Pub Date : 2024-07-23DOI: 10.14295/rbhcs.v16i32.16509
L. Lima
Este artigo analisa do papel de dois juristas brasileiros, Clovis Bevilaqua e Raul Fernandes, na elaboração do Estatuto da Corte Permanente de Justiça Internacional, questionando-se se existiam elementos nacionais ou regionais em suas contribuições ou atuação. Os dois juristas participaram em diferentes momentos ao longo processo de confecção do Estatuto, e suas respectivas contribuições foram variadas. está estruturado em quatro partes. Com análise bibliográfica documental e obras doutrinais comentando os autores, este artigo analisa o projeto de Bevilaqua, bem como seu papel como formulador de políticas e sua não adesão às ideias do direito internacional americano. Em seguida, o foco se volta para Raul Fernandes, o delegado brasileiro no Comitê Consultivo de Juristas e no Conselho da Liga das Nações. Argumenta-se que o regionalismo defendido por esses autores era um regionalismo muito mais interessado em um projeto de inserção do Brasil no cenário internacional do que em uma tentativa de irrigar a nascente corte internacional com elementos da cultura jurídica latino-americana
{"title":"A participação brasileira na elaboração do Estatuto da CPJI: o papel de Clovis Bevilaqua a Raul Fernandes","authors":"L. Lima","doi":"10.14295/rbhcs.v16i32.16509","DOIUrl":"https://doi.org/10.14295/rbhcs.v16i32.16509","url":null,"abstract":"Este artigo analisa do papel de dois juristas brasileiros, Clovis Bevilaqua e Raul Fernandes, na elaboração do Estatuto da Corte Permanente de Justiça Internacional, questionando-se se existiam elementos nacionais ou regionais em suas contribuições ou atuação. Os dois juristas participaram em diferentes momentos ao longo processo de confecção do Estatuto, e suas respectivas contribuições foram variadas. está estruturado em quatro partes. Com análise bibliográfica documental e obras doutrinais comentando os autores, este artigo analisa o projeto de Bevilaqua, bem como seu papel como formulador de políticas e sua não adesão às ideias do direito internacional americano. Em seguida, o foco se volta para Raul Fernandes, o delegado brasileiro no Comitê Consultivo de Juristas e no Conselho da Liga das Nações. Argumenta-se que o regionalismo defendido por esses autores era um regionalismo muito mais interessado em um projeto de inserção do Brasil no cenário internacional do que em uma tentativa de irrigar a nascente corte internacional com elementos da cultura jurídica latino-americana","PeriodicalId":508338,"journal":{"name":"Revista Brasileira de História & Ciências Sociais","volume":"18 8","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-07-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141810386","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-07-23DOI: 10.14295/rbhcs.v16i32.16451
Frederik Dhondt
O artigo analisa as concepções presentes nos escritos do jurista francês Joseph-Marie Portalis acerca do direito das gentes e do direito da guerra no período em que se encontrava na Académie des sciences morales et politiques do Institut de France, em particular o relatório apresentado – enquanto avaliador – no âmbito do certame voltado a selecionar uma dissertação sobre o progresso do direito das gentes desde a Paz da Vestefália, notoriamente sobre os princípios morais subjacentes às regras que concernem a guerra e a paz, em 1841, e no opúsculo “Sur la guerre”, de 1856. Em ambos emergem concepções eminentemente conservadoras sobre as relações internacionais, o direito das gentes e os fenômenos bélicos, regidas por convicções jusnaturalistas de clara proveniência católica, que caracterizam determinados ambientes culturais da academia francesa da segunda metade do XIX século.
