Pub Date : 2024-01-18DOI: 10.12957/tamoios.2024.68051
Gabriela Leal Rios
Em face ao entendimento da paisagem enquanto experiência que se associa a um arranjo de elementos e a suas dimensões culturais, sociais e sensoriais, e visando ressaltar o papel dos sujeitos como atores na organização desse arranjo, o presente trabalho se propõe a analisar a relação entre as dimensões olfativa e imagética da paisagem do Setor de Ervas do mercado do Ver-o-Peso, em Belém do Pará. Partindo principalmente da interlocução com os erveiros, busca-se estabelecer um diálogo entre práticas, rituais, suas simbologias e a sensorialidade singular que participa da unidade da paisagem. Os aromas, associados às imagens e aos rituais adquirem uma importância situada e sugerem uma forma de ocupar o espaço que parte do contato do espectador com este arranjo da paisagem. Busca-se, então, trazer uma discussão de escala e de sensorialidade ao conceito de paisagem dentro da geografia a partir do enquadramento do Setor de Ervas do Ver-o-Peso enquanto tal.
{"title":"A PAISAGEM ENTRE O PRÓXIMO E O DISTANTE: IMAGENS E AROMAS NO SETOR DOS VENDEDORES DE CHEIRO NO VER-O-PESO","authors":"Gabriela Leal Rios","doi":"10.12957/tamoios.2024.68051","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/tamoios.2024.68051","url":null,"abstract":"Em face ao entendimento da paisagem enquanto experiência que se associa a um arranjo de elementos e a suas dimensões culturais, sociais e sensoriais, e visando ressaltar o papel dos sujeitos como atores na organização desse arranjo, o presente trabalho se propõe a analisar a relação entre as dimensões olfativa e imagética da paisagem do Setor de Ervas do mercado do Ver-o-Peso, em Belém do Pará. Partindo principalmente da interlocução com os erveiros, busca-se estabelecer um diálogo entre práticas, rituais, suas simbologias e a sensorialidade singular que participa da unidade da paisagem. Os aromas, associados às imagens e aos rituais adquirem uma importância situada e sugerem uma forma de ocupar o espaço que parte do contato do espectador com este arranjo da paisagem. Busca-se, então, trazer uma discussão de escala e de sensorialidade ao conceito de paisagem dentro da geografia a partir do enquadramento do Setor de Ervas do Ver-o-Peso enquanto tal.","PeriodicalId":31324,"journal":{"name":"Revista Tamoios","volume":"60 7","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-01-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140503530","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-01-18DOI: 10.12957/tamoios.2024.72212
Suelen de Souza Cadaval, Júlia Nyland do Amaral Ribeiro, Carolina Larrosa de Oliveira Claro, Michele Neves Meneses
A pandemia causada pela doença COVID-19 registrou seu primeiro caso em 2019 na China, desde então, como resposta a evolução da transmissão em todo território mundial, ações de controle a essa crise sanitária foram implementadas. A partir disso, a presente pesquisa busca analisar o impacto espaço-temporal das ações municipais na contenção da distribuição espacial da COVID-19 em Rio Grande (RS), através de técnicas do Geoprocessamento e Estatística Descritiva. Os dados utilizados para a pesquisa advêm de publicações no site da Prefeitura Municipal do Rio Grande, bem como da sua parceria de Programas de Extensão do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia – Campus Rio Grande. O recorte temporal da pesquisa data de Março de 2020 a Abril de 2021 em que foram elaborados mapas coropléticos e de densidade Kernel baseados nesse período através do software QGIS 3.22. Com os resultados foi possível concluir que houve influência dos decretos municipais na disseminação da COVID-19 no território, além de ser possível constatar que haviam algumas localidades que apresentavam um padrão de alta contaminação ao longo de todo período. Aliada a discussão principal do trabalho existe também a valorização das contribuições do Geoprocessamento na gestão municipal e vigilância em saúde.
