Pub Date : 2021-09-23DOI: 10.24950/ce/181/20/4/2020
Hugo Jorge Casimiro, Paulo Reis-Pina
{"title":"A Identificação de Doentes com Necessidades Paliativas nas Enfermarias de Medicina Interna: Colocar os Doentes Vulneráveis no Centro dos Cuidados","authors":"Hugo Jorge Casimiro, Paulo Reis-Pina","doi":"10.24950/ce/181/20/4/2020","DOIUrl":"https://doi.org/10.24950/ce/181/20/4/2020","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":32856,"journal":{"name":"Medicina Interna","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48936443","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-09-23DOI: 10.24950/PV/106/20/4/2020
Filipe Coutinho, Joana Marinho, Rafael Verissímo, Ana Zão, Manuela Bertão, V. Fonseca, Sónia Marques Moreira, Sandra Custódio, Teresa Amaral, F. Osório, Paula Jacinto
Nos tempos atuais de pandemia pelo SARS-CoV-2, vários desafios são colocados à comunidade científica. No que respeita à implementação de tratamentos ao idoso com cancro, não obstante a elevada complexidade na sua abordagem, surge agora uma variável (SARS-CoV-2) que representa um elevado impacto nos processos de decisão multidisciplinar no momento de decidir que estratégias terapêuticas a adoptar. Em concordância com várias declarações internacionais, este artigo tem como objetivo sensibilizar a comunidade médica nacional para a problemática do idoso com cancro no que concerne a sua abordagem em tempos de pandemia por COVID-19.
{"title":"Reflexões em Tempos de Pandemia: Os Nossos Idosos Precisam de “Ainda Mais” Auxílio para Enfrentar o Cancro","authors":"Filipe Coutinho, Joana Marinho, Rafael Verissímo, Ana Zão, Manuela Bertão, V. Fonseca, Sónia Marques Moreira, Sandra Custódio, Teresa Amaral, F. Osório, Paula Jacinto","doi":"10.24950/PV/106/20/4/2020","DOIUrl":"https://doi.org/10.24950/PV/106/20/4/2020","url":null,"abstract":"Nos tempos atuais de pandemia pelo SARS-CoV-2, vários desafios são colocados à comunidade científica. No que respeita à implementação de tratamentos ao idoso com cancro, não obstante a elevada complexidade na sua abordagem, surge agora uma variável (SARS-CoV-2) que representa um elevado impacto nos processos de decisão multidisciplinar no momento de decidir que estratégias terapêuticas a adoptar. Em concordância com várias declarações internacionais, este artigo tem como objetivo sensibilizar a comunidade médica nacional para a problemática do idoso com cancro no que concerne a sua abordagem em tempos de pandemia por COVID-19.","PeriodicalId":32856,"journal":{"name":"Medicina Interna","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44835194","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-09-21DOI: 10.24950/o/235/20/3/2021
Joana Lima
Introdução: Com vista à redução da mortalidade associada ao enfarte agudo do miocárdio (EAM), foi implementada a nível nacional, em 2007, a Via Verde Coronária (VVC). Existem poucos estudos sobre o desempenho destes protocolos a nível intra-hospitalar e, por isso, pretende-se caracterizar os principais diagnósticos dos doentes incluídos na VVC e avaliar a proporção de casos de EAM. Material e Métodos: Foi realizado um estudo observacional retrospetivo no serviço de urgência de um hospital do Alentejo (06/2017-05/2018). Foram incluídos doentes com ≥ 18 anos e que apresentassem sintomas sugestivos de EAM. Os principais diagnósticos foram retirados dos processos clínicos e calculou-se a proporção de casos admitidos com EAM. Realizou-se análise estatística uni e bi-variada (IBM SPSS v.27.0). Resultados: Foram incluídos 338 doentes: 56,5% (n = 191) eram homens e a idade média foi 63,9 ± 15,1 {19;96} anos. A maioria dos diagnósticos estabelecidos classificaram- -se como enquadrados no sistema circulatório (61,2%, n = 207). A proporção do EAM foi de 27,2% (n = 92/338). Foram observados significativamente mais fatores de risco cardiovascular nos doentes com EAM, comparativamente aos doentes sem EAM (2,83 ± 1,54 vs 2,06 ± 1,49 fatores de risco/doente, respetivamente; p < 0,001) e em doentes com EAM sem elevação do segmento ST e EAM com elevação do segmento ST (3,25±1,36 vs 1,81 ± 1,50 fatores de risco/doente, respetivamente; p < 0,001). Os doentes com diagnóstico de EAM registaram um tempo de dor significativamente inferior aos doentes sem EAM (6,24 ± 9,08 vs 10,53 ± 18,23 horas de dor, respetivamente; p = 0,032). Conclusão: A maioria dos diagnósticos nos doentes da VVC foi do sistema circulatório e cerca de um quarto apresentaram EAM.
