Pub Date : 2022-11-08DOI: 10.5380/riep.v26i2.87129
R. Monteiro, Gabriela Camargo Nogueira, Tatiana Beckman Dos Reis, T. Monteiro, Bruna Silva do Nascimento
O presente estudo objetivou explorar as relações entre os Cinco Grandes Fatores (CGF), a Tríade Sombria da Personalidade (TSP) e as diferentes dimensões que compõem o ciúme romântico. Participaram deste estudo 283 pessoas, com idades variando entre 18 a 58 anos (Midade = 25,04; DPidade = 7,64; 70,9% mulheres). Estes responderam instrumentos que avaliavam os CGF (Ten-Item Personality Inventory) e a TSP (Dirty Dozen) e as diversas dimensões do ciúme romântico (i.e., cognitivo, emocional e comportamental; Multidimensional Jealousy Scale), assim como questões sociodemográficas e interpessoais. No geral, verificou-se que a base de personalidade do ciúme romântico é formada pela confluência de altos escores em neuroticismo e narcisismo. Tais relações são consistentes, mesmo controlando o efeito de covariáveis (e.g., sexo, satisfação com o relacionamento). Os resultados podem ensejar futuras pesquisas que objetivem traçar um perfil psicológico de pessoas que podem apresentar níveis mais intensos e perigosos do ciúme romântico, possibilitando implementar estratégias interventivas para reduzir tais respostas desadaptativas.
{"title":"Ciúme romântico: Analisando o papel preditor dos Cinco Grandes Fatores e da Tríade Sombria da Personalidade","authors":"R. Monteiro, Gabriela Camargo Nogueira, Tatiana Beckman Dos Reis, T. Monteiro, Bruna Silva do Nascimento","doi":"10.5380/riep.v26i2.87129","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/riep.v26i2.87129","url":null,"abstract":"O presente estudo objetivou explorar as relações entre os Cinco Grandes Fatores (CGF), a Tríade Sombria da Personalidade (TSP) e as diferentes dimensões que compõem o ciúme romântico. Participaram deste estudo 283 pessoas, com idades variando entre 18 a 58 anos (Midade = 25,04; DPidade = 7,64; 70,9% mulheres). Estes responderam instrumentos que avaliavam os CGF (Ten-Item Personality Inventory) e a TSP (Dirty Dozen) e as diversas dimensões do ciúme romântico (i.e., cognitivo, emocional e comportamental; Multidimensional Jealousy Scale), assim como questões sociodemográficas e interpessoais. No geral, verificou-se que a base de personalidade do ciúme romântico é formada pela confluência de altos escores em neuroticismo e narcisismo. Tais relações são consistentes, mesmo controlando o efeito de covariáveis (e.g., sexo, satisfação com o relacionamento). Os resultados podem ensejar futuras pesquisas que objetivem traçar um perfil psicológico de pessoas que podem apresentar níveis mais intensos e perigosos do ciúme romântico, possibilitando implementar estratégias interventivas para reduzir tais respostas desadaptativas.","PeriodicalId":37053,"journal":{"name":"Interacao em Psicologia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-11-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49389399","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-11-08DOI: 10.5380/riep.v26i2.77840
R. Ambiel, G. Martins, Ana Paula Salvador
A adaptabilidade de carreira é um construto psicossocial que se refere aos recursos do indivíduo para lidar com as tarefas de transição de carreira. O objetivo deste estudo foi verificar se há diferenças nos quatro recursos de adaptabilidade de carreira em relação ao sexo, escolaridade, situação laboral e relações de trabalho. A amostra contou com 890 participantes, com idades entre 18 e 67 anos (M = 33,98; DP = 10,49), sendo 66,4% do sexo feminino. Para a coleta de dados foram utilizados um questionário sociodemográfico e a Escala de Adaptabilidade de Carreira. Os resultados sugerem que há diferenças significativas em relação as variáveis abordadas, com exceção do sexo. Pessoas com maior nível de escolaridade, que estejam empregadas e que possuam uma relação de trabalho como trabalhadores liberais, apresentam maiores níveis de adaptabilidade de carreira. Desta forma, este estudo indica que a adaptabilidade de carreira está relacionada positivamente com desfechos da carreira, o que sugere que intervenções capazes de promover adaptabilidade de carreira, poderão estar indiretamente contribuindo para uma maior empregabilidade dos clientes.
