Introdução: A alta demanda dos concentrados de plaquetas, somados aos períodos sazonais em que há diminuição do número de doações, é um desafio enfrentado devido ao processo de centrifugação no na Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas. Mesmo com a cadeia de produção validada pode ocorrer descarte dessas bolsas pela contaminação de hemácias (eritrocromia), devido ao volume de sangue total coletado e a manipulação da bolsa após a centrifugação. Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar a técnica de centrifugação para a recuperação dos CP eritrocrômicos produzidos no Hemoam, que seriam descartados por este fator, analisando parâmetros de controle de qualidade dos CP antes e após a recuperação desses hemocomponentes. Material e Método: Testes iniciais submetidos na bolsa: avaliação do swirling plaquetário, avaliação do grau de eritrocromia, antes e após a técnica de centrifugação para a recuperação desses hemocomponentes, e contagem de plaquetas métodos manual e automatizado. Em seguida, cada CP foi conectado a uma bolsa de transferência utilizando o aparelho de conexão estéril e centrifugados por 5´ a 800 rpm. Após a extração, foram coletadas novas amostras dos CP recuperados para repetição dos testes anteriores incluindo, nessa etapa pós-centrifugação, a contagem leucocitária e o pH. Resultados: Foram coletadas amostras de 164 bolsas de CP, no período de agosto de 2020 a julho de 2021. Nas análises realizadas pelo método automatizado, a média pré-centrifugação foi de 8,61x1010/unid, e a média pós-centrifugação foi de 6,74x1010/unid. A contagem de plaquetas pelo método manual apresentou média pré-centrifugação de 8,25x1010/unid, e média pós-centrifugação de 7,00x 1010/unid. A média do pH analisado foi de 7,21 e 146 equivalente a 89% dos CP estavam conformes, porém houve redução de 3,41/mL devido a perda do volume retirado do segmento da bolsa. Conclusão: Portanto, a técnica de recuperação dos Concentrados de plaquetas é um recurso eficaz principalmente nos períodos sazonais.
{"title":"ANÁLISE DA RECUPERAÇÃO DOS CONCENTRADOS DE PLAQUETAS ERITROCRÔMICOS","authors":"Mônica Moura de Souza, Maria José Coelho","doi":"10.51161/rems/2321","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/rems/2321","url":null,"abstract":"Introdução: A alta demanda dos concentrados de plaquetas, somados aos períodos sazonais em que há diminuição do número de doações, é um desafio enfrentado devido ao processo de centrifugação no na Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas. Mesmo com a cadeia de produção validada pode ocorrer descarte dessas bolsas pela contaminação de hemácias (eritrocromia), devido ao volume de sangue total coletado e a manipulação da bolsa após a centrifugação. Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar a técnica de centrifugação para a recuperação dos CP eritrocrômicos produzidos no Hemoam, que seriam descartados por este fator, analisando parâmetros de controle de qualidade dos CP antes e após a recuperação desses hemocomponentes. Material e Método: Testes iniciais submetidos na bolsa: avaliação do swirling plaquetário, avaliação do grau de eritrocromia, antes e após a técnica de centrifugação para a recuperação desses hemocomponentes, e contagem de plaquetas métodos manual e automatizado. Em seguida, cada CP foi conectado a uma bolsa de transferência utilizando o aparelho de conexão estéril e centrifugados por 5´ a 800 rpm. Após a extração, foram coletadas novas amostras dos CP recuperados para repetição dos testes anteriores incluindo, nessa etapa pós-centrifugação, a contagem leucocitária e o pH. Resultados: Foram coletadas amostras de 164 bolsas de CP, no período de agosto de 2020 a julho de 2021. Nas análises realizadas pelo método automatizado, a média pré-centrifugação foi de 8,61x1010/unid, e a média pós-centrifugação foi de 6,74x1010/unid. A contagem de plaquetas pelo método manual apresentou média pré-centrifugação de 8,25x1010/unid, e média pós-centrifugação de 7,00x 1010/unid. A média do pH analisado foi de 7,21 e 146 equivalente a 89% dos CP estavam conformes, porém houve redução de 3,41/mL devido a perda do volume retirado do segmento da bolsa. Conclusão: Portanto, a técnica de recuperação dos Concentrados de plaquetas é um recurso eficaz principalmente nos períodos sazonais.","PeriodicalId":260466,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Biologia Molecular On-line","volume":"24 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-11-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123307136","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A. Ribeiro, Caio César de Souza Alves, Roberta Barbizan Petinari
Introdução: A Leucemia Linfocítica Crônica (LLC), que representa aproximadamente 17% das doenças linfoproliferativas crônicas no mundo, acomete indivíduos na sétima década de vida com maior incidência em caucasianos. A LLC caracteriza-se por proliferação desordenada de células B, podendo apresentar adenomegalia, linfodenopatia e esplenomegalia. Em um simples hemograma consegue-se avaliar uma linfocitose, acima de 5x103dL-1, circulando no ambiente medular de forma proliferativa, no entanto somente com a imunofenotipagem se avalia a progressão da doença identificando moléculas, como proteínas, enzimas e cromossomos, que são fatores de prognóstico para o portador. Objetivo: O estudo sistematizou revisões e ensaios clínicos, que respondessem a problemática levantada: Qual seria a relação da imunofenotipagem no prognóstico do paciente com diagnóstico de LLC? Metodologia: Foi realizada uma revisão sistemática utilizando-se as palavras-chave “Leucemia Linfocítica Crônica”, “Imunofenotipagem” e “Hematologia”, consultando-se as plataformas Pubmed, Scielo, Lilacs e Springer, numa retrospectiva de 07 anos (2014 a 2021). Encontrou-se 28 trabalhos que foram categorizados e tabulados em autor e ano de publicação, periódico e resposta à problemática. Resultados e Discussão: Observou-se que, por meio da imunofenotipagem, é possível analisar o fenótipo do paciente com LLC, identificar o vírus Epstein-Barr, associar a neoplasia hematológica com organismos celulares como NK, deleções 11q23 ou 17 na hibridização in situ por fluorescência FISH, permitindo rastrear os marcadores citoquímicos que impactam no bom ou ruim prognóstico da LLC. Conclusão: O maior benefício obtido da imunofenotipagem é a possibilidade de se avaliar a doença no nível biomolecular, sendo, um importante diagnóstico diferencial na sobrevida do indivíduo.
