Pub Date : 2018-09-12DOI: 10.11606/ISSN.1981-0490.V21I2P119-131
M. Pereira, Karol Teixeira de Oliveira, I. A. Silva
Neste artigo são discutidas dimensões relacionadas a potencialidades e dificuldades da ação intersetorial em saúde do trabalhador, usando como ponto de partida a análise de um caso concreto, um acidente de trabalho envolvendo 14 trabalhadores, no qual tiveram importante papel: uma unidade de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador, o Ministério Público do Trabalho, uma Instituição de Ensino Superior pública e os trabalhadores envolvidos. O percurso de investigação do acidente, as diversas modalidades de assistência oferecidas aos trabalhadores afetados e as medidas jurídicas, de vigilância e de educação em saúde implementadas são apresentados como subsídio às reflexões sobre a atuação intersetorial, necessária para a atenção integral e resolutiva à saúde dos trabalhadores. Os resultados mostram que a articulação local é um ponto de apoio fundamental para a efetivação das ações intersetoriais e que a participação dos trabalhadores, maiores interessados na questão, também produz efeitos importantes nesse processo. Destaca-se ainda a necessidade de que os princípios vinculados à saúde do trabalhador como política de Estado sejam efetivamente incorporados às ações do SUS, enquanto palco sistêmico da Política Nacional de Saúde do Trabalhador.
{"title":"Atuação intersetorial em saúde do trabalhador","authors":"M. Pereira, Karol Teixeira de Oliveira, I. A. Silva","doi":"10.11606/ISSN.1981-0490.V21I2P119-131","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/ISSN.1981-0490.V21I2P119-131","url":null,"abstract":"Neste artigo são discutidas dimensões relacionadas a potencialidades e dificuldades da ação intersetorial em saúde do trabalhador, usando como ponto de partida a análise de um caso concreto, um acidente de trabalho envolvendo 14 trabalhadores, no qual tiveram importante papel: uma unidade de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador, o Ministério Público do Trabalho, uma Instituição de Ensino Superior pública e os trabalhadores envolvidos. O percurso de investigação do acidente, as diversas modalidades de assistência oferecidas aos trabalhadores afetados e as medidas jurídicas, de vigilância e de educação em saúde implementadas são apresentados como subsídio às reflexões sobre a atuação intersetorial, necessária para a atenção integral e resolutiva à saúde dos trabalhadores. Os resultados mostram que a articulação local é um ponto de apoio fundamental para a efetivação das ações intersetoriais e que a participação dos trabalhadores, maiores interessados na questão, também produz efeitos importantes nesse processo. Destaca-se ainda a necessidade de que os princípios vinculados à saúde do trabalhador como política de Estado sejam efetivamente incorporados às ações do SUS, enquanto palco sistêmico da Política Nacional de Saúde do Trabalhador.","PeriodicalId":33882,"journal":{"name":"Cadernos de Psicologia Social do Trabalho","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-09-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43370095","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-09-12DOI: 10.11606/issn.1981-0490.v21i1p61-71
Fernanda Pedro, Maria Elizabeth Antunes Lima
O artigo apresenta os resultados de uma pesquisa realizada com jovens autores de atos infracionais no município de Belo Horizonte (MG). Adentrando a temática relativa ao eixo profissionalização, proposto pelas medidas socioeducativas, seu objetivo foi o de compreender o sentido que o trabalho assume para o jovem, considerando sua vivência anterior no trabalho informal – e frequentemente ilícito –, e sua nova experiência com as atividades propostas no contexto das medidas. A partir desse eixo norteador, tenta-se apreender melhor as categorizações sociais “trabalhadores” formais e “bandidos”, considerando as mudanças ocorridas a partir da formação do jovem e sua inserção no mundo do trabalho formal. Os dados foram coletados por meio de entrevistas coletivas e individuais, sendo que estas últimas permitiram a elaboração de dois estudos de caso, escolhidos para serem expostos no artigo como forma de ilustração das novas perspectivas descobertas pelo jovem a partir de sua inserção em um projeto socioeducativo. Os resultados permitiram desvelar os sentidos atribuídos à categoria trabalho nos períodos anterior e posterior ao acautelamento, revelando que os sujeitos tendem a considerar como trabalho apenas as atividades lícitas que exerceram.
