Revisar o que a literatura apresenta sobre a relação entre remuneração médica e qualidade da assistência à saúde tentando elucidar as formas de mensuração de desempenho subjacentes a esta relação. Foi realizada uma revisão integrativa no portal da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). A estratégia de busca foi construída pelos polos: remuneração (fenômeno); médicos (população); e qualidade da assistência (contexto). Português, espanhol e inglês foram o limite de idioma. Dois revisores selecionaram as publicações via fluxograma PRISMA. A análise foi feita na modalidade narrativo-cronológica. 35 artigos foram incluídos. Dos artigos, extraiu-se: autores, ano, método, país, objetivo; e sintetizou-se: as principais conclusões, o tipo de remuneração médica, a forma de mensuração do desempenho e os indicadores de qualidade da assistência. Há 3 fases no desenvolvimento do tema: de 1994–2000 (comparação-transição nas formas de remuneração); de 2001–2010 (qualidade e conflito desempenho versus equidade) e de 2011–2020 (desempenho como modulador do comportamento médico). Conclui-se que o tema é escasso, com baixo nível de evidência científica disponível (nível 4 e 5). De acordo com os estudos na base de dados revisada, não é possível afirmar que o pagamento por desempenho melhora a qualidade dos cuidados por inúmeros fatores. Efeitos indesejáveis da remuneração por desempenho podem aumentar a inequidade ao longo do tempo. Sugere-se que estudos possam usar outras metodologias para verificar melhor se existe esta relação de causalidade.
{"title":"Remuneração médica e qualidade da assistência à saúde","authors":"Flavia Maciel Porto, Leonardo Carnut","doi":"10.14295/jmphc.v14.1185","DOIUrl":"https://doi.org/10.14295/jmphc.v14.1185","url":null,"abstract":"Revisar o que a literatura apresenta sobre a relação entre remuneração médica e qualidade da assistência à saúde tentando elucidar as formas de mensuração de desempenho subjacentes a esta relação. Foi realizada uma revisão integrativa no portal da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). A estratégia de busca foi construída pelos polos: remuneração (fenômeno); médicos (população); e qualidade da assistência (contexto). Português, espanhol e inglês foram o limite de idioma. Dois revisores selecionaram as publicações via fluxograma PRISMA. A análise foi feita na modalidade narrativo-cronológica. 35 artigos foram incluídos. Dos artigos, extraiu-se: autores, ano, método, país, objetivo; e sintetizou-se: as principais conclusões, o tipo de remuneração médica, a forma de mensuração do desempenho e os indicadores de qualidade da assistência. Há 3 fases no desenvolvimento do tema: de 1994–2000 (comparação-transição nas formas de remuneração); de 2001–2010 (qualidade e conflito desempenho versus equidade) e de 2011–2020 (desempenho como modulador do comportamento médico). Conclui-se que o tema é escasso, com baixo nível de evidência científica disponível (nível 4 e 5). De acordo com os estudos na base de dados revisada, não é possível afirmar que o pagamento por desempenho melhora a qualidade dos cuidados por inúmeros fatores. Efeitos indesejáveis da remuneração por desempenho podem aumentar a inequidade ao longo do tempo. Sugere-se que estudos possam usar outras metodologias para verificar melhor se existe esta relação de causalidade.","PeriodicalId":299004,"journal":{"name":"JMPHC | Journal of Management & Primary Health Care | ISSN 2179-6750","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130152747","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
É. R. Santos, Joades Lima Pereira, Leandro D’Emidio Pedrosa Finicelli, Luciano D’Emidio Pedrosa Finicelli, Matheus da Silva Costa, Maria Helena Ribeiro de Checchi
A utilização do Prontuário Eletrônico na Atenção Primária à Saúde já é uma realidade em muitas cidades brasileiras, apesar de todas as dificuldades para se efetivar a implantação de tal ferramenta. No município de Coari, interior do Amazonas, a unidade básica de saúde Dr. Genival Guerra (que recebe estudantes de Medicina da Universidade Federal do Amazonas para desenvolvimento de práticas), realizou em meados de 2019, a substituição do uso do prontuário de papel pelo Prontuário Eletrônico em suas consultas médicas tendo como meta melhorar o atendimento ao paciente. Este artigo visa relatar experiências de estudantes de Medicina sobre o uso do Prontuário Eletrônico durante seu campo de práticas. Trata-se de um relato de experiência de observação. Estudantes de Medicina acompanharam consultas médicas realizadas em uma unidade básica de saúde, durante os meses de agosto e setembro de 2021. Dessa experiência, depreendeu-se que o emprego do Prontuário Eletrônico oportuniza melhor organização e detalhamento de informações durante a consulta médica, mostrando-se mais eficiente que o uso do prontuário de papel, apesar de apresentar empecilhos que dificultam sua implantação e manejo.
