Pub Date : 2022-09-05DOI: 10.7213/2175-1838.14.002.ao04
Ney de Souza, Tiago Cosmo da Silva Dias
O artigo se propõe a analisar os fundamentos bíblicos da missão do papa, bispo diocesano de Roma, considerado pela Tradição sucessor do apóstolo Pedro, que possui o primado de honra e de jurisdição sobre a Igreja do mundo todo. O intuito é verificar, extrapolando as análises da própria Tradição, mas não os ignorando, se é possível constatar que, historicamente, poder-se-ia falar de um primado do apóstolo Pedro sobre as demais igrejas, bem como entender se o texto de Mt 16,13-20, que sempre serviu de fundamento para justificar a missão do papa, hoje pode ser tido como uma palavra definitiva e imutável para a questão.
{"title":"O apóstolo Pedro como fundamento da missão do Papa","authors":"Ney de Souza, Tiago Cosmo da Silva Dias","doi":"10.7213/2175-1838.14.002.ao04","DOIUrl":"https://doi.org/10.7213/2175-1838.14.002.ao04","url":null,"abstract":"O artigo se propõe a analisar os fundamentos bíblicos da missão do papa, bispo diocesano de Roma, considerado pela Tradição sucessor do apóstolo Pedro, que possui o primado de honra e de jurisdição sobre a Igreja do mundo todo. O intuito é verificar, extrapolando as análises da própria Tradição, mas não os ignorando, se é possível constatar que, historicamente, poder-se-ia falar de um primado do apóstolo Pedro sobre as demais igrejas, bem como entender se o texto de Mt 16,13-20, que sempre serviu de fundamento para justificar a missão do papa, hoje pode ser tido como uma palavra definitiva e imutável para a questão.","PeriodicalId":41213,"journal":{"name":"Revista Pistis & Praxis-Teologia e Pastoral","volume":"9 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"79150243","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-05DOI: 10.7213/2175-1838.14.002.ao08
Osvaldo Luiz Ribeiro
Artigo de avaliação crítica da leitura que o teólogo do Antigo Testamento, Gehard Fraz Hasel, faz da pré-história da Teologia Bíblica. A partir da descrição das etapas históricas pelas quais a Teologia Bíblica teria passado até seu surgimento formal em 1787, o objetivo do artigo é, de um lado, apresentar observações críticas a respeito da descrição histórica desse processo que Hasel adequadamente faz, e, de outro, apresentar propostas de explicações também históricas para cada uma das etapas descritas pelo citado teólogo. Hasel não explica os acontecimentos, apenas os descreve. O artigo aceita a descrição de Hasel, mas procura dar a elas explicação histórica. Na sua fase pré-histórica, a Teologia Bíblica teria passado por quatro etapas: a) auxiliar da Dogmática, b) assumida como fundamento da Dogmática, c) rival da Dogmática e d) disciplina exclusivamente histórica, totalmente independente da Dogmática. No final do processo, com raras exceções, a proposta de sua abordagem exclusivamente histórica e de sua total independência da Dogmática não foi acatada pelo conjunto das igrejas herdeiras da Reforma. O período da pré-história da Teologia Bíblica ilustra de modo exemplar a situação em que a Teologia Bíblica se encontra no conjunto das aproximações ao Antigo Testamento: de um lado, nos espaços acadêmicos, é tratada cada vez mais radicalmente como uma disciplina histórica, independente da Dogmática cristã, enquanto, de outro, nos ambiente controlados pela política eclesiástica, é mantida vinculada à mesma Dogmática a desta, de sorte que, do conjunto das igrejas herdeiras da Reforma de modo mais ou menos geral, pode-se dizer que nunca saíram da pré-história da Teologia Bíblica.