{"title":"DIAGNÓSTICO POR IMUNOFENOTIPAGEM PARA LEUCEMIA LINFOCÍTICA CRÔNICA","authors":"A. Ribeiro, Caio César de Souza Alves, Roberta Barbizan Petinari","doi":"10.51161/rems/2319","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/rems/2319","url":null,"abstract":"Introdução: A Leucemia Linfocítica Crônica (LLC), que representa aproximadamente 17% das doenças linfoproliferativas crônicas no mundo, acomete indivíduos na sétima década de vida com maior incidência em caucasianos. A LLC caracteriza-se por proliferação desordenada de células B, podendo apresentar adenomegalia, linfodenopatia e esplenomegalia. Em um simples hemograma consegue-se avaliar uma linfocitose, acima de 5x103dL-1, circulando no ambiente medular de forma proliferativa, no entanto somente com a imunofenotipagem se avalia a progressão da doença identificando moléculas, como proteínas, enzimas e cromossomos, que são fatores de prognóstico para o portador. Objetivo: O estudo sistematizou revisões e ensaios clínicos, que respondessem a problemática levantada: Qual seria a relação da imunofenotipagem no prognóstico do paciente com diagnóstico de LLC? Metodologia: Foi realizada uma revisão sistemática utilizando-se as palavras-chave “Leucemia Linfocítica Crônica”, “Imunofenotipagem” e “Hematologia”, consultando-se as plataformas Pubmed, Scielo, Lilacs e Springer, numa retrospectiva de 07 anos (2014 a 2021). Encontrou-se 28 trabalhos que foram categorizados e tabulados em autor e ano de publicação, periódico e resposta à problemática. Resultados e Discussão: Observou-se que, por meio da imunofenotipagem, é possível analisar o fenótipo do paciente com LLC, identificar o vírus Epstein-Barr, associar a neoplasia hematológica com organismos celulares como NK, deleções 11q23 ou 17 na hibridização in situ por fluorescência FISH, permitindo rastrear os marcadores citoquímicos que impactam no bom ou ruim prognóstico da LLC. Conclusão: O maior benefício obtido da imunofenotipagem é a possibilidade de se avaliar a doença no nível biomolecular, sendo, um importante diagnóstico diferencial na sobrevida do indivíduo.","PeriodicalId":260466,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Biologia Molecular On-line","volume":"64 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-11-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124812774","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Emanoelle Fernandes Rutren La Santrer, C. B. Assunção, Edgar Lacerda de Aguiar, R. B. Caligiorne
Introdução: A partir do sequenciamento de última geração de amostras clínicas de um surto de pneumonia atípica ocorrido em 2019 na China, identificou-se um novo coronavírus, vírus agente da Síndrome Respiratória Aguda Grave Coronavírus 2 (SARS-CoV-2). Desde então, estudos publicados se propuseram a desvendar as origens do vírus e acompanhar as suas mutações. No entanto, ainda há muito o que discutir sobre a variabilidade genética entre os isolados do vírus de todo o mundo. Objetivos: Diante disto, o presente estudo objetivou analisar as sequências de linhagens bem como a homologia e alinhamento das sequências analisadas; desenvolver e construir uma árvore filogenética para as linhagens de SARS-Cov-2; e analisar a mesma. Material e métodos: Foram selecionadas 23 amostras nos bancos de dados GISAID e NCBI. Selecionamos uma região predeterminada da proteína do coronavírus denominada Spike (S - 21503 - 24555). O alinhamento de sequência múltipla foi realizado usando o software Tcoffee (v11.00) e o software Jmodeltest (v2.1.4) foi utilizado para selecionar o melhor modelo estatístico de substituição de nucleotídeo por máxima verossimilhança. A reconstrução da árvore filogenética se deu pelo software PAUP (v.4.0a159). Para medir o suporte dos nós, bootstraps foram determinados a partir de 1000 réplicas de dados randomizados, usando os critérios de ML. Resultados: Uma árvore filogenética com 23 genomas e 4 clados (O, GR, GK e GH) foi reconstruída. O MERS-CoV representa a amostra outline. Das amostras selecionadas, a amostra EPI_ISL_1699443 (espécie Rhinolophus sinicus) apresentou 100% de suporte estatístico com uma amostra de SARS-CoV. Eventos de introdução puderam ser observados nas variantes VOI Mu e VOC Gamma, há uma alta possibilidade de que variantes brasileiras tenham sido introduzidas na América do Norte, o que atualmente é corroborado pela literatura. Conclusão: Observamos uma variabilidade genética muito grande na qualidade das amostras selecionadas e a tecnologia aplicada na montagem dos genomas, tal fato é um item importante pra seleção de amostras para análises filogenéticas. Este estudo ilustra a contribuição das viagens intercontinentais na pandemia. Recursos biocomputacionais vêm sendo empregados atualmente para a vigilância epidemiológica e genômica contínua, sendo cruciais para o monitoramento do padrão de circulação em constante mudança das variantes do SARS-CoV-2.
