Pub Date : 2022-01-01DOI: 10.1590/1678-98732230e017
Ana Cláudia Niedhardt Capella, F. Brasil
RESUMEN Introdução: Por meio da análise das Mensagens ao Congresso Nacional proferidas pelos presidentes eleitos, investigamos, através do conceito de agenda simbólica, as prioridades em políticas públicas na formação da agenda governamental. Materiais e Métodos: Foram analisadas todas as Mensagens ao Congresso Nacional entre 1991 e 2020. Esse tipo de documento representa uma obrigação constitucional na qual o Presidente encaminha, na abertura da sessão legislativa de cada ano, um relatório expondo a situação do país e as prioridades de ação propostas para aquele ano. Os documentos foram submetidos à análise de conteúdo. Os textos foram transformados em indicadores de atenção de acordo com o tipo da política setorial retratada nos documentos originais. Resultados: Os dados refletem a atenção governamental sobre as mais diferentes políticas públicas em perspectiva longitudinal, destacando as mudanças e as permanências nas prioridades dos presidentes eleitos no Brasil democrático. Determinadas políticas setoriais, como aquelas vinculadas à administração pública, governo interno e à macroeconomia, sempre foram prioridade das falas presidenciais. De forma distinta, também é possível identificar mudanças de prioridades e de distribuição no aparecimento de políticas setoriais a depender do partido político, do presidente eleito e do ambiente externo, como são os casos dos picos de atenção sobre políticas sociais e política externa nos governos do PT, ou as prioridades em reformas da administração pública e comércio exterior que marcaram os governos do ex-presidente FHC em detrimento de outros setores. Discussão: O resultado obtido a partir de um inovador método que organiza quantitativamente os temas selecionados como sendo as prioridades dos presidentes eleitos é analisado a partir da literatura de agenda simbólica, uma recente abordagem dentro dos estudos de agenda-setting e de mudança em políticas públicas. O artigo discute processo de escolha e de priorização de temas que ganharão a atenção das agendas simbólicas em documentos direcionados ao poder legislativo e que possuem grande importância para a definição da agenda presidencial no início de cada ano. Também apresenta análises sobre a relação entre a capacidade e a diversidade da agenda com o contexto político, demonstrando que há conexões positivas entre o crescimento da agenda e de sua diversidade em momentos de reeleição ou de manutenção do mesmo partido (baixa fricção institucional), assim como mostra uma retração da agenda com maior concentração temática em momentos de tensão institucional (impeachment) e de mudança na chefia do executivo (turnover).
{"title":"Prioridades em políticas públicas: Mensagens ao Congresso Nacional na agenda governamental 1991/2020","authors":"Ana Cláudia Niedhardt Capella, F. Brasil","doi":"10.1590/1678-98732230e017","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1678-98732230e017","url":null,"abstract":"RESUMEN Introdução: Por meio da análise das Mensagens ao Congresso Nacional proferidas pelos presidentes eleitos, investigamos, através do conceito de agenda simbólica, as prioridades em políticas públicas na formação da agenda governamental. Materiais e Métodos: Foram analisadas todas as Mensagens ao Congresso Nacional entre 1991 e 2020. Esse tipo de documento representa uma obrigação constitucional na qual o Presidente encaminha, na abertura da sessão legislativa de cada ano, um relatório expondo a situação do país e as prioridades de ação propostas para aquele ano. Os documentos foram submetidos à análise de conteúdo. Os textos foram transformados em indicadores de atenção de acordo com o tipo da política setorial retratada nos documentos originais. Resultados: Os dados refletem a atenção governamental sobre as mais diferentes políticas públicas em perspectiva longitudinal, destacando as mudanças e as permanências nas prioridades dos presidentes eleitos no Brasil democrático. Determinadas políticas setoriais, como aquelas vinculadas à administração pública, governo interno e à macroeconomia, sempre foram prioridade das falas presidenciais. De forma distinta, também é possível identificar mudanças de prioridades e de distribuição no aparecimento de políticas setoriais a depender do partido político, do presidente eleito e do ambiente externo, como são os casos dos picos de atenção sobre políticas sociais e política externa nos governos do PT, ou as prioridades em reformas da administração pública e comércio exterior que marcaram os governos do ex-presidente FHC em detrimento de outros setores. Discussão: O resultado obtido a partir de um inovador método que organiza quantitativamente os temas selecionados como sendo as prioridades dos presidentes eleitos é analisado a partir da literatura de agenda simbólica, uma recente abordagem dentro dos estudos de agenda-setting e de mudança em políticas públicas. O artigo discute processo de escolha e de priorização de temas que ganharão a atenção das agendas simbólicas em documentos direcionados ao poder legislativo e que possuem grande importância para a definição da agenda presidencial no início de cada ano. Também apresenta análises sobre a relação entre a capacidade e a diversidade da agenda com o contexto político, demonstrando que há conexões positivas entre o crescimento da agenda e de sua diversidade em momentos de reeleição ou de manutenção do mesmo partido (baixa fricção institucional), assim como mostra uma retração da agenda com maior concentração temática em momentos de tensão institucional (impeachment) e de mudança na chefia do executivo (turnover).","PeriodicalId":35300,"journal":{"name":"Revista de Sociologia e Politica","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67572537","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-01DOI: 10.1590/1678-98732230e021