{"title":"ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DE RESTRIÇÕES E DECRETOS MUNICIPAIS NA EVOLUÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL DA COVID-19 EM RIO GRANDE (RS)","authors":"Suelen de Souza Cadaval, Júlia Nyland do Amaral Ribeiro, Carolina Larrosa de Oliveira Claro, Michele Neves Meneses","doi":"10.12957/tamoios.2024.72212","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/tamoios.2024.72212","url":null,"abstract":"A pandemia causada pela doença COVID-19 registrou seu primeiro caso em 2019 na China, desde então, como resposta a evolução da transmissão em todo território mundial, ações de controle a essa crise sanitária foram implementadas. A partir disso, a presente pesquisa busca analisar o impacto espaço-temporal das ações municipais na contenção da distribuição espacial da COVID-19 em Rio Grande (RS), através de técnicas do Geoprocessamento e Estatística Descritiva. Os dados utilizados para a pesquisa advêm de publicações no site da Prefeitura Municipal do Rio Grande, bem como da sua parceria de Programas de Extensão do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia – Campus Rio Grande. O recorte temporal da pesquisa data de Março de 2020 a Abril de 2021 em que foram elaborados mapas coropléticos e de densidade Kernel baseados nesse período através do software QGIS 3.22. Com os resultados foi possível concluir que houve influência dos decretos municipais na disseminação da COVID-19 no território, além de ser possível constatar que haviam algumas localidades que apresentavam um padrão de alta contaminação ao longo de todo período. Aliada a discussão principal do trabalho existe também a valorização das contribuições do Geoprocessamento na gestão municipal e vigilância em saúde.","PeriodicalId":31324,"journal":{"name":"Revista Tamoios","volume":"18 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-01-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140503914","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-01-18DOI: 10.12957/tamoios.2024.74922
Luis Henrique Leandro Ribeiro
A digitalização do território envolve, hoje, todas as esferas da vida e a totalidade dos lugares. Pode ser compreendida como a digitalização dos sistemas de ações e objetos, acirrando a contradição entre a possibilidade de maior unificação / cooperação (desejada ou não; consciente ou não) da produção de valor por todos e o aumento da extração e concentração desse valor por poucos, sorrateiros e competitivos agentes ou instituições. A digitalização do território aprofunda o padrão sistêmico da geração e apropriação de riquezas, ao mesmo tempo em que promove resistências ou permanências de outros usos a partir da solidariedade do espaço banal, envolvendo todas as pessoas, classes, sujeitos, grupos, empresas e instituições. Esse ensaio busca refletir sobre como a digitalização do território tem se expressado enquanto conjunto de materialidades e ações portador de diversos sentidos de exploração, cooperação ou resistência. Problematiza-se ainda se, a partir daí, é possível vislumbrar a transição para um novo período histórico, um período popular da história.
{"title":"DIGITALIZAÇÃO DO TERRITÓRIO: MATERIALIDADES E SENTIDOS DA AÇÃO","authors":"Luis Henrique Leandro Ribeiro","doi":"10.12957/tamoios.2024.74922","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/tamoios.2024.74922","url":null,"abstract":"A digitalização do território envolve, hoje, todas as esferas da vida e a totalidade dos lugares. Pode ser compreendida como a digitalização dos sistemas de ações e objetos, acirrando a contradição entre a possibilidade de maior unificação / cooperação (desejada ou não; consciente ou não) da produção de valor por todos e o aumento da extração e concentração desse valor por poucos, sorrateiros e competitivos agentes ou instituições. A digitalização do território aprofunda o padrão sistêmico da geração e apropriação de riquezas, ao mesmo tempo em que promove resistências ou permanências de outros usos a partir da solidariedade do espaço banal, envolvendo todas as pessoas, classes, sujeitos, grupos, empresas e instituições. Esse ensaio busca refletir sobre como a digitalização do território tem se expressado enquanto conjunto de materialidades e ações portador de diversos sentidos de exploração, cooperação ou resistência. Problematiza-se ainda se, a partir daí, é possível vislumbrar a transição para um novo período histórico, um período popular da história.","PeriodicalId":31324,"journal":{"name":"Revista Tamoios","volume":"26 12","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-01-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140504107","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-07-26DOI: 10.12957/tamoios.2023.71054
Paola Nogueira Da Silva, E. D. C. P. Costa, V. Seabra
A bacia Macacu-Guapiaçu tem grande importância socioambiental para o estado do Rio de Janeiro, pois é responsável pelo abastecimento de água de grande parte da população do leste metropolitano, além de possuir em seu território extensos remanescentes de Mata Atlântica. Devido à importância dos remanescentes naturais nesta região, este trabalho teve o objetivo de mapear e analisar as transformações antrópicas, por unidades de paisagem, na bacia Macacu-Guapiaçu. O estudo optou em realizar as análises pelas unidades de paisagem da bacia, pois reúne em mesmas classes as paisagens com características físicas semelhantes. Como resultados desta pesquisa foram gerados mapeamentos de unidades de paisagem, a partir de dados físicos; uso e cobertura da terra, a partir de imagens Sentinel 2 por classificação de imagens baseada em objetos (GEOBIA); e índice de transformação antrópica (ITA), por unidades de paisagem.
