Waldemar Ferreira Netto, Marcus Vinicius Moreira Martins, Ana Aparecida Jorge, Juan Costa Carreiro, Mariana Nitzschke Padilha
Este trabalho analisa a distinção entre o que chamamos de prosódia afetiva e gramatical com base no modelo do aplicativo ExProsodia. Para isso, extraímos parâmetros relacionados à produção da prosódia afetiva e gramatical e comparamos os resultados obtidos entre sujeitos com esquizofrenia e os sujeitos do grupo controle, estes divididos pela variável autodeclarada gênero (masculino e feminino). Analisaram-se dados extraídos de 15 amostras de pacientes com esquizofrenia (dois femininos e quatro masculinos) e de 30 amostras de sujeitos do grupo controle (15 homens e 15 mulheres), coletados no site YouTube, de pessoas que não apresentavam nenhuma psicose evidente. A comparação do uso de entoação gramatical com a afetiva mostrou que a relação é estatisticamente diferente entre os sujeitos do grupo-controle masculino e os pacientes com esquizofrenia (p<0,001) e parcialmente semelhante entre os sujeitos do grupo-controle feminino e os pacientes com esquizofrenia (p<0,05). Os resultados indicam que elas são parcialmente semelhantes entre os sujeitos do grupo-controle (p<0,05). Para testar esse segundo resultado, observamos que indivíduos do sexo masculino produzem mais parâmetros relacionados à função gramatical do que o grupo feminino (2,43 > 1,95), permitindo diferenciar as amostras. Enfatiza-se mais pesquisas serem necessárias para explicar essas singularidades entoacionais.
{"title":"Entoação gramatical e afetiva: comparação entre pessoas com esquizofrenia e entre os gêneros sexuais","authors":"Waldemar Ferreira Netto, Marcus Vinicius Moreira Martins, Ana Aparecida Jorge, Juan Costa Carreiro, Mariana Nitzschke Padilha","doi":"10.21165/gel.v19i2.3365","DOIUrl":"https://doi.org/10.21165/gel.v19i2.3365","url":null,"abstract":"Este trabalho analisa a distinção entre o que chamamos de prosódia afetiva e gramatical com base no modelo do aplicativo ExProsodia. Para isso, extraímos parâmetros relacionados à produção da prosódia afetiva e gramatical e comparamos os resultados obtidos entre sujeitos com esquizofrenia e os sujeitos do grupo controle, estes divididos pela variável autodeclarada gênero (masculino e feminino). Analisaram-se dados extraídos de 15 amostras de pacientes com esquizofrenia (dois femininos e quatro masculinos) e de 30 amostras de sujeitos do grupo controle (15 homens e 15 mulheres), coletados no site YouTube, de pessoas que não apresentavam nenhuma psicose evidente. A comparação do uso de entoação gramatical com a afetiva mostrou que a relação é estatisticamente diferente entre os sujeitos do grupo-controle masculino e os pacientes com esquizofrenia (p<0,001) e parcialmente semelhante entre os sujeitos do grupo-controle feminino e os pacientes com esquizofrenia (p<0,05). Os resultados indicam que elas são parcialmente semelhantes entre os sujeitos do grupo-controle (p<0,05). Para testar esse segundo resultado, observamos que indivíduos do sexo masculino produzem mais parâmetros relacionados à função gramatical do que o grupo feminino (2,43 > 1,95), permitindo diferenciar as amostras. Enfatiza-se mais pesquisas serem necessárias para explicar essas singularidades entoacionais.","PeriodicalId":31121,"journal":{"name":"Revista do GEL","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"41997176","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pretendemos, neste trabalho, colocar em discussão a escrita e a leitura infantil, recortando-se o efeito do outro (alteridade) e do Outro (alteridade radical) na travessia da criança pela aquisição da linguagem escrita. Nesse sentido, este estudo filia-se ao interacionismo em aquisição de linguagem, conforme proposição da pesquisadora brasileira Cláudia de Lemos, que, fundamentada na linguística estruturalista de base europeia e na psicanálise lacaniana, concebe a aquisição de linguagem como consequente à mudança de posição da criança em relação ao outro, à língua e à própria criança. Nesse enfoque, nosso corpus é composto por textos escritos e lidos, em ambiente escolar, por três crianças, entre três e cinco anos de idade, matriculadas no primeiro, segundo e terceiro ano da Educação Infantil. Os dados apontaram que o efeito do outro é o de espelho em que a criança, referida ao texto-discurso desse outro, tenta constituir sua escrita e sua leitura, enquanto o efeito do Outro só é possível a partir da imersão da criança na materialidade dos textos.