引言:为了降低与急性心肌梗死(AMI)相关的死亡率,冠状动脉绿色通道(VVC)于2007年在全国范围内实施。很少有关于这些方案在医院层面的表现的研究,因此,我们打算描述VVC患者的主要诊断,并评估AMS病例的比例。材料和方法:在阿连特茹一家医院的急诊科进行了一项回顾性观察性研究(06/2017-05/2018)。包括年龄≥18岁且出现提示AMS症状的患者。将主要诊断从临床过程中删除,并计算AMS病例的比例。结果:338名患者包括在内:56.5%(n=191)为男性,平均年龄为63.9±15.1{19;96}岁。大多数已确定的诊断被归类为适合循环系统(61.2%,n=207)。ADE的比例为27.2%(n=92/338)。与无AME的患者相比,AME患者的心血管风险因素显著增加(分别为2.83±1.54 vs 2.06±1.49个风险因素/患者;p<0.001),非ST段抬高型AME和ST段抬高性AME患者(分别为3.25±1.36 vs 1.81±1.50个风险因子/患者;p<0.001)。诊断为AME的患者的疼痛时间明显短于无AME的病人(分别为6.24±9.08和10.53±18.23小时;p=0.032)。结论:VVC患者的诊断大多来自循环系统,约四分之一的患者表现为AMS。
{"title":"Protocolo de Atuação Rápida da Dor Torácica Aguda: Experiência Obtida num Hospital do Alentejo","authors":"Joana Lima","doi":"10.24950/o/235/20/3/2021","DOIUrl":"https://doi.org/10.24950/o/235/20/3/2021","url":null,"abstract":"Introdução: Com vista à redução da mortalidade associada ao enfarte agudo do miocárdio (EAM), foi implementada a nível nacional, em 2007, a Via Verde Coronária (VVC). Existem poucos estudos sobre o desempenho destes protocolos a nível intra-hospitalar e, por isso, pretende-se caracterizar os principais diagnósticos dos doentes incluídos na VVC e avaliar a proporção de casos de EAM. Material e Métodos: Foi realizado um estudo observacional retrospetivo no serviço de urgência de um hospital do Alentejo (06/2017-05/2018). Foram incluídos doentes com ≥ 18 anos e que apresentassem sintomas sugestivos de EAM. Os principais diagnósticos foram retirados dos processos clínicos e calculou-se a proporção de casos admitidos com EAM. Realizou-se análise estatística uni e bi-variada (IBM SPSS v.27.0). Resultados: Foram incluídos 338 doentes: 56,5% (n = 191) eram homens e a idade média foi 63,9 ± 15,1 {19;96} anos. A maioria dos diagnósticos estabelecidos classificaram- -se como enquadrados no sistema circulatório (61,2%, n = 207). A proporção do EAM foi de 27,2% (n = 92/338). Foram observados significativamente mais fatores de risco cardiovascular nos doentes com EAM, comparativamente aos doentes sem EAM (2,83 ± 1,54 vs 2,06 ± 1,49 fatores de risco/doente, respetivamente; p < 0,001) e em doentes com EAM sem elevação do segmento ST e EAM com elevação do segmento ST (3,25±1,36 vs 1,81 ± 1,50 fatores de risco/doente, respetivamente; p < 0,001). Os doentes com diagnóstico de EAM registaram um tempo de dor significativamente inferior aos doentes sem EAM (6,24 ± 9,08 vs 10,53 ± 18,23 horas de dor, respetivamente; p = 0,032). Conclusão: A maioria dos diagnósticos nos doentes da VVC foi do sistema circulatório e cerca de um quarto apresentaram EAM.","PeriodicalId":32856,"journal":{"name":"Medicina Interna","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46927079","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: A doença por coronavírus 2019 (COVID-19) aumentou a pressão assistencial sobre os hospitais. Para contenção da transmissão foram adotadas medidas alternativas de prestação de cuidados às doenças crónicas nomeadamente através do recurso à Telemedicina. A satisfação dos doentes face aos cuidados recebidos associa-se a um melhor prognóstico. Com este estudo pretende-se avaliar a satisfação com os cuidados prestados na consulta telefónica de Medicina Interna. Material e Métodos: Após revisão bibliográfica foi criado um questionário para avaliação da satisfação dos doentes com a consulta telefónica. Foram incluídos todos os doentes que tiveram consulta telefónica de Medicina Interna em Setembro de 2020. O questionário foi aplicado ao próprio doente ou familiar. Resultados: O questionário foi realizado a 81 doentes com idade média de 67,9 anos e predomínio do género masculino (53,1%). O questionário foi respondido pelo próprio doente em 71,6% dos casos. Setenta doentes (86,5%) concordam/ concordam totalmente que a consulta telefónica permitiu ter os cuidados de saúde que necessitavam e 88,8% concorda/ concorda totalmente que é uma forma aceitável de receber cuidados de saúde. A maioria (74,1%) revelou estar satisfeita com a consulta telefónica. Discussão e Conclusão: Apresentamos um novo questionário de satisfação que revelou ter uma boa fiabilidade podendo ser uma importante ferramenta para o futuro. Em geral os doentes atribuíram altos scores totais de satisfação à consulta telefónica, traduzindo-se na sua aceitação como forma alternativa de receber cuidados de saúde. A implementação da Telemedicina durante a atual pandemia permite manter os cuidados de saúde revelando-se uma estratégia promissora.
