Pub Date : 2023-03-14DOI: 10.22409/gragoata.v28i60.53321
Este artigo contribui para as discussões acerca de racialização, classes sociais e exclusão no ensino e aprendizagem de inglês no Brasil. Seu foco é a região norte, mais especificamente, a cidade de Parintins, no Amazonas, considerada, neste artigo, como parte do sul epistêmico (SOUSA SANTOS, 2007). Além de Sousa Santos (2007) fazem parte do referencial teórico deste artigo Dias (2021), Pennycook (1998), Servelati (2021), entre outros. A metodologia do artigo é baseada em estudos qualitativos, interpretativistas e discursivos. Analisamos a história de formação de um professor de inglês atuante na cidade de Parintins, em uma entrevista virtual. Os resultados da análise do discurso do professor apontam para desigualdades e injustiças observadas ao longo de sua história de formação, corroborando a noção de língua inglesa como prática racializada.
{"title":"Ensino e aprendizagem de inglês no sul epistêmico: racialização, classes sociais e exclusão","authors":"","doi":"10.22409/gragoata.v28i60.53321","DOIUrl":"https://doi.org/10.22409/gragoata.v28i60.53321","url":null,"abstract":"Este artigo contribui para as discussões acerca de racialização, classes sociais e exclusão no ensino e aprendizagem de inglês no Brasil. Seu foco é a região norte, mais especificamente, a cidade de Parintins, no Amazonas, considerada, neste artigo, como parte do sul epistêmico (SOUSA SANTOS, 2007). Além de Sousa Santos (2007) fazem parte do referencial teórico deste artigo Dias (2021), Pennycook (1998), Servelati (2021), entre outros. A metodologia do artigo é baseada em estudos qualitativos, interpretativistas e discursivos. Analisamos a história de formação de um professor de inglês atuante na cidade de Parintins, em uma entrevista virtual. Os resultados da análise do discurso do professor apontam para desigualdades e injustiças observadas ao longo de sua história de formação, corroborando a noção de língua inglesa como prática racializada.","PeriodicalId":40605,"journal":{"name":"Gragoata-UFF","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2023-03-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44818602","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-01-12DOI: 10.22409/gragoata.v28i60.58070
Phan Le Ha
This paper reviews recent work on race and language ideologies in Asia, aiming to a more complex understanding on the subject that avoids determinism and dichotomous thinking. The first part of the paper discusses current work on English language teaching in Japan, and concludes that greater emphasis on teacher agency is needed. The second part offers ethnographic vignettes of scenarios in which race plays sometimes a surprising role in shaping interactions and exclusions. These scenarios focus on the implications of the scholars’s commitement to social justice in ideological and institutional structures in which prejudice is reproduced and relayed in situations that involve multiple Asian identities and positionalities.
{"title":"“Aren’t We All Complicit?”: A Commentary on Multiple Faces of Race and Language in English Language Education","authors":"Phan Le Ha","doi":"10.22409/gragoata.v28i60.58070","DOIUrl":"https://doi.org/10.22409/gragoata.v28i60.58070","url":null,"abstract":"This paper reviews recent work on race and language ideologies in Asia, aiming to a more complex understanding on the subject that avoids determinism and dichotomous thinking. The first part of the paper discusses current work on English language teaching in Japan, and concludes that greater emphasis on teacher agency is needed. The second part offers ethnographic vignettes of scenarios in which race plays sometimes a surprising role in shaping interactions and exclusions. These scenarios focus on the implications of the scholars’s commitement to social justice in ideological and institutional structures in which prejudice is reproduced and relayed in situations that involve multiple Asian identities and positionalities.","PeriodicalId":40605,"journal":{"name":"Gragoata-UFF","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2023-01-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49330771","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-01-01DOI: 10.22409/gragoata.v28i60.53275
Joana Plaza Pinto, Ana Luíza Krüger Dias
