Pub Date : 2019-01-01DOI: 10.1590/1678-987319277105
B. Silva, R. D. Gonçalves
RESUMO Introdução: Este artigo trata do financiamento de campanhas no Brasil. Embora não faltem evidências de que as arrecadações de campanha estão associadas ao sucesso eleitoral, pouco se sabe sobre o quanto a intenção de voto pode afetar o montante arrecadado pelos candidatos. Nosso objetivo é investigar este fenômeno. Materiais e Métodos: A análise empírica foi realizada com dados de prestações de contas eleitorais dos 134 candidatos ao Senado Federal em 2014 e com resultados de pesquisas de intenção de voto do instituto IBOPE. Utilizamos como ferramentas de análise estatísticas descritivas e regressão linear múltipla. Resultados: Os resultados atestam o impacto positivo das intenções de voto aferidas nas sondagens pré-eleitorais e do apoio do governador sobre as arrecadações totais. Já ser mandatário e candidato à reeleição (incumbency) foi um fator ineficaz para a explicação de quase todas as receitas. Discussão: Em virtude da associação encontrada entre intenção de voto e financiamento eleitoral, alertamos para a necessidade de considerar a existência de endogenia na relação entre dinheiro e voto nas disputas majoritárias, visto que as variáveis são mutuamente afetadas. Além disso, sugerimos que a relação entre viabilidade do candidato e financiamento eleitoral reafirma a ideia de que os doadores agem de maneira estratégica ao definir quais candidatos devem apoiar. Nesse sentido, doadores optam por candidaturas viáveis que contam com apoios políticos relevantes e oferecem, assim, menos riscos de derrota.
{"title":"Pesquisas eleitorais afetam receitas de campanha: a correlação entre expectativa de vitória e financiamento de campanha em disputas ao Senado","authors":"B. Silva, R. D. Gonçalves","doi":"10.1590/1678-987319277105","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1678-987319277105","url":null,"abstract":"RESUMO Introdução: Este artigo trata do financiamento de campanhas no Brasil. Embora não faltem evidências de que as arrecadações de campanha estão associadas ao sucesso eleitoral, pouco se sabe sobre o quanto a intenção de voto pode afetar o montante arrecadado pelos candidatos. Nosso objetivo é investigar este fenômeno. Materiais e Métodos: A análise empírica foi realizada com dados de prestações de contas eleitorais dos 134 candidatos ao Senado Federal em 2014 e com resultados de pesquisas de intenção de voto do instituto IBOPE. Utilizamos como ferramentas de análise estatísticas descritivas e regressão linear múltipla. Resultados: Os resultados atestam o impacto positivo das intenções de voto aferidas nas sondagens pré-eleitorais e do apoio do governador sobre as arrecadações totais. Já ser mandatário e candidato à reeleição (incumbency) foi um fator ineficaz para a explicação de quase todas as receitas. Discussão: Em virtude da associação encontrada entre intenção de voto e financiamento eleitoral, alertamos para a necessidade de considerar a existência de endogenia na relação entre dinheiro e voto nas disputas majoritárias, visto que as variáveis são mutuamente afetadas. Além disso, sugerimos que a relação entre viabilidade do candidato e financiamento eleitoral reafirma a ideia de que os doadores agem de maneira estratégica ao definir quais candidatos devem apoiar. Nesse sentido, doadores optam por candidaturas viáveis que contam com apoios políticos relevantes e oferecem, assim, menos riscos de derrota.","PeriodicalId":35300,"journal":{"name":"Revista de Sociologia e Politica","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67568778","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-01-01DOI: 10.1590/1678987319277001
Pedro Palotti, P. Cavalcante
RESUMO Introdução: Os ministros são atores políticos centrais na elaboração e implementação de políticas públicas, defesa e representação política de grupos sociais e de interesse, aconselhamento e assessoramento dos chefes de governo, além de exercerem autoridade máxima no campo específico sob sua jurisdição para diversas demandas cotidianas. Nesse contexto, a composição dos gabinetes indica a permeabilidade de aspectos políticos e também de elementos técnicos na condução dos problemas a cargo dos ministérios. Assim, quais os perfis dos ministros recrutados pelos governos eleitos da Nova República, sobretudo, em termos de inserção político-partidária e de expertise técnica? Materiais e Métodos: Para responder essa questão, este artigo propõe a utilização do Índice de Politização Ministerial (IPM) a partir de uma base de dados original dos ministros titulares do governo Collor à interrupção do segundo mandato de Dilma Rousseff (1990 a 2016). Resultados: Como resultado, o trabalho demonstra elevada qualificação do ministro mediano no Brasil democrático, bem como a predominância do perfil que agrega experiências nas arenas política e também técnica. Observam-se também diferenças no padrão de nomeação entre os governos tucanos e petistas. Enquanto os primeiros selecionam mais empresários e especialistas, os governos petistas foram mais politizados e nomearam mais frequentemente empregados, mulheres e negros. Discussão: Em suma, ao agregar na análise dos ministros a perspectiva da trajetória pessoal e a abordagem da composição partidária no contexto do presidencialismo de coalizão, o artigo contribui para qualificar o debate sobre o Executivo e também sobre as diferenças do sistema partidário no Brasil.