{"title":"ANÁLISE FILOGÉNETICA DE LINHAGENS DE COVID POR MÉTODOS COMPUTACIONAIS","authors":"Emanoelle Fernandes Rutren La Santrer, C. B. Assunção, Edgar Lacerda de Aguiar, R. B. Caligiorne","doi":"10.51161/rems/2315","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/rems/2315","url":null,"abstract":"Introdução: A partir do sequenciamento de última geração de amostras clínicas de um surto de pneumonia atípica ocorrido em 2019 na China, identificou-se um novo coronavírus, vírus agente da Síndrome Respiratória Aguda Grave Coronavírus 2 (SARS-CoV-2). Desde então, estudos publicados se propuseram a desvendar as origens do vírus e acompanhar as suas mutações. No entanto, ainda há muito o que discutir sobre a variabilidade genética entre os isolados do vírus de todo o mundo. Objetivos: Diante disto, o presente estudo objetivou analisar as sequências de linhagens bem como a homologia e alinhamento das sequências analisadas; desenvolver e construir uma árvore filogenética para as linhagens de SARS-Cov-2; e analisar a mesma. Material e métodos: Foram selecionadas 23 amostras nos bancos de dados GISAID e NCBI. Selecionamos uma região predeterminada da proteína do coronavírus denominada Spike (S - 21503 - 24555). O alinhamento de sequência múltipla foi realizado usando o software Tcoffee (v11.00) e o software Jmodeltest (v2.1.4) foi utilizado para selecionar o melhor modelo estatístico de substituição de nucleotídeo por máxima verossimilhança. A reconstrução da árvore filogenética se deu pelo software PAUP (v.4.0a159). Para medir o suporte dos nós, bootstraps foram determinados a partir de 1000 réplicas de dados randomizados, usando os critérios de ML. Resultados: Uma árvore filogenética com 23 genomas e 4 clados (O, GR, GK e GH) foi reconstruída. O MERS-CoV representa a amostra outline. Das amostras selecionadas, a amostra EPI_ISL_1699443 (espécie Rhinolophus sinicus) apresentou 100% de suporte estatístico com uma amostra de SARS-CoV. Eventos de introdução puderam ser observados nas variantes VOI Mu e VOC Gamma, há uma alta possibilidade de que variantes brasileiras tenham sido introduzidas na América do Norte, o que atualmente é corroborado pela literatura. Conclusão: Observamos uma variabilidade genética muito grande na qualidade das amostras selecionadas e a tecnologia aplicada na montagem dos genomas, tal fato é um item importante pra seleção de amostras para análises filogenéticas. Este estudo ilustra a contribuição das viagens intercontinentais na pandemia. Recursos biocomputacionais vêm sendo empregados atualmente para a vigilância epidemiológica e genômica contínua, sendo cruciais para o monitoramento do padrão de circulação em constante mudança das variantes do SARS-CoV-2.","PeriodicalId":260466,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Biologia Molecular On-line","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-11-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124416558","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Diego Soares, Isabela Reis Manzoli, Lohraine Talia Domingues, Gabriele Pereira dos Reis
Introdução: Sabe-se que a alergia é caracterizada como uma reação inflamatória excessiva, desencadeada por uma substância alérgena que em situações normais não causam danos. No entanto, quando ocorre o primeiro contato do sistema de defesa com um determinado alérgeno sensível pode provocar o surgimento de interações moleculares e imunológicas estimulando uma reação de hipersensibilidade, que por conseguinte resulta em uma resposta alérgica acentuada nas células-alvos e nos tecidos. Objetivos: Destacar os aspectos pertinentes dos mecanismos de hipersensibilidade em um processo alérgico a partir de interações biomoleculares nos receptores alvos e nas células de defesa a fim de esclarecer os papéis imunológicos e sua padronização. Dessa forma, foi levantado o seguinte questionamento sistemático: “Quais os aspectos imunológicos e biomoleculares de uma resposta alérgica?”. Materiais e Métodos: A pesquisa consiste em uma revisão de literatura retrospectiva com o intuito de elucidar os princípios imunológicos e moleculares das respostas alérgicas. Para tanto, utilizou-se as bases de dados do Pubmed, SciELO, Medline abrangendo os períodos de 2010 a 2020 e o livro “Imunologia Celular e Molecular” Abbas 9º Edição. Resultados: A partir desse estudo, observa-se que o sistema imune adquirido é o principal responsável pelo mecanismo imunomolecular no desdobramento de uma reação alérgica, já que, diante do primeiro contato com um alérgeno sensível ocorre uma reação de hipersensibilidade nos indivíduos. Isso acontece, ao ativar os linfócitos alérgeno-específicos e a imunoglobulina IgE que, por sua vez, estimula os basófilos a liberarem excessivamente histamina, substância biogênica vasodilatadora que atua no aumento da permeabilidade dos vasos sanguíneos e na modulação dos receptores moleculares específicos que estimulam um feedback positivo para liberação de mais histamina, implicando assim na formação de edemas e hiperemias sinais clínicos típicos de uma resposta alérgica. Conclusão: Diante disso, torna-se fundamental entender os mecanismos imunológicos e biomoleculares envolvidos na patogenicidade da alergia visando compreender o seu funcionamento e suas implicações na qualidade de vida da população. Ademais, é imprescindível traçar novas estratégias no desenvolvimento de fármacos mais eficientes, com menos reações adversas e com melhores técnicas de dessensibilização no tratamento das respostas alérgicas.
{"title":"RESPOSTA ALÉRGICA: ASPECTOS IMUNOLÓGICOS E BIOMOLECULARES","authors":"Diego Soares, Isabela Reis Manzoli, Lohraine Talia Domingues, Gabriele Pereira dos Reis","doi":"10.51161/rems/2317","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/rems/2317","url":null,"abstract":"Introdução: Sabe-se que a alergia é caracterizada como uma reação inflamatória excessiva, desencadeada por uma substância alérgena que em situações normais não causam danos. No entanto, quando ocorre o primeiro contato do sistema de defesa com um determinado alérgeno sensível pode provocar o surgimento de interações moleculares e imunológicas estimulando uma reação de hipersensibilidade, que por conseguinte resulta em uma resposta alérgica acentuada nas células-alvos e nos tecidos. Objetivos: Destacar os aspectos pertinentes dos mecanismos de hipersensibilidade em um processo alérgico a partir de interações biomoleculares nos receptores alvos e nas células de defesa a fim de esclarecer os papéis imunológicos e sua padronização. Dessa forma, foi levantado o seguinte questionamento sistemático: “Quais os aspectos imunológicos e biomoleculares de uma resposta alérgica?”. Materiais e Métodos: A pesquisa consiste em uma revisão de literatura retrospectiva com o intuito de elucidar os princípios imunológicos e moleculares das respostas alérgicas. Para tanto, utilizou-se as bases de dados do Pubmed, SciELO, Medline abrangendo os períodos de 2010 a 2020 e o livro “Imunologia Celular e Molecular” Abbas 9º Edição. Resultados: A partir desse estudo, observa-se que o sistema imune adquirido é o principal responsável pelo mecanismo imunomolecular no desdobramento de uma reação alérgica, já que, diante do primeiro contato com um alérgeno sensível ocorre uma reação de hipersensibilidade nos indivíduos. Isso acontece, ao ativar os linfócitos alérgeno-específicos e a imunoglobulina IgE que, por sua vez, estimula os basófilos a liberarem excessivamente histamina, substância biogênica vasodilatadora que atua no aumento da permeabilidade dos vasos sanguíneos e na modulação dos receptores moleculares específicos que estimulam um feedback positivo para liberação de mais histamina, implicando assim na formação de edemas e hiperemias sinais clínicos típicos de uma resposta alérgica. Conclusão: Diante disso, torna-se fundamental entender os mecanismos imunológicos e biomoleculares envolvidos na patogenicidade da alergia visando compreender o seu funcionamento e suas implicações na qualidade de vida da população. Ademais, é imprescindível traçar novas estratégias no desenvolvimento de fármacos mais eficientes, com menos reações adversas e com melhores técnicas de dessensibilização no tratamento das respostas alérgicas.","PeriodicalId":260466,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Biologia Molecular On-line","volume":"40 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-11-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"131293160","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Beatriz Mendes Galvão, Mônica Aparecida Ganazza, Amilcar Cardoso De Azevedo, J. Yunes
