Pub Date : 2019-10-24DOI: 10.11606/issn.2525-3123.gis.2019.162330
Marcia Vaitsman
Reflexão sobre trabalhos de artistas contemporâneas e suas obras, com caráter autonarrativo e autobiográfico, que contemplam a desorientação, a impermanência e a estrangeiridade, enfocando a atividade de fazer listas, catalogação, organização, arquivos, o interesse pelo alfabético, numérico, cartográfico e, por outro lado, o inclassificável, o que é cifrado, a desorientação e o et cetera. Traz o vídeo 10 delírios em 10 sutras (2017) e a lista 100 palavras que descrevem as imagens do deslocamento (2017) como exemplos, usados como instrumentos para entender suas próprias localidades e suas temporalidades, para abordar aspectos de uma situação ético-estética, transitória, do deslocamento.
{"title":"Listas de artistas nunca são somente listas, versão 2.0","authors":"Marcia Vaitsman","doi":"10.11606/issn.2525-3123.gis.2019.162330","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2525-3123.gis.2019.162330","url":null,"abstract":"Reflexão sobre trabalhos de artistas contemporâneas e suas obras, com caráter autonarrativo e autobiográfico, que contemplam a desorientação, a impermanência e a estrangeiridade, enfocando a atividade de fazer listas, catalogação, organização, arquivos, o interesse pelo alfabético, numérico, cartográfico e, por outro lado, o inclassificável, o que é cifrado, a desorientação e o et cetera. Traz o vídeo 10 delírios em 10 sutras (2017) e a lista 100 palavras que descrevem as imagens do deslocamento (2017) como exemplos, usados como instrumentos para entender suas próprias localidades e suas temporalidades, para abordar aspectos de uma situação ético-estética, transitória, do deslocamento.","PeriodicalId":340634,"journal":{"name":"GIS - Gesto, Imagem e Som - Revista de Antropologia","volume":"42 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-10-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132519917","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-10-24DOI: 10.11606/issn.2525-3123.gis.2019.162343
Debora Baldelli
Este ensaio visual acompanha o desfile da segunda edição do festival religioso Ratha Yatra em Lisboa, organizado pela ISKCON Lisboa (Associação Internacional para a Consciência de Krishna) desde 2016. O Ratha Yatra Lisboa tem como base a proposta de unir diferentes grupos, entidades e comunidades de imigrantes na sua organização para uma performance coletiva pelas ruas do centro da cidade, realizando uma espécie de desfile de cidadania. Procuro enfatizar a importância das performances associadas à música e à dança no espaço público para a compreensão das experiências transnacionais.
{"title":"O festival religioso Ratha Yatra desfila no espaço público da “Lisboa intercultural”","authors":"Debora Baldelli","doi":"10.11606/issn.2525-3123.gis.2019.162343","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2525-3123.gis.2019.162343","url":null,"abstract":"Este ensaio visual acompanha o desfile da segunda edição do festival religioso Ratha Yatra em Lisboa, organizado pela ISKCON Lisboa (Associação Internacional para a Consciência de Krishna) desde 2016. O Ratha Yatra Lisboa tem como base a proposta de unir diferentes grupos, entidades e comunidades de imigrantes na sua organização para uma performance coletiva pelas ruas do centro da cidade, realizando uma espécie de desfile de cidadania. Procuro enfatizar a importância das performances associadas à música e à dança no espaço público para a compreensão das experiências transnacionais.","PeriodicalId":340634,"journal":{"name":"GIS - Gesto, Imagem e Som - Revista de Antropologia","volume":"97 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-10-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123141037","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-10-24DOI: 10.11606/issn.2525-3123.gis.2019.152118
Pâmilla Vilas Boas Costa Ribeiro
O presente artigo discute como a produção de um filme com o batuque de Ponto Chique e outros grupos de batuques vizinhos, ligados pelo rio São Francisco, mobiliza processos sociais e estéticos, ou seja, como o filme, enquanto processo de produção e exibição, se insere nessa relação entre drama estético, drama social e drama ritual. A partir do diálogo com autores da teoria da performance, o ponto de partida é discutir categorias como representação, drama e montagem, compreendendo a filmação como a materialização desse espaço fluido onde se assenta a cultura batuqueira/vazanteira. A partir do uso das imagens enquanto método etnográfico, o artigo busca refletir sobre as relações entre as montagens batuqueiras e as montagens do filme como ficção e fricção entre passado e presente. Opera-se com a hipótese de que os fragmentos do passado organizam o tempo fílmico e podem constituir uma temporalidade própria dos batuques.
