Pub Date : 2022-07-21DOI: 10.12957/tamoios.2022.61126
Gabriel Siqueira Corrêa, C. D. S. Santos
O cenário latino americano apresenta atualmente uma pluralidade de lutas sociais que foram durante décadas invisibilizadas e subalternizadas por narrativas coloniais, que as viam como resquício do passado. Destaca-se que a pauta dessas lutas sociais construídas, por exemplo, por indígenas e quilombolas, tem transformado o território numa categoria política das lutas, em que o conceito passa a ser mobilizado em uma perspectiva integradora. Diante disso, o presente artigo tem como objetivo apresentar possibilidades teóricas para o campo investigativo dos estudos sobre território em Geografia, associados a corrente decolonial. Como exemplo, indica-se de forma introdutória, uma relação com o campo de estudos das comunidades remanescentes de quilombo. Pretende-se assim, apresentar tanto a potencialidade do conceito de território como as dificuldade teórico-metodológica em operacionalizar pesquisas a partir do debate da colonialidade.
{"title":"TERRITÓRIO E ESTUDOS DE MATRIZ DECOLONIAL: CAMINHOS E POSSIBILIDADES DE PESQUISA NA GEOGRAFIA","authors":"Gabriel Siqueira Corrêa, C. D. S. Santos","doi":"10.12957/tamoios.2022.61126","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/tamoios.2022.61126","url":null,"abstract":"O cenário latino americano apresenta atualmente uma pluralidade de lutas sociais que foram durante décadas invisibilizadas e subalternizadas por narrativas coloniais, que as viam como resquício do passado. Destaca-se que a pauta dessas lutas sociais construídas, por exemplo, por indígenas e quilombolas, tem transformado o território numa categoria política das lutas, em que o conceito passa a ser mobilizado em uma perspectiva integradora. Diante disso, o presente artigo tem como objetivo apresentar possibilidades teóricas para o campo investigativo dos estudos sobre território em Geografia, associados a corrente decolonial. Como exemplo, indica-se de forma introdutória, uma relação com o campo de estudos das comunidades remanescentes de quilombo. Pretende-se assim, apresentar tanto a potencialidade do conceito de território como as dificuldade teórico-metodológica em operacionalizar pesquisas a partir do debate da colonialidade.","PeriodicalId":31324,"journal":{"name":"Revista Tamoios","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43188797","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-07-21DOI: 10.12957/tamoios.2022.59281
Thenilly Sérgia Brito Costa, Aline Da Silva Cardozo, Sara Fernandes Flor de Souza, Marianna Fernandes Moreira, Iapony Rodrigues Galvão
A pesquisa e o debate a respeito da Formação do Professor de Geografia e do Estágio Supervisionado têm crescido consideravelmente, sobretudo a partir da década de 1990. O estágio supervisionado na contemporaneidade representa um momento ímpar na formação do docente de Geografia, sendo entendido como um momento de preparação profissional, possibilitando a vivência, a reflexão e a intervenção do licenciando no ambiente escolar. O planejamento e a execução de intervenções educacionais são experiências que incorporam o conjunto de conhecimentos proporcionados pelos estágios, pois os discentes da licenciatura, a partir de uma perspectiva docente, idealizam as intervenções que os mesmos compreendem como significativas para o contexto escolar e educacional. O presente artigo busca contribuir com esta discussão, apresentando casos exemplares de intervenção de estagiários no ambiente escolar, destacando como o trabalho de campo pode ser uma alternativa profícua de intervenção, tanto para contribuir com uma aprendizagem significativa dos conteúdos da Geografia escolar, como para o processo de formação inicial e continuada dos licenciandos e dos professores supervisores. Palavras-chave: Estágio Curricular Supervisionado; Intervenções práticas; Metodologia de ensino; Trabalho de Campo.