{"title":"utilização do Prontuário Eletrônico","authors":"É. R. Santos, Joades Lima Pereira, Leandro D’Emidio Pedrosa Finicelli, Luciano D’Emidio Pedrosa Finicelli, Matheus da Silva Costa, Maria Helena Ribeiro de Checchi","doi":"10.14295/jmphc.v14.1178","DOIUrl":"https://doi.org/10.14295/jmphc.v14.1178","url":null,"abstract":"A utilização do Prontuário Eletrônico na Atenção Primária à Saúde já é uma realidade em muitas cidades brasileiras, apesar de todas as dificuldades para se efetivar a implantação de tal ferramenta. No município de Coari, interior do Amazonas, a unidade básica de saúde Dr. Genival Guerra (que recebe estudantes de Medicina da Universidade Federal do Amazonas para desenvolvimento de práticas), realizou em meados de 2019, a substituição do uso do prontuário de papel pelo Prontuário Eletrônico em suas consultas médicas tendo como meta melhorar o atendimento ao paciente. Este artigo visa relatar experiências de estudantes de Medicina sobre o uso do Prontuário Eletrônico durante seu campo de práticas. Trata-se de um relato de experiência de observação. Estudantes de Medicina acompanharam consultas médicas realizadas em uma unidade básica de saúde, durante os meses de agosto e setembro de 2021. Dessa experiência, depreendeu-se que o emprego do Prontuário Eletrônico oportuniza melhor organização e detalhamento de informações durante a consulta médica, mostrando-se mais eficiente que o uso do prontuário de papel, apesar de apresentar empecilhos que dificultam sua implantação e manejo.","PeriodicalId":299004,"journal":{"name":"JMPHC | Journal of Management & Primary Health Care | ISSN 2179-6750","volume":"98 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"134121709","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Karina Magrini Carneiro Mendes, Leonardo Carnut, Lúcia Dias da Silva Guerra
O “Programa Previne Brasil”, por meio do novo modelo de alocação de recursos da Atenção Primária à Saúde, tem impactos profundos na universalidade do sistema, favorecendo a focalização e a neoseletividade, caracterizadas pela oferta de serviços públicos restritos aos estratos populacionais mais pobres, sendo um risco à sustentabilidade financeira do SUS municipal. Sob a ênfase da mensuração puramente quantitativa de pessoas, vislumbram-se implicações concretas para o SUS enquanto cenário de prática de ensino. Por isto é que este estudo visa refletir sobre os possíveis desafios dos cenários de práticas no SUS à luz da neoseletividade induzida pelo “Programa Previne Brasil” no âmbito da Atenção Primária à Saúde. Do ponto de vista da modalidade textual, este artigo refere-se ao formato ensaístico como um meio de transpor fronteiras culturalmente demarcadas pelo pensamento metódico, conforme descrito por Adorno. Está dividido em seis seções que versam, brevemente, sobre os cenários de prática como elemento central das ações de integração ensino-serviço-comunidade até a agudização dos desafios já existentes no cenário induzido pelo programa. Por fim, apresentam-se os pontos mais centrais pelos quais os cenários já estão passando neste momento.
