O presente trabalho busca discutir a contação de histórias no contexto de sala de aula como prática educativa das séries iniciais do ensino fundamental da rede municipal de Salvador. O estudo vem problematizar como acontece a contação de histórias no contexto de sala de aula como prática educativa. Este trabalho tem como pressuposto metodológico a etnografia, junto aos princípios da investigação qualitativa, na qual a proposta de estudo é pensar as facetas existenciais da arte de contar histórias na prática educativa. A pesquisa foi realizada com grupo de professoras das séries iniciais do ensino fundamental da rede municipal de Salvador, Bahia, Brasil, que utilizam a contação de histórias como prática educativa no contexto escolar, no ambiente de sala de aula. Considerando também a função social da arte de contar histórias que se manifesta de forma plena, à medida que a experiência da contação adentra o horizonte de expectativas de sua vida prática, compondo o seu entendimento do mundo e influenciando seu comportamento social. Em virtude dos fatos mencionados, acreditamos que esse estudo pode ser um recurso que corrobore com a ampliação desse debate, podendo ser usado como subsídio para se pensar mudanças nas políticas públicas em educação.
{"title":"A contação de histórias como prática educativa","authors":"Laís Costa Ferreira, Rosemary Lapa de Oliveira","doi":"10.13102/CL.V21I2.5803","DOIUrl":"https://doi.org/10.13102/CL.V21I2.5803","url":null,"abstract":"O presente trabalho busca discutir a contação de histórias no contexto de sala de aula como prática educativa das séries iniciais do ensino fundamental da rede municipal de Salvador. O estudo vem problematizar como acontece a contação de histórias no contexto de sala de aula como prática educativa. Este trabalho tem como pressuposto metodológico a etnografia, junto aos princípios da investigação qualitativa, na qual a proposta de estudo é pensar as facetas existenciais da arte de contar histórias na prática educativa. A pesquisa foi realizada com grupo de professoras das séries iniciais do ensino fundamental da rede municipal de Salvador, Bahia, Brasil, que utilizam a contação de histórias como prática educativa no contexto escolar, no ambiente de sala de aula. Considerando também a função social da arte de contar histórias que se manifesta de forma plena, à medida que a experiência da contação adentra o horizonte de expectativas de sua vida prática, compondo o seu entendimento do mundo e influenciando seu comportamento social. Em virtude dos fatos mencionados, acreditamos que esse estudo pode ser um recurso que corrobore com a ampliação desse debate, podendo ser usado como subsídio para se pensar mudanças nas políticas públicas em educação.","PeriodicalId":31908,"journal":{"name":"A Cor das Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-12-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47038790","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O presente artigo considera as questões da mediação da leitura, refletindo sobre alguns pontos-chave da formação do mediador, além de apresentar algumas sugestões de abordagem à literatura para a infância e juventude, sobretudo em contexto escolar. Centramos a nossa reflexão em dois eixos: 1) a seleção de obras (ou definição de um corpus literário) e 2) a definição de estratégias conducentes à criação de momentos ricos e prazerosos de encontro com o(s) livro(s). Completaremos o nosso trabalho com 3) a exemplificação de possíveis sessões de animação à leitura.