Introdução: A leucemia promielocítica aguda (LPA) apresenta a translocação t(15;17) em 95% dos casos, envolvedo os genes PML (15q24.1) e RARA (17q21.2) e resulta na formação de um transcrito e proteína de fusão PML-RARA. O tratamento da LPA baseia-se no uso de ácido all-trans retinóico (ATRA) combinado à quimioterapia com antraciclina. Recentemente o trióxido de arsênico (ATO) foi incorporado ao tratamento, demonstrando melhora considerável do sucesso terapêutico. Porém, alguns pacientes ainda apresentam má resposta ou resistência ao tratamento e estudos sugerem que mutações no transcrito de fusão PML-RARA podem ser responsáveis por este comportamento. Acreditamos que, as mutações possam estar presentes no domínio Bbox do gene PML, responsável pela supressão de crescimento e apoptose das células e/ou no domínio LBD do gene RARA, responsável pela formação do complexo RARA/RXR que acarreta na ligação do ATRA às células leucêmicas. Objetivos: Portanto, o presente estudo tem como objetivo analisar e identificar mutações em PML-RARA em casos de LPA admitidos para tratamento no Centro Infantil Boldrini no período entre 2000 a 2020. Materiais e Métodos: Neste período, foram admitidos 121 pacientes pediátricos com LPA, positivos para a t(15;17), destes, 12 pacientes apresentaram recaída molecular e 3 apresentaram má resposta ao tratamento. Foi padronizada a reação de cadeia da polimerase (PCR) em duas etapas (Nested-PCR) para a amplificação do gene de fusão PML-RARA, utilizando iniciadores que cobrem do éxon 1 do PML ao éxon 7 de RARA, os amplicons da Nested-PCR foram sequenciados bidirecionalmente através do sequenciamento Sanger, utilizando iniciadores no domínio Bbox do gene PML e no domínio LBD de RARA e os cromatogramas gerados foram analisados por inspeção visual no software Chromas e a sequência em FASTA foi submetida para análises no Software MutationExplorer. Resultados: A partir disso, até o presente momento, 7 pacientes foram sequenciados, dos quais um recidivado, apresentou uma mutação no domínio LBD, sendo ela uma deleção de aproximadamente 600 pares de base. Conclusão: Desta forma, pode-se concluir até o presente momento, que aproximadamente 14% dos pacientes que apresentaram recaída molecular da LPA possuem mutações no domínio LBD. Até o final do estudo, todos os pacientes serão sequenciados e analisados para ambos os domínios.
{"title":"MUTAÇÕES EM PML-RARA E RESISTÊNCIA AO ATRA NA LEUCEMIA PROMIELOCÍTICA AGUDA PEDIÁTRICA","authors":"Beatriz Mendes Galvão, Mônica Aparecida Ganazza, Amilcar Cardoso De Azevedo, J. Yunes","doi":"10.51161/rems/2340","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/rems/2340","url":null,"abstract":"Introdução: A leucemia promielocítica aguda (LPA) apresenta a translocação t(15;17) em 95% dos casos, envolvedo os genes PML (15q24.1) e RARA (17q21.2) e resulta na formação de um transcrito e proteína de fusão PML-RARA. O tratamento da LPA baseia-se no uso de ácido all-trans retinóico (ATRA) combinado à quimioterapia com antraciclina. Recentemente o trióxido de arsênico (ATO) foi incorporado ao tratamento, demonstrando melhora considerável do sucesso terapêutico. Porém, alguns pacientes ainda apresentam má resposta ou resistência ao tratamento e estudos sugerem que mutações no transcrito de fusão PML-RARA podem ser responsáveis por este comportamento. Acreditamos que, as mutações possam estar presentes no domínio Bbox do gene PML, responsável pela supressão de crescimento e apoptose das células e/ou no domínio LBD do gene RARA, responsável pela formação do complexo RARA/RXR que acarreta na ligação do ATRA às células leucêmicas. Objetivos: Portanto, o presente estudo tem como objetivo analisar e identificar mutações em PML-RARA em casos de LPA admitidos para tratamento no Centro Infantil Boldrini no período entre 2000 a 2020. Materiais e Métodos: Neste período, foram admitidos 121 pacientes pediátricos com LPA, positivos para a t(15;17), destes, 12 pacientes apresentaram recaída molecular e 3 apresentaram má resposta ao tratamento. Foi padronizada a reação de cadeia da polimerase (PCR) em duas etapas (Nested-PCR) para a amplificação do gene de fusão PML-RARA, utilizando iniciadores que cobrem do éxon 1 do PML ao éxon 7 de RARA, os amplicons da Nested-PCR foram sequenciados bidirecionalmente através do sequenciamento Sanger, utilizando iniciadores no domínio Bbox do gene PML e no domínio LBD de RARA e os cromatogramas gerados foram analisados por inspeção visual no software Chromas e a sequência em FASTA foi submetida para análises no Software MutationExplorer. Resultados: A partir disso, até o presente momento, 7 pacientes foram sequenciados, dos quais um recidivado, apresentou uma mutação no domínio LBD, sendo ela uma deleção de aproximadamente 600 pares de base. Conclusão: Desta forma, pode-se concluir até o presente momento, que aproximadamente 14% dos pacientes que apresentaram recaída molecular da LPA possuem mutações no domínio LBD. Até o final do estudo, todos os pacientes serão sequenciados e analisados para ambos os domínios.","PeriodicalId":260466,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Biologia Molecular On-line","volume":"40 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-11-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126754527","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Manoella Evelyn Santos Lopes, Bibiana Toshie Onuki de Mendonça, Eduarda Ressurreição Portela, Péricles Jorge Raposo Guimarães, Rebeca Bomfim de Araújo de Almeida
Introdução: A leptospirose é uma doença de imensa importância mundial que acomete animais e humanos, e é capaz de produzir uma infecção grave. No território brasileiro, a leptospirose é uma doença endêmica, com uma média de 13.000 casos notificados por ano. Objetivo: Temos por objetivo evidenciar as áreas de maior incidência de leptospirose no território brasileiro em um período de cinco anos. Material e Métodos: Esse resumo trata-se de uma revisão de literatura, para qual, foi utilizada a base de dados PUBMED, para produção desse produto educacional. Para isso, foram utilizados os descritores “epidemiology”, “leptospirosis” e “Brasil”, combinados com o operador booleano “AND”. Teve por critérios de inclusão os fatores: artigos completos e disponíveis; publicados na língua portuguesa ou inglesa, entre os anos de 2015 a 2020 e pesquisas em seres humanos. Já o critério de exclusão foi apenas a não pertinência ao tema do estudo. Assim, foram identificadas 12 publicações e selecionou-se ao final 3 publicações. Resultados: A caracterização do ambiente de infecção por uma doença é de extrema importância para a implantação e avaliação da Vigilância Sanitária, é possível observar que o perfil sociodemográfico brasileiro dos indivíduos com leptospirose revela a incidência a áreas de baixa renda, com saneamento precário, além de regiões com predisposição a inundações. Conclusão: Sendo assim, não obstante a diversidade de biomas, climas e culturas presentes no Brasil, a importância de estudos epidemiológicos regionais como um instrumento para as autoridades de saúde pública promoverem o controle, prevenção e vigilância da leptospirose em território brasileiro.