Neste artigo, apresentamos uma perspectiva crítica sobre regimes metadiscursivos da “barreira linguística” em contextos de mobilidade, discutindo a persistência dos pressupostos de transparência e homogeneidade herdados da razão moderno-colonial sobre nossos modelos de língua e comunicação, em confronto com práticas linguísticas heterogêneas em nossa experiência etnográfica com estudantes migrantes numa universidade pública brasileira. O artigo está dividido em três seções. Inicialmente, discutimos os usos da expressão “barreira linguística” no debate acadêmico sobre línguas e migração, evidenciando sua posição metadiscursiva para justificar ou racionalizar “desentendimentos” ou “problemas de comunicação”. Em seguida, apresentamos como a noção de barreira é articulada enquanto elemento estruturante da comunicação no debate público sobre imigração no Brasil, em notícias e documentos governamentais. Em seguida, analisamos formas metapragmáticas que emergem em interações entre estudantes migrantes participantes da nossa experiência etnográfica, quando elas avaliam e enquadram situações que poderiam ser identificadas como “barreira linguística” nos termos pressupostos pelos debates. Os resultados indicam que formas metapragmáticas que poderiam ser identificadas como “barreira linguística” configuram-se muito mais como “pontos de inspeção linguística”, funcionando como “paradas” interacionais de “checagem”, em que elas e/ou as/os interlocutora/es fazem uso de algum tipo de desencontro do contato linguístico para realizar ações no mundo. Concluímos que as formas interacionais resistem na fronteira da violência do modelo de comunicação moderno, desafiando seus pressupostos, ao mesmo tempo em que são tensionadas pela noção de “barreira linguística” enquanto figuração da governança das línguas e das pessoas em deslocamento ao redor do globo.
{"title":"Barreiras ou pontos de inspeção? Ideologias linguísticas sobre migração e o modelo de comunicação moderno-colonial","authors":"Joana Plaza Pinto, Ana Luíza Krüger Dias","doi":"10.22409/gragoata.v28i60.53275","DOIUrl":"https://doi.org/10.22409/gragoata.v28i60.53275","url":null,"abstract":"Neste artigo, apresentamos uma perspectiva crítica sobre regimes metadiscursivos da “barreira linguística” em contextos de mobilidade, discutindo a persistência dos pressupostos de transparência e homogeneidade herdados da razão moderno-colonial sobre nossos modelos de língua e comunicação, em confronto com práticas linguísticas heterogêneas em nossa experiência etnográfica com estudantes migrantes numa universidade pública brasileira. O artigo está dividido em três seções. Inicialmente, discutimos os usos da expressão “barreira linguística” no debate acadêmico sobre línguas e migração, evidenciando sua posição metadiscursiva para justificar ou racionalizar “desentendimentos” ou “problemas de comunicação”. Em seguida, apresentamos como a noção de barreira é articulada enquanto elemento estruturante da comunicação no debate público sobre imigração no Brasil, em notícias e documentos governamentais. Em seguida, analisamos formas metapragmáticas que emergem em interações entre estudantes migrantes participantes da nossa experiência etnográfica, quando elas avaliam e enquadram situações que poderiam ser identificadas como “barreira linguística” nos termos pressupostos pelos debates. Os resultados indicam que formas metapragmáticas que poderiam ser identificadas como “barreira linguística” configuram-se muito mais como “pontos de inspeção linguística”, funcionando como “paradas” interacionais de “checagem”, em que elas e/ou as/os interlocutora/es fazem uso de algum tipo de desencontro do contato linguístico para realizar ações no mundo. Concluímos que as formas interacionais resistem na fronteira da violência do modelo de comunicação moderno, desafiando seus pressupostos, ao mesmo tempo em que são tensionadas pela noção de “barreira linguística” enquanto figuração da governança das línguas e das pessoas em deslocamento ao redor do globo.","PeriodicalId":40605,"journal":{"name":"Gragoata-UFF","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2023-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45101671","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-15DOI: 10.22409/gragoata.v27i59.53332
Júnior Vilarino
