Pub Date : 2022-08-25DOI: 10.36311/2237-7743.2022.v11n2.p236-253
Jayme Benvenuto Lima Junior
Este artigo relaciona o ataque de católicos ao filme A Última Tentação de Cristo, do diretor norte-americano Martin Scorcese, em 1988, no Chile e em outras partes do mundo, à tradicional doutrina católica construída ao longo da sua história. A referida doutrina é marcada por encontros de cúpula, exortações e encíclicas papais. Os encontros de cúpulas e os documentos mencionados fazem a defesa veemente do suposto legado deixado por Jesus Cristo, o qual se choca com a construção Iluminista. Os argumentos da Corte Inter-americana de Direitos Humanos, em sentença pronunciada em 2001, sustentam a defesa da liberdade de expressão no plano do Direito Internacional dos Direitos Humanos. O artigo faz um balanço do significado da sentença passados mais de trinta anos do caso e vinte da sentença. Avança em considerações sobre os princípios orientadores para o alcance do direito à liberdade de expressão numa sociedade comprometida com valores democráticos.
这篇文章将天主教徒对美国导演马丁·斯科塞斯1988年的电影《基督的最后诱惑》的攻击,在智利和世界其他地方,与建立在其历史上的传统天主教教义联系起来。这一学说的特点是首脑会议、劝诫和教皇通谕。首脑会议和上述文件为假定的耶稣基督留下的遗产进行了激烈的辩护,这与启蒙运动的建设相冲突。美洲人权法院(Inter-american court of human rights)在2001年的判决中提出的论点,支持根据国际人权法捍卫言论自由。本文回顾了该判决30多年后和判决20年后的意义。它进一步考虑了在一个致力于民主价值的社会中实现言论自由权利的指导原则。
{"title":"A última tentação de Cristo","authors":"Jayme Benvenuto Lima Junior","doi":"10.36311/2237-7743.2022.v11n2.p236-253","DOIUrl":"https://doi.org/10.36311/2237-7743.2022.v11n2.p236-253","url":null,"abstract":"Este artigo relaciona o ataque de católicos ao filme A Última Tentação de Cristo, do diretor norte-americano Martin Scorcese, em 1988, no Chile e em outras partes do mundo, à tradicional doutrina católica construída ao longo da sua história. A referida doutrina é marcada por encontros de cúpula, exortações e encíclicas papais. Os encontros de cúpulas e os documentos mencionados fazem a defesa veemente do suposto legado deixado por Jesus Cristo, o qual se choca com a construção Iluminista. Os argumentos da Corte Inter-americana de Direitos Humanos, em sentença pronunciada em 2001, sustentam a defesa da liberdade de expressão no plano do Direito Internacional dos Direitos Humanos. O artigo faz um balanço do significado da sentença passados mais de trinta anos do caso e vinte da sentença. Avança em considerações sobre os princípios orientadores para o alcance do direito à liberdade de expressão numa sociedade comprometida com valores democráticos.","PeriodicalId":37936,"journal":{"name":"Austral: Brazilian Journal of Strategy and International Relations","volume":"201 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"86836876","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-08-25DOI: 10.36311/2237-7743.2022.v11n2.p254-281
William Adrian Clavijo Vitto, Fernanda Delgado de Jesus, João Victor Marques Cardoso
O presente trabalho analisa as especificidades políticas e econômicas que influenciaram o colapso do Petro-Estado venezuelano durante os governos de Nicolás Maduro na Venezuela. Para isso, a pesquisa analisou os principais indicadores econômicos e sociais, com ênfase naqueles relacionados com a indústria do petróleo, e a evolução do processo político do país durante os últimos anos. Entre os resultados, o trabalho identificou que as causas da deterioração dos indicadores socioeconômicos estiveram relacionadas ao colapso da produção petrolífera e dos erros de política econômica desde a era Chávez, e que se acelerou com as sanções econômicas impostas ao país em 2017 e 2019. Contudo, apesar da instabilidade gerada pelo colapso econômico, variáveis internas e externas, como a aceleração do processo de “autocratização” e o apoio de aliados internacionais, permitiram a Nicolás Maduro a manutenção do poder político da Venezuela, em detrimento do respeito à institucionalidade democrática do país.
