Pub Date : 2022-09-25DOI: 10.5433/1984-3356.2022v15n29p065-096
J. F. Bertonha
O objetivo desse artigo é discutir as relações entre as Forças Armadas e as milícias do partido (Milizia Volontaria per la Sicurezza Nazionale -MVSN) na Itália de Mussolini e as suas implicações para o funcionamento do regime, seu colapso e recomposição em 1943. Como pano de fundo, será discutida a relação entre Estado e partido durante o fascismo e as implicações dessa relação no campo militar. O caso alemão será apresentado brevemente como contraponto, de forma a identificar semelhanças e diferenças dentro das duas matrizes do universo fascista.
本文的目的是讨论意大利武装部队和墨索里尼政党(Milizia Volontaria per la Sicurezza Nazionale-MVSN)民兵之间的关系,以及它们对1943年政权运作、崩溃和重组的影响。将讨论法西斯主义时期国家和政党之间的关系以及这种关系在军事领域的影响。德国的案例将作为一个对比进行简要介绍,以确定法西斯宇宙的两个矩阵中的相似性和差异性。
{"title":"O monopólio da violência no fascismo italiano.","authors":"J. F. Bertonha","doi":"10.5433/1984-3356.2022v15n29p065-096","DOIUrl":"https://doi.org/10.5433/1984-3356.2022v15n29p065-096","url":null,"abstract":"O objetivo desse artigo é discutir as relações entre as Forças Armadas e as milícias do partido (Milizia Volontaria per la Sicurezza Nazionale -MVSN) na Itália de Mussolini e as suas implicações para o funcionamento do regime, seu colapso e recomposição em 1943. Como pano de fundo, será discutida a relação entre Estado e partido durante o fascismo e as implicações dessa relação no campo militar. O caso alemão será apresentado brevemente como contraponto, de forma a identificar semelhanças e diferenças dentro das duas matrizes do universo fascista.","PeriodicalId":42148,"journal":{"name":"Antiteses","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48295141","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-25DOI: 10.5433/1984-3356.2022v15n29p127-154
E. Cavalcanti
O artigo analisa como os cursos de licenciatura em História no Brasil problematizam a aprendizagem histórica durante o percurso de formação inicial dos professores de História. Para tanto selecionou 27 Projeto Político Pedagógico (PPP) das universidades federais de todos os estados, como opção metodológica para compreender o lugar ocupado pelos estudos sobre aprendizagem histórica através do mapeamento das disciplinas obrigatórias voltadas a essa temática. Os dados catalogados mostram um completo silenciamento, nas instituições pesquisadas, no que tange aos estudos voltados a essa temática indicando que os professores formados nessas instituições podem chegar à sala de aula desconhecendo completamente o debate sobre aprendizagem histórica.
{"title":"O lugar da aprendizagem histórica nos percursos de formação inicial do professor de história no Brasil","authors":"E. Cavalcanti","doi":"10.5433/1984-3356.2022v15n29p127-154","DOIUrl":"https://doi.org/10.5433/1984-3356.2022v15n29p127-154","url":null,"abstract":"O artigo analisa como os cursos de licenciatura em História no Brasil problematizam a aprendizagem histórica durante o percurso de formação inicial dos professores de História. Para tanto selecionou 27 Projeto Político Pedagógico (PPP) das universidades federais de todos os estados, como opção metodológica para compreender o lugar ocupado pelos estudos sobre aprendizagem histórica através do mapeamento das disciplinas obrigatórias voltadas a essa temática. Os dados catalogados mostram um completo silenciamento, nas instituições pesquisadas, no que tange aos estudos voltados a essa temática indicando que os professores formados nessas instituições podem chegar à sala de aula desconhecendo completamente o debate sobre aprendizagem histórica.","PeriodicalId":42148,"journal":{"name":"Antiteses","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47342244","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-25DOI: 10.5433/1984-3356.2022v15n29p014-033
Adriane Pesovento, Cynthia Cristina Ferreira Mota