{"title":"Do mediador ao leitor e os livros de permeio: contributos para uma boa sessão de animação à leitura","authors":"L. Barros","doi":"10.13102/CL.V21I2.5225","DOIUrl":"https://doi.org/10.13102/CL.V21I2.5225","url":null,"abstract":"O presente artigo considera as questões da mediação da leitura, refletindo sobre alguns pontos-chave da formação do mediador, além de apresentar algumas sugestões de abordagem à literatura para a infância e juventude, sobretudo em contexto escolar. Centramos a nossa reflexão em dois eixos: 1) a seleção de obras (ou definição de um corpus literário) e 2) a definição de estratégias conducentes à criação de momentos ricos e prazerosos de encontro com o(s) livro(s). Completaremos o nosso trabalho com 3) a exemplificação de possíveis sessões de animação à leitura.","PeriodicalId":31908,"journal":{"name":"A Cor das Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-11-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48648049","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
André Gonzalez de Jesus Queiroz, F. F. Vasconcelos
Este artigo traz uma proposta de intervenção pedagógica voltada à ampliação das habilidades de leitura nas aulas de Língua Portuguesa, por meio de uma Sequência Didática, seguindo a orientação teórico-metodológica proposta por Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004) e Costa-Hübes (2009). Como se trata de uma escola localizada em São Braz, um distrito de Santo Amaro (BA), elegi o gênero canção no estilo de samba chula, uma peculiaridade local, para despertar nos alunos a criticidade considerando três aspectos basilares: o contexto de produção, seus elementos e representações; a reflexão epilinguística e a análise dos elementos de constituição do gênero, sustentada esta estratégia a partir da leitura de Rodrigues e Pereira (2018). Tal recorte possibilita o desenvolvimento de habilidades e estratégias para uma leitura crítica, além de favorecer o resgate da memória cultural local, contribuindo assim não só para a melhoria da qualidade do ensino-aprendizagem de língua portuguesa na escola básica, como também na compreensão do sentimento de pertencimento do alunado. Também fundamentam esta proposta os estudos de Antunes (2003), Marcuschi (2008), Koch e Elias (2006; 2017), Rojo (2005), Fernandes (2005), Orlando (1999) e orientações dos PCN (1998) e da BNCC (2017) com as publicações de Katharina Doring trazendo as informações sobre o contexto do samba de roda no recôncavo
{"title":"Samba Chula e o Estudo do Gênero canção: um resgate da memória cultural de São Braz","authors":"André Gonzalez de Jesus Queiroz, F. F. Vasconcelos","doi":"10.13102/CL.V21I2.5810","DOIUrl":"https://doi.org/10.13102/CL.V21I2.5810","url":null,"abstract":"Este artigo traz uma proposta de intervenção pedagógica voltada à ampliação das habilidades de leitura nas aulas de Língua Portuguesa, por meio de uma Sequência Didática, seguindo a orientação teórico-metodológica proposta por Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004) e Costa-Hübes (2009). Como se trata de uma escola localizada em São Braz, um distrito de Santo Amaro (BA), elegi o gênero canção no estilo de samba chula, uma peculiaridade local, para despertar nos alunos a criticidade considerando três aspectos basilares: o contexto de produção, seus elementos e representações; a reflexão epilinguística e a análise dos elementos de constituição do gênero, sustentada esta estratégia a partir da leitura de Rodrigues e Pereira (2018). Tal recorte possibilita o desenvolvimento de habilidades e estratégias para uma leitura crítica, além de favorecer o resgate da memória cultural local, contribuindo assim não só para a melhoria da qualidade do ensino-aprendizagem de língua portuguesa na escola básica, como também na compreensão do sentimento de pertencimento do alunado. Também fundamentam esta proposta os estudos de Antunes (2003), Marcuschi (2008), Koch e Elias (2006; 2017), Rojo (2005), Fernandes (2005), Orlando (1999) e orientações dos PCN (1998) e da BNCC (2017) com as publicações de Katharina Doring trazendo as informações sobre o contexto do samba de roda no recôncavo","PeriodicalId":31908,"journal":{"name":"A Cor das Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-11-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43074221","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Neste texto apresentamos a experiência formativa acerca da contação de histórias para além dos muros da Universidade Estadual de Feira de Santana- UEFS, Bahia, via componente curricular "Formação de Contadores de Histórias: conta comigo!" (EDU 925), componente curricular ofertado pelo Departamento de Educação da UEFS em parceria com os Colegiados de Música e Letras, ministrado pela professora Maria Cláudia Silva do Carmo, no semestre 2017.2 para estudantes dos cursos de licenciatura em Pedagogia, Letras, Música e o curso de Psicologia da UEFS. O referido componente curricular objetiva possibilitar estudos sobre os fundamentos da Arte de Contar Histórias em diálogo com os sentidos culturais, educacionais e terapêuticos dos contos de tradição oral e da contação no processo formativo dos estudantes articulando aos conhecimentos básicos acerca da voz falada e cantada. Trata-se, portanto de uma experiência no campo do ensino, pesquisa e extensão no tocante a formação do contador de histórias mediado pelos sentidos, memórias de afetos e pela imaginação produzidos pelos diferentes protagonistas, transbordando os muros da universidade. O texto tem como base teórica os estudos de Matos (2005, 2018), Busatto (2003), Souza (2018), Benjamim (1994), os quais compreendem a arte de narrar como milenar que se dá no sujeito que conta e de quem ouve. É imprescindível que essa arte ultrapasse os muros da Universidade, rompam as barreiras historicamente impostas entre formação acadêmica e práticas profissionais, e assim, provoquem os estudantes em formação, a sair da universidade, assumindo-se como protagonistas desse processo. Por meio dos fundamentos da narração oral, os estudantes assumem o papel de protagonistas, ao discutirem e reflexionarem sobre a importância da memória de afetos no tocante a salvaguarda da tradição oral, assim como as narrativas orais que dizem respeito as suas itinerâncias de história de vida.