{"title":"EPIDEMIOLOGIA DA LEPTOSPIROSE EM TERRITORIO BRASILEIRO","authors":"Manoella Evelyn Santos Lopes, Bibiana Toshie Onuki de Mendonça, Eduarda Ressurreição Portela, Péricles Jorge Raposo Guimarães, Rebeca Bomfim de Araújo de Almeida","doi":"10.51161/rems/2338","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/rems/2338","url":null,"abstract":"Introdução: A leptospirose é uma doença de imensa importância mundial que acomete animais e humanos, e é capaz de produzir uma infecção grave. No território brasileiro, a leptospirose é uma doença endêmica, com uma média de 13.000 casos notificados por ano. Objetivo: Temos por objetivo evidenciar as áreas de maior incidência de leptospirose no território brasileiro em um período de cinco anos. Material e Métodos: Esse resumo trata-se de uma revisão de literatura, para qual, foi utilizada a base de dados PUBMED, para produção desse produto educacional. Para isso, foram utilizados os descritores “epidemiology”, “leptospirosis” e “Brasil”, combinados com o operador booleano “AND”. Teve por critérios de inclusão os fatores: artigos completos e disponíveis; publicados na língua portuguesa ou inglesa, entre os anos de 2015 a 2020 e pesquisas em seres humanos. Já o critério de exclusão foi apenas a não pertinência ao tema do estudo. Assim, foram identificadas 12 publicações e selecionou-se ao final 3 publicações. Resultados: A caracterização do ambiente de infecção por uma doença é de extrema importância para a implantação e avaliação da Vigilância Sanitária, é possível observar que o perfil sociodemográfico brasileiro dos indivíduos com leptospirose revela a incidência a áreas de baixa renda, com saneamento precário, além de regiões com predisposição a inundações. Conclusão: Sendo assim, não obstante a diversidade de biomas, climas e culturas presentes no Brasil, a importância de estudos epidemiológicos regionais como um instrumento para as autoridades de saúde pública promoverem o controle, prevenção e vigilância da leptospirose em território brasileiro.","PeriodicalId":260466,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Biologia Molecular On-line","volume":"95 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-11-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115803085","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Eldevan da Silva Barbosa, Ana Gabrielly de Melo Matos, A. Marques, Eleilde Almeida Araújo, J. Pinho
Introdução: O câncer de pênis (CP) é uma neoplasia rara que apresenta elevada incidência no Brasil, em especial no Maranhão, e os mecanismos genéticos que desencadeiam este tumor ainda são escassos, a identificação das funções dos snoRNAs, poderá contribuir no entendimento deste câncer de forma mais abrangente, estudos recentes revelam que os snoRNAs teria funções não–canônicas, como: regular a estrutura da cromatina, ser precursor de miRNAs e piRNAs, splicing alternativo, mediadores de estresse oxidativo, além de outras funções desconhecidas. Objetivos: Portanto, o objetivo deste trabalho foi identificar, através de ferramentas in silico, as funções canônicas e não canônicas dos snoRNAs expressos em amostras de pacientes com câncer de pênis. Materiais e Métodos: Os dados para este tipo de tumor são referentes a análise de array realizado por meio da plataforma Affymetrix. Para a identificação dos microRNAs em snoRNAs foi utilizado a plataforma miRBase, e a análise ontológica de genes alvos e vias envolvidas com os microRNAs foram preditos usando bases de dados do miRBase, e da plataforma DIANA Tools. Resultados: Com isso identificamos 5 microRNAs (hsa-miR- 664b-3p, hsa-miR-664b-5p, hsa-miR-6516-3p, hsa-miR-6516-5p, hsa-miR-3651), onde a análise in silico revelou que esses microRNAs regulam 141 genes, entre eles estão: FUT9, OXSM, GALNT7, EXT1, PDE10A, NOS1AP, PAX6, ERBB4, PLN. Estes genes regulam vias como: biossíntese de glicoesfingolipídios, biossíntese de mucina tipo O-glicano, vias de sinalização que regulam a pluripotência de células-tronco e glioma. Conclusão: Podemos concluir que os microRNAs apresentam papel fundamental para a tumorigênese em CP, os dados demonstram a diversidade de funções dos microRNAs em snoRNAs, e a relação destas biomoléculas em vias que normalmente estão desreguladas em câncer, o estudo destas biomoléculas pode ajudar a elucidar o processo carcinogênico do câncer de pênis.
