Pub Date : 2021-08-22DOI: 10.35699/2525-8036.2021.35756
P. Cunha
Perante o Estado atual do Direito, o grande problema que avulta, aquele para que merece mais a pena chamar a atenção, é o caráter estadual do Direito. Não, obviamente, o caráter estadual de todo o Direito (pois há Direito sem Estado) mas porque se corre o perigo de haver, em certas latitudes, Estado contra o Direito e Direito de costas voltadas para o progresso civilizacional que representou e ainda representa o Estado. Na perspectiva mais corrente de que o Estado é obra da Modernidade e não simplesmente todas as formas políticas. Portanto, falemos de Estado do Direito na ótica de manter um Direito que procura uma função social, através do grande empreendimento coletivo que é o Estado. E entendendo ainda Estado como comunidade organizada e não como estado-simplesmente aparelho.
{"title":"Estado do Direito & Direito do Estado","authors":"P. Cunha","doi":"10.35699/2525-8036.2021.35756","DOIUrl":"https://doi.org/10.35699/2525-8036.2021.35756","url":null,"abstract":"Perante o Estado atual do Direito, o grande problema que avulta, aquele para que merece mais a pena chamar a atenção, é o caráter estadual do Direito. Não, obviamente, o caráter estadual de todo o Direito (pois há Direito sem Estado) mas porque se corre o perigo de haver, em certas latitudes, Estado contra o Direito e Direito de costas voltadas para o progresso civilizacional que representou e ainda representa o Estado. Na perspectiva mais corrente de que o Estado é obra da Modernidade e não simplesmente todas as formas políticas. Portanto, falemos de Estado do Direito na ótica de manter um Direito que procura uma função social, através do grande empreendimento coletivo que é o Estado. E entendendo ainda Estado como comunidade organizada e não como estado-simplesmente aparelho.","PeriodicalId":256878,"journal":{"name":"Revista de Ciências do Estado","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-08-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132165680","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-08-17DOI: 10.35699/2525-8036.2021.35658
Gonçal Mayos Solsona
We show the need to limit hyperspecialisation in the sciences and academic disciplines. We start from five basic demands of Kantian Sapere aude! We trace the loss of the fruitful alliance between macrophilosophy and the new mathematical-experimental science after Newton. The all-round negative consequences of this hyperspecialisation are exemplified by analysing the tripartition between sociology, social anthropology and ethnography or ethnology. It uncritically hid for decades the dogmatism that stagnantly divided the study of primitive and colonised 'Them' societies by ethnology, ethnography and social and cultural anthropology; as opposed to the 'Us' of civilised and colonising Europeans who - in contrast - were studied by sociology. We show that this discriminatory disciplinary prejudice was rendered invisible by the lack of macro-philosophical, critical and interdisciplinary analysis. We therefore claim and argue for 'macro' analyses that should rebalance the 'micro' hyperspecialisation in all sciences and disciplines.
{"title":"Limits of hyperspecialization","authors":"Gonçal Mayos Solsona","doi":"10.35699/2525-8036.2021.35658","DOIUrl":"https://doi.org/10.35699/2525-8036.2021.35658","url":null,"abstract":"We show the need to limit hyperspecialisation in the sciences and academic disciplines. We start from five basic demands of Kantian Sapere aude! We trace the loss of the fruitful alliance between macrophilosophy and the new mathematical-experimental science after Newton. The all-round negative consequences of this hyperspecialisation are exemplified by analysing the tripartition between sociology, social anthropology and ethnography or ethnology. It uncritically hid for decades the dogmatism that stagnantly divided the study of primitive and colonised 'Them' societies by ethnology, ethnography and social and cultural anthropology; as opposed to the 'Us' of civilised and colonising Europeans who - in contrast - were studied by sociology. We show that this discriminatory disciplinary prejudice was rendered invisible by the lack of macro-philosophical, critical and interdisciplinary analysis. We therefore claim and argue for 'macro' analyses that should rebalance the 'micro' hyperspecialisation in all sciences and disciplines.","PeriodicalId":256878,"journal":{"name":"Revista de Ciências do Estado","volume":"19 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-08-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126516694","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-08-17DOI: 10.35699/2525-8036.2021.35640
Philippe Oliveira de Almeida
O objetivo deste artigo é debater a relação entre visão profética e crítica das ideologias no pensamento do filósofo brasileiro Roberto Mangabeira Unger. Procuraremos demonstrar como a promessa messiânica estrutura a obra de Unger, e a diferencia de outros trabalhos relacionados aos Critical Legal Studies (movimento que ele ajudou a fundar). A Modernidade secularizou a Teologia da História bíblico-cristã, interpretando a si mesma como momento derradeiro da trajetória humana, nos quadros de um painel escatológico. Assim, o Apocalipse mantém-se sempre presente em nosso campo de visão – embora, diversamente das Histórias da Salvação de cunho religioso, nosso Armagedom não seja sucedido por uma utopia, um tempo de perdão e reconciliação para os justos. Ora, se as ficções distópicas e pós-apocalípticas configuram-se nas mais completas traduções do Zeitgeist, o utopismo milenarista de Unger (secularizado) impõe-se como um cânon contra-hegemônico consistente. Em um primeiro momento, trataremos do niilismo que configura o capitalismo tardio, e que engendra “falsas necessidades” (na terminologia de Unger). Após, mostraremos como os Critical Legal Studies acabaram se deixando macular como uma lógica antiutópica. Finalmente, discorreremos, tomando como referência principal o livro The religion of future, sobre as visões proféticas de/em Unger.