{"title":"Quando contar histórias ultrapassa os muros da universidade: mostra performática sobre contos de esperança","authors":"Maria do Carmo, Karine Cerqueira dos Santos","doi":"10.13102/CL.V21I2.5809","DOIUrl":"https://doi.org/10.13102/CL.V21I2.5809","url":null,"abstract":"Neste texto apresentamos a experiência formativa acerca da contação de histórias para além dos muros da Universidade Estadual de Feira de Santana- UEFS, Bahia, via componente curricular \"Formação de Contadores de Histórias: conta comigo!\" (EDU 925), componente curricular ofertado pelo Departamento de Educação da UEFS em parceria com os Colegiados de Música e Letras, ministrado pela professora Maria Cláudia Silva do Carmo, no semestre 2017.2 para estudantes dos cursos de licenciatura em Pedagogia, Letras, Música e o curso de Psicologia da UEFS. O referido componente curricular objetiva possibilitar estudos sobre os fundamentos da Arte de Contar Histórias em diálogo com os sentidos culturais, educacionais e terapêuticos dos contos de tradição oral e da contação no processo formativo dos estudantes articulando aos conhecimentos básicos acerca da voz falada e cantada. Trata-se, portanto de uma experiência no campo do ensino, pesquisa e extensão no tocante a formação do contador de histórias mediado pelos sentidos, memórias de afetos e pela imaginação produzidos pelos diferentes protagonistas, transbordando os muros da universidade. O texto tem como base teórica os estudos de Matos (2005, 2018), Busatto (2003), Souza (2018), Benjamim (1994), os quais compreendem a arte de narrar como milenar que se dá no sujeito que conta e de quem ouve. É imprescindível que essa arte ultrapasse os muros da Universidade, rompam as barreiras historicamente impostas entre formação acadêmica e práticas profissionais, e assim, provoquem os estudantes em formação, a sair da universidade, assumindo-se como protagonistas desse processo. Por meio dos fundamentos da narração oral, os estudantes assumem o papel de protagonistas, ao discutirem e reflexionarem sobre a importância da memória de afetos no tocante a salvaguarda da tradição oral, assim como as narrativas orais que dizem respeito as suas itinerâncias de história de vida.","PeriodicalId":31908,"journal":{"name":"A Cor das Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-11-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43450292","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Daisy Cordeiro dos Santos, Lúcia Maria de Jesus Parcero
Este artigo tem por objetivo observar e descrever as atitudes linguísticas das sambadeiras e dos sambadores do grupo Samba Chula de São Braz. O grupo foi criado oficialmente em 1995 no quilombo de São Braz, locus da pesquisa, comunidade que fica a cerca de 7 quilômetros do centro de Santo Amaro, na Bahia. A metodologia empregada é descritiva e segue os pressupostos da Sociolinguística Interacional. De acordo com os resultados obtidos, os sambadores e sambadeiras demonstram atitude positiva em relação à própria fala e à da comunidade e têm percepção das variedades linguísticas.