{"title":"Filmação e representação","authors":"Pâmilla Vilas Boas Costa Ribeiro","doi":"10.11606/issn.2525-3123.gis.2019.152118","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2525-3123.gis.2019.152118","url":null,"abstract":"O presente artigo discute como a produção de um filme com o batuque de Ponto Chique e outros grupos de batuques vizinhos, ligados pelo rio São Francisco, mobiliza processos sociais e estéticos, ou seja, como o filme, enquanto processo de produção e exibição, se insere nessa relação entre drama estético, drama social e drama ritual. A partir do diálogo com autores da teoria da performance, o ponto de partida é discutir categorias como representação, drama e montagem, compreendendo a filmação como a materialização desse espaço fluido onde se assenta a cultura batuqueira/vazanteira. A partir do uso das imagens enquanto método etnográfico, o artigo busca refletir sobre as relações entre as montagens batuqueiras e as montagens do filme como ficção e fricção entre passado e presente. Opera-se com a hipótese de que os fragmentos do passado organizam o tempo fílmico e podem constituir uma temporalidade própria dos batuques.","PeriodicalId":340634,"journal":{"name":"GIS - Gesto, Imagem e Som - Revista de Antropologia","volume":"28 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-10-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128135620","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-10-24DOI: 10.11606/issn.2525-3123.gis.2019.153568
Fabiana Bruno
Este artigo tem o propósito de apresentar uma reflexão sobre os resultados metodológicos e de uma experimentação visual no curso de uma pesquisa antropológica, que se colocou diante do desafio ontológico de abrir um arquivo de 500 fotografias adormecidas durante quase décadas. O arquivo constituído por imagens indígenas, Kamayurá do Alto Xingu, pertencentes ao acervo pessoal do antropólogo, Etienne Samain, foi interrogado à luz da sua própria condição de silêncio e do imperativo de privilegiar, antes de tudo, o ato de olhar e escutar as imagens. Neste artigo, o leitor poderá conhecer o percurso metodológico traçado, acompanhando parte dos resultados provenientes de uma dupla experiência de trabalho realizada neste arquivo fotográfico sobre os índios Kamayurá - a da pesquisa e a do próprio produtor das imagens. Em seguida poderá ver a experimentação visual das Cartas Poéticas de Imagens, constructo de uma experiência de montagem visual com as fotografias do arquivo.