文章分析了法国法学家约瑟夫-马里-波塔里斯(Joseph-Marie Portalis)在法兰西学院道德与政治科学院工作期间的著作中关于万国法和战争法的概念、特别是在 1841 年举办的关于威斯特伐利亚和约(尤其是关于战争与和平规则所依据的道德原则)以来万国法进展的论文评选活动中,作为评审人提交的报告,以及在 1856 年出版的小册子《战争论》(Sur la guerre)中提交的报告。在这两本书中,出现了关于国际关系、万国法和战争现象的极为保守的观念,这些观念受到明显源于天主教的自然主义信念的支配,这也是 19 世纪下半叶法国学术界某些文化环境的特点。
{"title":"Portalis e o direito das gentes","authors":"Frederik Dhondt","doi":"10.14295/rbhcs.v16i32.16451","DOIUrl":"https://doi.org/10.14295/rbhcs.v16i32.16451","url":null,"abstract":"O artigo analisa as concepções presentes nos escritos do jurista francês Joseph-Marie Portalis acerca do direito das gentes e do direito da guerra no período em que se encontrava na Académie des sciences morales et politiques do Institut de France, em particular o relatório apresentado – enquanto avaliador – no âmbito do certame voltado a selecionar uma dissertação sobre o progresso do direito das gentes desde a Paz da Vestefália, notoriamente sobre os princípios morais subjacentes às regras que concernem a guerra e a paz, em 1841, e no opúsculo “Sur la guerre”, de 1856. Em ambos emergem concepções eminentemente conservadoras sobre as relações internacionais, o direito das gentes e os fenômenos bélicos, regidas por convicções jusnaturalistas de clara proveniência católica, que caracterizam determinados ambientes culturais da academia francesa da segunda metade do XIX século.","PeriodicalId":508338,"journal":{"name":"Revista Brasileira de História & Ciências Sociais","volume":"122 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-07-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141811696","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-07-23DOI: 10.14295/rbhcs.v16i32.16568
T. Romero, Wanda Helena Mendes Muniz Falcão, Vinicius Villani Abrantes
Este artigo tem como centrais objetivos: (i) identificar e (ii) analisar as principais contribuições desenvolvidas por Francisco de Vitória para o Direito Internacional. Dessa maneira, a partir de sua obra De Indes, faz-se pelo método indutivo, e de autores de matriz pós-colonial (como Boaventura de Sousa Santos e Aníbal Quijano) reflexões analitícas necessárias para um giro epistemológico no Direito Internacional, que atualmente, a aqui se propõe a ser estudado a partir do Sul Global. O anseio do desenvolvimento desta pesquisa visa dentre os espaços abissais, localizados em Boaventura de Sousa Santos, propiciar tensionamentos e, assim, isto trazer à disciplina em destaque novas visões que colaboram para que lugares anteriormente marginalizados passem a ter novas proposições no Direito Internacional.
{"title":"Das contribuições de Francisco de Vitória ao necessário giro epistemológico para as Américas: o Direito Internacional redimensionado a partir do Sul Global","authors":"T. Romero, Wanda Helena Mendes Muniz Falcão, Vinicius Villani Abrantes","doi":"10.14295/rbhcs.v16i32.16568","DOIUrl":"https://doi.org/10.14295/rbhcs.v16i32.16568","url":null,"abstract":"Este artigo tem como centrais objetivos: (i) identificar e (ii) analisar as principais contribuições desenvolvidas por Francisco de Vitória para o Direito Internacional. Dessa maneira, a partir de sua obra De Indes, faz-se pelo método indutivo, e de autores de matriz pós-colonial (como Boaventura de Sousa Santos e Aníbal Quijano) reflexões analitícas necessárias para um giro epistemológico no Direito Internacional, que atualmente, a aqui se propõe a ser estudado a partir do Sul Global. O anseio do desenvolvimento desta pesquisa visa dentre os espaços abissais, localizados em Boaventura de Sousa Santos, propiciar tensionamentos e, assim, isto trazer à disciplina em destaque novas visões que colaboram para que lugares anteriormente marginalizados passem a ter novas proposições no Direito Internacional. ","PeriodicalId":508338,"journal":{"name":"Revista Brasileira de História & Ciências Sociais","volume":"27 6","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-07-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141813287","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-07-23DOI: 10.14295/rbhcs.v16i32.16429
Alice Lopes Fabris
No século XIX, a proteção de monumentos históricos e obras de arte em tempos de guerra começou a ser codificada como um princípio jus gentium. Os primeiros instrumentos humanitários contudo não eram universais: o Código Lieber de 1863 dos Estados Unidos da América, a Convenção de Genebra para a Melhoria da Condição dos Feridos nos Exércitos em Campo de 1864, redigida por Estados europeus e americanos, a Declaração de Bruxelas de 1874, assinada por países europeus, e o Manual de Oxford de 1880, redigido e aprovado por advogados europeus e americanos, foi somente com a Convenção de Paz de Haia, em 1899, que houve um fórum universal para discutir princípios humanitários. Nessa conferência, um princípio versando sobre a proteção de uma determinada propriedade foi aceito por unanimidade. Contudo, esses princípios e os instrumentos que os estipulavam foram inspirados e estabelecidos pelos países ocidentais. No entanto, eles foram implementados no continente asiático durante conflitos cruciais nos séculos XIX e XX que marcaram sua história. Assim, um estudo sobre a aceitação desses princípios humanitários pelos Estados asiáticos, uma vez que eles não participaram do processo de elaboração, é importante para entender a amplitude do consenso desse princípio. No presente artigo, será discutida a aplicação do princípio para a proteção de monumentos históricos e obras de arte em tempos de guerra nos conflitos asiáticos antes da Primeira Guerra Mundial. A prática em dois conflitos, a Primeira Guerra Sino-Japonesa de 1894-1895 e a Guerra Russo-Japonesa de 1904-1905, será analisada.