{"title":"Cenários de práticas na Atenção Primária à Saúde no Sistema Único de Saúde e a neoseletividade induzida pelo “Programa Previne Brasil”","authors":"Karina Magrini Carneiro Mendes, Leonardo Carnut, Lúcia Dias da Silva Guerra","doi":"10.14295/jmphc.v14.1186","DOIUrl":"https://doi.org/10.14295/jmphc.v14.1186","url":null,"abstract":"O “Programa Previne Brasil”, por meio do novo modelo de alocação de recursos da Atenção Primária à Saúde, tem impactos profundos na universalidade do sistema, favorecendo a focalização e a neoseletividade, caracterizadas pela oferta de serviços públicos restritos aos estratos populacionais mais pobres, sendo um risco à sustentabilidade financeira do SUS municipal. Sob a ênfase da mensuração puramente quantitativa de pessoas, vislumbram-se implicações concretas para o SUS enquanto cenário de prática de ensino. Por isto é que este estudo visa refletir sobre os possíveis desafios dos cenários de práticas no SUS à luz da neoseletividade induzida pelo “Programa Previne Brasil” no âmbito da Atenção Primária à Saúde. Do ponto de vista da modalidade textual, este artigo refere-se ao formato ensaístico como um meio de transpor fronteiras culturalmente demarcadas pelo pensamento metódico, conforme descrito por Adorno. Está dividido em seis seções que versam, brevemente, sobre os cenários de prática como elemento central das ações de integração ensino-serviço-comunidade até a agudização dos desafios já existentes no cenário induzido pelo programa. Por fim, apresentam-se os pontos mais centrais pelos quais os cenários já estão passando neste momento.","PeriodicalId":299004,"journal":{"name":"JMPHC | Journal of Management & Primary Health Care | ISSN 2179-6750","volume":"33 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125207503","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Las enfermedades crónicas no transmisibles constituyen una cuestión de salud pública de relevancia, en la medida en que continúa acrecentándose su incidencia en todo el mundo. En este trabajo me propongo analizar este fenómeno en el escenario argentino desde la determinación social de la salud. Para ello, trabajaré desde el materialismo histórico para comprender las dimensiones estructurales de los procesos de salud-enfermedad-atención, haciendo hincapié en las imbricaciones entre género-clase-etnia/raza como entramado de poder; de esta manera, podremos reconocer las articulaciones dialécticas entre estructura y resistencia mediante la cual las personas con enfermedades crónicas van construyendo sus estrategias de cuidados en la vida cotidiana.
{"title":"Consideraciones sobre los cuidados en enfermedades crónicas desde la determinación social de la salud","authors":"C. Angelini","doi":"10.14295/jmphc.v14.1180","DOIUrl":"https://doi.org/10.14295/jmphc.v14.1180","url":null,"abstract":"Las enfermedades crónicas no transmisibles constituyen una cuestión de salud pública de relevancia, en la medida en que continúa acrecentándose su incidencia en todo el mundo. En este trabajo me propongo analizar este fenómeno en el escenario argentino desde la determinación social de la salud. Para ello, trabajaré desde el materialismo histórico para comprender las dimensiones estructurales de los procesos de salud-enfermedad-atención, haciendo hincapié en las imbricaciones entre género-clase-etnia/raza como entramado de poder; de esta manera, podremos reconocer las articulaciones dialécticas entre estructura y resistencia mediante la cual las personas con enfermedades crónicas van construyendo sus estrategias de cuidados en la vida cotidiana.","PeriodicalId":299004,"journal":{"name":"JMPHC | Journal of Management & Primary Health Care | ISSN 2179-6750","volume":"44 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126852573","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Ernanda Mezaroba, Marja Camargo Garcia, Natássia Scortegagna da Cunha, Neivaildo Ramos Da Silva, Bárbara Rodrigues Araújo, Andrea Wander Bonamigo