Este artigo tem como propósito levantar questões e propiciar reflexões sobre estratégias didáticas para o ensino e aprendizagem de conteúdos de história, por meio de experiências teatrais (leituras dramatizadas) vividas pelo Grupo de Teatro Greco-Romano Medeia que se encontra na Amazônia rondoniense. A presença do ausente faz-se notar ao imaginar o passado que ganha “corpos” por meio de performances que expressam outros tempos e assunto, em especial os temas da História Antiga, estudados na contemporaneidade. A metodologia adotada foi a pesquisa-ação, na medida em que se propõe e pratica a extensão universitária, investiga-se o fazer, observando-o, estudando e de algumas maneiras ao recriar acontecimentos, espaços e definições cognitivas na seara de pensar e trazer ao centro o mundo da antiguidade clássica. O estudo e as ações guardam preocupações evidentes, no que concerne anacronismo histórico, todavia, depreende-se que o passado não está enterrado e sim transita no presente, com faces distintas, mas que em muitos sentidos sugerem a presença do ancestral nos fazeres e pensares, ou seja, há uma preocupação em ler o presente em diálogo com o que já foi e que subsiste nos comportamentos e percepções humanas. Assim, toma-se como ponto de reflexão a perspectiva de que o passado não está morto e enterrado, ainda que em materialidade esteja, mas, como produtor de culturas, ele é revisitado a todo momento com intencionalidade de quem o teoriza, escreve, e, de quem lê e estuda na atualidade. Mediante o exposto, concorda-se com a concepção de Bachelard (2013) no que diz respeito a imaginação, que ela sempre será mais do que viver e também com Ricoeur (2007), pois, para ele a imaginação tem como pressuposto o irreal, o fictício, bem como outros traços não posicionais, os quais encontram-se no aporte teórico desses autores que circulam na abordagem da pesquisa. O passado-presente, reinventado para produzir conhecimento e aproximar os que ouvem e veem era o objetivo da intervenção didática/extensão, que se faz enquanto pesquisa-ação. No campo dos elementos procedimentais da pesquisa adotou-se a observação contínua e também o envolvimento dos participantes, ou seja, os que estiveram à frente da proposta de extensão, os estudantes do curso de licenciatura em história, os docentes, e de modo mais apurado as expressões da comunidade que vivenciou as leituras dramatizadas. A baliza temporal que entremeou o estudo corresponde o período entre os anos de 2017 e 2018.
{"title":"Leituras dramatizadas e diálogos sobre ensino de história antiga na Amazônia rondoniense em interface com a pesquisa-ação","authors":"Adriane Pesovento, Cynthia Cristina Ferreira Mota","doi":"10.5433/1984-3356.2022v15n29p014-033","DOIUrl":"https://doi.org/10.5433/1984-3356.2022v15n29p014-033","url":null,"abstract":"Este artigo tem como propósito levantar questões e propiciar reflexões sobre estratégias didáticas para o ensino e aprendizagem de conteúdos de história, por meio de experiências teatrais (leituras dramatizadas) vividas pelo Grupo de Teatro Greco-Romano Medeia que se encontra na Amazônia rondoniense. A presença do ausente faz-se notar ao imaginar o passado que ganha “corpos” por meio de performances que expressam outros tempos e assunto, em especial os temas da História Antiga, estudados na contemporaneidade. A metodologia adotada foi a pesquisa-ação, na medida em que se propõe e pratica a extensão universitária, investiga-se o fazer, observando-o, estudando e de algumas maneiras ao recriar acontecimentos, espaços e definições cognitivas na seara de pensar e trazer ao centro o mundo da antiguidade clássica. O estudo e as ações guardam preocupações evidentes, no que concerne anacronismo histórico, todavia, depreende-se que o passado não está enterrado e sim transita no presente, com faces distintas, mas que em muitos sentidos sugerem a presença do ancestral nos fazeres e pensares, ou seja, há uma preocupação em ler o presente em diálogo com o que já foi e que subsiste nos comportamentos e percepções humanas. Assim, toma-se como ponto de reflexão a perspectiva de que o passado não está morto e enterrado, ainda que em materialidade esteja, mas, como produtor de culturas, ele é revisitado a todo momento com intencionalidade de quem o teoriza, escreve, e, de quem lê e estuda na atualidade. Mediante o exposto, concorda-se com a concepção de Bachelard (2013) no que diz respeito a imaginação, que ela sempre será mais do que viver e também com Ricoeur (2007), pois, para ele a imaginação tem