{"title":"Estratégias de Nomeações Ministeriais: entre a política e as políticas públicas","authors":"Pedro Palotti, P. Cavalcante","doi":"10.1590/1678987319277001","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1678987319277001","url":null,"abstract":"RESUMO Introdução: Os ministros são atores políticos centrais na elaboração e implementação de políticas públicas, defesa e representação política de grupos sociais e de interesse, aconselhamento e assessoramento dos chefes de governo, além de exercerem autoridade máxima no campo específico sob sua jurisdição para diversas demandas cotidianas. Nesse contexto, a composição dos gabinetes indica a permeabilidade de aspectos políticos e também de elementos técnicos na condução dos problemas a cargo dos ministérios. Assim, quais os perfis dos ministros recrutados pelos governos eleitos da Nova República, sobretudo, em termos de inserção político-partidária e de expertise técnica? Materiais e Métodos: Para responder essa questão, este artigo propõe a utilização do Índice de Politização Ministerial (IPM) a partir de uma base de dados original dos ministros titulares do governo Collor à interrupção do segundo mandato de Dilma Rousseff (1990 a 2016). Resultados: Como resultado, o trabalho demonstra elevada qualificação do ministro mediano no Brasil democrático, bem como a predominância do perfil que agrega experiências nas arenas política e também técnica. Observam-se também diferenças no padrão de nomeação entre os governos tucanos e petistas. Enquanto os primeiros selecionam mais empresários e especialistas, os governos petistas foram mais politizados e nomearam mais frequentemente empregados, mulheres e negros. Discussão: Em suma, ao agregar na análise dos ministros a perspectiva da trajetória pessoal e a abordagem da composição partidária no contexto do presidencialismo de coalizão, o artigo contribui para qualificar o debate sobre o Executivo e também sobre as diferenças do sistema partidário no Brasil.","PeriodicalId":35300,"journal":{"name":"Revista de Sociologia e Politica","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67567789","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-01-01DOI: 10.1590/1678-987319277005
J. Grandinetti
RESUMO Introducción: Este artículo examina la socialización política y el reclutamiento de los militantes juveniles del partido argentino Propuesta Republicana (PRO). Al respecto, se exploran las afinidades entre las experiencias de los militantes en voluntariados solidarios dentro de instituciones católicas de clase media alta y alta de Buenos Aires, y la forma en la que piensan y hacen política en el PRO. Materiales y Métodos: Los hallazgos presentados se basan en un trabajo de campo desarrollado entre 2013 y 2015 en la Ciudad de Buenos Aires, en el que se usaron métodos de recolección de datos cualitativos, tales como entrevistas en profundidad, observaciones en eventos partidarios y análisis de contenido de documentos y páginas web de la organización. Resultados: Se muestra cómo la sociabilidad católica de los militantes de Jóvenes PRO da forma a ciertos modos de acercamiento a la política, al mismo tiempo que configura en la organización juvenil un acervo común de prácticas y marcos interpretativos que dirigentes juveniles y militantes movilizan para la acción política, el reclutamiento y la formación política de los miembros de Jóvenes PRO. Discusión: Tomando el caso de la militancia juvenil del partido de Mauricio Macri, este artículo muestra la importancia del estudio de los medios sociales de las organizaciones partidarias para la comprensión de las prácticas de sus miembros.