A integralidade, princípio norteador do Sistema Único de Saúde, preconiza a resolutividade das ações em saúde considerando o indivíduo no seu contexto social, cultural e psicológico. Este relato de experiência objetiva relatar práticas que buscam prestar assistência integral à saúde por meio da articulação entre os serviços de baixa e média complexidade, em um município do Rio Grande do Sul. As práticas iniciaram após reflexão realizada pela equipe de gestão da Rede de Atenção à Saúde – RAS sobre aspectos da organização e planejamento dos serviços, na qual identificaram-se falhas significativas nos processos de trabalho. As atividades, desenvolvidas por enfermeiras alocadas em uma Unidade de Pronto Atendimento, buscaram enfrentamento à fragmentação do sistema, desempenhando ações voltadas para promoção da integração, articulação e sinergia entre serviços da RAS. Durante o processo de implementação e desenvolvimento das atividades, identificaram-se entraves e facilitadores. Dentre os entraves destacaram-se: falta de conhecimento dos trabalhadores quanto aos serviços disponíveis; lacunas entre a política preconizada e as práticas dos serviços; clínica voltada apenas para doença; percepção reduzida do profissional sobre o cuidado integral; relações que carecem de simetria entre usuários e trabalhadores de saúde; agendas médicas na APS superlotadas; recursos humanos insuficientes; queixas de pacientes subestimadas; e inexistência de fluxo de referenciamento e contrarreferenciamento na RAS. Com relação às facilidades, constataram-se: comunicação efetiva; troca de experiências; aprendizado; cooperação; trabalho em conjunto e; ampliação da visão de profissionais da RAS quanto a necessidade de articulação. Evidenciam-se avanços na superação do modelo fragmentado, na aproximação entre os serviços de saúde e na ampliação do olhar voltado ao paciente em sua totalidade, possibilitando instituir ações que asseguram a integralidade no cuidado.
{"title":"Integralidade do cuidado","authors":"Ernanda Mezaroba, Marja Camargo Garcia, Natássia Scortegagna da Cunha, Neivaildo Ramos Da Silva, Bárbara Rodrigues Araújo, Andrea Wander Bonamigo","doi":"10.14295/jmphc.v13.1152","DOIUrl":"https://doi.org/10.14295/jmphc.v13.1152","url":null,"abstract":"A integralidade, princípio norteador do Sistema Único de Saúde, preconiza a resolutividade das ações em saúde considerando o indivíduo no seu contexto social, cultural e psicológico. Este relato de experiência objetiva relatar práticas que buscam prestar assistência integral à saúde por meio da articulação entre os serviços de baixa e média complexidade, em um município do Rio Grande do Sul. As práticas iniciaram após reflexão realizada pela equipe de gestão da Rede de Atenção à Saúde – RAS sobre aspectos da organização e planejamento dos serviços, na qual identificaram-se falhas significativas nos processos de trabalho. As atividades, desenvolvidas por enfermeiras alocadas em uma Unidade de Pronto Atendimento, buscaram enfrentamento à fragmentação do sistema, desempenhando ações voltadas para promoção da integração, articulação e sinergia entre serviços da RAS. Durante o processo de implementação e desenvolvimento das atividades, identificaram-se entraves e facilitadores. Dentre os entraves destacaram-se: falta de conhecimento dos trabalhadores quanto aos serviços disponíveis; lacunas entre a política preconizada e as práticas dos serviços; clínica voltada apenas para doença; percepção reduzida do profissional sobre o cuidado integral; relações que carecem de simetria entre usuários e trabalhadores de saúde; agendas médicas na APS superlotadas; recursos humanos insuficientes; queixas de pacientes subestimadas; e inexistência de fluxo de referenciamento e contrarreferenciamento na RAS. Com relação às facilidades, constataram-se: comunicação efetiva; troca de experiências; aprendizado; cooperação; trabalho em conjunto e; ampliação da visão de profissionais da RAS quanto a necessidade de articulação. Evidenciam-se avanços na superação do modelo fragmentado, na aproximação entre os serviços de saúde e na ampliação do olhar voltado ao paciente em sua totalidade, possibilitando instituir ações que asseguram a integralidade no cuidado.","PeriodicalId":299004,"journal":{"name":"JMPHC | Journal of Management & Primary Health Care | ISSN 2179-6750","volume":"103 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132626108","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Geovane Menezes Lourenço, Sabrina Stefanello, Juliana Yuri Kawanishi, Jheynifer Aparecida Baby Da Luz, Géssica Queiroz da Silva, Paulo Poli Neto