{"title":"Diferenças na adaptabilidade de carreira em função da escolaridade e situação laboral","authors":"R. Ambiel, G. Martins, Ana Paula Salvador","doi":"10.5380/riep.v26i2.77840","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/riep.v26i2.77840","url":null,"abstract":"A adaptabilidade de carreira é um construto psicossocial que se refere aos recursos do indivíduo para lidar com as tarefas de transição de carreira. O objetivo deste estudo foi verificar se há diferenças nos quatro recursos de adaptabilidade de carreira em relação ao sexo, escolaridade, situação laboral e relações de trabalho. A amostra contou com 890 participantes, com idades entre 18 e 67 anos (M = 33,98; DP = 10,49), sendo 66,4% do sexo feminino. Para a coleta de dados foram utilizados um questionário sociodemográfico e a Escala de Adaptabilidade de Carreira. Os resultados sugerem que há diferenças significativas em relação as variáveis abordadas, com exceção do sexo. Pessoas com maior nível de escolaridade, que estejam empregadas e que possuam uma relação de trabalho como trabalhadores liberais, apresentam maiores níveis de adaptabilidade de carreira. Desta forma, este estudo indica que a adaptabilidade de carreira está relacionada positivamente com desfechos da carreira, o que sugere que intervenções capazes de promover adaptabilidade de carreira, poderão estar indiretamente contribuindo para uma maior empregabilidade dos clientes.","PeriodicalId":37053,"journal":{"name":"Interacao em Psicologia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-11-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47869087","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-11-08DOI: 10.5380/riep.v26i2.79643
Homero Artur Belloni Silva, Maria Elizabeth Barreto Tavares Dos Reis
A formação em Psicologia implica no aprendizado teórico-metodológico e, também, na realização de estágios em diversos campos de atuação do Psicólogo. O objetivo do presente estudo consistiu em analisar as relações transferenciais aluno-universidade vivenciadas por Psicólogos, egressos de uma universidade pública. O estudo foi efetuado através do método clínico qualitativo e os dados coletados submetidos à análise de conteúdo. Participaram da amostra 11 psicólogos egressos de uma universidade pública do sul do país, formados há no máximo três anos. A coleta de dados ocorreu através de entrevistas semidirigidas, com questões disparadoras. A partir das falas dos egressos foram elaboradas quatro categorias temáticas, as quais foram analisadas a partir de fundamentos teóricos da psicanálise: Universidade ocupando o lugar de mãe; Professores dão ou não dão conta? Do que?; Terceiro ano, fim do começo ou começo do fim; Estágios Como Fase de Transição. Finalmente, foi possível perceber nuances das emoções vivenciadas pelos egressos no processo de amadurecimento, da dependência da universidade rumo à independência como profissionais.
{"title":"Estágio em psicoterapia psicanalítica: relação transferencial aluno-universidade","authors":"Homero Artur Belloni Silva, Maria Elizabeth Barreto Tavares Dos Reis","doi":"10.5380/riep.v26i2.79643","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/riep.v26i2.79643","url":null,"abstract":"A formação em Psicologia implica no aprendizado teórico-metodológico e, também, na realização de estágios em diversos campos de atuação do Psicólogo. O objetivo do presente estudo consistiu em analisar as relações transferenciais aluno-universidade vivenciadas por Psicólogos, egressos de uma universidade pública. O estudo foi efetuado através do método clínico qualitativo e os dados coletados submetidos à análise de conteúdo. Participaram da amostra 11 psicólogos egressos de uma universidade pública do sul do país, formados há no máximo três anos. A coleta de dados ocorreu através de entrevistas semidirigidas, com questões disparadoras. A partir das falas dos egressos foram elaboradas quatro categorias temáticas, as quais foram analisadas a partir de fundamentos teóricos da psicanálise: Universidade ocupando o lugar de mãe; Professores dão ou não dão conta? Do que?; Terceiro ano, fim do começo ou começo do fim; Estágios Como Fase de Transição. Finalmente, foi possível perceber nuances das emoções vivenciadas pelos egressos no processo de amadurecimento, da dependência da universidade rumo à independência como profissionais.","PeriodicalId":37053,"journal":{"name":"Interacao em Psicologia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-11-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"71022813","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-11-08DOI: 10.5380/riep.v26i2.79006
