Pub Date : 2023-02-17DOI: 10.31668/revistaueg.v12i01.13245
T. E. A. Mota, João Wictor Medrado Silva
Composto em dísticos elegíacos, os Fastos de Ovídio trazem valiosas informações sobre os ritos e as festividades em Roma que, convencionalmente, são divididas entre as festas do ciclo agrário, festas cívicas e aquelas de cunho bélico. Caracterizado como um poema didático, o texto mescla informações técnicas com divertidos excursus mitológicos ao retratar a etiologia das festas, templos e rituais romanos. O artigo em questão optou por se debruçar sobre a problemática das festividades, principalmente, as do ciclo bélico (Equírrias e Tubilústrias) que apresentam os dispositivos rituais de preparação para a guerra, além de problematizar as construções poéticas de Ovídio na descrição destas cerimônias religiosas. Palavras-chave: Festividades. Calendário Romano. Ciclo Bélico. Ovídio. Equírrias. Tubilústrias.
{"title":"As Festividades e a Inauguração do Ciclo Militar no Calendário Romano: uma análise das Equírrias e Tubilústrias nos Fastos de Ovídio (Séc. I d.C.)","authors":"T. E. A. Mota, João Wictor Medrado Silva","doi":"10.31668/revistaueg.v12i01.13245","DOIUrl":"https://doi.org/10.31668/revistaueg.v12i01.13245","url":null,"abstract":"Composto em dísticos elegíacos, os Fastos de Ovídio trazem valiosas informações sobre os ritos e as festividades em Roma que, convencionalmente, são divididas entre as festas do ciclo agrário, festas cívicas e aquelas de cunho bélico. Caracterizado como um poema didático, o texto mescla informações técnicas com divertidos excursus mitológicos ao retratar a etiologia das festas, templos e rituais romanos. O artigo em questão optou por se debruçar sobre a problemática das festividades, principalmente, as do ciclo bélico (Equírrias e Tubilústrias) que apresentam os dispositivos rituais de preparação para a guerra, além de problematizar as construções poéticas de Ovídio na descrição destas cerimônias religiosas. \u0000Palavras-chave: Festividades. Calendário Romano. Ciclo Bélico. Ovídio. Equírrias. Tubilústrias. ","PeriodicalId":30561,"journal":{"name":"Revista de Historia da UEG","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49341495","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-02-17DOI: 10.31668/revistaueg.v12i01.13781
R. C. E. Campos, Edson Arantes Junior
A escrita da História da Antiguidade tem buscado superar barreiras contíguas às do campo do conhecimento científico da História. Superar categorias eurocêntricas que buscavam justificar os nacionalismos e legitimar a empreitada racionalista da modernidade, no século XVIII à primeira metade do século XX. Desde a década de oitenta do século passado foi proposto um recorte que busca analisar as conexões e ressignificações a partir do Mediterrâneo. Entretanto, essa nova postura tem gerado amplo debate acadêmico e ainda não repercutiu no ambiente acadêmico e escolar. Nesse sentido esse dossiê tem o objetivo de analisar as diversas manifestações religiosas no mediterrâneo. Para isso é importante descontruir perspectivas atuais que turvaram a análise dessas sociedades, sobretudo dentro dos estudos históricos sobre religião e a começar pela substituição de “religião” por “religiosidades”. Nos interessa compreender como as memórias e as experiências diversamente documentadas desse passado histórico são vividas, significadas, de quais maneiras podem se vincular às formas como o poder é exercido, seja em cidades-estados, impérios, comunidades provinciais, regiões de fronteira ou em todos esses loci ao mesmo tempo. Esses múltiplos contatos, permitidos por uma rede de conectividade presente desde a Idade do Bronze, também designou novos sentidos a traços culturais já consagrados em determinadas culturas.