{"title":"O colapso do Petro-Estado Venezuelano","authors":"William Adrian Clavijo Vitto, Fernanda Delgado de Jesus, João Victor Marques Cardoso","doi":"10.36311/2237-7743.2022.v11n2.p254-281","DOIUrl":"https://doi.org/10.36311/2237-7743.2022.v11n2.p254-281","url":null,"abstract":"O presente trabalho analisa as especificidades políticas e econômicas que influenciaram o colapso do Petro-Estado venezuelano durante os governos de Nicolás Maduro na Venezuela. Para isso, a pesquisa analisou os principais indicadores econômicos e sociais, com ênfase naqueles relacionados com a indústria do petróleo, e a evolução do processo político do país durante os últimos anos. Entre os resultados, o trabalho identificou que as causas da deterioração dos indicadores socioeconômicos estiveram relacionadas ao colapso da produção petrolífera e dos erros de política econômica desde a era Chávez, e que se acelerou com as sanções econômicas impostas ao país em 2017 e 2019. Contudo, apesar da instabilidade gerada pelo colapso econômico, variáveis internas e externas, como a aceleração do processo de “autocratização” e o apoio de aliados internacionais, permitiram a Nicolás Maduro a manutenção do poder político da Venezuela, em detrimento do respeito à institucionalidade democrática do país.","PeriodicalId":37936,"journal":{"name":"Austral: Brazilian Journal of Strategy and International Relations","volume":"7 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"91024193","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-08-25DOI: 10.36311/2237-7743.2022.v11n2.p190-218
A. Santa Cruz
Economic statecraft rested at the core of the Trump administration’s foreign relations; it weaponized it and securitized it¾a departure from longstanding US practice. This article looks at the ups and downs of US hegemony in the last five decades, focusing on the US use of economic statecraft as a political power resource, with special reference to the case of Latin America. It is divided into four sections: the first focuses on economic statecraft as an academic field, making the case for what I call “thick” economic statecraft; the second reviews the political and power dimensions of US economic statecraft, whereas the third deals with the evolution, since the 1970s, of the paradigmatic instance of US economic statecraft: trade policy (broadly defined) in three distinct phases 1971-1989, 1990-2000, and 2001-2016. Finally, I summarize the argument and make some considerations about the implications Trump’s presidency might have for the Biden administration’s attempts to reinvigorate US hegemony.
{"title":"US Hegemony, Economic Statecraft, and the Political Economy of US Power","authors":"A. Santa Cruz","doi":"10.36311/2237-7743.2022.v11n2.p190-218","DOIUrl":"https://doi.org/10.36311/2237-7743.2022.v11n2.p190-218","url":null,"abstract":"Economic statecraft rested at the core of the Trump administration’s foreign relations; it weaponized it and securitized it¾a departure from longstanding US practice. This article looks at the ups and downs of US hegemony in the last five decades, focusing on the US use of economic statecraft as a political power resource, with special reference to the case of Latin America. It is divided into four sections: the first focuses on economic statecraft as an academic field, making the case for what I call “thick” economic statecraft; the second reviews the political and power dimensions of US economic statecraft, whereas the third deals with the evolution, since the 1970s, of the paradigmatic instance of US economic statecraft: trade policy (broadly defined) in three distinct phases 1971-1989, 1990-2000, and 2001-2016. Finally, I summarize the argument and make some considerations about the implications Trump’s presidency might have for the Biden administration’s attempts to reinvigorate US hegemony.","PeriodicalId":37936,"journal":{"name":"Austral: Brazilian Journal of Strategy and International Relations","volume":"18 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"90830135","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-08-25DOI: 10.36311/2237-7743.2022.v11n2.p357-378
Leonardo Neiva
China has established a string of synthetic islands in the belt of the South China Sea. Then it militarized those islands and began claiming possession of the entire region. Under the body of Carl Schmitt’s theories at the Nomos of the earth and the relation of political enmity, this work aims to explain the consequences of this issue for the international legal order. To this purpose, we clarify the idea of Nomos of the earth and stress its relevance for the development of International Law. Then, we describe the international legal system on the Nations of the Sea, namely The United Nations Convention on the Law of the Sea (UNCLOS). We also exhibit the strategic value of the South China Sea and the current framing of those problems inside present day international law. However, we argue that the mere deployment of law enforcement cannot settle the situation. For the only country which could effectively challenge the new South China Sea Nation, given the volume of the Chinese financial and navy power, is the USA. Hence, this work explains how the relationship among the two powers, i.e., on the one hand, the democratic capitalist United States of America and, on the other hand, the dictatorial communist China, grew to what Carl Schmitt describes as a relation of enmity. An enmity stems from the ultimate existential conflict among groups, that could in the end lead to war. It is, then, from the conflict between the US and China that will emerge a new Nomos of the earth as well as a new law regulating the possession of the South China Sea.