Propõe-se, neste artigo, uma leitura do complexo entrelaçamento de ficção, história, crítica literária, filosofia política e interseccionalidade, urdido na metaficção Aquele que é digno de ser amado (2017), de Abdellah Taïa, como forma de apropriação da obra de André Gide. Debate-se a releitura culturalista, efetuada pelo romance, do orientalismo sexual efebófilo do autor francês. Discute-se a analogia política estabelecida entre suas práticas sexuais com rapazes africanos e uma trama narrativa na qual o cotidiano da relação amorosa entre dois intelectuais, um marroquino imigrante em Paris e um nativo parisiense, está imbuído de motivações orientalistas, as quais Ahmed, narrador-personagem, chamará de neocolonialistas. Espera-se demonstrar o pensamento crítico de Taïa ao expor a complacência da crítica literária em língua francesa relativa à objetificação dos corpos e das vidas dos sujeitos árabes representados na obra gideana. Para tanto, trata-se da recepção dos estudos culturais na França, de acordo com BRISSON (2018) e SMOUTS (2010). Apresentam-se sumariamente os pressupostos metodológicos de SAID (1990; 1995) sobre o orientalismo, bem como uma contextualização, na obra de Gide, de seu “turismo oriental-sexual”. Passa-se, então, à análise da “transcontextualização” (HUTCHEON, 1985) irônica empreendida pela narrativa de Abdellah Taïa. Recorre-se, igualmente, ao conceito de não-lugar da literatura de SOUZA (1999), para compreender os juízos de valor acerca do texto literário na crítica cultural e nos estudos literários. Da fortuna crítica de Abdellah Taïa e André Gide, invocam-se HEYNDELS (2020); SANSON (2013) e KOPP (2019), respectivamente.
{"title":"Entre ficção e crítica: Abdellah Taïa leitor do orientalismo de André Gide","authors":"Júnior Vilarino","doi":"10.22409/gragoata.v27i59.53332","DOIUrl":"https://doi.org/10.22409/gragoata.v27i59.53332","url":null,"abstract":"Propõe-se, neste artigo, uma leitura do complexo entrelaçamento de ficção, história, crítica literária, filosofia política e interseccionalidade, urdido na metaficção Aquele que é digno de ser amado (2017), de Abdellah Taïa, como forma de apropriação da obra de André Gide. Debate-se a releitura culturalista, efetuada pelo romance, do orientalismo sexual efebófilo do autor francês. Discute-se a analogia política estabelecida entre suas práticas sexuais com rapazes africanos e uma trama narrativa na qual o cotidiano da relação amorosa entre dois intelectuais, um marroquino imigrante em Paris e um nativo parisiense, está imbuído de motivações orientalistas, as quais Ahmed, narrador-personagem, chamará de neocolonialistas. Espera-se demonstrar o pensamento crítico de Taïa ao expor a complacência da crítica literária em língua francesa relativa à objetificação dos corpos e das vidas dos sujeitos árabes representados na obra gideana. Para tanto, trata-se da recepção dos estudos culturais na França, de acordo com BRISSON (2018) e SMOUTS (2010). Apresentam-se sumariamente os pressupostos metodológicos de SAID (1990; 1995) sobre o orientalismo, bem como uma contextualização, na obra de Gide, de seu “turismo oriental-sexual”. Passa-se, então, à análise da “transcontextualização” (HUTCHEON, 1985) irônica empreendida pela narrativa de Abdellah Taïa. Recorre-se, igualmente, ao conceito de não-lugar da literatura de SOUZA (1999), para compreender os juízos de valor acerca do texto literário na crítica cultural e nos estudos literários. Da fortuna crítica de Abdellah Taïa e André Gide, invocam-se HEYNDELS (2020); SANSON (2013) e KOPP (2019), respectivamente. ","PeriodicalId":40605,"journal":{"name":"Gragoata-UFF","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-12-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47808997","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-15DOI: 10.22409/gragoata.v27i59.54292
Rui Gonçalves Miranda
This article will depart from Said's position on the worldliness of texts and Pheng Cheah's reflections on postcolonial literature as world literature (2016) towards a reading of João Paulo Borges Coelho's 2021 novel Museu da Revolução. Borges Coelho's position on the articulation between history, politics, and literature (as literature; Rancière), as well as on the latter's aim of transforming the local place without losing sight of the universal, will provide insights into the ways in which the novel confronts the wordlessness of globalization. By staging a fictional democratization (Rancière), Museu da Revolução inscribes new ethico-political horizons as a "text that strives to generate the context", necessarily including those that have been forgotten from consensual (historical, political, memory) narratives. Lastly, the novel's positing of the transformative power of imagination will help flesh out the ways in which the "poetico-literary performativity" (Derrida) of texts can inscribe new ethico-political horizons and open up worlds (Cheah) when faced of the neoliberalist cancellation of the future (Berardi).