Este relato refere-se à experiência de telemonitoramento por equipes de saúde da família em uma unidade básica de saúde, entre março e dezembro de 2020. Devido a pandemia causada pelo novo coronavírus e com o intuito de evitar a sua propagação entre os usuários e equipe de saúde, foi iniciado atendimento à distância às pessoas com sintomas respiratórios, utilizando-se de ferramentas disponíveis na Unidade Básica de Saúde – UBS, como o telefone fixo. Na realização desses contatos percebeu-se, alguns problemas como: instalação de telefone fixo apenas na recepção, sendo esta, um espaço muito pequeno, falta de pontos telefônicos nas demais salas, demora no tempo de espera durante as chamadas telefônicas aos usuários e a pouca adesão dos usuários no atendimento das chamadas por telefone fixo. Diante desse incômodo, percebeu-se que essa comunicação poderia ser melhorada com outros recursos. Dessa forma, a equipe realizou reuniões para reorganizar o processo de trabalho, assim sendo foi doado um smartphone por um dos participantes, assim, o processo de trabalho foi reorganizado com a participação da equipe, que prestava atendimento por meio da plataforma WhatsApp bussines, assim sendo, foi possível restabelecer o acompanhamento dos casos suspeitos e situação de saúde dos sintomáticos respiratórios e dos familiares. Essa troca de mensagens por aplicativo, serviu como um canal importante de comunicação e diálogo, abrangendo mais do que mero monitoramento, além disso, este relato mostra o quanto é possível lançar mão de novas tecnologias associadas à gestão de informação, à vigilância sanitária, à gestão descentralizada e ao trabalho esperado de equipes de saúde da família.
{"title":"experiência de telemonitoramento por equipes de saúde da família em uma Unidade Básica de Saúde","authors":"Geovane Menezes Lourenço, Sabrina Stefanello, Juliana Yuri Kawanishi, Jheynifer Aparecida Baby Da Luz, Géssica Queiroz da Silva, Paulo Poli Neto","doi":"10.14295/jmphc.v13.1168","DOIUrl":"https://doi.org/10.14295/jmphc.v13.1168","url":null,"abstract":"Este relato refere-se à experiência de telemonitoramento por equipes de saúde da família em uma unidade básica de saúde, entre março e dezembro de 2020. Devido a pandemia causada pelo novo coronavírus e com o intuito de evitar a sua propagação entre os usuários e equipe de saúde, foi iniciado atendimento à distância às pessoas com sintomas respiratórios, utilizando-se de ferramentas disponíveis na Unidade Básica de Saúde – UBS, como o telefone fixo. Na realização desses contatos percebeu-se, alguns problemas como: instalação de telefone fixo apenas na recepção, sendo esta, um espaço muito pequeno, falta de pontos telefônicos nas demais salas, demora no tempo de espera durante as chamadas telefônicas aos usuários e a pouca adesão dos usuários no atendimento das chamadas por telefone fixo. Diante desse incômodo, percebeu-se que essa comunicação poderia ser melhorada com outros recursos. Dessa forma, a equipe realizou reuniões para reorganizar o processo de trabalho, assim sendo foi doado um smartphone por um dos participantes, assim, o processo de trabalho foi reorganizado com a participação da equipe, que prestava atendimento por meio da plataforma WhatsApp bussines, assim sendo, foi possível restabelecer o acompanhamento dos casos suspeitos e situação de saúde dos sintomáticos respiratórios e dos familiares. Essa troca de mensagens por aplicativo, serviu como um canal importante de comunicação e diálogo, abrangendo mais do que mero monitoramento, além disso, este relato