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O Bem virá. Dirigido por Uilma Queiroz. 2020. 80 minutos. Colorido. Produzido pela Vilarejo Filmes. 好事会来的。Uilma Queiroz导演,2020年。80分钟。丰富多彩。由Vilarejo films制作。
Pub Date : 2023-07-28 DOI: 10.51359/2526-3781.2023.259098
Maria Cinthia Pio, Mariana Damasceno Coutinho, Samara Maria de Almeida
Na parede de um espaço público, um cartaz com uma imagem acompanha a pergunta: você conhece essas mulheres? O Bem virá, longa-metragem dirigido pela historiadora e sertaneja Uilma Queiroz, tem como dispositivo uma fotografia de 1983, registrada no Sítio Escada, zona rural de Afogados da Ingazeira, Sertão do Pajeú, Pernambuco, onde aparecem, dispostas uma ao lado da outra, treze mulheres grávidas. O contexto em que se dá o registro é o das chamadas Frentes de Emergência, políticas governamentais que se estenderam de 1960 a 2002, e tiveram como objetivo mitigar a fome e a pobreza da população produzida nos grandes períodos de estiagem. No entanto, essa narrativa é somente a superfície da complexa realidade que o filme vai aprofundando a partir da busca, da fala e dos gestos de algumas das mulheres fotografadas, tendo em vista que o trabalho nas Frentes era, a princípio, designado à categoria masculina. Porém, não sem resistência.
在一个公共空间的墙上,有一张海报,上面有一个问题:你认识这些女人吗?《Bem将会来》是一部由历史学家和sertaneja Uilma Queiroz导演的故事片,它有一张1983年的照片,记录在sitio Escada, Afogados da Ingazeira, sertao do pajeu,伯南布哥的农村地区,13名孕妇并排出现。记录的背景是所谓的紧急前线,即从1960年到2002年的政府政策,其目的是减轻在大干旱时期造成的人口饥饿和贫困。然而,这种叙述只是复杂现实的表面,电影从一些被拍摄的女性的探索、言语和手势中深化了复杂现实,考虑到前线的工作最初被指定为男性类别。然而,并非没有阻力。
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Esta Casa não é uma Casa: Cata pedra, cata cacos, cata lixo 这所房子不是房子:品尝石头,品尝碎片,品尝垃圾
Pub Date : 2023-07-28 DOI: 10.51359/2526-3781.2023.258521
Maria Carolina Arruda Branco
"Esta Casa não é uma Casa: Cata pedra, cata cacos, cata lixo" é um ensaio visual que procura apresentar o potencial da Casa da Flor enquanto monumento arquitetónico, que atravessa a vida das pessoas da região dos lagos, através de objectos vistos como "lixo" e transformados por Gabriel em habitação.
"这不是房子:房子旋转,旋转,旋转垃圾碎片”是一个视觉测试提供的潜在需求的时候花的纪念建筑,穿过湖泊地区的人们的生活,通过加工对象被视为“垃圾”,住房的。
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Museológicas Podcast – “Uma Ecologia decolonial” com Malcom Ferdinand
Pub Date : 2023-07-28 DOI: 10.51359/2526-3781.2023.259130
Gleyce Kelly Heitor, Francisco Sá Barreto, Hugo Menezes Neto
Este Podcast apresenta a conferência do pesquisador martinicano Malcom Ferdinand, realizada na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em 15 de março de 2023, promovida pelo projeto “Arte, Museus e Antropoceno”, da Oficina Francisco Brennand em parceria com o Departamento de Antropologia e Museologia da UFPE. Malcom debateu as principais ideias de seu livro: "Uma Ecologia Decolonial: pensar a partir do mundo caribenho", no qual desenvolve uma crítica ao que chama de “ambientalismo branco” e à noção de Antropoceno, propondo novos caminhos para pensarmos a crise ambiental, à luz da decolonialidade e das questões raciais ancorados no pensamento social caribenho.
本播客介绍了马丁尼研究员Malcom Ferdinand于2023年3月15日在伯南布哥联邦大学(UFPE)举行的会议,该会议由Oficina Francisco Brennand与UFPE人类学和博物馆系合作的“艺术、博物馆和人类世”项目推动。马尔科姆讨论了生态的书的主要思想:" Decolonial:想从加勒比海世界”,即会对你的批评称,“环保”和效率的概念,并提出新的方法这样的环境危机的角度,decolonialidade加勒比海和种族游艇的社会思想。
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O lago Otjikoto e as suas diferentes narrativas
Pub Date : 2023-07-28 DOI: 10.51359/2526-3781.2023.258107
Paride Bollettin, C. El-Hani
Em janeiro de 2023, no âmbito de atividades do projeto “Educação Intercultural como Diálogo entre Modos de Conhecer e Formas de Conhecimento: Pesquisa Multiestratégica e Colaborativa em Comunidades Tradicionais” (financiado pelo CNPq, Proc. n. 423948/2018-0), realizamos uma viagem de campo à Namíbia. O intuito foi colaborar em estudo conduzido por pesquisadores da Universidade da Namíbia, sob coordenação de Cynthy Haihambo, sobre a evasão escolar de estudantes de diferentes povos San – Hai//om, Ju/hoansi e !Kung – e possiveis transformações na educação dirigida a esses povos, de modo a diminui-la. Em uma das viagens de campo durante essa estadia, duas colegas da Universidade da Namíbia – Cynthy Haihambo e Misitilde Jonas-Iita – e uma mediadora Hai//om – Martha Xoagus, que mobilizava os contatos com as comunidades e lideranças locais no assentamento de Tsintsabis e arredores – nos levaram para conhecer o Sítio de Patrimônio Nacional do Lago Otjikoto, situado próximo à cidade de Tsumeb, na região de Oshiko o, a cerca de 450 quilômetros da capital do país, Windhoek. Este lago sumidouro (ou de dolina) é um dos dois únicos lagos naturais permanentes existentes no país (o outro é o lago Guinas, a apenas 32Km de distância do lago Otjikoto).O guia também relatou como o governo colonial alemão usava a água do lago na exploração de uma mina de cobre na vizinha cidade de Tsumeb, bem como que hoje a água é usada para irrigar plantações da região, que é a área agrícola mais importante do país. Ademais, ele contou que, em 1915, o exército colonial alemão, para evitar a entrega de seus armamentos a tropas da África do Sul e da Grã-Bretanha, os jogou no fundo do lago, juntamente com um cofre que até hoje não foi encontrado e do qual não se conhece o conteúdo, o que desperta