{"title":"Consulta Telefónica em Contexto Pandémico: Avaliação da Satisfação dos Doentes","authors":"Francisca Abecasis","doi":"10.24950/o/72/21/3/2021","DOIUrl":"https://doi.org/10.24950/o/72/21/3/2021","url":null,"abstract":"Introdução: A doença por coronavírus 2019 (COVID-19) aumentou a pressão assistencial sobre os hospitais. Para contenção da transmissão foram adotadas medidas alternativas de prestação de cuidados às doenças crónicas nomeadamente através do recurso à Telemedicina. A satisfação dos doentes face aos cuidados recebidos associa-se a um melhor prognóstico. Com este estudo pretende-se avaliar a satisfação com os cuidados prestados na consulta telefónica de Medicina Interna. Material e Métodos: Após revisão bibliográfica foi criado um questionário para avaliação da satisfação dos doentes com a consulta telefónica. Foram incluídos todos os doentes que tiveram consulta telefónica de Medicina Interna em Setembro de 2020. O questionário foi aplicado ao próprio doente ou familiar. Resultados: O questionário foi realizado a 81 doentes com idade média de 67,9 anos e predomínio do género masculino (53,1%). O questionário foi respondido pelo próprio doente em 71,6% dos casos. Setenta doentes (86,5%) concordam/ concordam totalmente que a consulta telefónica permitiu ter os cuidados de saúde que necessitavam e 88,8% concorda/ concorda totalmente que é uma forma aceitável de receber cuidados de saúde. A maioria (74,1%) revelou estar satisfeita com a consulta telefónica. Discussão e Conclusão: Apresentamos um novo questionário de satisfação que revelou ter uma boa fiabilidade podendo ser uma importante ferramenta para o futuro. Em geral os doentes atribuíram altos scores totais de satisfação à consulta telefónica, traduzindo-se na sua aceitação como forma alternativa de receber cuidados de saúde. A implementação da Telemedicina durante a atual pandemia permite manter os cuidados de saúde revelando-se uma estratégia promissora.","PeriodicalId":32856,"journal":{"name":"Medicina Interna","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45190172","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A hemorragia intracraniana espontânea afeta anualmente mais de 1 milhão de pessoas, representando 9% a 27% do total de acidentes vasculares cerebrais a nível mundial, e apresenta uma elevada taxa de mortalidade e morbilidade. Tratando-se de uma emergência médica, o rápido diagnóstico e instituição de medidas terapêuticas com impacto reconhecido na mortalidade e morbilidade é fundamental. Este artigo pretende, à luz das recomendações mais recentes e dados mais relevantes publicados na literatura, rever a abordagem diagnóstica e terapêutica médica dos doentes com hemorragia intracraniana espontânea. Após o rápido diagnóstico, a utilização de escalas de gravidade é fundamental para a estratificação do risco e definição da estratégia terapêutica mais adequada, seja a nível de terapêutica médica, como da eventual indicação cirúrgica emergente. As intervenções médicas na hemorragia intracraniana podem dividir-se em primárias e secundárias, consoante o timing da sua instituição. As primárias assentam no controlo rápido e agressivo da tensão arterial, correção da coagulopatia e avaliação/intervenção neurocirúrgica. As intervenções secundárias incluem o controlo da temperatura corporal, manutenção da normoglicemia, monitorização hemodinâmica, do estado de consciência e da pressão intracraniana. Concomitantemente com a abordagem terapêutica, devem ser iniciadas diligências no sentido de orientar o doente para o local mais adequado à gravidade do seu quadro, já que atrasos nesta definição estão associados a pior prognóstico clínico. Assim com este artigo pretende criar-se uma ferramenta auxiliar na otimização da prestação de cuidados aos doentes admitidos com hemorragia intracraniana
