Emanoel Nogueira Ramos, Carla meira pires De carvalho
RESUMO Essa escrita propõe-se a discutir possibilidades existentes nas questões lúdicas presentes na linguagem teatral, contribuindo para o processo de formação continuada de professores. O texto é resultante de uma pesquisa de campo de caráter qualitativo no âmbito do teatro e da educação, com o propósito de formação continuada de professores da educação básica. Tem o objetivo de efetuar reflexões teóricas e investigativas em torno da experiência lúdica, que emerge a partir de um processo criativo com a improvisação teatral e possíveis possibilidades de formação continuada para os sujeitos implicados em tal processo. O jogo teatral e dramático será tomado aqui como principais veículos de diálogo entre estas duas áreas. Para isso, de forma sintética, traremos a noção de atitude lúdica no adulto, colocando esta como uma extensão do jogo espontâneo da criança, apesar de se caracterizar com algumas diferenciações. Abordaremos o jogo teatral e dramático, aliados aos processos de improvisação no teatro como grandes possibilidades de experiências, onde a ludicidade emerge, permitindo aos sujeitos construírem significações, imaginários, e novos códigos para si que podem se configurarem como uma emergência de novas aprendizagens e uma possível renovação na identidade do professor. Neste sentido, essa escrita sugere o espaço criativo do jogo teatral como um dispositivo de formação e reflexão crítica para o professor tanto no âmbito pessoal como no profissional. Palavras chave: Ludicidade, jogo teatral, formação de professores.
{"title":"Ludos, Dioniso e o espelho: A ludicidade no teatro e a formação de professores","authors":"Emanoel Nogueira Ramos, Carla meira pires De carvalho","doi":"10.9771/re.v11i1.45979","DOIUrl":"https://doi.org/10.9771/re.v11i1.45979","url":null,"abstract":"RESUMO \u0000Essa escrita propõe-se a discutir possibilidades existentes nas questões lúdicas presentes na linguagem teatral, contribuindo para o processo de formação continuada de professores. O texto é resultante de uma pesquisa de campo de caráter qualitativo no âmbito do teatro e da educação, com o propósito de formação continuada de professores da educação básica. Tem o objetivo de efetuar reflexões teóricas e investigativas em torno da experiência lúdica, que emerge a partir de um processo criativo com a improvisação teatral e possíveis possibilidades de formação continuada para os sujeitos implicados em tal processo. O jogo teatral e dramático será tomado aqui como principais veículos de diálogo entre estas duas áreas. Para isso, de forma sintética, traremos a noção de atitude lúdica no adulto, colocando esta como uma extensão do jogo espontâneo da criança, apesar de se caracterizar com algumas diferenciações. Abordaremos o jogo teatral e dramático, aliados aos processos de improvisação no teatro como grandes possibilidades de experiências, onde a ludicidade emerge, permitindo aos sujeitos construírem significações, imaginários, e novos códigos para si que podem se configurarem como uma emergência de novas aprendizagens e uma possível renovação na identidade do professor. Neste sentido, essa escrita sugere o espaço criativo do jogo teatral como um dispositivo de formação e reflexão crítica para o professor tanto no âmbito pessoal como no profissional. \u0000 \u0000Palavras chave: Ludicidade, jogo teatral, formação de professores.","PeriodicalId":30568,"journal":{"name":"Revista Entreideias Educacao Cultura e Sociedade","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"71248281","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
No contexto da pandemia causada pelo novo coronavírus (SARS-COV-2), propomos pensar a potência das narrativas digitais produzidas e compartilhadas no ciberespaço, entendendo-as como registros históricos que narram experiências, dores, modos de viver o isolamento físico (ou de não o praticar) e uma variedade de complexas e intensas emoções experimentadas pela humanidade no último ano. A partir de uma cartografia digital realizada em/com uma amostra dessas narrativas online, discutiremos a noção de redes educativas (ALVES, 2015) como espaçostempos de formação contínua, costurados por currículos não institucionais, praticados na/com a cibercultura (SANTOS, 2011). O presente artigo tem como objetivo principal apresentar e discutir o conceito de hiperescritas de si (MADDALENA, 2018) – escritas autobiográficas fundadas na hipermídia – como práticas de criação de memórias singulares a combater os perigos de uma história única (ADICHIE, 2009). As hiperescritas de si produzem outras presencialidades, sentidos e conhecimentos, expandem as formas de sociabilidade e pluralizam as vozes nos temposespaços de narrativas em disputa. A partir dessas escritas, praticadas e partilhadas na pandemia, pretende-se pensar a ficção como tática de (re) existência e de insurgência contra o que está posto enquanto ameaça à vida, à diferença e à democracia. À título de recorte, apresentaremos uma experiência de currículo praticado no Ensino Remoto Emergencial, na plataforma Moodle, desenhada com estudantes do curso de Pedagogia da UERJ, no segundo semestre de 2020, tendo a ficção como ponto de partida do desenho didático.
