Pub Date : 2022-01-07DOI: 10.12957/tamoios.2022.63798
Luiz Felipe Ferrari Cerqueira De Farias
O objetivo deste artigo é investigar traços fundamentais do processo de formação da classe trabalhadora subordinada ao agronegócio no estado do Mato Grosso. Com base em uma revisão bibliográfica acerca da região e em dados dos Censos Demográficos e da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho, analisaremos as transformações dos fluxos migratórios e do perfil dos trabalhadores que se dirigiram ao Mato Grosso desde 1960 até o presente momento. Em meio à expansão da cultura da soja e do complexo agroindustrial carnes/grãos durante as últimas décadas, destacaremos a permanência de um estado de inquietação social crônico dentre estes trabalhadores.
{"title":"METAMORFOSES DO TRABALHO NO ESTADO DO MATO GROSSO - BRASIL","authors":"Luiz Felipe Ferrari Cerqueira De Farias","doi":"10.12957/tamoios.2022.63798","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/tamoios.2022.63798","url":null,"abstract":"O objetivo deste artigo é investigar traços fundamentais do processo de formação da classe trabalhadora subordinada ao agronegócio no estado do Mato Grosso. Com base em uma revisão bibliográfica acerca da região e em dados dos Censos Demográficos e da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho, analisaremos as transformações dos fluxos migratórios e do perfil dos trabalhadores que se dirigiram ao Mato Grosso desde 1960 até o presente momento. Em meio à expansão da cultura da soja e do complexo agroindustrial carnes/grãos durante as últimas décadas, destacaremos a permanência de um estado de inquietação social crônico dentre estes trabalhadores.","PeriodicalId":31324,"journal":{"name":"Revista Tamoios","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45493699","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-07DOI: 10.12957/tamoios.2022.64322
C. Silva
O presente artigo intenciona fazer a reflexão sobre o agir científico e o trabalho de formação de pesquisadores para o tema do agronegócio, efetuado pela professora Doutora em Geografia Júlia Adão Bernardes. A professora atua neste campo desde 1993, quando coordenou o estudo sobre a modernização agrícola no Brasil. Bastante versátil na sua relação entre ensino e pesquisa, ministra uma série de disciplinas que contribuem no entendimento sobre os conceitos de modernização, técnica, relações de poder e formas de reprodução das hegemonias, tendo como foco de investigação os setores: cadeia carne-grãos e sucroenergético. No presente artigo, a finalidade é divulgar o papel da pesquisadora e professora no fortalecimento da pesquisa cientifica geográfica sobre o tema do agronegócio no Brasil, contribuindo na elaboração de estratégias de organização de rede de estudos que fomentam produções acadêmicas, ementas de disciplinas dos cursos de geografias das universidades públicas nos estados de atuação dos impactos do agronegócio no Brasil e orientações de jovens pesquisadores. O exercício, efetuado de forma crítica e atualizada, acaba por contribuir na luta da visibilidade dos problemas da expansão da modernização agrícola na história dos lugares. As mazelas e impactos nas histórias dos lugares e das regiões são elementos que a Geografia tem assumido o compromisso de dar visibilidade, e Júlia Bernardes tem um papel protagonista importantíssimo na revelação desse modelo de modernização agrícola no território brasileiro
{"title":"TERRITÓRIO E MUDANÇA: CONTRIBUIÇÕES DA PROFESSORA JÚLIA ADÃO BERNARDES NO ESTUDO SOBRE O AGRONEGÓCIO NO BRASIL","authors":"C. Silva","doi":"10.12957/tamoios.2022.64322","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/tamoios.2022.64322","url":null,"abstract":"O presente artigo intenciona fazer a reflexão sobre o agir científico e o trabalho de formação de pesquisadores para o tema do agronegócio, efetuado pela professora Doutora em Geografia Júlia Adão Bernardes. A professora atua neste campo desde 1993, quando coordenou o estudo sobre a modernização agrícola no Brasil. Bastante versátil na sua relação entre ensino e pesquisa, ministra uma série de disciplinas que contribuem no entendimento sobre os conceitos de modernização, técnica, relações de poder e formas de reprodução das hegemonias, tendo como foco de investigação os setores: cadeia carne-grãos e sucroenergético. No presente artigo, a finalidade é divulgar o papel da pesquisadora e professora no fortalecimento da pesquisa cientifica geográfica sobre o tema do agronegócio no Brasil, contribuindo na elaboração de estratégias de organização de rede de estudos que fomentam produções acadêmicas, ementas de disciplinas dos cursos de geografias das universidades públicas nos estados de atuação dos impactos do agronegócio no Brasil e orientações de jovens pesquisadores. O exercício, efetuado de forma crítica e atualizada, acaba por contribuir na luta da visibilidade dos problemas da expansão da modernização agrícola na história dos lugares. As mazelas e impactos nas histórias dos lugares e das regiões são elementos que a Geografia tem assumido o compromisso de dar visibilidade, e Júlia Bernardes tem um papel protagonista importantíssimo na revelação desse modelo de modernização agrícola no território brasileiro","PeriodicalId":31324,"journal":{"name":"Revista Tamoios","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"41501087","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O artigo busca reconstruir e analisar o discurso político do agronegócio no Brasil a partir das práticas discursivas de alguns de seus porta-vozes, num contexto de disputa hegemônica com o discurso agroecológico. Teórica e metodologicamente, procuramos articular a Teoria do Discurso com a abordagem de marcos interpretativos.
