O artigo tem o objetivo de discutir sobre o sincretismo religioso, considerado uma maneira de “disfarce” (PRANDI, 2009, p. 50) para os escravos cultuarem os seus deuses ou orixás oriundos da grande mãe África. Além de ser visto, também, por outros teóricos, como uma estratégia para o homem negro e a mulher negra serem aceitos pela sociedade branca do período colonial escravagista. Paralelo a estas discussões de caráter sincrético, o artigo também ressalta a literatura de engajamento e relevância sociocultural do escritor Jorge Amado (1912 – 2001) por meio de algumas passagens das obras: Tenda dos Milagres (1969) e Mar Morto (1936), que discutem questões a respeito do racismo, da intolerância religiosa e do próprio sincretismo religioso presente na imagem da orixá Iemanjá, destacando, assim, os seus rituais.
这篇文章的目的是讨论宗教融合,被认为是一种“伪装”的方式(PRANDI, 2009, p. 50),奴隶崇拜他们的神或来自伟大的非洲母亲的orixas。除了被其他理论家视为一种策略,让黑人男女在奴隶殖民时期被白人社会接受。并行的争吵sincrético方式,本文还强调了文学的人气和社会文化意义的作家乔治·爱(1912—2001)通过一些作品:死海帐篷奇迹(1969)和(1936)讨论的种族歧视,宗教不宽容和尊重自己的宗教融合在orixá叶门迦,狂热的形象,因此,仪式。
{"title":"O sincretismo religioso e a relevância sociocultural da literatura de Jorge Amado","authors":"Marcelo Barbosa dos Santos","doi":"10.13102/cl.v22i3.7487","DOIUrl":"https://doi.org/10.13102/cl.v22i3.7487","url":null,"abstract":"O artigo tem o objetivo de discutir sobre o sincretismo religioso, considerado uma maneira de “disfarce” (PRANDI, 2009, p. 50) para os escravos cultuarem os seus deuses ou orixás oriundos da grande mãe África. Além de ser visto, também, por outros teóricos, como uma estratégia para o homem negro e a mulher negra serem aceitos pela sociedade branca do período colonial escravagista. Paralelo a estas discussões de caráter sincrético, o artigo também ressalta a literatura de engajamento e relevância sociocultural do escritor Jorge Amado (1912 – 2001) por meio de algumas passagens das obras: Tenda dos Milagres (1969) e Mar Morto (1936), que discutem questões a respeito do racismo, da intolerância religiosa e do próprio sincretismo religioso presente na imagem da orixá Iemanjá, destacando, assim, os seus rituais.","PeriodicalId":31908,"journal":{"name":"A Cor das Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46015554","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
P. Leonardeli, Fransueiny Fleischmann, Jurema José de Oliveira
A proposta do artigo é abordar em Pastores da Noite de Jorge Amado a presença da ancestralidade como recurso que movimenta o enredo, tanto no que se refere à linguagem como a outros elementos subjacentes da narrativa. A produção de Jorge Amado no geral é explorada pela crítica a partir de fundamentos eurocêntricos, tais apostas de estudo, todavia, incorreram em inúmeros erros de pesquisa ao longo das últimas décadas, os quais acabaram por posicionar indevidamente a literatura amadiana nos espaços acadêmicos. Nesta análise a pretensão é lançar outros olhares teóricos à obra do autor, relacionando-a aos fundamentos da filosofia africana de raízes ancestrais. As principais referências bibliográficas que embasam a proposta deste trabalho são Amadou Hampatê Bâ (2021), Fábio Leite (2008), Eduardo Oliveira (2017) e Jurema José Oliveira (2018)
本文的目的是在豪尔赫·阿马多的《牧羊人之夜》中,将祖先的存在作为一种资源来移动情节,无论是在语言上还是在叙事的其他潜在元素上。总的来说,豪尔赫·阿马多的作品被批评人士从欧洲中心主义的基础上探索,然而,这种研究的赌注,在过去的几十年里导致了许多研究错误,这导致了阿马多文学在学术空间的不当定位。在这一分析中,意图是对作者的工作提出其他理论观点,将其与非洲祖先哲学的基础联系起来。支持这项工作的主要参考文献是Amadou hampate ba (2021), fabio Leite (2008), Eduardo Oliveira(2017)和Jurema jose Oliveira(2018)。
{"title":"Ancestralidade em Pastores da Noite de Jorge Amado","authors":"P. Leonardeli, Fransueiny Fleischmann, Jurema José de Oliveira","doi":"10.13102/cl.v22i3.7099","DOIUrl":"https://doi.org/10.13102/cl.v22i3.7099","url":null,"abstract":"A proposta do artigo é abordar em Pastores da Noite de Jorge Amado a presença da ancestralidade como recurso que movimenta o enredo, tanto no que se refere à linguagem como a outros elementos subjacentes da narrativa. A produção de Jorge Amado no geral é explorada pela crítica a partir de fundamentos eurocêntricos, tais apostas de estudo, todavia, incorreram em inúmeros erros de pesquisa ao longo das últimas décadas, os quais acabaram por posicionar indevidamente a literatura amadiana nos espaços acadêmicos. Nesta análise a pretensão é lançar outros olhares teóricos à obra do autor, relacionando-a aos fundamentos da filosofia africana de raízes ancestrais. As principais referências bibliográficas que embasam a proposta deste trabalho são Amadou Hampatê Bâ (2021), Fábio Leite (2008), Eduardo Oliveira (2017) e Jurema José Oliveira (2018)","PeriodicalId":31908,"journal":{"name":"A Cor das Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42411811","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-02-17DOI: 10.13102/cl.v22iesp..7769