J. Graça, Jorge Caiado, R. Correia
ABSTRACT Introduction: Several studies regarding the values and attitudes of Economics students have noticed a greater leaning towards the free riding phenomena and the market economy. Are these traits always valid? Do they coexist with other sociological relevant aspects? Materials and Methods: A survey was conducted in Lisbon (Portugal) in 2016 with Economics students. In addition to the economic view, it was studied their self-perception at the left-right spectrum and their interest in politics. The results of this survey were compared with previous research on three social groups (young citizens, elder citizens, and other students). The data were statistically analyzed through correlation and factorial analysis tests. Results: The research revealed a tendency towards a right-wing self-perception and an increased concern about politics by these Portuguese students. However, these traits were attenuated, because those Economics students converge with other group’s values, specially the “young citizens” and the “old citizens”. Generally, groups with greater leaning towards free riding are also more inclined to pro-market ideas, right-wing, and interested in politics. Results indicate the existence of other substantially different behavioral components, being one of them correspondent to the variables used to measure “free riding” and an opposite component which we can label “open-mindedness”. Discussion: As a whole, the results suggest a considerable influence of Economics in the mental framework of these students. Evidence seems to signal a diffuse cultural influence, corresponding to a simplified and impoverished version of the academic field.
{"title":"On the values and attitudes of economics students in Portugal","authors":"J. Graça, Jorge Caiado, R. Correia","doi":"10.1590/1678-98732230e021","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1678-98732230e021","url":null,"abstract":"ABSTRACT Introduction: Several studies regarding the values and attitudes of Economics students have noticed a greater leaning towards the free riding phenomena and the market economy. Are these traits always valid? Do they coexist with other sociological relevant aspects? Materials and Methods: A survey was conducted in Lisbon (Portugal) in 2016 with Economics students. In addition to the economic view, it was studied their self-perception at the left-right spectrum and their interest in politics. The results of this survey were compared with previous research on three social groups (young citizens, elder citizens, and other students). The data were statistically analyzed through correlation and factorial analysis tests. Results: The research revealed a tendency towards a right-wing self-perception and an increased concern about politics by these Portuguese students. However, these traits were attenuated, because those Economics students converge with other group’s values, specially the “young citizens” and the “old citizens”. Generally, groups with greater leaning towards free riding are also more inclined to pro-market ideas, right-wing, and interested in politics. Results indicate the existence of other substantially different behavioral components, being one of them correspondent to the variables used to measure “free riding” and an opposite component which we can label “open-mindedness”. Discussion: As a whole, the results suggest a considerable influence of Economics in the mental framework of these students. Evidence seems to signal a diffuse cultural influence, corresponding to a simplified and impoverished version of the academic field.","PeriodicalId":35300,"journal":{"name":"Revista de Sociologia e Politica","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67572957","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-01DOI: 10.1590/1678-98732230e002
Alejandra Armesto
RESUMEN Introducción: ¿Cuál es la relación entre las experiencias de corrupción y las actitudes de los ciudadanos con respecto a la priorización del medioambiente? Cuando el estado es corrupto, en primer lugar, la protección del medioambiente es menos probable porque los políticos y los burócratas intercambian el cumplimiento de las normas por sobornos, y segundo, los ciudadanos tienen menos motivos para confiar en que los demás contribuirán a la protección del medioambiente. En consecuencia, las experiencias de corrupción reducen los incentivos para la priorización del medioambiente. Materiales y Métodos: El argumento se pone a prueba analizando datos de 2016 de las encuestas de opinión pública del Proyecto de Opinión Pública de América Latina de la Universidad de Vanderbilt para dieciocho países latinoamericanos especificando modelos de regresión logística ordinal y modelos de ecuaciones estructurales generalizadas. Resultados: Los resultados muestran que las experiencias de corrupción reducen la probabilidad de priorizar el medioambiente, y el análisis de mediación sugiere que la asociación entre sobornos y priorización del medioambiente está mediada por una reducción de la confianza interpersonal. Discusión: Los estudios existentes se han centrado en las consecuencias para las actitudes ambientales de la corrupción a nivel macro. Este trabajo contribuye a esta línea de investigación explorando los efectos de retroalimentación de las experiencias individuales de sobornos sobre la priorización del medioambiente y amplía el conocimiento de estas actitudes en América Latina, una región menos estudiada por la literatura sobre el tema.