{"title":"O TRABALHO DE CAMPO COMO INTERVENÇÃO PRÁTICA NO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM GEOGRAFIA","authors":"Thenilly Sérgia Brito Costa, Aline Da Silva Cardozo, Sara Fernandes Flor de Souza, Marianna Fernandes Moreira, Iapony Rodrigues Galvão","doi":"10.12957/tamoios.2022.59281","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/tamoios.2022.59281","url":null,"abstract":"A pesquisa e o debate a respeito da Formação do Professor de Geografia e do Estágio Supervisionado têm crescido consideravelmente, sobretudo a partir da década de 1990. O estágio supervisionado na contemporaneidade representa um momento ímpar na formação do docente de Geografia, sendo entendido como um momento de preparação profissional, possibilitando a vivência, a reflexão e a intervenção do licenciando no ambiente escolar. O planejamento e a execução de intervenções educacionais são experiências que incorporam o conjunto de conhecimentos proporcionados pelos estágios, pois os discentes da licenciatura, a partir de uma perspectiva docente, idealizam as intervenções que os mesmos compreendem como significativas para o contexto escolar e educacional. O presente artigo busca contribuir com esta discussão, apresentando casos exemplares de intervenção de estagiários no ambiente escolar, destacando como o trabalho de campo pode ser uma alternativa profícua de intervenção, tanto para contribuir com uma aprendizagem significativa dos conteúdos da Geografia escolar, como para o processo de formação inicial e continuada dos licenciandos e dos professores supervisores. Palavras-chave: Estágio Curricular Supervisionado; Intervenções práticas; Metodologia de ensino; Trabalho de Campo.","PeriodicalId":31324,"journal":{"name":"Revista Tamoios","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44865915","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-07-21DOI: 10.12957/tamoios.2022.56806
Vitória Oliveira de Souza, Viviane Kraieski de Assunção, Mário Ricardo Guadagnin
O presente artigo apresenta uma cartografia da catação de materiais recicláveis de Criciúma (SC), buscando discutir a espacialização do poder e os processos de subjetivação que constituem o espaço urbano. Partindo da noção de cartografia utilizada por Deleuze e Guattari, percorreu-se o território existencial da catação a partir de pistas contidas em discursos sobre catadores publicados em jornais locais e em três legislações implementadas no município a partir do ano 2000 que impactaram diretamente o trabalho destes sujeitos na cidade. Estas leis passaram a regular e limitar o tráfego e os serviços de transporte de veículos de tração animal e propulsão humana no perímetro urbano, além de estabelecer normas de conduta para estes trabalhadores. A pesquisa também contou com a vivência territorial dos pesquisadores junto aos catadores no município. A cartografia permitiu revelar o discurso higienista, engendrado na biopolítica que circunda a produção social deste espaço marcado pela desigualdade, além de apontar para a produção de heterotopias, espaços-outros quecontrapõem a matriz social hegemônica.
{"title":"AFRONTANDO LEIS: UMA CARTOGRAFIA DO ESPAÇO DE CATAÇÃO DE MATERIAIS RECICLÁVEIS NO MUNICÍPIO DE CRICIÚMA, SANTA CATARINA","authors":"Vitória Oliveira de Souza, Viviane Kraieski de Assunção, Mário Ricardo Guadagnin","doi":"10.12957/tamoios.2022.56806","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/tamoios.2022.56806","url":null,"abstract":"O presente artigo apresenta uma cartografia da catação de materiais recicláveis de Criciúma (SC), buscando discutir a espacialização do poder e os processos de subjetivação que constituem o espaço urbano. Partindo da noção de cartografia utilizada por Deleuze e Guattari, percorreu-se o território existencial da catação a partir de pistas contidas em discursos sobre catadores publicados em jornais locais e em três legislações implementadas no município a partir do ano 2000 que impactaram diretamente o trabalho destes sujeitos na cidade. Estas leis passaram a regular e limitar o tráfego e os serviços de transporte de veículos de tração animal e propulsão humana no perímetro urbano, além de estabelecer normas de conduta para estes trabalhadores. A pesquisa também contou com a vivência territorial dos pesquisadores junto aos catadores no município. A cartografia permitiu revelar o discurso higienista, engendrado na biopolítica que circunda a produção social deste espaço marcado pela desigualdade, além de apontar para a produção de heterotopias, espaços-outros quecontrapõem a matriz social hegemônica.","PeriodicalId":31324,"journal":{"name":"Revista Tamoios","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49500169","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-07-21DOI: 10.12957/tamoios.2022.61114
F. J. B. D. Albuquerque, João Bandeira da Silva, Edilmara Vieira De Melo, G. M. Silva
A adoção de conceitos geográficos nas aulas de Geografia para a abordagem das temáticas físico-naturais é essencial no processo de ensino-aprendizagem dos alunos para o entendimento da organização do espaço, além de reforçar o arcabouço teórico da ciência geográfica na Geografia Escolar. Diante do exposto, a pesquisa analisa a abordagem dos conceitos fundamentais de domínio morfoclimático (geográfico) e bioma (biológico) nas videoaulas de Geografia do Ensino Médio na plataforma de vídeo YouTube® a partir do levantamento e análise das aulas mais visualizadas de cada um dos referidos conceitos com base em critérios como definição conceitual, autoria, fatores naturais formadores do conceito e interdisciplinaridade da abordagem. Entre os resultados, podemos concluir a menor difusão do conceito geográfico de domínio morfoclimático em detrimento do conceito biológico de bioma, além da dificuldade de detalhamento das diferenciações e similaridades dos conceitos análogos nas aulas de Geografia, além da quase inexistência de interdisciplinaridade nas videoaulas. Diante dos dados empíricos e reflexões teóricas evidencia-se a preocupação com a secundarização do conceito de domínio morfoclimático e a redução do seu potencial explicativo das paisagens brasileiras na Geografia Escolar.