Lucas Nascimento Silva, Marisa Martins Gama-Khalil, Marcia Valéria Cozzani
A proposta deste dossiê em Estudos Discursivos é problematizar a relação corpo e espaço na atualidade, considerando seus diversos modos de enunciar, sejam como objetos distintos e inter-relacionados ou como um único objeto discursivo que se constitui não de modo dicotômico, mas nas múltiplas formas de se manifestar na dispersão dos discursos. Seja qual for a perspectiva, entendemos que não é possível pensar um sem o outro, mas importa dar visibilidade a uma dobra, ao movimento de um no/pelo outro, atravessado pela rápida temporalidade do aqui-agora. Nos corpos e espaços, inscrevem-se valores, leis, regras, normas que delineiam verdades, produzem subjetividades, acusando cada movimento realizado, cada percepção dos acontecimentos, cada instância de diferenciação, agrupamento e delimitação. Corpo nu, negro, feminino, trans, violentado, mascarado, infame, docilizado, indignado, nas mídias, nas ruas, nas instituições. Por qualquer perspectiva discursiva, tomemos este desafio, em tempos de pandemia, de isolamento social, de medos que insurgem, de dar visibilidade aos discursos que enunciam esses corpos e espaços hoje.
{"title":"Corpo e espaço hoje: que discursos enunciam?","authors":"Lucas Nascimento Silva, Marisa Martins Gama-Khalil, Marcia Valéria Cozzani","doi":"10.13102/cl.v22iesp..7769","DOIUrl":"https://doi.org/10.13102/cl.v22iesp..7769","url":null,"abstract":"A proposta deste dossiê em Estudos Discursivos é problematizar a relação corpo e espaço na atualidade, considerando seus diversos modos de enunciar, sejam como objetos distintos e inter-relacionados ou como um único objeto discursivo que se constitui não de modo dicotômico, mas nas múltiplas formas de se manifestar na dispersão dos discursos. Seja qual for a perspectiva, entendemos que não é possível pensar um sem o outro, mas importa dar visibilidade a uma dobra, ao movimento de um no/pelo outro, atravessado pela rápida temporalidade do aqui-agora. Nos corpos e espaços, inscrevem-se valores, leis, regras, normas que delineiam verdades, produzem subjetividades, acusando cada movimento realizado, cada percepção dos acontecimentos, cada instância de diferenciação, agrupamento e delimitação. Corpo nu, negro, feminino, trans, violentado, mascarado, infame, docilizado, indignado, nas mídias, nas ruas, nas instituições. Por qualquer perspectiva discursiva, tomemos este desafio, em tempos de pandemia, de isolamento social, de medos que insurgem, de dar visibilidade aos discursos que enunciam esses corpos e espaços hoje.","PeriodicalId":31908,"journal":{"name":"A Cor das Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-02-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44939670","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-02-17DOI: 10.13102/cl.v22iesp..7451
Sandra Helena Andrade de Oliveira, A. Pinheiro
A noção de pertencimento está relacionada com o espaço numa dimensão social, cultural e discursiva. O corpo é parte constitutiva dessa noção de pertencimento, pois individualiza e socializa os sujeitos na demonstração de existência. Desse modo, no texto de análise em Na colônia penal, o castigo do corpo é dilacerado pela máquina com o propósito de demonstrar o poder e a força dos que comandam e a fragilidade dos subalternos. Esse castigo corporal indica um certo desprezo pela consciência do sujeito e assim, artificializar a dor pela marca sangrenta de um espetáculo pautado em regras cujos atos neutralizam as marcas físicas, emocionais e sociais. Este artigo tem como propósito analisar o papel do corpo como símbolo dos sentimentos e das manifestações políticas de lutas do poder opressor. A pesquisa é de cunho bibliográfico, de natureza explicativa, abarcando o método teórico-analítico. Para essa discussão fundamenta-se nos trabalhos de autores tais como: Brandão (2013), Foucault (2018, 2014), Merleau-Ponty (1999), dentre outros. É importante ressaltar, que diante de um sistema opressor, nem sempre haverá mudanças. Isto porque a formação de uma sociedade está muitas vezes condicionada a ações que violam os direitos dos cidadãos, mas se normalizam com as práticas contínuas. Dentre elas, destacam-se aquelas relacionadas às políticas de execuções penais, o poder brutal no corpo e a mais relevante dentro do campo social, a ação de exclusão, que marca o sujeito de uma forma negativa, priva-o de todos os direitos e ainda tira a sua dignidade.