{"title":"ÍNDICE DE TRANSFORMAÇÃO ANTRÓPICA POR UNIDADES DE PAISAGEM NA BACIA DO MACACU-GUAPIAÇU - RJ","authors":"Paola Nogueira Da Silva, E. D. C. P. Costa, V. Seabra","doi":"10.12957/tamoios.2023.71054","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/tamoios.2023.71054","url":null,"abstract":"A bacia Macacu-Guapiaçu tem grande importância socioambiental para o estado do Rio de Janeiro, pois é responsável pelo abastecimento de água de grande parte da população do leste metropolitano, além de possuir em seu território extensos remanescentes de Mata Atlântica. Devido à importância dos remanescentes naturais nesta região, este trabalho teve o objetivo de mapear e analisar as transformações antrópicas, por unidades de paisagem, na bacia Macacu-Guapiaçu. O estudo optou em realizar as análises pelas unidades de paisagem da bacia, pois reúne em mesmas classes as paisagens com características físicas semelhantes. Como resultados desta pesquisa foram gerados mapeamentos de unidades de paisagem, a partir de dados físicos; uso e cobertura da terra, a partir de imagens Sentinel 2 por classificação de imagens baseada em objetos (GEOBIA); e índice de transformação antrópica (ITA), por unidades de paisagem.","PeriodicalId":31324,"journal":{"name":"Revista Tamoios","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43997839","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-07-26DOI: 10.12957/tamoios.2023.77396
Charlles Da França Antunes, Astrogildo Luiz de França Filho, Felipe Moura Fernandes
Do ponto de vista do método, o objetivo deste ensaio é demonstrar como as “rupturas” e as “continuidades” ou “tempo curto” e o “tempo longo” auxiliam na compreensão do “tempo histórico” em sua dimensão “estrutural”. Nesses termos, vale ressaltar que não estamos comprometidos com a construção de narrativa que dê conta de uma história do “início” ao “fim”, mas pretendemos demonstrar como os diferentes encontros realizados no âmbito da Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB), ajudam a compreender a dinâmica da associação nos últimos 80 anos. Diante dessa premissa, também entendemos a possibilidade de contribuir para a compreensão do pensamento geográfico brasileiro desses mesmos períodos — décadas de 1940, 1950, 1970 e 1980 — e, por consequência, do tempo presente. O que pretendemos com o texto é apresentar, no conjunto da diversidade de eventos, os que foram inaugurais em cada modalidade e assim poder compreender, à luz das transformações, mediadas em seus processos históricos amplos, o surgimento, a realização e as características da primeira edição da Assembleia Geral Ordinária da AGB, em 1946; do primeiro Congresso Brasileiro de Geógrafos (CBG), em 1954; do primeiro Encontro Nacional de Geógrafos (ENG), em 1972; do primeiro Encontro Nacional de Ensino de Geografia — “Fala Professor”, em 1987.
