De modo geral, a cultura do cancelamento pode ser compreendida como uma prática contemporânea de punição e humilhação pública por meio da qual um usuário de redes sociais perde grande número de seguidores devido ao seu comportamento ou seu dizer. Neste texto, trazemos à discussão a prática do cancelar a partir da observação de postagens do Twitter acerca do cancelamento da rapper Karol Conká durante sua participação na 21ª edição do Big Brother Brasil. Utilizamo-nos das contribuições foucaultianas à Análise de Discurso francesa, partindo da hipótese de que a mídia é um dispositivo de controle dos sujeitos contemporâneos, no qual a cultura do cancelamento tem se mostrado também como uma prática de si.
{"title":"A cultura do cancelamento no dispositivo midiático: subjetividade e prática de si","authors":"M. Lopes","doi":"10.21165/gel.v19i1.3225","DOIUrl":"https://doi.org/10.21165/gel.v19i1.3225","url":null,"abstract":"De modo geral, a cultura do cancelamento pode ser compreendida como uma prática contemporânea de punição e humilhação pública por meio da qual um usuário de redes sociais perde grande número de seguidores devido ao seu comportamento ou seu dizer. Neste texto, trazemos à discussão a prática do cancelar a partir da observação de postagens do Twitter acerca do cancelamento da rapper Karol Conká durante sua participação na 21ª edição do Big Brother Brasil. Utilizamo-nos das contribuições foucaultianas à Análise de Discurso francesa, partindo da hipótese de que a mídia é um dispositivo de controle dos sujeitos contemporâneos, no qual a cultura do cancelamento tem se mostrado também como uma prática de si.","PeriodicalId":31121,"journal":{"name":"Revista do GEL","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49495904","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Gladys Quevedo-Camargo, Anita Angélica Cruz de Paiva Sousa
Considerando a literatura existente sobre Letramento em Avaliação de Línguas (SCARAMUCCI, 2016; QUEVEDO-CAMARGO; SCARAMUCCI, 2018) e o papel da avaliação no processo de ensino/aprendizagem (SCARAMUCCI, 2006), este artigo discute o lugar e o papel desse letramento e os benefícios que pode propiciar aos docentes e aos seus contextos de atuação. Trazemos o conceito de glocalização (ROBERTSON, 1995; TRIPPESTAD, 2016) no contexto de ensino do inglês e sua importância no processo de formação de professores de língua inglesa. Realizamos um microestudo qualitativo-interpretativista (MOITA LOPES, 1994) com dados provenientes de um questionário on-line aplicado a cinco professores de inglês de uma escola pública de idiomas do Distrito Federal e da análise documental das disciplinas que compõem as matrizes curriculares dos seus cursos de Letras. Os resultados indicam que há uma carência de Letramento em Avaliação de Línguas na formação acadêmica dos participantes, o que é indispensável para que o professor possa conceber sua sala de aula como um espaço glocal.
{"title":"Letramento em avaliação para professores de inglês e a perspectiva glocal: um microestudo","authors":"Gladys Quevedo-Camargo, Anita Angélica Cruz de Paiva Sousa","doi":"10.21165/gel.v19i1.3371","DOIUrl":"https://doi.org/10.21165/gel.v19i1.3371","url":null,"abstract":"Considerando a literatura existente sobre Letramento em Avaliação de Línguas (SCARAMUCCI, 2016; QUEVEDO-CAMARGO; SCARAMUCCI, 2018) e o papel da avaliação no processo de ensino/aprendizagem (SCARAMUCCI, 2006), este artigo discute o lugar e o papel desse letramento e os benefícios que pode propiciar aos docentes e aos seus contextos de atuação. Trazemos o conceito de glocalização (ROBERTSON, 1995; TRIPPESTAD, 2016) no contexto de ensino do inglês e sua importância no processo de formação de professores de língua inglesa. Realizamos um microestudo qualitativo-interpretativista (MOITA LOPES, 1994) com dados provenientes de um questionário on-line aplicado a cinco professores de inglês de uma escola pública de idiomas do Distrito Federal e da análise documental das disciplinas que compõem as matrizes curriculares dos seus cursos de Letras. Os resultados indicam que há uma carência de Letramento em Avaliação de Línguas na formação acadêmica dos participantes, o que é indispensável para que o professor possa conceber sua sala de aula como um espaço glocal.","PeriodicalId":31121,"journal":{"name":"Revista do GEL","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48847247","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A história da linguística é narrada habitualmente como uma série de “revoluções” em que um paradigma novo substituiria por completo seu predecessor, cujo trabalho deveria ser deixado à margem dos desenvolvimentos atuais. Recorrendo a uma análise do verbete sobre etimologia na Encyclopédie dos iluministas franceses do século 18, é possível negar essa suposta linearidade dos avanços teóricos e metodológicos da linguística e reconhecer que eles se fazem por acúmulo e desdobramentos cíclicos, jamais de forma abrupta.