{"title":"Bíblia e Dogmática na pré-história da Teologia Bíblica","authors":"Osvaldo Luiz Ribeiro","doi":"10.7213/2175-1838.14.002.ao08","DOIUrl":"https://doi.org/10.7213/2175-1838.14.002.ao08","url":null,"abstract":"Artigo de avaliação crítica da leitura que o teólogo do Antigo Testamento, Gehard Fraz Hasel, faz da pré-história da Teologia Bíblica. A partir da descrição das etapas históricas pelas quais a Teologia Bíblica teria passado até seu surgimento formal em 1787, o objetivo do artigo é, de um lado, apresentar observações críticas a respeito da descrição histórica desse processo que Hasel adequadamente faz, e, de outro, apresentar propostas de explicações também históricas para cada uma das etapas descritas pelo citado teólogo. Hasel não explica os acontecimentos, apenas os descreve. O artigo aceita a descrição de Hasel, mas procura dar a elas explicação histórica. Na sua fase pré-histórica, a Teologia Bíblica teria passado por quatro etapas: a) auxiliar da Dogmática, b) assumida como fundamento da Dogmática, c) rival da Dogmática e d) disciplina exclusivamente histórica, totalmente independente da Dogmática. No final do processo, com raras exceções, a proposta de sua abordagem exclusivamente histórica e de sua total independência da Dogmática não foi acatada pelo conjunto das igrejas herdeiras da Reforma. O período da pré-história da Teologia Bíblica ilustra de modo exemplar a situação em que a Teologia Bíblica se encontra no conjunto das aproximações ao Antigo Testamento: de um lado, nos espaços acadêmicos, é tratada cada vez mais radicalmente como uma disciplina histórica, independente da Dogmática cristã, enquanto, de outro, nos ambiente controlados pela política eclesiástica, é mantida vinculada à mesma Dogmática a desta, de sorte que, do conjunto das igrejas herdeiras da Reforma de modo mais ou menos geral, pode-se dizer que nunca saíram da pré-história da Teologia Bíblica.","PeriodicalId":41213,"journal":{"name":"Revista Pistis & Praxis-Teologia e Pastoral","volume":"98 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"76346183","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-05DOI: 10.7213/2175-1838.11.002.ds09
Edson De Faria Francisco
A tradução da Bíblia Hebraica requer o conhecimento profundo e amplo da gramática do hebraico bíblico por parte de qualquer tradutor. Além do saber gramatical, é necessário, ter noção, mesmo que elementar, a respeito da acentuação massorética. A habilidade de trabalhar com a crítica textual é igualmente relevante para se produzir uma tradução séria do texto bíblico hebraico. Além de tais saberes, a decodificação e interpretação das anotações massoréticas (a massorá), tanto as da masora parva quanto as da masora magna, auxiliam no entendimento correto do texto original hebraico da Bíblia e na solução de situações de tradução complexa. Além disso, as notas da massorá revelam como os massoretas interpretavam o texto bíblico hebraico. Neste artigo, pretende-se comentar determinadas anotações da massorá que auxiliam na solução da tradução do texto da Bíblia Hebraica e que não podem ser ignoradas ou mesmo negligenciadas por parte de qualquer tradutor. Algumas notas massoréticas são comentadas na recente obra Antigo Testamento Interlinear Hebraico-Português (ATI) (FRANCISCO, 2012-2020), o que revela a necessidade de se conhecer tais observações para o processo tradutório do texto bíblico hebraico. No presente texto científico, almeja-se ampliar o conhecimento referente à massorá como uma das ferramentas fundamentais para a tradução da Bíblia Hebraica.