{"title":"A ASSOCIAÇÃO DOS GEÓGRAFOS BRASILEIROS E SEUS ENCONTROS: DA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA AO “FALA PROFESSOR(A)” — FORMAÇÃO DA COMUNIDADE, AFIRMAÇÃO DE IDENTIDADE E DEFINIÇÃO DE PROJETO POLÍTICO","authors":"Charlles Da França Antunes, Astrogildo Luiz de França Filho, Felipe Moura Fernandes","doi":"10.12957/tamoios.2023.77396","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/tamoios.2023.77396","url":null,"abstract":"Do ponto de vista do método, o objetivo deste ensaio é demonstrar como as “rupturas” e as “continuidades” ou “tempo curto” e o “tempo longo” auxiliam na compreensão do “tempo histórico” em sua dimensão “estrutural”. Nesses termos, vale ressaltar que não estamos comprometidos com a construção de narrativa que dê conta de uma história do “início” ao “fim”, mas pretendemos demonstrar como os diferentes encontros realizados no âmbito da Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB), ajudam a compreender a dinâmica da associação nos últimos 80 anos. Diante dessa premissa, também entendemos a possibilidade de contribuir para a compreensão do pensamento geográfico brasileiro desses mesmos períodos — décadas de 1940, 1950, 1970 e 1980 — e, por consequência, do tempo presente. O que pretendemos com o texto é apresentar, no conjunto da diversidade de eventos, os que foram inaugurais em cada modalidade e assim poder compreender, à luz das transformações, mediadas em seus processos históricos amplos, o surgimento, a realização e as características da primeira edição da Assembleia Geral Ordinária da AGB, em 1946; do primeiro Congresso Brasileiro de Geógrafos (CBG), em 1954; do primeiro Encontro Nacional de Geógrafos (ENG), em 1972; do primeiro Encontro Nacional de Ensino de Geografia — “Fala Professor”, em 1987.","PeriodicalId":31324,"journal":{"name":"Revista Tamoios","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44286329","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-07-26DOI: 10.12957/tamoios.2023.67508
Anderson Felipe Leite dos Santos, Raimundo Da Paz Sobrinho
A implementação do ensino remoto ocasionado pela pandemia da covid-19 trouxe novos desafios na formação docente, refletindo diretamente no desenvolvimento dos estágios supervisionados. Pensando nisso, este trabalho tem como objetivo compreender quais foram as dificuldades e possibilidades observadas pelos alunos-estagiários e docentes dos estágios supervisionados em Geografia II e III do Curso de Licenciatura Plena em Geografia da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), campus I. A metodologia adotada é a qualitativa, do tipo estudo de caso. Quanto aos objetivos, a pesquisa é de caráter descritivo. Para alcançar os objetivos propostos, foi aplicado um questionário estruturado com 26 questões, sendo 17 questões abertas e nove de múltipla escolha junto aos estagiários, além de um questionário estruturado para os quatro docentes do Ensino Superior, com 12 questões abertas a fim de identificar informações referentes ao desenvolvimento do estágio. Como resultados, constatou-se que, com a pandemia da covid-19, a interação estagiário-aluno e, em alguns casos estagiário-professor, ficou bastante restrita, conforme relatado pelos pesquisados. Ademais, vale ressaltar a importância da inserção do uso das ferramentas tecnológicas pelo professor a fim de mediar o processo educativo desde a formação inicial, o que ainda está muito distante da realidade de grande parte dos cursos de licenciaturas no Brasil.
{"title":"O ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM GEOGRAFIA NO ENSINO REMOTO: COMO ESTAGIAR EM TEMPO DE PANDEMIA E ISOLAMENTO SOCIAL?","authors":"Anderson Felipe Leite dos Santos, Raimundo Da Paz Sobrinho","doi":"10.12957/tamoios.2023.67508","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/tamoios.2023.67508","url":null,"abstract":"A implementação do ensino remoto ocasionado pela pandemia da covid-19 trouxe novos desafios na formação docente, refletindo diretamente no desenvolvimento dos estágios supervisionados. Pensando nisso, este trabalho tem como objetivo compreender quais foram as dificuldades e possibilidades observadas pelos alunos-estagiários e docentes dos estágios supervisionados em Geografia II e III do Curso de Licenciatura Plena em Geografia