{"title":"Avaliação e Abordagem do Doente com Hemorragia Intracerebral Espontânea: Artigo de Revisão","authors":"João Tavares","doi":"10.24950/r/54/21/3/2021","DOIUrl":"https://doi.org/10.24950/r/54/21/3/2021","url":null,"abstract":"A hemorragia intracraniana espontânea afeta anualmente mais de 1 milhão de pessoas, representando 9% a 27% do total de acidentes vasculares cerebrais a nível mundial, e apresenta uma elevada taxa de mortalidade e morbilidade. Tratando-se de uma emergência médica, o rápido diagnóstico e instituição de medidas terapêuticas com impacto reconhecido na mortalidade e morbilidade é fundamental. Este artigo pretende, à luz das recomendações mais recentes e dados mais relevantes publicados na literatura, rever a abordagem diagnóstica e terapêutica médica dos doentes com hemorragia intracraniana espontânea. Após o rápido diagnóstico, a utilização de escalas de gravidade é fundamental para a estratificação do risco e definição da estratégia terapêutica mais adequada, seja a nível de terapêutica médica, como da eventual indicação cirúrgica emergente. As intervenções médicas na hemorragia intracraniana podem dividir-se em primárias e secundárias, consoante o timing da sua instituição. As primárias assentam no controlo rápido e agressivo da tensão arterial, correção da coagulopatia e avaliação/intervenção neurocirúrgica. As intervenções secundárias incluem o controlo da temperatura corporal, manutenção da normoglicemia, monitorização hemodinâmica, do estado de consciência e da pressão intracraniana. Concomitantemente com a abordagem terapêutica, devem ser iniciadas diligências no sentido de orientar o doente para o local mais adequado à gravidade do seu quadro, já que atrasos nesta definição estão associados a pior prognóstico clínico. Assim com este artigo pretende criar-se uma ferramenta auxiliar na otimização da prestação de cuidados aos doentes admitidos com hemorragia intracraniana","PeriodicalId":32856,"journal":{"name":"Medicina Interna","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46298533","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: A vídeocapilaroscopia periungueal é uma técnica não invasiva dirigida ao estudo da microcirculação. Este exame constitui-se como uma ferramenta adicional na avaliação do doente com alterações da microcirculação, na maioria dos casos por suspeita de doença autoimune. Métodos: Primeiros 101 doentes submetidos a vídeocapilaroscopia periungueal no nosso hospital num período de 18 meses, com recurso a um vídeocapilaroscópio digital. Resultados: Cento e um doentes, 85% mulheres, idade média 50 anos. O principal motivo de referenciação foi a existência de fenómeno de Raynaud (93%). A avaliação capilaroscópica foi sugestiva de fenómeno de Raynaud primário em 28 doentes e secundário em 65. Discussão: Os dados descritos, embora numa amostra ainda pequena, permitem reforçar a utilidade da vídeocapilaroscopia periungueal na avaliação inicial dos doentes com suspeita de disfunção da microcirculação, especialmente no contexto de patologia autoimune. A identificação precoce dos indivíduos com maior risco de progressão para doença autoimune permitirá otimizar o seu acompanhamento, nomeadamente com vigilância regular em consulta externa, facilidade de acesso à equipa médica assistente para deteção precoce de novos sintomas e avaliação laboratorial regular. Conclusão: A vídeocapilaroscopia periungueal é um método acessível e de baixo custo, que contribui conjuntamente com a avaliação laboratorial para a identificação precoce dos indivíduos com fenómeno de Raynaud secundário, podendo assim afetar positivamente o acompanhamento dos mesmos. O desenvolvimento futuro desta técnica poderá representar um preditor de progressão de doença.