{"title":"Hiperescritas de si, currículos insurgentes e educação online: modos de fabular as docências na pandemia (e além dela)","authors":"Leonardo Nolasco Silva, Tania Lucía Maddalena","doi":"10.9771/re.v11i1.45542","DOIUrl":"https://doi.org/10.9771/re.v11i1.45542","url":null,"abstract":"No contexto da pandemia causada pelo novo coronavírus (SARS-COV-2), propomos pensar a potência das narrativas digitais produzidas e compartilhadas no ciberespaço, entendendo-as como registros históricos que narram experiências, dores, modos de viver o isolamento físico (ou de não o praticar) e uma variedade de complexas e intensas emoções experimentadas pela humanidade no último ano. A partir de uma cartografia digital realizada em/com uma amostra dessas narrativas online, discutiremos a noção de redes educativas (ALVES, 2015) como espaçostempos de formação contínua, costurados por currículos não institucionais, praticados na/com a cibercultura (SANTOS, 2011). O presente artigo tem como objetivo principal apresentar e discutir o conceito de hiperescritas de si (MADDALENA, 2018) – escritas autobiográficas fundadas na hipermídia – como práticas de criação de memórias singulares a combater os perigos de uma história única (ADICHIE, 2009). As hiperescritas de si produzem outras presencialidades, sentidos e conhecimentos, expandem as formas de sociabilidade e pluralizam as vozes nos temposespaços de narrativas em disputa. A partir dessas escritas, praticadas e partilhadas na pandemia, pretende-se pensar a ficção como tática de (re) existência e de insurgência contra o que está posto enquanto ameaça à vida, à diferença e à democracia. À título de recorte, apresentaremos uma experiência de currículo praticado no Ensino Remoto Emergencial, na plataforma Moodle, desenhada com estudantes do curso de Pedagogia da UERJ, no segundo semestre de 2020, tendo a ficção como ponto de partida do desenho didático.","PeriodicalId":30568,"journal":{"name":"Revista Entreideias Educacao Cultura e Sociedade","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"71248637","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A produção de mulheres na internet não é nova, mas, a partir do movimento dos feminismos plurais, principalmente mediado pelo uso das redes sociais na internet notamos a emergência de diferentes fenômenos, performances e usos, bem como o potencial dos multiletramentos críticos em Street (2014), Fernandes, Cruz e Souza (2020) mobilizados em práticas sociais na cibercultura (Santos, 2014). Durante a pandemia de COVID/19 realizamos uma etnografia na cibercultura (Pereira, 2018) a partir da qual alguns dispositivos autorais foram mapeados na plataforma Instagram, com o objetivo de compreender como dispositivos autorais educacionais foram forjados por diferentes mulheres e de que modo podem inspirar práticas pedagógicas feministas na cibercultura. Os dados produzidos foram descritos densamente e analisados buscando os sentidos e os modos de subjetivação de mulheres feministas em fenômenos emergentes como lives, ocupações, aulas públicas, pole dance e práticas de digital storytellyng, dialogando com autoras feministas como Angela Davis, Heloísa Buarque de Hollanda, bell hooks, Vilma Piedade, Djamila Ribeiro, Sara Wagner York, dentre outras. Como resultados destacamos a possibilidade de problematizar questões relacionadas à cibercultura e às práticas sociais mediadas pelo digital em rede e os sistemas estruturais como patriarcado, colonialismo e capitalismo, em intersecção com categorias importantes aos feminismos como gênero, raça e classe, sendo possível ainda, mapear o que estamos concebendo como multiletramentos críticos, ao lançar o olhar às estratégias e táticas das praticantes (Certeau, 1998) para superação e resistência aos atravessamentos e opressões sofridas historicamente e materializadas em violências como a discursiva, a política, a acadêmica, estética, entre outras.