在这项工作中,我们打算讨论儿童的写作和阅读,通过书面语言的习得来消除他者(他者)和他者(激进的他者)在儿童交叉中的影响。从这个意义上说,根据巴西研究人员Cláudia de Lemos的主张,本研究属于语言习得中的互动主义。他基于欧洲基础的结构主义语言学和拉康精神分析,认为语言习得是儿童相对于他人、语言和儿童自身的位置变化的结果。在这种方法中,我们的语料库由三个孩子在学校环境中书写和阅读的文本组成,这些孩子年龄在三到五岁之间,就读于幼儿教育一年级、二年级和三年级。数据表明,他者的效果是镜像的,在镜像中,儿童参照他者的文本话语,试图构成他的写作和阅读,而他者的效果只有通过儿童沉浸在文本的物质性中才能实现。
{"title":"A escrita e a leitura infantil: efeitos do outro/Outro na travessia da criança pela aquisição da linguagem escrita","authors":"Magda Wacemberg Pereira Lima Carvalho","doi":"10.21165/gel.v19i2.3397","DOIUrl":"https://doi.org/10.21165/gel.v19i2.3397","url":null,"abstract":"Pretendemos, neste trabalho, colocar em discussão a escrita e a leitura infantil, recortando-se o efeito do outro (alteridade) e do Outro (alteridade radical) na travessia da criança pela aquisição da linguagem escrita. Nesse sentido, este estudo filia-se ao interacionismo em aquisição de linguagem, conforme proposição da pesquisadora brasileira Cláudia de Lemos, que, fundamentada na linguística estruturalista de base europeia e na psicanálise lacaniana, concebe a aquisição de linguagem como consequente à mudança de posição da criança em relação ao outro, à língua e à própria criança. Nesse enfoque, nosso corpus é composto por textos escritos e lidos, em ambiente escolar, por três crianças, entre três e cinco anos de idade, matriculadas no primeiro, segundo e terceiro ano da Educação Infantil. Os dados apontaram que o efeito do outro é o de espelho em que a criança, referida ao texto-discurso desse outro, tenta constituir sua escrita e sua leitura, enquanto o efeito do Outro só é possível a partir da imersão da criança na materialidade dos textos.","PeriodicalId":31121,"journal":{"name":"Revista do GEL","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45559355","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este estudo de natureza qualitativa e cunho etnográfico tem como objetivos abordar a xenofobia nas interações comunicativas entre estadunidenses e imigrantes latinos nos Estados Unidos através da impolidez no discurso e analisar a sua influência na ameaça à face desse grupo de imigrantes. O aporte teórico incluiu os conceitos de xenofobia e a contextualização da situação do imigrante no corpo social dos Estados Unidos, examinados através dos estudos de Lee (2019) e Allport (1954), a impolidez linguística, por meio dos estudos de Culpeper (1996) e Culpeper e Kadar 2010), perpassando os estudos de face de Goffman (1975, 1982). Os dados foram gerados através de dois questionários desenvolvidos na plataforma Google Forms. A pesquisa foi realizada a partir das respostas de 15 participantes, sendo 13 de origem latina. A análise pragmático-discursiva dos dados se deu de forma interpretativista e seguiu a linha da análise temática (MANEN, 1990). Os resultados mostraram evidências linguísticas de impolidez que ameaçam a face do imigrante latino-americano de modo a contribuir para a manutenção da sua situação periférica no contexto social estadunidense e corroborando estereótipos que acabam por interferir na interação social desses imigrantes.