{"title":"Experiencias de corrupción en servicios públicos y priorización del medioambiente en América Latina","authors":"Alejandra Armesto","doi":"10.1590/1678-98732230e002","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1678-98732230e002","url":null,"abstract":"RESUMEN Introducción: ¿Cuál es la relación entre las experiencias de corrupción y las actitudes de los ciudadanos con respecto a la priorización del medioambiente? Cuando el estado es corrupto, en primer lugar, la protección del medioambiente es menos probable porque los políticos y los burócratas intercambian el cumplimiento de las normas por sobornos, y segundo, los ciudadanos tienen menos motivos para confiar en que los demás contribuirán a la protección del medioambiente. En consecuencia, las experiencias de corrupción reducen los incentivos para la priorización del medioambiente. Materiales y Métodos: El argumento se pone a prueba analizando datos de 2016 de las encuestas de opinión pública del Proyecto de Opinión Pública de América Latina de la Universidad de Vanderbilt para dieciocho países latinoamericanos especificando modelos de regresión logística ordinal y modelos de ecuaciones estructurales generalizadas. Resultados: Los resultados muestran que las experiencias de corrupción reducen la probabilidad de priorizar el medioambiente, y el análisis de mediación sugiere que la asociación entre sobornos y priorización del medioambiente está mediada por una reducción de la confianza interpersonal. Discusión: Los estudios existentes se han centrado en las consecuencias para las actitudes ambientales de la corrupción a nivel macro. Este trabajo contribuye a esta línea de investigación explorando los efectos de retroalimentación de las experiencias individuales de sobornos sobre la priorización del medioambiente y amplía el conocimiento de estas actitudes en América Latina, una región menos estudiada por la literatura sobre el tema.","PeriodicalId":35300,"journal":{"name":"Revista de Sociologia e Politica","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67571013","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-01DOI: 10.1590/1678-98732230e006
Augusto Clemente Junior, Millena Dutra Rodrigues Oliveira, R. Horochovski, I. J. Junckes, Natália Tavares de Azevedo
RESUMEN Introdução: O campo de estudos de políticas públicas (“Campo de Públicas”) é uma área de ensino em franca expansão no Brasil. O artigo analisa a identidade intelectual e disciplinar dessa área através das referências bibliográficas dos planos de ensino presentes nos Projetos Pedagógicos de 14 cursos de bacharelado. Materiais e Métodos: Utilizando técnicas cientométricas e de análise de redes, construímos uma rede bimodal formada pelas conexões entre os Projetos Pedagógicos dos cursos (PPCs) do Campo de Públicas e os autores citados nas referências bibliográficas das disciplinas (obrigatórias e optativas) desses cursos. Dois tipos de análises foram feitas: acoplamento bibliográfico de documentos e cocitação de autores. Resultados: Verificamos que não há formação convergente para gestores públicos no Brasil. A análise de redes mostrou a existência de dois clusters principais. O primeiro aproxima os cursos com leituras mais afins às Ciências Sociais, em especial Ciência Política e Sociologia. O segundo agrupa cursos que têm maior aderência às Ciências Sociais Aplicadas, especialmente às disciplinas administrativas, jurídicas e econômicas. Descrevemos esses dois perfis como “gestor de políticas públicas” e “administrador público e organizacional”, respectivamente. É mais correto, portanto, se falar em “campos” de públicas, no plural, dada a diversidade dos currículos. Discussão: O artigo gerou informações para o aperfeiçoamento de instrumentos de avaliação da área. Os resultados podem orientar a reforma de PPCs, a abertura de novos cursos e fomentar o debate sobre a identidade intelectual e disciplinar do Campo de Públicas em função das distintas formações oferecidas àqueles que pretendem atuar no setor público brasileiro.