{"title":"PRÁCTICA de los estados asiáticos en la aplicación del principio de protección de monumentos y obras de arte antes de la Primera Guerra Mundial","authors":"Alice Lopes Fabris","doi":"10.14295/rbhcs.v16i32.16429","DOIUrl":"https://doi.org/10.14295/rbhcs.v16i32.16429","url":null,"abstract":"No século XIX, a proteção de monumentos históricos e obras de arte em tempos de guerra começou a ser codificada como um princípio jus gentium. Os primeiros instrumentos humanitários contudo não eram universais: o Código Lieber de 1863 dos Estados Unidos da América, a Convenção de Genebra para a Melhoria da Condição dos Feridos nos Exércitos em Campo de 1864, redigida por Estados europeus e americanos, a Declaração de Bruxelas de 1874, assinada por países europeus, e o Manual de Oxford de 1880, redigido e aprovado por advogados europeus e americanos, foi somente com a Convenção de Paz de Haia, em 1899, que houve um fórum universal para discutir princípios humanitários. Nessa conferência, um princípio versando sobre a proteção de uma determinada propriedade foi aceito por unanimidade. Contudo, esses princípios e os instrumentos que os estipulavam foram inspirados e estabelecidos pelos países ocidentais. No entanto, eles foram implementados no continente asiático durante conflitos cruciais nos séculos XIX e XX que marcaram sua história. Assim, um estudo sobre a aceitação desses princípios humanitários pelos Estados asiáticos, uma vez que eles não participaram do processo de elaboração, é importante para entender a amplitude do consenso desse princípio. No presente artigo, será discutida a aplicação do princípio para a proteção de monumentos históricos e obras de arte em tempos de guerra nos conflitos asiáticos antes da Primeira Guerra Mundial. A prática em dois conflitos, a Primeira Guerra Sino-Japonesa de 1894-1895 e a Guerra Russo-Japonesa de 1904-1905, será analisada.","PeriodicalId":508338,"journal":{"name":"Revista Brasileira de História & Ciências Sociais","volume":"77 12","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-07-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141810321","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-07-23DOI: 10.14295/rbhcs.v16i32.16582
Francieli Lunelli Santos
Este artigo objetiva analisar o modo como a mídia impressa brasileira publicizou o processo judicial, ocorrido em 1968, em Alsdorf, na Alemanha, a partir de ação ajuizada por 23 pais de filhos nascidos com deficiências físicas supostamente causadas por talidomida. Este medicamento era consumido para evitar enjoos, durante a gravidez. O consumo gestacional, demonstrou-se capaz de gerar embriopatias (ausência total ou parcial dos membros superiores e/ou inferiores do corpo). No texto, discute-se a história do medicamento, desde sua criação até a descoberta dos efeitos nocivos. E também, postulam-se questões acerca do julgamento, evidenciadas através da mídia impressa brasileira. O processo judicial resultou em acordo entre partes e foi criticado, por não compensar os danos causados, deixando a indústria farmacêutica, em franca expansão na época, ilesa de responsabilidade, homologando valores discutíveis e desproporcionais aos percalços impostos pela deficiência.