{"title":"\"Ele me chamou de comedor de burrito\": xenofobia, impolidez e ameaça à face de imigrantes latinos nos Estados Unidos","authors":"F. D. Silveira, G. Ferreira","doi":"10.21165/gel.v19i2.3453","DOIUrl":"https://doi.org/10.21165/gel.v19i2.3453","url":null,"abstract":"Este estudo de natureza qualitativa e cunho etnográfico tem como objetivos abordar a xenofobia nas interações comunicativas entre estadunidenses e imigrantes latinos nos Estados Unidos através da impolidez no discurso e analisar a sua influência na ameaça à face desse grupo de imigrantes. O aporte teórico incluiu os conceitos de xenofobia e a contextualização da situação do imigrante no corpo social dos Estados Unidos, examinados através dos estudos de Lee (2019) e Allport (1954), a impolidez linguística, por meio dos estudos de Culpeper (1996) e Culpeper e Kadar 2010), perpassando os estudos de face de Goffman (1975, 1982). Os dados foram gerados através de dois questionários desenvolvidos na plataforma Google Forms. A pesquisa foi realizada a partir das respostas de 15 participantes, sendo 13 de origem latina. A análise pragmático-discursiva dos dados se deu de forma interpretativista e seguiu a linha da análise temática (MANEN, 1990). Os resultados mostraram evidências linguísticas de impolidez que ameaçam a face do imigrante latino-americano de modo a contribuir para a manutenção da sua situação periférica no contexto social estadunidense e corroborando estereótipos que acabam por interferir na interação social desses imigrantes.","PeriodicalId":31121,"journal":{"name":"Revista do GEL","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45989662","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A prática de reescrita é encarada, por boa parte dos estudantes universitários, como uma ação punitiva que denuncia as fragilidades encontradas em seus textos. É considerando esta realidade que este trabalho versa sobre a importância da (re)escrita orientada na universidade e objetiva descrever as implicações da reescrita textual na e para a apropriação da escrita acadêmica. O corpus examinado foi extraído dos dados textuais de uma pesquisa-ação desenvolvida em 2018, durante meu Doutorado, com a participação de um grupo de estudantes de diferentes períodos do Curso de Letras de uma universidade privada de Belo Horizonte. A discussão é fundamentada principalmente na perspectiva dialógica da língua/linguagem advinda dos postulados bakhtinianos, e, por esse viés, reconhece-se que a escrita não pode ser vista isolada dessas duas instâncias, nem pensada fora do seu processo de produção de sentido e das práticas sociais. Em linhas gerais, os resultados apontam que a (re)escrita orientada potencializa a apropriação da escrita acadêmica, promovendo deslocamentos que permitem ao escrevente, para além do aprimoramento de aspectos linguístico-discursivos e textuais do texto, construir uma identidade acadêmica a partir do (re)conhecimento de valores e princípios que permeiam as práticas de escrita na universidade, os quais as legitimam em diferentes campos do conhecimento.
{"title":"A importância da (re)escrita orientada para a apropriação da escrita acadêmica na universidade","authors":"Sibely Oliveira Silva","doi":"10.21165/gel.v19i2.3456","DOIUrl":"https://doi.org/10.21165/gel.v19i2.3456","url":null,"abstract":"A prática de reescrita é encarada, por boa parte dos estudantes universitários, como uma ação punitiva que denuncia as fragilidades encontradas em seus textos. É considerando esta realidade que este trabalho versa sobre a importância da (re)escrita orientada na universidade e objetiva descrever as implicações da reescrita textual na e para a apropriação da escrita acadêmica. O corpus examinado foi extraído dos dados textuais de uma pesquisa-ação desenvolvida em 2018, durante meu Doutorado, com a participação de um grupo de estudantes de diferentes períodos do Curso de Letras de uma universidade privada de Belo Horizonte. A discussão é fundamentada principalmente na perspectiva dialógica da língua/linguagem advinda dos postulados bakhtinianos, e, por esse viés, reconhece-se que a escrita não pode ser vista isolada dessas duas instâncias, nem pensada fora do seu processo de produção de sentido e das práticas sociais. Em linhas gerais, os resultados apontam que a (re)escrita orientada potencializa a apropriação da escrita acadêmica, promovendo deslocamentos que permitem ao escrevente, para além do aprimoramento de aspectos linguístico-discursivos e textuais do texto, construir uma identidade acadêmica a partir do (re)conhecimento de valores e princípios que permeiam as práticas de escrita na universidade, os quais as legitimam em diferentes campos do conhecimento. \u0000 \u0000 ","PeriodicalId":31121,"journal":{"name":"Revista do GEL","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48761404","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Índice de assuntos","authors":"Editora Letraria, Comissão Editorial","doi":"10.21165/gel.v19i2.3531","DOIUrl":"https://doi.org/10.21165/gel.v19i2.3531","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":31121,"journal":{"name":"Revista do GEL","volume":"6 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"136136020","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
In this work, I present a first analysis of the syntactic alignment in the Mehináku (Arawak) language to show how this language behaves in terms of its different verbal predicates and the arguments that these predicates take. I argue that this language tends to manifest an active-stative alignment (or split ergativity, as proposed by Aikhenvald (1999, 2001, 2002, 2018, 2019) for other Arawak languages), since it is the semantic type of the verb that determines which type of argument functioning as subject will be taken and, moreover, in what syntactic position this argument will appear. I show that transitive verbs, agentive intransitives, non-agentive intransitives, and most stative intransitive verbs (type 1) align in the same way, taking as subject one of the pronominal proclitics of the language positioned before the verb, while a small portion of the stative intransitive verbs (type 2) align with the direct object of the transitive verb since it takes as its subject the full pronouns of the language positioned after the verb. Furthermore, I show that the subject of the transitive verb (A) and the subjects of the agentive, non-agentive, and type 1 intransitive verbs are marked with the thematic role of agent or experiencer, while, in turn, the object of the transitive verb and the subject of the intransitive verb of type 2 (So) are marked with the thematic role of theme or patient.