{"title":"Carl Schmitt and The Taking of the South China Sea","authors":"Leonardo Neiva","doi":"10.36311/2237-7743.2022.v11n2.p357-378","DOIUrl":"https://doi.org/10.36311/2237-7743.2022.v11n2.p357-378","url":null,"abstract":"China has established a string of synthetic islands in the belt of the South China Sea. Then it militarized those islands and began claiming possession of the entire region. Under the body of Carl Schmitt’s theories at the Nomos of the earth and the relation of political enmity, this work aims to explain the consequences of this issue for the international legal order. To this purpose, we clarify the idea of Nomos of the earth and stress its relevance for the development of International Law. Then, we describe the international legal system on the Nations of the Sea, namely The United Nations Convention on the Law of the Sea (UNCLOS). We also exhibit the strategic value of the South China Sea and the current framing of those problems inside present day international law. However, we argue that the mere deployment of law enforcement cannot settle the situation. For the only country which could effectively challenge the new South China Sea Nation, given the volume of the Chinese financial and navy power, is the USA. Hence, this work explains how the relationship among the two powers, i.e., on the one hand, the democratic capitalist United States of America and, on the other hand, the dictatorial communist China, grew to what Carl Schmitt describes as a relation of enmity. An enmity stems from the ultimate existential conflict among groups, that could in the end lead to war. It is, then, from the conflict between the US and China that will emerge a new Nomos of the earth as well as a new law regulating the possession of the South China Sea.","PeriodicalId":37936,"journal":{"name":"Austral: Brazilian Journal of Strategy and International Relations","volume":"19 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"90301071","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-04-29DOI: 10.36311/2237-7743.2022.v11n1.p65-87
F. Moreira, Lorena Salgado Pedrosa
A União Africana (UA) criou uma Arquitetura de Paz e Segurança Africana (APSA) para atuar na manutenção da paz e segurança do continente. A presente contribuição tem como objetivo descrever e analisar a atuação da União Africana na estabilidade da África através do instrumento da APSA, partindo de uma pesquisa qualitativa, através da análise historiográfica de instrumentos políticos e jurídicos, e estudos de caso das missões de paz da UA de 2003 a 2015. Concluiu-se que a Organização atua nas regiões de disputas, mas muitas vezes precisa da ajuda da ONU ou de financiamento internacional, por não possuir recursos suficientes para o sucesso das operações. A Organização dedica-se à solução dos conflitos regionais africanos, apesar de alguns pilares da Arquitetura de Paz e Segurança ainda estarem em processo de solidificação.