{"title":"O DISCURSO POLÍTICO DO AGRONEGÓCIO","authors":"Thaís Ponciano Bittencourt, Jorge Osvaldo Romano, Ana Carolina Aguiar Simões Castilho","doi":"10.12957/tamoios.2022.63680","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/tamoios.2022.63680","url":null,"abstract":"O artigo busca reconstruir e analisar o discurso político do agronegócio no Brasil a partir das práticas discursivas de alguns de seus porta-vozes, num contexto de disputa hegemônica com o discurso agroecológico. Teórica e metodologicamente, procuramos articular a Teoria do Discurso com a abordagem de marcos interpretativos. ","PeriodicalId":31324,"journal":{"name":"Revista Tamoios","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43668553","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-07DOI: 10.12957/tamoios.2022.63879
Roberta Carvalho Arruzzo, Livia Domiciano Cunha, Liziane Neves dos Santos
O presente artigo objetiva analisar as relações territoriais que se estabelecem entre os povos indígenas e o agronegócio no Brasil. Para isso, dialogamos com alguns pensadores que contribuem para a abordagem territorial, sendo eles, essencialmente: Sack (1986), Raffestin (1993) e Santos (1996; 1999). Partimos da construção da noção de relações territoriais para analisarmos as principais relações territoriais conflituosas entre agronegócio e Povo Indígenas no Brasil. Estas relações são analisadas a partir de cinco categorias: jurídico-legislativa, ambiental, invasões territoriais e violências físicas. Por fim, enfocamos as relações territoriais que se estabelecem entre os setores do agronegócio e os Guarani e Kaiowá no Mato Grosso do Sul, entendendo-o como um caso representativo no que se refere às relações sobre as quais este artigo se debruça.
{"title":"RELAÇÕES TERRITORIAIS ENTRE POVOS INDÍGENAS E AGRONEGÓCIO NO BRASIL: CONFLITOS E RESISTÊNCIAS","authors":"Roberta Carvalho Arruzzo, Livia Domiciano Cunha, Liziane Neves dos Santos","doi":"10.12957/tamoios.2022.63879","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/tamoios.2022.63879","url":null,"abstract":"O presente artigo objetiva analisar as relações territoriais que se estabelecem entre os povos indígenas e o agronegócio no Brasil. Para isso, dialogamos com alguns pensadores que contribuem para a abordagem territorial, sendo eles, essencialmente: Sack (1986), Raffestin (1993) e Santos (1996; 1999). Partimos da construção da noção de relações territoriais para analisarmos as principais relações territoriais conflituosas entre agronegócio e Povo Indígenas no Brasil. Estas relações são analisadas a partir de cinco categorias: jurídico-legislativa, ambiental, invasões territoriais e violências físicas. Por fim, enfocamos as relações territoriais que se estabelecem entre os setores do agronegócio e os Guarani e Kaiowá no Mato Grosso do Sul, entendendo-o como um caso representativo no que se refere às relações sobre as quais este artigo se debruça.","PeriodicalId":31324,"journal":{"name":"Revista Tamoios","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44762461","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-07DOI: 10.12957/tamoios.2022.64084
J. A. Bernardes, Daniel Macedo Lopes Vasques Monteiro
Editorial
编辑
{"title":"APRESENTAÇÃO DA EDIÇÃO ESPECIAL SOBRE GEOGRAFIA E AGRONEGÓCIO NO BRASIL","authors":"J. A. Bernardes, Daniel Macedo Lopes Vasques Monteiro","doi":"10.12957/tamoios.2022.64084","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/tamoios.2022.64084","url":null,"abstract":"Editorial","PeriodicalId":31324,"journal":{"name":"Revista Tamoios","volume":"141 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"41281164","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-07DOI: 10.12957/tamoios.2022.63317
Daniel Macedo Lopes Vasques Monteiro
Nos últimos anos a crise ambiental vem se intensificando no mundo e, mais fortemente, no Brasil. O contexto político atual brasileiro favorece o avanço das áreas agricultáveis voltadas para a exportação de commodities. Nesse sentido, o seguinte artigo tem como objetivo compreender o avanço das ofensivas que favorecem o agronegócio em contraposição às questões ambientais e aos territórios de grupos que não correspondem a racionalidade capitalista nessas áreas de espoliação. No trabalho buscar-se-á compreender os processos de espoliação dos setores do agronegócio que envolvem etapas como o desmatamento, a grilagem de terra, o uso exacerbado de agrotóxicos e os projetos de lei que tramitam nas esferas institucionais. Acrescenta-se que a análise foi feita de acordo com a perspectiva analítica anti-colonial, buscando compreender o território de acordo com os sujeitos que nele vivem e lutam contra o avanço da fronteira agrícola capitalista.