{"title":"Dossiê \"Religiosidade, formas de poder e usos do passado\": perspectivas integradoras de abordagem do Mediterrâneo Antigo","authors":"R. C. E. Campos, Edson Arantes Junior","doi":"10.31668/revistaueg.v12i01.13781","DOIUrl":"https://doi.org/10.31668/revistaueg.v12i01.13781","url":null,"abstract":"A escrita da História da Antiguidade tem buscado superar barreiras contíguas às do campo do conhecimento científico da História. Superar categorias eurocêntricas que buscavam justificar os nacionalismos e legitimar a empreitada racionalista da modernidade, no século XVIII à primeira metade do século XX. Desde a década de oitenta do século passado foi proposto um recorte que busca analisar as conexões e ressignificações a partir do Mediterrâneo. Entretanto, essa nova postura tem gerado amplo debate acadêmico e ainda não repercutiu no ambiente acadêmico e escolar. Nesse sentido esse dossiê tem o objetivo de analisar as diversas manifestações religiosas no mediterrâneo. Para isso é importante descontruir perspectivas atuais que turvaram a análise dessas sociedades, sobretudo dentro dos estudos históricos sobre religião e a começar pela substituição de “religião” por “religiosidades”. Nos interessa compreender como as memórias e as experiências diversamente documentadas desse passado histórico são vividas, significadas, de quais maneiras podem se vincular às formas como o poder é exercido, seja em cidades-estados, impérios, comunidades provinciais, regiões de fronteira ou em todos esses loci ao mesmo tempo. Esses múltiplos contatos, permitidos por uma rede de conectividade presente desde a Idade do Bronze, também designou novos sentidos a traços culturais já consagrados em determinadas culturas.","PeriodicalId":30561,"journal":{"name":"Revista de Historia da UEG","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45980000","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-02-17DOI: 10.31668/revistaueg.v12i01.13422
Giselle Moreira da Mata
O discurso mitológico teve uma importante influência para a Democracia ateniense, bem como, a divisão dos papéis femininos e masculinos. Dessa maneira, neste artigo decidimos apresentar o papel das esposas do cidadão ateniense (conhecida ainda como Mélissa ou Gynaikes) e a sua relação com o mito fundador de Atenas. Nesta perspectiva, elas surgem por meio de novos horizontes na qual a sua participação se tornou essencial para a comunidade cívica e política. Nesta acepção, a lei de Péricles que tornava cidadãos apenas filhos de mães e pais atenienses, permitiu a elas, mesmo que de forma indireta, uma participação indireta na política. [1] Palavras –Chave: Mito. Esposa. Política. Mulheres. [1] O texto faz parte de dissertação de mestrado.
{"title":"Religião e cidadania democrática na Antiguidade: supressão política e o poder feminino em Atenas (Século V a.C.)","authors":"Giselle Moreira da Mata","doi":"10.31668/revistaueg.v12i01.13422","DOIUrl":"https://doi.org/10.31668/revistaueg.v12i01.13422","url":null,"abstract":"O discurso mitológico teve uma importante influência para a Democracia ateniense, bem como, a divisão dos papéis femininos e masculinos. Dessa maneira, neste artigo decidimos apresentar o papel das esposas do cidadão ateniense (conhecida ainda como Mélissa ou Gynaikes) e a sua relação com o mito fundador de Atenas. Nesta perspectiva, elas surgem por meio de novos horizontes na qual a sua participação se tornou essencial para a comunidade cívica e política. Nesta acepção, a lei de Péricles que tornava cidadãos apenas filhos de mães e pais atenienses, permitiu a elas, mesmo que de forma indireta, uma participação indireta na política. [1] \u0000Palavras –Chave: Mito. Esposa. Política. Mulheres. \u0000 \u0000[1] O texto faz parte de dissertação de mestrado.","PeriodicalId":30561,"journal":{"name":"Revista de Historia da UEG","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49389770","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-02-17DOI: 10.31668/revistaueg.v12i01.13412
Victor Passuello
A partir da Era Flaviana é possível observar uma transição do poder político romanos, antes centrado no imperador e na cidade de Roma. Essa transição, leva-nos a identificar uma nova ordem do poder político, que passa a ser proveniente das legiões romanas e seus generais. Assim depõe Josefo, em sua obra A Guerra dos Judeus, ao publicar o discurso do rei Agrippa II. A hegemonia romana será aqui analisada à luz do conceito geográfico e político de centro/periferia. O exército romano, espalhado nas províncias, passa a definir os aspectos geográficos e até religiosos, do império, diferentemente do que ocorria na Era Júlio-Claudiana. O artigo também discutirá a ausência de um poder fixo, personificado nas legiões romanas que estavam em movimento, refletindo uma concepção religiosa pagã e também judaica, definida como quietista. Uma concepção teológica que pode ser relacionada à tradição grega da deusa Fortuna, como descrita pelo historiador grego Políbio. Josefo, também um quietista, era contrário à guerra contra os romanos, porém igualmente demonstrava uma crítica à dominação romana da Era Flaviana. Palavras-chaves: Império Romano. Agrippa II. Centro-periferia. Quietismo.