{"title":"World(s) apart – Borges Coelho’s Museu da Revolução and Writing in (and of) a Changing World","authors":"Rui Gonçalves Miranda","doi":"10.22409/gragoata.v27i59.54292","DOIUrl":"https://doi.org/10.22409/gragoata.v27i59.54292","url":null,"abstract":"This article will depart from Said's position on the worldliness of texts and Pheng Cheah's reflections on postcolonial literature as world literature (2016) towards a reading of João Paulo Borges Coelho's 2021 novel Museu da Revolução. Borges Coelho's position on the articulation between history, politics, and literature (as literature; Rancière), as well as on the latter's aim of transforming the local place without losing sight of the universal, will provide insights into the ways in which the novel confronts the wordlessness of globalization. By staging a fictional democratization (Rancière), Museu da Revolução inscribes new ethico-political horizons as a \"text that strives to generate the context\", necessarily including those that have been forgotten from consensual (historical, political, memory) narratives. Lastly, the novel's positing of the transformative power of imagination will help flesh out the ways in which the \"poetico-literary performativity\" (Derrida) of texts can inscribe new ethico-political horizons and open up worlds (Cheah) when faced of the neoliberalist cancellation of the future (Berardi).","PeriodicalId":40605,"journal":{"name":"Gragoata-UFF","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-12-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42487566","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-15DOI: 10.22409/gragoata.v27i59.53193
Ana Luiza Duarte de Brito Drummond
Partindo do mito de Medusa às discussões propostas por Sigmund Freud em “Das unheimliche”, este trabalho procura destacar a unheimlich na angústia ligada à figura da autômata. Assim, ele desperta a atenção para um tema pouco trabalhado ou mesmo ignorado pela crítica literária, especialmente aquela que se debruça sobre o tema do duplo no romance moderno, ao exibir a complexa rede de desejos e frustrações que ligará o duplo à autômata, em diversas obras modernas, num núcleo único, mortal e inquietantemente infamiliar.
{"title":"A autômata: a unheimlich no tema do duplo","authors":"Ana Luiza Duarte de Brito Drummond","doi":"10.22409/gragoata.v27i59.53193","DOIUrl":"https://doi.org/10.22409/gragoata.v27i59.53193","url":null,"abstract":"Partindo do mito de Medusa às discussões propostas por Sigmund Freud em “Das unheimliche”, este trabalho procura destacar a unheimlich na angústia ligada à figura da autômata. Assim, ele desperta a atenção para um tema pouco trabalhado ou mesmo ignorado pela crítica literária, especialmente aquela que se debruça sobre o tema do duplo no romance moderno, ao exibir a complexa rede de desejos e frustrações que ligará o duplo à autômata, em diversas obras modernas, num núcleo único, mortal e inquietantemente infamiliar. \u0000 ","PeriodicalId":40605,"journal":{"name":"Gragoata-UFF","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-12-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42401140","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-15DOI: 10.22409/gragoata.v27i59.53451
Mariana Ruggieri
O texto busca explorar modos de leitura de Marx que tenham como centro a colonização, sobretudo a partir da figura do/a subalterno/a e do/a escravizado/a. Para tanto, coloco em diálogo textos de Gayatri C. Spivak, Dipesh Chakrabarty, Sylvia Wynter, Frank B. Wilderson III, Fred Moten e Sara-Maria Sorentino. O intuito não é chegar a qualquer tipo de síntese, mas investigar os tensionamentos que essas duas figuras causam à teoria e à metodologia do filósofo alemão. Assim, alguns conceitos importantes para a teoria marxiana serão mobilizados, tais como a forma-valor e o trabalho abstrato.