G. D. S. Santos, Noemi Duarte Mascarenhas Santos, Rodrigo Jorge Sales
A Ditadura Militar do Brasil foi instaurada em 1964 e se prolongou até 1985. É considerada um período de repressão, violação de direitos, torturas, mortes e desaparecimentos, deixando um rastro inacabado. O objetivo desta pesquisa foi analisar o processo de luto de familiares que têm seus parentes desaparecidos desde a Ditadura civil-militar. Este trabalho caracteriza-se como um estudo de campo transversal com abordagem qualitativa. Foram entrevistados sete participantes que tiveram seus familiares desaparecidos no período da ditadura civil-militar no Brasil. Os instrumentos de pesquisa foram um questionário sociodemográfico e um roteiro de entrevista semidirigida. Entre os resultados obtidos na pesquisa, pode-se observar que o processo do luto carece de um desfecho, visto que a falta da ritualização e a ausência do corpo inviabilizam sua elaboração. Também foi observado que o sofrimento dos familiares é realçado por práticas discursivas recorrentes que negam a existência e as truculências da ditadura civil-militar brasileira.
{"title":"Processo de luto de familiares de desaparecidos políticos na ditadura militar brasileira","authors":"G. D. S. Santos, Noemi Duarte Mascarenhas Santos, Rodrigo Jorge Sales","doi":"10.5380/riep.v26i2.79006","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/riep.v26i2.79006","url":null,"abstract":"A Ditadura Militar do Brasil foi instaurada em 1964 e se prolongou até 1985. É considerada um período de repressão, violação de direitos, torturas, mortes e desaparecimentos, deixando um rastro inacabado. O objetivo desta pesquisa foi analisar o processo de luto de familiares que têm seus parentes desaparecidos desde a Ditadura civil-militar. Este trabalho caracteriza-se como um estudo de campo transversal com abordagem qualitativa. Foram entrevistados sete participantes que tiveram seus familiares desaparecidos no período da ditadura civil-militar no Brasil. Os instrumentos de pesquisa foram um questionário sociodemográfico e um roteiro de entrevista semidirigida. Entre os resultados obtidos na pesquisa, pode-se observar que o processo do luto carece de um desfecho, visto que a falta da ritualização e a ausência do corpo inviabilizam sua elaboração. Também foi observado que o sofrimento dos familiares é realçado por práticas discursivas recorrentes que negam a existência e as truculências da ditadura civil-militar brasileira.","PeriodicalId":37053,"journal":{"name":"Interacao em Psicologia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-11-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"71022158","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-11-08DOI: 10.5380/riep.v26i2.76968
M. Viana, Luciana Maria Caetano
No período de 2007 a 2018 houve um crescimento substancial da educação em tempo integral no Brasil, além do aumento das publicações acadêmicas e da presença crescente da temática no cenário político nacional. Neste panorama foi realizada uma revisão integrativa de literatura com o objetivo de investigar e analisar criticamente as principais ideias encontradas nas publicações periódicas brasileiras sobre a educação em tempo integral, estabelecendo um diálogo com autores selecionados do campo da psicologia do desenvolvimento. Verificou-se que a escola integral é, em geral, avaliada positivamente de acordo com os seguintes aspectos: proteção da criança para possibilitar que os pais possam trabalhar, promoção de melhor relacionamento entre professores e alunos, oportunidade de socialização para as crianças e o aprendizado de conteúdos extracurriculares. Entretanto, constatou-se que esta modalidade de educação pode exercer um efeito de cerceamento de tempo e espaço, fazendo com que a criança permaneça excessivamente institucionalizada, passando a maior parte do tempo envolvida em atividades programadas e supervisionadas, gerando estresse e prejudicando outras possibilidades de inserção social. Tais questões sugerem implicações importantes para o desenvolvimento e o bem-estar das crianças, abrindo um campo para pesquisas, reflexões e intervenções.