{"title":"Arquivo e imagens","authors":"Fabiana Bruno","doi":"10.11606/issn.2525-3123.gis.2019.153568","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2525-3123.gis.2019.153568","url":null,"abstract":"Este artigo tem o propósito de apresentar uma reflexão sobre os resultados metodológicos e de uma experimentação visual no curso de uma pesquisa antropológica, que se colocou diante do desafio ontológico de abrir um arquivo de 500 fotografias adormecidas durante quase décadas. O arquivo constituído por imagens indígenas, Kamayurá do Alto Xingu, pertencentes ao acervo pessoal do antropólogo, Etienne Samain, foi interrogado à luz da sua própria condição de silêncio e do imperativo de privilegiar, antes de tudo, o ato de olhar e escutar as imagens. Neste artigo, o leitor poderá conhecer o percurso metodológico traçado, acompanhando parte dos resultados provenientes de uma dupla experiência de trabalho realizada neste arquivo fotográfico sobre os índios Kamayurá - a da pesquisa e a do próprio produtor das imagens. Em seguida poderá ver a experimentação visual das Cartas Poéticas de Imagens, constructo de uma experiência de montagem visual com as fotografias do arquivo.","PeriodicalId":340634,"journal":{"name":"GIS - Gesto, Imagem e Som - Revista de Antropologia","volume":"151 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-10-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115556015","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-10-24DOI: 10.11606/issn.2525-3123.gis.2019.146843
Daniela Feriani
Seguir os fios que compõem a doença de Alzheimer, incluindo as linhas de fuga, foi o trajeto percorrido ao longo de minha pesquisa de doutorado. Neste artigo, mostro esse percurso etnográfico através das linhas e imagens com que fui tecendo a doença de Alzheimer como um campo de experiências e disputas, em que se constitui tanto um diagnóstico quanto um modo de subjetividade e uma estética. Das consultas médicas aos delírios, da medicina ao xamanismo e ponto de vista demente, as imagens me abriram para outras maneiras de ver e narrar a doença. E, ao longo desse trajeto, uma proposta etnográfica apareceu. O que a doença de Alzheimer me revelou do fazer antropológico? Pois à medida que a doença de Alzheimer ia sendo composta, tecia-se também uma etnografia.
{"title":"Da alucinação na clínica ao ver alucinatório da imagem","authors":"Daniela Feriani","doi":"10.11606/issn.2525-3123.gis.2019.146843","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2525-3123.gis.2019.146843","url":null,"abstract":"Seguir os fios que compõem a doença de Alzheimer, incluindo as linhas de fuga, foi o trajeto percorrido ao longo de minha pesquisa de doutorado. Neste artigo, mostro esse percurso etnográfico através das linhas e imagens com que fui tecendo a doença de Alzheimer como um campo de experiências e disputas, em que se constitui tanto um diagnóstico quanto um modo de subjetividade e uma estética. Das consultas médicas aos delírios, da medicina ao xamanismo e ponto de vista demente, as imagens me abriram para outras maneiras de ver e narrar a doença. E, ao longo desse trajeto, uma proposta etnográfica apareceu. O que a doença de Alzheimer me revelou do fazer antropológico? Pois à medida que a doença de Alzheimer ia sendo composta, tecia-se também uma etnografia.","PeriodicalId":340634,"journal":{"name":"GIS - Gesto, Imagem e Som - Revista de Antropologia","volume":"36 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-10-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115987727","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-10-24DOI: 10.11606/issn.2525-3123.gis.2019.152838
Helena Elías, F. De Luca
This short, experimental piece, represents one possible way to describe the site-specific installation ATLAS: MATRIX in the Tropical Garden of Belém in Lisbon, Portugal. The text is the narrative of a mindful collaboration, one where the act of collaborating - intentional but not overly planned - resulted in an open-ended installation/dispositive that called for ulterior collaboration, enabling the spectators to play with the elements while generating, at the same time, a reflection around the collaborative endeavour itself. An introductory story in the form of a diary is followed by DIY guidelines, indicating a replicable formula for co-laborating - [from Latin cum (together) + laborare (to practice)] - in transdisciplinary settings.