本文试图探索以殖民为中心的马克思阅读模式,特别是从次等和被奴役的形象。为此,我将Gayatri C. Spivak, Dipesh Chakrabarty, Sylvia Wynter, Frank B. Wilderson III, Fred Moten和Sara-Maria Sorentino的文本放在对话中。目的不是要达到任何类型的综合,而是要调查这两个数字对这位德国哲学家的理论和方法论造成的紧张关系。因此,马克思理论的一些重要概念将被动员起来,如价值形式和抽象劳动。
{"title":"A abstração da inequivalência: subalternidade e escravidão","authors":"Mariana Ruggieri","doi":"10.22409/gragoata.v27i59.53451","DOIUrl":"https://doi.org/10.22409/gragoata.v27i59.53451","url":null,"abstract":"O texto busca explorar modos de leitura de Marx que tenham como centro a colonização, sobretudo a partir da figura do/a subalterno/a e do/a escravizado/a. Para tanto, coloco em diálogo textos de Gayatri C. Spivak, Dipesh Chakrabarty, Sylvia Wynter, Frank B. Wilderson III, Fred Moten e Sara-Maria Sorentino. O intuito não é chegar a qualquer tipo de síntese, mas investigar os tensionamentos que essas duas figuras causam à teoria e à metodologia do filósofo alemão. Assim, alguns conceitos importantes para a teoria marxiana serão mobilizados, tais como a forma-valor e o trabalho abstrato.","PeriodicalId":40605,"journal":{"name":"Gragoata-UFF","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-12-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46912236","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-15DOI: 10.22409/gragoata.v27i59.53940
Maryllu De Oliveira Caixeta
Este artigo aborda três autores de literaturas de língua portuguesa, procurando situá-los a partir de certos questionamentos, aportados por teorias do pós-colonial, e afinados com uma provocação lançada por Saramago, em um romance de 1986. Começo considerando essa provocação, no A jangada de pedra, sobre a integração de Portugal à Europa, ao Ocidente. A partir dela, faço alguns apontamentos sobre a função integradora pressuposta no nome canônico de Guimarães Rosa, que emergiu em um momento decisivo na modernização do país, articulando coisas conflituosas como o regional e o universal. Estudo possíveis similaridades entre o modelo canônico de Rosa e o de Mia Couto, que tendo atuado no processo de independência de seu país, foi ativo nessa transição modernizadora. Parece-me que teorias do pós-colonial, assim como a metáfora crítica de Saramago, ajudam a pensar certos contornos desses dois modelos universais, pertencentes a literaturas de ex-colônias de Portugal. Com o fim de esboçá-los, farei algumas observações sobre o projeto editorial do Antes das Primeiras estórias [2011], uma antologia póstuma de contos do jovem Guimarães Rosa, prefaciada por Mia Couto. Considerarei possíveis transferências do modelo de Rosa ao de Mia Couto.