{"title":"De “bandido” a “trabalhador”","authors":"Fernanda Pedro, Maria Elizabeth Antunes Lima","doi":"10.11606/issn.1981-0490.v21i1p61-71","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.1981-0490.v21i1p61-71","url":null,"abstract":"O artigo apresenta os resultados de uma pesquisa realizada com jovens autores de atos infracionais no município de Belo Horizonte (MG). Adentrando a temática relativa ao eixo profissionalização, proposto pelas medidas socioeducativas, seu objetivo foi o de compreender o sentido que o trabalho assume para o jovem, considerando sua vivência anterior no trabalho informal – e frequentemente ilícito –, e sua nova experiência com as atividades propostas no contexto das medidas. A partir desse eixo norteador, tenta-se apreender melhor as categorizações sociais “trabalhadores” formais e “bandidos”, considerando as mudanças ocorridas a partir da formação do jovem e sua inserção no mundo do trabalho formal. Os dados foram coletados por meio de entrevistas coletivas e individuais, sendo que estas últimas permitiram a elaboração de dois estudos de caso, escolhidos para serem expostos no artigo como forma de ilustração das novas perspectivas descobertas pelo jovem a partir de sua inserção em um projeto socioeducativo. Os resultados permitiram desvelar os sentidos atribuídos à categoria trabalho nos períodos anterior e posterior ao acautelamento, revelando que os sujeitos tendem a considerar como trabalho apenas as atividades lícitas que exerceram.","PeriodicalId":33882,"journal":{"name":"Cadernos de Psicologia Social do Trabalho","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-09-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49610295","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-09-12DOI: 10.11606/issn.1981-0490.v21i1p73-85
M. Schmidt, Caio Augusto Rodrigues Martins Januário, L. Rotoli
Esta pesquisa visou identificar fatores de sofrimento psíquico-social em desempregados. A coleta de dados foi realizada no Posto de Atendimento ao Trabalhador localizado num município do estado de São Paulo. Um Questionário Sociodemográfico e a escala para avaliação de sofrimento psíquico-social de trabalhadores desempregados foram utilizados para coleta de dados. Dos 100 respondentes, 57% são homens e 43% são mulheres, na faixa etária de 19 a 41 anos, com tempo médio de desemprego de 11,7 meses. A escala apresentou a média dos itens que correspondem ao sofrimento psíquico igual a 3,32 (desvio padrão = 1,29), com variação entre “às vezes” e “frequentemente” para aspectos como insegurança, medo e vergonha, enquanto a média do sofrimento social foi de 1,84 (desvio padrão = 0,98), variando entre “raramente” e “às vezes” com indicadores de suporte social de familiares e amigos. Os resultados revelaram a vivência do desemprego por parte dos respondentes e apontou para a necessidade de ações da psicologia nas áreas social, de trabalho e clínica voltadas a auxiliar nos impactos provocados pelo desemprego bem como a criação de políticas públicas para diminuir o impacto da recessão.
{"title":"Sofrimento psíquico e social na situação de desemprego","authors":"M. Schmidt, Caio Augusto Rodrigues Martins Januário, L. Rotoli","doi":"10.11606/issn.1981-0490.v21i1p73-85","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.1981-0490.v21i1p73-85","url":null,"abstract":"Esta pesquisa visou identificar fatores de sofrimento psíquico-social em desempregados. A coleta de dados foi realizada no Posto de Atendimento ao Trabalhador localizado num município do estado de São Paulo. Um Questionário Sociodemográfico e a escala para avaliação de sofrimento psíquico-social de trabalhadores desempregados foram utilizados para coleta de dados. Dos 100 respondentes, 57% são homens e 43% são mulheres, na faixa etária de 19 a 41 anos, com tempo médio de desemprego de 11,7 meses. A escala apresentou a média dos itens que correspondem ao sofrimento psíquico igual a 3,32 (desvio padrão = 1,29), com variação entre “às vezes” e “frequentemente” para aspectos como insegurança, medo e vergonha, enquanto a média do sofrimento social foi de 1,84 (desvio padrão = 0,98), variando entre “raramente” e “às vezes” com indicadores de suporte social de familiares e amigos. Os resultados revelaram a vivência do desemprego por parte dos respondentes e apontou para a necessidade de ações da psicologia nas áreas social, de trabalho e clínica voltadas a auxiliar nos impactos provocados pelo desemprego bem como a criação de políticas públicas para diminuir o impacto da recessão.","PeriodicalId":33882,"journal":{"name":"Cadernos de Psicologia Social do Trabalho","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-09-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"https://sci-hub-pdf.com/10.11606/issn.1981-0490.v21i1p73-85","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48159648","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-09-12DOI: 10.11606/ISSN.1981-0490.V21I2P133-147