{"title":"Sociabilidad católica y práctica política en la organización juvenil del partido Propuesta Republicana (PRO)","authors":"J. Grandinetti","doi":"10.1590/1678-987319277005","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1678-987319277005","url":null,"abstract":"RESUMO Introducción: Este artículo examina la socialización política y el reclutamiento de los militantes juveniles del partido argentino Propuesta Republicana (PRO). Al respecto, se exploran las afinidades entre las experiencias de los militantes en voluntariados solidarios dentro de instituciones católicas de clase media alta y alta de Buenos Aires, y la forma en la que piensan y hacen política en el PRO. Materiales y Métodos: Los hallazgos presentados se basan en un trabajo de campo desarrollado entre 2013 y 2015 en la Ciudad de Buenos Aires, en el que se usaron métodos de recolección de datos cualitativos, tales como entrevistas en profundidad, observaciones en eventos partidarios y análisis de contenido de documentos y páginas web de la organización. Resultados: Se muestra cómo la sociabilidad católica de los militantes de Jóvenes PRO da forma a ciertos modos de acercamiento a la política, al mismo tiempo que configura en la organización juvenil un acervo común de prácticas y marcos interpretativos que dirigentes juveniles y militantes movilizan para la acción política, el reclutamiento y la formación política de los miembros de Jóvenes PRO. Discusión: Tomando el caso de la militancia juvenil del partido de Mauricio Macri, este artículo muestra la importancia del estudio de los medios sociales de las organizaciones partidarias para la comprensión de las prácticas de sus miembros.","PeriodicalId":35300,"journal":{"name":"Revista de Sociologia e Politica","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67568082","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-01-01DOI: 10.1590/1678-987319277206
Rodrigo Dolandeli dos Santos, Vítor Eduardo Veras de Sandes-Freitas
RESUMO Introdução: O artigo busca contribuir com as pesquisas sobre as estratégias políticas dos partidos, analisando o desempenho eleitoral recente do Partido Socialista Brasileiro (PSB). Exploramos hipóteses sobre o que determinou o lançamento de candidatos a prefeito pelo PSB nas eleições municipais de 2000 e de 2012. Materiais e Métodos: A pesquisa foi realizada com base nos dados eleitorais disponibilizados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Através de regressões logísticas multivariadas, testamos as razões de chance de o PSB lançar candidatos, considerando tanto variáveis políticas, quanto socioeconômicas. Em seguida comparamos esses resultados com os mesmos testes aplicados às candidaturas de PT, PSDB e PMDB. Resultados: Constatamos que o crescimento político do PSB é um fenômeno constante e não circunscrito à região Nordeste. Constatamos também que o PSB foi o partido que mais lançou candidaturas próprias nos grandes centros urbanos. Inferimos que a baixa capacidade de o partido protagonizar campanhas nos menores municípios é explicada pela fraca autonomia de suas lideranças locais. Isso decorre da fraca institucionalização da organização partidária, evidenciada pelo predomínio de comissões provisórias ao invés de diretórios partidários estabelecidos. Discussão: Analisamos a dependência do PSB de incentivos advindos da coordenação partidária em nível subnacional enquanto desafio à tendência de crescimento político do PSB nas eleições municipais. Este quadro deixaria o PSB mais suscetível a esse tipo de incentivo em comparação com partidos nacionalmente mais fortes.