{"title":"Atlas: Matrix","authors":"Helena Elías, F. De Luca","doi":"10.11606/issn.2525-3123.gis.2019.152838","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2525-3123.gis.2019.152838","url":null,"abstract":"This short, experimental piece, represents one possible way to describe the site-specific installation ATLAS: MATRIX in the Tropical Garden of Belém in Lisbon, Portugal. The text is the narrative of a mindful collaboration, one where the act of collaborating - intentional but not overly planned - resulted in an open-ended installation/dispositive that called for ulterior collaboration, enabling the spectators to play with the elements while generating, at the same time, a reflection around the collaborative endeavour itself. An introductory story in the form of a diary is followed by DIY guidelines, indicating a replicable formula for co-laborating - [from Latin cum (together) + laborare (to practice)] - in transdisciplinary settings.","PeriodicalId":340634,"journal":{"name":"GIS - Gesto, Imagem e Som - Revista de Antropologia","volume":"6 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-10-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124376320","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-10-24DOI: 10.11606/issn.2525-3123.gis.2019.162846
Ailton Krenak
Ailton Krenak é líder indígena, ambientalista e escritor. Nasceu em 1953 no estado de Minas Gerais, na região do Médio Rio Doce. Aos dezessete anos de idade, mudou-se com sua família para o estado do Paraná, onde se alfabetizou e se tornou produtor gráfico e jornalista. Na década de 1980, passou a dedicar-se exclusivamente ao movimento indígena. Em 1985, fundou a organização não governamental Núcleo de Cultura Indígena, que visa promover a cultura indígena. Foi durante a Assembleia Constituinte, em 1987, que Ailton protagonizou uma das cenas mais marcantes da mesma: em discurso na tribuna, vestido com um terno branco, pintou o rosto com tinta preta para protestar contra o que considerava um retrocesso na luta pelos direitos indígenas. Em 1988, participou da fundação da União dos Povos Indígenas, organização que busca representar os interesses indígenas no cenário nacional. Em 1989, participou da Aliança dos Povos da Floresta, movimento que busca o estabelecimento de reservas naturais na Amazônia onde fosse possível a subsistência econômica através da extração do látex da seringueira, bem como da coleta de outros produtos da floresta. Retornou a Minas Gerais, onde passou a se dedicar ao Núcleo de Cultura Indígena. Desde 1998, a organização realiza, na região da Serra do Cipó, em Minas Gerais, um festival idealizado por Ailton: o Festival de Dança e Cultura Indígena, promovendo a integração entre as diferentes populações indígenas. Link para o filme: https://drive.google.com/file/d/1PkFNpds7iPbqHHAWibvxtrZfjroFVsyY/view?usp=sharing
Ailton Krenak是一位土著领袖、环保主义者和作家。1953年,他出生在米纳斯吉拉斯州,在里约热内卢Doce的中部地区。17岁时,他和家人搬到了parana州,在那里他学会了读写,并成为了一名平面制作人和记者。20世纪80年代,他开始专门致力于土著运动。1985年,他创立了一个名为“土著文化核心”的非政府组织,旨在促进土著文化。在1987年的制宪会议上,艾尔顿主演了其中最引人注目的一幕:在讲台上发表演讲时,他穿着白色西装,脸上涂着黑色颜料,以抗议他认为在争取土著权利的斗争中出现的倒退。1988年,他参与成立了土著人民联盟,这是一个寻求在国家舞台上代表土著利益的组织。1989年,他参加了森林人民联盟,该运动寻求在亚马逊建立自然保护区,在那里可以通过从橡胶树中提取乳胶以及收集其他森林产品来实现经济生存。他回到米纳斯吉拉斯,在那里他致力于土著文化中心。自1998年以来,该组织在米纳斯吉拉斯州的Serra do cipo地区举办了一个由Ailton设计的节日:土著舞蹈和文化节,促进不同土著人口之间的融合。链接到电影:https://drive.google.com/file/d/1PkFNpds7iPbqHHAWibvxtrZfjroFVsyY/view?usp=sharing