{"title":"Dispositivos ciberfeministas no Instagram: as autorias educ-ativas em contexto de Covid-19","authors":"Terezinha Fernandes, E. Santos, Sara Wagner York","doi":"10.9771/re.v11i1.45468","DOIUrl":"https://doi.org/10.9771/re.v11i1.45468","url":null,"abstract":"A produção de mulheres na internet não é nova, mas, a partir do movimento dos feminismos plurais, principalmente mediado pelo uso das redes sociais na internet notamos a emergência de diferentes fenômenos, performances e usos, bem como o potencial dos multiletramentos críticos em Street (2014), Fernandes, Cruz e Souza (2020) mobilizados em práticas sociais na cibercultura (Santos, 2014). Durante a pandemia de COVID/19 realizamos uma etnografia na cibercultura (Pereira, 2018) a partir da qual alguns dispositivos autorais foram mapeados na plataforma Instagram, com o objetivo de compreender como dispositivos autorais educacionais foram forjados por diferentes mulheres e de que modo podem inspirar práticas pedagógicas feministas na cibercultura. Os dados produzidos foram descritos densamente e analisados buscando os sentidos e os modos de subjetivação de mulheres feministas em fenômenos emergentes como lives, ocupações, aulas públicas, pole dance e práticas de digital storytellyng, dialogando com autoras feministas como Angela Davis, Heloísa Buarque de Hollanda, bell hooks, Vilma Piedade, Djamila Ribeiro, Sara Wagner York, dentre outras. Como resultados destacamos a possibilidade de problematizar questões relacionadas à cibercultura e às práticas sociais mediadas pelo digital em rede e os sistemas estruturais como patriarcado, colonialismo e capitalismo, em intersecção com categorias importantes aos feminismos como gênero, raça e classe, sendo possível ainda, mapear o que estamos concebendo como multiletramentos críticos, ao lançar o olhar às estratégias e táticas das praticantes (Certeau, 1998) para superação e resistência aos atravessamentos e opressões sofridas historicamente e materializadas em violências como a discursiva, a política, a acadêmica, estética, entre outras.","PeriodicalId":30568,"journal":{"name":"Revista Entreideias Educacao Cultura e Sociedade","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48170234","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Em tempos de fortalecimento de governos de extrema-direita em aliança com os fundamentalismos religiosos, a guerra contra populações acusadas de ser inimigas das igrejas cristãs, da família e dos bons costumes é reforçada explicitamente por meio de políticas conservadoras e genocidas. Esse projeto genocida e epistemicida tem fortes raízes estruturais, fruto do projeto colonial, derivado, sobretudo, da invasão branca europeia do nosso continente. As pessoas negras enfrentam políticas de extermínio de suas tradições, identidades, suas histórias e de suas vidas. Pessoas negras, transsexuais e travestis, pobres, especialmente, são os principais alvos dessas políticas de morte. Essas necropolíticas marcadas pelas suas especificidades na ação do Estado, inicia na exclusão da escola e chega ao homicídio propriamente dito, seja por meio da produção do suicídio - pessoas suicidadas intencionalmente pelo Estado, seja pela vulnerabilidade social seja pela violência cotidiana. Pessoas trans e travestis têm sido historicamente objeto de classificação e diagnóstico pelas ciências biomédicas e psi, mediante critérios que desconsideram a singularidade de trajetórias de cada sujeito, bem como sua humanidade. Esses grupos enfrentam a patologização de seus corpos, bem como o abandono e as violências estruturais como crime de Estado. Neste artigo buscamos diagramar os mecanismos necropolíticos por meio da análise de fontes múltiplas, sobretudo aquelas de domínio público, dados estatísticos, relatos de exclusão escolar e violência publicados nas redes sociais. Nos valeremos de uma análise dos enunciados ali presentes na descrição dos mecanismos de exclusão e morte conduzidos pelo Estado.