{"title":"Apocalipse sem revelação?","authors":"Philippe Oliveira de Almeida","doi":"10.35699/2525-8036.2021.35640","DOIUrl":"https://doi.org/10.35699/2525-8036.2021.35640","url":null,"abstract":"O objetivo deste artigo é debater a relação entre visão profética e crítica das ideologias no pensamento do filósofo brasileiro Roberto Mangabeira Unger. Procuraremos demonstrar como a promessa messiânica estrutura a obra de Unger, e a diferencia de outros trabalhos relacionados aos Critical Legal Studies (movimento que ele ajudou a fundar). A Modernidade secularizou a Teologia da História bíblico-cristã, interpretando a si mesma como momento derradeiro da trajetória humana, nos quadros de um painel escatológico. Assim, o Apocalipse mantém-se sempre presente em nosso campo de visão – embora, diversamente das Histórias da Salvação de cunho religioso, nosso Armagedom não seja sucedido por uma utopia, um tempo de perdão e reconciliação para os justos. Ora, se as ficções distópicas e pós-apocalípticas configuram-se nas mais completas traduções do Zeitgeist, o utopismo milenarista de Unger (secularizado) impõe-se como um cânon contra-hegemônico consistente. Em um primeiro momento, trataremos do niilismo que configura o capitalismo tardio, e que engendra “falsas necessidades” (na terminologia de Unger). Após, mostraremos como os Critical Legal Studies acabaram se deixando macular como uma lógica antiutópica. Finalmente, discorreremos, tomando como referência principal o livro The religion of future, sobre as visões proféticas de/em Unger.","PeriodicalId":256878,"journal":{"name":"Revista de Ciências do Estado","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-08-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129501484","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-08-17DOI: 10.35699/2525-8036.2021.35659
C. S. Teixeira, T. Araújo
O artigo analisa a relação entre a consciência institucional brasileira e a operação das instituições vigentes no país. A questão é abordada através da identificação de um problema prático: o que pode a democracia brasileira sob a clausura de uma mentalidade institucional limitada ao pretexto da estabilidade ou à fuga da responsabilidade de conceber e desenhar instituições? O percurso do argumento obedece a um desenvolvimento encadeado: i) a indagação a respeito de qual o principal problema da democracia brasileira; ii) O tratamento do tema em sua denotação teórica profunda e filosófica, passando em revista as alternativas de pensamento institucional disponíveis; iii) A observação de como o pensamento social e político brasileiro ordena os desafios institucionais do país e qual vertente deva ser resgatada; iv) E, por último, o retorno ao tema inicial, fechando o ciclo com a indicação de um rumo para a democracia brasileira em sua dimensão institucional, dadas as formas de pensamento existentes.
{"title":"O Construtivismo Institucional e a Democracia Brasileira","authors":"C. S. Teixeira, T. Araújo","doi":"10.35699/2525-8036.2021.35659","DOIUrl":"https://doi.org/10.35699/2525-8036.2021.35659","url":null,"abstract":"O artigo analisa a relação entre a consciência institucional brasileira e a operação das instituições vigentes no país. A questão é abordada através da identificação de um problema prático: o que pode a democracia brasileira sob a clausura de uma mentalidade institucional limitada ao pretexto da estabilidade ou à fuga da responsabilidade de conceber e desenhar instituições? O percurso do argumento obedece a um desenvolvimento encadeado: i) a indagação a respeito de qual o principal problema da democracia brasileira; ii) O tratamento do tema em sua denotação teórica profunda e filosófica, passando em revista as alternativas de pensamento institucional disponíveis; iii) A observação de como o pensamento social e político brasileiro ordena os desafios institucionais do país e qual vertente deva ser resgatada; iv) E, por último, o retorno ao tema inicial, fechando o ciclo com a indicação de um rumo para a democracia brasileira em sua dimensão institucional, dadas as formas de pensamento existentes.","PeriodicalId":256878,"journal":{"name":"Revista de Ciências do Estado","volume":"56 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-08-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124652793","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-08-12DOI: 10.35699/2525-8036.2021.35620
R. Unger, Victoria Nicolielo Reginatto, João Pedro Braga de Carvalho, Mariana Grilli Belinotte, C. S. Teixeira, Philippe Oliveira de Almeida
Entrevista concedida pelo Professor Doutor Roberto Mangabeira Unger à Revista de Ciências do Estado.