{"title":"Centro e periferia no discurso do rei Agrippa II: uma interpretação Josefiana sobre a dominação Romana na Era Flaviana (Século I E.C.)","authors":"Victor Passuello","doi":"10.31668/revistaueg.v12i01.13412","DOIUrl":"https://doi.org/10.31668/revistaueg.v12i01.13412","url":null,"abstract":"A partir da Era Flaviana é possível observar uma transição do poder político romanos, antes centrado no imperador e na cidade de Roma. Essa transição, leva-nos a identificar uma nova ordem do poder político, que passa a ser proveniente das legiões romanas e seus generais. Assim depõe Josefo, em sua obra A Guerra dos Judeus, ao publicar o discurso do rei Agrippa II. A hegemonia romana será aqui analisada à luz do conceito geográfico e político de centro/periferia. O exército romano, espalhado nas províncias, passa a definir os aspectos geográficos e até religiosos, do império, diferentemente do que ocorria na Era Júlio-Claudiana. O artigo também discutirá a ausência de um poder fixo, personificado nas legiões romanas que estavam em movimento, refletindo uma concepção religiosa pagã e também judaica, definida como quietista. Uma concepção teológica que pode ser relacionada à tradição grega da deusa Fortuna, como descrita pelo historiador grego Políbio. Josefo, também um quietista, era contrário à guerra contra os romanos, porém igualmente demonstrava uma crítica à dominação romana da Era Flaviana. \u0000Palavras-chaves: Império Romano. Agrippa II. Centro-periferia. Quietismo.","PeriodicalId":30561,"journal":{"name":"Revista de Historia da UEG","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48742815","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-02-17DOI: 10.31668/revistaueg.v12i01.13201
Pedro Luís De Toledo Piza
Inácio de Antioquia é reconhecidamente uma fonte fundamental para se entender o cristianismo do início do século II d.C. Sua teologia e sua defesa de uma hierarquia estrita nas igrejas às quais se dirige fizeram dele um autor muito utilizado por escritores eclesiásticos de seu tempo e de períodos posteriores. No presente artigo, no entanto, procuramos abordar as cartas de Inácio enquanto fontes históricas para traçar um quadro de como se davam relações sociais de suma importância nas comunidades às quais se dirige, tendo aí a função de supervisão um lugar de destaque[1]. Palavras-Chave: Inácio de Antioquia. Ásia Proconsular. Cristianismo antigo. [1] Artigo adaptado da dissertação defendida no Programa de Pós-graduação em História Social da FFLCH/USP, conforme recomendação da banca em Ata de Defesa emanada em 17 de agosto de 2016. Agradeço à FAPESP pelo financiamento da pesquisa no mestrado e de seu suporte à minha atual pesquisa de doutorado.
{"title":"Supervisor e pai: o ofício do ἐπίσκοπος nas cartas de Inácio de Antioquia às comunidades cristãs da Ásia Proconsular, c. 110 d.C.","authors":"Pedro Luís De Toledo Piza","doi":"10.31668/revistaueg.v12i01.13201","DOIUrl":"https://doi.org/10.31668/revistaueg.v12i01.13201","url":null,"abstract":"Inácio de Antioquia é reconhecidamente uma fonte fundamental para se entender o cristianismo do início do século II d.C. Sua teologia e sua defesa de uma hierarquia estrita nas igrejas às quais se dirige fizeram dele um autor muito utilizado por escritores eclesiásticos de seu tempo e de períodos posteriores. No presente artigo, no entanto, procuramos abordar as cartas de Inácio enquanto fontes históricas para traçar um quadro de como se davam relações sociais de suma importância nas comunidades às quais se dirige, tendo aí a função de supervisão um lugar de destaque[1]. \u0000Palavras-Chave: Inácio de Antioquia. Ásia Proconsular. Cristianismo antigo. \u0000 \u0000[1] Artigo adaptado da dissertação defendida no Programa de Pós-graduação em História Social da FFLCH/USP, conforme recomendação da banca em Ata de Defesa emanada em 17 de agosto de 2016. Agradeço à FAPESP pelo financiamento da pesquisa no mestrado e de seu suporte à minha atual pesquisa de doutorado.","PeriodicalId":30561,"journal":{"name":"Revista de Historia da UEG","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43045647","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-02-14DOI: 10.31668/revistaueg.v12i01.13202
Afrânio Henrique Pimenta Bittencourt
A liberalização do direito no Brasil Império foi adversada pela continuidade do regime escravocrata, dando-se azo à dicotomia liberalismo-escravização. À vista disso, passamos em exame a “política criminal” e a economia da época, através de uma chave de análise biopolítica. Defrontamo-nos, daí, com um mecanismo de poder que reatualizava técnicas de extermínio do período colonial, em um ambiente jurídico muito outro, servindo como uma espécie de legitimação apócrifa para o assassínio, direto e indireto, do negro, sobretudo o escravizado. Essa estratégia político-econômica pode ser chamada de “delinquência negra". O presente trabalho intenta perscrutar a sua invenção, isto é, a construção do negro como inimigo público. Palavras-chave: Brasil Império. Delinquência negra. Direito. Economia escravocrata.