{"title":"A atuação da União Africana na estabilidade da África","authors":"F. Moreira, Lorena Salgado Pedrosa","doi":"10.36311/2237-7743.2022.v11n1.p65-87","DOIUrl":"https://doi.org/10.36311/2237-7743.2022.v11n1.p65-87","url":null,"abstract":"A União Africana (UA) criou uma Arquitetura de Paz e Segurança Africana (APSA) para atuar na manutenção da paz e segurança do continente. A presente contribuição tem como objetivo descrever e analisar a atuação da União Africana na estabilidade da África através do instrumento da APSA, partindo de uma pesquisa qualitativa, através da análise historiográfica de instrumentos políticos e jurídicos, e estudos de caso das missões de paz da UA de 2003 a 2015. Concluiu-se que a Organização atua nas regiões de disputas, mas muitas vezes precisa da ajuda da ONU ou de financiamento internacional, por não possuir recursos suficientes para o sucesso das operações. A Organização dedica-se à solução dos conflitos regionais africanos, apesar de alguns pilares da Arquitetura de Paz e Segurança ainda estarem em processo de solidificação.","PeriodicalId":37936,"journal":{"name":"Austral: Brazilian Journal of Strategy and International Relations","volume":"44 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"87882155","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-04-29DOI: 10.36311/2237-7743.2022.v11n1.p88-117
Eliane Superti, Amanda Pereira Arrigo, Romberg de Sá Gondim, Raquel Gonçalves Dantas
Os estudos sobre difusão internacional de políticas públicas ganharam relevância na literatura internacional especializada desde os anos 1990. Dentre outros motivos, pelo potencial de permitir o reconhecimento dos contornos reais da influência das relações internacionais na produção das políticas locais. Contudo, o debate ainda é incipiente no Brasil. Principalmente quando ajustamos o foco sobre entes subnacionais em regiões periféricas. Este artigo é uma contribuição para o aprofundamento deste debate, com a intenção de apoiar o ajuste de foco. Ele teve por objetivo apresentar os resultados alcançados em um esforço de pesquisa realizado a partir da integração com a extensão e o ensino. A integração se deu por meio do curso de extensão/capacitação em Políticas Públicas e Difusão Internacional, apresentado no artigo, do qual resultou o desenho de investigação e execução do mapeamento das políticas públicas internacionalizadas dos estados do nordeste brasileiro e o diagnóstico do campo na pesquisa brasileira com destaque para a inserção da região. O levantamento do estado da arte das pesquisas sobre difusão, confirmou a incipiência, já identificada por outros autores, e permitiu reconhecer a inserção do Nordeste tanto como objeto quanto como produtor das análises. Com o mapeamento foram identificadas experiências de importação e, também, de exportação de políticas públicas lideradas por diferentes estados nordestinos, sinalizando a participação regional no cenário internacional de difusão de políticas públicas.
{"title":"Do Internacional ao Subnacional","authors":"Eliane Superti, Amanda Pereira Arrigo, Romberg de Sá Gondim, Raquel Gonçalves Dantas","doi":"10.36311/2237-7743.2022.v11n1.p88-117","DOIUrl":"https://doi.org/10.36311/2237-7743.2022.v11n1.p88-117","url":null,"abstract":"Os estudos sobre difusão internacional de políticas públicas ganharam relevância na literatura internacional especializada desde os anos 1990. Dentre outros motivos, pelo potencial de permitir o reconhecimento dos contornos reais da influência das relações internacionais na produção das políticas locais. Contudo, o debate ainda é incipiente no Brasil. Principalmente quando ajustamos o foco sobre entes subnacionais em regiões periféricas. Este artigo é uma contribuição para o aprofundamento deste debate, com a intenção de apoiar o ajuste de foco. Ele teve por objetivo apresentar os resultados alcançados em um esforço de pesquisa realizado a partir da integração com a extensão e o ensino. A integração se deu por meio do curso de extensão/capacitação em Políticas Públicas e Difusão Internacional, apresentado no artigo, do qual resultou o desenho de investigação e execução do mapeamento das políticas públicas internacionalizadas dos estados do nordeste brasileiro e o diagnóstico do campo na pesquisa brasileira com destaque para a inserção da região. O levantamento do estado da arte das pesquisas sobre difusão, confirmou a incipiência, já identificada por outros autores, e permitiu reconhecer a inserção do Nordeste tanto como objeto quanto como produtor das análises. Com o mapeamento foram identificadas experiências de importação e, também, de exportação de políticas públicas lideradas por diferentes estados nordestinos, sinalizando a participação regional no cenário internacional de difusão de políticas públicas.","PeriodicalId":37936,"journal":{"name":"Austral: Brazilian Journal of Strategy and International Relations","volume":"26 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"89367157","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-04-29DOI: 10.36311/2237-7743.2022.v11n1.p166-185
Margarita Maria Lara Neves