{"title":"A etimologia de Turgot: grãos de areia para uma história da linguística","authors":"M. Bagno","doi":"10.21165/gel.v19i1.3381","DOIUrl":"https://doi.org/10.21165/gel.v19i1.3381","url":null,"abstract":"A história da linguística é narrada habitualmente como uma série de “revoluções” em que um paradigma novo substituiria por completo seu predecessor, cujo trabalho deveria ser deixado à margem dos desenvolvimentos atuais. Recorrendo a uma análise do verbete sobre etimologia na Encyclopédie dos iluministas franceses do século 18, é possível negar essa suposta linearidade dos avanços teóricos e metodológicos da linguística e reconhecer que eles se fazem por acúmulo e desdobramentos cíclicos, jamais de forma abrupta.\u0000 ","PeriodicalId":31121,"journal":{"name":"Revista do GEL","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42090393","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O objetivo deste trabalho é apresentar alguns elementos musicais que possam servir de guia para o trabalho docente com as canções populares em aulas de português como língua materna. As orientações se baseiam na perspectiva de Copland sobre como ouvimos música. Além disso, é apresentada uma estrutura analítica da canção popular para que o professor consiga entender como o gênero canção se organiza. Por fim, apresenta-se uma análise da canção “Marchinha psicótica de Doutor Soup” de Júpiter Maçã para exemplificar como uma análise pode ser realizada com esses princípios. A análise mostra que os efeitos de sentidos são entendidos a partir do reconhecimento de estruturas musicais que não fazem parte do gênero marchinha.
这项工作的目的是提出一些音乐元素,可以作为教学工作的指导,在葡萄牙语作为母语的课堂上流行歌曲。这些指导方针是基于科普兰关于我们如何听音乐的观点。此外,还提出了流行歌曲的分析结构,以便教师了解歌曲体裁是如何组织的。最后,我们分析了朱庇特苹果的歌曲“Marchinha psitica de Doutor Soup”,以说明如何运用这些原则进行分析。分析表明,感官效应是通过对不属于marchinha体裁的音乐结构的识别来理解的。
{"title":"Análise musical de canções em aulas de português como língua materna, na perspectiva de Copland","authors":"Gustavo Nishida","doi":"10.21165/gel.v19i1.3370","DOIUrl":"https://doi.org/10.21165/gel.v19i1.3370","url":null,"abstract":"O objetivo deste trabalho é apresentar alguns elementos musicais que possam servir de guia para o trabalho docente com as canções populares em aulas de português como língua materna. As orientações se baseiam na perspectiva de Copland sobre como ouvimos música. Além disso, é apresentada uma estrutura analítica da canção popular para que o professor consiga entender como o gênero canção se organiza. Por fim, apresenta-se uma análise da canção “Marchinha psicótica de Doutor Soup” de Júpiter Maçã para exemplificar como uma análise pode ser realizada com esses princípios. A análise mostra que os efeitos de sentidos são entendidos a partir do reconhecimento de estruturas musicais que não fazem parte do gênero marchinha.","PeriodicalId":31121,"journal":{"name":"Revista do GEL","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44621568","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
M. Aquino, Camila Marcucci Schmidt, Mariana de Lima Feitosa
O presente artigo visa refletir sobre a experiência em um projeto de consultoria acadêmica baseado em Ferreira e Marques-Schäfer (2016), voltado ao ensino de estratégias de aprendizagem individual em turmas de alemão como língua adicional em contexto universitário. Para incentivar uma postura crítica e consciente no seu processo de aprendizagem, as estudantes foram envolvidas ativamente no planejamento e desenvolvimento do projeto (AQUINO, 2021). As escolhas das estratégias a partir de Oxford (1990) e ferramentas de aprendizagem para a elaboração das atividades foram, portanto, baseadas nas necessidades e interesses de aprendizes da disciplina de Língua Alemã II, do curso de graduação de Letras da Universidade de São Paulo. Os encontros da consultoria foram acompanhados por duas monitoras da disciplina, que negociavam com as estudantes as atividades a serem realizadas, assim como a discussão dos resultados. As análises de dados apresentadas neste artigo foram baseadas nas anotações de campo das monitorias, nos registros dos diários de aprendizagem e nas respostas em um questionário on-line. Os resultados obtidos sugerem que o projeto de consultoria acadêmica incentivou as alunas a se sentirem responsáveis pelo seu processo de aprendizagem, sendo possível observar um posicionamento crítico-reflexivo com relação às suas próprias necessidades e estilos de aprendizagem.