{"title":"A relevância das eleições municipais: uma análise da trajetória e da força política do PSB","authors":"Rodrigo Dolandeli dos Santos, Vítor Eduardo Veras de Sandes-Freitas","doi":"10.1590/1678-987319277206","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1678-987319277206","url":null,"abstract":"RESUMO Introdução: O artigo busca contribuir com as pesquisas sobre as estratégias políticas dos partidos, analisando o desempenho eleitoral recente do Partido Socialista Brasileiro (PSB). Exploramos hipóteses sobre o que determinou o lançamento de candidatos a prefeito pelo PSB nas eleições municipais de 2000 e de 2012. Materiais e Métodos: A pesquisa foi realizada com base nos dados eleitorais disponibilizados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Através de regressões logísticas multivariadas, testamos as razões de chance de o PSB lançar candidatos, considerando tanto variáveis políticas, quanto socioeconômicas. Em seguida comparamos esses resultados com os mesmos testes aplicados às candidaturas de PT, PSDB e PMDB. Resultados: Constatamos que o crescimento político do PSB é um fenômeno constante e não circunscrito à região Nordeste. Constatamos também que o PSB foi o partido que mais lançou candidaturas próprias nos grandes centros urbanos. Inferimos que a baixa capacidade de o partido protagonizar campanhas nos menores municípios é explicada pela fraca autonomia de suas lideranças locais. Isso decorre da fraca institucionalização da organização partidária, evidenciada pelo predomínio de comissões provisórias ao invés de diretórios partidários estabelecidos. Discussão: Analisamos a dependência do PSB de incentivos advindos da coordenação partidária em nível subnacional enquanto desafio à tendência de crescimento político do PSB nas eleições municipais. Este quadro deixaria o PSB mais suscetível a esse tipo de incentivo em comparação com partidos nacionalmente mais fortes.","PeriodicalId":35300,"journal":{"name":"Revista de Sociologia e Politica","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67569144","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-01-01DOI: 10.1590/1678987319276904
Leonardo Gill Correia Santos, A. Steiner
Resumo Introdução: Quem ganha mais em política de comércio exterior? Este estudo observa o processo decisório da Câmara de Comércio Exterior (Camex) no âmbito do presidencialismo de coalizão brasileiro. Ministros de Estado com preferências distintas são constrangidos a tomar decisões sobre propostas de políticas de comércio exterior. Nossa hipótese principal estabelece que, quanto maior a distância ideológica entre o partido de um ministro do partido do Presidente, menor será a chance de êxito desse ministro na Camex. Materiais e Métodos: A partir da análise de conteúdo das atas das reuniões do Conselho de Ministros da Camex entre 2001 e 2010, levantamos 292 propostas de defesa comercial e alterações tarifárias submetidas por ministros à Camex. Utilizamos, então, técnicas de regressão logística e de regressão logística para eventos raros (ReLogit) afim de verificar se a distância ideológica importa para a probabilidade de êxito dos ministros. Resultados: Apesar de algumas ressalvas metodológicas, nossos resultados permitem confirmar a hipótese do estudo, com impacto negativo e significativo da distância ideológica sobre o êxito dos ministros. Os modelos de regressão devem considerar oposições pontuais de membros da Camex sobre algumas propostas dos ministros no Conselho. Discussão: Verifica-se, portanto, que a Camex pode ser considerada uma instância de controle institucionalizado do presidente sobre o gabinete, para além dos controles já usualmente exercidos.
{"title":"Processo decisório no Poder Executivo: uma análise da Camex no presidencialismo de coalizão","authors":"Leonardo Gill Correia Santos, A. Steiner","doi":"10.1590/1678987319276904","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1678987319276904","url":null,"abstract":"Resumo Introdução: Quem ganha mais em política de comércio exterior? Este estudo observa o processo decisório da Câmara de Comércio Exterior (Camex) no âmbito do presidencialismo de coalizão brasileiro. Ministros de Estado com preferências distintas são constrangidos a tomar decisões sobre propostas de políticas de comércio exterior. Nossa hipótese principal estabelece que, quanto maior a distância ideológica entre o partido de um ministro do partido do Presidente, menor será a chance de êxito desse ministro na Camex. Materiais e Métodos: A partir da análise de conteúdo das atas das reuniões do Conselho de Ministros da Camex entre 2001 e 2010, levantamos 292 propostas de defesa comercial e alterações tarifárias submetidas por ministros à Camex. Utilizamos, então, técnicas de regressão logística e de regressão logística para eventos raros (ReLogit) afim de verificar se a distância ideológica importa para a probabilidade de êxito dos ministros. Resultados: Apesar de algumas ressalvas metodológicas, nossos resultados permitem confirmar a hipótese do estudo, com impacto negativo e significativo da distância ideológica sobre o êxito dos ministros. Os modelos de regressão devem considerar oposições pontuais de membros da Camex sobre algumas propostas dos ministros no Conselho. Discussão: Verifica-se, portanto, que a Camex pode ser considerada uma instância de controle institucionalizado do presidente sobre o gabinete, para além dos controles já usualmente exercidos.","PeriodicalId":35300,"journal":{"name":"Revista de Sociologia e Politica","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67567545","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-01-01DOI: 10.1590/1678-987319276900
Lucas Massimo, Benhur Gaio, D. Veneral, S. Almeida
Como já foi comunicado aos autores e pareceristas da Revista de Sociologia e Política, em 2019 nosso periódico não recebeu nenhum recurso proveniente do Governo Federal. Essa dotação vinha sendo responsável por cerca de três quartos do nosso orçamento anual e a interrupção dessa receita gerou uma série de consequências para as rotinas do periódico. Apenas na segunda quinzena de setembro desse ano conseguimos firmar uma parceria com um novo patrocinador, o Centro Universitário Internacional Uninter. Os recursos obtidos por meio desse patrocínio tornarão possível publicar todos os artigos previstos para 2019. O objetivo desse editorial é apresentar esse novo patrocinador aos leitores da Revista de Sociologia e Política.