mostra o quanto é possível lançar mão de novas tecnologias associadas à gestão de informação, à vigilância sanitária, à gestão descentralizada e ao trabalho esperado de equipes de saúde da família.","PeriodicalId":299004,"journal":{"name":"JMPHC | Journal of Management & Primary Health Care | ISSN 2179-6750","volume":"242 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124660544","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pietra De Sousa Carneiro, André Lucas De Lima Dias, Ellen Christiane Correa Pinho, Thais Amanda Nunes da Cunha, Messias Lemos, Helder Henrique Costa Pinheiro, Carlos Leonardo Figueiredo Cunha
A Atenção Primária à Saúde no Brasil se organiza de forma preferencial por meio da Estratégia Saúde da Família, onde atuam as equipes de Saúde da Família, de caráter multiprofissional, cujo processo de trabalho configura-se desde o planejamento das ações até a prestação dos serviços à população, com base nos fundamentos e diretrizes da Atenção Básica. O presente estudo objetiva analisar o processo de trabalho na Atenção Primária à Saúde no estado do Pará, com foco no vínculo empregatício dos profissionais, planejamento das ações e serviços disponíveis. Trata-se de uma pesquisa avaliativa, quantitativa e transversal, com dados obtidos do 3o ciclo da Avaliação Externa do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e Qualidade da Atenção Básica, realizado no estado do Pará com total de 1.182 equipes analisadas descritivamente pelo software IBM SPSS Statistics 20.0. O enfermeiro foi o profissional mais prevalente como respondente das entrevistas. O vínculo profissional mais frequente foi o de contrato temporário pela administração pública (43,07%), onde a maioria afirmou ter ingressado via “outros” meios de ingresso (59,20%). Acerca do planejamento das ações em saúde, 96,51% afirmam realizar pelo menos alguma atividade para este fim, 92,40% possuem mapas com desenho do território de abrangência e 72,70% definem o quantitativo de pessoas sob sua responsabilidade a partir de critérios de risco e vulnerabilidade. Apenas 10,81% das equipes oferecem os serviços de Práticas Integrativas e Complementares para os usuários. A pesquisa apresentou resultados positivos no âmbito da gestão municipal. O vínculo profissional caracterizou-se por relações contratuais temporárias e fragilizadas. Entretanto, os serviços disponíveis e planejamento das ações indicaram bons percentuais.
{"title":"Análise do processo de trabalho na Atenção Primária à Saúde em Região Amazônica","authors":"Pietra De Sousa Carneiro, André Lucas De Lima Dias, Ellen Christiane Correa Pinho, Thais Amanda Nunes da Cunha, Messias Lemos, Helder Henrique Costa Pinheiro, Carlos Leonardo Figueiredo Cunha","doi":"10.14295/jmphc.v13.1156","DOIUrl":"https://doi.org/10.14295/jmphc.v13.1156","url":null,"abstract":"A Atenção Primária à Saúde no Brasil se organiza de forma preferencial por meio da Estratégia Saúde da Família, onde atuam as equipes de Saúde da Família, de caráter multiprofissional, cujo processo de trabalho configura-se desde o planejamento das ações até a prestação dos serviços à população, com base nos fundamentos e diretrizes da Atenção Básica. O presente estudo objetiva analisar o processo de trabalho na Atenção Primária à Saúde no estado do Pará, com foco no vínculo empregatício dos profissionais, planejamento das ações e serviços disponíveis. Trata-se de uma pesquisa avaliativa, quantitativa e transversal, com dados obtidos do 3o ciclo da Avaliação Externa do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e Qualidade da Atenção Básica, realizado no estado do Pará com total de 1.182 equipes analisadas descritivamente pelo software IBM SPSS Statistics 20.0. O enfermeiro foi o profissional mais prevalente como respondente das entrevistas. O vínculo profissional mais frequente foi o de contrato temporário pela administração pública (43,07%), onde a maioria afirmou ter ingressado via “outros” meios de ingresso (59,20%). Acerca do planejamento das ações em saúde, 96,51% afirmam realizar pelo