{"title":"A invenção da delinquência negra a partir do sistema criminal do Brasil Império (Séc. XIX)","authors":"Afrânio Henrique Pimenta Bittencourt","doi":"10.31668/revistaueg.v12i01.13202","DOIUrl":"https://doi.org/10.31668/revistaueg.v12i01.13202","url":null,"abstract":"A liberalização do direito no Brasil Império foi adversada pela continuidade do regime escravocrata, dando-se azo à dicotomia liberalismo-escravização. À vista disso, passamos em exame a “política criminal” e a economia da época, através de uma chave de análise biopolítica. Defrontamo-nos, daí, com um mecanismo de poder que reatualizava técnicas de extermínio do período colonial, em um ambiente jurídico muito outro, servindo como uma espécie de legitimação apócrifa para o assassínio, direto e indireto, do negro, sobretudo o escravizado. Essa estratégia político-econômica pode ser chamada de “delinquência negra\". O presente trabalho intenta perscrutar a sua invenção, isto é, a construção do negro como inimigo público. \u0000Palavras-chave: Brasil Império. Delinquência negra. Direito. Economia escravocrata.","PeriodicalId":30561,"journal":{"name":"Revista de Historia da UEG","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44105058","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-02-01DOI: 10.31668/revistaueg.v12i01.13152
Iago Brasileiro da Silva Rocha
Este artigo tem como objeto de estudo o jornal o Globo, dentre os anos de 1965-1989, que marcou o período de fortes embates político-ideológicos da Guerra Fria (1947-1991) na América Latina e Brasil. Nessa perspectiva, o nosso objetivo foi investigar o jornal e suas inclinações. Nossa hipótese é que: suas tiragens se caracterizavam como um recipiente por onde passava o pensamento elitista, no qual o discurso de legitimação do capitalismo e desarticulação do modelo socialista/comunista tinha lugar de prestígio. Nossa principal fonte vem do próprio acervo do jornal. Para a problematização desde corpus documental, utilizamos o conceito gramsciano de “aparelho privado de hegemonia” (APH). Portanto, nesse itinerário de investigação identificamos seu pensamento burguês e, sobretudo, o seu anticomunismo. Palavras-chave: O Globo. Anticomunismo. APH. Ditadura Militar. Socialismo cubano.