罗伯托·曼加贝拉·昂格尔教授接受《国家科学杂志》采访。
{"title":"Imaginação institucional","authors":"R. Unger, Victoria Nicolielo Reginatto, João Pedro Braga de Carvalho, Mariana Grilli Belinotte, C. S. Teixeira, Philippe Oliveira de Almeida","doi":"10.35699/2525-8036.2021.35620","DOIUrl":"https://doi.org/10.35699/2525-8036.2021.35620","url":null,"abstract":"Entrevista concedida pelo Professor Doutor Roberto Mangabeira Unger à Revista de Ciências do Estado.","PeriodicalId":256878,"journal":{"name":"Revista de Ciências do Estado","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-08-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122670406","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-06-30DOI: 10.35699/2525-8036.2021.33369
Edmundo Barboza Filho
No presente artigo, a partir do que o filósofo José Chasin chamou de análise imanente, contribuiremos, a partir dos escritos de Marx e de marxistas brasileiros, como Caio Prado Jr. e Florestan Fernandes, para se pensar as determinações produtivas que se colocam para o campo brasileiro. Para tal, faz-se necessário contextualizar a formação capitalista brasileira enquanto caso não-clássico e compreender os processos de acumulação capitalista que aqui se realizam, abrangendo também como se compreende a relação cidade-campo em nosso caso. Assim, a partir da particularidade da formação capitalista brasileira, em sua historicidade, podemos apontar as determinações produtivas para o campo, e os limites de sua autodeterminação.
{"title":"Contribuição à questão agrária","authors":"Edmundo Barboza Filho","doi":"10.35699/2525-8036.2021.33369","DOIUrl":"https://doi.org/10.35699/2525-8036.2021.33369","url":null,"abstract":"No presente artigo, a partir do que o filósofo José Chasin chamou de análise imanente, contribuiremos, a partir dos escritos de Marx e de marxistas brasileiros, como Caio Prado Jr. e Florestan Fernandes, para se pensar as determinações produtivas que se colocam para o campo brasileiro. Para tal, faz-se necessário contextualizar a formação capitalista brasileira enquanto caso não-clássico e compreender os processos de acumulação capitalista que aqui se realizam, abrangendo também como se compreende a relação cidade-campo em nosso caso. Assim, a partir da particularidade da formação capitalista brasileira, em sua historicidade, podemos apontar as determinações produtivas para o campo, e os limites de sua autodeterminação.","PeriodicalId":256878,"journal":{"name":"Revista de Ciências do Estado","volume":"95 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129153850","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-06-29DOI: 10.35699/2525-8036.2021.33004
Samuel Rivetti Rocha Balloute
O presente artigo visa refletir sobre a abordagem que a mídia brasileira destina à criminalidade (principalmente urbana), e como ela contribui para a legitimação do atual estado punitivo. A questão criminal é retratada pelos meios de comunicação de massa de tal maneira que produz deformações na realidade e, por consequência, influencia na formação de opiniões pelo público leigo, que confia na informação midiática e muitas vezes absorve sua mensagem. Sua abordagem do problema basicamente tem como padrão o reforço de estereótipos e do ideal punitivo, com ausência de debates sobre pontos de vistas diferentes. Desta forma, a partir da constatação do tempo que os cinco maiores canais de televisão destinam para programas que tratam central ou tangencialmente da questão criminal, reflete-se sobre o impacto que o ponto de visa midiático causa na sociedade, buscando-se demonstrar a correlação existente entre o recrudescimento da legislação penal, o aumento do encarceramento e o modo como a mídia aborda as notícias criminais. Foi utilizado o procedimento de amostragem (para selecionar e analisar a grade de programação dos canais televisivos), e o de revisão bibliográfica (para situar, investigar e interpretar o problema definido no âmbito Criminologia).