{"title":"Importância e Utilidade das Anotações Massoréticas para a Tradução da Bíblia Hebraica","authors":"Edson De Faria Francisco","doi":"10.7213/2175-1838.11.002.ds09","DOIUrl":"https://doi.org/10.7213/2175-1838.11.002.ds09","url":null,"abstract":"A tradução da Bíblia Hebraica requer o conhecimento profundo e amplo da gramática do hebraico bíblico por parte de qualquer tradutor. Além do saber gramatical, é necessário, ter noção, mesmo que elementar, a respeito da acentuação massorética. A habilidade de trabalhar com a crítica textual é igualmente relevante para se produzir uma tradução séria do texto bíblico hebraico. Além de tais saberes, a decodificação e interpretação das anotações massoréticas (a massorá), tanto as da masora parva quanto as da masora magna, auxiliam no entendimento correto do texto original hebraico da Bíblia e na solução de situações de tradução complexa. Além disso, as notas da massorá revelam como os massoretas interpretavam o texto bíblico hebraico. Neste artigo, pretende-se comentar determinadas anotações da massorá que auxiliam na solução da tradução do texto da Bíblia Hebraica e que não podem ser ignoradas ou mesmo negligenciadas por parte de qualquer tradutor. Algumas notas massoréticas são comentadas na recente obra Antigo Testamento Interlinear Hebraico-Português (ATI) (FRANCISCO, 2012-2020), o que revela a necessidade de se conhecer tais observações para o processo tradutório do texto bíblico hebraico. No presente texto científico, almeja-se ampliar o conhecimento referente à massorá como uma das ferramentas fundamentais para a tradução da Bíblia Hebraica.","PeriodicalId":41213,"journal":{"name":"Revista Pistis & Praxis-Teologia e Pastoral","volume":"62 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"85767465","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-05DOI: 10.7213/2175-1838.14.002.ds03
P. Rocha, Francisco Benedito Leite
No presente ensaio realizamos um exercício de comparação entre as traduções de Romanos 1.1-7 em dez edições da Bíblia em língua portuguesa, a saber: Novo Testamento Interlinear, A Bíblia de Jerusalém, Tradução Ecumênica da Bíblia, Nova Versão Internacional, Bíblia do Peregrino, Bíblia Sagrada Ave Maria, Almeida Revista e Atualizada, Almeida Revista e Corrigida, Nova Tradução Linguagem de Hoje, Tradução de Frederico Lourenço, Nova Bíblia Pastoral. Nossa análise crítica ressalta a ideología e a intencionalidade nas perspectivas das opções de tradução feitas nas diversas Bíblias mencionadas.
{"title":"Perspectivas ideológicas nas traduções de Romanos 1.1-7 das edições das Bíblias em língua portuguesa","authors":"P. Rocha, Francisco Benedito Leite","doi":"10.7213/2175-1838.14.002.ds03","DOIUrl":"https://doi.org/10.7213/2175-1838.14.002.ds03","url":null,"abstract":"No presente ensaio realizamos um exercício de comparação entre as traduções de Romanos 1.1-7 em dez edições da Bíblia em língua portuguesa, a saber: Novo Testamento Interlinear, A Bíblia de Jerusalém, Tradução Ecumênica da Bíblia, Nova Versão Internacional, Bíblia do Peregrino, Bíblia Sagrada Ave Maria, Almeida Revista e Atualizada, Almeida Revista e Corrigida, Nova Tradução Linguagem de Hoje, Tradução de Frederico Lourenço, Nova Bíblia Pastoral. Nossa análise crítica ressalta a ideología e a intencionalidade nas perspectivas das opções de tradução feitas nas diversas Bíblias mencionadas.","PeriodicalId":41213,"journal":{"name":"Revista Pistis & Praxis-Teologia e Pastoral","volume":"62 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"80308973","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-05DOI: 10.7213/2175-1838.14.002.ao02
Waldecir Gonzaga, Doaldo Ferreira Belém, Antônio Marcos Dos Santos
Os Sl 111-112 se assemelham tanto que até parecem “dois irmãos gêmeos”. Eles são realmente os únicos acrósticos alfabéticos bíblicos onde os 22 membros começam com cada uma das 22 letras do alfabeto hebraico, chamados de acrósticos alfabéticos. Ao analisá-los à luz da Análise Retórica Bíblica Semítica, o que se pretende é ver como ambos se assemelham nos termos, temas e teologia. Se cada membro dos Sl 111-112 pode e deve ser analisado em si mesmo, não é possível separá-los. Os estudiosos os analisam dentro do mesmo estudo, inicialmente separando, e depois olhando um e outro, dado a lado, como temos aqui em nosso estudo. A respeito destes dois salmos acrósticos, podermos afirmar que se trata de uma verdadeira obra de arte, tecida pelas mãos e finas penas de um sensível artista da Palavra de Deus. Só o Espírito de Deus para conduzir a fragilidade humana diante de superlativa beleza de uma construção literária tão rica e tão intrincada entre si, a tal ponto que se completam e se complementam, a partir da colaboração que cada um oferece ao outro e ao inteiro Saltério. Enquanto o Sl 111 é teológico, com YHWH dominando o cenário, o Sl 112 é antropológico, com o homem feliz e bom dominando o cenário. O que se aplica a Deus, no Sl 111, aplica-se ao homem no Sl 112. Uma linda teia é tecida e construída para ser lida em conjunto, como nos propomos aqui neste artigo.