Daniela Fischer, K. Perez
Este estudo teve como intuito compreender como o reconhecimento do trabalho docente na educação infantil interfere na saúde das professoras. Para isso, buscou entender as modificações no contexto da educação infantil e os fatores produtores de prazer e sofrimento no ambiente laboral. A pesquisa foi realizada em um município do interior do Rio Grande do Sul, com oito docentes da primeira etapa da educação da rede pública, por meio de entrevistas semiestruturadas. A metodologia utilizada foi uma adaptação da psicodinâmica do trabalho strictu sensu. O trabalho docente na educação infantil tem passado por modificações, inclusive em sua organização. Algumas professoras precisaram assumir a responsabilidade pedagógica de mais de uma turma, o que acarretou o aumento da carga de trabalho. Além disso, possuem pouco tempo com as crianças e a principal atividade se refere a atribuições de tarefas. Nesse sentido, a dinâmica da contribuição e do reconhecimento das profissionais é afetada. O reconhecimento é fundamental para que o trabalho tenha sentido para o sujeito. Para as professoras pesquisadas ele provém das crianças com as quais trabalham e é manifestado por meio do afeto.
{"title":"“Eu sou quem então?”","authors":"Daniela Fischer, K. Perez","doi":"10.11606/ISSN.1981-0490.V21I2P133-147","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/ISSN.1981-0490.V21I2P133-147","url":null,"abstract":"Este estudo teve como intuito compreender como o reconhecimento do trabalho docente na educação infantil interfere na saúde das professoras. Para isso, buscou entender as modificações no contexto da educação infantil e os fatores produtores de prazer e sofrimento no ambiente laboral. A pesquisa foi realizada em um município do interior do Rio Grande do Sul, com oito docentes da primeira etapa da educação da rede pública, por meio de entrevistas semiestruturadas. A metodologia utilizada foi uma adaptação da psicodinâmica do trabalho strictu sensu. O trabalho docente na educação infantil tem passado por modificações, inclusive em sua organização. Algumas professoras precisaram assumir a responsabilidade pedagógica de mais de uma turma, o que acarretou o aumento da carga de trabalho. Além disso, possuem pouco tempo com as crianças e a principal atividade se refere a atribuições de tarefas. Nesse sentido, a dinâmica da contribuição e do reconhecimento das profissionais é afetada. O reconhecimento é fundamental para que o trabalho tenha sentido para o sujeito. Para as professoras pesquisadas ele provém das crianças com as quais trabalham e é manifestado por meio do afeto.","PeriodicalId":33882,"journal":{"name":"Cadernos de Psicologia Social do Trabalho","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-09-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43176381","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-09-12DOI: 10.11606/issn.1981-0490.v21i2p103-117
Farney Vinícios Pinto Souza
O artigo tem por objetivo descrever e analisar os aspectos que fazem parte da organização do trabalho de uma escola pública, verificando sua relação com as manifestações de sofrimento ou de adoecimento de docentes que ali atuam. Foi feita uma análise dos problemas de saúde mental do professor a partir da abordagem metodológica proposta por Louis Le Guillant. Os instrumentos de coleta de dados foram entrevistas, visitas in loco e pesquisa documental. Os dados secundários foram tratados por meio de análise documental e os dados primários foram tratados com base na análise de conteúdo. Os resultados evidenciaram que a organização do trabalho na escola apresenta vários fatores com potencial patogênico, tais como as condições precárias de trabalho, dificuldades no relacionamento com os alunos, falta de autonomia, problemas na gestão, sobrecarga de trabalho, dificuldade de exercer suas atividades e pouca valorização profissional. Os docentes recorrem a alguns mecanismos de regulação para enfrentar as dificuldades, no entanto, observou-se a presença de sintomas físicos e mentais entre os professores, e a maioria dos entrevistados já adoeceu ou está doente em função do trabalho.