{"title":"A “Indústria do Anticomunismo”: Ditatura Militar e o socialismo cubano nas páginas de O Globo (1965-1989)","authors":"Iago Brasileiro da Silva Rocha","doi":"10.31668/revistaueg.v12i01.13152","DOIUrl":"https://doi.org/10.31668/revistaueg.v12i01.13152","url":null,"abstract":"Este artigo tem como objeto de estudo o jornal o Globo, dentre os anos de 1965-1989, que marcou o período de fortes embates político-ideológicos da Guerra Fria (1947-1991) na América Latina e Brasil. Nessa perspectiva, o nosso objetivo foi investigar o jornal e suas inclinações. Nossa hipótese é que: suas tiragens se caracterizavam como um recipiente por onde passava o pensamento elitista, no qual o discurso de legitimação do capitalismo e desarticulação do modelo socialista/comunista tinha lugar de prestígio. Nossa principal fonte vem do próprio acervo do jornal. Para a problematização desde corpus documental, utilizamos o conceito gramsciano de “aparelho privado de hegemonia” (APH). Portanto, nesse itinerário de investigação identificamos seu pensamento burguês e, sobretudo, o seu anticomunismo. \u0000Palavras-chave: O Globo. Anticomunismo. APH. Ditadura Militar. Socialismo cubano. ","PeriodicalId":30561,"journal":{"name":"Revista de Historia da UEG","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"41324499","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-01-13DOI: 10.31668/revistaueg.v12i01.13149
D. Briskievicz
Propomos nova narrativa histórica sobre a construção da capela do Senhor Bom Jesus do Matozinhos da Vila do Príncipe (atual cidade do Serro/MG). Analisamos dois aspectos: os documentos do Senado da Câmara e registros sobre a Irmandade do Bom Jesus do Matozinhos, mantenedora do templo primitivo; e a reconstrução deste templo pela nova Irmandade das Mercês e São Benedito, com problemas para a aprovação de seu compromisso, reveladores do cotidiano da nova confraria. Propõe-se um conceito geral e unificador da nova capela, ligado objetivamente aos ofícios mecânicos, estigmatizados como exercidos pelos de “sangue infecto”, influenciados pela Casa dos Vinte e Quatro de Lisboa. Usamos a pesquisa bibliográfica de documentos de arquivos do Brasil e de Portugal. O resultado é a comprovação de um templo para homenagear os ofícios mecânicos e todos aqueles ligados diretamente a eles como escravos, libertos e trabalhadores manuais. Palavras-chave: Brasil colônia. Ofícios mecânicos. Irmandades leigas. Comarca do Serro do Frio. Vila do Príncipe.
我们提出了一个关于Senhor Bom Jesus do Matozinhos da Vila do Príncipe(现Serro/MG市)小教堂建设的新的历史叙事。我们分析了两个方面:商会元老院的文件和关于原始神庙维护者博姆·耶稣·多·马托津霍斯兄弟会的记录;新的仁慈兄弟会和圣本尼迪克特重建了这座寺庙,但在批准其承诺方面存在问题,揭示了新兄弟会的日常生活。它提出了一个关于新礼拜堂的普遍而统一的概念,客观上与机械贸易有关,被污名化为受里斯本二十四人院影响的“感染血液”。我们使用巴西和葡萄牙档案馆的文献目录研究。结果证明了一座寺庙是为了纪念机械行业以及所有与机械行业直接相关的奴隶、自由人和体力劳动者。关键词:巴西殖民地。机械行业。躺在兄弟身上。Serro do Frio县。Villa do Príncipe。
{"title":"Um estudo sobre a Capela do Senhor Bom Jesus do Matozinhos da Vila do Príncipe, Comarca do Serro do Frio (Minas Gerais, 1773 a 1821)","authors":"D. Briskievicz","doi":"10.31668/revistaueg.v12i01.13149","DOIUrl":"https://doi.org/10.31668/revistaueg.v12i01.13149","url":null,"abstract":"Propomos nova narrativa histórica sobre a construção da capela do Senhor Bom Jesus do Matozinhos da Vila do Príncipe (atual cidade do Serro/MG). Analisamos dois aspectos: os documentos do Senado da Câmara e registros sobre a Irmandade do Bom Jesus do Matozinhos, mantenedora do templo primitivo; e a reconstrução deste templo pela nova Irmandade das Mercês e São Benedito, com problemas para a aprovação de seu compromisso, reveladores do cotidiano da nova confraria. Propõe-se um conceito geral e unificador da nova capela, ligado objetivamente aos ofícios mecânicos, estigmatizados como exercidos pelos de “sangue infecto”, influenciados pela Casa dos Vinte e Quatro de Lisboa. Usamos a pesquisa bibliográfica de documentos de arquivos do Brasil e de Portugal. O resultado é a comprovação de um templo para homenagear os ofícios mecânicos e todos aqueles ligados diretamente a eles como escravos, libertos e trabalhadores manuais. \u0000Palavras-chave: Brasil colônia. Ofícios mecânicos. Irmandades leigas. Comarca do Serro do Frio. Vila do Príncipe.","PeriodicalId":30561,"journal":{"name":"Revista de Historia da UEG","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-01-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45618501","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-15DOI: 10.31668/revistaueg.v11i2.13011
Francisco Tiago Silva Pinheiro
O presente artigo problematiza o imaginário e as representações de 1968 a partir das revistas de grande circulação (Veja, Manchete e Realidade). Mais do que um ano expressivo de lutas políticas, 1968 articulou novas formas comunicacionais que estavam em consolidação naquele momento – como é o caso da televisão e de sua linguagem –, reverberando nos modos e maneiras de contestar e protestar. Compreendemos que essas transformações da linguagem do protesto e os termos mobilizados pela juventude do período podem ser acessados e problematizados a partir das revistas, compreendidas enquanto produtos da sociedade de consumo e agentes ativas na mobilização de símbolos que constituíram os acontecimentos políticos e o conceito de 1968, marcando-o por uma estética própria, por vezes ignorada em prol de seus conflitos políticos mais salientes. Destacamos, assim, a articulação entre reivindicações sociais, consumo e veículos comunicacionais de grande circulação no Brasil de 1968. Palavras-Chave: 1968. Consumo. Protesto. Conceito. Juventude.