{"title":"Corpo a força de um poder","authors":"Sandra Helena Andrade de Oliveira, A. Pinheiro","doi":"10.13102/cl.v22iesp..7451","DOIUrl":"https://doi.org/10.13102/cl.v22iesp..7451","url":null,"abstract":"A noção de pertencimento está relacionada com o espaço numa dimensão social, cultural e discursiva. O corpo é parte constitutiva dessa noção de pertencimento, pois individualiza e socializa os sujeitos na demonstração de existência. Desse modo, no texto de análise em Na colônia penal, o castigo do corpo é dilacerado pela máquina com o propósito de demonstrar o poder e a força dos que comandam e a fragilidade dos subalternos. Esse castigo corporal indica um certo desprezo pela consciência do sujeito e assim, artificializar a dor pela marca sangrenta de um espetáculo pautado em regras cujos atos neutralizam as marcas físicas, emocionais e sociais. Este artigo tem como propósito analisar o papel do corpo como símbolo dos sentimentos e das manifestações políticas de lutas do poder opressor. A pesquisa é de cunho bibliográfico, de natureza explicativa, abarcando o método teórico-analítico. Para essa discussão fundamenta-se nos trabalhos de autores tais como: Brandão (2013), Foucault (2018, 2014), Merleau-Ponty (1999), dentre outros. É importante ressaltar, que diante de um sistema opressor, nem sempre haverá mudanças. Isto porque a formação de uma sociedade está muitas vezes condicionada a ações que violam os direitos dos cidadãos, mas se normalizam com as práticas contínuas. Dentre elas, destacam-se aquelas relacionadas às políticas de execuções penais, o poder brutal no corpo e a mais relevante dentro do campo social, a ação de exclusão, que marca o sujeito de uma forma negativa, priva-o de todos os direitos e ainda tira a sua dignidade.","PeriodicalId":31908,"journal":{"name":"A Cor das Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-02-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43214204","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-02-17DOI: 10.13102/cl.v22iesp..7389
Renata Barreto da Fonseca, João Barreto da Fonseca, Vanessa Maia Barbosa de Paiva
O romance Mulheres Empilhadas, de Patrícia Melo, experimenta vários elementos de escrita: texto jornalístico, linguagem jurídica, poemas, ficção literária, narrativas factuais, descrições e opiniões. Todo esse esforço linguístico tem por objetivo extrair de seus relatos a intensidade máxima, com a intenção de convencer o leitor da gravidade e onipresença do feminicídio. Na trama, uma advogada em São Paulo, agredida pelo namorado, viaja ao Acre, ao mesmo tempo para se distanciar da violência e para trabalhar em um projeto sobre mulheres agredidas. A partir desse deslocamento, a personagem sem nome, que representa a mulher universal, passa a pensar sobre questões relativas à violência física em relação à intimidade, à desumanização da mulher e aos processos de vulnerabilização que precarizam as relações e destroem o corpo feminino.