{"title":"Vidas inimigas, necropolítica e interseccionalidade: da exclusão na educação ao suicídio/assassinato de pessoas trans","authors":"Vincent Pereira Goulart, Henrique Caetano Nardi","doi":"10.9771/re.v11i1.45614","DOIUrl":"https://doi.org/10.9771/re.v11i1.45614","url":null,"abstract":"Em tempos de fortalecimento de governos de extrema-direita em aliança com os fundamentalismos religiosos, a guerra contra populações acusadas de ser inimigas das igrejas cristãs, da família e dos bons costumes é reforçada explicitamente por meio de políticas conservadoras e genocidas. Esse projeto genocida e epistemicida tem fortes raízes estruturais, fruto do projeto colonial, derivado, sobretudo, da invasão branca europeia do nosso continente. As pessoas negras enfrentam políticas de extermínio de suas tradições, identidades, suas histórias e de suas vidas. Pessoas negras, transsexuais e travestis, pobres, especialmente, são os principais alvos dessas políticas de morte. Essas necropolíticas marcadas pelas suas especificidades na ação do Estado, inicia na exclusão da escola e chega ao homicídio propriamente dito, seja por meio da produção do suicídio - pessoas suicidadas intencionalmente pelo Estado, seja pela vulnerabilidade social seja pela violência cotidiana. Pessoas trans e travestis têm sido historicamente objeto de classificação e diagnóstico pelas ciências biomédicas e psi, mediante critérios que desconsideram a singularidade de trajetórias de cada sujeito, bem como sua humanidade. Esses grupos enfrentam a patologização de seus corpos, bem como o abandono e as violências estruturais como crime de Estado. Neste artigo buscamos diagramar os mecanismos necropolíticos por meio da análise de fontes múltiplas, sobretudo aquelas de domínio público, dados estatísticos, relatos de exclusão escolar e violência publicados nas redes sociais. Nos valeremos de uma análise dos enunciados ali presentes na descrição dos mecanismos de exclusão e morte conduzidos pelo Estado.","PeriodicalId":30568,"journal":{"name":"Revista Entreideias Educacao Cultura e Sociedade","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"71248273","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Ataques neoliberais têm impactado, fortemente, a vida demuitas pessoas que, historicamente, se encontram em condiçõesde desigualdade socioeconômica. Movimentos ultraconservadoresacompanham e sustentam as novas estratégias da racionalidadeneoliberal, fortalecendo a emergência e a instalação de governossignatários de políticas de fazer morrer: necropolíticas (MBEMBE,2018), alinhadas a redes epistêmicas racistas-fascistas.