{"title":"Discurso de Ailton Krenak, em 04/09/1987, na Assembleia Constituinte, Brasília, Brasil","authors":"Ailton Krenak","doi":"10.11606/issn.2525-3123.gis.2019.162846","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2525-3123.gis.2019.162846","url":null,"abstract":"Ailton Krenak é líder indígena, ambientalista e escritor. Nasceu em 1953 no estado de Minas Gerais, na região do Médio Rio Doce. Aos dezessete anos de idade, mudou-se com sua família para o estado do Paraná, onde se alfabetizou e se tornou produtor gráfico e jornalista. Na década de 1980, passou a dedicar-se exclusivamente ao movimento indígena. Em 1985, fundou a organização não governamental Núcleo de Cultura Indígena, que visa promover a cultura indígena. Foi durante a Assembleia Constituinte, em 1987, que Ailton protagonizou uma das cenas mais marcantes da mesma: em discurso na tribuna, vestido com um terno branco, pintou o rosto com tinta preta para protestar contra o que considerava um retrocesso na luta pelos direitos indígenas. Em 1988, participou da fundação da União dos Povos Indígenas, organização que busca representar os interesses indígenas no cenário nacional. Em 1989, participou da Aliança dos Povos da Floresta, movimento que busca o estabelecimento de reservas naturais na Amazônia onde fosse possível a subsistência econômica através da extração do látex da seringueira, bem como da coleta de outros produtos da floresta. Retornou a Minas Gerais, onde passou a se dedicar ao Núcleo de Cultura Indígena. Desde 1998, a organização realiza, na região da Serra do Cipó, em Minas Gerais, um festival idealizado por Ailton: o Festival de Dança e Cultura Indígena, promovendo a integração entre as diferentes populações indígenas. \u0000Link para o filme: https://drive.google.com/file/d/1PkFNpds7iPbqHHAWibvxtrZfjroFVsyY/view?usp=sharing","PeriodicalId":340634,"journal":{"name":"GIS - Gesto, Imagem e Som - Revista de Antropologia","volume":"2016 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-10-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123838902","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-10-24DOI: 10.11606/issn.2525-3123.gis.2019.152959
Mariana Gonçalves
A Cineground (1975-78) foi uma produtora de cinema amador, fundada em pleno PREC pelo artista plástico Óscar Alves e pelo cineasta João Paulo Ferreira. Projeto também ele revolucionário pela abordagem de sexualidades ainda criminalizadas na década de 1960/70, mostrou que a verdadeira libertação da sociedade teria de passar pela libertação do corpo individual. Esta cinematografia produzida em formato Super-8, e característica das condições sociais particulares deste tipo de circuito, abordou pela primeira vez no cinema português a temática gay, com a representação da vida dupla dos homossexuais (problemática do armário), e também queer, com a presença constante da personagem travesti. À discussão da performance travesti enquanto possibilidade de transgressão e desnaturalização de noções de género e identidade, segue-se uma reflexão sobre a representação e visibilidade das pessoas LGBT no cinema, no qual o Cineground, veículo de desobediência à ordem social e política da época, aparece como uma forma de artivismo.
Cineground(1975-78)是一家业余电影制作公司,由艺术家oscar Alves和电影制作人joao Paulo Ferreira创立。在20世纪60年代和70年代,性行为仍然被定为犯罪,这也是一个革命性的项目,表明社会的真正解放必须通过个人身体的解放来实现。这部电影以超8格式制作,并以这种类型的电路的特殊社会条件为特征,在葡萄牙电影中首次处理了同性恋主题,表现了同性恋的双重生活(有问题的壁橱),也表现了酷儿,并不断出现了异装癖角色。侵入讨论废弃物而表现出来的可能性和变性的性别和身份的概念,下面是一个反思人的表演和可见性的同性恋电影,Cineground车辆不遵守社会秩序和政治的时代,表现为一种artivismo。
{"title":"A liberdade também passou por aqui","authors":"Mariana Gonçalves","doi":"10.11606/issn.2525-3123.gis.2019.152959","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2525-3123.gis.2019.152959","url":null,"abstract":"A Cineground (1975-78) foi uma produtora de cinema amador, fundada em pleno PREC pelo artista plástico Óscar Alves e pelo cineasta João Paulo Ferreira. Projeto também ele revolucionário pela abordagem de sexualidades ainda criminalizadas na década de 1960/70, mostrou que a verdadeira libertação da sociedade teria de passar pela libertação do corpo individual. Esta cinematografia produzida em formato Super-8, e característica das condições sociais particulares deste tipo de circuito, abordou pela primeira vez no cinema português a temática gay, com a representação da vida dupla dos homossexuais (problemática do armário), e também queer, com a presença constante da personagem travesti. À discussão da performance