本文探讨了三位葡萄牙文学作家,试图将他们置于某些问题的背景下,这些问题是由后殖民理论提出的,并与萨拉马戈在1986年的一部小说中提出的挑衅相协调。我首先考虑的是这个关于葡萄牙融入欧洲和西方的挑衅。在此基础上,我对guimaraes Rosa的规范名称所假定的整合功能作了一些评论,该名称出现在国家现代化的决定性时刻,阐明了区域性和普遍性等冲突的事物。我研究了罗莎的规范模式和米娅·库托之间可能的相似之处,库托在她的国家的独立过程中发挥了作用,并积极参与了现代化的过渡。在我看来,后殖民理论,以及萨拉马戈的批判隐喻,有助于思考这两种普遍模式的某些轮廓,属于葡萄牙前殖民地的文学。为了概述这些内容,我将对《Antes das premiers estorias[2011]》的编辑计划做一些观察,这是一本由米娅·库托(Mia Couto)作序的年轻作家guimaraes Rosa的死后短篇小说选集。我会考虑从罗莎的模型转移到米娅·库托的模型。
{"title":"Demasiado humanos, mundanos e situados: universais, em língua portuguesa","authors":"Maryllu De Oliveira Caixeta","doi":"10.22409/gragoata.v27i59.53940","DOIUrl":"https://doi.org/10.22409/gragoata.v27i59.53940","url":null,"abstract":"Este artigo aborda três autores de literaturas de língua portuguesa, procurando situá-los a partir de certos questionamentos, aportados por teorias do pós-colonial, e afinados com uma provocação lançada por Saramago, em um romance de 1986. Começo considerando essa provocação, no A jangada de pedra, sobre a integração de Portugal à Europa, ao Ocidente. A partir dela, faço alguns apontamentos sobre a função integradora pressuposta no nome canônico de Guimarães Rosa, que emergiu em um momento decisivo na modernização do país, articulando coisas conflituosas como o regional e o universal. Estudo possíveis similaridades entre o modelo canônico de Rosa e o de Mia Couto, que tendo atuado no processo de independência de seu país, foi ativo nessa transição modernizadora. Parece-me que teorias do pós-colonial, assim como a metáfora crítica de Saramago, ajudam a pensar certos contornos desses dois modelos universais, pertencentes a literaturas de ex-colônias de Portugal. Com o fim de esboçá-los, farei algumas observações sobre o projeto editorial do Antes das Primeiras estórias [2011], uma antologia póstuma de contos do jovem Guimarães Rosa, prefaciada por Mia Couto. Considerarei possíveis transferências do modelo de Rosa ao de Mia Couto.","PeriodicalId":40605,"journal":{"name":"Gragoata-UFF","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-12-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43552857","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-15DOI: 10.22409/gragoata.v27i59.55786
M. Natali, Anita Martins Rodrigues de Moraes
Entrevista
采访
{"title":"Entrevista com Marcos Natali: a literatura em questão","authors":"M. Natali, Anita Martins Rodrigues de Moraes","doi":"10.22409/gragoata.v27i59.55786","DOIUrl":"https://doi.org/10.22409/gragoata.v27i59.55786","url":null,"abstract":"Entrevista","PeriodicalId":40605,"journal":{"name":"Gragoata-UFF","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-12-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44332461","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-15DOI: 10.22409/gragoata.v27i59.53261
Sandra Sousa, Sheila Khan
Museu da Revolução, o mais recente romance do escritor moçambicano João Paulo Borges Coelho, oferece ao leitor uma indagação sagaz e minuciosa sobre como lidar de uma forma ponderada e reparadora com o passado moçambicano na sua relação com os legados da colonialidade na pós-colonialidade. Acompanhando o escritor neste exercício complexo e plural do reconhecimento de outras estórias, narrativas e memórias construídas como menores dentro de uma História maior, o presente artigo pretende articular com a mundanidade pós-colonial o emergente vigor dos estudos da pós-memória. Com precisão, na sua capacidade de interagir com a ancestralidade colonial e decolonial sob uma perspetiva da reparação histórica, do dever de memória e da cidadania estética e cívica atenta à compreensão e desconstrução de velhas lógicas sobreviventes da colonialidade no presente pós-colonial humano global.
莫桑比克作家若昂·保罗·博尔吉斯·科埃略(João Paulo Borges Coelho)的最新小说《革命博物馆》(Museu da Revoluçã)为读者提供了一个睿智而彻底的探索,探讨如何以深思熟虑和修复的方式处理莫桑比克的过去,以及它与后殖民主义中殖民主义遗产的关系。伴随着作者对在更大的历史中作为未成年人建立的其他故事、叙事和记忆进行复杂而多元的认知,本文试图用后殖民的世界性来阐明后记忆研究的新兴活力。确切地说,从历史补偿的角度来看,它与殖民地和非殖民地祖先互动的能力,记忆、美学和公民身份的义务,关注对当今全球人类后殖民中古老的殖民主义生存逻辑的理解和解构。
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