{"title":"Sambando na cara da sociedade: um estudo sobre as atitudes linguísticas no contexto do samba chula de São Braz","authors":"Daisy Cordeiro dos Santos, Lúcia Maria de Jesus Parcero","doi":"10.13102/CL.V20I1.4741","DOIUrl":"https://doi.org/10.13102/CL.V20I1.4741","url":null,"abstract":"Este artigo tem por objetivo observar e descrever as atitudes linguísticas das sambadeiras e dos sambadores do grupo Samba Chula de São Braz. O grupo foi criado oficialmente em 1995 no quilombo de São Braz, locus da pesquisa, comunidade que fica a cerca de 7 quilômetros do centro de Santo Amaro, na Bahia. A metodologia empregada é descritiva e segue os pressupostos da Sociolinguística Interacional. De acordo com os resultados obtidos, os sambadores e sambadeiras demonstram atitude positiva em relação à própria fala e à da comunidade e têm percepção das variedades linguísticas. ","PeriodicalId":31908,"journal":{"name":"A Cor das Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-05-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45375779","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O Direito Linguístico como um campo de estudos e pesquisas que se ocupa, dentre outras questões, da produção, aplicação e análise das normas que tutelam as línguas e os direitos de uso dessas línguas pelos indivíduos e grupos falantes, minoritários ou não, carece de uma teoria geral que consiga estabelecer parâmetros científicos de análise, amparados principalmente na ciência Linguística e no Direito. Trata-se, pois, de exigência incontornável para viabilizar a elaboração e o estudo de políticas linguísticas estatais e/ou paraestatais que atuem no universo das regulamentações intra e inter linguísticas, bem como no que diz respeito à mediação dos conflitos linguísticos que emergem por conta das relações de poder que se manifestam em contextos plurilíngues. Neste texto, buscaremos apresentar e discutir as principais fontes do Direito Linguístico e as suas dinâmicas de funcionamento nas diferentes esferas de organização política dos Estados, quer tomados em conjunto, no âmbito das Nações Unidas e no Direito Internacional dos Direitos Humanos, quer por meio do estudo das suas normas particulares (constitucionais e infraconstitucionais), sem deixarmos de lado uma perspectiva com enfoque no pluralismo jurídico, ao incluirmos, no rol dessas fontes, os costumes linguísticos das comunidades minoritárias falantes de idiomas em situação de vulnerabilidade.
{"title":"Direito Linguístico: olhares sobre as suas fontes","authors":"Ricardo Nascimento Abreu","doi":"10.13102/cl.v21i1.5230","DOIUrl":"https://doi.org/10.13102/cl.v21i1.5230","url":null,"abstract":"O Direito Linguístico como um campo de estudos e pesquisas que se ocupa, dentre outras questões, da produção, aplicação e análise das normas que tutelam as línguas e os direitos de uso dessas línguas pelos indivíduos e grupos falantes, minoritários ou não, carece de uma teoria geral que consiga estabelecer parâmetros científicos de análise, amparados principalmente na ciência Linguística e no Direito. Trata-se, pois, de exigência incontornável para viabilizar a elaboração e o estudo de políticas linguísticas estatais e/ou paraestatais que atuem no universo das regulamentações intra e inter linguísticas, bem como no que diz respeito à mediação dos conflitos linguísticos que emergem por conta das relações de poder que se manifestam em contextos plurilíngues. Neste texto, buscaremos apresentar e discutir as principais fontes do Direito Linguístico e as suas dinâmicas de funcionamento nas diferentes esferas de organização política dos Estados, quer tomados em conjunto, no âmbito das Nações Unidas e no Direito Internacional dos Direitos Humanos, quer por meio do estudo das suas normas particulares (constitucionais e