{"title":"A intimidade como espaço perigoso ou aproximação e distância como tática de resistência no manifesto Mulheres Empilhados de Patrícia Melo","authors":"Renata Barreto da Fonseca, João Barreto da Fonseca, Vanessa Maia Barbosa de Paiva","doi":"10.13102/cl.v22iesp..7389","DOIUrl":"https://doi.org/10.13102/cl.v22iesp..7389","url":null,"abstract":"O romance Mulheres Empilhadas, de Patrícia Melo, experimenta vários elementos de escrita: texto jornalístico, linguagem jurídica, poemas, ficção literária, narrativas factuais, descrições e opiniões. Todo esse esforço linguístico tem por objetivo extrair de seus relatos a intensidade máxima, com a intenção de convencer o leitor da gravidade e onipresença do feminicídio. Na trama, uma advogada em São Paulo, agredida pelo namorado, viaja ao Acre, ao mesmo tempo para se distanciar da violência e para trabalhar em um projeto sobre mulheres agredidas. A partir desse deslocamento, a personagem sem nome, que representa a mulher universal, passa a pensar sobre questões relativas à violência física em relação à intimidade, à desumanização da mulher e aos processos de vulnerabilização que precarizam as relações e destroem o corpo feminino.","PeriodicalId":31908,"journal":{"name":"A Cor das Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-02-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42001900","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-02-17DOI: 10.13102/cl.v22iesp..5920
L. Carvalho
Este artigo explora as relações entre sujeito e arte durante a quarentena. Pretende-se partir de uma análise da encenação de duas peças digitais e investigar como se dá a apresentação do tempo – o tempo da encenação e tempo do encenado – e do corpo dos atores, e como se dá a formação de uma comunidade da distância entre espectadores e atores durante a apresentação da peça. Para isso, o artigo recorre à narração em primeira pessoa da experiência do espectador, à exploração da ideia de ritmo e de socialismo da distância desenvolvida por Roland Barthes, da discussão do espectador emancipado por Jacques Rancière e do jogo do tempo do teatro descrito por Peter Szondi.
{"title":"Comunidade da distância: corpo e tempo no teatro digital","authors":"L. Carvalho","doi":"10.13102/cl.v22iesp..5920","DOIUrl":"https://doi.org/10.13102/cl.v22iesp..5920","url":null,"abstract":"Este artigo explora as relações entre sujeito e arte durante a quarentena. Pretende-se partir de uma análise da encenação de duas peças digitais e investigar como se dá a apresentação do tempo – o tempo da encenação e tempo do encenado – e do corpo dos atores, e como se dá a formação de uma comunidade da distância entre espectadores e atores durante a apresentação da peça. Para isso, o artigo recorre à narração em primeira pessoa da experiência do espectador, à exploração da ideia de ritmo e de socialismo da distância desenvolvida por Roland Barthes, da discussão do espectador emancipado por Jacques Rancière e do jogo do tempo do teatro descrito por Peter Szondi.","PeriodicalId":31908,"journal":{"name":"A Cor das Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-02-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48026991","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-02-17DOI: 10.13102/cl.v22iesp..7438
Veronica Oliveira de Sales, Maria Evany Do Nascimento
O presente artigo pretende expor a falta de representação de mulheres reais nas estátuas encontradas no Centro Histórico de Manaus, com o intento de englobar três temáticas: santa, alegoria e deusa. O trabalho possui três etapas metodológicas: expor a mulher vivente do século XX, visto que exemplifica uma grande movimentação para homenagear grandes feitos de homens, procurando investigar por meio do corpo e espaço onde encontravam-se estas mulheres, para tal recorreremos à Scott (2013), Sant’anna (2013) e Perrot (2003; 2007); em seguida exploraremos representações femininas em estátuas ao longo da história da arte, atentando-se para cinco períodos desta: Classicismo, Idade Média, Renascentismo, Maneirismo e Barroco, usando como principais recursos teóricos Choay (2011) e Riegl (2014), para tratar da definição de monumento, e Bruneau; Torelli; Altet (2006), juntamente com Duby; Altet; Suduiraut (2006) para a escolha de esculturas de cada era artística; e por último explorar como a figura masculina ocupa o espaço em forma de estátua dentro do Centro Histórico de Manaus, que servirá como comparação para a ocupação da mulher nesse mesmo espaço e nessa mesma expressão artística, atendo-se para as temáticas citadas, utilizando-se de Nascimento (2013). Procurando responder quanto à condição feminina: o corpo de pedra tem mais espaço que o corpo de carne?