{"title":"OS CONCEITOS DE BIOMA E DOMÍNIO MORFOCLIMÁTICO NAS VIDEOAULAS DE GEOGRAFIA: ABORDAGENS E DESAFIOS","authors":"F. J. B. D. Albuquerque, João Bandeira da Silva, Edilmara Vieira De Melo, G. M. Silva","doi":"10.12957/tamoios.2022.61114","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/tamoios.2022.61114","url":null,"abstract":"A adoção de conceitos geográficos nas aulas de Geografia para a abordagem das temáticas físico-naturais é essencial no processo de ensino-aprendizagem dos alunos para o entendimento da organização do espaço, além de reforçar o arcabouço teórico da ciência geográfica na Geografia Escolar. Diante do exposto, a pesquisa analisa a abordagem dos conceitos fundamentais de domínio morfoclimático (geográfico) e bioma (biológico) nas videoaulas de Geografia do Ensino Médio na plataforma de vídeo YouTube® a partir do levantamento e análise das aulas mais visualizadas de cada um dos referidos conceitos com base em critérios como definição conceitual, autoria, fatores naturais formadores do conceito e interdisciplinaridade da abordagem. Entre os resultados, podemos concluir a menor difusão do conceito geográfico de domínio morfoclimático em detrimento do conceito biológico de bioma, além da dificuldade de detalhamento das diferenciações e similaridades dos conceitos análogos nas aulas de Geografia, além da quase inexistência de interdisciplinaridade nas videoaulas. Diante dos dados empíricos e reflexões teóricas evidencia-se a preocupação com a secundarização do conceito de domínio morfoclimático e a redução do seu potencial explicativo das paisagens brasileiras na Geografia Escolar.","PeriodicalId":31324,"journal":{"name":"Revista Tamoios","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47016927","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-07-21DOI: 10.12957/tamoios.2022.58420
D. D. C. Neves, Roberto Greco
O artigo discute as possibilidades do uso teórico do discurso na Geografia Escolar a partir da perspectiva dialógico-discursiva do Círculo de Mikhail Bakhtin. O desenvolvimento da discussão foi feito a partir do diálogo entre os conceitos desenvolvidos pelo referido autor de enunciado, signo ideológico e gêneros discursivos. Em seguida, foi apresentada e analisada uma faixa de anúncio como objeto de conhecimento em caráter de ilustração. Seguimos esse percurso com vistas a facilitar a apreensão da perspectiva adotada pensando em nosso leitor presumido, o professor de Geografia. Por fim foram discutidos alguns pontos que julgamos relevantes para o desenvolvimento do raciocínio geográfico na perspectiva adotada.