{"title":"PROCESSOS DE ESPOLIAÇÕES NO BRASIL ATUAL: OFENSIVAS DO AGRONEGÓCIO SOBRE OS DIREITOS AMBIENTAIS E TERRITORIAIS","authors":"Daniel Macedo Lopes Vasques Monteiro","doi":"10.12957/tamoios.2022.63317","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/tamoios.2022.63317","url":null,"abstract":"Nos últimos anos a crise ambiental vem se intensificando no mundo e, mais fortemente, no Brasil. O contexto político atual brasileiro favorece o avanço das áreas agricultáveis voltadas para a exportação de commodities. Nesse sentido, o seguinte artigo tem como objetivo compreender o avanço das ofensivas que favorecem o agronegócio em contraposição às questões ambientais e aos territórios de grupos que não correspondem a racionalidade capitalista nessas áreas de espoliação. No trabalho buscar-se-á compreender os processos de espoliação dos setores do agronegócio que envolvem etapas como o desmatamento, a grilagem de terra, o uso exacerbado de agrotóxicos e os projetos de lei que tramitam nas esferas institucionais. Acrescenta-se que a análise foi feita de acordo com a perspectiva analítica anti-colonial, buscando compreender o território de acordo com os sujeitos que nele vivem e lutam contra o avanço da fronteira agrícola capitalista.","PeriodicalId":31324,"journal":{"name":"Revista Tamoios","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47715249","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-07DOI: 10.12957/tamoios.2022.63811
Denise Elias
O agronegócio globalizado é um dos principais vetores da reorganização do território brasileiro, notadamente desde os anos de 1980, gerando inúmeras novas relações campo-cidade, processos de (re)estruturação urbano-regional, de (re)estruturação de muitas cidades, assim como de formação de novas cidades em função das demandas impostas pelos agentes hegemônicos desse agronegócio. O principal objetivo deste artigo é refletir sobre possibilidades de operacionalização de pesquisas sobre o que chamamos de cidade do agronegócio. Entendemos que os estudos sobre esse tipo de cidade podem ser organizados a partir de diferentes eixos, dentre os quais: reestruturação produtiva da agropecuária; o consumo produtivo do agronegócio; a composição do setor industrial; a dinâmica populacional; a dinâmica do mercado de trabalho; a reestruturação da cidade; as desigualdades socioespaciais na escala intraurbana. Embora tais temas sejam indissociáveis, essa subdivisão constitui um importante recurso metodológico, que viabiliza a realização da pesquisa. No entanto, para que se obtenha êxito em um trabalho científico, além de sua operacionalização, é preciso que a pesquisa seja calcada em sólidas bases teórico-conceituais e abrangente diálogo com os agentes da produção do espaço.