{"title":"THALIDOMIDE SUR LE SIÈGE DU DÉFENDEUR : LE DROIT ALLEMAND ET LE PROCÈS ALSDORF (1968)","authors":"Francieli Lunelli Santos","doi":"10.14295/rbhcs.v16i32.16582","DOIUrl":"https://doi.org/10.14295/rbhcs.v16i32.16582","url":null,"abstract":"Este artigo objetiva analisar o modo como a mídia impressa brasileira publicizou o processo judicial, ocorrido em 1968, em Alsdorf, na Alemanha, a partir de ação ajuizada por 23 pais de filhos nascidos com deficiências físicas supostamente causadas por talidomida. Este medicamento era consumido para evitar enjoos, durante a gravidez. O consumo gestacional, demonstrou-se capaz de gerar embriopatias (ausência total ou parcial dos membros superiores e/ou inferiores do corpo). No texto, discute-se a história do medicamento, desde sua criação até a descoberta dos efeitos nocivos. E também, postulam-se questões acerca do julgamento, evidenciadas através da mídia impressa brasileira. O processo judicial resultou em acordo entre partes e foi criticado, por não compensar os danos causados, deixando a indústria farmacêutica, em franca expansão na época, ilesa de responsabilidade, homologando valores discutíveis e desproporcionais aos percalços impostos pela deficiência.","PeriodicalId":508338,"journal":{"name":"Revista Brasileira de História & Ciências Sociais","volume":"60 5","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-07-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141810446","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-12-21DOI: 10.14295/rbhcs.v15i30.14542
Joana d’Arc de Vasconcelos Neves, Camila de Cássia Brito
O estudo investiga as Representações Sociais da Mulher Negra universitária sobre os Sentidos de ser mulher negra e identidade social, com base teórica das Representações Sociais de Moscovici (1978; 2005) Jodelet (2001) (re)construídas a partir da Teoria Ego – Ecológica de Zavalloni (1980) Atrela a discussão do autorreconhecimento de cor-raça da mulher marajoara negra aos debates de autores como Munanga (2006) Akotirene(2019) e Gomes ( 2012) sobre a identidade da negritude. Os dados obtidos por meio de entrevistas semi estruturadas apresentam como resultados parte da categoria da Identidade Conhecida estudada pela Teoria Ego-ecológica em três fases. Provocam a partir dos discursos das participantes representações sociais acerca de uma identidade social construída numa base familiar e em um ambiente universitário, havendo a necessidade de representações de cada sujeito acerca de si mesmo para que se perceba como resultado do meio.
{"title":"Representações Sociais da Mulher Marajoara sobre Ser mulher negra e as reverberações de sua identidade social","authors":"Joana d’Arc de Vasconcelos Neves, Camila de Cássia Brito","doi":"10.14295/rbhcs.v15i30.14542","DOIUrl":"https://doi.org/10.14295/rbhcs.v15i30.14542","url":null,"abstract":"O estudo investiga as Representações Sociais da Mulher Negra universitária sobre os Sentidos de ser mulher negra e identidade social, com base teórica das Representações Sociais de Moscovici (1978; 2005) Jodelet (2001) (re)construídas a partir da Teoria Ego – Ecológica de Zavalloni (1980) Atrela a discussão do autorreconhecimento de cor-raça da mulher marajoara negra aos debates de autores como Munanga (2006) Akotirene(2019) e Gomes ( 2012) sobre a identidade da negritude. Os dados obtidos por meio de entrevistas semi estruturadas apresentam como resultados parte da categoria da Identidade Conhecida estudada pela Teoria Ego-ecológica em três fases. Provocam a partir dos discursos das participantes representações sociais acerca de uma identidade social construída numa base familiar e em um ambiente universitário, havendo a necessidade de representações de cada sujeito acerca de si mesmo para que se perceba como resultado do meio.","PeriodicalId":508338,"journal":{"name":"Revista Brasileira de História & Ciências Sociais","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-12-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139167065","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-12-21DOI: 10.14295/rbhcs.v15i30.14835
Otávio Dias de Souza Ferreira
Desde o início da redemocratização vários atores coletivos foram se agrupando em São Paulo para lidar com a defesa e promoção de direitos humanos no sistema punitivo. Conviveram entre si numa ecologia organizacional, empreendendo numerosas iniciativas políticas e enfrentando transformações na esfera pública. Apesar de um ranço autoritário na sociedade e em instituições de controle, o momento inicial mostrou-se favorável politicamente para a defesa de direitos humanos, mas uma grave crise se instaurou no campo. Esse trabalho analisa esses fenômenos de modo descritivo, entre 2012 e 2019, embasado em banco de dados documental, respostas de autoridades estatais a pedidos de acesso à informação e em entrevistas realizadas com lideranças e ativistas de organizações da sociedade civil.