{"title":"Reflexões sobre o discurso midiático brasileiro e a legitimação da punição","authors":"Samuel Rivetti Rocha Balloute","doi":"10.35699/2525-8036.2021.33004","DOIUrl":"https://doi.org/10.35699/2525-8036.2021.33004","url":null,"abstract":"O presente artigo visa refletir sobre a abordagem que a mídia brasileira destina à criminalidade (principalmente urbana), e como ela contribui para a legitimação do atual estado punitivo. A questão criminal é retratada pelos meios de comunicação de massa de tal maneira que produz deformações na realidade e, por consequência, influencia na formação de opiniões pelo público leigo, que confia na informação midiática e muitas vezes absorve sua mensagem. Sua abordagem do problema basicamente tem como padrão o reforço de estereótipos e do ideal punitivo, com ausência de debates sobre pontos de vistas diferentes. Desta forma, a partir da constatação do tempo que os cinco maiores canais de televisão destinam para programas que tratam central ou tangencialmente da questão criminal, reflete-se sobre o impacto que o ponto de visa midiático causa na sociedade, buscando-se demonstrar a correlação existente entre o recrudescimento da legislação penal, o aumento do encarceramento e o modo como a mídia aborda as notícias criminais. Foi utilizado o procedimento de amostragem (para selecionar e analisar a grade de programação dos canais televisivos), e o de revisão bibliográfica (para situar, investigar e interpretar o problema definido no âmbito Criminologia).","PeriodicalId":256878,"journal":{"name":"Revista de Ciências do Estado","volume":"84 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-06-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126215833","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-06-29DOI: 10.35699/2525-8036.2021.33587
Felipe Vinícius Capareli
A atual crise da democracia, tanto no Brasil quanto em outros países, tem provocado a escrita de um número cada vez maior de trabalhos acadêmicos que buscam entender as origens, as causas e as implicações sociais e institucionais provocadas pela escalada autoritária dos últimos anos. No Brasil, essas tentativas têm se limitado a reproduzir acriticamente essas interpretações oriundas, em sua grande maioria, da tradição anglo-saxão, dando origem a uma excessiva autonomização do direito constitucional e da teoria da constituição de seu contexto de gênese. A partir do referido diagnóstico, o presente artigo visa apresentar, ainda que de forma incipiente, de que modo o recurso ao chamado Pensamento Político Brasileiro, bem como sua relação com a teoria constitucional nacional pode oferecer um conjunto de hipóteses constitucionalmente adequadas para interpretação do tempo presente.
{"title":"Teoria da Constituição e Pensamento Político Brasileiro","authors":"Felipe Vinícius Capareli","doi":"10.35699/2525-8036.2021.33587","DOIUrl":"https://doi.org/10.35699/2525-8036.2021.33587","url":null,"abstract":"A atual crise da democracia, tanto no Brasil quanto em outros países, tem provocado a escrita de um número cada vez maior de trabalhos acadêmicos que buscam entender as origens, as causas e as implicações sociais e institucionais provocadas pela escalada autoritária dos últimos anos. No Brasil, essas tentativas têm se limitado a reproduzir acriticamente essas interpretações oriundas, em sua grande maioria, da tradição anglo-saxão, dando origem a uma excessiva autonomização do direito constitucional e da teoria da constituição de seu contexto de gênese. A partir do referido diagnóstico, o presente artigo visa apresentar, ainda que de forma incipiente, de que modo o recurso ao chamado Pensamento Político Brasileiro, bem como sua relação com a teoria constitucional nacional pode oferecer um conjunto de hipóteses constitucionalmente adequadas para interpretação do tempo presente. ","PeriodicalId":256878,"journal":{"name":"Revista de Ciências do Estado","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-06-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"131952678","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-06-25DOI: 10.35699/2525-8036.2021.32825
Edson Jordan Mendes de Souza, Francielle da Conceição Drumond Figueiredo
Este artigo tem por objetivo apresentar, em linhas gerais, o reconhecimento jurídico da possibilidade da aplicabilidade da qualificadora de feminicídio e da Lei Maria da Penha a mulheres transexuais. A transexualidade se refere à condição do indivíduo cuja identidade de gênero difere daquela designada no nascimento, e que procura fazer a transição para o gênero oposto através de intervenção médica, podendo ocorrer, ou não, a cirurgia de redesignação sexual, ou, apenas a feminilização/masculinização, dependendo do gênero a ser transicionado, por intermédio da administração de hormônios. As metodologias utilizadas para desenvolver o presente trabalho são a bibliográfica e a analítico-dogmática. Com a metodologia bibliográfica tem-se uma análise da literatura jurídica especializada e dedicada ao tema do reconhecimento dos direitos das pessoas transexuais. A investigação analítico-dogmática tem por objetivo analisar a legislação aplicável e interpretá-la de modo a viabilizar o máximo reconhecimento de novos direitos.