{"title":"Estratégias de aprendizagem individual no ensino de Alemão como Língua Adicional: um projeto de consultoria acadêmica","authors":"M. Aquino, Camila Marcucci Schmidt, Mariana de Lima Feitosa","doi":"10.21165/gel.v19i1.3301","DOIUrl":"https://doi.org/10.21165/gel.v19i1.3301","url":null,"abstract":"O presente artigo visa refletir sobre a experiência em um projeto de consultoria acadêmica baseado em Ferreira e Marques-Schäfer (2016), voltado ao ensino de estratégias de aprendizagem individual em turmas de alemão como língua adicional em contexto universitário. Para incentivar uma postura crítica e consciente no seu processo de aprendizagem, as estudantes foram envolvidas ativamente no planejamento e desenvolvimento do projeto (AQUINO, 2021). As escolhas das estratégias a partir de Oxford (1990) e ferramentas de aprendizagem para a elaboração das atividades foram, portanto, baseadas nas necessidades e interesses de aprendizes da disciplina de Língua Alemã II, do curso de graduação de Letras da Universidade de São Paulo. Os encontros da consultoria foram acompanhados por duas monitoras da disciplina, que negociavam com as estudantes as atividades a serem realizadas, assim como a discussão dos resultados. As análises de dados apresentadas neste artigo foram baseadas nas anotações de campo das monitorias, nos registros dos diários de aprendizagem e nas respostas em um questionário on-line. Os resultados obtidos sugerem que o projeto de consultoria acadêmica incentivou as alunas a se sentirem responsáveis pelo seu processo de aprendizagem, sendo possível observar um posicionamento crítico-reflexivo com relação às suas próprias necessidades e estilos de aprendizagem.","PeriodicalId":31121,"journal":{"name":"Revista do GEL","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49092797","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Ler em língua estrangeira vem ganhando papel de destaque dentro das sociedades letradas, uma vez que permite ao sujeito o contato com diferentes repertórios interpretativos, podendo potencializar sua criticidade. Uma vez que a escola é um dos principais agentes do ensino da leitura em língua estrangeira e que a avaliação é parte integrante de todo sistema de ensino, este artigo se propõe a discutir as concepções docentes e a prática avaliativa de leitura em ELE dentro do ensino regular. Pretende-se apresentar um recorte dos dados de uma pesquisa em nível de mestrado sobre essa temática. Os resultados sinalizam carência de objetivos específicos para o desenvolvimento da leitura em ELE e a valorização do conhecimento sistêmico do idioma dentro do corpus de análise.