a imaginação de muitos caçadores de tesouros.Segundo o guia, o lago Otjikoto foi “descoberto” pelos exploradores europeus Francis Galton (meio-primo de Darwin, envolvido com o Darwinismo social e o pensamento eugenista) e Carl Johan Andersson em 1851. Ao escutar a explicação do guia, questionamos se os povos locais já não o conheciam. Naquele momento, Martha, do povo Hai//om, o interrompeu para nos contar que, no passado, “um grupo de Hai//om estava andando pelo local, onde havia apenas um caminho de pedra. Um grupo de homens ia na frente, outro grupo de mulheres atrás. O grupo da frente falou que a terra estava tremendo e, de repente, caiu o teto da caverna e o grupo de mulheres se afogou no lago. Por isso, os Hai//om deram-lhe o nome de “lago feio” (Gaisis).” A denominação “Otjikoto” (“buraco profundo”) foi dada pelos Herero, quando passaram a ocupar a área. Este lago é até hoje considerado amaldiçoado ou mal-assombrado pelos Hai//om, relatou Martha.Esse foto-ensaio visa descrever a invisibilidade da história Hai//om e de suas relações com o Lago Gaisis ou Otjikoto. Nenhuma menção da história desse povo sobre a origem do lago é encontrada, o que contrasta com a presença de uma placa comemor
2023年1月,在“跨文化教育作为知识模式和知识形式之间的对话:传统社区的多战略和合作研究”项目(CNPq资助,Proc. n. 423948/2018-0)的活动范围内,我们对纳米比亚进行了实地考察。目的是合作纳米比亚大学的研究人员在Cynthy Haihambo的协调下进行的一项研究,关于不同民族San - Hai//om, Ju/hoansi和!Kung的学生的逃学,以及针对这些民族的教育可能的变化,以减少逃学。在一个乡村旅游的这期间,两个同事纳米比亚大学—Cynthy Haihambo和乔纳斯Misitilde -Iita对/ / om——和一个中介,玛莎Xoagus mobilizava联系社区和当地领导人在解决Tsintsabis附近认识的地方—成功的民族遗产Otjikoto湖,位于镇附近的Tsumeb Oshiko的地区,大约450英里的国家的首都温得和克。这个淡水湖(或多里纳湖)是该国仅有的两个天然永久湖泊之一(另一个是Guinas湖,距离Otjikoto湖仅32公里)。该指南还描述了德国殖民政府如何利用湖水在邻近的Tsumeb镇开采铜矿,以及今天这些水被用来灌溉该地区的种植园,这是该国最重要的农业区。此外,他说,在1915年,德国殖民军送他们的武器,为了避免在南非和英国军队的打和湖底的保险箱至今没有发现和内容的认识,激发想象力的探宝者很多。根据《指南》,奥吉科托湖是由欧洲探险家弗朗西斯·高尔顿(达尔文同父异母的堂兄,参与社会达尔文主义和优生学思想)和卡尔·约翰·安德森在1851年“发现”的。听了导游的解释,我们问当地人是否已经认识他了。这时,海/om人的玛莎打断了他,告诉我们,在过去,“一群海/om人走过只有一条石路的地方。一群男人在前面,另一群女人在后面。前面的那群人说,地面在震动,突然洞穴的天花板掉了下来,那群女人淹死在湖里。因此,海//om给它起了“丑陋湖”(盖西斯)的名字。“Otjikoto”(“深洞”)这个名字是Herero在占领该地区时给出的。据玛莎报道,这个湖至今仍被海//om诅咒或闹鬼。这篇照片文章旨在描述海//om的历史的不可见性,以及它与盖西斯湖或Otjikoto的关系。没有提到这些人关于湖泊起源的历史,这与欧洲探险家到来的纪念牌形成了对比。同样,书中也没有提到湖边有一个Hai//om墓地,与之形成鲜明对比的是,有一块牌匾纪念一名南非游客在湖边潜水时死亡。Hai//om的唯一存在仅限于在入口处欢迎游客的壁画上的异国情调和感官表现,旁边是当地动物的“异国情调”动物。之所以明显模仿模式建立一个殖民历史,让当地的欧洲殖民者的到来,一场战斗到底的故事,今天仍然是在挣扎的海/ /哦,就像巴西的土著民族和世界的认可,他们的土地。本文的论点与历史事件观点的非殖民化有关,这是努力纠正其在非洲国家(如纳米比亚)以及其他几个国家的错误表述的一部分。
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Fotografar para reconhecer: O bairro Belén em Iquitos, Peru 摄影识别:belen社区,伊基托斯,秘鲁
Pub Date : 2023-07-28 DOI: 10.51359/2526-3781.2023.258299
M. E. Leite
O trabalho que aqui apresentamos usou a fotografia como estratégia para a compreensão das características culturais do bairro Belén, importante espaço popular da cidade de Iquitos. Ao desenvolvermos a série, buscamos explorar seus espaços, tendo sido a fotografia determinante para compreender aspectos culturais da região (Guran, 2000). O trabalho foi realizado em janeiro de 2023, ao longo de três incursões, com duração aproximada de 4 horas cada.Iquitos é a capital do departamento de Loreto e a principal cidade da Amazônia peruana, seu acesso se dá apenas por meio fluvial e aéreo.  Fundada em 1757 por colonizadores espanhóis, teve primeiramente o nome de San Pablo de Napalenos e ocupou território das etnias Iquitos e Napeanos. Aos poucos, a localidade se consolidou como um importante porto fluvial, especialmente no final do século XIX, quando foi palco, até a década de 1920, do ciclo de extração de borracha. Esse ciclo se configurou como um primeiro impulso de desenvolvimento da região e, consequentemente, da extração desordenada de suas riquezas naturais e a da exploração dos povos originários (Mayor; Alvarez; Bodmer; Garcia, 2009). Atualmente, Iquitos conta com aproximadamente 600 mil habitantes, sendo uma referência econômica e cultural, além de se destacar entre os destinos turísticos da região amazônica.Dividido entre a parte baixa, mais empobrecida, e a área alta, próxima ao centro, Belén é o principal bairro popular da cidade, com pouco mais de 60 mil habitantes. É nele que encontramos o mais relevante espaço de comércio da cidade, o Mercado de Belén. Na parte inferior do bairro, às margens do rio Itaya, há uma predominância de moradias, quase em sua totalidade formadas por palafitas.Tal ocupação se originou após a decadência da exploração petroleira, nos anos 1970, e a eminente necessidade de moradia por uma população migrante desempregada, que ali encontrou seu espaço (Gómez, 2005). Nos dias atuais, vemos na região um intenso comércio, seja de itens extraídos da natureza, sobretudo pescados, ou mesmo aqueles produzidos pelos ribeirinhos, como mandioca e banana, que são oferecidos por um preço menor que os encontrados mais acima, na região do mercado. Se compararmos as duas áreas, a região do Mercado de Belén se caracteriza por ter uma diversidade maior de itens, estando cercada de lojas de roupas, depósitos de bebidas, farmácias, bares, salões de beleza, entre outros. É nele, também, que são servidas refeições populares, tanto nos estabelecimentos internos do mercado, como também naqueles que estão localizados no seu entorno.Dos dois lados, o comércio vai muito além do espaço formal, tomando suas ruas, especialmente na parte baixa, onde adentra em suas vielas. Além dos produtos mais convencionais, cuja venda é habitual em outros espaços da cidade, a área oferece muitos itens retirados da floresta, como frutos nativos ou até mesmo animais silvestres, como macacos, jacarés, tartarugas e porcos do mato.O fluxo de pessoas se dá por meio de e