{"title":"Salmos 111-112","authors":"Waldecir Gonzaga, Doaldo Ferreira Belém, Antônio Marcos Dos Santos","doi":"10.7213/2175-1838.14.002.ao02","DOIUrl":"https://doi.org/10.7213/2175-1838.14.002.ao02","url":null,"abstract":"Os Sl 111-112 se assemelham tanto que até parecem “dois irmãos gêmeos”. Eles são realmente os únicos acrósticos alfabéticos bíblicos onde os 22 membros começam com cada uma das 22 letras do alfabeto hebraico, chamados de acrósticos alfabéticos. Ao analisá-los à luz da Análise Retórica Bíblica Semítica, o que se pretende é ver como ambos se assemelham nos termos, temas e teologia. Se cada membro dos Sl 111-112 pode e deve ser analisado em si mesmo, não é possível separá-los. Os estudiosos os analisam dentro do mesmo estudo, inicialmente separando, e depois olhando um e outro, dado a lado, como temos aqui em nosso estudo. A respeito destes dois salmos acrósticos, podermos afirmar que se trata de uma verdadeira obra de arte, tecida pelas mãos e finas penas de um sensível artista da Palavra de Deus. Só o Espírito de Deus para conduzir a fragilidade humana diante de superlativa beleza de uma construção literária tão rica e tão intrincada entre si, a tal ponto que se completam e se complementam, a partir da colaboração que cada um oferece ao outro e ao inteiro Saltério. Enquanto o Sl 111 é teológico, com YHWH dominando o cenário, o Sl 112 é antropológico, com o homem feliz e bom dominando o cenário. O que se aplica a Deus, no Sl 111, aplica-se ao homem no Sl 112. Uma linda teia é tecida e construída para ser lida em conjunto, como nos propomos aqui neste artigo.","PeriodicalId":41213,"journal":{"name":"Revista Pistis & Praxis-Teologia e Pastoral","volume":"82 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"77528034","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-05DOI: 10.7213/2175-1838.14.002.ao06
A. Benedito, José Aguiar Nobre
O objetivo deste artigo consiste em verificar algumas contribuições da pregação ambrosiana para a homilética quaresmal. Valendo-se de uma pesquisa bibliográfica, iniciaremos abordando os textos bíblicos e eucológicos da Quaresma, desembocando no tema da pregação litúrgica. Discorreremos acerca do tempo quaresmal na época de Ambrósio, bispo de Milão, em que serão focalizados dois aspectos da catequese ambrosiana: o ensino moral, sobretudo em relação ao patriarca Abraão, e a prática do jejum. A partir desses dados, indagamos: qual a contribuição da pregação ambrosiana na preparação da homilia à luz do Lecionário e do Missal no tempo da Quaresma? Os resultados esperados apontam que, com o auxílio da catequese de Ambrósio, o pregador demonstra que a Palavra e a Eucaristia constituem o alimento do batizado durante sua jornada rumo às celebrações das festas pascais.
{"title":"homilética quaresmal a partir de Ambrósio de Milão","authors":"A. Benedito, José Aguiar Nobre","doi":"10.7213/2175-1838.14.002.ao06","DOIUrl":"https://doi.org/10.7213/2175-1838.14.002.ao06","url":null,"abstract":"O objetivo deste artigo consiste em verificar algumas contribuições da pregação ambrosiana para a homilética quaresmal. Valendo-se de uma pesquisa bibliográfica, iniciaremos abordando os textos bíblicos e eucológicos da Quaresma, desembocando no tema da pregação litúrgica. Discorreremos acerca do tempo quaresmal na época de Ambrósio, bispo de Milão, em que serão focalizados dois aspectos da catequese ambrosiana: o ensino moral, sobretudo em relação ao patriarca Abraão, e a prática do jejum. A partir desses dados, indagamos: qual a contribuição da pregação ambrosiana na preparação da homilia à luz do Lecionário e do Missal no tempo da Quaresma? Os resultados esperados apontam que, com o auxílio da catequese de Ambrósio, o pregador demonstra que a Palavra e a Eucaristia constituem o alimento do batizado durante sua jornada rumo às celebrações das festas pascais.","PeriodicalId":41213,"journal":{"name":"Revista Pistis & Praxis-Teologia e Pastoral","volume":"1965 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"91318387","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-05DOI: 10.7213/2175-1838.14.002.ds01
Lucas Merlo Nascimento, Suzana Chwarts
O artigo consiste numa proposta de tradução do texto bíblico de Gênesis 11,1-9, a narrativa sobre a Torre de Babel, por meio da qual se possa recuperar no texto-língua-cultura de chegada algumas características e experiências do texto original, pertencente a uma língua e cultura bastante diferente, respeitando tais diferenças pelo estranhamento. Para tanto, empregamos os procedimentos tradutórios adotados por Martin Buber e Franz Rosenzweig, comprometidos com o texto hebraico, e de outros que, com diferentes preocupações, trilharam caminhos semelhantes, como Haroldo de Campos e Henri Meschonnic, que ressaltam a necessidade de uma certa liberdade poética para lograr uma maior aproximação com o texto literário original. Iniciamos com um panorama teórico, passando pelos objetivos da presente tradução, seu lócus de produção, as características textuais e culturais do texto original, as estratégias de tradução e a tradução em si, para, por fim, explicitar as estratégias tradutórias no texto em questão.