da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), campus I. A metodologia adotada é a qualitativa, do tipo estudo de caso. Quanto aos objetivos, a pesquisa é de caráter descritivo. Para alcançar os objetivos propostos, foi aplicado um questionário estruturado com 26 questões, sendo 17 questões abertas e nove de múltipla escolha junto aos estagiários, além de um questionário estruturado para os quatro docentes do Ensino Superior, com 12 questões abertas a fim de identificar informações referentes ao desenvolvimento do estágio. Como resultados, constatou-se que, com a pandemia da covid-19, a interação estagiário-aluno e, em alguns casos estagiário-professor, ficou bastante restrita, conforme relatado pelos pesquisados. Ademais, vale ressaltar a importância da inserção do uso das ferramentas tecnológicas pelo professor a fim de mediar o processo educativo desde a formação inicial, o que ainda está muito distante da realidade de grande parte dos cursos de licenciaturas no Brasil.","PeriodicalId":31324,"journal":{"name":"Revista Tamoios","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46667858","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-07-26DOI: 10.12957/tamoios.2023.76188
Gilberto Cunha Franca, Sílvia Lopes Raimundo
Nas pesquisas, assim como nos ativismos e movimentos sociais, percebe-se o interesse sobre as práticas e a gestão do bem comum. No âmbito deste debate e engajamento é que propomos aqui uma reflexão sobre o comum nos espaços urbanos periféricos. Nossa análise se apoiará basicamente no pensamento de Milton Santos e, mais especificamente, no conceito de espaço banal, de onde dialogamos com outras elaborações, incluindo nossas próprias pesquisas sobre os coletivos e os movimentos de cultura. Assim, é do espaço banal e da perspectiva da geografia, que procuramos analisar as bases materiais e imateriais dos comuns urbanos periféricos, construídos a partir da tessitura feita por mãos de muitos, não somente operários e sindicalistas, mas artistas, trabalhadores e “filósofos da cultura” e mulheres, gênero que historicamente constrói a base intelectual e material dos Comuns das periferias urbanas.
{"title":"ESPAÇO BANAL, VIDA COMUM: PRÁXIS E CULTURA NAS PERIFERIAS URBANAS","authors":"Gilberto Cunha Franca, Sílvia Lopes Raimundo","doi":"10.12957/tamoios.2023.76188","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/tamoios.2023.76188","url":null,"abstract":"Nas pesquisas, assim como nos ativismos e movimentos sociais, percebe-se o interesse sobre as práticas e a gestão do bem comum. No âmbito deste debate e engajamento é que propomos aqui uma reflexão sobre o comum nos espaços urbanos periféricos. Nossa análise se apoiará basicamente no pensamento de Milton Santos e, mais especificamente, no conceito de espaço banal, de onde dialogamos com outras elaborações, incluindo nossas próprias pesquisas sobre os coletivos e os movimentos de cultura. Assim, é do espaço banal e da perspectiva da geografia, que procuramos analisar as bases materiais e imateriais dos comuns urbanos periféricos, construídos a partir da tessitura feita por mãos de muitos, não somente operários e sindicalistas, mas artistas, trabalhadores e “filósofos da cultura” e mulheres, gênero que historicamente constrói a base intelectual e material dos Comuns das periferias urbanas.","PeriodicalId":31324,"journal":{"name":"Revista Tamoios","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45711349","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-07-26DOI: 10.12957/tamoios.2023.76239
R. G. Gonçalves, R. V. Paiva
Este trabalho tem como objetivo refletir sobre os danos colaterais decorrentes de um modelo de cidade neoliberal, utilizando como exemplo o rompimento da barragem do Córrego do Feijão em Brumadinho/MG/Brasil. O artigo busca relacionar os recentes processos socioespaciais pautados pelas ideias neoliberais, que vêm induzindo a reordenamentos territoriais, privatizações e retirada do Estado de suas funções regulatórias, com as ideias de desenvolvimento e de danos colaterais. Nesse contexto, discute-se a importância da reafirmação da ideia de direito à cidade, vinculada à cidadania e à autonomia e infere-se que não restariam alternativas ao modelo neoliberal imposto que não passem pelos conflitos e manifestações coletivas, entendendo que cidadania é conflito e que é preciso dar visibilidade àqueles que estão predestinados a serem vítimas colaterais. As ideias são ilustradas com o caso do rompimento da barragem do Córrego do Feijão em Brumadinho/MG/Brasil.CAPES; CNPQ,