{"title":"Concepções e práticas de professores de ELE na avaliação de leitura","authors":"A. Silva","doi":"10.21165/gel.v19i1.3224","DOIUrl":"https://doi.org/10.21165/gel.v19i1.3224","url":null,"abstract":"Ler em língua estrangeira vem ganhando papel de destaque dentro das sociedades letradas, uma vez que permite ao sujeito o contato com diferentes repertórios interpretativos, podendo potencializar sua criticidade. Uma vez que a escola é um dos principais agentes do ensino da leitura em língua estrangeira e que a avaliação é parte integrante de todo sistema de ensino, este artigo se propõe a discutir as concepções docentes e a prática avaliativa de leitura em ELE dentro do ensino regular. Pretende-se apresentar um recorte dos dados de uma pesquisa em nível de mestrado sobre essa temática. Os resultados sinalizam carência de objetivos específicos para o desenvolvimento da leitura em ELE e a valorização do conhecimento sistêmico do idioma dentro do corpus de análise.","PeriodicalId":31121,"journal":{"name":"Revista do GEL","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48077266","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este artigo objetiva apresentar uma descrição dos processos de mudanças na macronomenclatura municipal alagoana, desde a sua origem (denominação inicial dos futuros municípios) até a institucionalização do macrotopônimo atual (oficialização do nome do município emancipado). Quanto aos pressupostos teóricos, filia-se, em linhas gerais, ao campo da Onomástica, em especial ao modelo taxionômico toponomástico de Dick (1990) e, no campo da categorização das mudanças toponímicas, adota o modelo de tipificação das mudanças toponímicas proposto por Melo (2018). Metodologicamente, configura-se como uma pesquisa do tipo bibliográfico e documental de abordagem quali-quantitativa. Os resultados revelaram que, dos 102 nomes atribuídos aos municípios alagoanos, 34 nomes não foram afetados pela dinâmica de mudança toponímica durante o processo de institucionalização do macrotopônimo atual e oficial, já 68 nomes de municípios, em Alagoas, foram substituídos ou sofreram algum tipo de alteração em suas formas, sendo registrados 45 casos de mudanças totais, 19 de mudanças parciais e 04 de mudanças aparentes. Nessa dinâmica de mudança, identificou-se 22 mudanças espontâneas e 46 mudanças sistemáticas no corpus analisado. Como conclusão, aponta-se que o marco temporal, os elementos de constituição geoespacial das terras alagoanas e os aspectos socioculturais condicionaram as mudanças toponímicas.
{"title":"Olhando o passado para conhecer o presente da macrotoponímia municipal de Alagoas","authors":"P. A. Melo, Karollyny de Araújo Lima","doi":"10.21165/gel.v19i1.3364","DOIUrl":"https://doi.org/10.21165/gel.v19i1.3364","url":null,"abstract":"Este artigo objetiva apresentar uma descrição dos processos de mudanças na macronomenclatura municipal alagoana, desde a sua origem (denominação inicial dos futuros municípios) até a institucionalização do macrotopônimo atual (oficialização do nome do município emancipado). Quanto aos pressupostos teóricos, filia-se, em linhas gerais, ao campo da Onomástica, em especial ao modelo taxionômico toponomástico de Dick (1990) e, no campo da categorização das mudanças toponímicas, adota o modelo de tipificação das mudanças toponímicas proposto por Melo (2018). Metodologicamente, configura-se como uma pesquisa do tipo bibliográfico e documental de abordagem quali-quantitativa. Os resultados revelaram que, dos 102 nomes atribuídos aos municípios alagoanos, 34 nomes não foram afetados pela dinâmica de mudança toponímica durante o processo de institucionalização do macrotopônimo atual e oficial, já 68 nomes de municípios, em Alagoas, foram substituídos ou sofreram algum tipo de alteração em suas formas, sendo registrados 45 casos de mudanças totais, 19 de mudanças parciais e 04 de mudanças aparentes. Nessa dinâmica de mudança, identificou-se 22 mudanças espontâneas e 46 mudanças sistemáticas no corpus analisado. Como conclusão, aponta-se que o marco temporal, os elementos de constituição geoespacial das terras alagoanas e os aspectos socioculturais condicionaram as mudanças toponímicas.","PeriodicalId":31121,"journal":{"name":"Revista do GEL","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45915352","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O objetivo deste artigo é analisar o modo como se constituem as relações de quatro doutorandos da UNICAMP, pertencentes a diferentes áreas de conhecimento, com seus respectivos orientadores durante o processo de escrita da tese. Para tal, o trabalho fundamenta-se nos princípios teórico-metodológicos dos Letramentos Acadêmicos e da etnografia da linguagem. No contexto desta pesquisa, os orientadores são considerados mediadores de letramento privilegiados. Os dados revelam a natureza das relações de poder instauradas nas interações entre doutorandos e seus orientadores, além do descompasso entre as expectativas criadas pelos participantes e o que de fato se concretizou na relação construída entre orientandos e orientadores. Este artigo, portanto, aponta para a necessidade de implementação de políticas institucionais que promovam uma formação para os orientadores com base na perspectiva dos Letramentos Acadêmicos.