我们在这里展示的作品使用摄影作为一种策略来理解belen社区的文化特征,这是伊基托斯市一个重要的流行空间。在开发这个系列的过程中,我们试图探索它的空间,摄影是理解该地区文化方面的决定性因素(Guran, 2000)。这项工作于2023年1月进行,历时三次,每次持续约4小时。伊基托斯是洛雷托省的首府,也是秘鲁亚马逊地区的主要城市,只能通过河流和飞机到达。1757年由西班牙殖民者建立,最初被称为圣巴勃罗·德·纳帕莱诺斯,占领了伊基托斯和纳帕诺斯少数民族的领土。渐渐地,这个地方巩固了自己作为一个重要的河港的地位,特别是在19世纪末,直到20世纪20年代,它是橡胶开采循环的舞台。这一循环是该区域发展的第一次推动力,因此是对其自然财富的无序开采和对土著人民的剥削(市长;阿尔瓦雷斯。时任;加西亚,2009)。目前,伊基托斯大约有60万居民,是一个经济和文化参考,并在亚马逊地区的旅游目的地中脱颖而出。belen分为较贫穷的较低地区和靠近市中心的较高地区,是该市主要的受欢迎地区,人口略多于6万。在这里,我们发现了这个城市最相关的商业空间,belen市场。在社区的下部,在伊塔亚河的岸边,主要是房屋,几乎全部由高跷组成。这种占领起源于20世纪70年代石油勘探的衰落,以及失业移民人口对住房的迫切需求,他们在那里找到了自己的空间(gomez, 2005)。如今,我们在该地区看到了激烈的贸易,无论是从自然中提取的物品,特别是鱼,甚至是那些由河边居民生产的物品,如木薯和香蕉,这些物品的价格低于上述市场地区的价格。如果我们比较这两个地区,belen市场地区的特点是商品种类更丰富,周围有服装店、饮料店、药房、酒吧、美容院等。它也提供受欢迎的食物,无论是在市场的内部机构,还是在那些位于其周围的机构。在两边,商业远远超出了正式的空间,占据了它的街道,特别是在下部,在那里它进入了它的小巷。除了在城市的其他地方通常出售的更传统的产品,该地区还提供许多从森林中提取的物品,如本地水果,甚至野生动物,如猴子、短吻鳄、海龟和野猪。在伊塔亚河(Itaya river)的一个小港口,人们通过船只流动,该港口将社区与几个河岸地区连接起来,包括经常前往亚马逊河(amazon river)岸边的村庄。前往市中心或其他社区的交通工具是摩托车出租车,这是伊基托斯的重要交通工具,有最多可容纳四人的出租车。此外,在城市化程度较高的地区,有一些公共汽车将居民送往城市的其他地区。
{"title":"Fotografar para reconhecer: O bairro Belén em Iquitos, Peru","authors":"M. E. Leite","doi":"10.51359/2526-3781.2023.258299","DOIUrl":"https://doi.org/10.51359/2526-3781.2023.258299","url":null,"abstract":"O trabalho que aqui apresentamos usou a fotografia como estratégia para a compreensão das características culturais do bairro Belén, importante espaço popular da cidade de Iquitos. Ao desenvolvermos a série, buscamos explorar seus espaços, tendo sido a fotografia determinante para compreender aspectos culturais da região (Guran, 2000). O trabalho foi realizado em janeiro de 2023, ao longo de três incursões, com duração aproximada de 4 horas cada.Iquitos é a capital do departamento de Loreto e a principal cidade da Amazônia peruana, seu acesso se dá apenas por meio fluvial e aéreo.  Fundada em 1757 por colonizadores espanhóis, teve primeiramente o nome de San Pablo de Napalenos e ocupou território das etnias Iquitos e Napeanos. Aos poucos, a localidade se consolidou como um importante porto fluvial, especialmente no final do século XIX, quando foi palco, até a década de 1920, do ciclo de extração de borracha. Esse ciclo se configurou como um primeiro impulso de desenvolvimento da região e, consequentemente, da extração desordenada de suas riquezas naturais e a da exploração dos povos originários (Mayor; Alvarez; Bodmer; Garcia, 2009). Atualmente, Iquitos conta com aproximadamente 600 mil habitantes, sendo uma referência econômica e cultural, além de se destacar entre os destinos turísticos da região amazônica.Dividido entre a parte baixa, mais empobrecida, e a área alta, próxima ao centro, Belén é o principal bairro popular da cidade, com pouco mais de 60 mil habitantes. É nele que encontramos o mais relevante espaço de comércio da cidade, o Mercado de Belén. Na parte inferior do bairro, às margens do rio Itaya, há uma predominância de moradias, quase em sua totalidade formadas por palafitas.Tal ocupação se originou após a decadência da exploração petroleira, nos anos 1970, e a eminente necessidade de moradia por uma população migrante desempregada, que ali encontrou seu espaço (Gómez, 2005). Nos dias atuais, vemos na região um intenso comércio, seja de itens extraídos da natureza, sobretudo pescados, ou mesmo aqueles produzidos pelos ribeirinhos, como mandioca e banana, que são oferecidos por um preço menor que os encontrados mais acima, na região do mercado. Se compararmos as duas áreas, a região do Mercado de Belén se caracteriza por ter uma diversidade maior de itens, estando cercada de lojas de roupas, depósitos de bebidas, farmácias, bares, salões de beleza, entre outros. É nele, também, que são servidas refeições populares, tanto nos estabelecimentos internos do mercado, como também naqueles que estão localizados no seu entorno.Dos dois lados, o comércio vai muito além do espaço formal, tomando suas ruas, especialmente na parte baixa, onde adentra em suas vielas. Além dos produtos mais convencionais, cuja venda é habitual em outros espaços da cidade, a área oferece muitos itens retirados da floresta, como frutos nativos ou até mesmo animais silvestres, como macacos, jacarés, tartarugas e porcos do mato.O fluxo de pessoas se dá por meio de e","PeriodicalId":282576,"journal":{"name":"AntHropológicas Visual","volume":"21 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132402341","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
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O lúdico no quilombo: um ensaio fotoetnográfico sobre a situação do brincar no Quilombo Urbano da Liberdade “歌伦波”中的嬉戏:一篇关于自由城市“歌伦波”中嬉戏情况的摄影人种学文章
Pub Date : 2023-07-28 DOI: 10.51359/2526-3781.2023.257394
Camila Andrea dos Santos