这项工作旨在反思新自由主义城市模式造成的附带损害,以巴西布鲁马迪尼奥/MG/巴西的Córrego do Feijão大坝破裂为例。这篇文章试图将最近以新自由主义思想为指导的社会空间进程与发展和附带损害的思想联系起来,这些思想一直在导致领土重组、私有化和国家退出其监管职能。在这方面,我们讨论了重申与公民身份和自治相关的城市权利的重要性,并推断,除了强加的不经历冲突和集体表现的新自由主义模式之外,没有其他选择,我们理解公民身份就是冲突,有必要让那些注定会成为附带受害者的人看到自己。这些想法以Brumadinho/MG/Brazil.CAPES的Córrego do Feijão大坝破裂为例进行了说明;CNPQ,
{"title":"DANOS COLATERAIS NAS CIDADES NEOLIBERAIS: REFLEXÕES A PARTIR DO ROMPIMENTO DA BARRAGEM DO CÓRREGO DO FEIJÃO EM BRUMADINHO/MG/BRASIL","authors":"R. G. Gonçalves, R. V. Paiva","doi":"10.12957/tamoios.2023.76239","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/tamoios.2023.76239","url":null,"abstract":"Este trabalho tem como objetivo refletir sobre os danos colaterais decorrentes de um modelo de cidade neoliberal, utilizando como exemplo o rompimento da barragem do Córrego do Feijão em Brumadinho/MG/Brasil. O artigo busca relacionar os recentes processos socioespaciais pautados pelas ideias neoliberais, que vêm induzindo a reordenamentos territoriais, privatizações e retirada do Estado de suas funções regulatórias, com as ideias de desenvolvimento e de danos colaterais. Nesse contexto, discute-se a importância da reafirmação da ideia de direito à cidade, vinculada à cidadania e à autonomia e infere-se que não restariam alternativas ao modelo neoliberal imposto que não passem pelos conflitos e manifestações coletivas, entendendo que cidadania é conflito e que é preciso dar visibilidade àqueles que estão predestinados a serem vítimas colaterais. As ideias são ilustradas com o caso do rompimento da barragem do Córrego do Feijão em Brumadinho/MG/Brasil.CAPES; CNPQ,","PeriodicalId":31324,"journal":{"name":"Revista Tamoios","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"41576787","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-07-26DOI: 10.12957/tamoios.2023.66065
Anderson Aparecido Rosa, João Ricardo Arraes Oliveira, Vanessa Matos Santos, Renato de Aquino Lopes
O presente artigo foi elaborado através das oportunidades geradas pelo avanço e inovação da tecnologia acerca de sua utilização em sala de aula no formato da gamificação e dos jogos educativos. Nesse sentido, foi identificada a necessidade de propor o desenvolvimento de um jogo interdisciplinar nas disciplinas de História e Geografia no Ensino Fundamental para crianças de 6 a 10 a anos de idade. A proposta se deu no desenvolvimento de um jogo educativo intitulado “Marina, vamos viajar?”, que oferece por meio de desafios lúdicos estímulos à busca de informações e conhecimentos a respeito de diversos aspectos da construção do território brasileiro, da sua população e sua história. A proposta se justifica pela flexibilidade e mobilidade de sua utilização, uma vez que o jogo poderá ser utilizado tanto em sala de aula, quanto em casa, com o aluno estando próximo dos pais, amigos e outros familiares, facilitando o processo de aprendizagem de forma lúdica e ampliada. Considera-se que ao utilizar o jogo como parte da didática no processo de ensino, este se torna um facilitador na consolidação dos conteúdos estudados de forma divertida, criativa, e possibilita que alunos se sintam agentes ativos da sua própria aprendizagem
{"title":"\"MARINA, VAMOS VIAJAR?\" JOGO EDUCATIVO INTERDISCIPLINAR PARA O ENSINO FUNDAMENTAL","authors":"Anderson Aparecido Rosa, João Ricardo Arraes Oliveira, Vanessa Matos Santos, Renato de Aquino Lopes","doi":"10.12957/tamoios.2023.66065","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/tamoios.2023.66065","url":null,"abstract":"O presente artigo foi elaborado através das oportunidades geradas pelo avanço e inovação da tecnologia acerca de sua utilização em sala de aula no formato da gamificação e dos jogos educativos. Nesse sentido, foi identificada a necessidade de propor o desenvolvimento de um jogo interdisciplinar nas disciplinas de História e Geografia no Ensino Fundamental para crianças de 6 a 10 a anos de idade. A proposta se deu no desenvolvimento de um jogo educativo intitulado “Marina, vamos viajar?”, que oferece por meio de desafios