{"title":"Sobrevivência em ambiente de crescente hostilidade","authors":"Otávio Dias de Souza Ferreira","doi":"10.14295/rbhcs.v15i30.14835","DOIUrl":"https://doi.org/10.14295/rbhcs.v15i30.14835","url":null,"abstract":"Desde o início da redemocratização vários atores coletivos foram se agrupando em São Paulo para lidar com a defesa e promoção de direitos humanos no sistema punitivo. Conviveram entre si numa ecologia organizacional, empreendendo numerosas iniciativas políticas e enfrentando transformações na esfera pública. Apesar de um ranço autoritário na sociedade e em instituições de controle, o momento inicial mostrou-se favorável politicamente para a defesa de direitos humanos, mas uma grave crise se instaurou no campo. Esse trabalho analisa esses fenômenos de modo descritivo, entre 2012 e 2019, embasado em banco de dados documental, respostas de autoridades estatais a pedidos de acesso à informação e em entrevistas realizadas com lideranças e ativistas de organizações da sociedade civil.","PeriodicalId":508338,"journal":{"name":"Revista Brasileira de História & Ciências Sociais","volume":"57 20","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-12-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139166511","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-12-21DOI: 10.14295/rbhcs.v15i30.14989
José Júnior
Problematiza-se a emergência da infância e da criança como objeto de investigação histórica. Indaga, do interior de um campo desenhado em um profícuo diálogo interdisciplinar, sobre o “como” e os “porquês” do modo de tratar certa imagem da criança e da infância associada com a violência e a marginalização. Apesar das diferenças mapeáveis entre algumas obras e autorias, continua-se a caracterizar a infância sob o signo de uma “minoridade”. Assim, este texto contribui tanto para um debate nos termos de uma epistemologia da história que auxilie (re) pensar temas como sujeito da história, estrutura/sujeito e agência, como também faz da crítica historiográfica um modo de pensar diferentemente. Ao olhar para a historiografia brasileira e estrangeira busca-se pluralizar as noções de infâncias e crianças, reconhecendo que a produção do discurso historiográfico se associa ou questiona algumas imagens e formas de inteligibilidade que incidem sobre a pesquisa, a escrita e a tessitura de um saber.
{"title":"historiografia da infância na berlinda (?)","authors":"José Júnior","doi":"10.14295/rbhcs.v15i30.14989","DOIUrl":"https://doi.org/10.14295/rbhcs.v15i30.14989","url":null,"abstract":"Problematiza-se a emergência da infância e da criança como objeto de investigação histórica. Indaga, do interior de um campo desenhado em um profícuo diálogo interdisciplinar, sobre o “como” e os “porquês” do modo de tratar certa imagem da criança e da infância associada com a violência e a marginalização. Apesar das diferenças mapeáveis entre algumas obras e autorias, continua-se a caracterizar a infância sob o signo de uma “minoridade”. Assim, este texto contribui tanto para um debate nos termos de uma epistemologia da história que auxilie (re) pensar temas como sujeito da história, estrutura/sujeito e agência, como também faz da crítica historiográfica um modo de pensar diferentemente. Ao olhar para a historiografia brasileira e estrangeira busca-se pluralizar as noções de infâncias e crianças, reconhecendo que a produção do discurso historiográfico se associa ou questiona algumas imagens e formas de inteligibilidade que incidem sobre a pesquisa, a escrita e a tessitura de um saber.","PeriodicalId":508338,"journal":{"name":"Revista Brasileira de História & Ciências Sociais","volume":"3 6","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-12-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139167067","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-12-21DOI: 10.14295/rbhcs.v15i30.15694
B. Fernadez
A investigação acerca das causas, evolução e consequências das dificuldades da inserção feminina no mercado de trabalho formal vem despertando interesse acadêmico crescente pelo menos desde a década de 1970. No contexto dessa temática, o artigo analisa o avanço da participação feminina no mercado de trabalho brasileiro entre as décadas de 1920 e 1940 e o seu posterior retrocesso, na década de 1950. Examinamos três hipóteses para tentar compreender o fenômeno, nomeadamente: as mudanças na economia suscitadas pela Segunda Guerra Mundial, a onda de industrialização do Brasil promovida entre 1930 e 1945 e a influência do patriarcado e do machismo presentes na sociedade brasileira do pós-guerra. Nosso intuito é contribuir para o preenchimento de uma lacuna nos estudos que envolvem o trabalho feminino no Brasil, especialmente na primeira metade do século XX, o que permitirá comparações com outras épocas e países.