{"title":"(in)aplicabilidade da qualificadora do feminicídio e da Lei Maria Da Penha às mulheres transexuais","authors":"Edson Jordan Mendes de Souza, Francielle da Conceição Drumond Figueiredo","doi":"10.35699/2525-8036.2021.32825","DOIUrl":"https://doi.org/10.35699/2525-8036.2021.32825","url":null,"abstract":"Este artigo tem por objetivo apresentar, em linhas gerais, o reconhecimento jurídico da possibilidade da aplicabilidade da qualificadora de feminicídio e da Lei Maria da Penha a mulheres transexuais. A transexualidade se refere à condição do indivíduo cuja identidade de gênero difere daquela designada no nascimento, e que procura fazer a transição para o gênero oposto através de intervenção médica, podendo ocorrer, ou não, a cirurgia de redesignação sexual, ou, apenas a feminilização/masculinização, dependendo do gênero a ser transicionado, por intermédio da administração de hormônios. As metodologias utilizadas para desenvolver o presente trabalho são a bibliográfica e a analítico-dogmática. Com a metodologia bibliográfica tem-se uma análise da literatura jurídica especializada e dedicada ao tema do reconhecimento dos direitos das pessoas transexuais. A investigação analítico-dogmática tem por objetivo analisar a legislação aplicável e interpretá-la de modo a viabilizar o máximo reconhecimento de novos direitos.","PeriodicalId":256878,"journal":{"name":"Revista de Ciências do Estado","volume":"37 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-06-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121823424","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-06-24DOI: 10.35699/2525-8036.2021.33225
D. Crosara, João Vitor Flavio de Oliveira Nogueira, M. P. Miranda
O presente trabalho parte da necessidade de desnaturalizar o processo civil como única via de reação institucional aos conflitos humanos. Parte-se da premissa de criticidade inerente a toda análise psíquica, histórica, política e social que merecem as ideias de processo e de jurisdição como um todo. Metodologicamente, com revisão bibliográfica e leitura sintópica, objetivou-se um estudo transdisciplinar do Direito, que buscou pensá-lo, a um só tempo, enquanto fenômeno constitutivo e constituído pelas relações artísticas, culturais e pessoais. Topologicamente, em um primeiro momento, de maneira provocativa, aborda-se a relação do filme nacional “Bacurau” com o caráter contingente que o processo adquire. Para a fundamentação das ideias de contingência, partiu-se das obras do filósofo alemão Hegel e do filósofo brasileiro Mangabeira Unger. Nesse sentido, abordou-se a questão da naturalização/singularização do espírito para chegar criticamente ao processo civil como abstração. A partir daí, buscou-se uma saída pelo pensamento imaginativo político e, por fim, concluiu-se o trabalho com a retomada de “Bacurau”.
{"title":"Por uma bacuralização do processo","authors":"D. Crosara, João Vitor Flavio de Oliveira Nogueira, M. P. Miranda","doi":"10.35699/2525-8036.2021.33225","DOIUrl":"https://doi.org/10.35699/2525-8036.2021.33225","url":null,"abstract":"O presente trabalho parte da necessidade de desnaturalizar o processo civil como única via de reação institucional aos conflitos humanos. Parte-se da premissa de criticidade inerente a toda análise psíquica, histórica, política e social que merecem as ideias de processo e de jurisdição como um todo. Metodologicamente, com revisão bibliográfica e leitura sintópica, objetivou-se um estudo transdisciplinar do Direito, que buscou pensá-lo, a um só tempo, enquanto fenômeno constitutivo e constituído pelas relações artísticas, culturais e pessoais. Topologicamente, em um primeiro momento, de maneira provocativa, aborda-se a relação do filme nacional “Bacurau” com o caráter contingente que o processo adquire. Para a fundamentação das ideias de contingência, partiu-se das obras do filósofo alemão Hegel e do filósofo brasileiro Mangabeira Unger. Nesse sentido, abordou-se a questão da naturalização/singularização do espírito para chegar criticamente ao processo civil como abstração. A partir daí, buscou-se uma saída pelo pensamento imaginativo político e, por fim, concluiu-se o trabalho com a retomada de “Bacurau”.","PeriodicalId":256878,"journal":{"name":"Revista de Ciências do Estado","volume":"68 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-06-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128586942","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}