{"title":"Vídeocapilaroscopia Periungueal: Experiência de um Serviço","authors":"Margarida Nascimento, Pedro Mota, Filipa Malheiro","doi":"10.24950/o/46/21/3/2021","DOIUrl":"https://doi.org/10.24950/o/46/21/3/2021","url":null,"abstract":"Introdução: A vídeocapilaroscopia periungueal é uma técnica não invasiva dirigida ao estudo da microcirculação. Este exame constitui-se como uma ferramenta adicional na avaliação do doente com alterações da microcirculação, na maioria dos casos por suspeita de doença autoimune. Métodos: Primeiros 101 doentes submetidos a vídeocapilaroscopia periungueal no nosso hospital num período de 18 meses, com recurso a um vídeocapilaroscópio digital. Resultados: Cento e um doentes, 85% mulheres, idade média 50 anos. O principal motivo de referenciação foi a existência de fenómeno de Raynaud (93%). A avaliação capilaroscópica foi sugestiva de fenómeno de Raynaud primário em 28 doentes e secundário em 65. Discussão: Os dados descritos, embora numa amostra ainda pequena, permitem reforçar a utilidade da vídeocapilaroscopia periungueal na avaliação inicial dos doentes com suspeita de disfunção da microcirculação, especialmente no contexto de patologia autoimune. A identificação precoce dos indivíduos com maior risco de progressão para doença autoimune permitirá otimizar o seu acompanhamento, nomeadamente com vigilância regular em consulta externa, facilidade de acesso à equipa médica assistente para deteção precoce de novos sintomas e avaliação laboratorial regular. Conclusão: A vídeocapilaroscopia periungueal é um método acessível e de baixo custo, que contribui conjuntamente com a avaliação laboratorial para a identificação precoce dos indivíduos com fenómeno de Raynaud secundário, podendo assim afetar positivamente o acompanhamento dos mesmos. O desenvolvimento futuro desta técnica poderá representar um preditor de progressão de doença.","PeriodicalId":32856,"journal":{"name":"Medicina Interna","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44211558","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-09-21DOI: 10.24950/o/135/21/3/2021
Helena Rodrigues
Resumo: Introdução: Dados oficiais revelam que a mortalidade por todas as causas, em Portugal, em 2020 é superior à de 2019. O receio dos doentes de contágio por SARS-CoV-2 condicionou o protelar de avaliações médicas por opção ou imposição e o recurso aos Serviços de Urgência (SU) não foi exceção. O objetivo foi comparar as características demográficas, clínicas e analíticas dos doentes falecidos num SU dedicado à COVID-19, com igual período do ano pregresso. Material e Métodos: Estudo retrospetivo, no qual foram analisadas as notas de alta dos doentes que faleceram durante a permanência no SU entre os dias 18 de março e 22 de junho de 2019 e 2020. A análise estatística foi realizada com recurso ao programa IBM SPSS. Resultados: Durante o período analisado faleceram no SU 33 doentes no ano de 2019 e 99 doentes em 2020, o que equivale a uma taxa de mortalidade de 0,34% e 1,89%, respetivamente. Destaca-se que, em 2020, apenas 4,04% (n = 4) dos óbitos eram de doentes com zaragatoas SARS- -CoV-2 positivas ainda que todos os falecidos apresentassem infeções respiratórias graves. Houve uma diferença estatisticamente significativa no que concerne ao tempo de permanência no SU (p < 0,01), alectuamento (p = 0,04), demência (p = 0,03) e presença de insuficiência respiratória à admissão (p = 0,001). Não se verificaram diferenças no que diz respeito aos dados demográficos, maioria das comorbilidades e parâmetros analíticos. Conclusão: Em relação a 2019, os óbitos verificados em 2020 no SU ocorreram em doentes mais vulneráveis e com doença mais grave. Foi a procura mais tardia dos cuidados hospitalares, particularmente na agudização de doenças crónicas, que condicionou, de forma irreversível, este desfecho. O número de mortes passível de ser atribuído à COVID-19 é ínfimo, merecendo reflexão e readaptação de boas práticas que assegurem que os doentes sejam admitidos nos SU dentro das janelas temporais preconizadas e de acordo com as patologias suspeitas