As diferenças relacionadas a fatores de classe e raciais, as desigualdades e formas de exclusão também são observadas em espaços e equipamentos públicos lúdicos dedicados às infâncias na cidade de São Luís. No quilombo da Liberdade, esses ambientes refletem o descaso do poder público: são centralizados, não sendo facilmente acessados ao conjunto da população do Bairro, encontram-se em péssimas condições de manutenção e diferem-se estética e formalmente dos espaços lúdicos das áreas com metros quadrado mais caros da cidade. Este ensaio fotoetnográfico é oriundo de um experimento social realizado com crianças no bairro da Liberdade, por meio de oficina de fotografia, visita de campo guiada pelas crianças, jogos de imaginação de cenários futuros, expressão por meio do desenho e desenvolvimento de maquetes. Com o olhar voltado para o brincar, o experimento objetivou fomentar a participação ativa das crianças no planejamento de espaços e equipamentos de caráter lúdico, além de trabalhar os conceitos de participação cidadã, protagonismo infantil, democracia, sustentabilidade, direito à cidade e direto de brincar na cidade. O ensaio retratou a situação do bairro e a percepção das crianças sobre seu lugar de brincadeira, durante o experimento. 
在sao luis市,与阶级和种族因素、不平等和排斥形式有关的差异也可以在专门用于儿童的空间和公共娱乐设施中观察到。在“歌伦波自由”中,这些环境反映了政府的忽视:它们是集中的,不容易进入社区的所有人口,它们的维护条件很差,在美学和形式上都不同于城市中最昂贵的平方米区域的娱乐空间。这篇摄影民族志文章来自于在Liberdade社区与儿童进行的社会实验,通过摄影工作坊,由儿童引导的实地考察,想象未来场景的游戏,通过设计和开发模型的表达。本实验以游戏为视角,旨在鼓励儿童积极参与空间和游戏设备的规划,并探讨公民参与、儿童主角、民主、可持续性、城市权利和在城市中玩耍的权利等概念。这篇文章描述了在实验过程中,社区的情况和孩子们对他们玩耍的地方的看法。
{"title":"O lúdico no quilombo: um ensaio fotoetnográfico sobre a situação do brincar no Quilombo Urbano da Liberdade","authors":"Camila Andrea dos Santos","doi":"10.51359/2526-3781.2023.257394","DOIUrl":"https://doi.org/10.51359/2526-3781.2023.257394","url":null,"abstract":"As diferenças relacionadas a fatores de classe e raciais, as desigualdades e formas de exclusão também são observadas em espaços e equipamentos públicos lúdicos dedicados às infâncias na cidade de São Luís. No quilombo da Liberdade, esses ambientes refletem o descaso do poder público: são centralizados, não sendo facilmente acessados ao conjunto da população do Bairro, encontram-se em péssimas condições de manutenção e diferem-se estética e formalmente dos espaços lúdicos das áreas com metros quadrado mais caros da cidade. Este ensaio fotoetnográfico é oriundo de um experimento social realizado com crianças no bairro da Liberdade, por meio de oficina de fotografia, visita de campo guiada pelas crianças, jogos de imaginação de cenários futuros, expressão por meio do desenho e desenvolvimento de maquetes. Com o olhar voltado para o brincar, o experimento objetivou fomentar a participação ativa das crianças no planejamento de espaços e equipamentos de caráter lúdico, além de trabalhar os conceitos de participação cidadã, protagonismo infantil, democracia, sustentabilidade, direito à cidade e direto de brincar na cidade. O ensaio retratou a situação do bairro e a percepção das crianças sobre seu lugar de brincadeira, durante o experimento. ","PeriodicalId":282576,"journal":{"name":"AntHropológicas Visual","volume":"202 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125684923","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
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All God´S Children. Dirigido por Robert Lemelson e Chisako Yokoyama Adair. 67 Minutos. Colorido. Produzido por Annie Tucker. = =地理= =根据美国人口普查局的数据,该县总面积为,其中土地和(1.)水。导演罗伯特·勒梅尔森和横山Chisako Adair, 67分钟。丰富多彩。由安妮·塔克制作。
Pub Date : 2023-07-28 DOI: 10.51359/2526-3781.2023.259122
Parry Scott
O filme All God´s Children, é um filme produzido nas línguas indonésio e balinês, com excelentes legendas em inglês, apresentado com imagens e som de muita boa qualidade. Com muita sensibilidade e engajamento, o filme narra a história de vida de um adolescente, Idris, com autismo, ressaltando os esforços dispendidos pela mãe, por outras pessoas e por organizações para cuidar dele com respeito e oferecer uma melhora na vida dele e dos que convivem com ele. Inicia com os pais, separados, narrando a descoberta do autismo dele a partir de dois anos de idade, e os desconfortos nos relacionamentos do casal e da vizinhança. O irmão gêmeo dele, que não apresentou autismo, ficou na cidade com o pai, e a mãe voltou para a vila rural de origem com Idris. A busca de uma cura desemboca em itinerários que levam a meios biomédicos, espirituais e religiosos fora de casa, enquanto em casa, o prendia para não assustar os vizinhos incomodados com a sua maneira de ser bastante violenta e possessiva e com sua dificuldade de se comunicar. Ao longo do filme, a busca da mãe a leva ao encontro de outras pessoas que interagiam com pessoas com autismo e outras deficiências, como uma professora que narra as dificuldades de interação e questiona as práticas da família. Ela também encontra pessoas que viviam com filhos e que haviam organizado meios de tratar, com um destaque especial à organização de iniciativa local que oferecia hospedagem e cuidados numa “instituição-pousada” especialmente para eles e que se dedicava à prática de sensibilizar as comunidades sobre como viver com pessoas com deficiência. Idris, após uma decisão dolorosa, mas firme da mãe, ficou internado. Houve uma reviravolta na sua sociabilidade que permitiu uma melhor qualidade de vida para ele e para a mãe e todas as pessoas que entravam em contato com ele e até a um reencontro com o pai e irmão de quem havia se separado há bem mais de uma década. Imagem de Capa: Briana Young, Wing Ko.