{"title":"Campo de Públicas: uma cientometria a partir de Projetos Pedagógicos de Curso","authors":"Augusto Clemente Junior, Millena Dutra Rodrigues Oliveira, R. Horochovski, I. J. Junckes, Natália Tavares de Azevedo","doi":"10.1590/1678-98732230e006","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1678-98732230e006","url":null,"abstract":"RESUMEN Introdução: O campo de estudos de políticas públicas (“Campo de Públicas”) é uma área de ensino em franca expansão no Brasil. O artigo analisa a identidade intelectual e disciplinar dessa área através das referências bibliográficas dos planos de ensino presentes nos Projetos Pedagógicos de 14 cursos de bacharelado. Materiais e Métodos: Utilizando técnicas cientométricas e de análise de redes, construímos uma rede bimodal formada pelas conexões entre os Projetos Pedagógicos dos cursos (PPCs) do Campo de Públicas e os autores citados nas referências bibliográficas das disciplinas (obrigatórias e optativas) desses cursos. Dois tipos de análises foram feitas: acoplamento bibliográfico de documentos e cocitação de autores. Resultados: Verificamos que não há formação convergente para gestores públicos no Brasil. A análise de redes mostrou a existência de dois clusters principais. O primeiro aproxima os cursos com leituras mais afins às Ciências Sociais, em especial Ciência Política e Sociologia. O segundo agrupa cursos que têm maior aderência às Ciências Sociais Aplicadas, especialmente às disciplinas administrativas, jurídicas e econômicas. Descrevemos esses dois perfis como “gestor de políticas públicas” e “administrador público e organizacional”, respectivamente. É mais correto, portanto, se falar em “campos” de públicas, no plural, dada a diversidade dos currículos. Discussão: O artigo gerou informações para o aperfeiçoamento de instrumentos de avaliação da área. Os resultados podem orientar a reforma de PPCs, a abertura de novos cursos e fomentar o debate sobre a identidade intelectual e disciplinar do Campo de Públicas em função das distintas formações oferecidas àqueles que pretendem atuar no setor público brasileiro.","PeriodicalId":35300,"journal":{"name":"Revista de Sociologia e Politica","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67571284","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-01DOI: 10.1590/1678-98732230e007
J. Rak
ABSTRACT Introduction: This paper identifies delegitimization strategies that illustrate a range of attitudes of the Polish police towards individuals who resist the government and challenge the state legitimacy. Materials and Methods: The research is embedded in the theories of macro-strategies of delegitimization, out-casting micro-strategies, and is based on qualitative intertextual analysis of police statements in order to explain how the police responded to social opposition and shaped their relations with protesters during the pandemic periods. The study covers the following data: entries on official websites, statements to the public broadcaster TVP Info, and tweets released by the Polish Police Headquarters and the Warsaw Police Headquarters. Results: At the macro-strategy level, the research illuminates the online dimension of the protesters’ discipline process, as well as the policing of protests based on out-casting. These are the predominant resources of delegitimization of the cause. It is argued that its use was based on the categorization of protesters as violators of both law and social norms. In turn, the main micro-strategy applied within out-casting was criminalization formulated in reference to COVID-related law. Delegitimization strategies revealed the nature of moral justifications for negative attitudes towards protesters, as well as threats from and effective use of force. They also allowed the police to legitimize themselves in the public eye and to place their roles as protectors of human life, health, property, public security and order. Discussion: Unconditional acceptance and enforcement of the unconstitutional law established by the government revealed the political bias of the police. The delegitimization of the participants of the anti-government protests and the active and unquestionable acceptance of the pro-government demonstrations confirmed their political favoritism.
{"title":"Delegitimization strategies as a means of policing protesters online during the pandemic in Poland","authors":"J. Rak","doi":"10.1590/1678-98732230e007","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1678-98732230e007","url":null,"abstract":"ABSTRACT Introduction: This paper identifies delegitimization strategies that illustrate a range of attitudes of the Polish police towards individuals who resist the government and challenge the state legitimacy. Materials and Methods: The research is embedded in the theories of macro-strategies of delegitimization, out-casting micro-strategies, and is based on qualitative intertextual analysis of police statements in order to explain how the police responded to social opposition and shaped their relations with protesters during the pandemic periods. The study covers the following data: entries on official websites, statements to the public broadcaster TVP Info, and tweets released by the Polish Police Headquarters and the Warsaw Police Headquarters. Results: At the macro-strategy level, the research illuminates the online dimension of the protesters’ discipline process, as well as the policing of protests based on out-casting. These are the predominant resources of delegitimization of the cause. It is argued that its use was based on the categorization of protesters as violators of both law and social norms. In turn, the main micro-strategy applied within out-casting was criminalization formulated in reference to COVID-related law. Delegitimization strategies revealed the nature of moral justifications for negative attitudes towards protesters, as well as threats from and effective use of force. They also allowed the police to legitimize themselves in the public eye and to place their roles as protectors of human life, health, property, public security and order. Discussion: Unconditional acceptance and enforcement of the unconstitutional law established by the government revealed the political bias of the police. The delegitimization of the participants of the anti-government protests and the active and unquestionable acceptance of the pro-government demonstrations confirmed their political favoritism.","PeriodicalId":35300,"journal":{"name":"Revista de Sociologia e Politica","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67571758","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-01DOI: 10.1590/1678-98732230e024
Alison Ribeiro Centeno
RESUMO Introdução: Estudos sobre a composição e as atividades do Poder Legislativo têm avançado na Ciência Política brasileira. Este artigo combina, de forma nova, o enfoque neoinstitucionalista com a abordagem da sociologia política para estudar as Comissões Parlamentares permanentes do Senado Federal enfatizando suas composições internas. Materiais e Métodos: Inicialmente, revisamos a literatura de base neoinstitucionalista sobre Comissões Parlamentares, incluindo também estudos sobre o Brasil. Como contraponto, expomos as barreiras derivadas da utilização exclusiva dessa matriz para compreender as Comissões do Senado. Resultados: Em um parlamento fragmentado partidariamente, com pequeno contingente de políticos, a hierarquia das Comissões tende a levar os políticos mais experientes aos colegiados de maior prestígio, havendo associação entre o perfil socio-ocupacional dos Senadores e as áreas temáticas legislativas. Isso, contudo, está fortemente ligado aos contextos políticos de cada Legislatura. Discussão: O social background e a experiência política dos Senadores não podem ser vistos como fatores à parte no estudo das Comissões Parlamentares. A presença nas comissões está bastante ligada ao histórico do parlamentar, ao eleitorado que ele representa, à atuação dos partidos e das lideranças no Congresso Nacional.