简介:阴茎癌(CP)是一种罕见的癌症发病率高,特别是在巴西,巴西引发肿瘤的遗传机制还不清楚,snoRNAs的识别功能,有助于理解这个更全面,但最近的研究表明,癌症的snoRNAs不会功能—规范,如:调节染色质结构,作为miRNAs和piRNAs的前体,选择性剪接,氧化应激介质,以及其他未知的功能。目的:因此,本研究的目的是通过硅工具确定阴茎癌患者样本中表达的规范和非规范snoRNAs功能。材料和方法:这类肿瘤的数据参考了通过Affymetrix平台进行的阵列分析。利用miRBase平台鉴定snoRNAs中的microRNAs,利用miRBase数据库和DIANA工具平台预测靶基因和microRNAs相关途径的本体论分析。结果:我们鉴定了5个microRNAs (hsa- mir -664b- 3p, hsa- mir -664b-5p, hsa- mir -6516-3p, hsa- mir -6516-5p, hsa- mir -3651),硅分析显示这些microRNAs调控141个基因,其中包括FUT9, OXSM, GALNT7, EXT1, PDE10A, NOS1AP, PAX6, ERBB4, PLN。这些基因调节诸如糖脂生物合成、O-聚糖粘蛋白生物合成、调节干细胞和胶质瘤多能性的信号通路等途径。结论:我们可以得出结论,tumorigênese在CP的microRNAs有至关重要的作用,数据显示功能的多样性的microRNAs snoRNAs的关系,以及这些生物分子在通常desreguladas在癌症,这些生物分子的研究有助于阐明阴茎癌的致癌过程。
{"title":"ANÁLISE IN SILICO DE MICRORNAS PRESENTES EM SNORNAS EM AMOSTRAS DE PACIENTES COM CÂNCER DE PÊNIS","authors":"Eldevan da Silva Barbosa, Ana Gabrielly de Melo Matos, A. Marques, Eleilde Almeida Araújo, J. Pinho","doi":"10.51161/rems/2339","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/rems/2339","url":null,"abstract":"Introdução: O câncer de pênis (CP) é uma neoplasia rara que apresenta elevada incidência no Brasil, em especial no Maranhão, e os mecanismos genéticos que desencadeiam este tumor ainda são escassos, a identificação das funções dos snoRNAs, poderá contribuir no entendimento deste câncer de forma mais abrangente, estudos recentes revelam que os snoRNAs teria funções não–canônicas, como: regular a estrutura da cromatina, ser precursor de miRNAs e piRNAs, splicing alternativo, mediadores de estresse oxidativo, além de outras funções desconhecidas. Objetivos: Portanto, o objetivo deste trabalho foi identificar, através de ferramentas in silico, as funções canônicas e não canônicas dos snoRNAs expressos em amostras de pacientes com câncer de pênis. Materiais e Métodos: Os dados para este tipo de tumor são referentes a análise de array realizado por meio da plataforma Affymetrix. Para a identificação dos microRNAs em snoRNAs foi utilizado a plataforma miRBase, e a análise ontológica de genes alvos e vias envolvidas com os microRNAs foram preditos usando bases de dados do miRBase, e da plataforma DIANA Tools. Resultados: Com isso identificamos 5 microRNAs (hsa-miR- 664b-3p, hsa-miR-664b-5p, hsa-miR-6516-3p, hsa-miR-6516-5p, hsa-miR-3651), onde a análise in silico revelou que esses microRNAs regulam 141 genes, entre eles estão: FUT9, OXSM, GALNT7, EXT1, PDE10A, NOS1AP, PAX6, ERBB4, PLN. Estes genes regulam vias como: biossíntese de glicoesfingolipídios, biossíntese de mucina tipo O-glicano, vias de sinalização que regulam a pluripotência de células-tronco e glioma. Conclusão: Podemos concluir que os microRNAs apresentam papel fundamental para a tumorigênese em CP, os dados demonstram a diversidade de funções dos microRNAs em snoRNAs, e a relação destas biomoléculas em vias que normalmente estão desreguladas em câncer, o estudo destas biomoléculas pode ajudar a elucidar o processo carcinogênico do câncer de pênis.","PeriodicalId":260466,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Biologia Molecular On-line","volume":"59 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-11-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"131373395","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Simone Oliveira Amadeu, L. F. Barbisan, N. A. Moura, Ariane Rocha Bartolomeu
Introdução: O câncer colorretal (CCR) é uma neoplasia que acomete pessoas com vida sedentária e alimentação rica em gordura, carne vermelha e pobre em fibras estão relacionadas incidência e mortalidade para esse câncer. A Spirulina platensis (Sp) possui capacidade antioxidante e anti-inflamatória podendo ser um alimento com potencial preventivo contra o CCR. Objetivo: Este trabalho tem como objetivo avaliar o efeito preventivo da Sp (1 e 2% na dieta) nas etapas da iniciação e da promoção da carcinogênese de cólon induzida pela 1,2-dimetihidrazina (DMH) em ratos Sprague-Dawley. Metodologia: iniciação contendo cinco grupos de animais contendo 15 ratos → 4 injeções subcutâneas de DMH (40mg/Kg) e solução de EDTA (veículo da DMH) na 3 e 4ª semana do experimento e eutanásias na 10ª semana, a alimentação e promoção contendo cinco grupos de animais contendo 12 ratos → 4 injeções subcutâneas de DMH (40mg/Kg) e solução de EDTA (veículo da DMH) na 1 e 2ª semana do experimento e eutanásias na 17ª semana. A alimentação constou nas seguintes divisões tanto para o processo de iniciação como na promoção sendo o grupo 1: ração basal + DMH; grupo 2: ração basal + Spirulina platensis 1% + DMH; grupo 3: ração basal + Spirulina platensis 2% + DMH; grupo 4: ração basal + Spirulina platensis 2% + EDTA; grupo 5: ração basal + EDTA. Resultados: Tanto no protocolo de iniciação quanto de promoção, a ingestão da Sp reduziu o desenvolvimento de focos de criptas aberrantes (FCA). No estudo da iniciação, a ingestão de Sp 2% modulou a expressão de 17 genes, sendo 16 hipoexpressos (Chek2, Dffb, Msh2, Nthl1, Wee, Mgmt, Wnt2b, Igf1r, Ogg1, Xrcc6, Atm, Sod1, Cyp2e1, Notch1, Notch2, Jag1, e um hiperexpresso (Casp4) envolvidos principalmente em vias de reparo de DNA, 24 horas após a última administração da DMH. Ao final do estudo da promoção, a ingestão de Sp2% alterou a expressão de dois genes na mucosa colônica, sendo um hipoexpresso (Aifm1) e um hiperexpresso (Casr). Conclusão: Podemos concluir que a ingestão de Sp é capaz de modular a expressão de genes associados em diferentes fases da carcinogênese de cólon induzida pela DMH.