{"title":"Impacto da Pandemia COVID-19 na Mortalidade em Serviço de Urgência","authors":"Helena Rodrigues","doi":"10.24950/o/135/21/3/2021","DOIUrl":"https://doi.org/10.24950/o/135/21/3/2021","url":null,"abstract":"Resumo: Introdução: Dados oficiais revelam que a mortalidade por todas as causas, em Portugal, em 2020 é superior à de 2019. O receio dos doentes de contágio por SARS-CoV-2 condicionou o protelar de avaliações médicas por opção ou imposição e o recurso aos Serviços de Urgência (SU) não foi exceção. O objetivo foi comparar as características demográficas, clínicas e analíticas dos doentes falecidos num SU dedicado à COVID-19, com igual período do ano pregresso. Material e Métodos: Estudo retrospetivo, no qual foram analisadas as notas de alta dos doentes que faleceram durante a permanência no SU entre os dias 18 de março e 22 de junho de 2019 e 2020. A análise estatística foi realizada com recurso ao programa IBM SPSS. Resultados: Durante o período analisado faleceram no SU 33 doentes no ano de 2019 e 99 doentes em 2020, o que equivale a uma taxa de mortalidade de 0,34% e 1,89%, respetivamente. Destaca-se que, em 2020, apenas 4,04% (n = 4) dos óbitos eram de doentes com zaragatoas SARS- -CoV-2 positivas ainda que todos os falecidos apresentassem infeções respiratórias graves. Houve uma diferença estatisticamente significativa no que concerne ao tempo de permanência no SU (p < 0,01), alectuamento (p = 0,04), demência (p = 0,03) e presença de insuficiência respiratória à admissão (p = 0,001). Não se verificaram diferenças no que diz respeito aos dados demográficos, maioria das comorbilidades e parâmetros analíticos. Conclusão: Em relação a 2019, os óbitos verificados em 2020 no SU ocorreram em doentes mais vulneráveis e com doença mais grave. Foi a procura mais tardia dos cuidados hospitalares, particularmente na agudização de doenças crónicas, que condicionou, de forma irreversível, este desfecho. O número de mortes passível de ser atribuído à COVID-19 é ínfimo, merecendo reflexão e readaptação de boas práticas que assegurem que os doentes sejam admitidos nos SU dentro das janelas temporais preconizadas e de acordo com as patologias suspeitas","PeriodicalId":32856,"journal":{"name":"Medicina Interna","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44167875","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-09-21DOI: 10.24950/o/296/20/3/2021
A. Moutinho
Introdução: A pneumonia de aspiração é uma complicação grave do acidente vascular cerebral (AVC), estando relacionada com a sua gravidade e comprometimento funcional, e aumentando a mortalidade, tempos de hospitalização e custos em saúde. O objetivo deste estudo é relacionar a pneumonia de aspiração com o tipo e gravidade do AVC isquémico e respetivas consequências e desfechos. Material e Métodos: Estudo retrospetivo que analisou 1116 doentes admitidos numa Unidade de AVC de Portugal admitidos entre 2017 e 2019, selecionando e caracterizando os de etiologia isquémica, de acordo com a classificação de Bamford. O estado funcional foi quantificado pela escala modificada de Rankin e pela de Barthel, a gravidade do AVC pela escala do National Institutes of Health, e a disfagia pelo Gugging Swallowing Screen. Estas escalas foram determinadas à admissão e à alta. A pneumonia de aspiração foi identificada com base em critérios clínicos, laboratoriais e radiológicos. Resultados: População de 937 indivíduos com predomínio masculino (51,5%) e idade média 75,6 anos. Pneumonia de aspiração presente em 19,5%. Enfartes totais da circulação anterior com maior prevalência de pneumonia de aspiração (74,3%). Estados funcionais, gravidade do AVC e grau de disfagia foram piores no grupo com pneumonia de aspiração. Taxa de mortalidade global de 11,6%, com demora média 11,0 dias, sendo significativamente mais altas no grupo com pneumonia de aspiração (40,4% e 13,8 dias, respetivamente). Discussão/Conclusão: A pneumonia de aspiração está relacionada com a gravidade do AVC, estado funcional e grau de disfagia, comportando taxas de mortalidade e demoras médias mais altas