{"title":"Editorial: A parceria entre a Revista de Sociologia e Política e o Centro Universitário Internacional Uninter","authors":"Lucas Massimo, Benhur Gaio, D. Veneral, S. Almeida","doi":"10.1590/1678-987319276900","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1678-987319276900","url":null,"abstract":"Como já foi comunicado aos autores e pareceristas da Revista de Sociologia e Política, em 2019 nosso periódico não recebeu nenhum recurso proveniente do Governo Federal. Essa dotação vinha sendo responsável por cerca de três quartos do nosso orçamento anual e a interrupção dessa receita gerou uma série de consequências para as rotinas do periódico. Apenas na segunda quinzena de setembro desse ano conseguimos firmar uma parceria com um novo patrocinador, o Centro Universitário Internacional Uninter. Os recursos obtidos por meio desse patrocínio tornarão possível publicar todos os artigos previstos para 2019. O objetivo desse editorial é apresentar esse novo patrocinador aos leitores da Revista de Sociologia e Política.","PeriodicalId":35300,"journal":{"name":"Revista de Sociologia e Politica","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67567693","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-01-01DOI: 10.1590/1678-987319276905
T. D. Silva
Resumo Introdução: Este artigo analisa a suposta simplicidade das percepções e imagens que os eleitores usam para basear seus entendimentos e condutas acerca da política institucional, caracterizadas por Fábio Wanderley Reis como a “Síndrome do Flamengo”. Materiais e Métodos: A pesquisa está assentada em análises econométricas e psicométricas de dados coletados nas eleições presidenciais brasileiras – no Datafolha, ESEB e Lapop -, de 1989-2014. Para tanto, verificou-se a validade do arrazoado mediante o exame de uma possível associação entre os posicionamentos políticos e o voto, ao longo dos anos considerados. Resultados: É infundado o postulado que atribui aos brasileiros pouca complexidade nas escolhas eleitorais. A relevância das concepções programáticas, e não meramente materiais e simbólicas, dos cidadãos mostraram-se estatisticamente significativas em todos os anos explorados. Discussão: A convicção segundo a qual eleitores brasileiros padecem de uma enfermidade, a “Síndrome do Flamengo”, alicerçou uma literatura que permaneceu pouco atenta às convicções programáticas dos eleitores. Neste trabalho, demonstro que existe uma correlação clara entre os posicionamentos políticos dos eleitores e o voto, aspecto que contraria o postulado defendido por Reis.