电影《上帝的孩子》是一部用印尼语和巴厘语制作的电影,配有优秀的英文字幕,画面和声音质量非常好。这部电影非常敏感和投入,讲述了患有自闭症的青少年伊德里斯的生活故事,强调了母亲、其他人和组织为尊重他所做的努力,并为他和他的同伴提供了更好的生活。影片以分居的父母开始,讲述了他两岁时发现的自闭症,以及夫妻和邻居关系中的不适。他的双胞胎兄弟没有自闭症,和父亲呆在城里,母亲和伊德里斯回到了家乡的乡村。在寻找治疗方法的过程中,他离开了家,走上了生物医学、精神和宗教的道路,而在家里,他把他关起来,以免他的暴力和占有欲以及沟通困难吓到烦恼的邻居。在整部电影中,母亲的探索让她遇到了其他与自闭症和其他残疾患者互动的人,比如一位老师,她讲述了互动的困难,并质疑家庭的做法。她也可以和孩子居住已组织资源的态度,强调组织的地方发展提供住宿和在“医疗保健机构-pousada”专门为他们和自己的实践意识和生活社区残疾人。在母亲做出痛苦但坚定的决定后,伊德里斯被送进了医院。他的社交能力发生了转变,这让他、他的母亲以及所有与他有过接触的人都有了更好的生活质量,甚至与他分居十多年的父亲和兄弟团聚。封面图片:Briana Young, Wing Ko。
{"title":"All God´S Children. Dirigido por Robert Lemelson e Chisako Yokoyama Adair. 67 Minutos. Colorido. Produzido por Annie Tucker.","authors":"Parry Scott","doi":"10.51359/2526-3781.2023.259122","DOIUrl":"https://doi.org/10.51359/2526-3781.2023.259122","url":null,"abstract":"O filme All God´s Children, é um filme produzido nas línguas indonésio e balinês, com excelentes legendas em inglês, apresentado com imagens e som de muita boa qualidade. Com muita sensibilidade e engajamento, o filme narra a história de vida de um adolescente, Idris, com autismo, ressaltando os esforços dispendidos pela mãe, por outras pessoas e por organizações para cuidar dele com respeito e oferecer uma melhora na vida dele e dos que convivem com ele. Inicia com os pais, separados, narrando a descoberta do autismo dele a partir de dois anos de idade, e os desconfortos nos relacionamentos do casal e da vizinhança. O irmão gêmeo dele, que não apresentou autismo, ficou na cidade com o pai, e a mãe voltou para a vila rural de origem com Idris. A busca de uma cura desemboca em itinerários que levam a meios biomédicos, espirituais e religiosos fora de casa, enquanto em casa, o prendia para não assustar os vizinhos incomodados com a sua maneira de ser bastante violenta e possessiva e com sua dificuldade de se comunicar. Ao longo do filme, a busca da mãe a leva ao encontro de outras pessoas que interagiam com pessoas com autismo e outras deficiências, como uma professora que narra as dificuldades de interação e questiona as práticas da família. Ela também encontra pessoas que viviam com filhos e que haviam organizado meios de tratar, com um destaque especial à organização de iniciativa local que oferecia hospedagem e cuidados numa “instituição-pousada” especialmente para eles e que se dedicava à prática de sensibilizar as comunidades sobre como viver com pessoas com deficiência. Idris, após uma decisão dolorosa, mas firme da mãe, ficou internado. Houve uma reviravolta na sua sociabilidade que permitiu uma melhor qualidade de vida para ele e para a mãe e todas as pessoas que entravam em contato com ele e até a um reencontro com o pai e irmão de quem havia se separado há bem mais de uma década. Imagem de Capa: Briana Young, Wing Ko.","PeriodicalId":282576,"journal":{"name":"AntHropológicas Visual","volume":"70 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125918325","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
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Paisagem das Águas: Território Indígena Mendonça 水景观:土著领土mendonca
Pub Date : 2023-07-28 DOI: 10.51359/2526-3781.2023.258686
Taisa Lewitzki
O ensaio visual apresenta imagens que compõe a paisagem das águas do Território Mendonça, conformada por presenças e ausências de águas, que imprimem no ambiente texturas da sazonalidade do bioma Caatinga. A partir da perspectiva de Ingold (2000; 2015) sobre a paisagem, busca-se problematizar as estratégias de vida levadas adiante pelo povo Mendonça Potiguara, no contexto de escassez de água no semiárido do Estado do Rio Grande do Norte. As fotografias produzidas com a câmera do telefone celular, resultam de caminhadas etnográficas realizadas no ano de 2021 durante a pandemia do Covid-19.