{"title":"Pedagogias do presente: como nos tornamos o que somos?","authors":"T. Rocha, F. Pocahy, F. Carvalho, F. Souza","doi":"10.9771/re.v11i1.49206","DOIUrl":"https://doi.org/10.9771/re.v11i1.49206","url":null,"abstract":"Ataques neoliberais têm impactado, fortemente, a vida demuitas pessoas que, historicamente, se encontram em condiçõesde desigualdade socioeconômica. Movimentos ultraconservadoresacompanham e sustentam as novas estratégias da racionalidadeneoliberal, fortalecendo a emergência e a instalação de governossignatários de políticas de fazer morrer: necropolíticas (MBEMBE,2018), alinhadas a redes epistêmicas racistas-fascistas.","PeriodicalId":30568,"journal":{"name":"Revista Entreideias Educacao Cultura e Sociedade","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"71248321","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O presente artigo revisa e analisa parte da bibliografia que articula envelhecimento, velhice e gênero, e de forma mais ampla, inclui em suas análises estudos sobre modos de subjetivação e velhice. A metodologia utilizada foi o levantamento de artigos nas plataformas Scielo e Portal de Periódicos Capes, a partir das palavras-chave “envelhecimento, gênero” e “velhice, gênero”, organização dos artigos localizados em categorias, e em seguida a leitura e análise crítica dos mesmos. Entre as evidências encontradas destacamos artigos que utilizam gênero como categoria de análise das tramas do envelhecimento e que apontam caminhos para o desenvolvimento de perspectivas biopolíticas e interseccionais. Esses estudos, a partir do entrelaçamento dos marcadores de geração, aqui em específico a fase idosa, e performatividades de gênero engendradas nos/com/pelos sujeitos, indicam que os modos de pesquisar o envelhecimento configuram-se como modos de subjetivação, produzindo certos significados e sentidos sobre o corpo, em especial idoso.
{"title":"Envelhecimento, gênero e sexualidade: modos de pesquisar, modos de subjetivar","authors":"D. V. Silva, F. Pocahy","doi":"10.9771/re.v11i1.45570","DOIUrl":"https://doi.org/10.9771/re.v11i1.45570","url":null,"abstract":"O presente artigo revisa e analisa parte da bibliografia que articula envelhecimento, velhice e gênero, e de forma mais ampla, inclui em suas análises estudos sobre modos de subjetivação e velhice. A metodologia utilizada foi o levantamento de artigos nas plataformas Scielo e Portal de Periódicos Capes, a partir das palavras-chave “envelhecimento, gênero” e “velhice, gênero”, organização dos artigos localizados em categorias, e em seguida a leitura e análise crítica dos mesmos. Entre as evidências encontradas destacamos artigos que utilizam gênero como categoria de análise das tramas do envelhecimento e que apontam caminhos para o desenvolvimento de perspectivas biopolíticas e interseccionais. Esses estudos, a partir do entrelaçamento dos marcadores de geração, aqui em específico a fase idosa, e performatividades de gênero engendradas nos/com/pelos sujeitos, indicam que os modos de pesquisar o envelhecimento configuram-se como modos de subjetivação, produzindo certos significados e sentidos sobre o corpo, em especial idoso.","PeriodicalId":30568,"journal":{"name":"Revista Entreideias Educacao Cultura e Sociedade","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"71248654","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
L. Gonçalves, Luis Henrique Almeida Castro, Rosemar Ayres Dos Santos
Como se já não bastasse a situação de emergência sanitária em decorrência da pandemia do novo Coronavírus no ano de 2020, com ressonância nos campos econômico, cultural dentre vários outros, a população brasileira também vivenciou inúmeros acontecimentos que ameaçaram o estado democrático de direito. Assim, diante da incerteza (MORIN, 2005) de quando efetivamente as pessoas poderiam voltar a se reunir fisicamente, seja nas tradicionais festas populares, eventos científicos ou em espetáculos de qualquer outro gênero, as atividades de toda ordem precisaram assumir formatos alternativos para (re)xistir sem colocar a vida da população em risco. Assim, este texto tem como objetivo investigar em que medida as lives musicais, cada vez mais comum entre os tantos ‘dentrofora’ das diversas redes educativas, estabeleceram relações de ‘aprenderensinar’ entre os ‘fazerespensar’ cotidianos. Em nossas pesquisas, bricolamos estudos das ‘pesquisas com os cotidianos’ (CERTEAU, 2018; ALVES, 2008), com a multirreferencialidade (ARDOINO, 1998; MACEDO, 2012) para nos inspirarmos nas criações das coisas miúdas, desviantes, muitas vezes compreendidas como irrelevantes. Dessa forma, acionamos como dispositivos de pesquisa as rodas de conversas em ambientes online para tecer criações cotidianas nas diversas redes educativas reinventadas pelos usos dos dispositivos digitais em rede. Por fim, em posse dos fragmentos das histórias e das invenções coproduzidas, apresentamos como os praticantes culturais dos cotidianos interagem com o mundo externo para além da porta da própria casa (CERTEAU, 2009), cocriando ideias desviantes e incertezas como elementos para pensar o futuro.