{"title":"Corpos de pedra e de carne: a representação da figura feminina nas estátuas do centro histórico de Manaus","authors":"Veronica Oliveira de Sales, Maria Evany Do Nascimento","doi":"10.13102/cl.v22iesp..7438","DOIUrl":"https://doi.org/10.13102/cl.v22iesp..7438","url":null,"abstract":"O presente artigo pretende expor a falta de representação de mulheres reais nas estátuas encontradas no Centro Histórico de Manaus, com o intento de englobar três temáticas: santa, alegoria e deusa. O trabalho possui três etapas metodológicas: expor a mulher vivente do século XX, visto que exemplifica uma grande movimentação para homenagear grandes feitos de homens, procurando investigar por meio do corpo e espaço onde encontravam-se estas mulheres, para tal recorreremos à Scott (2013), Sant’anna (2013) e Perrot (2003; 2007); em seguida exploraremos representações femininas em estátuas ao longo da história da arte, atentando-se para cinco períodos desta: Classicismo, Idade Média, Renascentismo, Maneirismo e Barroco, usando como principais recursos teóricos Choay (2011) e Riegl (2014), para tratar da definição de monumento, e Bruneau; Torelli; Altet (2006), juntamente com Duby; Altet; Suduiraut (2006) para a escolha de esculturas de cada era artística; e por último explorar como a figura masculina ocupa o espaço em forma de estátua dentro do Centro Histórico de Manaus, que servirá como comparação para a ocupação da mulher nesse mesmo espaço e nessa mesma expressão artística, atendo-se para as temáticas citadas, utilizando-se de Nascimento (2013). Procurando responder quanto à condição feminina: o corpo de pedra tem mais espaço que o corpo de carne?","PeriodicalId":31908,"journal":{"name":"A Cor das Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-02-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44957988","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-02-17DOI: 10.13102/cl.v22iesp..7186
Claudemir Sousa
Neste artigo, discutimos a noção de quilombo como um espaço heterotópico para o corpo negro, tanto na sua jornada em busca de liberdade em relação ao disciplinamento do sistema colonial como na atualidade. Para tanto, analisamos dois enunciados jornalísticos e entrevistas que realizamos com dois sujeitos residentes em comunidades quilombolas do estado do Maranhão (MA). O aporte teórico-metodológico que ancora essa discussão repousa nos Estudos Discursivos Foucaultianos, assentados na proposta de análise enunciativa de Michel Foucault (2008), a qual nos possibilita empreender uma investigação com base nos princípios de regularidade, dispersão, raridade e campo associado entre enunciados. Conclui-se que o quilombo emerge no domínio da história como uma forma de buscar a liberdade em relação ao poder disciplinador colonial, mas o corpo do sujeito negro é reinscrito em espaços heterotópicos nos quais sofre formas de exclusão, violência e estigmas até o presente.
{"title":"O corpo (u)tópico e o espaço heterotópico dos quilombolas hoje: uma análise discursiva foucaultiana","authors":"Claudemir Sousa","doi":"10.13102/cl.v22iesp..7186","DOIUrl":"https://doi.org/10.13102/cl.v22iesp..7186","url":null,"abstract":"Neste artigo, discutimos a noção de quilombo como um espaço heterotópico para o corpo negro, tanto na sua jornada em busca de liberdade em relação ao disciplinamento do sistema colonial como na atualidade. Para tanto, analisamos dois enunciados jornalísticos e entrevistas que realizamos com dois sujeitos residentes em comunidades quilombolas do estado do Maranhão (MA). O aporte teórico-metodológico que ancora essa discussão repousa nos Estudos Discursivos Foucaultianos, assentados na proposta de análise enunciativa de Michel Foucault (2008), a qual nos possibilita empreender uma investigação com base nos princípios de regularidade, dispersão, raridade e campo associado entre enunciados. Conclui-se que o quilombo emerge no domínio da história como uma forma de buscar a liberdade em relação ao poder disciplinador colonial, mas o corpo do sujeito negro é reinscrito em espaços heterotópicos nos quais sofre formas de exclusão, violência e estigmas até o presente.","PeriodicalId":31908,"journal":{"name":"A Cor das Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-02-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42298105","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-02-17DOI: 10.13102/cl.v22iesp..7467