{"title":"Relação Entre o Tipo de Acidente Vascular Cerebral Isquémico e o Grau de Disfagia, Pneumonia de Aspiração e Mortalidade: A Experiência de 3 Anos de uma Unidade de AVC Portuguesa","authors":"A. Moutinho","doi":"10.24950/o/296/20/3/2021","DOIUrl":"https://doi.org/10.24950/o/296/20/3/2021","url":null,"abstract":"Introdução: A pneumonia de aspiração é uma complicação grave do acidente vascular cerebral (AVC), estando relacionada com a sua gravidade e comprometimento funcional, e aumentando a mortalidade, tempos de hospitalização e custos em saúde. O objetivo deste estudo é relacionar a pneumonia de aspiração com o tipo e gravidade do AVC isquémico e respetivas consequências e desfechos. Material e Métodos: Estudo retrospetivo que analisou 1116 doentes admitidos numa Unidade de AVC de Portugal admitidos entre 2017 e 2019, selecionando e caracterizando os de etiologia isquémica, de acordo com a classificação de Bamford. O estado funcional foi quantificado pela escala modificada de Rankin e pela de Barthel, a gravidade do AVC pela escala do National Institutes of Health, e a disfagia pelo Gugging Swallowing Screen. Estas escalas foram determinadas à admissão e à alta. A pneumonia de aspiração foi identificada com base em critérios clínicos, laboratoriais e radiológicos. Resultados: População de 937 indivíduos com predomínio masculino (51,5%) e idade média 75,6 anos. Pneumonia de aspiração presente em 19,5%. Enfartes totais da circulação anterior com maior prevalência de pneumonia de aspiração (74,3%). Estados funcionais, gravidade do AVC e grau de disfagia foram piores no grupo com pneumonia de aspiração. Taxa de mortalidade global de 11,6%, com demora média 11,0 dias, sendo significativamente mais altas no grupo com pneumonia de aspiração (40,4% e 13,8 dias, respetivamente). Discussão/Conclusão: A pneumonia de aspiração está relacionada com a gravidade do AVC, estado funcional e grau de disfagia, comportando taxas de mortalidade e demoras médias mais altas","PeriodicalId":32856,"journal":{"name":"Medicina Interna","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44623147","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-09-21DOI: 10.24950/cc/93/21/3/2021
Ana Trigo
A 58-year-old man, with medical background of mitral valve prolapse and dental caries presented with a 12-day evolution of fever, malaise, low back pain and decreased visual acuity. Physical examination revealed small tender purplish nodules on palms of both hands (Fig. 1) and macular hemorrhagic lesions on the right foot (Fig. 2). No recent dental treatments were reported. Complementary study showed mitral valve endocarditis, lumbar spondylodiscitis and retinitis. A methicillin-resistant Staphylococcus aureus was isolated from blood cultures. The patient developed mitral regurgitation due to tendinous cord’s rupture, requiring urgent valve replacement. Valvular vegetations revealed the same agent. Antibiotic treatment with vancomycin, and posteriorly linezolid, led to resolution of the lesions and clinical improvement.
{"title":"Nódulos de Osler e Lesões de Janeway: Da Clínica ao Diagnóstico","authors":"Ana Trigo","doi":"10.24950/cc/93/21/3/2021","DOIUrl":"https://doi.org/10.24950/cc/93/21/3/2021","url":null,"abstract":"A 58-year-old man, with medical background of mitral valve prolapse and dental caries presented with a 12-day evolution of fever, malaise, low back pain and decreased visual acuity. Physical examination revealed small tender purplish nodules on palms of both hands (Fig. 1) and macular hemorrhagic lesions on the right foot (Fig. 2). No recent dental treatments were reported. Complementary study showed mitral valve endocarditis, lumbar spondylodiscitis and retinitis. A methicillin-resistant Staphylococcus aureus was isolated from blood cultures. The patient developed mitral regurgitation due to tendinous cord’s rupture, requiring urgent valve replacement. Valvular vegetations revealed the same agent. Antibiotic treatment with vancomycin, and posteriorly linezolid, led to resolution of the lesions and clinical improvement.","PeriodicalId":32856,"journal":{"name":"Medicina Interna","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42928359","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-09-21DOI: 10.24950/editorial/3/2021
Inês Chora
{"title":"A Medicina Interna e o Ensino","authors":"Inês Chora","doi":"10.24950/editorial/3/2021","DOIUrl":"https://doi.org/10.24950/editorial/3/2021","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":32856,"journal":{"name":"Medicina Interna","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43618323","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}