{"title":"Uma abordagem contextual das Comissões Parlamentares do Senado Federal brasileiro","authors":"Alison Ribeiro Centeno","doi":"10.1590/1678-98732230e024","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1678-98732230e024","url":null,"abstract":"RESUMO Introdução: Estudos sobre a composição e as atividades do Poder Legislativo têm avançado na Ciência Política brasileira. Este artigo combina, de forma nova, o enfoque neoinstitucionalista com a abordagem da sociologia política para estudar as Comissões Parlamentares permanentes do Senado Federal enfatizando suas composições internas. Materiais e Métodos: Inicialmente, revisamos a literatura de base neoinstitucionalista sobre Comissões Parlamentares, incluindo também estudos sobre o Brasil. Como contraponto, expomos as barreiras derivadas da utilização exclusiva dessa matriz para compreender as Comissões do Senado. Resultados: Em um parlamento fragmentado partidariamente, com pequeno contingente de políticos, a hierarquia das Comissões tende a levar os políticos mais experientes aos colegiados de maior prestígio, havendo associação entre o perfil socio-ocupacional dos Senadores e as áreas temáticas legislativas. Isso, contudo, está fortemente ligado aos contextos políticos de cada Legislatura. Discussão: O social background e a experiência política dos Senadores não podem ser vistos como fatores à parte no estudo das Comissões Parlamentares. A presença nas comissões está bastante ligada ao histórico do parlamentar, ao eleitorado que ele representa, à atuação dos partidos e das lideranças no Congresso Nacional.","PeriodicalId":35300,"journal":{"name":"Revista de Sociologia e Politica","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67573063","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-01DOI: 10.1590/1678-98732230e008
J. Nicolau
RESUMO Introdução: O artigo explora os efeitos potenciais de características sociodemográficas no comparecimento eleitoral em um cenário em que o voto não fosse compulsório no Brasil. Em que pese algumas diferenças sociodemográficas, o principal fator associado à propensão a comparecer às eleições é atitudinal: o interesse por política. Materiais e Métodos: Utilizei dados do Estudo Eleitoral Brasileiro (ondas de 2014 e 2018) e mostro, por intermédio de regressão logística, os efeitos das variáveis sexo, cor, idade, escolaridade, interesse por política e atitude em relação à democracia sobre a disposição de votar. Resultados: Nos dois modelos de regressão testados, apenas um segmento demográfico aparece com propensão nitidamente maior a comparecer: pessoas com mais de 70 anos. Duas variáveis atitudinais estão fortemente associadas à probabilidade de comparecer às eleições: nível de apoio à democracia e, mais expressivamente, grau de interesse por política. Discussão: A pesquisa mostra que fatores atitudinais são mais relevantes do que fatores sociológicos clássicos (sempre destacados pela literatura sobre a desigualdade eleitoral) na predisposição de os eleitores comparecerem para votar.