本文旨在描述和分析公立学校工作组织的各个方面,验证其与在那里工作的教师的痛苦或疾病表现的关系。根据Louis Le Guillant提出的方法论方法,对教师的心理健康问题进行了分析。数据收集手段包括访谈、现场访问和文献研究。次要数据通过文档分析进行处理,主要数据基于内容分析进行处理。结果表明,学校的工作组织有几个潜在的致病因素,如工作条件不稳定、与学生关系困难、缺乏自主性、管理问题、工作负荷过重、活动难以进行以及缺乏专业素养。教师求助于一些监管机制来面对困难,然而,在教师中发现了身体和精神症状,大多数受访者已经生病或因工作生病。
{"title":"Adoecimento mental e o trabalho do professor","authors":"Farney Vinícios Pinto Souza","doi":"10.11606/issn.1981-0490.v21i2p103-117","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.1981-0490.v21i2p103-117","url":null,"abstract":"O artigo tem por objetivo descrever e analisar os aspectos que fazem parte da organização do trabalho de uma escola pública, verificando sua relação com as manifestações de sofrimento ou de adoecimento de docentes que ali atuam. Foi feita uma análise dos problemas de saúde mental do professor a partir da abordagem metodológica proposta por Louis Le Guillant. Os instrumentos de coleta de dados foram entrevistas, visitas in loco e pesquisa documental. Os dados secundários foram tratados por meio de análise documental e os dados primários foram tratados com base na análise de conteúdo. Os resultados evidenciaram que a organização do trabalho na escola apresenta vários fatores com potencial patogênico, tais como as condições precárias de trabalho, dificuldades no relacionamento com os alunos, falta de autonomia, problemas na gestão, sobrecarga de trabalho, dificuldade de exercer suas atividades e pouca valorização profissional. Os docentes recorrem a alguns mecanismos de regulação para enfrentar as dificuldades, no entanto, observou-se a presença de sintomas físicos e mentais entre os professores, e a maioria dos entrevistados já adoeceu ou está doente em função do trabalho.","PeriodicalId":33882,"journal":{"name":"Cadernos de Psicologia Social do Trabalho","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-09-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"41563202","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-09-12DOI: 10.11606/ISSN.1981-0490.V21I2P165-180
Gabriel Farias Alves Correia, Higor Gomes Pereira, A. Carrieri
O objetivo deste artigo é compreender o que é ser um trabalhador pipoqueiro na cidade de Belo Horizonte, as práticas cotidianas que envolvem a profissão e como é construída a identificação com esse trabalho. Para a proposta, adotamos uma abordagem qualitativa e realizamos sessenta e duas entrevistas com pipoqueiros atuantes na região central da cidade. Utilizamos a técnica de Análise Linguística do Discurso para analisarmos os dados e debruçamo-nos sobre o percurso semântico “cotidiano e identificações: ser ambulante e a necessidade de trabalhar”, considerando o cotidiano como aquele que interfere na construção das identificações dos pipoqueiros. Por fim, buscamos também ampliar e fomentar o debate acerca de saberes não hegemônicos.
{"title":"“Ser um ambulante é necessidade que nós temos de trabalhar”","authors":"Gabriel Farias Alves Correia, Higor Gomes Pereira, A. Carrieri","doi":"10.11606/ISSN.1981-0490.V21I2P165-180","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/ISSN.1981-0490.V21I2P165-180","url":null,"abstract":"O objetivo deste artigo é compreender o que é ser um trabalhador pipoqueiro na cidade de Belo Horizonte, as práticas cotidianas que envolvem a profissão e como é construída a identificação com esse trabalho. Para a proposta, adotamos uma abordagem qualitativa e realizamos sessenta e duas entrevistas com pipoqueiros atuantes na região central da cidade. Utilizamos a técnica de Análise Linguística do Discurso para analisarmos os dados e debruçamo-nos sobre o percurso semântico “cotidiano e identificações: ser ambulante e a necessidade de trabalhar”, considerando o cotidiano como aquele que interfere na construção das identificações dos pipoqueiros. Por fim, buscamos também ampliar e fomentar o debate acerca de saberes não hegemônicos.","PeriodicalId":33882,"journal":{"name":"Cadernos de Psicologia Social do Trabalho","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-09-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46279066","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}