{"title":"Syntactic alignment and identification of theta-role subgroups in Mehináku stative verbs","authors":"Paulo Henrique De Felipe","doi":"10.21165/gel.v19i2.3412","DOIUrl":"https://doi.org/10.21165/gel.v19i2.3412","url":null,"abstract":"In this work, I present a first analysis of the syntactic alignment in the Mehináku (Arawak) language to show how this language behaves in terms of its different verbal predicates and the arguments that these predicates take. I argue that this language tends to manifest an active-stative alignment (or split ergativity, as proposed by Aikhenvald (1999, 2001, 2002, 2018, 2019) for other Arawak languages), since it is the semantic type of the verb that determines which type of argument functioning as subject will be taken and, moreover, in what syntactic position this argument will appear. I show that transitive verbs, agentive intransitives, non-agentive intransitives, and most stative intransitive verbs (type 1) align in the same way, taking as subject one of the pronominal proclitics of the language positioned before the verb, while a small portion of the stative intransitive verbs (type 2) align with the direct object of the transitive verb since it takes as its subject the full pronouns of the language positioned after the verb. Furthermore, I show that the subject of the transitive verb (A) and the subjects of the agentive, non-agentive, and type 1 intransitive verbs are marked with the thematic role of agent or experiencer, while, in turn, the object of the transitive verb and the subject of the intransitive verb of type 2 (So) are marked with the thematic role of theme or patient.","PeriodicalId":31121,"journal":{"name":"Revista do GEL","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48681287","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
This paper addresses two aspects of the Língua Geral Amazônica (LGA). First, we propose that Língua Geral as a technical term in Portuguese was inspired by administrative practices in Spain’s American colonies and that, given contemporary usage, the term should be understood functionally as any Tupi-Guarani variety broadly mutually comprehensible with the colonial Old Tupi, rather than as a structurally modified variety or the speech of a particular ethnic or social group, as has been claimed. We then briefly analyse two recent hypotheses that treat the emergence of LGA as creolisation (VIEIRA; ZANOLI; MÓDOLO, 2019; NOBRE, 2019). Next, we apply key notions of the Language Ecology creolisation model (MUFWENE, 2003, 2008) to the formation of LGA and suggest a periodization.
{"title":"The Nature and Emergence of the Língua Geral Amazônica according to Mufwene’s Language Ecology Model","authors":"Tom Finbow","doi":"10.21165/gel.v19i2.3414","DOIUrl":"https://doi.org/10.21165/gel.v19i2.3414","url":null,"abstract":"This paper addresses two aspects of the Língua Geral Amazônica (LGA). First, we propose that Língua Geral as a technical term in Portuguese was inspired by administrative practices in Spain’s American colonies and that, given contemporary usage, the term should be understood functionally as any Tupi-Guarani variety broadly mutually comprehensible with the colonial Old Tupi, rather than as a structurally modified variety or the speech of a particular ethnic or social group, as has been claimed. We then briefly analyse two recent hypotheses that treat the emergence of LGA as creolisation (VIEIRA; ZANOLI; MÓDOLO, 2019; NOBRE, 2019). Next, we apply key notions of the Language Ecology creolisation model (MUFWENE, 2003, 2008) to the formation of LGA and suggest a periodization.","PeriodicalId":31121,"journal":{"name":"Revista do GEL","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48368073","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Confronto duas construções portuguesas: a de verbo causativo ou sensitivo e a de verbo declarativo ou opinativo com nome/pronome e infinitivo. Primeiro, procuro mostrar, à luz da gramática sincrônica, duas diferenças entre as construções: 1) que o nome/pronome e infinitivo constituem oração (= subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo) na segunda construção, mas não na primeira; 2) que, quando se emprega pronome pessoal, este apresenta forma reta na segunda construção, e oblíqua na primeira. Daí, investigo, à luz da gramática diacrônica, as causas dessas diferenças, que têm suas raízes no latim. Enfim, ilustro o uso de ambas as construções em nove textos portugueses elaborados entre os séc. XIII e XVI.