{"title":"Quem iria votar se não fosse obrigado? O papel do interesse pela política no comparecimento eleitoral no Brasil","authors":"J. Nicolau","doi":"10.1590/1678-98732230e008","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1678-98732230e008","url":null,"abstract":"RESUMO Introdução: O artigo explora os efeitos potenciais de características sociodemográficas no comparecimento eleitoral em um cenário em que o voto não fosse compulsório no Brasil. Em que pese algumas diferenças sociodemográficas, o principal fator associado à propensão a comparecer às eleições é atitudinal: o interesse por política. Materiais e Métodos: Utilizei dados do Estudo Eleitoral Brasileiro (ondas de 2014 e 2018) e mostro, por intermédio de regressão logística, os efeitos das variáveis sexo, cor, idade, escolaridade, interesse por política e atitude em relação à democracia sobre a disposição de votar. Resultados: Nos dois modelos de regressão testados, apenas um segmento demográfico aparece com propensão nitidamente maior a comparecer: pessoas com mais de 70 anos. Duas variáveis atitudinais estão fortemente associadas à probabilidade de comparecer às eleições: nível de apoio à democracia e, mais expressivamente, grau de interesse por política. Discussão: A pesquisa mostra que fatores atitudinais são mais relevantes do que fatores sociológicos clássicos (sempre destacados pela literatura sobre a desigualdade eleitoral) na predisposição de os eleitores comparecerem para votar.","PeriodicalId":35300,"journal":{"name":"Revista de Sociologia e Politica","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67571322","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-01DOI: 10.1590/1678-98732230e001
F. Eduardo, G. Russo
RESUMO Introdução: Estudos mostram que prefeitos impactam a votação de seus partidos nas eleições para deputado federal. Mas o que aumenta a capacidade dos prefeitos em influenciar esses resultados? E como essa influência difere quando prefeitos apoiam candidatos de outro partido? Argumentamos que a popularidade do prefeito condiciona sua capacidade de influência, o que incentiva deputados a dedicarem atenção às demandas dos prefeitos, pois necessitam o apoio dos prefeitos na busca por reeleição. Materiais e Métodos: Com pesquisas de survey, mostramos que deputados reconhecem a importância dos prefeitos em seu trabalho como representante e eleitores estão mais propensos a aceitar a indicação dos prefeitos para os deputados quando a gestão municipal é bem avaliada. Resultados: Usando dados originais sobre indicações, também mostramos que candidatos apoiados por prefeitos melhoram seu desempenho eleitoral, especialmente quando prefeitos são bem avaliados, o que leva ao aumento de votos do partido. Entretanto, quando o prefeito apoia um candidato de outro partido, a aprovação deixa de ter relação com o desempenho de seu partido na eleição de deputados federais. Discussão: O artigo permite problematizar dois pontos, a importância de deputados serem apoiados por prefeitos bem avaliados e a disposição de prefeitos para apoiarem candidatos de outros partidos.
{"title":"Popularidade e indicação: condicionantes do efeito de coattail reverso","authors":"F. Eduardo, G. Russo","doi":"10.1590/1678-98732230e001","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1678-98732230e001","url":null,"abstract":"RESUMO Introdução: Estudos mostram que prefeitos impactam a votação de seus partidos nas eleições para deputado federal. Mas o que aumenta a capacidade dos prefeitos em influenciar esses resultados? E como essa influência difere quando prefeitos apoiam candidatos de outro partido? Argumentamos que a popularidade do prefeito condiciona sua capacidade de influência, o que incentiva deputados a dedicarem atenção às demandas dos prefeitos, pois necessitam o apoio dos prefeitos na busca por reeleição. Materiais e Métodos: Com pesquisas de survey, mostramos que deputados reconhecem a importância dos prefeitos em seu trabalho como representante e eleitores estão mais propensos a aceitar a indicação dos prefeitos para os deputados quando a gestão municipal é bem avaliada. Resultados: Usando dados originais sobre indicações, também mostramos que candidatos apoiados por prefeitos melhoram seu desempenho eleitoral, especialmente quando prefeitos são bem avaliados, o que leva ao aumento de votos do partido. Entretanto, quando o prefeito apoia um candidato de outro partido, a aprovação deixa de ter relação com o desempenho de seu partido na eleição de deputados federais. Discussão: O artigo permite problematizar dois pontos, a importância de deputados serem apoiados por prefeitos bem avaliados e a disposição de prefeitos para apoiarem candidatos de outros partidos.","PeriodicalId":35300,"journal":{"name":"Revista de Sociologia e Politica","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67570810","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-01DOI: 10.1590/1678-98732230e004
María Victoria Sordini