视觉文章展示了构成mendonca领土水域景观的图像,由水的存在和缺席组成,在Caatinga生物群落的环境中印刷季节性纹理。从Ingold的角度来看(2000;2015)关于景观,我们试图质疑mendonca Potiguara人在北大州半干旱地区缺水的背景下所采取的生活策略。这些照片是2021年Covid-19大流行期间进行的人种学徒步旅行的结果。
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Memória fotográfica do Território Quilombola Fazenda Nova Jatobá, Curaçá, Bahia. “歌伦波”领土的摄影记忆Fazenda Nova jatoba, curaca,巴伊亚。
Pub Date : 2022-12-21 DOI: 10.51359/2526-3781.2022.253723
Geraldo Barboza de Oliveira Junior
O Território Quilombola Fazenda Nova Jatobá, localizado no município de Curaçá (Ba), distante cerca de 15 Km da sede do município foi reconhecido pela Fundação Cultural Palmares, no ano de 2010. O território é cortado pela BR-210 ocupando um território de 15 mil hectares com uma população de 212 famílias distribuídas em 07 Comunidades: Boqueirão, Sombra da Quixaba, Primavera, Favela, jatobá, Caraíbas e Rompedor. O território se estende das margens do rio São Francisco até a Serra do Icó.A terra constitui um dos mais importantes componentes da identidade destes povos, já que é nesta relação que se constrói a identidade das mesmas; articulando, inteiramente, dentro delas suas práticas culturais e religiosas. Assim, Território e Identidade se complementam e definem os modos de viver, pensar, trabalhar e ter um olhar sobre si mesmo. Olhar esse que coloca as famílias quilombolas numa situação de alteridade em relação à “população geral”.A vida dos quilombolas de jatobá é definida pelos ciclos de chuva e estiagem para definir sua atividade agrícola. A vantagem, neste sentido, é pelo fato de que tradicionalmente as famílias utilizam de forma coletiva as margens do rio para agricultura irrigada, onde plantam: coqueiros, mangueiras, mandioca, maracujá, milho, batata doce e hortaliças (cebola, coentro, pimentão).O Território Quilombola do Jatobá é cortado pela BA 210 em toda a sua extensão. Esta rodovia tem mais de 20 anos de construída e é o caminho que liga os municípios de  Juazeiro até Paulo Afonso, no Estado da Bahia. Esta rodovia teve no ano de 2018 iniciada sua obra de recuperação em toda sua extensão. A obra incluia desde a recuperação das margens (ocupada por casas e comércios irregulares) até sua estrutura em si (pavimentação inexistente em alguns trechos). A situação da rodovia contribuia para a insegurança social que é endêmica (os assaltos fazem parte do cotidiano de quem trafega na por ela).Apesar de certificada pela Fundação Palmares, não foi devidamente, incluida nas tratativas do empreendimento. Não houve estudos patra diagnosticar os impactos socioambientais. Essa situação se revela mais preocupante pelo fato de que a obra está dentro da ÁREA DIRETAMENTE AFETADA do Território Quilombola do Jatobá. Um dos fatores para esta situação foi o “desmonte” na estrutura da Fundação Palmares; que não disponibilizava técnicos para acompanhar obra. Esse quadro foi favorável à empresa. Ressalto, ainda, o desconhecimento da Secretaria de Infraestrutura do Estado da Bahia- SEINFRA em relação à Convenção 169 de Organização Internacional do Trabalho – OIT.A Convenção 169 da OIT reconhece o diteito de voz e voto nas diversas fases do Licenciamento Ambiental (Prévia, Instalaçãp e Operação) das comunidades tradicionais que são impactadas por empreendimentos considerados obras de interesse social.No ano de 2018, conheci o Território Quilombola Fazenda Nova Jatobá e suas sete comunidade enquanto integrante da “Equipe Socioambiental” da empresa que era responsáv
“歌伦波拉”领地Fazenda Nova jatoba位于curaca (Ba)市,距离市政府总部约15公里,2010年被Palmares文化基金会认可。该领土被BR-210切断,占地1.5万公顷,人口212户,分布在07个社区:boqueirao, Sombra da Quixaba, Primavera, Favela, jatoba, caraibas和Rompedor。领土从sao Francisco河的河岸延伸到Serra do ico。土地是这些民族身份的最重要组成部分之一,因为正是在这种关系中建立了他们的身份;充分阐明他们的文化和宗教习俗。因此,领土和身份相辅相成,定义了生活、思考、工作和审视自己的方式。看看是什么让“歌伦波拉”家庭与“普通人口”处于不同的境地。jatoba的歌伦波拉人的生活是由降雨和干旱周期来定义他们的农业活动。这样做的好处是,传统上,家庭集体利用河岸进行灌溉农业,种植椰子树、芒果树、木薯、百香果、玉米、红薯和蔬菜(洋葱、香菜、辣椒)。jatoba的歌伦波领土被BA 210完全切断。这条高速公路已经修建了20多年,是连接Juazeiro市和巴伊亚州Paulo Afonso的道路。这条高速公路于2018年开始全面修复。这项工作包括从河岸的恢复(被不规则的房屋和商店占据)到结构本身(在一些路段没有铺路)。这条高速公路的状况导致了普遍存在的社会不安全(抢劫是通过它的人日常生活的一部分)。尽管它得到了fundacao Palmares的认证,但它并没有被适当地纳入企业谈判。目前还没有patra研究来诊断社会和环境影响。这种情况更令人担忧,因为这项工作是在jatoba的“歌伦波”地区直接受影响的地区。造成这种情况的因素之一是Palmares基金会结构的“拆除”;没有技术人员陪同工作。这种情况对公司有利。我还强调,巴伊亚州基础设施秘书处对国际劳工组织第169号公约的无知。劳工组织第169号公约承认受社会利益工程项目影响的传统社区在环境许可的各个阶段(前期、安装和运营)有发言权。2018年,作为公司负责执行工作的“社会环境团队”的成员,我遇到了“歌伦波”地区Fazenda Nova jatoba及其七个社区。该团队(实际上是一名人类学家和一名环境工程师)的培训是Palmares和国家印度基金会对SEINFRA的要求。然而,这个“团队”的工作条件在他们的日常工作中揭示了其他方面:缺乏结构,不知道要做的工作(我们也负责沟通)和欺凌。其结果是一种观点,认为人类学家的角色可能会阻碍工作的进展(换句话说,减少利润)。这一记录是“歌伦波拉”自己要求的,他们对自己的能见度低感到不满。他们明白,更多的曝光可以提供更好的公共政策途径。下面的照片展示了这七个社区的各个方面。对于“歌伦波拉”领地Fazenda Nova jatoba,我非常感谢。