travesti enquanto possibilidade de transgressão e desnaturalização de noções de género e identidade, segue-se uma reflexão sobre a representação e visibilidade das pessoas LGBT no cinema, no qual o Cineground, veículo de desobediência à ordem social e política da época, aparece como uma forma de artivismo.","PeriodicalId":340634,"journal":{"name":"GIS - Gesto, Imagem e Som - Revista de Antropologia","volume":"28 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-10-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126001505","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-10-24DOI: 10.11606/issn.2525-3123.gis.2019.151144
F. N. Araújo
Neste ensaio reflito sobre os modos como Rastas criam e recriam Kingston habitando-a com sua presença física, suas narrativas e seu léxico. A Kingston Rastafari é construídos sobre diversas camadas semânticas e políticas, e a questão dos topônimos emergiu nas mais diversas interações que tive com meus interlocutores ao longo de meu trabalho de campo. Para além da toponímia rastafari, reflito também sua presença; seus corpos marcados por índices de pertencimento ao Movimento Rastafari; as decorações de muros e casas com cores e motivos rastafari, as narrativas de eventos ocorridos em certos locais. Explorar os modos de ocupação de Kingston pelos rastas é uma forma de analisar como diferentes pessoas e coletivos se posicionam e agem em relação à memória social, cidadania, utilização e acesso aos espaços públicos, acesso a direitos e reparação pelos ciclos de violência estatal aos quais foram submetidos ao longo da história.
{"title":"“Welcome to Jamrock\"","authors":"F. N. Araújo","doi":"10.11606/issn.2525-3123.gis.2019.151144","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2525-3123.gis.2019.151144","url":null,"abstract":"Neste ensaio reflito sobre os modos como Rastas criam e recriam Kingston habitando-a com sua presença física, suas narrativas e seu léxico. A Kingston Rastafari é construídos sobre diversas camadas semânticas e políticas, e a questão dos topônimos emergiu nas mais diversas interações que tive com meus interlocutores ao longo de meu trabalho de campo. Para além da toponímia rastafari, reflito também sua presença; seus corpos marcados por índices de pertencimento ao Movimento Rastafari; as decorações de muros e casas com cores e motivos rastafari, as narrativas de eventos ocorridos em certos locais. Explorar os modos de ocupação de Kingston pelos rastas é uma forma de analisar como diferentes pessoas e coletivos se posicionam e agem em relação à memória social, cidadania, utilização e acesso aos espaços públicos, acesso a direitos e reparação pelos ciclos de violência estatal aos quais foram submetidos ao longo da história.","PeriodicalId":340634,"journal":{"name":"GIS - Gesto, Imagem e Som - Revista de Antropologia","volume":"30 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-10-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130131960","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-10-24DOI: 10.11606/issn.2525-3123.gis.2019.152113
Carolina Maia
O presente trabalho, formulado inicialmente como trabalho de conclusão de um curso sobre etnografia e textualidade, apresenta parte dos resultados de pesquisa de mestrado da autora sobre publicações lésbicas de caráter periódico no Brasil e sua construção e circulação através de redes de correspondência, criando espaços para elaboração identitária, experimentação de escrita e construção política. Aqui, discuto gênero e gênero textual (gender, genre), a partir de uma perspectiva pós-estruturalista. O texto é construído através de e-mails e uma carta escrita a mão, em uma proposta de emulação do gênero epistolar, tendo o devaneio e a digressão como uma das marcas textuais empregadas para tal e a impossibilidade de edição como impulso para uma criação incremental e fragmentária dos argumentos.
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