Serviço de Imunoalergologia, S. Prates, P. Pinto
Os eosinófilos participam na defesa do hospedeiro como células do sistema imune inato, mas estão também associados a diversas patologias. Recentemente, tem-se questionado se a acumulação destas células em patologias associadas a eosinofilia tem apenas efeitos patológicos ou se desempenha também um papel nos mecanismos de resposta homeostáticos. A interleucina-5 (IL-5) é a principal citocina envolvida na produção e atividade dos eosinófilos. Os anticorpos monoclonais anti-interleucina-5 (mepolizumab e reslizumab) e antirrecetor da IL-5 (benralizumab) encontram-se atualmente aprovados para o tratamento da asma grave de fenótipo eosinofílico, proporcionando benefícios a nível da redução de sintomas e melhoria da qualidade de vida destes doentes. No futuro, é expectável um aumento da abrangência das indicações terapêuticas destes fármacos. Neste artigo de revisão pretende-se reunir a mais recente evidência referente ao papel dos eosinófilos e da IL-5 na resposta inflamatória e às principais características dos anticorpos monoclonais anti-IL-5/IL-5R.
{"title":"Eosinófilos e IL-5 – Novos horizontes no tratamento da asma e outras doenças eosinofílicas","authors":"Gonçalo Santos, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central Lisboa Serviço de Imunoalergologia, S. Prates, P. Pinto","doi":"10.32932/rpia.2020.12.044","DOIUrl":"https://doi.org/10.32932/rpia.2020.12.044","url":null,"abstract":"Os eosinófilos participam na defesa do hospedeiro como células do sistema imune inato, mas estão também associados a diversas patologias. Recentemente, tem-se questionado se a acumulação destas células em patologias associadas a eosinofilia tem apenas efeitos patológicos ou se desempenha também um papel nos mecanismos de resposta homeostáticos. A interleucina-5 (IL-5) é a principal citocina envolvida na produção e atividade dos eosinófilos. Os anticorpos monoclonais anti-interleucina-5 (mepolizumab e reslizumab) e antirrecetor da IL-5 (benralizumab) encontram-se atualmente aprovados para o tratamento da asma grave de fenótipo eosinofílico, proporcionando benefícios a nível da redução de sintomas e melhoria da qualidade de vida destes doentes. No futuro, é expectável um aumento da abrangência das indicações terapêuticas destes fármacos. Neste artigo de revisão pretende-se reunir a mais recente evidência referente ao papel dos eosinófilos e da IL-5 na resposta inflamatória e às principais características dos anticorpos monoclonais anti-IL-5/IL-5R.","PeriodicalId":21399,"journal":{"name":"Revista Portuguesa de Imunoalergologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-12-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42360672","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-12-05DOI: 10.32932/rpia.2020.12.047
A. L. Moura, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra Serviço de Imunoalergologia, Frederico S. Regateiro, Iolanda Coutinho, Diana Mota, A. Paiva, Ana Todo Bom, E. Faria, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra Serviço de Hematologia
A mastocitose é uma doença rara com elevado risco para reações anafiláticas graves. Descrição do caso: Mulher que, aos 27 anos, desenvolveu choque anafilático durante um parto por cesariana. No perioperatório foram administrados lidocaína, ropivacaína, ocitocina, cefazolina e fentanilo. Os testes cutâneos foram positivos apenas à ocitocina (leitura imediata). Um ano mais tarde surgiram lesões cutâneas maculopapulares, vermelho -acastanhadas, pruriginosas, no tronco e membros inferiores, com sinal de Darier. A biópsia cutânea foi sugestiva de mastocitose. Em cesariana subsequente, ocorreu novo episódio de anafilaxia com paragem cardiorrespiratória e convulsões tónico -clónicas generalizadas. A presença de 3 critérios minor (OMS 2016) permitiu o diagnóstico de mastocitose sistémica: (1) triptase basal 40,1 mg/L; (2) mastócitos com morfologia atípica na medula óssea; e (3) expressão aberrante de CD25 nos mastócitos. Conclusão: O diagnóstico de mastocitose exige frequentemente um alto índice de suspeição clínica, nomeadamente em casos de anafilaxia no perioperatório.
{"title":"Anafilaxia periparto recorrente como manifestação de mastocitose sistémica","authors":"A. L. Moura, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra Serviço de Imunoalergologia, Frederico S. Regateiro, Iolanda Coutinho, Diana Mota, A. Paiva, Ana Todo Bom, E. Faria, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra Serviço de Hematologia","doi":"10.32932/rpia.2020.12.047","DOIUrl":"https://doi.org/10.32932/rpia.2020.12.047","url":null,"abstract":"A mastocitose é uma doença rara com elevado risco para reações anafiláticas graves. Descrição do caso: Mulher que, aos 27 anos, desenvolveu choque anafilático durante um parto por cesariana. No perioperatório foram administrados lidocaína, ropivacaína, ocitocina, cefazolina e fentanilo. Os testes cutâneos foram positivos apenas à ocitocina (leitura imediata). Um ano mais tarde surgiram lesões cutâneas maculopapulares, vermelho -acastanhadas, pruriginosas, no tronco e membros inferiores, com sinal de Darier. A biópsia cutânea foi sugestiva de mastocitose. Em cesariana subsequente, ocorreu novo episódio de anafilaxia com paragem cardiorrespiratória e convulsões tónico -clónicas generalizadas. A presença de 3 critérios minor (OMS 2016) permitiu o diagnóstico de mastocitose sistémica: (1) triptase basal 40,1 mg/L; (2) mastócitos com morfologia atípica na medula óssea; e (3) expressão aberrante de CD25 nos mastócitos. Conclusão: O diagnóstico de mastocitose exige frequentemente um alto índice de suspeição clínica, nomeadamente em casos de anafilaxia no perioperatório.","PeriodicalId":21399,"journal":{"name":"Revista Portuguesa de Imunoalergologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-12-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44978620","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}