como pressuposto o irreal, o fictício, bem como outros traços não posicionais, os quais encontram-se no aporte teórico desses autores que circulam na abordagem da pesquisa. O passado-presente, reinventado para produzir conhecimento e aproximar os que ouvem e veem era o objetivo da intervenção didática/extensão, que se faz enquanto pesquisa-ação. No campo dos elementos procedimentais da pesquisa adotou-se a observação contínua e também o envolvimento dos participantes, ou seja, os que estiveram à frente da proposta de extensão, os estudantes do curso de licenciatura em história, os docentes, e de modo mais apurado as expressões da comunidade que vivenciou as leituras dramatizadas. A baliza temporal que entremeou o estudo corresponde o período entre os anos de 2017 e 2018.","PeriodicalId":42148,"journal":{"name":"Antiteses","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44821778","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-25DOI: 10.5433/1984-3356.2022v15n29p034-064
Aristeu Elisandro Machado Lopes, Fernando Ripe, Mauro Dillmann
O artigo apresenta um delineamento representativo de uma parcela dos professores/as de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, que entre as décadas de 1930 e 1940 solicitaram carteira profissional junto à Delegacia Regional do Trabalho, em contexto de expansão do ensino, de mudanças na profissionalização professoral e nas políticas vinculadas ao trabalho no Brasil. Com fontes inéditas, fichas de qualificação profissional e fotografias 3x4, investigamos quem eram esses trabalhadores docentes que atuavam em instituições escolares da capital sul-rio-grandense, com atenção às especificidades pessoais (nome próprio, instrução, estado civil, cor, sexo, nascimento) e fisionômicas. A análise buscou compreender como as experiências dos registros fotográficos permitem apreender singularidades individuais conformadoras de imagens do “ser professor”.
{"title":"Trabalhadores professores em fotografias 3x4","authors":"Aristeu Elisandro Machado Lopes, Fernando Ripe, Mauro Dillmann","doi":"10.5433/1984-3356.2022v15n29p034-064","DOIUrl":"https://doi.org/10.5433/1984-3356.2022v15n29p034-064","url":null,"abstract":"O artigo apresenta um delineamento representativo de uma parcela dos professores/as de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, que entre as décadas de 1930 e 1940 solicitaram carteira profissional junto à Delegacia Regional do Trabalho, em contexto de expansão do ensino, de mudanças na profissionalização professoral e nas políticas vinculadas ao trabalho no Brasil. Com fontes inéditas, fichas de qualificação profissional e fotografias 3x4, investigamos quem eram esses trabalhadores docentes que atuavam em instituições escolares da capital sul-rio-grandense, com atenção às especificidades pessoais (nome próprio, instrução, estado civil, cor, sexo, nascimento) e fisionômicas. A análise buscou compreender como as experiências dos registros fotográficos permitem apreender singularidades individuais conformadoras de imagens do “ser professor”.","PeriodicalId":42148,"journal":{"name":"Antiteses","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45008003","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-25DOI: 10.5433/1984-3356.2022v15n29p250-279
Raimundo Helio Lopes
O presente artigo busca analisar as tropas do Governo Provisório que lutaram na guerra civil de 1932, mais conhecida como “Revolução Constitucionalista de 1932”. Para tanto, inicialmente concentrar-se-á na formação e estrutura das tropas, investigando como elas foram construídas a partir da opção do governo federal e da ação dos interventores estaduais. As tropas varguistas foram compostas por militares das forças armadas, polícias estaduais e voluntários, de modo similar às tropas arregimentas pelo estado de São Paulo. Em um segundo momento, o artigo analisa como as tropas do Governo Provisório foram retratadas na historiografia, acadêmica ou não, sobre o evento. Nesse aspecto, é notório que o discurso construído pelos adversários paulistas sobre essas forças, marcado pela desqualificação e depreciação, foi forte e amplo e ainda hoje é recorrente na maioria das análises sobre esse evento.