RESUMEN Introducción: La lectura sociológica sobre la cuestión alimentaria en tanto cuestión social permite identificar los medios de cohesión y regulación a través de los cuales se supera, se mitiga, se re-configura o se profundiza el conflicto del hambre. Las políticas alimentarias intervienen en las condiciones de vida y de reproducción de la vida de amplios sectores sociales que, desde los años setenta, vivencian condiciones de desempleo y empobrecimiento. El objetivo de este trabajo es mapear exhaustivamente los programas alimentarios implementados en el Partido de General Pueyrredón, Provincia de Buenos Aires, en el periodo 1983-2020 y observar la presencia de los mismos en las trayectorias biográficas de sus destinatarios. Materiales y Métodos: El estudio es cualitativo. Para reconstruir el mapeo exhaustivo se realizó una revisión bibliográfica de fuentes primarias (documentos oficiales) y secundarias (investigaciones académicas) y entrevistas en profundidad semi-estructuradas a técnicos y profesionales que diseñaron, gestionaron e implementaron programas alimentarios en el periodo 1983-2020. Para observar la incidencia de los programas en las personas destinatarias, se implementó el método biográfico en su modalidad relatos de vida, mediante la entrevista en profundidad semi-estructurada. El muestreo es teórico con la técnica bola de nieve. Se entrevistaron 22 personas que se desempeñaron en la jurisdicción nacional, provincial y municipal y a 45 destinatarios/as de 18 a 30 años, de 31 a 55 y mayores de 56 para establecer relaciones intergeneracionales. Para el análisis e interpretación se utilizó el Software Atlas Ti. Resultados: En el periodo 1983-2020 se declaró la Emergencia Alimentaria por decreto del poder ejecutivo en los años 1984, 2002 y 2019. Se registraron veintiocho intervenciones alimentarias, nucleadas en el objetivo principal de complementar la alimentación de sectores sociales empobrecidos. Se han implementado hasta diecisiete programas simultáneamente. En la nominación de los mismos subyace el carácter paliativo y provisorio de estas intervenciones, ya que son nombrados programas de “asistencia”, “emergencia”, “ayuda”, “complemento”. Discusión: La política alimentaria de Argentina se fundamenta en múltiples y simultáneos “programas de asistencia directa” que, lejos de intervenir sobre las causas estructurales de producción, distribución, comercialización, acceso y consumo de los alimentos, despliegan acciones que atienden una emergencia que es permanente. En las trayectorias biográficas que no han revertido sus condiciones de pobreza e integran los sectores focalizados por las políticas sociales desde los años ochenta, el complemento alimentario estatal es permanente, tanto por la simultaneidad en la implementación de diversos programas como por la vigencia consecutiva de los mismos.
{"title":"La política del hambre: una emergencia permanente en Argentina","authors":"María Victoria Sordini","doi":"10.1590/1678-98732230e004","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1678-98732230e004","url":null,"abstract":"RESUMEN Introducción: La lectura sociológica sobre la cuestión alimentaria en tanto cuestión social permite identificar los medios de cohesión y regulación a través de los cuales se supera, se mitiga, se re-configura o se profundiza el conflicto del hambre. Las políticas alimentarias intervienen en las condiciones de vida y de reproducción de la vida de amplios sectores sociales que, desde los años setenta, vivencian condiciones de desempleo y empobrecimiento. El objetivo de este trabajo es mapear exhaustivamente los programas alimentarios implementados en el Partido de General Pueyrredón, Provincia de Buenos Aires, en el periodo 1983-2020 y observar la presencia de los mismos en las trayectorias biográficas de sus destinatarios. Materiales y Métodos: El estudio es cualitativo. Para reconstruir el mapeo exhaustivo se realizó una revisión bibliográfica de fuentes primarias (documentos oficiales) y secundarias (investigaciones académicas) y entrevistas en profundidad semi-estructuradas a técnicos y profesionales que diseñaron, gestionaron e implementaron programas alimentarios en el periodo 1983-2020. Para observar la incidencia de los programas en las personas destinatarias, se implementó el método biográfico en su modalidad relatos de vida, mediante la entrevista en profundidad semi-estructurada. El muestreo es teórico con la técnica bola de nieve. Se entrevistaron 22 personas que se desempeñaron en la jurisdicción nacional, provincial y municipal y a 45 destinatarios/as de 18 a 30 años, de 31 a 55 y mayores de 56 para establecer relaciones intergeneracionales. Para el análisis e interpretación se utilizó el Software Atlas Ti. Resultados: En el periodo 1983-2020 se declaró la Emergencia Alimentaria por decreto del poder ejecutivo en los años 1984, 2002 y 2019. Se registraron veintiocho intervenciones alimentarias, nucleadas en el objetivo principal de complementar la alimentación de sectores sociales empobrecidos. Se han implementado hasta diecisiete programas simultáneamente. En la nominación de los mismos subyace el carácter paliativo y provisorio de estas intervenciones, ya que son nombrados programas de “asistencia”, “emergencia”, “ayuda”, “complemento”. Discusión: La política alimentaria de Argentina se fundamenta en múltiples y simultáneos “programas de asistencia directa” que, lejos de intervenir sobre las causas estructurales de producción, distribución, comercialización, acceso y consumo de los alimentos, despliegan acciones que atienden una emergencia que es permanente. En las trayectorias biográficas que no han revertido sus condiciones de pobreza e integran los sectores focalizados por las políticas sociales desde los años ochenta, el complemento alimentario estatal es permanente, tanto por la simultaneidad en la implementación de diversos programas como por la vigencia consecutiva de los mismos.","PeriodicalId":35300,"journal":{"name":"Revista de Sociologia e Politica","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67571434","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-01DOI: 10.1590/1678-98732230e012