{"title":"PENSANDO A OPERACIONALIZAÇÃO DE ESTUDOS SOBRE CIDADES DO AGRONEGÓCIO","authors":"Denise Elias","doi":"10.12957/tamoios.2022.63811","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/tamoios.2022.63811","url":null,"abstract":"O agronegócio globalizado é um dos principais vetores da reorganização do território brasileiro, notadamente desde os anos de 1980, gerando inúmeras novas relações campo-cidade, processos de (re)estruturação urbano-regional, de (re)estruturação de muitas cidades, assim como de formação de novas cidades em função das demandas impostas pelos agentes hegemônicos desse agronegócio. O principal objetivo deste artigo é refletir sobre possibilidades de operacionalização de pesquisas sobre o que chamamos de cidade do agronegócio. Entendemos que os estudos sobre esse tipo de cidade podem ser organizados a partir de diferentes eixos, dentre os quais: reestruturação produtiva da agropecuária; o consumo produtivo do agronegócio; a composição do setor industrial; a dinâmica populacional; a dinâmica do mercado de trabalho; a reestruturação da cidade; as desigualdades socioespaciais na escala intraurbana. Embora tais temas sejam indissociáveis, essa subdivisão constitui um importante recurso metodológico, que viabiliza a realização da pesquisa. No entanto, para que se obtenha êxito em um trabalho científico, além de sua operacionalização, é preciso que a pesquisa seja calcada em sólidas bases teórico-conceituais e abrangente diálogo com os agentes da produção do espaço.","PeriodicalId":31324,"journal":{"name":"Revista Tamoios","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48534528","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-07DOI: 10.12957/tamoios.2022.63925
B. Bicalho
As crises financeira, energética, ambiental e alimentar na primeira década dos anos 2000 potencializaram uma corrida mundial por terras, popularizando o conceito de land grabbing. O Brasil tem atraído o capital financeiro (inter)nacional para o campo por conta do grande “estoque” de terras e o seu preço relativamente barato nas áreas de expansão da fronteira agrícola moderna. Ressalta-se que a terra aparece, no período atual, como uma das principais formas do capital excedente se valorizar. A acumulação futura se dá a partir da absorção de partes cada vez maiores do mais-valor pela captura da renda da terra, minimizando ou anulando a tendência à queda da taxa de lucro, ou seja, os efeitos decorrentes da crise financeira. Há uma série de mecanismos, práticas e instrumentos que mostram a integração entre o capital financeiro e o controle de terras, ou seja, a financeirização da agricultura. Neste trabalho, discute-se a transformação da terra em ativo financeiro a partir das seguintes perspectivas: a abertura de empresas do agronegócio na Bolsa de Valores, a expansão dos instrumentos do mercado de capitais para financiamento da agricultura e pecuária, a criação dos fundos imobiliários agrícolas, o crowdfunding de fazendas e o surgimento das imobiliárias agrícolas.
{"title":"A TERRA COMO ATIVO FINANCEIRO: MECANISMOS, PRÁTICAS E INSTRUMENTOS","authors":"B. Bicalho","doi":"10.12957/tamoios.2022.63925","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/tamoios.2022.63925","url":null,"abstract":"As crises financeira, energética, ambiental e alimentar na primeira década dos anos 2000 potencializaram uma corrida mundial por terras, popularizando o conceito de land grabbing. O Brasil tem atraído o capital financeiro (inter)nacional para o campo por conta do grande “estoque” de terras e o seu preço relativamente barato nas áreas de expansão da fronteira agrícola moderna. Ressalta-se que a terra aparece, no período atual, como uma das principais formas do capital excedente se valorizar. A acumulação futura se dá a partir da absorção de partes cada vez maiores do mais-valor pela captura da renda da terra, minimizando ou anulando a tendência à queda da taxa de lucro, ou seja, os efeitos decorrentes da crise financeira. Há uma série de mecanismos, práticas e instrumentos que mostram a integração entre o capital financeiro e o controle de terras, ou seja, a financeirização da agricultura. Neste trabalho, discute-se a transformação da terra em ativo financeiro a partir das seguintes perspectivas: a abertura de empresas do agronegócio na Bolsa de Valores, a expansão dos instrumentos do mercado de capitais para financiamento da agricultura e pecuária, a criação dos fundos imobiliários agrícolas, o crowdfunding de fazendas e o surgimento das imobiliárias agrícolas.","PeriodicalId":31324,"journal":{"name":"Revista Tamoios","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48577269","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-11-11DOI: 10.12957/tamoios.2021.60783
Monique Fernanda Setin
Este artigo procura contribuir com o estudo proposto por Moraes (1988) sobre ideologias geográficas. O objetivo é pensar o tema da cultura, dos meios de comunicação e da indústria cultural. A valorização subjetiva do espaço se constrói e se dissemina por meio da cultura e é fundamental compreendê-la para entender a valorização objetiva do espaço. A metodologia utilizada para a realização deste artigo é a pesquisa bibliográfica, leitura e interpretação de texto. Defendemos a importância dos autores da Teoria Crítica a fim de contribuir com o aprimoramento do pensamento geográfico.