O deslocamento de povos indígenas ancestrais tem sido uma prática constante de parte das empresas transnacionais instaladas em enclaves mineradores que operam no continente latino-americano. Esta situação vem ocasionando uma descontinuidade do bem viver dessas comunidades, sua relação com o meio ambiente; sua cultura milenar e suas culturas de subsistência. Os estados nacionais, progressistas ou conservadores, entendem que a abundância dos recursos naturais tem favorecido a consolidação de um modelo extrativista exportador que vem se apresentando como única alternativa ao desenvolvimento do continente. A devastação ambiental tem alcançado níveis críticos que vem transformando a paisagem regional e urbana da maioria dos territórios; a experiencia chilena no extrativismo minerador nos oferece um modelo representativo de estudo exploratório nesse sentido. Objetivando aportar uma melhor compreensão analítica ao problema de pesquisa, a reflexão se utiliza da metodologia de pesquisa bibliográfica direcionada ao pensamento crítico da colonialidade do território com a finalidade de caracterizar a despolitização da paisagem regional devastada pela atividade mineradora. A gestão dos recursos hídricos e as restrições ao seu consumo de parte dos povos originários também tem alcançado níveis críticos, levando em consideração as necessidades de água demandadas pelo extrativismo minerador. O artigo finaliza abordando a pospolitização das questões da sustentabilidade ambiental, ressalta os fundamentos da eco-política crítica latino-americana e sinaliza no sentido da preservação do valor integral da vida, pela descolonização do Estado e a reversão do controle das instituições sobre a existência, a sociedade e o meio ambiente.
{"title":"Reinventando a Colonialidade","authors":"Margarita Maria Lara Neves","doi":"10.36311/2237-7743.2022.v11n1.p166-185","DOIUrl":"https://doi.org/10.36311/2237-7743.2022.v11n1.p166-185","url":null,"abstract":"O deslocamento de povos indígenas ancestrais tem sido uma prática constante de parte das empresas transnacionais instaladas em enclaves mineradores que operam no continente latino-americano. Esta situação vem ocasionando uma descontinuidade do bem viver dessas comunidades, sua relação com o meio ambiente; sua cultura milenar e suas culturas de subsistência. Os estados nacionais, progressistas ou conservadores, entendem que a abundância dos recursos naturais tem favorecido a consolidação de um modelo extrativista exportador que vem se apresentando como única alternativa ao desenvolvimento do continente. A devastação ambiental tem alcançado níveis críticos que vem transformando a paisagem regional e urbana da maioria dos territórios; a experiencia chilena no extrativismo minerador nos oferece um modelo representativo de estudo exploratório nesse sentido. Objetivando aportar uma melhor compreensão analítica ao problema de pesquisa, a reflexão se utiliza da metodologia de pesquisa bibliográfica direcionada ao pensamento crítico da colonialidade do território com a finalidade de caracterizar a despolitização da paisagem regional devastada pela atividade mineradora. A gestão dos recursos hídricos e as restrições ao seu consumo de parte dos povos originários também tem alcançado níveis críticos, levando em consideração as necessidades de água demandadas pelo extrativismo minerador. O artigo finaliza abordando a pospolitização das questões da sustentabilidade ambiental, ressalta os fundamentos da eco-política crítica latino-americana e sinaliza no sentido da preservação do valor integral da vida, pela descolonização do Estado e a reversão do controle das instituições sobre a existência, a sociedade e o meio ambiente.","PeriodicalId":37936,"journal":{"name":"Austral: Brazilian Journal of Strategy and International Relations","volume":"7 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"73174229","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-04-29DOI: 10.36311/2237-7743.2022.v11n1.p118-138
Valdir Bezerra
The purpose of this article is to present a discussion on the main political contradictions (both domestic and international) of post-independence Turkmenistan. As part of a broader effort to understand the social and power dynamics resulting from the collapse of the Soviet Union for the countries of Central Asia, we apply a descriptive analysis of some of the principal domestic and foreign policy events involving the Ashkhabad government, as well as the main implications for the lives of Turkmen (and Central Asian) migrants in the Russian Federation, who have chosen to leave their country of origin in search of better economic and educational opportunities. As a result of the present effort, we observe that the Central-Asian country not only became a laboratory for the exercise of a local version of a 'Cult of Personality' of the leader (resembling the phenomenon occurred during the 1930-1950s within Stalin’s Soviet Union), as well as the precarious operationalization on the part of Turkmenistan of its political neutrality in view of an economic dependence from Moscow and, more recently, from China. Furthermore, the present article evidences the difficulties of adaptation and assimilation of Turkmen migrants (and Central Asians more generally) in Russia, due, in part, to a ‘stereotyped’ view about migrants on the part of Russian public opinion.