Antônio Fernandes Júnior, Amanda Soares Mantovani
O presente estudo objetiva analisar discursivamente, à luz dos pensamentos de Michel Foucault, a constituição da mulher enquanto sujeito discursivo e o conceito de devir-mulher, com base na filosofia de Deleuze e Guattari, nas obras Sangria (2017), de Luiza Romão, e Poemas de recordação e outros movimentos (2017), de Conceição Evaristo. O corpus é constituído por sequências enunciativas recortadas de poemas das obras supramencionadas. Em relação à metodologia, foram utilizados procedimentos de abordagem baseados na Arqueogenealogia de Foucault (2004, 2008, 2016, 2017), já que nos propomos a analisar criticamente e pormenorizar sobre esse sujeito inserido nas teias das relações de poder, apoiando-nos também em obras e estudos desenvolvidos por Deleuze (2011, 2019), Deleuze e Guattari (2012a, 2012b), Prado Filho (2019), Fernandes (2012), entre outros. Pôde ser percebido, especialmente, que a literatura das autoras denuncia práticas arcaicas e discursos retrógrados, como o machismo, o patriarcado e o racismo e, em consonância, funcionam como resistência dentro das relações de poder, nas quais os corpos femininos são produzidos
本研究旨在根据米歇尔·福柯的思想,在路易莎·罗芒的作品《桑格里亚》(2017)和康塞奥·埃瓦里斯托的作品《记录》(Poemas de recordação e outros movientos)(2017)中,以德勒兹和瓜塔里的哲学为基础,对女性作为话语主体的构成和成为女性的概念进行话语分析。语料库由从上述作品的诗歌中截取的发音序列组成。关于方法论,我们使用了基于福柯考古学(2004200820162017)的方法程序,因为我们建议批判性地分析和详细说明插入权力关系网中的这一主题,也依赖于德勒兹(20112019)、德勒兹和瓜塔里(2012a,2012b)、普拉多·菲尔霍(2019)、德勒兹和瓜塔里开发的作品和研究费尔南德斯(2012)等。特别值得注意的是,作者的文学作品谴责了古老的习俗和倒退的话语,如男子主义、父权制和种族主义,并与之相一致,在权力关系中起到了抵抗的作用,在这种关系中产生了女性的身体
{"title":"Da Sangria às Recordações: a constituição do sujeito e do devir-mulher na poética de Luiza Romão e Conceição Evaristo","authors":"Antônio Fernandes Júnior, Amanda Soares Mantovani","doi":"10.13102/cl.v22iesp..7467","DOIUrl":"https://doi.org/10.13102/cl.v22iesp..7467","url":null,"abstract":"O presente estudo objetiva analisar discursivamente, à luz dos pensamentos de Michel Foucault, a constituição da mulher enquanto sujeito discursivo e o conceito de devir-mulher, com base na filosofia de Deleuze e Guattari, nas obras Sangria (2017), de Luiza Romão, e Poemas de recordação e outros movimentos (2017), de Conceição Evaristo. O corpus é constituído por sequências enunciativas recortadas de poemas das obras supramencionadas. Em relação à metodologia, foram utilizados procedimentos de abordagem baseados na Arqueogenealogia de Foucault (2004, 2008, 2016, 2017), já que nos propomos a analisar criticamente e pormenorizar sobre esse sujeito inserido nas teias das relações de poder, apoiando-nos também em obras e estudos desenvolvidos por Deleuze (2011, 2019), Deleuze e Guattari (2012a, 2012b), Prado Filho (2019), Fernandes (2012), entre outros. Pôde ser percebido, especialmente, que a literatura das autoras denuncia práticas arcaicas e discursos retrógrados, como o machismo, o patriarcado e o racismo e, em consonância, funcionam como resistência dentro das relações de poder, nas quais os corpos femininos são produzidos","PeriodicalId":31908,"journal":{"name":"A Cor das Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-02-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46584229","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-02-17DOI: 10.13102/cl.v22iesp..7287
Joseeldo Da Silva Júnior, Francisco Vieira da Silva
Este estudo analisa a hipervisibilidade obtida por uma ex-moradora de rua e dependente química após publicação feita pela cantora Madonna viralizar nas redes sociais. Observa-se como contato com o poder propiciou à Maria Solange, apelidada de Marina Silva de Manaus, possibilitou a saída da marginalidade para reabilitação psicossocial. Na esteira da análise do discurso com Foucault a ideia desta pesquisa é traçar uma lógica que visa compreender como o sujeito infame transita da visibilidade para a hipervisibilidade tendo o poder como limiar entre uma coisa e outra. Para isso utilizou-se um recorte enunciativo de três fases de Marina Silva de Manaus como corpus para análise, quais sejam: i) momento da visibilidade; ii) o encontro com o poder; e iii) o alcance da hipervisibilidade. Constatamos que o contato com o poder resultou na reconfiguração na existência de Marina Silva: de um corpo monstruoso e um indivíduo a ser corrigido, a então sujeito marcada pela infâmia é normalizada e reintegrada à comunidade.
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