{"title":"O orientador como mediador de letramento privilegiado no processo de escrita da tese de doutorandos","authors":"Larissa Giacometti Paris","doi":"10.21165/gel.v19i1.3360","DOIUrl":"https://doi.org/10.21165/gel.v19i1.3360","url":null,"abstract":"O objetivo deste artigo é analisar o modo como se constituem as relações de quatro doutorandos da UNICAMP, pertencentes a diferentes áreas de conhecimento, com seus respectivos orientadores durante o processo de escrita da tese. Para tal, o trabalho fundamenta-se nos princípios teórico-metodológicos dos Letramentos Acadêmicos e da etnografia da linguagem. No contexto desta pesquisa, os orientadores são considerados mediadores de letramento privilegiados. Os dados revelam a natureza das relações de poder instauradas nas interações entre doutorandos e seus orientadores, além do descompasso entre as expectativas criadas pelos participantes e o que de fato se concretizou na relação construída entre orientandos e orientadores. Este artigo, portanto, aponta para a necessidade de implementação de políticas institucionais que promovam uma formação para os orientadores com base na perspectiva dos Letramentos Acadêmicos.","PeriodicalId":31121,"journal":{"name":"Revista do GEL","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46163295","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Esta pesquisa avaliou a leitura de 40 professores de diferentes disciplinas, e 110 alunos de 10 a 18 anos, pertencentes ao 3º ano do EF à 3ª série do EM, estabelecendo como controle 1 profissional de Língua Portuguesa, para verificar suas entoações durante a leitura de um nanoconto. Sob o uso do aplicativo ExProsódia® (FERREIRA NETTO, 2010), as informações avaliadas por meio da análise automatizada dos dados observaram que alunos e professores produzem uma leitura de entoação neutra – conforme previsto por Cagliari (2002). Ou seja, cerca de 60% realizaram apenas uma frase entoacional, cuja curva de F0 teve um movimento oblíquo, direção descendente, finalização plagal e produção irregular de pausas perceptíveis, contrariando o controle, que realizou duas frases entoacionais, com finalização autêntica, dando ao texto a interpretação poética esperada. Além disso, também se verificou que a entoação na leitura começa a ser perceptível a partir do 3º ano do ensino fundamental, quando a criança apresenta mais fluidez ao ler um texto. Todavia, mesmo que os dados tragam uma regularidade em relação aos resultados gerais, percebe-se que as leituras não revelam uma uniformização no ato de ler em se tratando de alunos e professores.
{"title":"As características entoacionais presentes na leitura de professores e alunos do Ensino Básico","authors":"Rosicleide Rodrigues Garcia","doi":"10.21165/gel.v19i1.3369","DOIUrl":"https://doi.org/10.21165/gel.v19i1.3369","url":null,"abstract":"Esta pesquisa avaliou a leitura de 40 professores de diferentes disciplinas, e 110 alunos de 10 a 18 anos, pertencentes ao 3º ano do EF à 3ª série do EM, estabelecendo como controle 1 profissional de Língua Portuguesa, para verificar suas entoações durante a leitura de um nanoconto. Sob o uso do aplicativo ExProsódia® (FERREIRA NETTO, 2010), as informações avaliadas por meio da análise automatizada dos dados observaram que alunos e professores produzem uma leitura de entoação neutra – conforme previsto por Cagliari (2002). Ou seja, cerca de 60% realizaram apenas uma frase entoacional, cuja curva de F0 teve um movimento oblíquo, direção descendente, finalização plagal e produção irregular de pausas perceptíveis, contrariando o controle, que realizou duas frases entoacionais, com finalização autêntica, dando ao texto a interpretação poética esperada. Além disso, também se verificou que a entoação na leitura começa a ser perceptível a partir do 3º ano do ensino fundamental, quando a criança apresenta mais fluidez ao ler um texto. Todavia, mesmo que os dados tragam uma regularidade em relação aos resultados gerais, percebe-se que as leituras não revelam uma uniformização no ato de ler em se tratando de alunos e professores.","PeriodicalId":31121,"journal":{"name":"Revista do GEL","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45640197","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"SAUSSURE, Ferdinand de. Curso de linguística geral. Apresentação de Carlos Faraco. Tradução, notas e posfácio de Marcos Bagno. São Paulo: Parábola, 2021. 392p. Resenha.","authors":"Felipe Prais","doi":"10.21165/gel.v19i1.3401","DOIUrl":"https://doi.org/10.21165/gel.v19i1.3401","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":31121,"journal":{"name":"Revista do GEL","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47129381","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}