{"title":"Avanços e retrocessos da participação feminina no mercado de trabalho brasileiro nas décadas de 1920/40/50","authors":"B. Fernadez","doi":"10.14295/rbhcs.v15i30.15694","DOIUrl":"https://doi.org/10.14295/rbhcs.v15i30.15694","url":null,"abstract":"A investigação acerca das causas, evolução e consequências das dificuldades da inserção feminina no mercado de trabalho formal vem despertando interesse acadêmico crescente pelo menos desde a década de 1970. No contexto dessa temática, o artigo analisa o avanço da participação feminina no mercado de trabalho brasileiro entre as décadas de 1920 e 1940 e o seu posterior retrocesso, na década de 1950. Examinamos três hipóteses para tentar compreender o fenômeno, nomeadamente: as mudanças na economia suscitadas pela Segunda Guerra Mundial, a onda de industrialização do Brasil promovida entre 1930 e 1945 e a influência do patriarcado e do machismo presentes na sociedade brasileira do pós-guerra. Nosso intuito é contribuir para o preenchimento de uma lacuna nos estudos que envolvem o trabalho feminino no Brasil, especialmente na primeira metade do século XX, o que permitirá comparações com outras épocas e países.","PeriodicalId":508338,"journal":{"name":"Revista Brasileira de História & Ciências Sociais","volume":"18 7","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-12-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139167763","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-12-21DOI: 10.14295/rbhcs.v15i30.15851
Alexandre Martins
O trabalho aborda a formação da moral econômica brasileira investigando suas principais características na república velha e no Estado novo. O estudo de caráter bibliográfico constatou morais dominantes distintas nessas fases: na república velha foi agressiva, típica de mercados primitivos em que há mais flexibilidade para busca de ganhos monetários elevados, e no Estado novo há contrapeso social à primeira, via Estado, diminuindo o poder de grupos tradicionais. Na primeira fase é classificada como mandeviliana e decorre da formação econômica do país, historicamente conduzida por elites conservadoras excludentes, enquanto na segunda, procedendo da cultura econômica diferenciada da região sul, onde havia melhor partição da renda e da terra, a moral teve seu caráter designado como smithiano.
{"title":"Moral econômica brasileira na primeira metade do século XX","authors":"Alexandre Martins","doi":"10.14295/rbhcs.v15i30.15851","DOIUrl":"https://doi.org/10.14295/rbhcs.v15i30.15851","url":null,"abstract":"O trabalho aborda a formação da moral econômica brasileira investigando suas principais características na república velha e no Estado novo. O estudo de caráter bibliográfico constatou morais dominantes distintas nessas fases: na república velha foi agressiva, típica de mercados primitivos em que há mais flexibilidade para busca de ganhos monetários elevados, e no Estado novo há contrapeso social à primeira, via Estado, diminuindo o poder de grupos tradicionais. Na primeira fase é classificada como mandeviliana e decorre da formação econômica do país, historicamente conduzida por elites conservadoras excludentes, enquanto na segunda, procedendo da cultura econômica diferenciada da região sul, onde havia melhor partição da renda e da terra, a moral teve seu caráter designado como smithiano.","PeriodicalId":508338,"journal":{"name":"Revista Brasileira de História & Ciências Sociais","volume":"20 2","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-12-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139167829","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}