{"title":"Ideias desviantes e incertezas como elementos para pensar o futuro","authors":"L. Gonçalves, Luis Henrique Almeida Castro, Rosemar Ayres Dos Santos","doi":"10.9771/re.v11i1.45639","DOIUrl":"https://doi.org/10.9771/re.v11i1.45639","url":null,"abstract":"Como se já não bastasse a situação de emergência sanitária em decorrência da pandemia do novo Coronavírus no ano de 2020, com ressonância nos campos econômico, cultural dentre vários outros, a população brasileira também vivenciou inúmeros acontecimentos que ameaçaram o estado democrático de direito. Assim, diante da incerteza (MORIN, 2005) de quando efetivamente as pessoas poderiam voltar a se reunir fisicamente, seja nas tradicionais festas populares, eventos científicos ou em espetáculos de qualquer outro gênero, as atividades de toda ordem precisaram assumir formatos alternativos para (re)xistir sem colocar a vida da população em risco. Assim, este texto tem como objetivo investigar em que medida as lives musicais, cada vez mais comum entre os tantos ‘dentrofora’ das diversas redes educativas, estabeleceram relações de ‘aprenderensinar’ entre os ‘fazerespensar’ cotidianos. Em nossas pesquisas, bricolamos estudos das ‘pesquisas com os cotidianos’ (CERTEAU, 2018; ALVES, 2008), com a multirreferencialidade (ARDOINO, 1998; MACEDO, 2012) para nos inspirarmos nas criações das coisas miúdas, desviantes, muitas vezes compreendidas como irrelevantes. Dessa forma, acionamos como dispositivos de pesquisa as rodas de conversas em ambientes online para tecer criações cotidianas nas diversas redes educativas reinventadas pelos usos dos dispositivos digitais em rede. Por fim, em posse dos fragmentos das histórias e das invenções coproduzidas, apresentamos como os praticantes culturais dos cotidianos interagem com o mundo externo para além da porta da própria casa (CERTEAU, 2009), cocriando ideias desviantes e incertezas como elementos para pensar o futuro.","PeriodicalId":30568,"journal":{"name":"Revista Entreideias Educacao Cultura e Sociedade","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47640023","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Eliziane Santana dos Santos, Alessandra Alexandre Freixo
Este artigo versa sobre um recorte de nossa pesquisa cartográfica, advinda de uma memória escolar vivenciada no ensino fundamental: o experimento que se propunha acompanhar o processo de germinação do feijão em um recipiente com algodão umedecido. A realização deste experimento provocou atravessamentos que causaram incômodos e nos mobilizaram a construir nossa escrita tomando esta memória como a potência da qual partem as reflexões em torno da noção de experiência (a partir dos escritos de Jorge Larrosa). Pensando nos atravessamentos que esta memória vem produzindo em nosso estar-sendo professoras, propomos como objetivo deste estudo acompanhar os processos de produção de memórias docentes, que visem expressar professoralidades no campo, considerando as entrevistas narrativas, articuladas a imagens visuais, como dispositivos para “fazer ver e fazer falar”, tomando Gilles Deleuze como inspiração. Neste artigo, chamamos à conversa uma professora de uma escola no campo, a fim de acompanhar a produção de diferenças que permeiam nossas professoralidades, por meio de nossas memórias e dos acontecimentos que nos atravessam. Compreender a diferença como base do nosso processo de (trans)formação professoral, nos permitiu refletir sobre o fato de que ela é responsável pelos acordos e tensionamentos estabelecidos nos docentes por meio da experiência, que é o mote deste plantio cartográfico. Através da partilha de experiências, pudemos perceber que há muito de coletivo em nossos atravessamentos pessoais, afetando nossas professoralidades, ainda que de maneiras distintas.