{"title":"EFEITOS BENÉFICOS DA INGESTÃO DE SPIRULINA PLATENSIS DURANTE A ETAPA DE INICIAÇÃO DA CARCINOGÊNESE DE CÓLON EM RATOS","authors":"Simone Oliveira Amadeu, L. F. Barbisan, N. A. Moura, Ariane Rocha Bartolomeu","doi":"10.51161/rems/2327","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/rems/2327","url":null,"abstract":"Introdução: O câncer colorretal (CCR) é uma neoplasia que acomete pessoas com vida sedentária e alimentação rica em gordura, carne vermelha e pobre em fibras estão relacionadas incidência e mortalidade para esse câncer. A Spirulina platensis (Sp) possui capacidade antioxidante e anti-inflamatória podendo ser um alimento com potencial preventivo contra o CCR. Objetivo: Este trabalho tem como objetivo avaliar o efeito preventivo da Sp (1 e 2% na dieta) nas etapas da iniciação e da promoção da carcinogênese de cólon induzida pela 1,2-dimetihidrazina (DMH) em ratos Sprague-Dawley. Metodologia: iniciação contendo cinco grupos de animais contendo 15 ratos → 4 injeções subcutâneas de DMH (40mg/Kg) e solução de EDTA (veículo da DMH) na 3 e 4ª semana do experimento e eutanásias na 10ª semana, a alimentação e promoção contendo cinco grupos de animais contendo 12 ratos → 4 injeções subcutâneas de DMH (40mg/Kg) e solução de EDTA (veículo da DMH) na 1 e 2ª semana do experimento e eutanásias na 17ª semana. A alimentação constou nas seguintes divisões tanto para o processo de iniciação como na promoção sendo o grupo 1: ração basal + DMH; grupo 2: ração basal + Spirulina platensis 1% + DMH; grupo 3: ração basal + Spirulina platensis 2% + DMH; grupo 4: ração basal + Spirulina platensis 2% + EDTA; grupo 5: ração basal + EDTA. Resultados: Tanto no protocolo de iniciação quanto de promoção, a ingestão da Sp reduziu o desenvolvimento de focos de criptas aberrantes (FCA). No estudo da iniciação, a ingestão de Sp 2% modulou a expressão de 17 genes, sendo 16 hipoexpressos (Chek2, Dffb, Msh2, Nthl1, Wee, Mgmt, Wnt2b, Igf1r, Ogg1, Xrcc6, Atm, Sod1, Cyp2e1, Notch1, Notch2, Jag1, e um hiperexpresso (Casp4) envolvidos principalmente em vias de reparo de DNA, 24 horas após a última administração da DMH. Ao final do estudo da promoção, a ingestão de Sp2% alterou a expressão de dois genes na mucosa colônica, sendo um hipoexpresso (Aifm1) e um hiperexpresso (Casr). Conclusão: Podemos concluir que a ingestão de Sp é capaz de modular a expressão de genes associados em diferentes fases da carcinogênese de cólon induzida pela DMH.","PeriodicalId":260466,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Biologia Molecular On-line","volume":"31 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-11-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"134114809","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: Transplantes são processos onde a compatibilidade Receptor-Doador é fundamental para evitar-se a perda do paciente ou do órgão, que poderia ser melhor transplantado. Para isso, realizam-se múltiplos testes, principalmente clínicos e laboratoriais, avaliando ambos pacientes, buscando sucesso dos transplantes. Objetivo: Reconhecer a importância dos exames imunogenéticos para compatibilidade Receptor-Doador. Material e Métodos: Pesquisa descritiva em documentos científicos em português, no limite de dez anos, no Google Acadêmico e Scielo, destacando os termos: transplantes, imunogenética, rejeição, compatibilidade, combinados entre si, pareando-os. Resultados foram obtidos de um total de sete artigos. Resultados: As avaliações devem considerar a ausência de: (a) contraindicações absolutas - Sorológicas HIV, HTLV I e II, Hepatites B e C; Infecções virais; HIV; Meningoencefalite herpética; Linfoma-leucemia de Células T; Doença por Príons; Neoplasia maligna ativa; Lúpus; Artrite Reumatoide; Esclerodermia e Uso de Drogas. (b) contraindicações relativas - malignidade extra-hepática; SIDA doença e hipertensão pulmonar. (c) contraindicações clinicas - Tumores ativos, infecções não resolvidas (exceto para HIV, HCV, HBV, mas devem ser controlados); rejeição do paciente e expectativa de vida baixa; pacientes desnutridos; pessoas com transtornos mentais ou instabilidade emocional; pessoas que abusam de álcool, tabaco ou outras drogas; (d) contraindicações laboratoriais - Pacientes com doenças e infecções hepáticas e cardiovasculares não controladas. A identidade HLA consiste em vários genes agrupados numa mesma região do cromossomo 6. Sabe-se que mais de 11.000 alelos foram identificados, portanto, é raro que duas pessoas tenham o mesmo conjunto de genes. Porém, mesmo com o uso de imunossupressores para auxiliar o sistema imunológico a se adaptar ao ataque desse corpo estranho, pode ocorrer rejeição do órgão. Os principais exames que inferem contra-indicações são: (a) Tipagem HLA de receptores de transplante de células-tronco hematopoiéticas; (b) Tipagem HLA de doadores de células-tronco hematopoiéticas relevantes; (c) Tipagem HLA de doadores voluntários de células-tronco hematopoiéticas - Fase 1. Busca-se indicadores a presença, no soro do receptor, de anticorpos contra antígenos HLA do doador e identificação de genes HLA classe I e II. Conclusão: Entre as formas de avaliação de contra-indicações para recepção de tecidos, a avaliação laboratorial imunogenética é a mais importante, pois é nela que se saberá a compatibilidade Receptor-Doador.