{"title":"Nem tão “Flamengo”: questões de posição e o voto no Brasil","authors":"T. D. Silva","doi":"10.1590/1678-987319276905","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1678-987319276905","url":null,"abstract":"Resumo Introdução: Este artigo analisa a suposta simplicidade das percepções e imagens que os eleitores usam para basear seus entendimentos e condutas acerca da política institucional, caracterizadas por Fábio Wanderley Reis como a “Síndrome do Flamengo”. Materiais e Métodos: A pesquisa está assentada em análises econométricas e psicométricas de dados coletados nas eleições presidenciais brasileiras – no Datafolha, ESEB e Lapop -, de 1989-2014. Para tanto, verificou-se a validade do arrazoado mediante o exame de uma possível associação entre os posicionamentos políticos e o voto, ao longo dos anos considerados. Resultados: É infundado o postulado que atribui aos brasileiros pouca complexidade nas escolhas eleitorais. A relevância das concepções programáticas, e não meramente materiais e simbólicas, dos cidadãos mostraram-se estatisticamente significativas em todos os anos explorados. Discussão: A convicção segundo a qual eleitores brasileiros padecem de uma enfermidade, a “Síndrome do Flamengo”, alicerçou uma literatura que permaneceu pouco atenta às convicções programáticas dos eleitores. Neste trabalho, demonstro que existe uma correlação clara entre os posicionamentos políticos dos eleitores e o voto, aspecto que contraria o postulado defendido por Reis.","PeriodicalId":35300,"journal":{"name":"Revista de Sociologia e Politica","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67567770","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-01-01DOI: 10.1590/1678-987319277106
Mauricio Morales Quiroga, Claudio Lara Peyrin
RESUMEN Introducción: Evaluamos el efecto de la edad de los candidatos sobre las variaciones de la participación electoral según tramo etáreo. Materiales y Métodos: Utilizamos como caso de estudio las e1180009 lecciones legislativas chilenas de 2013. Sobre la base de un modelo de regresión lineal multivariado, medimos el efecto de la edad de los candidatos sobre la participación electoral. Resultados: Concluimos que la presencia de candidatos jóvenes (de 30 años o menos) estimula la participación de electores de 18 a 29 años, siendo irrelevante en electores de 30 a 59 años, y deprimiendo la participación en electores de 60 años y más. Discusión: Sugerimos que dicho efecto no es homogéneo según los niveles de pobreza comunal. La presencia de candidatos jóvenes estimula la participación sólo en comunas con niveles de pobreza iguales o inferiores al promedio.
{"title":"El efecto de la edad de los candidatos sobre la participación electoral. El caso de Chile","authors":"Mauricio Morales Quiroga, Claudio Lara Peyrin","doi":"10.1590/1678-987319277106","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1678-987319277106","url":null,"abstract":"RESUMEN Introducción: Evaluamos el efecto de la edad de los candidatos sobre las variaciones de la participación electoral según tramo etáreo. Materiales y Métodos: Utilizamos como caso de estudio las e1180009 lecciones legislativas chilenas de 2013. Sobre la base de un modelo de regresión lineal multivariado, medimos el efecto de la edad de los candidatos sobre la participación electoral. Resultados: Concluimos que la presencia de candidatos jóvenes (de 30 años o menos) estimula la participación de electores de 18 a 29 años, siendo irrelevante en electores de 30 a 59 años, y deprimiendo la participación en electores de 60 años y más. Discusión: Sugerimos que dicho efecto no es homogéneo según los niveles de pobreza comunal. La presencia de candidatos jóvenes estimula la participación sólo en comunas con niveles de pobreza iguales o inferiores al promedio.","PeriodicalId":35300,"journal":{"name":"Revista de Sociologia e Politica","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67568493","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-01-01DOI: 10.1590/1678-987319277007
M. Baldoni
RESUMEN Introducción: En el marco de las reconfiguraciones que sufrieron el campo político y periodístico en los años noventa en la Argentina, el presente estudio se interroga por el creciente poder que comenzaron a detentar los periodistas en la construcción de consensos sociales y en la configuración de escenarios político-mediáticos. Materiales y Métodos: Para ello, realiza un análisis sociohistórico de un caso de estudio de carácter ejemplar. El trabajo reconstruye la trayectoria profesional del periodista Bernardo Neustadt, quien se convirtió en pionero y vedette del periodismo político televisivo en aquellos años. Asimismo, se concentra en las características singulares del acto político promovido por este actor en 1990, conocido como la “Plaza del Sí”, el cual contribuyó a la legitimación del modelo neoliberal impulsado por el gobierno de turno. En función de estos objetivos, se relevaron fuentes complementarias: archivos de prensa, biografías, libros periodísticos, materiales audiovisuales y entrevistas semiestructuradas realizadas a periodistas e informantes claves. Resultados: El estudio da cuenta de cómo, junto a la creciente gravitación de los medios audiovisuales, la notoriedad mediática se convirtió en una forma de capital simbólico, la cual comenzó a operar en el campo político-periodístico como una forma de prestigio y legitimidad social. La detentación de esta forma de capital posibilitó así que ciertos periodistas se convirtieran en personalidades públicas cuyo poder se fundaba en la masividad de sus audiencias. Discusión: El artículo convoca así a interrogarse sobre los roles desplegados por los periodistas en la arena pública como productores de opinión y sobre las distintas formas en que puede ejercerse el poder mediático, en particular en coyunturas signadas por el descrédito de las instituciones y organizaciones políticas.