{"title":"As tropas do governo provisório na guerra civil de 1932","authors":"Raimundo Helio Lopes","doi":"10.5433/1984-3356.2022v15n29p250-279","DOIUrl":"https://doi.org/10.5433/1984-3356.2022v15n29p250-279","url":null,"abstract":"O presente artigo busca analisar as tropas do Governo Provisório que lutaram na guerra civil de 1932, mais conhecida como “Revolução Constitucionalista de 1932”. Para tanto, inicialmente concentrar-se-á na formação e estrutura das tropas, investigando como elas foram construídas a partir da opção do governo federal e da ação dos interventores estaduais. As tropas varguistas foram compostas por militares das forças armadas, polícias estaduais e voluntários, de modo similar às tropas arregimentas pelo estado de São Paulo. Em um segundo momento, o artigo analisa como as tropas do Governo Provisório foram retratadas na historiografia, acadêmica ou não, sobre o evento. Nesse aspecto, é notório que o discurso construído pelos adversários paulistas sobre essas forças, marcado pela desqualificação e depreciação, foi forte e amplo e ainda hoje é recorrente na maioria das análises sobre esse evento.","PeriodicalId":42148,"journal":{"name":"Antiteses","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44315972","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-25DOI: 10.5433/1984-3356.2022v15n29p416-425
Rafael Dias Scarelli
Neste texto, apresento a resenha do livro Utopias latino-americanas: política, sociedade e cultura, publicado no ano de 2021 pela Editora Contexto. A obra é organizada pela historiadora Maria Ligia Coelho Prado, professora emérita da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. Conta com 22 capítulos, distribuídos em cinco seções, que exploram diferentes utopias latino-americanas: étnico-raciais e de gênero, do conhecimento, das representações e imaginários, políticas, da integração e da identidade latino-americana. A preocupação com os projetos utópicos que tiveram lugar na América Latina articula os capítulos do livro, dando-lhe um fio condutor que percorre as suas páginas. As múltiplas utopias exploradas nas cinco seções colocam em cena numerosos personagens, conectando espaços e temporalidades, desde o século XIX até o nosso tempo presente. O Brasil está presente em diversos capítulos, seja em perspectiva comparada com outros países, seja dentro das reflexões a respeito dos projetos de integração da região.
{"title":"PRADO, Maria Ligia Coelho (Org.). Utopias latino-americanas: política, sociedade, cultura. São Paulo: Contexto, 2021, 416p.","authors":"Rafael Dias Scarelli","doi":"10.5433/1984-3356.2022v15n29p416-425","DOIUrl":"https://doi.org/10.5433/1984-3356.2022v15n29p416-425","url":null,"abstract":"Neste texto, apresento a resenha do livro Utopias latino-americanas: política, sociedade e cultura, publicado no ano de 2021 pela Editora Contexto. A obra é organizada pela historiadora Maria Ligia Coelho Prado, professora emérita da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. Conta com 22 capítulos, distribuídos em cinco seções, que exploram diferentes utopias latino-americanas: étnico-raciais e de gênero, do conhecimento, das representações e imaginários, políticas, da integração e da identidade latino-americana. A preocupação com os projetos utópicos que tiveram lugar na América Latina articula os capítulos do livro, dando-lhe um fio condutor que percorre as suas páginas. As múltiplas utopias exploradas nas cinco seções colocam em cena numerosos personagens, conectando espaços e temporalidades, desde o século XIX até o nosso tempo presente. O Brasil está presente em diversos capítulos, seja em perspectiva comparada com outros países, seja dentro das reflexões a respeito dos projetos de integração da região.","PeriodicalId":42148,"journal":{"name":"Antiteses","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46926902","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-25DOI: 10.5433/1984-3356.2022v15n29p220-249
André Barbosa Fraga, Mayra Coan Lago, T. Mourelle
A Revolução de 1930 foi um movimento político-militar heterogêneo que encerrou a Primeira República (1889-1930) e levou Getúlio Vargas ao poder. Esse evento histórico gerou diversas leituras tanto de contemporâneos a ele quanto de especialistas brasileiros posteriores a tal acontecimento, sobretudo historiadores e cientistas sociais. O presente artigo tem como objetivo mapear e apresentar, em linhas gerais, as principais interpretações a respeito da Revolução de 1930 e de seus desdobramentos. Sendo assim, espera-se contribuir para sistematizar as visões memorialísticas e historiográficas sobre 1930.