{"title":"Educação em tempo integral: uma revisão crítica com base na psicologia do desenvolvimento","authors":"M. Viana, Luciana Maria Caetano","doi":"10.5380/riep.v26i2.76968","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/riep.v26i2.76968","url":null,"abstract":"No período de 2007 a 2018 houve um crescimento substancial da educação em tempo integral no Brasil, além do aumento das publicações acadêmicas e da presença crescente da temática no cenário político nacional. Neste panorama foi realizada uma revisão integrativa de literatura com o objetivo de investigar e analisar criticamente as principais ideias encontradas nas publicações periódicas brasileiras sobre a educação em tempo integral, estabelecendo um diálogo com autores selecionados do campo da psicologia do desenvolvimento. Verificou-se que a escola integral é, em geral, avaliada positivamente de acordo com os seguintes aspectos: proteção da criança para possibilitar que os pais possam trabalhar, promoção de melhor relacionamento entre professores e alunos, oportunidade de socialização para as crianças e o aprendizado de conteúdos extracurriculares. Entretanto, constatou-se que esta modalidade de educação pode exercer um efeito de cerceamento de tempo e espaço, fazendo com que a criança permaneça excessivamente institucionalizada, passando a maior parte do tempo envolvida em atividades programadas e supervisionadas, gerando estresse e prejudicando outras possibilidades de inserção social. Tais questões sugerem implicações importantes para o desenvolvimento e o bem-estar das crianças, abrindo um campo para pesquisas, reflexões e intervenções.","PeriodicalId":37053,"journal":{"name":"Interacao em Psicologia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-11-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"71022549","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-06-09DOI: 10.5380/riep.v26i1.69396
Elizama Leal De Melo Lima, Thaís Augusta Cunha de Oliveira Máximo
Este artigo tem como objetivo analisar o trabalho real de profissionais que atuam em uma emergência psiquiátrica. Para tanto, realiza-se, inicialmente, um apanhado histórico contextualizando a Reforma Psiquiátrica Brasileira até o contexto atual. A perspectiva teórica adotada no estudo diz respeito à Psicodinâmica do Trabalho (PDT), pois esta possibilita a compreensão do trabalho enquanto dimensão central para os sujeitos, que por meio de processos de subjetivação, tais como do reconhecimento, de construção de estratégias de defesa, de vivências de prazer e de sofrimento no e pelo trabalho, é passível de implicar em adoecimento e ter reflexo na saúde destes. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de cunho descritivo e exploratório, realizada com 13 profissionais atuantes na emergência. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas individuais gravadas, guiadas por um roteiro semiestruturado. Os resultados encontrados apontam que uma parte dos profissionais não tinha a atuação na saúde mental como perspectiva de carreira. A segunda categoria encontrada foi das condições de trabalho e das lacunas identificadas no serviço, que refletem diretamente nas práticas profissionais. Os resultados apontam, ainda, que a atividade de trabalho desses profissionais é complexa e repleta de imprevisibilidades.
{"title":"Análise do trabalho real em uma emergência psiquiátrica","authors":"Elizama Leal De Melo Lima, Thaís Augusta Cunha de Oliveira Máximo","doi":"10.5380/riep.v26i1.69396","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/riep.v26i1.69396","url":null,"abstract":"Este artigo tem como objetivo analisar o trabalho real de profissionais que atuam em uma emergência psiquiátrica. Para tanto, realiza-se, inicialmente, um apanhado histórico contextualizando a Reforma Psiquiátrica Brasileira até o contexto atual. A perspectiva teórica adotada no estudo diz respeito à Psicodinâmica do Trabalho (PDT), pois esta possibilita a compreensão do trabalho enquanto dimensão central para os sujeitos, que por meio de processos de subjetivação, tais como do reconhecimento, de construção de estratégias de defesa, de vivências de prazer e de sofrimento no e pelo trabalho, é passível de implicar em adoecimento e ter reflexo na saúde destes. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de cunho descritivo e exploratório, realizada com 13 profissionais atuantes na emergência. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas individuais gravadas, guiadas por um roteiro semiestruturado. Os resultados encontrados apontam que uma parte dos profissionais não tinha a atuação na saúde mental como perspectiva de carreira. A segunda categoria encontrada foi das condições de trabalho e das lacunas identificadas no serviço, que refletem diretamente nas práticas profissionais. Os resultados apontam, ainda, que a atividade de trabalho desses profissionais é complexa e repleta de imprevisibilidades.","PeriodicalId":37053,"journal":{"name":"Interacao em Psicologia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-09","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"71022114","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-06-09DOI: 10.5380/riep.v26i1.66809