{"title":"Memória fotográfica do Território Quilombola Fazenda Nova Jatobá, Curaçá, Bahia.","authors":"Geraldo Barboza de Oliveira Junior","doi":"10.51359/2526-3781.2022.253723","DOIUrl":"https://doi.org/10.51359/2526-3781.2022.253723","url":null,"abstract":"O Território Quilombola Fazenda Nova Jatobá, localizado no município de Curaçá (Ba), distante cerca de 15 Km da sede do município foi reconhecido pela Fundação Cultural Palmares, no ano de 2010. O território é cortado pela BR-210 ocupando um território de 15 mil hectares com uma população de 212 famílias distribuídas em 07 Comunidades: Boqueirão, Sombra da Quixaba, Primavera, Favela, jatobá, Caraíbas e Rompedor. O território se estende das margens do rio São Francisco até a Serra do Icó.A terra constitui um dos mais importantes componentes da identidade destes povos, já que é nesta relação que se constrói a identidade das mesmas; articulando, inteiramente, dentro delas suas práticas culturais e religiosas. Assim, Território e Identidade se complementam e definem os modos de viver, pensar, trabalhar e ter um olhar sobre si mesmo. Olhar esse que coloca as famílias quilombolas numa situação de alteridade em relação à “população geral”.A vida dos quilombolas de jatobá é definida pelos ciclos de chuva e estiagem para definir sua atividade agrícola. A vantagem, neste sentido, é pelo fato de que tradicionalmente as famílias utilizam de forma coletiva as margens do rio para agricultura irrigada, onde plantam: coqueiros, mangueiras, mandioca, maracujá, milho, batata doce e hortaliças (cebola, coentro, pimentão).O Território Quilombola do Jatobá é cortado pela BA 210 em toda a sua extensão. Esta rodovia tem mais de 20 anos de construída e é o caminho que liga os municípios de  Juazeiro até Paulo Afonso, no Estado da Bahia. Esta rodovia teve no ano de 2018 iniciada sua obra de recuperação em toda sua extensão. A obra incluia desde a recuperação das margens (ocupada por casas e comércios irregulares) até sua estrutura em si (pavimentação inexistente em alguns trechos). A situação da rodovia contribuia para a insegurança social que é endêmica (os assaltos fazem parte do cotidiano de quem trafega na por ela).Apesar de certificada pela Fundação Palmares, não foi devidamente, incluida nas tratativas do empreendimento. Não houve estudos patra diagnosticar os impactos socioambientais. Essa situação se revela mais preocupante pelo fato de que a obra está dentro da ÁREA DIRETAMENTE AFETADA do Território Quilombola do Jatobá. Um dos fatores para esta situação foi o “desmonte” na estrutura da Fundação Palmares; que não disponibilizava técnicos para acompanhar obra. Esse quadro foi favorável à empresa. Ressalto, ainda, o desconhecimento da Secretaria de Infraestrutura do Estado da Bahia- SEINFRA em relação à Convenção 169 de Organização Internacional do Trabalho – OIT.A Convenção 169 da OIT reconhece o diteito de voz e voto nas diversas fases do Licenciamento Ambiental (Prévia, Instalaçãp e Operação) das comunidades tradicionais que são impactadas por empreendimentos considerados obras de interesse social.No ano de 2018, conheci o Território Quilombola Fazenda Nova Jatobá e suas sete comunidade enquanto integrante da “Equipe Socioambiental” da empresa que era responsáv","PeriodicalId":282576,"journal":{"name":"AntHropológicas Visual","volume":"19 4 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124916924","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
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Performance das cafurnas Fulni-ô na “Reserva Canto dos Guerreiros”
Pub Date : 2022-12-21 DOI: 10.51359/2526-3781.2022.256870
M. Bittencourt
A etnia Fulni-ô está localizada na região hidrográfica do São Francisco, na sub-bacia do rio Ipanema, no sertão e agreste nordestino, envolvida pelo município de Águas Belas, no Estado de Pernambuco. O grupo étnico tem quatro séculos de ‘contato cultural’ em sua história (DÍAZ, 2015), na qual desenvolveu ao longo dos anos formas de adaptação e obtenção de recursos em uma ‘sociedade de meios escassos’ (REESINK. REESINK, 2007). O turismo comunitário indígena e as performances das cafurnas - surgidas na década de 80 - são formas de inserção socioeconômica no contexto artístico e religioso, que buscam melhorar a qualidade de vida étnica através da autogestão territorial por meio de “alianças” entre grupos sociais. Logo, o ambiente das caatingas e do sertão que é visto pela óptica hegemônica nacional como um lugar inóspito, seco e de difícil convivência ganha novas projeções. Pois,o modelo de convivência territorial Fulni-ô revelam adaptações e meios de produção singulares que ganham novas possibilidades de trocas simbólicas e de produção cultural.Geralmente, no contexto do turismo indígena e étnico há uma exotização da vida indígena (MAGNANI, 2014; GRUNEWALD, 2009, 2020), entretanto, é possível destacar a dinamicidade cultural por meio das práticas que demonstram uma ‘continuidade em transformação’ (REESINK, 2016), à exemplo do indígena que utiliza da pintura corporal para proteção ao mesmo tempo em que registra o ato de se pintar com seu celular. Ou, a transformação das casas de palha que eram as antigas moradias e que hoje são utilizadas como locais sagrados dos antepassados e de rememoração dos trajetos históricos vivenciados. Tais ações evidenciam o ‘contato cultural’ (FERNANDES, 2009 [1975]) e as maneiras com que os Fulni-ô lidam com sua tradição (HOBSBAWN, 1997), que criativamente resguarda um modelo de organização que seleciona características e emblemas culturais (BARTH, 1969). Nestas atividades do turismo indígena os Fulni-ô através das cafurnas e demais expressões culturais contam, cantam e dançam a sua etnohistória dramatizando a vida indígena e realizando maneiras pedagógicas de aprendizado aos “turistas”, ao destacarem como os indígenas sobreviveram durante anos de invizibilização. É desta maneira, que os Fulni-ô mostram que existem indígenas no Nordeste do Brasil com língua viva (yaathe) e modelos plurais de exercício da autonomia territorial.As pinturas, cafurnas e artesanatos são formas xamânicas dos Fulni-ô apresentarem sua tradição e um modelo particular de convivência com o bioma da caatinga, das pedras e das palhas do coqueiro do ouricouri (Syagrus coronata), logo, pintar-se e trançar as palhas tem um significado de vestir-se desse território que compõe a condição sine qua non da identidade e sobrevivência étnica. Pois, como cantam os indígenas: “índio é terra e ninguém vai separar!” Tal ensaio foi produzido em Fevereiro de 2019 durante a etnografia da pesquisa de doutorado – Fluxos de Comunicação Fulni-ô: territorialidade, cosmol