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Pub Date : 2019-01-01DOI: 10.1590/1678-987319276903
Graziele Silotto
Resumo Introdução: A literatura descreve sistemas proporcionais de lista aberta como centrados em candidatos. Nesse contexto, o papel dos partidos políticos seria pífio. Este trabalho argumenta que, mesmo com constrangimentos institucionais, há espaço para ação estratégica dos partidos na competição eleitoral. Argumenta-se que partidos formam suas listas de candidatos como uma função do distrito eleitoral, garantindo a diminuição ou ausência da competição intrapartidária no território com a regionalização das listas de candidatos. Materiais e Métodos: A análise inclui listas de candidatos para as eleições federais legislativas entre 2002 e 2014 no distrito de São Paulo (M = 70), exploradas à luz do fluxo socioeconômico de pessoas e informações do estado e o histórico de filiação e carreira desses políticos ao longo do tempo (1994-2014). Resultados: Os resultados evidenciam que candidaturas dificilmente se sobrepõem no interior de um partido/região. Elas são distribuídas em constituencies no interior do distrito, de acordo com o potencial eleitoral de cada região. Discussão: Em diálogo com a geografia eleitoral, os achados sugerem que partidos empreendem estratégias identificáveis na formação de suas listas de candidatos. E, como consequência, conseguem contornar a competição intrapartidária. Em contraste com a literatura, essas evidências não resultam necessariamente de estratégias personalistas, mas da ação partidária para atingir um maior sucesso eleitoral, sugerindo uma alternativa teórica, empiricamente verificada, à clássica abordagem distributivista por meio da qual as dinâmicas em sistemas de lista aberta, sobretudo no Brasil, são geralmente analisadas.
{"title":"A relevância regional nas estratégias partidárias: evidências das listas de candidatos de São Paulo","authors":"Graziele Silotto","doi":"10.1590/1678-987319276903","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1678-987319276903","url":null,"abstract":"Resumo Introdução: A literatura descreve sistemas proporcionais de lista aberta como centrados em candidatos. Nesse contexto, o papel dos partidos políticos seria pífio. Este trabalho argumenta que, mesmo com constrangimentos institucionais, há espaço para ação estratégica dos partidos na competição eleitoral. Argumenta-se que partidos formam suas listas de candidatos como uma função do distrito eleitoral, garantindo a diminuição ou ausência da competição intrapartidária no território com a regionalização das listas de candidatos. Materiais e Métodos: A análise inclui listas de candidatos para as eleições federais legislativas entre 2002 e 2014 no distrito de São Paulo (M = 70), exploradas à luz do fluxo socioeconômico de pessoas e informações do estado e o histórico de filiação e carreira desses políticos ao longo do tempo (1994-2014). Resultados: Os resultados evidenciam que candidaturas dificilmente se sobrepõem no interior de um partido/região. Elas são distribuídas em constituencies no interior do distrito, de acordo com o potencial eleitoral de cada região. Discussão: Em diálogo com a geografia eleitoral, os achados sugerem que partidos empreendem estratégias identificáveis na formação de suas listas de candidatos. E, como consequência, conseguem contornar a competição intrapartidária. Em contraste com a literatura, essas evidências não resultam necessariamente de estratégias personalistas, mas da ação partidária para atingir um maior sucesso eleitoral, sugerindo uma alternativa teórica, empiricamente verificada, à clássica abordagem distributivista por meio da qual as dinâmicas em sistemas de lista aberta, sobretudo no Brasil, são geralmente analisadas.","PeriodicalId":35300,"journal":{"name":"Revista de Sociologia e Politica","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67567428","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}