{"title":"A ANÁLISE DIALÓGICA DO DISCURSO COMO POSSIBILIDADE TEÓRICO-METODOLÓGICA PARA A PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO NA GEOGRAFIA ESCOLAR","authors":"D. D. C. Neves, Roberto Greco","doi":"10.12957/tamoios.2022.58420","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/tamoios.2022.58420","url":null,"abstract":"O artigo discute as possibilidades do uso teórico do discurso na Geografia Escolar a partir da perspectiva dialógico-discursiva do Círculo de Mikhail Bakhtin. O desenvolvimento da discussão foi feito a partir do diálogo entre os conceitos desenvolvidos pelo referido autor de enunciado, signo ideológico e gêneros discursivos. Em seguida, foi apresentada e analisada uma faixa de anúncio como objeto de conhecimento em caráter de ilustração. Seguimos esse percurso com vistas a facilitar a apreensão da perspectiva adotada pensando em nosso leitor presumido, o professor de Geografia. Por fim foram discutidos alguns pontos que julgamos relevantes para o desenvolvimento do raciocínio geográfico na perspectiva adotada.","PeriodicalId":31324,"journal":{"name":"Revista Tamoios","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"66413156","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-07-21DOI: 10.12957/tamoios.2022.61017
Laise Novellino Nunes Souza, A. Pinto, Jader Lugon Junior
{"title":"ANÁLISE QUALITATIVA, COM O SOFTWARE QGIS, DE LOCAL PROPÍCIO PARA IMPLANTAÇÃO DE UM PARQUE EÓLICO E SOLAR NO DESERTO DO SAARA, CONTINENTE AFRICANO","authors":"Laise Novellino Nunes Souza, A. Pinto, Jader Lugon Junior","doi":"10.12957/tamoios.2022.61017","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/tamoios.2022.61017","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":31324,"journal":{"name":"Revista Tamoios","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47406024","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-07DOI: 10.12957/tamoios.2022.63310
Henrique Faria dos Santos
O objetivo do presente artigo é discutir as bases de expansão e consolidação do agronegócio globalizado no território brasileiro que, na atualidade se fundamenta, em seu conteúdo político e econômico, no Neoliberalismo. Nas últimas décadas, o país vivenciou grandes transformações na atividade agropecuária em função da progressiva modernização das operações agrícolas, logísticas e de comercialização, tendo como protagonistas nesse processo a atuação estratégica do Estado e as grandes empresas nacionais e transnacionais. Várias regiões e seus respectivos municípios foram incorporados, de forma socialmente excludente e ambientalmente insustentável, à lógica de produção e exportação competitiva de commodities agrícolas para os mercados internacionais, o que tem acarretado diversas implicações socioespaciais. A superação do padrão produtivo derivado dos Complexos Agroindustriais e a constituição de uma agricultura científica globalizada trouxeram novos desafios à organização econômica e política do território, bem como situações geográficas de vulnerabilidade nas principais regiões produtivas do agronegócio.
{"title":"NEOLIBERALISMO E EXPANSÃO DO AGRONEGÓCIO GLOBALIZADO NO BRASIL","authors":"Henrique Faria dos Santos","doi":"10.12957/tamoios.2022.63310","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/tamoios.2022.63310","url":null,"abstract":"O objetivo do presente artigo é discutir as bases de expansão e consolidação do agronegócio globalizado no território brasileiro que, na atualidade se fundamenta, em seu conteúdo político e econômico, no Neoliberalismo. Nas últimas décadas, o país vivenciou grandes transformações na atividade agropecuária em função da progressiva modernização das operações agrícolas, logísticas e de comercialização, tendo como protagonistas nesse processo a atuação estratégica do Estado e as grandes empresas nacionais e transnacionais. Várias regiões e seus respectivos municípios foram incorporados, de forma socialmente excludente e ambientalmente insustentável, à lógica de produção e exportação competitiva de commodities agrícolas para os mercados internacionais, o que tem acarretado diversas implicações socioespaciais. A superação do padrão produtivo derivado dos Complexos Agroindustriais e a constituição de uma agricultura científica globalizada trouxeram novos desafios à organização econômica e política do território, bem como situações geográficas de vulnerabilidade nas principais regiões produtivas do agronegócio.","PeriodicalId":31324,"journal":{"name":"Revista Tamoios","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45067263","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-07DOI: 10.12957/tamoios.2022.63233
J. A. Bernardes
O presente trabalho propõe analisar o atual movimento de expansão das fronteiras agrícolas tecnificadas na Amazônia Brasileira, uma região cuja centralidade é de fundamental relevância para o Brasil e o mundo. Essas fronteiras deverão ser reconstruídas através de conceitos como fronteira (MARTINS, 2014), território usado (SANTOS, 1999; RIBEIRO, 2005) e contradições (HARVEY, 2016), uma abordagem que procura reconhecer a criação de paisagens geográficas mais favoráveis à reprodução do capital, no contexto do seu avanço no campo, das novas formas de relação que vem estabelecendo com o Estado e o território e das repercussões sociais e ambientais. Nesse sentido, a pesquisa centra suas possibilidades teóricas na ótica da acumulação capitalista e nas tentativas de alisamento do espaço econômico, na dinâmica do mercado, na atuação do Estado e no confronto entre interesses dominantes e formas de produzir pré-existentes. Na percepção da contradição, é possível desvendar os conflitos, procurando destacar como a aparente resolução gradual coincide com o processo de intensificação da integração da região ao fluxo do comércio internacional. Nesse caminho analítico é possível reconhecer essa fronteira como projeto dos mais poderosos e como espaço dos que lutam pela vida no âmbito da ordem dominante verticalizada e excludente.