{"title":"Traduzindo Babel","authors":"Lucas Merlo Nascimento, Suzana Chwarts","doi":"10.7213/2175-1838.14.002.ds01","DOIUrl":"https://doi.org/10.7213/2175-1838.14.002.ds01","url":null,"abstract":"O artigo consiste numa proposta de tradução do texto bíblico de Gênesis 11,1-9, a narrativa sobre a Torre de Babel, por meio da qual se possa recuperar no texto-língua-cultura de chegada algumas características e experiências do texto original, pertencente a uma língua e cultura bastante diferente, respeitando tais diferenças pelo estranhamento. Para tanto, empregamos os procedimentos tradutórios adotados por Martin Buber e Franz Rosenzweig, comprometidos com o texto hebraico, e de outros que, com diferentes preocupações, trilharam caminhos semelhantes, como Haroldo de Campos e Henri Meschonnic, que ressaltam a necessidade de uma certa liberdade poética para lograr uma maior aproximação com o texto literário original. Iniciamos com um panorama teórico, passando pelos objetivos da presente tradução, seu lócus de produção, as características textuais e culturais do texto original, as estratégias de tradução e a tradução em si, para, por fim, explicitar as estratégias tradutórias no texto em questão.","PeriodicalId":41213,"journal":{"name":"Revista Pistis & Praxis-Teologia e Pastoral","volume":"21 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"83608322","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-05DOI: 10.7213/2175-1838.14.002.ds06
Rita Maria Gomes, Cláudio Vianney Malzoni
O texto de Hebreus traz uma reflexão a respeito do Cristo sacerdote “aperfeiçoado” ou “tornado perfeito”. Esse texto, como os demais textos da Escritura, trazem desafios aos tradutores. Neste artigo, considera-se de modo especial a questão da tradução da expressão chōrís hamartías e seu impacto na compreensão da cristologia de Hebreus. A reflexão segue os seguintes passos: primeiro, uma análise da expressão em importantes dicionários; segundo, uma explanação sobre a cristologia de Hebreus focando na afirmação de Hb 4,15; terceiro, considera-se as principais traduções dessa expressão e quais os critérios que os tradutores precisam seguir na hora de traduzir chōrís hamartías. Com esse percurso, conclui-se que a tradução mais significativa do que pretende o autor de Hebreus é “sem contudo pecar”.