I. Silva, R. F. Pegoraro
Grupo focal é uma técnica de construção de dados em pesquisas qualitativas com destaque no campo da Saúde. Por ser a Política de Assistência Social, aliada à Saúde e à Previdência, um dos pilares da Seguridade Social, este artigo se propôs a investigar como tem sido o uso de tal técnica no contexto do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Realizou-se uma revisão integrativa de literatura (2008-2018) nas bases de dados on-line SciELO, PePsic e LILACS, localizando-se 565 artigos e sendo selecionados 12 para análise. Constatou-se que as publicações ocorreram principalmente em periódicos de saúde coletiva e que não houve consenso sobre o número ideal de encontros. A técnica de grupo focal tem sido aplicada segundo orientações da literatura, como principal ou complementar a outras, na perspectiva qualitativa de pesquisa. Apesar disso, na maior parte dos artigos revisados não há menção de definição do termo “grupo focal”, sendo este apresentado sem autores de referência. As vantagens e limites sobre o uso deste procedimento de construção de dados também não são pontuadas pela maioria dos estudos, ganhando enfoque os resultados obtidos em detrimento do percurso metodológico das pesquisas.
{"title":"Revisão de Literatura Sobre Grupos Focais no Contexto da Assistência Social","authors":"I. Silva, R. F. Pegoraro","doi":"10.5380/riep.v26i1.66809","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/riep.v26i1.66809","url":null,"abstract":"Grupo focal é uma técnica de construção de dados em pesquisas qualitativas com destaque no campo da Saúde. Por ser a Política de Assistência Social, aliada à Saúde e à Previdência, um dos pilares da Seguridade Social, este artigo se propôs a investigar como tem sido o uso de tal técnica no contexto do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Realizou-se uma revisão integrativa de literatura (2008-2018) nas bases de dados on-line SciELO, PePsic e LILACS, localizando-se 565 artigos e sendo selecionados 12 para análise. Constatou-se que as publicações ocorreram principalmente em periódicos de saúde coletiva e que não houve consenso sobre o número ideal de encontros. A técnica de grupo focal tem sido aplicada segundo orientações da literatura, como principal ou complementar a outras, na perspectiva qualitativa de pesquisa. Apesar disso, na maior parte dos artigos revisados não há menção de definição do termo “grupo focal”, sendo este apresentado sem autores de referência. As vantagens e limites sobre o uso deste procedimento de construção de dados também não são pontuadas pela maioria dos estudos, ganhando enfoque os resultados obtidos em detrimento do percurso metodológico das pesquisas.","PeriodicalId":37053,"journal":{"name":"Interacao em Psicologia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-09","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"71022045","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-06-09DOI: 10.5380/riep.v26i1.72054
Gabriel dos Reis Rodrigues, A. Marasca, D. Yates, D. Bandeira
A Avaliação Psicológica (AP) no contexto clínico, chamada psicodiagnóstico, possui a finalidade de auxiliar na tomada de decisão clínica do avaliado. A entrevista de devolução compõe o seu momento final, quando são dadas as indicações terapêuticas específicas do caso. Apesar da procura e do início dessas indicações constituírem o objetivo da AP, até o momento, nenhum estudo nacional abordou diretamente o que acontece após o psicodiagnóstico. Este é um estudo longitudinal quantitativo que buscou delinear os seguimentos das indicações e identificar possíveis associações entre a taxa de procura das indicações com dados clínicos e sociodemográficos. Setenta e cinco famílias provenientes de um serviço-escola em AP passaram por uma entrevista de follow-up conduzida a partir de três meses da entrevista de devolução. Análises de frequência, correlação e comparação entre grupos foram realizadas. Taxa de procura correlacionou-se negativa e moderadamente com quantidade de indicações (rs = -0,282, p < 0,02), sendo maior no grupo de pacientes que faziam uso contínuo de medicação psiquiátrica do que os que não faziam (U = 904,50, z = 2,51, p = 0,01). Discute-se a variabilidade da taxa de procura/início de acordo com as indicações terapêuticas. O modelo Barreiras ao Tratamento é abordado e foram feitas sugestões práticas que podem ser implementadas durante o processo psicodiagnóstico ou durante a entrevista de devolução.