{"title":"IDEOLOGIAS GEOGRÁFICAS E INDÚSTRIA CULTURAL","authors":"Monique Fernanda Setin","doi":"10.12957/tamoios.2021.60783","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/tamoios.2021.60783","url":null,"abstract":"Este artigo procura contribuir com o estudo proposto por Moraes (1988) sobre ideologias geográficas. O objetivo é pensar o tema da cultura, dos meios de comunicação e da indústria cultural. A valorização subjetiva do espaço se constrói e se dissemina por meio da cultura e é fundamental compreendê-la para entender a valorização objetiva do espaço. A metodologia utilizada para a realização deste artigo é a pesquisa bibliográfica, leitura e interpretação de texto. Defendemos a importância dos autores da Teoria Crítica a fim de contribuir com o aprimoramento do pensamento geográfico.","PeriodicalId":31324,"journal":{"name":"Revista Tamoios","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-11-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"41383767","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-11-11DOI: 10.12957/tamoios.2021.56122
C. Cruz, Rafael Silva De Barros, João Marques, Laiana Lopes Do Nascimento, Maíra Silva Matos, Vandré Soares Viégas, Elizabeth Maria Feitosa da Rocha De Souza, Gabriel dos Santos Duarte, Raphael de Souza Coelho, Ícaro Azevedo Da Silva, Janaina Valeska Raposo Viana, Jéssica Carvalho Vianna Co, Daniel Junges Menezes, Cárita da Silva Sampaio
Com a forte evolução tecnológica, a Cartografia apresentou significativas mudanças tanto em nível de aquisição, como em nível de produção e disponibilização de dados. Muitas destas mudanças justificam a investigação de soluções metodológicas para a recuperação de mapas antigos. É o caso das informações referentes às áreas de patrimônio da União, definidas de forma legal através de instruções normativas, que representam documentos oficiais. O município do Rio de Janeiro, foco deste estudo, é considerado um exemplo de complexidade máxima em termos desta cartografia, apresentando características únicas. O objetivo deste trabalho está associado à proposição de soluções que visem o resgate de uma cartografia cadastral antiga, com status de documento legal, que precisa ser recuperada para atender às funcionalidades da gestão do patrimônio da União. A pesquisa propõe ainda, uma tipologia relacionada às condições originais das folhas, de modo a orientar o método de georreferenciamento a ser adotado e contribuir para a compreensão da qualidade destes produtos. Os resultados encontrados mostram que as folhas com referências cartográficas e grade de coordenadas mantiveram acurácia equivalente às suas escalas originais. As folhas sem essas informações passaram a ter exatidões compatíveis com o especificado para escalas menores, chegando até a escala 1:5.000.
{"title":"O DESAFIO DO GEORREFERENCIAMENTO DE CARTAS ANTIGAS EM ESCALA CADASTRAL EM APOIO À ESTRUTURAÇÃO DE UMA BASE DE DADOS GEOESPACIAIS - ESTUDO DE CASO PARA O MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO","authors":"C. Cruz, Rafael Silva De Barros, João Marques, Laiana Lopes Do Nascimento, Maíra Silva Matos, Vandré Soares Viégas, Elizabeth Maria Feitosa da Rocha De Souza, Gabriel dos Santos Duarte, Raphael de Souza Coelho, Ícaro Azevedo Da Silva, Janaina Valeska Raposo Viana, Jéssica Carvalho Vianna Co, Daniel Junges Menezes, Cárita da Silva Sampaio","doi":"10.12957/tamoios.2021.56122","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/tamoios.2021.56122","url":null,"abstract":"Com a forte evolução tecnológica, a Cartografia apresentou significativas mudanças tanto em nível de aquisição, como em nível de produção e disponibilização de dados. Muitas destas mudanças justificam a investigação de soluções metodológicas para a recuperação de mapas antigos. É o caso das informações referentes às áreas de patrimônio da União, definidas de forma legal através de instruções normativas, que representam documentos oficiais. O município do Rio de Janeiro, foco deste estudo, é considerado um exemplo de complexidade máxima em termos desta cartografia, apresentando características únicas. O objetivo deste trabalho está associado à proposição de soluções que visem o resgate de uma cartografia cadastral antiga, com status de documento legal, que precisa ser recuperada para atender às funcionalidades da gestão do patrimônio da União. A pesquisa propõe ainda, uma tipologia relacionada às condições originais das folhas, de modo a orientar o método de georreferenciamento a ser adotado e contribuir para a compreensão da qualidade destes produtos. Os resultados encontrados mostram que as folhas com referências cartográficas e grade de coordenadas mantiveram acurácia equivalente às suas escalas originais. As folhas sem essas informações passaram a ter exatidões compatíveis com o especificado para escalas menores, chegando até a escala 1:5.000.","PeriodicalId":31324,"journal":{"name":"Revista Tamoios","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-11-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43641009","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}