{"title":"Quando o Plantio de feijão nos atravessa: experiências e experimentações no ensino de ciências no campo","authors":"Eliziane Santana dos Santos, Alessandra Alexandre Freixo","doi":"10.9771/re.v10i3.38189","DOIUrl":"https://doi.org/10.9771/re.v10i3.38189","url":null,"abstract":"Este artigo versa sobre um recorte de nossa pesquisa cartográfica, advinda de uma memória escolar vivenciada no ensino fundamental: o experimento que se propunha acompanhar o processo de germinação do feijão em um recipiente com algodão umedecido. A realização deste experimento provocou atravessamentos que causaram incômodos e nos mobilizaram a construir nossa escrita tomando esta memória como a potência da qual partem as reflexões em torno da noção de experiência (a partir dos escritos de Jorge Larrosa). Pensando nos atravessamentos que esta memória vem produzindo em nosso estar-sendo professoras, propomos como objetivo deste estudo acompanhar os processos de produção de memórias docentes, que visem expressar professoralidades no campo, considerando as entrevistas narrativas, articuladas a imagens visuais, como dispositivos para “fazer ver e fazer falar”, tomando Gilles Deleuze como inspiração. Neste artigo, chamamos à conversa uma professora de uma escola no campo, a fim de acompanhar a produção de diferenças que permeiam nossas professoralidades, por meio de nossas memórias e dos acontecimentos que nos atravessam. Compreender a diferença como base do nosso processo de (trans)formação professoral, nos permitiu refletir sobre o fato de que ela é responsável pelos acordos e tensionamentos estabelecidos nos docentes por meio da experiência, que é o mote deste plantio cartográfico. Através da partilha de experiências, pudemos perceber que há muito de coletivo em nossos atravessamentos pessoais, afetando nossas professoralidades, ainda que de maneiras distintas.","PeriodicalId":30568,"journal":{"name":"Revista Entreideias Educacao Cultura e Sociedade","volume":"123 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"71248718","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O artigo tem como objetivo identificar e analisar, no âmbito da Universidade Federal da Bahia, as ações e as políticas de internacionalização voltadas para sua inserção no contexto da educação mundial global. O texto pretende demonstrar como esta Universidade tem historicamente realizado ações no sentido de se firmar como instituição que caminha na perspectiva da produção de conhecimento em sua relação com ações de internacionalização. Para isso, será apresentado um relato histórico dessas ações na Universidade desde sua fundação até o presente momento, com a aprovação do seu Plano de Internacionalização em 2018. A análise está alicerçada na revisão das políticas adotadas pelos governos brasileiros para fomento à internacionalização universitária até a criação do Programa Ciências sem Fronteira (PCsF) e Capes Print, do qual a UFBA foi e é partícipe, situadas enquanto significativas ações estratégicas para inserção das Instituições Federais de Ensino Superior brasileiras no cenário acadêmico internacional. Isso incluirá, certamente, o maior desafio apresentado pelos estudiosos sobre internacionalização: a proficiência linguística. Tal desafio será abordado, enfocando a principal medida local para seu enfrentamento: o Programa de Proficiência em Língua Estrangeira para Estudantes e Servidores da UFBA (PROFICI). Quanto à metodologia, trata-se de uma pesquisa descritiva de abordagem qualitativa e baseada em revisão de literatura, tomando por base as informações em referências correspondentes, mas, principalmente, em informações contidas nos seus planos de desenvolvimento institucionais.