临床背景下的心理评估(pa),称为心理诊断,旨在帮助被评估者的临床决策。返回面谈构成了它的最后时刻,当给出具体的治疗指征的病例。尽管这些迹象的搜索和开始构成了pa的目标,到目前为止,还没有全国性的研究直接解决心理诊断后发生的事情。这是一项纵向定量研究,旨在概述适应症随访,并确定适应症需求率与临床和社会人口学数据之间可能的关联。75个来自AP学校服务的家庭在返回访谈三个月后接受了随访访谈。进行频率分析、组间相关性和比较。寻求率与指征数量呈负且中度相关(rs = - 0.282, p < 0.02),持续使用精神药物的患者高于未使用精神药物的患者(U = 904.50, z = 2.51, p = 0.01)。根据治疗指征讨论了寻求/开始率的可变性。讨论了治疗障碍模型,并提出了可在心理诊断过程或康复面谈中实施的实用建议。
{"title":"Follow-up em avaliação psicológica em uma amostra de serviço-escola","authors":"Gabriel dos Reis Rodrigues, A. Marasca, D. Yates, D. Bandeira","doi":"10.5380/riep.v26i1.72054","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/riep.v26i1.72054","url":null,"abstract":"A Avaliação Psicológica (AP) no contexto clínico, chamada psicodiagnóstico, possui a finalidade de auxiliar na tomada de decisão clínica do avaliado. A entrevista de devolução compõe o seu momento final, quando são dadas as indicações terapêuticas específicas do caso. Apesar da procura e do início dessas indicações constituírem o objetivo da AP, até o momento, nenhum estudo nacional abordou diretamente o que acontece após o psicodiagnóstico. Este é um estudo longitudinal quantitativo que buscou delinear os seguimentos das indicações e identificar possíveis associações entre a taxa de procura das indicações com dados clínicos e sociodemográficos. Setenta e cinco famílias provenientes de um serviço-escola em AP passaram por uma entrevista de follow-up conduzida a partir de três meses da entrevista de devolução. Análises de frequência, correlação e comparação entre grupos foram realizadas. Taxa de procura correlacionou-se negativa e moderadamente com quantidade de indicações (rs = -0,282, p < 0,02), sendo maior no grupo de pacientes que faziam uso contínuo de medicação psiquiátrica do que os que não faziam (U = 904,50, z = 2,51, p = 0,01). Discute-se a variabilidade da taxa de procura/início de acordo com as indicações terapêuticas. O modelo Barreiras ao Tratamento é abordado e foram feitas sugestões práticas que podem ser implementadas durante o processo psicodiagnóstico ou durante a entrevista de devolução.","PeriodicalId":37053,"journal":{"name":"Interacao em Psicologia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-09","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"71022200","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-06-09DOI: 10.5380/riep.v26i1.78282
Tainara Oliveira Andreeti, A. Roso, Catiele Dos Santos, Diogo Faria Corrêa da Costa
Este relato de pesquisa visa descrever a implementação e a consolidação de um “Grupo Condutor” promovido por uma Coordenadoria Regional de Saúde do Rio Grande do Sul, Brasil, baseado nos preceitos da teoria e da técnica de Grupos Operativos. A pesquisa foi realizada durante os anos de 2016 a 2018, junto a profissionais de diversos serviços de saúde da Rede de Atenção Psicossocial, localizados em 32 municípios. Para a construção das informações junto ao grupo, adotou-se a análise documental, observação participante e uso de diário de campo. Evidenciou-se desafios rumo à realização da tarefa grupal, principalmente devido às mudanças de coordenação, à carência de incentivo à participação no grupo por parte de gestores municipais e aos retrocessos e dificuldades no campo sociopolítico. Conclui-se que o Grupo Condutor se apresenta como uma ferramenta potencial no campo da saúde, no que tange ao incentivo à Educação Permanente e às práticas de cuidado humanizadas e integralizadas. Todavia, vislumbra-se a necessidade de sensibilização e qualificação, teórica e técnica, dos coordenadores da saúde mental e trabalhadores da saúde para potencializar o Grupo Condutor como uma ferramenta de trabalho na Rede de Atenção Psicossocial.