{"title":"Broken Dreams in Ashkhabad","authors":"Valdir Bezerra","doi":"10.36311/2237-7743.2022.v11n1.p118-138","DOIUrl":"https://doi.org/10.36311/2237-7743.2022.v11n1.p118-138","url":null,"abstract":"The purpose of this article is to present a discussion on the main political contradictions (both domestic and international) of post-independence Turkmenistan. As part of a broader effort to understand the social and power dynamics resulting from the collapse of the Soviet Union for the countries of Central Asia, we apply a descriptive analysis of some of the principal domestic and foreign policy events involving the Ashkhabad government, as well as the main implications for the lives of Turkmen (and Central Asian) migrants in the Russian Federation, who have chosen to leave their country of origin in search of better economic and educational opportunities. As a result of the present effort, we observe that the Central-Asian country not only became a laboratory for the exercise of a local version of a 'Cult of Personality' of the leader (resembling the phenomenon occurred during the 1930-1950s within Stalin’s Soviet Union), as well as the precarious operationalization on the part of Turkmenistan of its political neutrality in view of an economic dependence from Moscow and, more recently, from China. Furthermore, the present article evidences the difficulties of adaptation and assimilation of Turkmen migrants (and Central Asians more generally) in Russia, due, in part, to a ‘stereotyped’ view about migrants on the part of Russian public opinion.","PeriodicalId":37936,"journal":{"name":"Austral: Brazilian Journal of Strategy and International Relations","volume":"48 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"80611514","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-04-29DOI: 10.36311/2237-7743.2022.v11n1.p36-64
Bruno Haeming
O presente trabalho aborda os acordos de swap feitos pela China, através do seu Banco Central, People’s Bank of China (PBOC), com os países integrantes da One Belt One Road (OBOR). O objetivo é identificar se os acordos em questão contemplam elementos característicos da Cooperação Sul – Sul (CSS). A China tem um projeto de expansão global, a OBOR, calcado nas práticas e valores da CSS, que trai países a esse projeto. Nesse contexto, a internacionalização da moeda chinesa cumpre a necessidade da China de lidar com o pós crise de 2008, bem como com sua intenção de aumentar as relações com outros países a partir da sua moeda. A pergunta que guiou o trabalho foi: De qual maneira os acordos de swap cambial feitos pelo Banco Central chinês, dentro da lógica da OBOR, se compatibilizam com as características da Cooperação Sul – Sul? Para responder a esse questionamento, fez-se um estudo de caso, tentando identificar a factibilidade de associar operações cambiais com valores da CSS. Muito embora não tenha sido possível acesso detalhado aos acordos, foi possível identificar que a China trava relações e fecha acordo de swap com diversos países no contexto da OBOR, e o resultado é a preservação da soberania, não intervenção e ganhos mútuos.