{"title":"Interpretações sobre a Revolução de 1930","authors":"André Barbosa Fraga, Mayra Coan Lago, T. Mourelle","doi":"10.5433/1984-3356.2022v15n29p220-249","DOIUrl":"https://doi.org/10.5433/1984-3356.2022v15n29p220-249","url":null,"abstract":"A Revolução de 1930 foi um movimento político-militar heterogêneo que encerrou a Primeira República (1889-1930) e levou Getúlio Vargas ao poder. Esse evento histórico gerou diversas leituras tanto de contemporâneos a ele quanto de especialistas brasileiros posteriores a tal acontecimento, sobretudo historiadores e cientistas sociais. O presente artigo tem como objetivo mapear e apresentar, em linhas gerais, as principais interpretações a respeito da Revolução de 1930 e de seus desdobramentos. Sendo assim, espera-se contribuir para sistematizar as visões memorialísticas e historiográficas sobre 1930.","PeriodicalId":42148,"journal":{"name":"Antiteses","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47094485","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-25DOI: 10.5433/1984-3356.2022v15n29p336-365
D. Angeli, Rafael Navarro Costa
Com o fim do Estado Novo (1937-1945), muitas mudanças ocorreram no sistema político e partidário no Brasil. Getúlio Vargas e seu grupo político articularam e negociaram essas alterações, processo que se acentuou a partir de 1944. Tais esforços estavam concentrados em estabelecer um código eleitoral que levasse o país a um modelo democrático e, ao mesmo tempo, não significasse o enfraquecimento de seu grupo político. Esse movimento acabou resultando na publicação do código eleitoral de 1945, o Decreto-Lei 7.586 de 1945, conhecido como Lei Agamenon. Nosso objetivo nesse artigo é analisar, a partir de fontes relativas ao código eleitoral e dos dados eleitorais, as mudanças ocorridas no processo eleitoral, na qualificação e alistamento dos eleitores e na constituição dos partidos políticos brasileiros, e seus impactos nos resultados das eleições de 2 de dezembro de 1945.
{"title":"A Lei Agamenon e as eleições de 1945","authors":"D. Angeli, Rafael Navarro Costa","doi":"10.5433/1984-3356.2022v15n29p336-365","DOIUrl":"https://doi.org/10.5433/1984-3356.2022v15n29p336-365","url":null,"abstract":"Com o fim do Estado Novo (1937-1945), muitas mudanças ocorreram no sistema político e partidário no Brasil. Getúlio Vargas e seu grupo político articularam e negociaram essas alterações, processo que se acentuou a partir de 1944. Tais esforços estavam concentrados em estabelecer um código eleitoral que levasse o país a um modelo democrático e, ao mesmo tempo, não significasse o enfraquecimento de seu grupo político. Esse movimento acabou resultando na publicação do código eleitoral de 1945, o Decreto-Lei 7.586 de 1945, conhecido como Lei Agamenon. Nosso objetivo nesse artigo é analisar, a partir de fontes relativas ao código eleitoral e dos dados eleitorais, as mudanças ocorridas no processo eleitoral, na qualificação e alistamento dos eleitores e na constituição dos partidos políticos brasileiros, e seus impactos nos resultados das eleições de 2 de dezembro de 1945.","PeriodicalId":42148,"journal":{"name":"Antiteses","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"70704861","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-25DOI: 10.5433/1984-3356.2022v15n29p280-313
Raphael Peixoto de Paula Marques, R. Cabral
A pesquisa tem como objetivo analisar, da perspectiva da história do direito, o debate em torno da anistia ocorrido durante o Regime Vargas (1930-1935). Partindo das discussões jurídicas e das demandas por anistia feitas especialmente pelos atingidos por atos do Governo Provisório, o trabalho procura identificar a forma e as razões das anistias concedidas durante o período, bem como identificar as metáforas, imagens e representações construídas em torno dessa medida político-jurídica. Argumenta-se que o instituto da anistia foi um importante instrumento de disputa política e jurídica nesse período, servindo como um meio para selecionar quem seria “perdoado” e o que seria “esquecido”. No contexto histórico estudado, o regime jurídico criado pelas anistias exigiu dos anistiados esforços individuais para garantir seus benefícios, gerando resultados muitas vezes desiguais.