{"title":"Grupos em Saúde Mental: relato de experiência profissional em um “Grupo Condutor”","authors":"Tainara Oliveira Andreeti, A. Roso, Catiele Dos Santos, Diogo Faria Corrêa da Costa","doi":"10.5380/riep.v26i1.78282","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/riep.v26i1.78282","url":null,"abstract":"Este relato de pesquisa visa descrever a implementação e a consolidação de um “Grupo Condutor” promovido por uma Coordenadoria Regional de Saúde do Rio Grande do Sul, Brasil, baseado nos preceitos da teoria e da técnica de Grupos Operativos. A pesquisa foi realizada durante os anos de 2016 a 2018, junto a profissionais de diversos serviços de saúde da Rede de Atenção Psicossocial, localizados em 32 municípios. Para a construção das informações junto ao grupo, adotou-se a análise documental, observação participante e uso de diário de campo. Evidenciou-se desafios rumo à realização da tarefa grupal, principalmente devido às mudanças de coordenação, à carência de incentivo à participação no grupo por parte de gestores municipais e aos retrocessos e dificuldades no campo sociopolítico. Conclui-se que o Grupo Condutor se apresenta como uma ferramenta potencial no campo da saúde, no que tange ao incentivo à Educação Permanente e às práticas de cuidado humanizadas e integralizadas. Todavia, vislumbra-se a necessidade de sensibilização e qualificação, teórica e técnica, dos coordenadores da saúde mental e trabalhadores da saúde para potencializar o Grupo Condutor como uma ferramenta de trabalho na Rede de Atenção Psicossocial.","PeriodicalId":37053,"journal":{"name":"Interacao em Psicologia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-09","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"71022059","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-06-09DOI: 10.5380/riep.v26i1.77413
Amanda Biasotto, S. Mansano
Partindo da concepção de morte enquanto dimensão essencial da existência e considerando que os modos de concebê-la revelam alguns componentes de subjetivação que circulam em cada momento histórico, a presente pesquisa qualitativa analisou as maneiras como produções musicais brasileiras fazem alusão à morte, evidenciando impactos que ela gera nas subjetividades. Como resultado, foi possível reafirmar a importância da Arte como campo possível para superar o interdito posto sobre a morte, assim como para elaboração dos afetos dela emergentes. Verificou-se a contribuição da noção de sustentabilidade afetiva na interface com as produções artísticas musicais para superação da negação da morte e para a experimentação de outros modos afetivamente sustentáveis de conviver com esse acontecimento. Concluiu-se que a dificuldade de abordar a morte é um desafio enfrentado pela Arte e pela Psicologia Social que pode ser superado à medida que ambas admitem seu caráter inevitável e potente para invenção de novas vidas.
{"title":"Alusão à morte em produções musicais: uma análise a partir da sustentabilidade afetiva","authors":"Amanda Biasotto, S. Mansano","doi":"10.5380/riep.v26i1.77413","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/riep.v26i1.77413","url":null,"abstract":"Partindo da concepção de morte enquanto dimensão essencial da existência e considerando que os modos de concebê-la revelam alguns componentes de subjetivação que circulam em cada momento histórico, a presente pesquisa qualitativa analisou as maneiras como produções musicais brasileiras fazem alusão à morte, evidenciando impactos que ela gera nas subjetividades. Como resultado, foi possível reafirmar a importância da Arte como campo possível para superar o interdito posto sobre a morte, assim como para elaboração dos afetos dela emergentes. Verificou-se a contribuição da noção de sustentabilidade afetiva na interface com as produções artísticas musicais para superação da negação da morte e para a experimentação de outros modos afetivamente sustentáveis de conviver com esse acontecimento. Concluiu-se que a dificuldade de abordar a morte é um desafio enfrentado pela Arte e pela Psicologia Social que pode ser superado à medida que ambas admitem seu caráter inevitável e potente para invenção de novas vidas.","PeriodicalId":37053,"journal":{"name":"Interacao em Psicologia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-09","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"71022440","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}