lúdicos estímulos à busca de informações e conhecimentos a respeito de diversos aspectos da construção do território brasileiro, da sua população e sua história. A proposta se justifica pela flexibilidade e mobilidade de sua utilização, uma vez que o jogo poderá ser utilizado tanto em sala de aula, quanto em casa, com o aluno estando próximo dos pais, amigos e outros familiares, facilitando o processo de aprendizagem de forma lúdica e ampliada. Considera-se que ao utilizar o jogo como parte da didática no processo de ensino, este se torna um facilitador na consolidação dos conteúdos estudados de forma divertida, criativa, e possibilita que alunos se sintam agentes ativos da sua própria aprendizagem","PeriodicalId":31324,"journal":{"name":"Revista Tamoios","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44357650","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-07-26DOI: 10.12957/tamoios.2023.76500
Danylo Mendonça Magalhães, Maria Fernanda Dos Santos Fialho, Felipe Gonçalves Amaral, C. M. Cruz
A Ilha do Fundão surgiu em 1949, para acomodar a Cidade Universitária do Rio de Janeiro-RJ, a partir do aterramento de oito ilhas: Fundão, Baiacu, Cabras, Pindaí do Ferreira, Pindaí do França, Catalão, Bom Jesus e Sapucaia; com uma superfície de 5,9 milhões de m². O presente trabalho tem como objetivo diagnosticar as características fisionômicas do mangue da Vila Residencial, na Cidade Universitária, a partir da análise dos respectivos índices espectrais, índices de vegetação e aspectos estruturais da vegetação. Assim, foram selecionadas seis fisionomias diferentes, através de análise visual e, posteriormente, efetuou-se a segmentação das imagens através do software Spring, buscando compartimentar em áreas homogêneas as fisionomias indicadas. Foram calculados dois índices de vegetação: o NDVI e o NDWI; bem como, coletadas as informações a respeito dos aspectos estruturais da vegetação, em apoio à geração de mapas através do software ArcMap, além de gerados e gráficos de curvas espectrais e de correlação, através da plataforma Google Sheet. Portanto, foram identificados dois tipos de espécie na região, a rizophora majoritariamente localizada nas áreas de mangue replantado e a espécie avicennia localizada em áreas naturalmente desenvolvidas, como as áreas de mangue original e as de mangue acrescido naturalmente nas intermediações da Baía de Guanabara.
{"title":"MANGUEBIT: UMA ANÁLISE ESPECTRAL E ESTRUTURAL DO MANGUE DA VILA RESIDENCIAL, NA ILHA DO FUNDÃO","authors":"Danylo Mendonça Magalhães, Maria Fernanda Dos Santos Fialho, Felipe Gonçalves Amaral, C. M. Cruz","doi":"10.12957/tamoios.2023.76500","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/tamoios.2023.76500","url":null,"abstract":"A Ilha do Fundão surgiu em 1949, para acomodar a Cidade Universitária do Rio de Janeiro-RJ, a partir do aterramento de oito ilhas: Fundão, Baiacu, Cabras, Pindaí do Ferreira, Pindaí do França, Catalão, Bom Jesus e Sapucaia; com uma superfície de 5,9 milhões de m². O presente trabalho tem como objetivo diagnosticar as características fisionômicas do mangue da Vila Residencial, na Cidade Universitária, a partir da análise dos respectivos índices espectrais, índices de vegetação e aspectos estruturais da vegetação. Assim, foram selecionadas seis fisionomias diferentes, através de análise visual e, posteriormente, efetuou-se a segmentação das imagens através do software Spring, buscando compartimentar em áreas homogêneas as fisionomias indicadas. Foram calculados dois índices de vegetação: o NDVI e o NDWI; bem como, coletadas as informações a respeito dos aspectos estruturais da vegetação, em apoio à geração de mapas através do software ArcMap, além de gerados e gráficos de curvas espectrais e de correlação, através da plataforma Google Sheet. Portanto, foram identificados dois tipos de espécie na região, a rizophora majoritariamente localizada nas áreas de mangue replantado e a espécie avicennia localizada em áreas naturalmente desenvolvidas, como as áreas de mangue original e as de mangue acrescido naturalmente nas intermediações da Baía de Guanabara.","PeriodicalId":31324,"journal":{"name":"Revista Tamoios","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49551658","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}