infraconstitucionais), sem deixarmos de lado uma perspectiva com enfoque no pluralismo jurídico, ao incluirmos, no rol dessas fontes, os costumes linguísticos das comunidades minoritárias falantes de idiomas em situação de vulnerabilidade. ","PeriodicalId":31908,"journal":{"name":"A Cor das Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-04-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46817083","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O presente trabalho investiga a influência do pomerano na produção dos segmentos róticos em sequências consonantais [CR] e [RC] no português falado no município de São Lourenço do Sul (RS). Para tanto, são analisadas as produções de dez participantes, cinco delas bilíngues, falantes do português e do pomerano, e cinco monolíngues, falantes do português, constituindo o grupo controle. Foram realizados três experimentos para produção dos dados: descrição de imagens, nomeação de imagens e leitura de palavras. Esses experimentos perpassavam um continuum de estilo, no qual o primeiro emulava um ambiente mais naturalístico, a fim de observar um registro mais natural da fala; o segundo e o terceiro experimentos, por sua vez, apresentavam um controle mais experimental, em que os itens lexicais foram previamente selecionados, distribuídos de acordo com as variáveis posição do rótico, ponto de articulação de C, vozeamento de C, tonicidade e vogal nuclear da sílaba. Assim, obteve-se um número de produções regular entre as participantes, bem como controlou-se a atuação de variáveis linguísticas. Os resultados revelaram emprego quase categórico do tepe na posição pré-vocálica, tanto no grupo bilíngue quanto no monolíngue. Na posição pós-vocálica, por outro lado, verificou-se que, enquanto as monolíngues produziram número elevado de tepes, as bilíngues demonstraram grande variação, produzindo em número considerável de vibrantes múltiplas, aproximantes e fricativas palato-alveolares desvozeadas. O Teste de Qui-Quadrado com resíduos padronizados detectou uma correlação entre o emprego dessas variantes e o grupo bilíngue. Além disso, detectou uma correlação entre o emprego do tepe e o grupo monolíngue. Propôs-se, como conclusão, que o pomerano exerceu influência sobre esses resultados, dado que, na língua de imigração, o tepe não ocupa a posição pós-vocálica, o que pode ter influenciado os falantes a evitar o emprego dessa variante na posição de coda.
摘要本研究探讨了博美语对sao lourenco do Sul (RS)市葡萄牙语辅音序列[CR]和[RC]卷舌音段产生的影响。为此,我们分析了10名参与者的作品,其中5名是双语者,说葡萄牙语和博美拉尼亚语,5名是单语者,说葡萄牙语,构成了对照组。进行了三个实验来产生数据:图像描述、图像命名和单词阅读。这些实验跨越了一个连续的风格,第一个模拟了一个更自然的环境,以观察一个更自然的语言记录;第二个和第三个实验采用了更实验性的控制方法,根据卷舌音位置、C发音点、C发声、重音和音节核元音等变量来选择词汇项。因此,我们在参与者之间获得了一定数量的常规产品,并控制了语言变量的表现。结果显示,在双语组和单语组中,tepe在前元音位置的使用几乎是绝对的。另一方面,在后元音位置,单语者产生大量的tepes,而双语者表现出很大的差异,产生大量的多重振动、近音和腭-牙槽摩擦音。标准化残差卡方检验发现这些变异的使用与双语组之间存在相关性。此外,还发现了tepe的使用与单语组之间的相关性。结论是,博美语对这些结果有影响,因为在移民语言中,tepe不占据后元音位置,这可能影响了说话者避免在尾位置使用这种变体。
{"title":"Produção dos róticos em sequências consonantais [CR] e [RC] no português de contato com o pomerano","authors":"F. Silva","doi":"10.13102/cl.v21i1.4974","DOIUrl":"https://doi.org/10.13102/cl.v21i1.4974","url":null,"abstract":"O presente trabalho investiga a influência do pomerano na produção dos segmentos róticos em sequências consonantais [CR] e [RC] no português falado no município de São Lourenço do Sul (RS). Para tanto, são analisadas as produções de dez participantes, cinco delas bilíngues, falantes do português e do pomerano, e cinco monolíngues, falantes do português, constituindo o grupo controle. Foram realizados três experimentos para produção dos dados: descrição de imagens, nomeação de imagens e leitura de palavras. Esses experimentos perpassavam um continuum de estilo, no qual o primeiro emulava um ambiente mais naturalístico, a fim de observar um