{"title":"EXPANSÃO DO AGRONEGÓCIO NA AMAZÔNIA: DINÂMICAS E CONTRADIÇÕES","authors":"J. A. Bernardes","doi":"10.12957/tamoios.2022.63233","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/tamoios.2022.63233","url":null,"abstract":"O presente trabalho propõe analisar o atual movimento de expansão das fronteiras agrícolas tecnificadas na Amazônia Brasileira, uma região cuja centralidade é de fundamental relevância para o Brasil e o mundo. Essas fronteiras deverão ser reconstruídas através de conceitos como fronteira (MARTINS, 2014), território usado (SANTOS, 1999; RIBEIRO, 2005) e contradições (HARVEY, 2016), uma abordagem que procura reconhecer a criação de paisagens geográficas mais favoráveis à reprodução do capital, no contexto do seu avanço no campo, das novas formas de relação que vem estabelecendo com o Estado e o território e das repercussões sociais e ambientais. Nesse sentido, a pesquisa centra suas possibilidades teóricas na ótica da acumulação capitalista e nas tentativas de alisamento do espaço econômico, na dinâmica do mercado, na atuação do Estado e no confronto entre interesses dominantes e formas de produzir pré-existentes. Na percepção da contradição, é possível desvendar os conflitos, procurando destacar como a aparente resolução gradual coincide com o processo de intensificação da integração da região ao fluxo do comércio internacional. Nesse caminho analítico é possível reconhecer essa fronteira como projeto dos mais poderosos e como espaço dos que lutam pela vida no âmbito da ordem dominante verticalizada e excludente.","PeriodicalId":31324,"journal":{"name":"Revista Tamoios","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46549714","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-07DOI: 10.12957/tamoios.2022.63437
Luis Angelo Dos Santos Aracri
O presente artigo foi desenvolvido a partir de uma palestra proferida pelo autor em junho de 2021 em um curso sobre a geografia do agronegócio no Brasil, ministrado no Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Tem como objetivo propor uma reflexão sobre a modernização do setor agrícola brasileiro com base nas contribuições de Milton Santos, com destaque para o par conceitual circuitos espaciais da produção / círculos de cooperação. No presente texto, é dada uma ênfase maior aos círculos de cooperação, tendo em vista que estes têm sido menos estudados pelos geoógrafos. Face à questão da modernização do setor agrícola, este paper se atém, principalmente, às formas de cooperação entre firmas e instituições ligadas ao agronegócio e universidades e centros de pesquisa.
{"title":"CIRCUITOS ESPACIAIS DA PRODUÇÃO, CÍRCULOS DE COOPERAÇÃO E A MODERNIZAÇÃO DO SETOR AGRÍCOLA BRASILEIRO","authors":"Luis Angelo Dos Santos Aracri","doi":"10.12957/tamoios.2022.63437","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/tamoios.2022.63437","url":null,"abstract":"O presente artigo foi desenvolvido a partir de uma palestra proferida pelo autor em junho de 2021 em um curso sobre a geografia do agronegócio no Brasil, ministrado no Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Tem como objetivo propor uma reflexão sobre a modernização do setor agrícola brasileiro com base nas contribuições de Milton Santos, com destaque para o par conceitual circuitos espaciais da produção / círculos de cooperação. No presente texto, é dada uma ênfase maior aos círculos de cooperação, tendo em vista que estes têm sido menos estudados pelos geoógrafos. Face à questão da modernização do setor agrícola, este paper se atém, principalmente, às formas de cooperação entre firmas e instituições ligadas ao agronegócio e universidades e centros de pesquisa.","PeriodicalId":31324,"journal":{"name":"Revista Tamoios","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47087023","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}