{"title":"Internacionalização na UFBA: estratégias para inserção na educação global","authors":"Suely Souza Santos, F. Rosa","doi":"10.9771/re.v10i3.47183","DOIUrl":"https://doi.org/10.9771/re.v10i3.47183","url":null,"abstract":"O artigo tem como objetivo identificar e analisar, no âmbito da Universidade Federal da Bahia, as ações e as políticas de internacionalização voltadas para sua inserção no contexto da educação mundial global. O texto pretende demonstrar como esta Universidade tem historicamente realizado ações no sentido de se firmar como instituição que caminha na perspectiva da produção de conhecimento em sua relação com ações de internacionalização. Para isso, será apresentado um relato histórico dessas ações na Universidade desde sua fundação até o presente momento, com a aprovação do seu Plano de Internacionalização em 2018. A análise está alicerçada na revisão das políticas adotadas pelos governos brasileiros para fomento à internacionalização universitária até a criação do Programa Ciências sem Fronteira (PCsF) e Capes Print, do qual a UFBA foi e é partícipe, situadas enquanto significativas ações estratégicas para inserção das Instituições Federais de Ensino Superior brasileiras no cenário acadêmico internacional. Isso incluirá, certamente, o maior desafio apresentado pelos estudiosos sobre internacionalização: a proficiência linguística. Tal desafio será abordado, enfocando a principal medida local para seu enfrentamento: o Programa de Proficiência em Língua Estrangeira para Estudantes e Servidores da UFBA (PROFICI). Quanto à metodologia, trata-se de uma pesquisa descritiva de abordagem qualitativa e baseada em revisão de literatura, tomando por base as informações em referências correspondentes, mas, principalmente, em informações contidas nos seus planos de desenvolvimento institucionais. \u0000 ","PeriodicalId":30568,"journal":{"name":"Revista Entreideias Educacao Cultura e Sociedade","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"71248578","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A educação tem se orientado pelo conceito, ainda que impreciso, de democracia. O reconhecimento da diversidade resultante de elementos econômicos, políticos, sociais e culturais tem motivado a sociedade a exigir projetos políticos-pedagógicos que atendam a diferentes expectativas e necessidades. Nesse sentido, é fundamental compreender a educação inclusiva, suas modalidades, suas características e seus principais desafios. O problema que orienta o presente artigo diz respeito às perspectivas de inclusão na educação do campo. Para tanto, é abordado o ideal de inclusão na educação básica, a educação do campo como direito e, por fim, os desafios e impasses da educação do campo na atualidade, especialmente no contexto das novas Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs). A pesquisa se ampara em estudos, legislações e experiências de educação do campo e apresenta uma análise de conteúdo de publicações científicas recentes sobre os desafios escolares da educação do campo, de modo a identificar discursos e ações que podem ser mobilizados na elaboração de novos projetos de ensino e aprendizagem.
{"title":"Processos de Inclusão e Educação do Campo: Desafios da Educação Básica no Contexto das Novas Tecnologias","authors":"M. Mörschbächer, D. Reis","doi":"10.9771/re.v10i3.42216","DOIUrl":"https://doi.org/10.9771/re.v10i3.42216","url":null,"abstract":"A educação tem se orientado pelo conceito, ainda que impreciso, de democracia. O reconhecimento da diversidade resultante de elementos econômicos, políticos, sociais e culturais tem motivado a sociedade a exigir projetos políticos-pedagógicos que atendam a diferentes expectativas e necessidades. Nesse sentido, é fundamental compreender a educação inclusiva, suas modalidades, suas características e seus principais desafios. O problema que orienta o presente artigo diz respeito às perspectivas de inclusão na educação do campo. Para tanto, é abordado o ideal de inclusão na educação básica, a educação do campo como direito e, por fim, os desafios e impasses da educação do campo na atualidade, especialmente no contexto das novas Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs). A pesquisa se ampara em estudos, legislações e experiências de educação do campo e apresenta uma análise de conteúdo de publicações científicas recentes sobre os desafios escolares da educação do campo, de modo a identificar discursos e ações que podem ser mobilizados na elaboração de novos projetos de ensino e aprendizagem.","PeriodicalId":30568,"journal":{"name":"Revista Entreideias Educacao Cultura e Sociedade","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47752271","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}