registro mais natural da fala; o segundo e o terceiro experimentos, por sua vez, apresentavam um controle mais experimental, em que os itens lexicais foram previamente selecionados, distribuídos de acordo com as variáveis posição do rótico, ponto de articulação de C, vozeamento de C, tonicidade e vogal nuclear da sílaba. Assim, obteve-se um número de produções regular entre as participantes, bem como controlou-se a atuação de variáveis linguísticas. Os resultados revelaram emprego quase categórico do tepe na posição pré-vocálica, tanto no grupo bilíngue quanto no monolíngue. Na posição pós-vocálica, por outro lado, verificou-se que, enquanto as monolíngues produziram número elevado de tepes, as bilíngues demonstraram grande variação, produzindo em número considerável de vibrantes múltiplas, aproximantes e fricativas palato-alveolares desvozeadas. O Teste de Qui-Quadrado com resíduos padronizados detectou uma correlação entre o emprego dessas variantes e o grupo bilíngue. Além disso, detectou uma correlação entre o emprego do tepe e o grupo monolíngue. Propôs-se, como conclusão, que o pomerano exerceu influência sobre esses resultados, dado que, na língua de imigração, o tepe não ocupa a posição pós-vocálica, o que pode ter influenciado os falantes a evitar o emprego dessa variante na posição de coda.","PeriodicalId":31908,"journal":{"name":"A Cor das Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-04-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46159979","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Israel Queiroz de Lima, João Batista Freire de Souza Junior, Alexandre Melo de Sousa, Rosane Garcia Silva
As línguas de sinais, por muito tempo, foram consideradas ágrafas por não ter um sistema de escrita que pudesse registrar o conhecimento, a história e a convenção escrita de uma língua visual-espacial. Tendo em vista essa necessidade, foi desenvolvido o SignWriting, um sistema universal que serve para escrever e para ler em qualquer língua de sinais do mundo (BARRETO; BARRETO, 2015, p. 83). O objetivo do presente artigo é mostrar resultados alcançados na disciplina Escrita de Sinais, oferecida no Curso de Licenciatura em Letras Libras, da Universidade Federal do Acre, especificamente no ano de 2018. As atividades elaboradas pelos acadêmicos tinham como objetivo: contribuir para o ensino prático das habilidades de leitura e de escrita, por meio do sistema de escrita de sinais: SignWriting.
{"title":"Materiais de ensino para surdos: produções de atividades com escrita de sinais (signwriting)","authors":"Israel Queiroz de Lima, João Batista Freire de Souza Junior, Alexandre Melo de Sousa, Rosane Garcia Silva","doi":"10.13102/CL.V20I2.4989","DOIUrl":"https://doi.org/10.13102/CL.V20I2.4989","url":null,"abstract":"As línguas de sinais, por muito tempo, foram consideradas ágrafas por não ter um sistema de escrita que pudesse registrar o conhecimento, a história e a convenção escrita de uma língua visual-espacial. Tendo em vista essa necessidade, foi desenvolvido o SignWriting, um sistema universal que serve para escrever e para ler em qualquer língua de sinais do mundo (BARRETO; BARRETO, 2015, p. 83). O objetivo do presente artigo é mostrar resultados alcançados na disciplina Escrita de Sinais, oferecida no Curso de Licenciatura em Letras Libras, da Universidade Federal do Acre, especificamente no ano de 2018. As atividades elaboradas pelos acadêmicos tinham como objetivo: contribuir para o ensino prático das habilidades de leitura e de escrita, por meio do sistema de escrita de sinais: SignWriting.","PeriodicalId":31908,"journal":{"name":"A Cor das Letras","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-01-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"41262235","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}