{"title":"Swaps Cambiais Chineses","authors":"Bruno Haeming","doi":"10.36311/2237-7743.2022.v11n1.p36-64","DOIUrl":"https://doi.org/10.36311/2237-7743.2022.v11n1.p36-64","url":null,"abstract":"O presente trabalho aborda os acordos de swap feitos pela China, através do seu Banco Central, People’s Bank of China (PBOC), com os países integrantes da One Belt One Road (OBOR). O objetivo é identificar se os acordos em questão contemplam elementos característicos da Cooperação Sul – Sul (CSS). A China tem um projeto de expansão global, a OBOR, calcado nas práticas e valores da CSS, que trai países a esse projeto. Nesse contexto, a internacionalização da moeda chinesa cumpre a necessidade da China de lidar com o pós crise de 2008, bem como com sua intenção de aumentar as relações com outros países a partir da sua moeda. A pergunta que guiou o trabalho foi: De qual maneira os acordos de swap cambial feitos pelo Banco Central chinês, dentro da lógica da OBOR, se compatibilizam com as características da Cooperação Sul – Sul? Para responder a esse questionamento, fez-se um estudo de caso, tentando identificar a factibilidade de associar operações cambiais com valores da CSS. Muito embora não tenha sido possível acesso detalhado aos acordos, foi possível identificar que a China trava relações e fecha acordo de swap com diversos países no contexto da OBOR, e o resultado é a preservação da soberania, não intervenção e ganhos mútuos.","PeriodicalId":37936,"journal":{"name":"Austral: Brazilian Journal of Strategy and International Relations","volume":"4 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"87235832","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-04-29DOI: 10.36311/2237-7743.2022.v11n1.p6-35
L. Moreira, Walter Barbieri Júnior
Devido ao posicionamento geográfico estratégico do Golfo Pérsico e a magnitude da sua reserva de recursos energéticos, a China se aproxima da região através do uso da diplomacia econômica, tomada por interesses e beneficiada por seu poder de barganha e por sua ampla capacidade de cooperação econômica e investimento. A China, como uma superpotência, encontra no Irã, potência regional, um parceiro importante e peça-chave para alinhar as suas estratégias no Golfo Pérsico sob o mapeamento da “Belt and Road Initiative” e a concretização de seus objetivos em busca da sua segurança energética. O presente artigo tem como objetivo compreender a ação estratégica da diplomacia econômica chinesa sob o governo de Xi Jinping na região do Golfo Pérsico, ao estabelecer relações bilaterais de cooperação com o Irã. O estudo e a análise do objeto de pesquisa serão orientados pela abordagem qualitativa de base bibliográfica e documental. Esta pesquisa conclui que a aproximação com o Irã é reflexo de uma China mais confiante e segura de si, a qual avaliou os riscos, assim como os benefícios a longo-prazo e descobriu que é seguro inserir o Irã em sua agenda global, em vista de seus interesses geoeconômicos. Diante da atual conjuntura, esta cooperação pode servir como porta de entrada para que a China possa exercer o seu poder de influência sobre o Irã para além de questões econômicas, expandindo a sua presença no Golfo Pérsico e impulsionando o seu poder de persuasão nas relações internacionais.
{"title":"A diplomacia econômica da China no Golfo Pérsico","authors":"L. Moreira, Walter Barbieri Júnior","doi":"10.36311/2237-7743.2022.v11n1.p6-35","DOIUrl":"https://doi.org/10.36311/2237-7743.2022.v11n1.p6-35","url":null,"abstract":"Devido ao posicionamento geográfico estratégico do Golfo Pérsico e a magnitude da sua reserva de recursos energéticos, a China se aproxima da região através do uso da diplomacia econômica, tomada por interesses e beneficiada por seu poder de barganha e por sua ampla capacidade de cooperação econômica e investimento. A China, como uma superpotência, encontra no Irã, potência regional, um parceiro importante e peça-chave para alinhar as suas estratégias no Golfo Pérsico sob o mapeamento da “Belt and Road Initiative” e a concretização de seus objetivos em busca da sua segurança energética. O presente artigo tem como objetivo compreender a ação estratégica da diplomacia econômica chinesa sob o governo de Xi Jinping na região do Golfo Pérsico, ao estabelecer relações bilaterais de cooperação com o Irã. O estudo e a análise do objeto de pesquisa serão orientados pela abordagem qualitativa de base bibliográfica e documental. Esta pesquisa conclui que a aproximação com o Irã é reflexo de uma China mais confiante e segura de si, a qual avaliou os riscos, assim como os benefícios a longo-prazo e descobriu que é seguro inserir o Irã em sua agenda global, em vista de seus interesses geoeconômicos. Diante da atual conjuntura, esta cooperação pode servir como porta de entrada para que a China possa exercer o seu poder de influência sobre o Irã para além de questões econômicas, expandindo a sua presença no Golfo Pérsico e impulsionando o seu poder de persuasão nas relações internacionais.","PeriodicalId":37936,"journal":{"name":"Austral: Brazilian Journal of Strategy and International Relations","volume":"181 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"80209136","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}