这篇文章对1968年发行量大的杂志(Veja,Manchete e Realidade)的想象和表现提出了质疑。1968年是政治斗争的重要一年,它阐述了当时正在巩固的新的传播形式,如电视及其语言,以竞争和抗议的方式和方式产生了反响。我们知道,抗议语言和那个时期年轻人动员的术语的这些转变可以从杂志上获得并解决问题,这些杂志被理解为消费社会的产品,是动员构成1968年政治事件和概念的象征的积极推动者,以其自身的美学为标志,有时因为其最突出的政治冲突而被忽视。因此,我们强调1968年巴西大流通的社会诉求、消费和通信工具之间的联系。关键词:1968。消耗反对概念青年
{"title":"Um mercado de ideias radicais: consumo e protesto no Brasil de 1968","authors":"Francisco Tiago Silva Pinheiro","doi":"10.31668/revistaueg.v11i2.13011","DOIUrl":"https://doi.org/10.31668/revistaueg.v11i2.13011","url":null,"abstract":"O presente artigo problematiza o imaginário e as representações de 1968 a partir das revistas de grande circulação (Veja, Manchete e Realidade). Mais do que um ano expressivo de lutas políticas, 1968 articulou novas formas comunicacionais que estavam em consolidação naquele momento – como é o caso da televisão e de sua linguagem –, reverberando nos modos e maneiras de contestar e protestar. Compreendemos que essas transformações da linguagem do protesto e os termos mobilizados pela juventude do período podem ser acessados e problematizados a partir das revistas, compreendidas enquanto produtos da sociedade de consumo e agentes ativas na mobilização de símbolos que constituíram os acontecimentos políticos e o conceito de 1968, marcando-o por uma estética própria, por vezes ignorada em prol de seus conflitos políticos mais salientes. Destacamos, assim, a articulação entre reivindicações sociais, consumo e veículos comunicacionais de grande circulação no Brasil de 1968. \u0000Palavras-Chave: 1968. Consumo. Protesto. Conceito. Juventude.","PeriodicalId":30561,"journal":{"name":"Revista de Historia da UEG","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42589003","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-11-24DOI: 10.31668/revistaueg.v11i2.12968
Renata Belz Kruger
Propõe-se no presente artigo analisar os dispositivos que foram mobilizados pelo governo militar com o objetivo de estimular e promover os deslocamentos de grupos das demais regiões do país para a colonização da Amazônia. Dentre os dispositivos mobilizados pelo governo para potencializar a colonização da Amazônia, destaca-se o Programa de Integração Nacional (PIN), assinado pelo presidente Médici em 1970, cartazes de propaganda do governo militar vinculados em meios de comunicação que incentivavam a exploração da Amazônia e o modelo de Urbanismo Rural adotado pelo Instituto Nacional de Reforma Agrária (INCRA). Para isso, são articuladas contribuições teóricas de Foucault a respeito do dispositivo e aproximações e relações do projeto de colonização empreendido pelo governo militar com o conceito de colonialidade. Palavras-chaves: Amazônia. Dispositivo Colonial. Transamazônica.
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