C. Vidal, Luan Correa Brum
RESUMEN Introdução: Analisamos o uso de dois institutos liberais brasileiros (o Instituto Liberal do Rio de Janeiro e o Instituto de Estudos Empresariais do Rio Grande do Sul) como aparelhos privados de hegemonia. A partir da Teoria Crítica Neogramsciana, demonstramos a hegemonia dos Estados Unidos na criação de consenso a partir de estratégias de internacionalização de interesses, práticas e valores de uma classe econômica dominante. Para isso, são utilizados institutos “parceiros” como a estadunidense Atlas Network no Brasil. Materiais e Métodos: Examinamos as estruturas, o funcionamento e as práticas destes dois Institutos brasileiros, bem como a trajetória de seus quadros dirigentes e as suas conexões internacionais com os EUA. Para isso, criamos uma base de dados própria para cada Instituto e eles foram analisados a partir de documentos primários e secundários. Resultados: Encontramos uma relação de simbiose entre o Instituto Liberal do Rio de Janeiro e o Instituto de Estudos Empresariais do Rio Grande do Sul, de um lado, e o Atlas Network, de outro, na divulgação e naturalização do ideário neoliberal. Discussão: Mais do que apresentar o estreito laço entre duas camadas dominantes nos EUA e Brasil e seus esforços na promoção de uma agenda neoliberal, este artigo nos incita a refletir sobre práticas e conceitos relativamente esquecidos (ou marginalizados) na Ciência Política e nas Relações Internacionais, como “imperialismo”, “hegemonia” e o papel da “ideologia” na manutenção da estrutura econômica dominante. Além disso, nos faz também questionar o papel predominante que o “Estado”, enquanto entidade única e detentora do “interesse nacional”, recebe nessas mesmas áreas de conhecimento. Mais especificamente, permite retomar abordagens teóricas fundamentais para entendermos o papel das classes dominantes na criação de consensos para países e classes subalternas com o objetivo de manutenção das estruturas hegemônicas.
{"title":"Internacionalização e construção do ideário neoliberal no Brasil: os casos do Instituto Liberal do Rio de Janeiro e Instituto de Estudos Empresariais do Rio Grande do Sul","authors":"C. Vidal, Luan Correa Brum","doi":"10.1590/1678-98732230e012","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1678-98732230e012","url":null,"abstract":"RESUMEN Introdução: Analisamos o uso de dois institutos liberais brasileiros (o Instituto Liberal do Rio de Janeiro e o Instituto de Estudos Empresariais do Rio Grande do Sul) como aparelhos privados de hegemonia. A partir da Teoria Crítica Neogramsciana, demonstramos a hegemonia dos Estados Unidos na criação de consenso a partir de estratégias de internacionalização de interesses, práticas e valores de uma classe econômica dominante. Para isso, são utilizados institutos “parceiros” como a estadunidense Atlas Network no Brasil. Materiais e Métodos: Examinamos as estruturas, o funcionamento e as práticas destes dois Institutos brasileiros, bem como a trajetória de seus quadros dirigentes e as suas conexões internacionais com os EUA. Para isso, criamos uma base de dados própria para cada Instituto e eles foram analisados a partir de documentos primários e secundários. Resultados: Encontramos uma relação de simbiose entre o Instituto Liberal do Rio de Janeiro e o Instituto de Estudos Empresariais do Rio Grande do Sul, de um lado, e o Atlas Network, de outro, na divulgação e naturalização do ideário neoliberal. Discussão: Mais do que apresentar o estreito laço entre duas camadas dominantes nos EUA e Brasil e seus esforços na promoção de uma agenda neoliberal, este artigo nos incita a refletir sobre práticas e conceitos relativamente esquecidos (ou marginalizados) na Ciência Política e nas Relações Internacionais, como “imperialismo”, “hegemonia” e o papel da “ideologia” na manutenção da estrutura econômica dominante. Além disso, nos faz também questionar o papel predominante que o “Estado”, enquanto entidade única e detentora do “interesse nacional”, recebe nessas mesmas áreas de conhecimento. Mais especificamente, permite retomar abordagens teóricas fundamentais para entendermos o papel das classes dominantes na criação de consensos para países e classes subalternas com o objetivo de manutenção das estruturas hegemônicas.","PeriodicalId":35300,"journal":{"name":"Revista de Sociologia e Politica","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67571966","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}