{"title":"expressão chōrís hamartías na Carta aos Hebreus","authors":"Rita Maria Gomes, Cláudio Vianney Malzoni","doi":"10.7213/2175-1838.14.002.ds06","DOIUrl":"https://doi.org/10.7213/2175-1838.14.002.ds06","url":null,"abstract":"O texto de Hebreus traz uma reflexão a respeito do Cristo sacerdote “aperfeiçoado” ou “tornado perfeito”. Esse texto, como os demais textos da Escritura, trazem desafios aos tradutores. Neste artigo, considera-se de modo especial a questão da tradução da expressão chōrís hamartías e seu impacto na compreensão da cristologia de Hebreus. A reflexão segue os seguintes passos: primeiro, uma análise da expressão em importantes dicionários; segundo, uma explanação sobre a cristologia de Hebreus focando na afirmação de Hb 4,15; terceiro, considera-se as principais traduções dessa expressão e quais os critérios que os tradutores precisam seguir na hora de traduzir chōrís hamartías. Com esse percurso, conclui-se que a tradução mais significativa do que pretende o autor de Hebreus é “sem contudo pecar”.","PeriodicalId":41213,"journal":{"name":"Revista Pistis & Praxis-Teologia e Pastoral","volume":"141 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"80052176","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-05DOI: 10.7213/2175-1838.14.002.ds05
A. M. Rodrigues, Leonardo Godinho Nunes
Uma das intrigantes questões de tradução na Epístola aos Hebreus se relaciona com a expressão grega ἅγιος e suas variações, como referência ao santuário. Mais especificamente, há uma dificuldade em determinar se a ocorrência de ἅγιος diz respeito ao santuário de forma geral, ou se refere a um de seus compartimentos em particular. Essa amplitude de possibilidades de significado para a tradução potencialmente influencia a leitura das passagens da epístola que contêm essa expressão, bem como a compreensão de sua teologia como um todo. Nesse contexto, o presente artigo objetiva analisar as traduções de ἅγιος, no campo semântico específico de santuário, para a língua portuguesa, em versões bíblicas da Epístola de Hebreus no Brasil. Em um primeiro momento, o artigo compara as traduções de ἅγιος para santuário em Hebreus realizadas por influentes versões bíblicas no Brasil. A seguir, há uma breve investigação exegética do significado de ἅγιος como santuário em Hebreus para uma avaliação geral de sua tradução na epístola.
{"title":"Ἅγιος como santuário na Epístola aos Hebreus","authors":"A. M. Rodrigues, Leonardo Godinho Nunes","doi":"10.7213/2175-1838.14.002.ds05","DOIUrl":"https://doi.org/10.7213/2175-1838.14.002.ds05","url":null,"abstract":"Uma das intrigantes questões de tradução na Epístola aos Hebreus se relaciona com a expressão grega ἅγιος e suas variações, como referência ao santuário. Mais especificamente, há uma dificuldade em determinar se a ocorrência de ἅγιος diz respeito ao santuário de forma geral, ou se refere a um de seus compartimentos em particular. Essa amplitude de possibilidades de significado para a tradução potencialmente influencia a leitura das passagens da epístola que contêm essa expressão, bem como a compreensão de sua teologia como um todo. Nesse contexto, o presente artigo objetiva analisar as traduções de ἅγιος, no campo semântico específico de santuário, para a língua portuguesa, em versões bíblicas da Epístola de Hebreus no Brasil. Em um primeiro momento, o artigo compara as traduções de ἅγιος para santuário em Hebreus realizadas por influentes versões bíblicas no Brasil. A seguir, há uma breve investigação exegética do significado de ἅγιος como santuário em Hebreus para uma avaliação geral de sua tradução na epístola.","PeriodicalId":41213,"journal":{"name":"Revista Pistis & Praxis-Teologia e Pastoral","volume":"3 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"88755095","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-05DOI: 10.7213/2175-1838.14.002.ao01
J. Á. Ferreira
A memória oral feminina nunca se esqueceu de um momento deslumbrante acontecido nos tempos da experiência do deserto: as cinco filhas de Salfaad exigiram de Moisés e as autoridades a herança (naḥalah) de propriedade (’ahutzah) (Nm 27,4). Ora, esse direito só pertencia aos masculinos. Era o princípio da sucessão patrilinear que privilegiava os masculinos (Dt 21,15-17). Consultando a Deus que disse que as filhas de Salfaad tinham razão, Moisés, diante das autoridades e da comunidade, deu-lhes a propriedade que era a herança do pai. Esse detalhe modificou tudo. Foi a vitória das mulheres diante da prepotência masculina patriarcalista. Foi uma lei nova que veio de Deus (Nm 27,7). No pós-exílio (Séc. VI-IV a.C.), uma linha aberta sacerdotal redigiu a redação final procurando ser fiel aos relatos orais e documentos mais antigos. Porém, outra linha sacerdotal, mais rígida, a seguir, deu um passo atrás (glosa), restringindo a herança de propriedade somente dentro do clã (Nm 36).
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