{"title":"Percursos da(s) anistia(s) no Regime Vargas (1930-1935)","authors":"Raphael Peixoto de Paula Marques, R. Cabral","doi":"10.5433/1984-3356.2022v15n29p280-313","DOIUrl":"https://doi.org/10.5433/1984-3356.2022v15n29p280-313","url":null,"abstract":"A pesquisa tem como objetivo analisar, da perspectiva da história do direito, o debate em torno da anistia ocorrido durante o Regime Vargas (1930-1935). Partindo das discussões jurídicas e das demandas por anistia feitas especialmente pelos atingidos por atos do Governo Provisório, o trabalho procura identificar a forma e as razões das anistias concedidas durante o período, bem como identificar as metáforas, imagens e representações construídas em torno dessa medida político-jurídica. Argumenta-se que o instituto da anistia foi um importante instrumento de disputa política e jurídica nesse período, servindo como um meio para selecionar quem seria “perdoado” e o que seria “esquecido”. No contexto histórico estudado, o regime jurídico criado pelas anistias exigiu dos anistiados esforços individuais para garantir seus benefícios, gerando resultados muitas vezes desiguais.","PeriodicalId":42148,"journal":{"name":"Antiteses","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47360217","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-25DOI: 10.5433/1984-3356.2022v15n29p097-126
L. Rust
Este artigo apresenta um estudo sobre o primeiro livro de Libri Tres Adversus Simoniacos, obra composta pelo cardeal Humberto da Silva Cândida por volta de 1058 e um dos mais conhecidos documentos latinos do século XI. Tem por objetivo revisitar um antigo problema historiográfico: sondar a identidade e a relevância histórica do corruptor, personagem que aparece exclusivamente no primeiro dos três livros. Adotando o conceito de “encaixe discursivo” proposto por Michel Pêcheux, articulo a hipótese de que a figura do corruptor demarca um efeito ideológico sistemático como veículo de um posicionamento no interior de uma competição intra-institucional pela hegemonia papal.
{"title":"Homo Corruptus","authors":"L. Rust","doi":"10.5433/1984-3356.2022v15n29p097-126","DOIUrl":"https://doi.org/10.5433/1984-3356.2022v15n29p097-126","url":null,"abstract":"Este artigo apresenta um estudo sobre o primeiro livro de Libri Tres Adversus Simoniacos, obra composta pelo cardeal Humberto da Silva Cândida por volta de 1058 e um dos mais conhecidos documentos latinos do século XI. Tem por objetivo revisitar um antigo problema historiográfico: sondar a identidade e a relevância histórica do corruptor, personagem que aparece exclusivamente no primeiro dos três livros. Adotando o conceito de “encaixe discursivo” proposto por Michel Pêcheux, articulo a hipótese de que a figura do corruptor demarca um efeito ideológico sistemático como veículo de um posicionamento no interior de uma competição intra-institucional pela hegemonia papal.","PeriodicalId":42148,"journal":{"name":"Antiteses","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44874097","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}