Fulni- o民族位于sao Francisco水文区,在伊帕内玛河的子流域,在内陆和东北部的荒野,与伯南布哥州的aguas Belas市接壤。这个民族在其历史上有四个世纪的“文化接触”(diaz, 2015),多年来发展了适应和获取资源的方式,在一个“手段匮乏的社会”(REESINK)。REESINK, 2007)。土著社区旅游和cafurnas表演出现于80年代,是艺术和宗教背景下的社会经济插入形式,通过社会群体之间的“联盟”,寻求通过领土自我管理来改善民族生活质量。因此,从国家霸权的角度来看,caatingas和sertao的环境是一个不适宜居住、干燥和难以共存的地方,获得了新的预测。因此,Fulni- o的领土共存模式揭示了适应和独特的生产手段,获得了象征性交换和文化生产的新可能性。一般来说,在土著和民族旅游的背景下,土著生活有一种异国情调(MAGNANI, 2014;GRUNEWALD, 2009, 2020),然而,有可能通过展示“转变的连续性”的实践来突出文化动态(REESINK, 2016),例如土著居民使用人体彩绘来保护,同时记录用手机作画的行为。或者,旧茅草房屋的改造,今天被用作祖先的神圣场所,纪念经历过的历史道路。这些行动突出了“文化接触”(FERNANDES, 2009[1975])和Fulni- o处理其传统的方式(HOBSBAWN, 1997),创造性地保护了选择文化特征和象征的组织模式(BARTH, 1969)。在这些土著旅游活动中,Fulni- o通过cafurnas和其他文化表达讲述、唱歌和跳舞他们的民族历史,戏剧化土著生活,并以教学方式向“游客”学习,强调土著人民是如何在多年的剥夺中生存下来的。通过这种方式,Fulni- o表明在巴西东北部有土著居民,他们有活的语言(yaathe)和行使领土自治的多元模式。画,cafurnas和手工艺品都是萨满的Fulni——是的介绍传统和特殊的共生模式的石头和巴西的生物群落,稻草的椰子树ouricouri (Syagrus coronata),因此化妆和编织的稻草穿的有意义的曲子民族身份和生存的必要条件。因为,正如印第安人唱的那样:“印第安人是土地,没有人会把他们分开!”这篇文章是在2019年2月博士研究的民族志期间制作的——Fulni- o传播流:领土、宇宙学和表现,展示了研究人员和土著人民之间的图像生产的衔接。
{"title":"Performance das cafurnas Fulni-ô na “Reserva Canto dos Guerreiros”","authors":"M. Bittencourt","doi":"10.51359/2526-3781.2022.256870","DOIUrl":"https://doi.org/10.51359/2526-3781.2022.256870","url":null,"abstract":"A etnia Fulni-ô está localizada na região hidrográfica do São Francisco, na sub-bacia do rio Ipanema, no sertão e agreste nordestino, envolvida pelo município de Águas Belas, no Estado de Pernambuco. O grupo étnico tem quatro séculos de ‘contato cultural’ em sua história (DÍAZ, 2015), na qual desenvolveu ao longo dos anos formas de adaptação e obtenção de recursos em uma ‘sociedade de meios escassos’ (REESINK. REESINK, 2007). O turismo comunitário indígena e as performances das cafurnas - surgidas na década de 80 - são formas de inserção socioeconômica no contexto artístico e religioso, que buscam melhorar a qualidade de vida étnica através da autogestão territorial por meio de “alianças” entre grupos sociais. Logo, o ambiente das caatingas e do sertão que é visto pela óptica hegemônica nacional como um lugar inóspito, seco e de difícil convivência ganha novas projeções. Pois,o modelo de convivência territorial Fulni-ô revelam adaptações e meios de produção singulares que ganham novas possibilidades de trocas simbólicas e de produção cultural.Geralmente, no contexto do turismo indígena e étnico há uma exotização da vida indígena (MAGNANI, 2014; GRUNEWALD, 2009, 2020), entretanto, é possível destacar a dinamicidade cultural por meio das práticas que demonstram uma ‘continuidade em transformação’ (REESINK, 2016), à exemplo do indígena que utiliza da pintura corporal para proteção ao mesmo tempo em que registra o ato de se pintar com seu celular. Ou, a transformação das casas de palha que eram as antigas moradias e que hoje são utilizadas como locais sagrados dos antepassados e de rememoração dos trajetos históricos vivenciados. Tais ações evidenciam o ‘contato cultural’ (FERNANDES, 2009 [1975]) e as maneiras com que os Fulni-ô lidam com sua tradição (HOBSBAWN, 1997), que criativamente resguarda um modelo de organização que seleciona características e emblemas culturais (BARTH, 1969). Nestas atividades do turismo indígena os Fulni-ô através das cafurnas e demais expressões culturais contam, cantam e dançam a sua etnohistória dramatizando a vida indígena e realizando maneiras pedagógicas de aprendizado aos “turistas”, ao destacarem como os indígenas sobreviveram durante anos de invizibilização. É desta maneira, que os Fulni-ô mostram que existem indígenas no Nordeste do Brasil com língua viva (yaathe) e modelos plurais de exercício da autonomia territorial.As pinturas, cafurnas e artesanatos são formas xamânicas dos Fulni-ô apresentarem sua tradição e um modelo particular de convivência com o bioma da caatinga, das pedras e das palhas do coqueiro do ouricouri (Syagrus coronata), logo, pintar-se e trançar as palhas tem um significado de vestir-se desse território que compõe a condição sine qua non da identidade e sobrevivência étnica. Pois, como cantam os indígenas: “índio é terra e ninguém vai separar!” Tal ensaio foi produzido em Fevereiro de 2019 durante a etnografia da pesquisa de doutorado – Fluxos de Comunicação Fulni-ô: territorialidade, cosmol","PeriodicalId":282576,"journal":{"name":"AntHropológicas Visual","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129515681","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
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