menos alguma atividade para este fim, 92,40% possuem mapas com desenho do território de abrangência e 72,70% definem o quantitativo de pessoas sob sua responsabilidade a partir de critérios de risco e vulnerabilidade. Apenas 10,81% das equipes oferecem os serviços de Práticas Integrativas e Complementares para os usuários. A pesquisa apresentou resultados positivos no âmbito da gestão municipal. O vínculo profissional caracterizou-se por relações contratuais temporárias e fragilizadas. Entretanto, os serviços disponíveis e planejamento das ações indicaram bons percentuais.","PeriodicalId":299004,"journal":{"name":"JMPHC | Journal of Management & Primary Health Care | ISSN 2179-6750","volume":"67 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-10-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126309308","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Cibele Silva do Vale, Anne Karoliny Carvalho Mendonça Ribeiro, Natana Souza da Silva, Rozilaine Redi Lago, Samara Devai Lago
O programa de Residência Multiprofissional Integrada em Saúde da Família e Comunidade – RMISF coordenado pela Universidade Federal do Acre planeja e desenvolve atividades interprofissionais, visando à efetivação dos princípios e das diretrizes do Sistema Único de Saúde – SUS no âmbito da Atenção Primária à Saúde – APS. Este artigo consiste em um estudo qualitativo descritivo, do tipo relato de experiência, sobre a utilização da arteterapia como prática de cuidado em saúde mental na sala de espera de uma Unidade Básica de Saúde, em Rio Branco (AC). As ações de arteterapia como pintura, desenho livre, construção de história coletiva, confecção de jogos com materiais recicláveis, capa protetora para a caderneta da criança, dentre outras, foram realizadas a partir do projeto intitulado “Arte, Vida e Saúde”, entre agosto e setembro de 2019. Participaram dessa experiência os residentes do programa de RMISF e outros profissionais de saúde da unidade, com enfoque na atenção à usuários e acompanhantes que aguardavam atendimento na sala de espera da UBS. Observou-se que as atividades desenvolvidas por meio da expressão artística e acolhimento, favoreceram o reconhecimento das necessidades dos usuários e promoção da saúde mental, estimulando funções cognitivas e motoras; fomentando a autonomia e o protagonismo dos sujeitos no desenvolvimento da corresponsabilização pelo próprio bem-estar.
{"title":"Arteterapia como estratégia de cuidado em saúde mental no âmbito da atenção primária","authors":"Cibele Silva do Vale, Anne Karoliny Carvalho Mendonça Ribeiro, Natana Souza da Silva, Rozilaine Redi Lago, Samara Devai Lago","doi":"10.14295/jmphc.v13.1162","DOIUrl":"https://doi.org/10.14295/jmphc.v13.1162","url":null,"abstract":"O programa de Residência Multiprofissional Integrada em Saúde da Família e Comunidade – RMISF coordenado pela Universidade Federal do Acre planeja e desenvolve atividades interprofissionais, visando à efetivação dos princípios e das diretrizes do Sistema Único de Saúde – SUS no âmbito da Atenção Primária à Saúde – APS. Este artigo consiste em um estudo qualitativo descritivo, do tipo relato de experiência, sobre a utilização da arteterapia como prática de cuidado em saúde mental na sala de espera de uma Unidade Básica de Saúde, em Rio Branco (AC). As ações de arteterapia como pintura, desenho livre, construção de história coletiva, confecção de jogos com materiais recicláveis, capa protetora para a caderneta da criança, dentre outras, foram realizadas a partir do projeto intitulado “Arte, Vida e Saúde”, entre agosto e setembro de 2019. Participaram dessa experiência os residentes do programa de RMISF e outros profissionais de saúde da unidade, com enfoque na atenção à usuários e acompanhantes que aguardavam atendimento na sala de espera da UBS. Observou-se que as atividades desenvolvidas por meio da expressão artística e acolhimento, favoreceram o reconhecimento das necessidades dos usuários e promoção da saúde mental, estimulando funções cognitivas e motoras; fomentando a autonomia e o protagonismo dos sujeitos no desenvolvimento da corresponsabilização pelo próprio bem-estar.","PeriodicalId":299004,"journal":{"name":"JMPHC | Journal of Management & Primary Health Care | ISSN 2179-6750","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-10-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128429182","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Nathalia Cano Pereira, Vera Lucia Luiza, Luiz Villarinho Pereira Mendes, Karen Sarmento Costa