{"title":"Sintaxe histórica do infinitivo português: a oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo","authors":"M. Martinho","doi":"10.21165/gel.v19i2.3420","DOIUrl":"https://doi.org/10.21165/gel.v19i2.3420","url":null,"abstract":"Confronto duas construções portuguesas: a de verbo causativo ou sensitivo e a de verbo declarativo ou opinativo com nome/pronome e infinitivo. Primeiro, procuro mostrar, à luz da gramática sincrônica, duas diferenças entre as construções: 1) que o nome/pronome e infinitivo constituem oração (= subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo) na segunda construção, mas não na primeira; 2) que, quando se emprega pronome pessoal, este apresenta forma reta na segunda construção, e oblíqua na primeira. Daí, investigo, à luz da gramática diacrônica, as causas dessas diferenças, que têm suas raízes no latim. Enfim, ilustro o uso de ambas as construções em nove textos portugueses elaborados entre os séc. XIII e XVI.","PeriodicalId":31121,"journal":{"name":"Revista do GEL","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"41904895","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"E, por falar em ciência: resenha crítica de \"Como uma língua funciona?\", de Luisandro Mendes de Souza","authors":"Clóvis Luiz Alonso Júnior","doi":"10.21165/gel.v19i2.3419","DOIUrl":"https://doi.org/10.21165/gel.v19i2.3419","url":null,"abstract":"<jats:p>.</jats:p>","PeriodicalId":31121,"journal":{"name":"Revista do GEL","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47521559","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Na aquisição da fonologia típica, observa-se um padrão de desenvolvimento em que a aquisição ocorre de maneira não linear, com regressões de uso, influenciada por fatores biológicos e ambientais. Há poucos estudos sobre essa temática na região Nordeste do Brasil, mais especificamente na cidade de Natal-RN. O objetivo do estudo foi caracterizar a aquisição fonológica típica em crianças residentes na cidade de Natal-RN. Foi coletada a fala de 28 crianças na faixa etária entre 4:1 e 6:5 anos, sem alterações preexistentes. Nas análises contrastiva e por traços distintivos, observou-se que a aquisição de todos os fonemas em ataque simples e ataque complexo estavam presentes, com comportamento semelhante ao observado em estudos como de Lamprecht (2004) e Lazzarotto-Volcão (2012). A realização do arquifonema /R/ em posição de coda medial/final não condiz com o citado em estudos anteriores, em que sugerem que a aquisição desse arquifonema na posição de coda ocorra em torno dos quatro anos antes da estabilização do segmento em ataque complexo. Assim, o perfil de aquisição do arquifonema /R/ não é semelhante ao relatado nos estudos preexistentes.
{"title":"Aquisição fonológica: descrição dos dados de fala de crianças com desenvolvimento típico","authors":"Amanda Rose Alves Jorge, Vanessa Giacchini","doi":"10.21165/gel.v19i2.3413","DOIUrl":"https://doi.org/10.21165/gel.v19i2.3413","url":null,"abstract":"Na aquisição da fonologia típica, observa-se um padrão de desenvolvimento em que a aquisição ocorre de maneira não linear, com regressões de uso, influenciada por fatores biológicos e ambientais. Há poucos estudos sobre essa temática na região Nordeste do Brasil, mais especificamente na cidade de Natal-RN. O objetivo do estudo foi caracterizar a aquisição fonológica típica em crianças residentes na cidade de Natal-RN. Foi coletada a fala de 28 crianças na faixa etária entre 4:1 e 6:5 anos, sem alterações preexistentes. Nas análises contrastiva e por traços distintivos, observou-se que a aquisição de todos os fonemas em ataque simples e ataque complexo estavam presentes, com comportamento semelhante ao observado em estudos como de Lamprecht (2004) e Lazzarotto-Volcão (2012). A realização do arquifonema /R/ em posição de coda medial/final não condiz com o citado em estudos anteriores, em que sugerem que a aquisição desse arquifonema na posição de coda ocorra em torno dos quatro anos antes da estabilização do segmento em ataque complexo. Assim, o perfil de aquisição do arquifonema /R/ não é semelhante ao relatado nos estudos preexistentes.","PeriodicalId":31121,"journal":{"name":"Revista do GEL","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47927717","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}