{"title":"EXAMES IMUNOGENÉTICOS PARA AVALIAÇÃO DE COMPATIBILIDADE RECEPTOR-DOADOR EM TRANSPLANTES EM SUMA","authors":"A. Santos","doi":"10.51161/rems/2335","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/rems/2335","url":null,"abstract":"Introdução: Transplantes são processos onde a compatibilidade Receptor-Doador é fundamental para evitar-se a perda do paciente ou do órgão, que poderia ser melhor transplantado. Para isso, realizam-se múltiplos testes, principalmente clínicos e laboratoriais, avaliando ambos pacientes, buscando sucesso dos transplantes. Objetivo: Reconhecer a importância dos exames imunogenéticos para compatibilidade Receptor-Doador. Material e Métodos: Pesquisa descritiva em documentos científicos em português, no limite de dez anos, no Google Acadêmico e Scielo, destacando os termos: transplantes, imunogenética, rejeição, compatibilidade, combinados entre si, pareando-os. Resultados foram obtidos de um total de sete artigos. Resultados: As avaliações devem considerar a ausência de: (a) contraindicações absolutas - Sorológicas HIV, HTLV I e II, Hepatites B e C; Infecções virais; HIV; Meningoencefalite herpética; Linfoma-leucemia de Células T; Doença por Príons; Neoplasia maligna ativa; Lúpus; Artrite Reumatoide; Esclerodermia e Uso de Drogas. (b) contraindicações relativas - malignidade extra-hepática; SIDA doença e hipertensão pulmonar. (c) contraindicações clinicas - Tumores ativos, infecções não resolvidas (exceto para HIV, HCV, HBV, mas devem ser controlados); rejeição do paciente e expectativa de vida baixa; pacientes desnutridos; pessoas com transtornos mentais ou instabilidade emocional; pessoas que abusam de álcool, tabaco ou outras drogas; (d) contraindicações laboratoriais - Pacientes com doenças e infecções hepáticas e cardiovasculares não controladas. A identidade HLA consiste em vários genes agrupados numa mesma região do cromossomo 6. Sabe-se que mais de 11.000 alelos foram identificados, portanto, é raro que duas pessoas tenham o mesmo conjunto de genes. Porém, mesmo com o uso de imunossupressores para auxiliar o sistema imunológico a se adaptar ao ataque desse corpo estranho, pode ocorrer rejeição do órgão. Os principais exames que inferem contra-indicações são: (a) Tipagem HLA de receptores de transplante de células-tronco hematopoiéticas; (b) Tipagem HLA de doadores de células-tronco hematopoiéticas relevantes; (c) Tipagem HLA de doadores voluntários de células-tronco hematopoiéticas - Fase 1. Busca-se indicadores a presença, no soro do receptor, de anticorpos contra antígenos HLA do doador e identificação de genes HLA classe I e II. Conclusão: Entre as formas de avaliação de contra-indicações para recepção de tecidos, a avaliação laboratorial imunogenética é a mais importante, pois é nela que se saberá a compatibilidade Receptor-Doador.","PeriodicalId":260466,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Biologia Molecular On-line","volume":"79 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-11-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"131165216","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: Os coronavírus são uma família de vírus que possuem RNA de fita simples e são capazes de contaminar homens e animais. São conhecidos por sua alta frequência de recombinação e altas taxas de mutação, permitindo que se adaptem a novos hospedeiros e nichos ecológicos. Os níveis virais elevados fornecem um ambiente adequado para a replicação viral, levando a persistência viral, por sua vez, pode originar novas estirpes virais. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi analisar o aspecto molecular, biológico e filogenético do SARS-CoV-2. Material e Métodos: Para isso, foi feito um levantamento dos estudos relacionados com o tema ao longo dos anos de 2019 e 2021 e a utilização de vários softwares para a análise filogenética de 105 genomas completos do SARS-Cov-2 provenientes do Brasil, China, Índia, Itália e Estados Unidos e de morcegos de Wuhan (WIV). Resultados: Apenas duas sequências do SARS-Cov-2 isolados no Brasil tiveram semelhança com as sequências WIV, demonstrando que as estirpes brasileiras da pesquisa possuem uma alta variabilidade genética. Já os isolados do SARS-Cov-2 isolados na China apresentam o maior número de sequências relacionadas com as WIV. Nos isolados virais da Índia observou-se uma relação de afinidade por um ancestral comum e os isolados WIV, porém, não possuem uma similaridade direta com as sequências WIV pois a análise mostrou mais ramificações isoladas confirmando achados de estudos que revelaram que a Europa e o Sudeste Asiático são as duas principais rotas de introdução da doença na Índia. Os vírus dos Estados Unidos, da China e da Índia ficaram reunidos com as estirpes do próprio país demostrando através do alinhamento de sequências que mutações diferentes ocorrem pelo mundo. Além disso, algumas estirpes apresentaram proximidade com outras sequências de outros países devido a circulação de pessoas entre as nacionalidades estudadas neste trabalho. Conclusão: O novo Coronavírus foi originado de um processo de coevolução com início em um animal não humano e atingiu os hospedeiros humanos através do salto de espécies. Dessa forma, com base na filogenia molecular do genoma viral essa capacidade zoonótica traz consigo o alerta para possíveis novos surtos ou epidemias devido à evolução e adaptações desse vírus em outros hospedeiros animais.
{"title":"ANÁLISE MOLECULAR, BIOLÓGICA E FILOGENÉTICA DO NOVO CORONAVÍRUS SARS-COV-2","authors":"Rordana Gomes Fernandes Pereira, P. R. Queiroz","doi":"10.51161/rems/2313","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/rems/2313","url":null,"abstract":"Introdução: Os coronavírus são uma família de vírus que possuem RNA de fita simples e são capazes de contaminar homens e animais. São conhecidos por sua alta frequência de recombinação e altas taxas de mutação, permitindo que se adaptem a novos hospedeiros e nichos ecológicos. Os níveis virais elevados fornecem um ambiente adequado para a replicação viral, levando a persistência viral, por sua vez, pode originar novas estirpes virais. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi analisar o aspecto molecular, biológico e filogenético do SARS-CoV-2. Material e Métodos: Para isso, foi feito um levantamento dos estudos relacionados com o tema ao longo dos anos de 2019 e 2021 e a utilização de vários softwares para a análise filogenética de 105 genomas completos do SARS-Cov-2 provenientes do Brasil, China, Índia, Itália e Estados Unidos e de morcegos de Wuhan (WIV). Resultados: Apenas duas sequências do SARS-Cov-2 isolados no Brasil tiveram semelhança com as sequências WIV, demonstrando que as estirpes brasileiras da pesquisa possuem uma alta variabilidade genética. Já os isolados do SARS-Cov-2 isolados na China apresentam o maior número de sequências relacionadas com as WIV. Nos isolados virais da Índia observou-se uma relação de afinidade por um ancestral comum e os isolados WIV, porém, não possuem uma similaridade direta com as sequências WIV pois a análise mostrou mais ramificações isoladas confirmando achados de estudos que revelaram que a Europa e o Sudeste Asiático são as duas principais rotas de introdução da doença na Índia. Os vírus dos Estados Unidos, da China e da Índia ficaram reunidos com as estirpes do próprio país demostrando através do alinhamento de sequências que mutações diferentes ocorrem pelo mundo. Além disso, algumas estirpes apresentaram proximidade com outras sequências de outros países devido a circulação de pessoas entre as nacionalidades estudadas neste trabalho. Conclusão: O novo Coronavírus foi originado de um processo de coevolução com início em um animal não humano e atingiu os hospedeiros humanos através do salto de espécies. Dessa forma, com base na filogenia molecular do genoma viral essa capacidade zoonótica traz consigo o alerta para possíveis novos surtos ou epidemias devido à evolução e adaptações desse vírus em outros hospedeiros animais.","PeriodicalId":260466,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Biologia Molecular On-line","volume":"9 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-11-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123733410","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}