Este estudo teve como objetivo apresentar a elaboração de dois instrumentos avaliativos - o modelo lógico (MLog) e a matriz de julgamento (MJul) destinados a mensurar o nível de implementação dos Serviços Farmacêuticos na Atenção Primária à Saúde no Brasil – APS. Os dados do estudo fonte “Assistência Farmacêutica nas Redes de Atenção à Saúde: um Recorte nas Regiões do Projeto Qualisus-Rede” desenvolvido pelo Ministério da Saúde e o Banco Mundial de 2013 a 2015. Foi utilizado com orientador na construção dos instrumentos. O MLog envolveu a adaptação de modelo preexistente, análise crítica do estudo fonte, análise documental e reunião com especialistas. A elaboração da MJul se deu a partir do julgamento dos especialistas acerca da relevância de cada componente do MLog, o que, juntamente com dados de literatura, possibilitou subsidiar a formulação dos indicadores e demais critérios. O MLog final possui 9 componentes, sendo 4 na dimensão gestão do medicamento, 4 na gestão do cuidado e 1 transversal, 22 atividades, 21 produtos, 17 resultados imediatos e 12 resultados intermediários. Estudos avaliativos são estratégicos não apenas para implementação das políticas farmacêutica, mas também para consolidação da APS. Ao descrever as etapas de elaboração de um instrumento avaliativo, o presente estudo não apenas propõe indicadores adaptados à gestão atual dos serviços farmacêuticos no Brasil, mas também possibilita facilmente a adaptação desse instrumento a qualquer outro contexto.
{"title":"Modelo lógico e matriz de julgamento para apreciação dos Serviços Farmacêuticos na Atenção Primária em Saúde Brasileira","authors":"Nathalia Cano Pereira, Vera Lucia Luiza, Luiz Villarinho Pereira Mendes, Karen Sarmento Costa","doi":"10.14295/jmphc.v13.1163","DOIUrl":"https://doi.org/10.14295/jmphc.v13.1163","url":null,"abstract":"Este estudo teve como objetivo apresentar a elaboração de dois instrumentos avaliativos - o modelo lógico (MLog) e a matriz de julgamento (MJul) destinados a mensurar o nível de implementação dos Serviços Farmacêuticos na Atenção Primária à Saúde no Brasil – APS. Os dados do estudo fonte “Assistência Farmacêutica nas Redes de Atenção à Saúde: um Recorte nas Regiões do Projeto Qualisus-Rede” desenvolvido pelo Ministério da Saúde e o Banco Mundial de 2013 a 2015. Foi utilizado com orientador na construção dos instrumentos. O MLog envolveu a adaptação de modelo preexistente, análise crítica do estudo fonte, análise documental e reunião com especialistas. A elaboração da MJul se deu a partir do julgamento dos especialistas acerca da relevância de cada componente do MLog, o que, juntamente com dados de literatura, possibilitou subsidiar a formulação dos indicadores e demais critérios. O MLog final possui 9 componentes, sendo 4 na dimensão gestão do medicamento, 4 na gestão do cuidado e 1 transversal, 22 atividades, 21 produtos, 17 resultados imediatos e 12 resultados intermediários. Estudos avaliativos são estratégicos não apenas para implementação das políticas farmacêutica, mas também para consolidação da APS. Ao descrever as etapas de elaboração de um instrumento avaliativo, o presente estudo não apenas propõe indicadores adaptados à gestão atual dos serviços farmacêuticos no Brasil, mas também possibilita facilmente a adaptação desse instrumento a qualquer outro contexto.","PeriodicalId":299004,"journal":{"name":"JMPHC | Journal of Management & Primary Health Care | ISSN 2179-6750","volume":"9 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133503502","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}